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Manual Básico Cbmerj - Volume 2
Manual Básico Cbmerj - Volume 2
Manual Básico de
Bombeiro Militar
Vol. 02
TECNOLOGIA E MANEABILIDADE EM SALVAMENTOS
Revisto e Atualizado
Rio de Janeiro - 2017
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Diretoria Geral de Ensino e Instrução
Manual Básico de
Bombeiro Militar
Volume 02
Manual Básico de
Bombeiro Militar
Volume 02
Equipe de apoio
Subten BM Renilton Dias dos Santos
1º Sgt BM Rodrigo da Silveira Marins
2º Sgt BM Alexandre Barbosa de Oliveira
2º Sgt BM Ricardo Patrocínio de Oliveira
9.2.25. Vara de Manobra com Croque na Ponta........ 186 9.4.5.4. Métodos de ancoragem...................... 284
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
9.2.1.1. Componentes do
Motor 4 T – gasolina aditiva-
Desencarcerador
Motorização da 1,1 litros – potência do mo-
tor 4HP – peso 37kg i. Bomba hidráulica
Antes de iniciar a operação é importante que todos • Não permita que a almofada receba pressão
os bombeiros que estiverem operando o equipamen- acima da necessária para erguer ou escorar
to estejam usando os EPIs adequados como capace- a carga em que se está operando. Assim que
o objetivo estiver erguido na altura desejada,
te, óculos de proteção, luvas, botas, etc. Deve-se ava-
calce-o ou escore-o, e durante o calçamento
liar cuidadosamente o que será feito, determinando o
o operador deve interromper o enchimento,
peso e o tamanho a ser movimentado, sempre garan- lembre-se que as almofadas não precisam de
tindo o máximo contato entre a almofada e a carga. uma superfície regular para apoiar-se, mas é
ii)Sequência: necessário calçamento e escoramento. Nun-
ca trabalhe sob a carga apoiada penas pela
1º)Fixe o cilindro em um ponto fixo, poste, muro ou almofada.
carro e inspecione as válvulas do cilindro e o re-
• As almofadas não podem ser usadas sob obje-
gulador para verificar a presença de defeitos na
tos cortantes ou em uma superfície com tempe-
rosca, sujeira, poeira, óleo ou graxa;
ratura superior a 105ºC, contudo se isto for ab-
2º)Enrosque o regulador de pressão ao cilindro e solutamente necessário, coloque uma proteção
aperte firmemente; flexível (lonas industriais, borracha, couro, pro-
teções de mangueira) entre a superfície quente
3º)Antes de abrir a válvula do cilindro, deve-se ou cortante e a almofada.
girar a alça em “T” do manômetro até a mola
• Duas almofadas podem ser usadas simultanea-
de ajustagem estar solta, posicione-se do
mente, tanto para levantar grandes pesos com
lado oposto ao regulador e abra lentamente
dois pontos de apoio, ou empilhadas, para ga-
a válvula do cilindro, matendo-se entre o ci-
rantir um maior deslocamento, sendo que nes-
lindro e o regulador. Depois calibre o manô- te caso, a maior ficará embaixo e esta deve ser
metro de baixa pressão para 125Psi girando inflada primeiro.
a alavanca em “T”, o botão de ajustagem para
a direita. • Para esvaziar a almofada, feche ambas as vál-
vulas de controle e lentamente gire o botão da
4º)Conecte a mangueira do regulador (preta) na válvula de segurança para a direita.
VCVS, e em seguida abra completamente a vál-
vula de saída de ar, girando o botão para contro- 9.2.5. Tirfor
le de saída de ar para a direita, o que levará o ar
Durante várias décadas o uso do Tirfor constituiu-se
até a válvula de controle, conecte a almofada e
como o elemento chave das operações de desencarce-
coloque-a sob a carga, e antes de inflá-la verifi-
ramento. Ancorado em postes, árvores ou mesmo na
que se as válvulas de segurança (alívio) estão na
posição “FECHADO”. viatura de salvamento, por intermédio da tração de um
cabo de aço que passava pelo seu interior e era traciona-
5º)Proceda à abertura da válvula de controle do pela ação conjugada de dois mordentes em trabalho
lentamente, e dessa forma vá controlando alternado.
o levantamento da carga, sempre mantendo
Produzido pela filial brasileira da empresa alemã CI-
atenção à pressão a que ela está submetida,
através do manômetro correspondente da DAM, o nome Tirfor se tornou de uso corrente e de termi-
VCVS, e quando o manômetro estiver acu- nologia técnica ao invés de “Sistema de Tracionamento
sando pressão na área vermelha a válvula de de Cabos de Aço”, nome este que adotamos nesta publi-
segurança deverá abrir e o ar escapará por ela cação para uma maior facilidade de emprego de nomen-
em grande velocidade. clatura. Abaixo será descrita as características técnicas
i)Funcionamento:
Consiste no princípio de acionamento do cabo de
sustentação, em vez de enrolar-se em um tambor, como
nos aparelhos clássicos de içamento, é puxado em linha
reta por dois pares de mordentes de ajuste automático e
forma apropriada. Fechados em um cárter, os dois pares
1 – Orifício para a admissão do cabo de mordentes, movendo-se alternadamente, agarram o
cabo como duas mãos. O esforço é transferido para os
2 – Alavanca de avanço
mordentes por meio de duas alavancas - uma de avanço
3 – Alavanca de recuo e outra de marcha-a-ré - as quais funcionam através de
um sistema de chaves, que comandam o travamento dos
4 – Punho de debreagem
mordentes no cabo. Os dois blocos de mordentes são le-
5 – Trava de debreagem vados ao fechamento pela própria tração do cabo, assim:
6 – Gancho/bloco de ancoragem “quanto mais pesada a carga, mais sólido será o aperto”.
7 – Alavanca telescópica
Para facilitar a operação do aparelho Tirfor, é possível
abrir simultaneamente os dois pares de mordentes para
8 – Cabo de aço introduzir o cabo de aço. Para dar tensão ao cabo de aço,
desengatar o aparelho. Para soltar simultaneamente os
dois pares de mordentes é necessário puxar o mecanis-
1. Orifício para admissão do cabo; mo de marcha-a-ré.
2. Alavanca de avanço – Destina-se ao movimento
ii)Segurança:
alternado de vai e vem, acionando os pares mor-
dentes para o tracionamento da carga, acionado Ao operar um aparelho TIRFOR em sentido inverso,
pela alavanca telescópica que nela se encaixa, você rapidamente se conscientiza de como é perfeita-
quando nesta operação; mente seguro. Naturalmente, notará que deverá exercer
3. Alavanca de recuo – Destina-se ao movimento um certo esforço nas alavancas. Este esforço correspon-
alternado de vai e vem, acionando os pares de de ao exigido para forçar o cabo a passar pelos morden-
mordentes para o retorno do cabo e favorece
v)Operação:
O militar deve manter atenção especial ao EPI, princi-
palmente com relação às mãos, que são um alvo freqüen-
te de lesões. Após este cuidado, o militar deve desenro-
lar o cabo, pressionar o punho de debreagem em direção
à alavanca telescópica até travá-lo, introduzir a ponta
do cabo até sair do lado oposto, ancorar o aparelho pelo
eixo de ancoragem num ponto fixo e resistente, puxar o
cabo, a mão, até ficar bem esticado e colocar o punho de
debreagem à posição inicial.
Antes de iniciar o tracionamento, é conveniente a ve-
Fig. –tirfor debreagem acionada
rificação da ancoragem do aparelho e o ângulo de traba-
lho, para que o cabo trabalhe em linha reta, então deve-se
introduzir e travar a alavanca telescópica no seu braço e
para içar ou tracionar, movimenta-se a mesma em vai e
vem, obter o deslocamento desejado da carga.
Fig. – Linga
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
8 – Protetor do punho
9 – Retém do acelerador
10 – Vela de ignição
11 – Tampa do cárter
12 – Garra
Fig. – Gerador
ERRADO CERTO
Fig. como ligar a motosserra
Nunca coloque a motosserra em funcionamento de forma suspensa, pois dessa forma, poderá ferir-se ou ou-
tra pessoa que estiver próxima. Cuidado redobrado quando a utilização do equipamento for feito no alto da
árvore devendo o operador possuir o conhecimento técnico e o domínio da motosserra.
2 – Protetor de disco
3 – Punho
4 – Filtro de ar
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
Fig. – Rádio
9.2.11. Oxi-explosímetro
É um instrumento, portátil, confiável e de fácil utili-
zação para a detecção da presença de oxigênio e gases
combustíveis. Sempre que houver a presença de algum
gás combustível em porcentagem que venham a ofere-
cer risco de explosão o mesmo disparará um alarme lu- Fig. – Tripé
minoso, bem como um alarme sonoro indicando o risco
do local, isso ocorrerá também quando da alteração de 9.2.13. Cabo ou corda
oxigênio. Pode ser manuseado facilmente nas situações Basicamente a corda é formada por fios unidos e tor-
e ambientes mais adversos. cidos uns sobre os outros, formando um conjunto unifor-
me e resistente à tração. Existem vários tipos de cordas,
principalmente em função do material usado em sua fa-
bricação, entre eles temos os cabos de fibras de origem
animal (seda, crina e couro), os cabos de fibra vegetal
(manilha, sisal e cânhamo), os de fibra sintética (nylon,
seda, polietilenos, poliamida, poliéster, etc.) e os de fibra
mineral (aço).
No CBMERJ as cordas tem normalmente diâmetros
de 9 a 11mm e comprimentos variando em 30, 50, 60, 100
ou 200m dependendo do seu uso. Podem ser estáticas
ou semi-estáticas (mais usadas em salvamentos em altu-
ras) e dinâmicas (usadas em salvamento em montanhas).
I)Partes da corda:
g. Falcaça: É o agrupamento dos cordões na extremi- Existem vários modelos com utilidades específicas,
dade da corda para evitar que este desacoche; como o simétrico ou oval, assimétrico, pêra e semi-oval.
Também diferem entre si dependendo do tipo de gatilho,
h. Firme: Parte livre da corda próxima à ancoragem.
sem trava, ou com trava que pode ser de rosca ou auto-
mática.
Possuem resistências diferentes, sempre com a ins-
crição da sua capacidade expressa em KN, gravada ao
longo do corpo ou dorso, cujo valor do mesmo é de 100Kg
para cada 1KN.
Os mosquetões sem trava, no CBMERJ, são conheci-
dos como molas.
Fig. – Corda
Fig. – ascensores
9.2.24. Tesourão
É uma ferramenta formada de aço com lâminas que é
utilizada no corte de barras metálicas, fios, cabos, ara-
mes e chapas. O tamanho da ferramenta é proporcional a
sua capacidade de cortar peças de maior espessura.
9.2.26. Alavanca
9.2.28. Machado
Equipamento aplicado em vários tipos de salvamen-
Ferramenta de aço com o formato semicircular e de
tos, constituído de uma barra de ferro de seção circular
gume afiado dotado de um cabo de madeira, usado em
ou octogonal, com comprimento, formas e extremidades
arrombamentos e cortes.
variadas, usado em atividades de arrombamento e des-
locamento de cargas.
Fig. – pá quadrada
Fig. – malho
Individual
Segundo a Norma Regulamentadora nº 06 do Ministé-
rio do Trabalho, Equipamento de Proteção Individual (EPI)
é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetí-
veis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A seleção destes equipamentos deve ser bastante cri-
teriosa, tendo em vista o fato de afetarem diretamente o
próprio desempenho do militar. Segundo Roberge (2008,
p.135 apud BELTRAME, 2010,p.12) “o uso impróprio do EPI
pode impactar de forma negativa o trabalhador em seu
desempenho, segurança, conforto físico e emocional, co-
municação e audição”.
Fig. – capacete F2X MSA
São equipamentos utilizados para manter a seguran-
ça do usuário, são utilizados quando as medidas coleti-
vas de segurança não garantem a proteção necessária.
9.3.2. Luvas de proteção
São de extrema importância e necessidade para as ati-
vidades de bombeiro, um socorrista ferido perde parte Luva usada em atividades que gerem atritos que po-
de seu potencial para resgatar uma vítima e pode vir a deriam ferir a mão, podendo ser de vaqueta, de raspa de
se transformar em uma nova vítima, dificultando muito a couro ou de outros materiais com resistência química,
operação e sobrecarregando seus companheiros. como a butílica ou a nitrílica, entre outras.
Fig. – jardineira
No caso de incêndio, as distâncias serão de 20 metros do ponto de colisão e, caso haja risco de explosão, de, no
mínimo, 200 metros.
ii)Sinalização/Isolamento do local: ficando a uma distância mais larga que a ocupada pela
A sinalização do local deverá ser feita desde a distân- viatura, tal procedimento, de extrema importância, serve
cia de 1 x velocidade máxima da pista, ou seja, em uma como prevenção à ocorrência de outros acidentes se-
pista de velocidade máxima de 100 km/h, a sinalização cundários. A sinalização deverá envolver toda a cena do
deverá se iniciar a 1 x 100 = 100 metros, ou para facilitar acidente, o local deverá ser isolado de forma a limitar o
a demarcação dessa distância, adota-se um passo longo acesso apenas àqueles que trabalham na ocorrência.
para cada metro, sendo assim, a distância de isolamento No caso de curvas a sinalização deve ter início antes
dessa pista ficaria de 100 passos longos. da mesma, se o acidente ocorrer em locais de aclive ou
Essa sinalização deverá ser feita obrigatoriamente declive acentuado, a sinalização deve ter início no lado
por meio de dispositivos (cones) fotoluminescentes (que oposto do mesmo, em caso de anormalidades (presen-
brilhem a exposição da luz), no mínimo sete cones devem ça de chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à noite, etc.)
ser utilizados, ficando o primeiro deles, o mais distante a distância de sinalização dever ser dobrada por motivo
da viatura, encostado ao meio feio da pista e o último de segurança.
iii)Uso do EPI:
Todos os bombeiros deverão estar usando o EPI ade-
quado: capacete, capa de aproximação, luvas cirúrgicas,
luvas de raspa de couro, equipamento autônomo de res-
piração artificial (caso o evento seja pertinente a vaza-
mento de produtos perigosos);
Para os casos que envolvam riscos elétricos deverá
ser acrescido o EPI dos seguintes materiais: capacete de
segurança, calçado de segurança, luva de segurança iso-
lante de borracha, manga de segurança isolante de bor-
racha, vestimenta condutiva de segurança, multímetro,
croque com cabo isolante, tesourão com cabo isolado,
alicate com cabo isolado, chave de fenda com cabo iso-
lado, tapete isolante, protetor facial para arco elétrico,
óculos de segurança.
Fig. – bombeiro equipado com EPI adequado
CORTE DIRECIONAL
1/3 de diâmetro
Filete de ruptura
Corte de abate
Direção
Corte de abate
Fig. – corte de abate Fig. – Análise Preliminar antes do Corte e Preparação do Sis-
tema de Elevador
i)Definições:
A seguir teremos uma visão geral bem como a de cada
parte que compõe o sistema de um elevador :
Fig. – contrapeso
Fig. – poço
1 - Utilização do malho
2 - moto-cortador
3 - desencarcerador
Fig. – porta de vidro
• Tiverem suportado uma carga ou impacto vio- • Guardar as cordas em local fresco e ventilado,
lento ou uma sobrecarga (força superior a carga longe de lugares úmidos e livres da ação de ro-
de trabalho). edores.
• Aparentarem a alma danificada. Essa observa- • Cortar a corda quando apresentar avaria (re-
ção é feita durante a inspeção da corda. Nesse tirando a parte danificada) remarcando o seu
caso, corta-se a corda.
comprimento.
• Apresentarem grande desgaste na capa.
• Utilizar nós adequados à atividade.
• Tiverem contato com reagentes químicos.
v)Outras recomendações
Independente das circunstâncias, a vida útil de
uma corda jamais deverá exceder a 5 anos. Deve ser
visto também que o período de armazenamento, bem
como o de uso, quando acumulados, jamais deverão
exceder a 10 anos. Antes da primeira utilização, a
corda deverá ser mergulhada em água, ficando nessa
situação por um período de 24h e, após esse tempo,
deverá ser posta para secar a sombra, por um período
mínimo de 72h.
~~ Nó simples
O nó mais simples de ser feito, serve para o arremate
de outros nós, conhecido neste caso como “cote”.
ii)Pescador duplo
Semelhante ao nó anterior pode ser usado para a se-
gurança em descidas em cordas, feito no chicote da mes-
ma evitando que o olhal menor do aparelho oito passe
por ele, prendendo assim o bombeiro a corda em caso de
acidentes.
Fig. – nó de frade
Fig. – nó duplo
Fig. – nó direito
Fig. – nó de envergue
Fig. – nó esquerdo
Fig. – nó de aboço
xii) Volta do Fiel pelo chicote ou Nó de Barqueiro este nó das duas formas, pelo seio e pelo chicote, depen-
Exatamente igual ao nó anterior. A volta do fiel recebe dendo do local da ancoragem uma das duas formas será
também o nome de nó de barqueiro quando executado melhor para a confecção do nó ou simplesmente não será
pelo chicote. É importante o bombeiro saber executar possível executá-lo da outra forma.
xiii) UIAA
É um nó de segurança dinâmica, o atrito com o próprio
cabo minimiza o risco de grandes impactos em queda,
permite até o bloqueio da corda, evitando a queda.
xvii) Marchand
Nó bem semelhante ao anterior, usado basicamente
para a mesma função.
xviii) Bachman
Nó também muito parecido com os dois anterio- movimentado, simulando a função de um aparelho
res. Onde um mosquetão será usado onde o nó será ascensor.
Fig. – nó de catau
Fig. – Harnês
Fig. – Nó de borboleta
Fig. – Nó de trapa
Fig. – nó de mula
Fig. – nó paulistaa
Fig. – cariocão
iv) Corrente tripla a passagem destas pelo nó as encontre com a alça feita
Começa-se da mesma forma que a corrente simples, anteriormente, ficando assim com três elos a corrente,
a grande diferença é que ao invés de se puxar o seio da repete-se este processo até o próximo ao final da corda
corda pela alça do nó eleva-se a corda acima do nó princi- onde o arremate será feito semelhante ao da corrente
pal e puxam-se as duas cordas que ficam na vertical, após simples, só atentando para o detalhe de que desta vez as
voltas deverão ser feitas ao redor dos três elos.
4º Passo 5º Passo
Fig. – movimento de ascensão
v) Resgate de suicida
A técnica descrita a seguir é mais comum no CBMERJ com o militar que está abaixo da vítima por meio de rá-
para resgate de suicidas em alturas, como nenhum salva- dio e os outros três ficarão do lado de fora da edificação
mento é igual ao outro esta técnica necessita de algumas prontos para o rapel.
condições e em determinados salvamentos ela deverá Os três militares do rapel deverão estar com três cor-
ser adaptada ou não resultará em êxito da guarnição. das ancoradas, deverão estar equipados e checados e
Pelo menos cinco bombeiros são necessários para a com a corda para descida enrolada em coroa japonesa
execução. Um deverá ficar num andar abaixo da vítima com o arremate solto em suas mãos, quando receberem
ou no solo fazendo contato com a mesma, a acalmando a ordem para o salvamento deverão soltar as cordas e fa-
e mantendo contanto com a equipe de salvamento tam- zerem o rapel juntos para abordarem a vítima sem deixar
bém por meio de rádios. chances para que ela caia, todos os procedimentos no
andar superior deverão ser no maior silêncio, evitando
Outros quatro bombeiros deverão ficar dois andares que a vítima perceba a situação o que poderá fazer com
acima do andar onde a vítima está. Um deles fará contato que ela se antecipe e se jogue, inclusive o deslocamento
Após a abordagem da vítima e o resgate com sucesso ela deverá receber os cuidados da equipe de socorros de ur-
gência (ASE/SB).
v) Faca:
Ferramenta versátil utilizada em várias operações de
salvamento.
Apito
Faca
Colete salva-vidas
Saco de arre-
messo. São
confecciona-
dos em mate-
rial que tem
Laço para arre-
flutuabilidade
messo da corda.
positiva. Com-
Não deve ser co-
portariam
locado em volta
cerca de 15 a
do pulso.
25 metros de
corda, depen-
dendo do seu
diâmetro.
Roupa de neoprene pro-
tege o militar de objetos
cortantes e tem a função
de isolante térmico
Quando a operação ocorre em águas abertas, o ideal é • Evite arrastar o bote no deslocamento até a
a utilização de embarcações de fibra com comprimento água;
maior do que 6m, com motor de centro com potência su- • Evite uso de produtos químicos no bote;
ficiente para vencer correntezas, além de razoável esta-
• Nunca guardar o bote molhado e nem totalmen-
bilidade em mares agitados. No entanto, botes infláveis
te cheio;
de fundo rígido e motor de centro não deixam de ser boas
opções para esse tipo de operação. • Recomenda-se aplicação periódica de emulsão
e silicone para reidratar o tecido;
• Quando estiver exposto ao sol ou calor intenso,
deve-se controlar a pressão dos compartimen-
tos;
• A quilha central quando em navegação, deverá
estar sempre cheia;
• Não usar motorização superior ao recomenda-
do pelo fabricante;
• Aplicar, periodicamente, verniz nas partes de
madeira;
• Quando o bote estiver na água, jogue água pe-
riodicamente sobre os tubulões, para evitar o
rompimento das emendas.
b) Procedimentos para casos de bote emborcado: Caso
o bote utilizado pela guarnição venha a emborcar (vi-
rar de cabeça pra baixo) durante a operação, devem
ser adotados os seguintes procedimentos, que po-
dem ser realizados por um ou mais militares.
Certificar-se que o bote esteja em um local seguro,
preferencialmente sem correnteza. Caso haja corrente-
za, providenciar uma amarração para evitar que o mesmo
Fig. –tipos de botes infláveis se desloque;
Fig. – Leitura de velocidade do rio, formando remanso abaixo Fig. – método de saída de refluxo.
das pedras e locais de correnteza entre elas.
Baixo Alcançar
Moderado Arremessar
Elevado Entrar
Extremo Helicóptero
Pelo fato das técnicas de bote e helicóptero possu- i) Alcançar: esta técnica se caracteriza por tentar al-
írem procedimentos e necessidades muito peculiares cançar a vítima com um remo, escada, ganchos, desde a
para serem aplicadas, neste manual básico abordaremos margem sem que o resgatista tenha que entrar na água;
as técnicas de: Alcançar, Arremessar e Entrar.
Fig. – - Vitima segurando a corda abaixo dos ombros com a corda passando por cima dos ombros, (CORRETO); 2 - Vítima segurando
a corda por baixo dos ombros, sem a corda passar pelos ombros (ERRADO); 3 - Vítima segurando a corda por cima dos ombros,
com a corda passando por cima do ombro, melhor estabilidade (CORRETO). FONTE CBMMG
Direção da correnteza
A posição consiste em ficar em decúbito dorsal, ou No salvamento em enchentes, faz-se necessário que o
seja, “boiando de costas”, com os pés voltados para RIO militar tenha um bom domínio no meio aquático, apesar
ABAIXO e braços estendidos na lateral do corpo para dar de estar em um meio terrestre que foi inundado como já
estabilidade à natação. foi dito. Isso é necessário, tendo em vista que pode ser
que seja preciso em algum momento durante uma ação
Quanto mais o corpo ficar estendido, menor são as
de salvamento, de se realizar uma submersão ou nado
chances de bater ou se enroscar em algo que esteja no
submerso, por exemplo, ou até mesmo que seja necessá-
leito do rio.
rio nadar de um lugar para outro, atravessando uma rua
que esteja inundada.
Fivela de soltu-
Colocar a linha de vida
ra rápida
amarrada ao anel do colete
Número de risco
Número ONU
Número Significado
2 Gás
3 Líquido inflamável
4 Sólido inflamável
7 Radioativos
8 Corrosivos
Número Significado
0 Ausência de risco
1 Explosivo
2 Emana gás
3 Inflamável
4 Fundido
5 Oxidante
6 Oxidante
7 Radioativo
8 Corrosivo
Perigo de reação violenta resultante da decomposição espontânea ou de poli-
9
merização
Quando pensamos em uma emergência envolvendo Os raios de isolamento são bastante variáveis, pode-
produtos perigosos (EEPP), devemos levar em conta mos ter isolamento variando de metros a quilômetros,
todo o conhecimento técnico e suporte logístico para dependendo do produto. Estas distâncias constam no
uma resposta avançada. Faz-se necessário o uso de manual de primeira resposta da ABIQUIM, portanto é
roupas de proteção química, montagem de corredor de fundamental a presença deste manual nas guarnições de
descontaminação, além do uso de equipamentos especí- socorro das unidades.
ficos. Dentro do isolamento temos a delimitação das áreas
Desta forma, devemos neste manual básico nos ater de trabalho que tem a finalidade de selecionar o acesso
às ações que devem ser executadas pelos militares que às regiões mais contaminadas, dividimos ao todo em
não contam com todo este aparato e conhecimento para três áreas que definiremos a seguir:
empregar na emergência. • Área Quente – É toda a área onde a possibilidade
Para tanto tomamos as ações que denominamos pri- de contaminação é máxima. É o local que só deve
ser acessado pelas equipes de intervenção que
meira resposta, que seriam os procedimentos que não
são formadas por especialistas em produtos pe-
envolvessem o contato direto com o produto já que, no
rigosos e devidamente equipados, com a finalida-
caso de contaminação, o militar não o suporte para se
de de evitar a contaminação própria e de evitar o
descontaminar. transporte de contaminação para as outras áreas.
A primeira resposta em EEPP é composta, basicamen- • Área Morna – É a região que circunda a área
te, por três ações ou medidas que são: quente, é um local que não possui contaminação