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Universidade Federal Fluminense – UFF / LATEC

Prevenção e Controle de Riscos em


Máquinas, Equipamentos e Instalações

2 – Ferramentas manuais e
proteção de máquinas

Ueldo da Silva Macedo, M.Sc.


Ferramentas Manuais

2
Ferramentas de segurança antifaiscamento

Existem diversos processos industriais onde são


manuseados materiais inflamáveis

a exposição, vazamento ou derramamento pode


criar uma atmosfera potencialmente explosiva

Ferramentas utilizadas nas áreas de risco de


explosões

projetadas e produzidas para garantir a segurança


durante a utilização em ambientes com risco de
explosões por faiscamento
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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento
Características das ferramentas de segurança
antifaiscamento:
– Não geram faíscas quando golpeadas ou utilizadas;
– Não são ferromagnéticas;
– Resistentes à corrosão.

Aplicações das ferramentas de segurança


antifaiscamento:
– Antifaísca: petroquímicas, indústria bélica, usinas de
álcool e mineração, etc;
– Não magnéticas: estações de radar, indústria
aeroespacial e salas limpas, etc;
– Resistência à corrosão: indústria farmacêutica,
estaleiros, laboratórios e plantas de dessalinização,
etc.
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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento
Áreas de risco:
Definidas pela atmosfera composta de uma mistura de ar com
substâncias inflamáveis na forma de gases, vapores, névoas ou
poeiras na qual, depois de iniciada a ignição, a combustão se
espalha para toda a mistura.

NOTA: Uma zona pode


ser deslocada pelo
aquecimento dos
produtos, tipo de
ventilação, variações
climáticas e erro de
manipulação.

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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento

Dentre as ferramentas de bronze:

Liga de cobre-berílio

usada nas ferramentas de segurança


antifaiscamento, possui resistência mecânica
superior a outros materiais disponíveis no mercado

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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento

Grau de dureza dos materiais


Dureza – capacidade de uma meterial “riscar” ou
penetrar outro material

7
Ferramentas de segurança antifaiscamento

Grau de dureza dos materiais

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Ferramentas de segurança antifaiscamento
Comparativo da resistência entre as ferramentas em
cobre-berílio e outras opções de materiais antifaiscantes

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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento

Pontos de atenção:

• Ferramentas em cobre-berílio são incompatíveis com o


gás acetileno.
• Em função do seu material, as ferramentas de
segurança não alcançam a mesma dureza das
ferramentas convencionais em cromo vanádio
(cuidado durante o uso – usar óculos de segurança)
• Ferramentas de segurança antifaiscamento não deve
ser a única medida preventiva para atmosferas
explosivas. Vestimentas e materiais especiais também
devem ser considerados pelo usuário.
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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas de segurança antifaiscamento

• Não lixar, usinar ou fundir as ferramentas de cobre-


berílio (CuBe) para evitar a exposição a vapores e
partículas de berílio presente na liga metálica
(carcinogênico – doença chamada « beriliose »).
• Não usar tubos ou outras barras extensoras para obter
mais torque. Ao aumentar a distância da aplicação da
força, produz-se maior torque no parafuso ou porca e
na ferramenta, podendo danificar ambos.

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Fonte: www.tramontina.com/pro
Ferramentas com isolamento elétrico

Qual a diferença entre ferramentas


isoladas e ferramentas isolantes ?

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Ferramentas com isolamento elétrico

Isolada – feita de material condutor,


parcial ou totalmente revestida por
material isolante.

Isolante – feita total ou essencialmente


de material isolante, com exceção de
inserção de materiais condutores para
reforço, mas sem parte condutora
exposta.
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Ferramentas com isolamento elétrico

• A IEC 60900 é uma norma


internacional que especifica
requisitos para a fabricação e
aprovação de ferramentas isoladas.
Equivalente a norma européia EN
60900.
• A ABNT NBR 9699 é a norma técnica
brasileira que estabelece as
condições mínimas de projeto e
fabricação de ferramentas isoladas e
isolantes que contribuem para a
segurança dos usuários.
• As ferramentas com isolamento
elétrico são indicadas para trabalhos
em baixa tensão até 1.000VCA e
1.500VCC.

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Ensaios típicos para ferramentas com isolamento elétrico
As ferramentas isoladas são submetidas a vários ensaios para atender às
normas IEC 60.900, ABNT NBR 9699 e NR-10:

Ensaio de impacto Ensaio de resistência Ensaio de aderência


dielétrica da isolação
Todas as ferramentas isoladas devem
ser revisadas periodicamente.

Armazená-las em ambiente protegido e


separadas de objetos cortantes ou
pontiagudos, para evitar perfuração na
isolação.
Ensaio de flamabilidade
Ensaio de isolação elétrica
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Características das ferramentas com isolamento elétrico
•São fabricadas por processo de forjamento em aço cromo vanádio e temperada.
•Têm acabamento superficial cromado.
•Recebem revestimento com dupla camada de isolamento em PVC a saber:
• Camada inferior na cor amarela.
• Camada superior na cor vermelha.
•Possui isolação elétrica de 1.000 V CA.

Aplicações:

Projetadas para utilização por profissionais que trabalham em áreas de risco


(redes energizadas e instalações industriais).
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Ferramentas de aperto e desaperto

Em manutenção mecânica, é comum se usar ferramentas de aperto


e desaperto em parafusos e porcas.

Para cada tipo de parafuso e de porca, há uma correspondente


chave adequada às necessidades do trabalho a ser realizado. Isto
ocorre porque tanto as chaves quanto as porcas e os parafusos são
fabricados dentro de normas padronizadas mundialmente.
Pontos de atenção:

• Introduzidas a fundo e perpendicularmente ao eixo do parafuso


ou porca, a fim de assegurar o máximo contato entre as faces
(porcas/parafusos e mordentes das chaves);
• Parafusos ou porcas com diâmetros até 16 mm, necessitam
apenas a ação de uma das mãos na extremidade do cabo para o
travamento necessário.
• Não usar prolongadores, pois pode contribuir para a quebra da
chave ou parafuso. 17
Ferramentas de aperto e desaperto
Principais ferramentas para uso em manutenção
mecânica, envolvendo parafusos, porcas ou tubos:

Chave fixa (chave de boca fixa):


• Utilizada para apertar ou afrouxar porcas e parafusos de perfil
quadrado ou sextavado;
• Pode apresentar uma ou duas bocas com medidas expressas em
milímetros ou polegadas.

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Ferramentas de aperto e desaperto

Chave estrela:
• De aplicação similar à da chave de boca fixa;
• Diferentes modelos, cada qual para um uso específico.
• Quando totalmente fechada, permite abraçar de forma mais
segura o parafuso ou porca.

19
Ferramentas de aperto e desaperto

Chave combinada ou chave de boca combinada:

• Para parafusos ou porcas quadradas ou sextavadas;


• Muito práticas, facilitando o trabalho, pois possui em uma das
extremidades uma boca fixa e, na outra, uma boca estrela.

20
Ferramentas de aperto e desaperto

ATENÇÃO:

Chaves fixas, chaves estrelas e chaves


combinadas não devem ser batidas com
martelos ou outros dispositivos.

Elevado risco de quebrar, se marteladas.

21
Chaves de bater

Sinonímia:
EN: Striking wrenches

22
Ferramentas de aperto e desaperto
Chave soquete:
• Tipo de ferramenta mecânica mais amplo e versátil, em virtude da gama
de acessórios oferecidos, que tornam a ferramenta prática.
• Os soquetes podem apresentar o perfil sextavado ou estriado e adaptam-
se facilmente em catracas, manivelas, juntas universais, etc. pertencentes
à categoria de acessórios.
• Soquetes comuns não devem ser utilizados em máquinas elétricas
ou pneumáticas, pois não resistem às altas velocidades e aos esforços
tangenciais provocados pelas máquinas em rotação.

23
Ferramentas de aperto e desaperto

Chave soquetes de impacto

• Soquetes de impacto são indicadas para trabalhos com


máquinas pneumáticas, elétricas e multiplicadores de torque.
• Possuem boca sextavada, oitavada, quadrada e tangencial,
com ou sem ímã embutido.
• Apresentam concentricidade perfeita, o que reduz ao mínimo
as vibrações provocadas pela alta rotação das máquinas onde
são acoplados.

24
Soquetes de impacto

Requerem necessariamente a
utilização conjunta do pino e
anel de segurança. A não
observância desta orientação
poderá expor o operador a
acidentes.

25
Cuidados na utilização de soquetes de impacto

• Manejar o soquete de acordo com o torque necessário para a realização do


aperto ou desaperto, respeitando o limite máximo especificado;

• Observar a medida correta entre porca/parafuso e soquete evita o desgaste


e a deformação das ferramentas;

• Utilizar somente acessórios de impacto;

• Não alterar as formas e dimensões gerais dos soquetes de impacto pois,


além de fragilizar o produto, provoca a perda da garantia;

• Não utilizar arames ou afins para prender o soquete no quadrado da


máquina. Qualquer adaptação poderá resultar em acidente;

• Recomenda-se o uso do pino e anel de segurança original, conforme a


dimensão do soquete;

• Após o manuseio, aconselha-se a aplicação de uma fina camada de óleo


protetivo para evitar oxidações.
26
Ferramentas de aperto e desaperto
Chave Allen:
• Também conhecida pelo nome de chave hexagonal ou sextavada.
• É utilizada para fixar ou soltar parafusos com sextavados internos.
• Tipo mais conhecido apresenta o perfil do corpo em L, o que
possibilita o efeito de alavanca durante o aperto ou desaperto de
parafusos.
• Antes do uso, verificar se o sextavado interno do parafuso encontra-se
isento de tinta ou sujeira. Tinta e sujeira impedem o encaixe perfeito
da chave e podem causar acidentes em quem estiver manuseando.

27
Ferramentas de aperto e desaperto

Chave de boca ajustável:

• Ferramenta de aplicação universal.


• É muito utilizada na mecânica, em trabalhos domésticos e em
serviços como montagem de torres e postes de eletrificação, e
elementos de fixação roscados.
• A chave de boca ajustável não deve receber marteladas e nem
prolongador no cabo para aumentar o torque.

28
Utilização de chaves ajustáveis

As chaves ajustáveis
devem abraçar totalmente
Mandíbula fixa no seu interior a porca ou
parafuso, e deve ser girada
no sentido em que a força
seja suportada pela
mandíbula fixa. A chave
deve ser sempre puxada
evitando-se empurrá-la.

Correto Incorreto 29
Ferramentas de aperto e desaperto
Chave para tubos:

• Conhecida pelos seguintes nomes: chave grifo, chave Stillson, chave de


canos e chave de tubos.
• É uma ferramenta específica para instalação e manutenção hidráulica.
• Ferramenta regulável usada para apertar peças, porcas, canos entre
outros ou afrouxar com torques onde a opção manual não seria capaz.
• Utilizado para ajustes onde requer a aplicação de um torque
consideravelmente alto.
• Sendo regulável, a chave para tubos é uma ferramenta versátil e de fácil
manuseio.

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Ferramentas danificadas por uso indevido

Tesoura quebrada

Martelos com
Alicate para anéis Broca helicoidal
cabos quebrados
externos Tipo reto quebrado quebrada

Expansor de tubos
Chave de fenda com
Formão com cabo solto quebrado
cabo quebrado

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Ferramentas danificas por uso indevido

Extensão soquete quebrada Faca quebrada

Chaves de grifo quebradas

Chave de bocas quebrada

Talhadeiras com rebarbas

Desandador em “T” quebrado


Chave inglesa quebrada

32
Utilização de ferramentas manuais
Suportação da ferramenta favorece Suportação da ferramenta diminui Suportação da ferramenta com
o perigo de golpear a mão. o perigo de golpear a mão. mínimo perigo de golpear a mão.

Cabo “Thumb saver”

Ruim Bom Melhor

33
Utilização de ferramentas manuais

Movimento de giro favorecendo o Movimento de giro livre do


aprisionamento da mão. aprisionamento da mão.

Ruim Bom

34
Utilização de ferramentas manuais

PINCH
POINT

Ponto de
aprisionamento

Ruim Bom

35
Utilização de ferramentas manuais

Ruim Bom

36
Utilização de ferramentas manuais

Ruim Bom

37
Utilização de ferramentas manuais

Safety striking wrench

Ruim Melhor
Bom

Chave de bater com cabo de segurança que permite ao usuário segurar a


chave mantendo distância da área de golpear.

38
Proteção de Máquinas

39
Onde os riscos mecânicos ocorrem?

• Ponto de operação.
• Todas as partes da máquina que se movem,
tais como:
– Volantes, Polias, Cintas, Acoplamentos, Correntes,
Manivelas, Engrenagens, etc.
– Mecanismos de alimentação e partes auxiliares da
máquina.
• Pontos entrantes.

40
Onde os riscos mecânicos ocorrem?

Ponto de operação
Local em que se processa o trabalho para o qual a
máquina ou equipamento foi construído.

• Prensagem em prensas e calandras;


• Usinagem em máquinas operatrizes;
• Corte em tesouras e guilhotinas;
• Moagem e trituração em moinhos e britadores;
• Misturas em misturadores;
• Carregamento e descarregamento em equipamentos
de movimentação e transporte de produtos.

41
Onde os riscos mecânicos ocorrem?

Transmissão de força e movimento


Conjunto de mecanismos que transmite força e/ou
movimento, a partir de um motor ou outra fonte, até
o ponto de operação e partes móveis auxiliares da
máquina.

• Eixos retos ou excêntricos


• Polias
• Engrenagens
• Rodas dentadas
• Bielas

42
Onde os riscos mecânicos ocorrem?

Partes móveis auxiliares


São partes que se movimentam, mas não pertencem
diretamente à transmissão de força/movimentos e
nem ao ponto de operação.

• Alimentadores mecânicos de ponto de operação.


• Alimentadores por meio de robôs
• Alimentadores por meio de correia, correntes, etc.

43
Perigos de acidentes com maquinaria

Perigos inerentes à maquinaria.

São características próprias dos mecanismos,


movimentos das máquinas ou de agentes produzidos
na operação, como pontos:

• de prensamento;
• de agarramento;
• de atrito;
• cortantes;
• perfurantes;
• agentes agressivos: centelhas, estilhaços, respingos, etc

44
Perigos de acidentes com maquinaria

Perigos não inerentes à maquinaria.

São aqueles criados na área operacional


independentemente das condições da maquinaria,
em geral, por causa:

• De organização na área de trabalho


• Do desequilíbrio do fluxo operacional
• Da interferência de trabalho de terceiros
• Da jornada e ritmo excessivo de trabalho
• Dos desvios ou improvisação do modo de operação
• Da indisciplina dos operadores
• Da tolerância administrativa de um ou mais dos itens
anteriores.
45
Perigos de acidentes com maquinaria

ABNT NBR ISO 12100:2013


Anexo B – Tabela B.1

46
Situações típicas de perigo em máquinas
Perigos de
Perigos de Perigos
Cisalhamento
Esmagamento de Corte

Volante
rotativo Lâmina de
Plataforma serra de fita
Pantográfica

Ventilador Ventilador
axial
Aprisionamento radial
contra estrutura fixa

Perigos de Agarramento

Polias e
Correntes e Pinhão e
correia
roda dentada cremalheira 47
Situações típicas de perigo em máquinas

Perigos de Agarramento

Engrenamento de
Correias transportadoras rodas dentadas Rolos contra-rotativos

Perigo de Abrasão Perigo de


e Ejeção Emaranhamento

Discos abrasivos Eixo com extremidades

48
Causas dos Acidentes com Máquinas

Principais causas de acidentes

• Não utilização de bloqueios e sinalização.


• Pessoas não-autorizadas fazendo manutenção
ou utilizando as máquinas.
• Perda ou inoperância das guardas.

49
Acidente fatal por emaranhamento em acoplamento

50
Exemplos de não conformidades

51
Exemplos de não conformidades

52
Exemplos de não conformidades

53
Exemplos de não conformidades

54
Exemplos de não conformidades

55
Requisitos de proteção
• Prevenir contato - Previne que o corpo dos trabalhadores ou suas
roupas entrem em contato com as partes móveis perigosas.

• Fixação – Devem estar firmemente fixadas e não serem facilmente


removidas.

• Protege contra quedas de objetos – Assegura que nenhum objeto


possa cair de partes móveis.

• Não criação de novos perigos – Não devem haver pontos cortantes,


quinas vivas, superfícies não polidas.

• Criação de interfaces –Devem permitir trabalho ágil e confortável.

• Permitir lubrificação segura – Se possível, possibilitar a lubrificação


sem remoção das proteções.

56
Medidas de segurança inerentes ao projeto
Proteção intrínseca:

É realizada através da redução do risco pelo projeto,


evitando ou reduzindo os fenômenos perigosos o quanto
possível, pela escolha conveniente de certas
características de projeto, sem o uso de proteções
físicas ou dispositivos de proteção.

Por exemplo: Limitação da força atuante para um valor


suficientemente baixo, de modo que o elemento considerado não
provoque nenhum perigo mecânico.

57
Medidas preventivas preliminares
As medidas de prevenção de acidentes, em operação
de máquinas e equipamentos, têm sua fase inicial em
uma das seguintes ocasiões:

– Seleção e compra de máquinas e equipamentos


apropriados para o trabalho providos de dispositivos
essenciais à segurança do operador e,
eventualmente, outros.
– Adaptação técnica dos dispositivos de segurança
em componentes de máquinas que, por algum
motivo, encontram-se em uso sem os indispensáveis
meios destinados a prevenir acidentes e doenças
ocupacionais.
58
Proteções típicas para perigo em máquinas

Pinhão e
cremalheira

Correntes e
Eixo com extremidades roda dentada

Polias e
Rolos contra-rotativos
correia
Engrenamento de
rodas dentadas

Ventilador Correias transportadoras


axial

59
Filosofias de proteção de máquina

Guardas Localização e afastamento


– Fixas;
– Móveis; Métodos de alimentação e
– Intertravadas; ejeção para segurança do
– Ajustáveis; operador
– Autoajustáveis; – Alimentação automática;
– Alimentação semiautomática;
Dispositivos – Ejeção automática;
– Sensores de presença; – Ejeção semiautomática;
– Comportas; – Robótica.
– Controles de segurança;
– Puxadores; Miscelânea
– Restritores;

60
Posicionamento de proteções e dispositivos de segurança

Distâncias de segurança para prevenir


o acesso a Zonas de Perigo de
máquinas e equipamentos

61
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Membros superiores e inferiores

ABNT NBR ISO 13857:2021


Segurança de máquinas - Distâncias de segurança
para impedir o acesso a zonas de perigo pelos
membros superiores e inferiores

62
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Premissas consideradas para a definição das


distâncias de segurança da norma – membros
superiores

• As estruturas de proteção e quaisquer aberturas nelas


existentes, mantém sua forma e posição.
• As distâncias de segurança são medidas a partir da
superfície que restringe o corpo ou a parte relevante do
corpo.
• O corpo é forçado sobre estruturas de proteção ou
através de aberturas, na tentativa de alcançar a zona
de perigo.

63
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Premissas consideradas para a definição das


distâncias de segurança da norma (continuação)

• O plano de referência é o nível em que as pessoas


normalmente se situam, mas não precisa
necessariamente ser o nível do piso (por exemplo, uma
plataforma de trabalho pode ser o nível de referência)
• O plano de referência não se altera pelo uso de
estruturas auxiliares, tais como, cadeiras ou escadas.
• Não se consideram hastes ou ferramentas como
extensões do alcance natural dos membros superiores.

64
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Realizar a avaliação de risco da máquina ou


equipamento

A seleção das distâncias de segurança apropriadas para


impedir o alcance das zonas de perigo superiores ou
o alcance da zona de perigo por sobre as estruturas
de proteção depende da avaliação de risco
A avaliação de risco de uma máquina deve ser baseada na
probabilidade da ocorrência de um ferimento e sua
provável gravidade.

ABNT NBR ISO 12100:2013 – Segurança de máquinas – Princípios


gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos

65
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Avaliação de risco da máquina ou


equipamento

A análise dos elementos técnicos e humanos


relacionados à máquina, dos quais depende a
avaliação do risco, é essencial para se alcançar a
distância de segurança adequada.

66
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Distância de segurança para prevenir o


alcance das zonas de perigo superiores

67
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP
ABNT NBR ISO 13857

A zona de perigo deve


ser ≥ 2,7 m

Zona de Perigo Se a zona de perigo


em posição oferece baixo risco
superior deve estar situada ≥
2,5 m

Não há necessidade
de proteção

68
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Distância de segurança para prevenir o


alcance das zonas de perigo sobre
estruturas de proteção

69
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Exemplo 1

Onde a gravidade da lesão for leve e houver


uma baixa probabilidade de ocorrência da
lesão, para a definição da distância de
segurança com o objetivo de prevenir o
alcance à zona de perigo por sobre as
estruturas de proteção, deve se usar a
Tabela 1 da norma.

70
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Exemplo 2

Quando a Tabela 1 não for aplicável, para a


definição da distância de segurança com o
objetivo de prevenir o alcance à zona de
perigo por sobre as estruturas de
proteção, deve se usar a Tabela 2 da norma.

71
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Alcance da ZP sobre estruturas de proteção

hh altura do ponto perigoso mais próximo


da área de alcance dos membros superiores
hps altura da estrutura de proteção
Sh distância horizontal de segurança do
ponto perigoso mais próximo da área de
alcance dos membros superiores
1 área de alcance dos membros superiores
2 área fora de alcance dos membros
superiores (zona de perigo)

Quanto maior a distância


horizontal “Sh” da Zona de
Perigo, menor poderá ser a
altura “hps” da barreira de
proteção 72
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

73
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP
Quando não aplicável a Tabela 1

74
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 1

Sabe-se que a altura “hh da zona de perigo de


uma determinada máquina é de 1.500 mm e
que a estrutura de proteção proposta estará
posicionada a uma distância horizontal “sh ” de
800 mm. Qual deve ser a altura “hps ” desta
estrutura de proteção, de forma a impedir o
alcance da zona de perigo da máquina?

75
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 1

hh = 1.500 mm

Sh = 700 mm

hps = ?

Resposta: no mínimo 1.800 mm


76
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Exercício 1

hh = 1.500 mm
Sh = 800 mm

77
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 2

Sabe-se que a altura “hh ” da zona de perigo de


uma determinada máquina é de 2.300 mm e
que a altura “hps ” da estrutura de proteção é
de 1.500 mm. Qual deve ser a distância
horizontal “Sh ”, para posicionamento da
estrutura, de forma a previnir o alcance à zona
de perigo da máquina?

78
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 2

hh = 2.300 mm

hps = 1.500 mm

Sh = ?

Resposta: 1000 mm

79
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP
Exercício 2 hh = 2.300 mm
hps = 1.500 mm

80
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 3

Sabe-se que a altura “hps ” da estrutura de


proteção é de 1.700 mm e a distância
horizontal “Sh ” da zona de perigo é de 850
mm. Qual deve ser a altura “hh ” da zona de
perigo da máquina, de forma a impedir o seu
alcance?

81
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Exercício 3

hh = ?

Sh = 850 mm

hps = 1.700 mm

Resposta: não deve estar situada entre 1.000 mm e 2.400 mm

82
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Exercício 3 Sh = 850 mm
hps = 1.700 mm

83
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Distância de segurança para impedir


alcance de zonas de perigo ao redor de
uma estrutura de proteção

Obter a distância de segurança sr a partir da Tabela 3 da norma

84
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

85
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Distância de segurança para impedir


alcance de zonas de perigo através de
aberturas em estruturas de proteção

86
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica definida


Usar os valores de distâncias de segurança sr indicados na
Tabela 4

Onde, a dimensão “e “ de aberturas


corresponde:

• lado de uma abertura quadrada


• diâmetro de uma abertura circular
• a dimensão mais estreita de uma
fenda

87
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

88
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica indefinida

Seguir os seguintes passos, na ordem


indicada:

a) Determinar inicialmente:
• lado da menor abertura quadrada e
• diâmetro da menor abertura circular e
• a largura da abertura da fenda mais
estreita
Em que a abertura irregular pode ser
completamente inserida conforme as
figura 3a e 3b.
89
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica indefinida

Seguir os seguintes passos:

b) Selecionar as três distâncias de


segurança, de acordo com a Tabela
4.
c) Escolher a menor distância de
segurança entre os três valores
selecionados em b).

90
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Efeito de estruturas de proteção


adicionais sobre as distâncias de
segurança

91
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Considera-se que as estruturas de proteção


referenciadas nas tabelas 1 a 5, estão situadas em
um plano de referência.

Deve ser analisada a necessidade de estruturas de


proteção adicionais ou superfícies que possam
limitar o movimento de braço, mão ou dedos, e
podem aumentar a zona onde os pontos de perigo
podem ser admissíveis.

As tabelas 3 e 6 demonstram como isso pode ser


alcançado

92
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Estrutura de
proteção adicional

93
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Premissas consideradas para a definição das


distâncias de segurança da norma – membros
inferiores

• As estruturas de proteção e quaisquer aberturas nelas


existentes, mantém sua forma e posição.
• As distâncias de segurança são medidas a partir da
superfície que restringe o acesso do corpo ou parte
deste.

94
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Realizar a avaliação de risco da máquina ou


equipamento

A seleção das distâncias de segurança apropriadas para


prevenir o alcance das zonas de perigo inferiores ou
o alcance da zona de perigo por sobre as estruturas
de proteção depende da avaliação de risco
A avaliação de risco de uma máquina deve ser baseada na
probabilidade da ocorrência de um ferimento e sua
provável gravidade.

ABNT NBR ISO 12100:2013 – Segurança de máquinas – Princípios


gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos

95
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Avaliação de risco da máquina ou equipamento

Em geral, convém que as distâncias de segurança sejam


determinadas usando as tabelas 1 a 6 para os membros
superiores.
Quando for previsível que os membros superiores não
consigam ter acesso às aberturas, a tabela 7 pode ser
usada por si só, para determinar as distâncias de segurança
para os membros inferiores.

96
Dimensões de segurança para membros inferiores

Distância de segurança para prevenir


alcance de zonas de perigo através de
aberturas em estruturas de proteção

97
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica definida


Usar os valores de distâncias de segurança sr indicados
na Tabela 7

Onde, a dimensão “e “ de aberturas


corresponde:

• lado de uma abertura quadrada


• diâmetro de uma abertura circular
• dimensão mais estreita de uma
fenda

98
Dimensões de segurança para membros inferiores

99
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica irregular

Seguir os seguintes passos:

a) Determinar inicialmente:
• lado da menor abertura quadrada e
• menor dimensão de uma abertura em
forma de fenda e
• diâmetro da menor abertura circular

Em que a abertura irregular pode ser


completamente inserida conforme a
figura 3a e 3b.
100
Distâncias de segurança para impedir acesso à ZP

Se a abertura for de forma geométrica irregular

Seguir os seguintes passos:

b) Selecionar as três distâncias de


segurança, de acordo com a Tabela 1
c) Escolher a menor distância de
segurança entre os três valores
selecionados em b).

101
Dimensões de segurança para membros inferiores

Distância de segurança para impedir o


livre acesso pelos membros inferiores

102
Dimensões de segurança para membros inferiores

Distância de segurança para impedir o


livre acesso pelos membros inferiores

Uma estrutura de proteção adicional pode ser


usada para impedir o livre movimento dos
membros inferiores sob essa estrutura de
proteção existente.

Quando é necessária a utilização deste método,


as distâncias, relativas a altura da estrutura de
proteção desde o piso ou plano de referência,
são dadas no anexo B da norma.
103
Dimensões de segurança para membros inferiores
De acordo com o tipo de movimento, demonstrado nas
ilustrações da figura B.1, obtém-se as distâncias de
segurança na Tabela B.1

104
Dimensões de segurança para membros inferiores

105
Proteções fixas e móveis

ABNT NBR NM 272:2002


Segurança de máquinas – Proteções – Requisitos
gerais para o projeto e construção de proteções
fixas e móveis

106
Proteções fixas e móveis

Proteção
Parte da máquina especificamente utilizada para
prover proteção por meio de uma barreira física

ABNT NBR NM 272:2002

107
Proteções fixas e móveis

Quanto à forma de atuação:

Isolada – é efetiva somente quando fechada.

Em conjunto com um dispositivo de


intertravamento com ou sem bloqueio da
proteção – nesta situação, a proteção é garantida
independentemente da posição da proteção.

108
Proteções fixas e móveis

Proteção fixa
Proteção mantida em sua posição

• Permanentemente – exemplo: solda

• Por meio de fixadores – exemplo: parafusos,


porcas, etc
(remoção ou abertura impossível, sem o uso de ferramentas)

109
Proteções fixas e móveis

Proteções fixas podem ser classificadas


em:
• Proteção de enclausuramento
impede o acesso à zona de perigo por todos os lados

• Proteção distante
não cobre completamente a zona de perigo, mas
impede ou reduz o acesso, em razão de suas
dimensões e sua distância à zona de perigo

110
Proteções fixas e móveis

Proteção fixa por enclausuramento impedindo o acesso ao sistema


de transmissão da máquina 111
Proteções fixas e móveis

Proteção fixa distante, por grade de perímetro 112


Proteções fixas e móveis

Túnel de alimentação

Proteção fixa distante, em túnel, proporcionando proteção à área


de alimentação ou descarga da máquina

113
Proteção fixa

114
Proteção fixa em polias e correias de transmissão

115
Proteção fixa para acoplamentos

116
Proteções em tesoura mecânica

117
Proteções fixas em prensas

118
Proteções fixas em prensas excêntricas

119
Proteções fixas em prensas

120
Proteções fixas e móveis

Proteção móvel
Geralmente vinculada à estrutura da máquina ou
elemento de fixação adjacente, por meios mecânicos,
que pode ser aberta sem o auxílio de ferramentas.

Exemplos: basculantes, deslizantes etc

121
Proteções fixas e móveis
proteção

Proteção deslizante com


intertravamento
Proteção basculante
com intertravamento
122
Proteções móveis em máquinas rotativas.

Tipo basculante 123


Comportas
• Barreiras móveis que protegem o operador no ponto de operação
depois que o ciclo de operação é iniciado.
• Se a comporta não estiver completamente fechada, a máquina
não deve funcionar.

Comporta aberta Comporta fechada

124
Proteções ajustáveis

Proteção ajustável

Proteção fixa ou móvel, que é


totalmente ajustável ou que
incorpora parte(s)
ajustável(is).

O ajuste permanece fixo


durante uma operação
particular.

125
Proteção ajustável para furadeira radial

126
Proteções ajustáveis para rebolos abrasivos

127
Proteção para rebolos abrasivos.
Distância entre a periferia do disco abrasivo e o suporte de
trabalho entre 2 a 4 mm
Objetivo de prevenir a prensagem entre o rebolo e o
suporte.

2 a 4 mm

Esmeril de
bancada
Suporte de
trabalho

128
Proteção para rebolos abrasivos.

Distância entre a
periferia do rebolo e o
anteparo de proteção de
forma a garantir que o
operador enxergue o
rebolo e impeça a
projeção de faíscas no
olho do operador

129
Proteção com autofechamento (autoajustáveis)

Proteção móvel - promove uma barreira que se


movimenta de acordo com o tamanho da peça
que entra na área perigosa.

Proteção autoajustável
para serra circular.

130
Dispositivos alternativos de proteção

131
Proteções com intertravamento

Proteção com intertravamento


Proteção associada a um dispositivo de intertravamento, de tal forma
que:

• as funções de perigo da máquina “cobertas” por essa proteção não


podem operar, até que a proteção seja fechada.

• se a proteção é aberta enquanto as funções de perigo da máquina


estão operando, uma instrução de parada é acionada.

• quando a proteção é fechada, as funções de perigo da máquina


“cobertas” por essa proteção podem operar, mas o fechamento da
proteção, por si só, não reinicia sua operação.

132
Intertravamento hidráulico

133
Intertravamento elétrico

134
Intertravamento mecânico

135
Proteções com intertravamento

Proteção com intertravamento e dispositivo de


bloqueio
Proteção associada a um dispositivo de intertravamento e um dispositivo
de bloqueio, de tal forma que:

• as funções de perigo da máquina “cobertas” por essa proteção não


podem operar, até que a proteção seja fechada e bloqueada.

• a proteção permanece fechada e bloqueada, até que o risco de lesão,


consequente das funções perigosas da máquina, tenha terminado.

• quando a proteção é fechada e bloqueada, as funções de perigo da


máquina, “cobertas” por essa proteção, podem operar, mas o
fechamento da proteção e sua trava, por si só, não reiniciam sua
operação.
136
Proteções com intertravamento

Proteção com intertravamento


em sua posição aberta

Dispositivo de bloqueio

137
Proteção intertravada

Proteção Intertravada
em um tambor giratório
Se este tipo de proteção é
aberta ou removida, o
mecanismo de tripping e/ou
potência de acionamento é
automaticamente desligado
ou desacoplado, e o ciclo
não pode ser reiniciado até
que a proteção seja
colocada de volta.

138
Proteções fixas e móveis

Critérios de seleção de tipos de proteções

De acordo com a apreciação dos riscos, se um requisito para


proteções tiver sido estabelecido, estas proteções devem ser
selecionadas segundo os critérios abaixo e do anexo A e B da
ABNT NBR NM 272:

• A probabilidade e gravidade previsível de alguma lesão,


conforme indicado pela apreciação do risco.

• A utilização prevista para a máquina.

• Os perigos presentes na máquina (número e localização).

• A natureza e frequência do acesso.

139
Proteções fixas e móveis
Anexo A – Guia para ajuda na escolha de proteções contra perigos gerados por partes móveis

140
Proteções fixas e móveis
Anexo B – Roteiro para a escolha de proteções de acordo com o número e a localização dos
perigos

141
Dispositivos de segurança por
detecção de aproximação de
partes do corpo humano

142
Dispositivo de segurança por barreira Laser

143
Cortina de luz

Supervisiona a área útil entre


o transmissor e o receptor.
Se esta área for invadida,
uma saída em duplo canal
comandará a interrupção da
operação da máquina.
Existem modelos com alturas
de proteção entre 250 a
1600 mm.

144
Dispositivo de segurança por barreira Laser

145
Dispositivo de segurança por barreira Laser

146
Dispositivo de segurança por barreira Laser

147
Dispositivo de segurança por barreira Laser

148
Dispositivo de segurança por Scanner Laser

149
Dispositivo de segurança por Scanner Laser

150
Posicionamento de dispositivos de
segurança com referência à aproximação
de partes do corpo humano

ABNT NBR ISO 13855:2013


Segurança de máquinas – Posicionamento dos
equipamentos de proteção com referência à
aproximação de partes do corpo humano

151
Dispositivo de segurança
ABNT NBR ISO 13855:2013

Posicionamento - Dispositivos de segurança


Metodologia:
a) Identificar os perigos e avaliar os riscos (ABNT NBR ISO 12100)
b) Caso haja norma Tipo C para a máquina – selecionar conforme a
norma.
c) Caso não tenha norma Tipo C, calcular conforme ABNT NBR ISO
13855.
d) Se for possível contornar (ir ao redor) a zona de detecção,
realizar cálculo adicional conforme equações do item 6.5 da
norma.
e) Uso de combinações de proteções: calcular distância mínima para
cada proteção (considerar contornos ou desvios)
152
Dispositivo de segurança
ABNT NBR ISO 13855:2013

Posicionamento - Dispositivos de segurança


Metodologia (continuação):
f) Calcular distância mínimas para cada possibilidade de alcançar a
zona de perigo. Selecionar a de maior valor.
g) Se possível, incorporar a distância no projeto da máquina (caso
não, ver passo “i”)
h) Verificar se a instalação da proteção não permite o acesso sem
detecção.
i) Os parâmetros podem ser modificados ou alternativas de
proteção podem ser usadas? Se nenhum for possível, proteções
adicionais serão utilizadas.
j) Verificar se a posição determinada permite que pessoas fiquem
entre os dispositivos de proteção e a área de risco sem serem
detectadas. 153
Dispositivo de segurança
Sistemas de segurança ABNT NBR ISO 13855:2013

Metodologia

154
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
1ª etapa - Cálculo do desempenho do sistema de parada geral
O desempenho do sistema de parada geral da máquina compreende, pelo
menos, duas fases. Estas fases encontram-se interligadas pela seguinte
equação:

T = t1 + t2 Equação 1

Onde:
T – tempo total de parada do sistema
t1 – tempo máximo entre a atuação da proteção de segurança e a
comutação do sinal de saída do dispositivo de proteção para o
modo desligado.
t2 – tempo de resposta máximo da máquina (tempo requerido para parar
a máquina ou remover os riscos após receber o sinal de saída do
dispositivo de proteção.
155
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

A relação de t1 e t2 é demonstrada na figura abaixo, onde t1 e t2 são


respectivamente funções do dispositivo de proteção e da máquina.

a – atuação do dispositivo de proteção


b – tempo de resposta do dispositivo de proteção (sinal gerado de desliga)
c – eliminação do risco (condição segura – máquina parada)
156
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

2ª etapa - Cálculo da distância mínima

A distância mínima para a zona de perigo deve ser dimensionada pela


seguinte equação:

S = (K x T) + C Equação 2

Onde:
S – distância mínima (mm) (distância de segurança)
K – velocidade de aproximação do corpo ou partes do corpo (mm/s)
T – tempo total de parada do sistema (s)
C – distância de invasão (mm) (distância adicional)

157
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

Cálculo das distâncias mínimas:

A. Para zona de detecção ortogonal à direção de aproximação


B. Com direção de aproximação paralela à zona de detecção
C. Com direção de aproximação em ângulo à zona de detecção
D. Com possível acesso à área de risco contornando o ESPE
E. Com aproximação indireta – Caminho entre a zona de detecção e a
zona de perigo restringido por obstáculo
F. Para dispositivos de atuação no nível do piso
G. Para dispositivos de comando bimanual
H. Para proteção física com intertravamento e sem bloqueio

158
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Quanto à aproximação da pessoa ou parte do corpo, com relação ao
equipamento de detecção, a norma estabelece requisitos para duas
situações principais:

• Aproximação ortogonal (em ângulo reto ou normal) à zona de


detecção, ou
• Aproximação paralela à zona de detecção

Os requisitos também contemplam disposições em que:

 Uma abordagem em ângulo (entre ortogonal e paralelo) deve ser


considerada.
 São necessárias para tratar tentativas de contorno do equipamento.
 O caminho a partir da zona de detecção para a zona de perigo é
restrito por obstáculos

159
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
A) Cálculo da distância mínima para zona de detecção ortogonal à
direção de aproximação

160
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

161
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

1. Zona de perigo
2. Zona de detecção
Direção de 3. Plano de referência
aproximação ortogonal
à Zona de Detecção a. Altura da zona de perigo
S. Distância de segurança

C – Distância adicional (invasão)


K – Velocidade de aproximação
T – Tempo do sistema de parada

K = 2.000 mm/s (velocidade de movimento


do braço) – para S ≤ 500 mm

K = 1.600 mm/s (velocidade de movimento


do corpo) – para S > 500 mm

S=KxT+C
162
Fonte: reersafety.com (determinação da distância de segurança)
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação
Capacidade de detecção (resolução do detector)
Menor diâmetro de um objeto que uma cortina de luz consegue detectar
com total certeza

d=P+E

P = distância entre os
d eixos de dois feixes
adjacentes
E = diâmetro do feixe

163
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

Por exemplo:

Capacidade de detecção = ᴓ 14 mm
Intervalo entre os eixos dos feixes de 10 mm

164
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

Por exemplo:

Capacidade de detecção = ᴓ 25 mm
Intervalo entre os eixos dos feixes de 20 mm

165
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

Por exemplo:

Capacidade de detecção = ᴓ 45 mm
Intervalo entre os eixos dos feixes de 40 mm

166
Zona de detecção ortogonal à direção de aproximação

Capacidade de detecção:

Cortinas de luz com resolução para detecção de mãos e


dedos:
d = 14 a 40 mm

Cortinas de luz com resolução para detecção de braços e


pernas:

d = > 40 mm e ≤ 70 mm

167
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Cálculo da distância mínima para equipamentos optoeletrônicos com
capacidade de detecção ≤ 40 mm de diâmetro

S = (K x T) + C Equação 2

Onde:
K = 2.000 mm/s (para S ≤ 500 mm, sendo S no mínimo igual a 100 mm)
K = 1.600 mm/s (para S > 500 mm, sendo S no mínimo igual a 500 mm)

C = 8 (d – 14 mm), mas não menor do que zero


d – capacidade de detecção do dispositivo

S = (2.000 x T) + 8 (d – 14) Equação 3

S = (1.600 x T) + 8 (d – 14) Equação 4


168
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Cálculo da distância mínima para equipamentos optoeletrônicos com
capacidade de detecção > 40 mm e ≤ 70 mm de diâmetro
Não detectam a invasão das mãos.
Só devem ser utilizados quando a apreciação de risco indicar que a
detecção de invasão das mãos não é necessária.

S = (K x T) + C Equação 2

Onde:
K = 1.600 mm/s
C = 850 mm (valor considerado como sendo o alcance-padrão do braço)

S = (1.600 x T) + 850 Equação 5

169
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

Zona de detecção vertical para


detectar o acesso de corpo inteiro

1. Zona de Perigo

3. Plano de referência
Hra. Altura do feixe mais alto
Hrb. Altura do feixe mais baixo
S. Distância de Segurança

170
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

Feixes múltiplos separados

Durante a apreciação do risco, métodos que podem eventualmente ser


utilizados para anular tais equipamentos devem ser levados em
consideração.

A apreciação de riscos deve considerar situações pelas quais a


disposição dos feixes pode ser contornada.

Exemplos:

• Passar por baixo do feixe mais baixo;


• Alcançar a zona de risco por cima do feixe mais alto;
• Alcançar a zona de risco por entre dois feixes;
• Acesso corporal passando entre dois feixes.
171
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Feixes múltiplos separados

Instalações de 2, 3 ou 4 feixes separados podem ser usadas para


detectar a invasão de todo o corpo para a zona de perigo.
Não são adequadas para a detecção de partes do corpo (por
exemplo: mão ou dedos).

Se a apreciação do risco indica que múltiplos feixes separados


são apropriados, estes devem ser posicionados a uma distância
mínima a partir da zona de perigo, conforme a equação 5.

S = (1.600 x T) + 850 Equação 5

172
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

Feixes múltiplos separados


As alturas dos feixes 2, 3 e 4 dadas na Tabela E.1 da ABNT
NBR ISO 13855 foram encontradas para o melhor equilíbrio entre
uma redução de risco adequada e o mais praticado nas aplicações.
Outras medidas de proteção para impedir o acesso à zona de
perigo podem ser necessárias.

173
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Feixe único
Esses feixes somente são considerados quando usados paralelamente
ao solo e o feixe é interrompido pelo corpo de uma pessoa na posição
vertical.

Um único feixe como o único meio de proteção não é adequado


para impedir o acesso de corpo inteiro.

Uma altura de 750 mm do solo ou do plano de referência tem sido


considerada na indústria como sendo uma solução prática para
problemas de acesso inadvertido ao passar por cima ou por baixo
dos feixes.

S = (1.600 x T) + 1.200 Equação 6

174
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
B) Cálculo da distância mínima com direção de aproximação paralela à
zona de detecção

175
Zona de detecção paralela à direção de aproximação

176
Zona de detecção paralela à direção de aproximação

Direção de
aproximação paralela à
Zona de Detecção 1. Zona de perigo
2. Zona de detecção
3. Plano de referência
a. Altura da zona de perigo
H. Altura da Zona de Detecção
S. Distância de segurança

S=KxT+C

177
Fonte: reersafety.com (determinação da distância de segurança)
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Cálculo da distância mínima com direção de aproximação paralela à
zona de detecção

S = (1.600 x T) + 1.200 – 0,4 H Equação 7

Onde:
K = 1.600 mm/s
C = 1.200 – 0,4 H ( Hmáximo = 1.000 mm) e ( C ≥ 850 mm)

H = 15 ( d – 50) Equação 8
Se H > 300 mm, há risco de acesso por baixo da ZP. Considerar na
apreciação do risco e medidas de proteções adicionais devem ser aplicadas.
Se d for inferior a 50 mm, H nunca deve ser inferior a zero.

Se H é conhecida ou determinada, d pode ser calculado pela equação:


d = ( H / 15 ) + 50 Equação 9 178
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
C) Cálculo da distância mínima com direção de aproximação em ângulo
à zona de detecção

179
Direção de aproximação em ângulo à Zona de Detecção

180
Direção de aproximação em ângulo à Zona de Detecção

181
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Cálculo da distância mínima com direção de aproximação em ângulo à
zona de detecção

Zona de detecção instalada em ângulo maior do que ± 30° da


direção da aproximação: tratado como uma abordagem ortogonal.

Zona de detecção instalada em ângulo inferior a ± 30° da direção


de aproximação: tratado como uma abordagem paralela.

É recomendada que uma tolerância de ± 5° seja usada para estes


ângulos.

182
Direção de aproximação em ângulo à Zona de Detecção

1. Zona de perigo
2. Zona de detecção
3. Plano de referência
b. Altura da zona de perigo
Hra. Altura do feixe mais alto
Hrb. Altura do feixe mais baixo
S. Distância de segurança
α. Ângulo de inclinação da ZD.

183
Direção de aproximação em ângulo à Zona de Detecção

Quando uma aproximação em ângulo é considerada como aproximação


paralela, então a equação 8, que liga H e d , é aplicável à borda da zona de
detecção mais afastada da zona de perigo.

Se a Zona de detecção se estender acima de 1.000 mm, para os cálculos da


equação 7, desconsiderar as partes acima de 1.000 mm.
184
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

D) Possível acesso à área de risco contornando os equipamentos


de detecção eletrossensitivos

185
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
D) Possível acesso à área de risco contornando os equipamentos
de detecção eletrossensitivos

Se o acesso à zona de perigo, atingido ao longo da zona de detecção


em uma montagem verticalmente do equipamento
eletrossensitivo de proteção, não pode ser excluída, a altura e a
distância mínima S da proteção devem ser determinadas.

Determinar S por comparação dos valores calculados na


equação para uma abordagem de aproximação ortogonal, e
as distâncias adicionais determinadas nos itens D.1, D.2 e D.3
a seguir.

Aplicar o maior valor resultante desta comparação

186
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
D.1) Contornando a zona de detecção vertical, sem uma estrutura
de proteção adicional

A figura ilustra o alcance por cima, em


uma zona de detecção vertical sem
proteção adicional

1. Zona de perigo
2. Zona de detecção
3. Plano de referência
a. Altura da zona de perigo
b. Altura da zona de detecção
CRO. Distância adicional
S. Distância de segurança
187
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

1.000

188
Parte da Tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855:2013
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
D.1) Contornando a zona de detecção vertical, sem uma estrutura
de proteção adicional

S = (K x T) + Cro Equação 10

Onde:
K = 2.000 mm/s (para S ≤ 500 mm, sendo S no mínimo igual a 100 mm)
K = 1.600 mm/s (para S > 500 mm, sendo S no mínimo igual a 500 mm)
Cro = valores da Tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855:2013 – distância adicional

S = (2.000 x T) + Cro Equação 11

S = (1.600 x T) + Cro Equação 12


189
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
D.2) Contornando por cima da zona de detecção vertical do
equipamento eletrossensitivo de proteção combinado com uma
estrutura de proteção, como uma grade fixa

Valor de S igual ao valor de Sh determinado


a partir da ABNT NBR ISO 13857, Tabela 1
(baixo risco) e Tabela 2

Sh
190
Slide 74
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
D.3) Prevenção do acesso por cima da zona de detecção em ângulo

Se uma aproximação à zona de detecção em ângulo é considerada


ortogonal, e a zona de perigo pode ser alcançada ultrapassando o
ESPE, a distância mínima S deve ser maior que:

• A distância calculada usando as equações 3 ou 4 ou 5, conforme


o caso; ou

• A distância calculada usando as equações 3 ou 4 ou 5,


substituindo C por uma distância adicional de acesso Cro, dada
na Tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855.

S = (2.000 x T) + 8 (d – 14) equação 3


S = (1.600 x T) + 8 (d – 14) equação 4 Slides 171 e 172
S = (1.600 x T) + 850 equação 5 191
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
E) Aproximação indireta – Caminho entre a zona de detecção e a
zona de perigo restringido por obstáculo
Se duas ou mais zonas de perigo estão presentes, a distância mínima
para cada zona de perigo deve ser calculada

Adotar para S o maior valor


resultante da comparação de todas
as distâncias mínimas calculadas

Exemplos de obstáculos:
• Carcaça
• Tampa
• Dispositivos de impedimento

1. Aproximação direta
2. Aproximação indireta
3. Zona de perigo 1
4. Zona de perigo 2 192
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
E.1) Aproximação indireta – Cálculo da distância mínima

S* = (K x T) + C = I1 + I2 + I3 Equação 13

Onde:

S* = distância efetivamente coberta

K = 1.600 mm/s

S = S1 + S2 + S3

193
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
F) Distâncias mínimas para dispositivos de atuação no nível do piso

A largura mínima de dispositivos de atuação no nível do piso deve


ser de pelo menos 750 mm, para prevenir a possibilidade de
facilmente passar por cima sem atuar o dispositivo de
segurança

• Tem sido demonstrado que 95 % de dois passos, medido a partir do contato do


calcanhar e com velocidade de caminhada, a distância resultante é de aproximadamente
1 900 mm. Dividindo por dois e subtraindo-se 5 % do comprimento do sapato, o
comprimento da passada de 700 mm é obtido. Se for assumido que uma tolerância tem
que ser feita, por exemplo, entre a zona de detecção e um comprimento de passada de,
por exemplo, 50 mm, isto resulta em uma largura mínima de 750 mm para a zona de
detecção.
• As distâncias mínimas calculadas neste parágrafo para dispositivos de atuação no nível do
piso assumem que a velocidade de aproximação para a zona de perigo deve ser baseada
na velocidade de caminhada (1 600 mm/s).

194
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
F) Distâncias mínimas para dispositivos de atuação no nível do piso

S = (1.600 x T) + 1.200 Equação 14

Dispositivo de atuação montado em degrau

Se o dispositivo de detecção é montado sobre um degrau ou


plataforma elevada, então a distância mínima pode ser reduzida
em 0,4 h, onde h é a altura do degrau, em milímetros.

S = (1.600 x T) + (1.200 – 0,4 h)


Equação 15
195
Dispositivo de segurança
G) Distâncias mínimas para dispositivos de comando bimanual

S = (K x T) + C Equação geral 2

Onde:

K = 1 600 mm/s
C = 250 mm

S = (1.600 x T) + 250 Equação 16

Se o risco de acesso das mãos, ou de parte das mãos, para a zona de perigo for
eliminado enquanto o acionador é atuado, por exemplo, por uma cobertura
adequada, então C pode ser zero, com uma distância mínima permitida, S de
100 mm.
196
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
H) Distâncias mínimas para proteção física com intertravamento e
sem bloqueio

Assegurar que a zona de perigo não possa ser alcançada quando uma
proteção física com intertravamento e sem bloqueio é aberta antes do
movimento perigoso da máquina ter parado.

S = (K x T) + C Equação geral 2

Onde:

K = 1 600 mm/s
C = é a distância de segurança proveniente da Tabela 4 ou Tabela 5 da ABNT
NBR ISO 13857, caso seja possível alcançar com os dedos ou a mão, por meio
de uma abertura, a região do perigo antes que o sinal de parada seja acionado.
197
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

Exercícios
O cálculo da distância mínima S consiste em três passos:

a) Primeiro passo:

distância mínima de acesso através da zona de detecção, SRT

b) Segundo passo:

distância mínima de acesso contornando a zona de detecção, SRO

c) Terceiro passo:

comparação do SRT e SRO para determinar S.

198
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 1
Uma máquina tem um tempo de parada de 60 ms (t2) e é provida com
equipamento de proteção eletrossensitivo que utiliza um dispositivo de
proteção optoeletrônico ativo instalado verticalmente que tem uma
capacidade de detecção de 14 mm e um tempo de resposta de 30 ms (t1).
Calcular a distância de segurança.

Assume-se que não é possível acessar a zona de risco por cima do ESPE

Como a capacidade de detecção “d” é ≤ a 40 mm, usa-se a Equação 3

SRT = (2.000 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 30 + 60 ms = 90 ms = 0,09 s
d = 14 mm

SRT = (2.000 x 0,09) + 8 (14 –14) mm SRT = 180 mm


199
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 2
Uma máquina tem um tempo de parada de 60 ms (t2) e é provida com
equipamento de proteção eletrossensitivo que utiliza um dispositivo de
proteção optoeletrônico ativo instalado verticalmente que tem uma
capacidade de detecção de 30 mm e um tempo de resposta de 30 ms (t1).
Calcular a distância de segurança.

Assume-se que não é possível acessar a zona de risco por cima do ESPE

Como a capacidade de detecção “d” é ≤ a 40 mm, usa-se a Equação 3

SRT = (2.000 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 30 + 60 ms = 90 ms = 0,09 s
d = 30 mm

SRT = (2.000 x 0,09) + 8 (30 –14) mm SRT = 308 mm


200
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 3
Calcular a distância mínima, S, para a zona de detecção com proteção de
sensor eletrossensitivo montado na vertical e determinar a altura, b, do
feixe mais alto da zona de detecção.

A máquina tem um tempo de parada de 250 ms (t2), incluindo o tempo


de resposta do sistema de controle. A máquina é equipada com sensor
eletrossensitivo utilizando um dispositivo de proteção ativo optoeletrônico
na vertical (AOPD), tendo uma capacidade de 30 mm (d) e um tempo de
resposta de 30 ms (t1). A altura da zona de perigo sobre o plano de
referência é 800 mm (a). O dispositivo de proteção ativo optoeletrônico é
ativado a uma altura de 200 mm.

t1 = 30 ms
t2 = 250 ms
d = 30 mm
a = 800 mm 201
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 3 (Primeiro passo – cálculo de S)
Assume-se que é possível acessar a zona de risco por cima do ESPE

Como a capacidade de detecção “d” é ≤ a 40 mm, usa-se a Equação 3

SRT = (K x T ) + CRT = (2.000 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 30 + 250 ms = 280 ms = 0,28 s


d = 30 mm

SRT = (2.000 x 0,28) + 8 (30 –14) mm = 560 + 128

SRT = 688 mm

Como SRT é > 500 mm, pode se usar a equação 4

SRT = (1.600 × T ) + 8 (d – 14) 202


Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 3 (Primeiro passo - continuação)

SRT = (1.600 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 30 + 250 ms = 280 ms = 0,28 s


d = 30 mm

SRT = (1.600 x 0,28) + 8 (30 –14) mm = 448 + 128

SRT = 576 mm

203
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 3 (Segundo passo)

• Determinação da distância adicional para a ZP, CRO


• Altura mínima do sensor eletrossensitivo de proteção para
detecção de contorno por cima da zona de detecção b

S = (K × T ) + C equação geral 2

Considerando CRT = CRO = 128 mm

Na tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855, sendo a = 800 mm, o


próximo valor menor (seguro) de CRO é 0 mm, daí temos que:

b = 1.600 mm
204
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

205
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 3 (Terceiro passo)

Sendo CRO = 0,

SRO < SRT

Adotar o maior valor. Então,

S = SRT = 576 mm

206
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 4
Calcular a distância mínima, S, para a zona de detecção com proteção de
sensor eletrossensitivo montado na vertical com uma altura, b, com altura
de extremidade superior da zona de detecção de 1.340 mm.

A máquina tem um tempo de parada de 200 ms (t2), incluindo o tempo


de resposta do sistema de controle. A máquina é equipada com sensor
eletrossensitivo utilizando um dispositivo de proteção ativo optoeletrônico
na vertical (AOPD), tendo uma capacidade de 20 mm (d) e um tempo de
resposta de 40 ms (t1). A altura da zona de perigo sobre o plano de
referência é 650 mm (a). O dispositivo de proteção ativo optoeletrônico é
ativado a uma altura de 200 mm.

b = 1.340 mm
t1 = 40 ms
t2 = 200 ms
d = 20 mm
207
a = 650 mm
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 4 (Primeiro passo – cálculo de S)
Assume-se que é possível acessar a zona de risco por cima do ESPE

Como a capacidade de detecção “d” é ≤ a 40 mm, usa-se a Equação 3

SRT = (K x T ) + CRT = (2.000 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 40 + 200 ms = 240 ms = 0,24 s


d = 20 mm

SRT = (2.000 x 0,24) + 8 (20 –14) mm = 480 + 48

SRT = 528 mm

Como SRT é > 500 mm, pode se usar a equação 4

SRT = (1.600 × T ) + 8 (d – 14) 208


Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 4 (Primeiro passo - continuação)

SRT = (1.600 × T ) + 8 (d – 14)

T = t1 + t2 = 40 + 200 ms = 240 ms = 0,24 s


d = 20 mm

SRT = (1.600 x 0,24) + 8 (20 –14) mm = 384 + 48

SRT = 432 mm

Como, nesta situação, S < 500 mm, então:

SRT = 500 mm

209
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 4 (Segundo passo)

• Determinação da distância adicional para a ZP, CRO


• Sendo a = 650 mm e b = 1.340 mm

Da tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855, temos que:

CRO = 500 mm

SRO = (K x T ) + CRO = (2.000 × 0,24 ) + 500

SRO = 480 + 500 = 980 mm; sendo SRO > 500 mm, pode-se usar
a equação 4

SRO = (1.600 x T ) + CRO = (1.600 × 0,24 ) + 500 = 384 + 500

SRO = 884 mm 210


Dispositivo de segurança eletrossensitivo

211
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 4 (Terceiro passo)

Determinação da distância mínima, S, por comparação entre


SRT e SRO

SRO > SRT

Adotar o maior valor. Então,

S = SRO = 884 mm

212
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 5
Um acesso inadvertido para a zona de perigo da máquina é detectado por um
dispositivo optoeletrônico de proteção. A altura da zona de perigo de 600 mm é
assumida.
A avaliação dos riscos indica que múltiplos feixes separados são apropriados e,
por conseguinte, um ESPE de três feixes é selecionado em acordo com o Anexo
E da ABNT NBR ISO 13855.
O tempo de parada do sistema da máquina é de 300 ms (t2) e o tempo de
resposta do mecanismo de proteção é de 35 ms (t1).
A partir da Tabela E.1, convém que os feixes de luz sejam fixado em 300 mm,
700 mm e 1.100 mm a partir do chão.

a = 600 mm
t1 = 35 mst
t2 = 300 ms
213
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 5 (Primeiro passo – cálculo de S)

Nos casos de múltiplos feixes separados, aplica-se a equação 5:

SRT = (1.600 x T) + 850


Onde:
K = 1.600 mm/s
C = 850 mm (valor considerado como sendo o alcance-padrão do braço)

T = t1 + t2 = 35 + 300 = 335 ms = 0,335 s

Então, temos que:

SRT = (1.600 x 0,335) + 850 = 536 + 850 = 1386 mm

SRT = 1.386 mm
214
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 5 (Segundo passo)
Uma vez que a altura do último feixe superior é de 1.100 mm, o
alcance por cima é considerado.

Então, temos que a = 600 mm e b = 1.100 mm

Da tabela 1 da ABNT NBR ISO 13855, temos que:

CRO = 750 mm

SRO = (K x T ) + CRO = (1.600 × 0,335 ) + 750

SRO = 536 + 750 = 1286 mm

SRO = 1.286 mm
215
Dispositivo de segurança eletrossensitivo

216
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 5 (Terceiro passo)

Determinação da distância mínima, S, por comparação entre


SRT e SRO

SRO < SRT

Adotar o maior valor. Então,

S = SRT = 1.386 mm

217
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 6
Calcular a distância mínima, S, para a zona de detecção com proteção de
sensor eletrossensitivo montado na vertical, com possibilidade de uma
aproximação indireta à zona de perigo.
A máquina tem um tempo de parada de 250 ms (t2) e uma capacidade de
detecção do sensor de 30 mm (d) e um tempo de resposta de 30 ms (t1).
Para atingir a zona de perigo, é necessário ultrapassar um obstáculo
conforme demonstrado na figura abaixo:

t1 = 30 ms
t2 = 250 ms
d = 30 mm
I1 = 100 mm (dado de projeto)
I3 = 200 mm (dado de projeto)

218
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 6
Da Equação 4 temos que:

S* = (1.600 x T) + 8 (d –14)

Onde:

S* = (K × T) + C = l1 + l2 + l3 (usando a Equação 13, é a


distância efetivamente percorrida da zona de perigo para a zona de
detecção em milímetros (mm);
T é o desempenho total do sistema de parada de (250 + 30) ms =
280 ms = 0,28 s.
d = 30 mm.

Então: S* = (1.600 x 0,28) + 8 (30 – 14)

S* = 576 mm 219
Dispositivo de segurança eletrossensitivo
Exercício 6
A distância horizontal assumida neste exercício, o qual foi definido pelo
projeto e resultados a partir de l1 e l3, a seguir totaliza:

S1 = 60 mm
S3 = 75 mm

Sabendo que S* = I1 + I2 + I3 , temos que:

l2 = S* – ( l1 + l3) = 576 mm – 300 mm = 276 mm

A distância horizontal do equipamento de proteção eletrossensitivo


para a zona de perigo, portanto é:

S = S1 + S2 + S3 = 60 mm + 276 mm + 75 mm

S = 441 mm
220
Comando bimanual

Utilizado no acionamento seguro de máquinas


com o intuito de aumentar a eficiência e garantir
a segurança do operador.

221
Controles bimanuais
• Requerem o pressionamento simultâneo para acionar a máquina.

• As mãos do operador devem estar em local seguro (sobre os botões


de controle) e a uma distância segura em relação à área perigosa
enquanto a máquina completa um ciclo.

222
Comando bimanual

223
Comando bimanual: estudo de caso

Será que é necessário


equipamentos ou dispositivos caros
para adequar as máquinas à NR-12?

Fonte: 4º Seminário de Trefilação - 2013 224


Comando bimanual: estudo de caso
Problema: 349 consoles bimanuais inadequados

225
Comando bimanual: estudo de caso

Fonte: 4º Seminário de Trefilação - 2013 226


Comando bimanual: estudo de caso

Fonte: 4º Seminário de Trefilação - 2013 227


Proteção pela Localização /Afastamento

• Localizar a máquina ou suas


partes perigosas , de modo
que não sejam acessíveis ou
não manifestem perigo para
o trabalhador durante a
operação normal.
• Manter distanciamento da
área perigosa.

228
Botoeiras eletrônicas

Botões eletrônicos que substituem os mecânicos utilizados


para acionamento de máquinas.
Por serem ergonômicos reduzem a ocorrência de doenças
profissionais.

229
Relés de segurança

Dispositivos responsáveis pelo acionamento seguro de


máquinas.
São dotados de sistema auto-check, supervisão de contatos
e sistema de duplo canal.

Controle de simultaneidade Rele auxiliar Controle de parada

230
Dispositivo puxador.

• Utiliza uma
série de cabos
presos às
mãos, dedos ou
braços do
operador.

• É usado em
máquinas com
ação de pistão.

231
Dispositivo puxador.

232
Dispositivo Restritor
• Utiliza cabos presos às mãos do operador e um ponto fixo.

• Deve ser ajustável para levar o operador a trabalhar dentro de uma área
de segurança pré-determinada.

• Ferramentas de alimentação manual são naturalmente necessárias se a


operação envolver posicionamento de material dentro da área perigosa.

233
Etiquetagem de segurança em máquinas

234
Etiquetagem de segurança em máquinas

235
Alimentação Automática

Guarda
Enclausurante
Transparente

Rolo de suprimento

Area
Perigosa

Pedal protegido

236

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