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Manual Básico
de
Bombeiro Militar
Volume 02
CAPÍTULO 9
TÉCNICA E MANEABILIDADE DE SALVAMENTO
i) Ferramenta: Objeto manual que serve para realizar uma tarefa, com a energia que
provém diretamente do operador. Exemplos: Guilhotina, barra, martelo e pá.
ii) Equipamento: Máquina ou aparelho de certa complexidade que serve para realizar
uma tarefa e cujo princípio de ação consiste na transformação da energia para
aumentar a capacidade de trabalho. Exemplos: motosserra, martelo de impacto e
moto cortador.
Desencarcerador hidráulico
Especificações técnicas
Motorização Motor 4 T – gasolina aditivada 1,1 litros – potência do motor 4HP –
peso 37kg
Lubrificação Óleo do motor SAE 10W30 – 0,6 litros
Sistema hidráulico Óleo hidráulico – Shell tellus C10/Petrobras HR 10EP/Mobil DTE 21,4
litros
Ferramenta combinada KS35C – força de corte 300KN / força de expansão 80KN / força de
tração 40KN – distância de abertura 36 cm – peso 15,5Kg
Jogo de correntes KSS9 – comprimento 2 metros / força de ruptura 120KN / força de
trabalho 40KN
Cilindro expansor LTR3.5/820 – extensão máxima 1,26 metros / mínima 44,5 cm /
peso 20,8kg / força 1º embolo 24,4KN / 2º embolo 12,2KN / 3º
embolo 3,5KN
É composto por uma bomba hidráulica, que acionada por um motor 4 tempos à
gasolina, pressuriza um sistema formado por mangueiras com sistemas de engate rápido e
várias ferramentas hidráulicas, estas servirão no desencarceramento das vítimas, executando
afastamentos, cortes e tracionamentos.
i) Bomba hidráulica
iii) Expansores – São ferramentas equipadas com braços que têm, em suas
extremidades, ponteiras substituíveis e podem ser utilizados para abertura ou
separação de chapas (Ex. Retirando a porta de um veículo acidentado), ou ainda, no
tracionamento de partes (Ex. elevando-se a coluna de direção para liberar vítima do
volante do veículo), com o concurso do jogo de correntes.
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iv) Ferramenta combinada – Como o próprio nome diz, combina as funções das outras
ferramentas, sendo equipada com braços multifuncionais, que permitem a
realização de cortes, afastamento e tracionamento, este último com auxílio de jogo
de correntes.
A operação só pode ser iniciada depois que os operadores estiverem equipados com o
EPI adequado. De uma forma genérica, a operação das diversas pinças é a mesma, a diferença
está na escolha da pinça adequada para o serviço.
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i) Sequência:
2º) Conferir nível do fluido hidráulico (a marca do óleo não deve ficar abaixo da
metade do visor de nível do mesmo);
4º) Conecte as mangueiras através dos plugues tipo “engate rápido” (evite que as
capas dos engates fiquem expostas, conectando uma na outra) e abra a válvula
de combustível girando-a cerca de ¼ de volta em sentido anti-horário.
9º) Segure a pinça hidráulica pela alça e pelo punho, atuando com o dedo polegar
no disco anatômico proporcionando o movimento desejado, respeitando as
indicações de abertura e fechamento encontradas no corpo da pinça
hidráulica.
O sistema vem acompanhado por três mangueiras: duas mangueiras (uma vermelha e
outra amarela) são conectadas entre a VCVS. Todas as almofadas, mangueiras e reguladores
são equipados com conexões de engate rápido fabricados em tamanho especial para evitar
conexões erradas.
Etiqueta com
Dados técnicos
i) Operação:
ii) Sequência:
1º) Fixe o cilindro em um ponto fixo, poste, muro ou carro e inspecione as válvulas
do cilindro e o regulador para verificar a presença de defeitos na rosca, sujeira,
poeira, óleo ou graxa;
3º) Antes de abrir a válvula do cilindro, deve-se girar a alça em “T” do manômetro
até a mola de ajustagem estar solta, posicione-se do lado oposto ao regulador
e abra lentamente a válvula do cilindro, matendo-se entre o cilindro e o
regulador. Depois calibre o manômetro de baixa pressão para 125Psi girando a
alavanca em “T”, o botão de ajustagem para a direita.
iii) Observações:
Não permita que a almofada receba pressão acima da necessária para erguer ou
escorar a carga em que se está operando. Assim que o objetivo estiver erguido
na altura desejada, calce-o ou escore-o, e durante o calçamento o operador
deve interromper o enchimento, lembre-se que as almofadas não precisam de
uma superfície regular para apoiar-se, mas é necessário calçamento e
escoramento. Nunca trabalhe sob a carga apoiada penas pela almofada.
As almofadas não podem ser usadas sob objetos cortantes ou em uma superfície
com temperatura superior a 105ºC, contudo se isto for absolutamente
necessário, coloque uma proteção flexível (lonas industriais, borracha, couro,
proteções de mangueira) entre a superfície quente ou cortante e a almofada.
Duas almofadas podem ser usadas simultaneamente, tanto para levantar
grandes pesos com dois pontos de apoio, ou empilhadas, para garantir um maior
deslocamento, sendo que neste caso, a maior ficará embaixo e esta deve ser
inflada primeiro.
Para esvaziar a almofada, feche ambas as válvulas de controle e lentamente gire
o botão da válvula de segurança para a direita.
9.2.5. Tirfor
Durante várias décadas o uso do Tirfor constituiu-se como o elemento chave das
operações de desencarceramento. Ancorado em postes, árvores ou mesmo na viatura de
salvamento, por intermédio da tração de um cabo de aço que passava pelo seu interior e era
tracionado pela ação conjugada de dois mordentes em trabalho alternado.
Produzido pela filial brasileira da empresa alemã CIDAM, o nome Tirfor se tornou de
uso corrente e de terminologia técnica ao invés de “Sistema de Tracionamento de Cabos de
Aço”, nome este que adotamos nesta publicação para uma maior facilidade de emprego de
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Fig. Tirfor
7. Alavanca telescópica;
8. Cabo de aço.
i) Funcionamento:
ii) Segurança:
Os aparelhos TIRFOR podem ser para qualquer serviço de içamento e tração dentro de
sua capacidade. São particularmente úteis para trações de içamento a longas distâncias, que
não podem ser feitos por outros equipamentos, em virtude do fato de que comprimento de
cabo pode ser usado.
Caso seja necessário ancorar o TIRFOR no solo, a primeira coisa a fazer, é localizar um
ponto adequado e satisfatório. Uma argola fixada ao solo, uma coluna de suporte, um trilho,
um caminhão, uma árvore, uma viga atravessada no vão da porta ou uma janela, são as
soluções mais fáceis. Ainda assim, é possível que nenhum ponto de ancoragem satisfatório
seja encontrado. Então torna-se necessário criar um ponto de ancoragem no solo.
v) Operação:
O militar deve manter atenção especial ao EPI, principalmente com relação às mãos,
que são um alvo freqüente de lesões. Após este cuidado, o militar deve desenrolar o cabo,
pressionar o punho de debreagem em direção à alavanca telescópica até travá-lo, introduzir a
ponta do cabo até sair do lado oposto, ancorar o aparelho pelo eixo de ancoragem num ponto
fixo e resistente, puxar o cabo, a mão, até ficar bem esticado e colocar o punho de debreagem
à posição inicial.
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Para finalizar a operação, deve-se movimentar a alavanca em marcha a ré, até afrouxar
o cabo e, após isto, elevar o punho de debreagem à frente, liberando o cabo.
9.2.6. Linga
Cabo curto de aço com alças em suas extremidades, que tem por objetivo laçar algum
objeto para transporte, içamento ou arrasto.
Fig. – Linga
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Fig. – Gerador
9.2.8. Motosserra
Este equipamento é essencial nos eventos de corte de árvore, já que facilita o corte
dos galhos e troncos, agilizando o trabalho, mas em momento algum devem ser afastadas as
técnicas e nem o fator segurança, afinal o bombeiro não pode permitir a velocidade influenciar
no fator segurança. A motosserra é composta de um motor a explosão e um sabre com
corrente. Conforme será demonstrado abaixo:
i) Operação:
Para dar a partida na motosserra, o militar deve equipar-se com o EPI, colocar o
afogador em “O”, apertar o botão de meia aceleração e bloqueá-lo. Para acionar o arranque,
deve-se primeiramente fixar a motosserra contra o solo, segurando o suporte tubular com a
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mão esquerda e a manete do cabo de arranque com a direita, retirar a folga do cabo até travar
e puxar rápido e firmemente, não largando no retorno, mas levando-o até a posição inicial.
Errado
Certo
9.2.9. Moto-cortador
Equipamento com o funcionamento semelhante ao da motosserra, contudo usado
para cortes de chapas. É possível a utilização de vários tipos de discos, mas na corporação,
utiliza-se o disco misto para corte (corta ferro e aço), o que capacita o equipamento ao
salvamento de pessoas em acidentes automobilísticos, ou para arrombamentos de portas de
aço, ou ainda outras situações onde caiba sua utilização, como para o corte de vergalhões em
desabamentos.
1 – Disco
2 – Protetor de disco
3 – Punho
4 – Filtro de ar
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
8 – Borboleta da
regulagem do protetor
Fig. moto-cortador
i) Operação:
Fig. – Rádio
9.2.11. Oxi-explosímetro
É um instrumento, portátil, confiável e de fácil utilização para a detecção da presença
de oxigênio e gases combustíveis. Sempre que houver a presença de algum gás combustível
em porcentagem que venham a oferecer risco de explosão o mesmo disparará um alarme
luminoso, bem como um alarme sonoro indicando o risco do local, isso ocorrerá também
quando da alteração de oxigênio. Pode ser manuseado facilmente nas situações e ambientes
mais adversos.
Fig. – Oxi-explosímetro
9.2.12. Tripé
É formado por três peças tubulares com 3,5m de altura, que possuem encaixe na parte
superior, que os mantém unidos, formando uma estrutura piramidal estável. Ele é muito útil
para o içamento de cargas, especialmente em poços. Para a sua utilização deve-se adaptar
uma roldana no centro do aparelho para içar a carga, o que permite a utilização de cordas ou
de cabos de aço.
Fig. – Tripé
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i) Partes da corda:
Fig. – Corda
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9.2.15. Mosquetão
Trata-se de uma peça metálica constituída de um anel com abertura e gatilho para ser
utilizado em ancoragens e no baudrier. No início os mosquetões eram feitos de aço, mas
devido ao seu peso, foram completamente superados pelas novas ligas, que agregam leveza e
resistência.
Hoje a maior parte dos mosquetões é feita de uma liga especial de alumínio, cromo e
zinco, mas existem modelos de titânio, tornando-os leves e resistentes.
9.2.17. Polias
Conhecidas no CBMERJ como patescas, são utilizadas em içamentos de cargas,
transposição de obstáculos, sistemas de força e salvamento com plano inclinado. São
fabricadas em vários modelos.
Fig. – polias
Fig. – ascensores
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9.2.20. Baudrier
Equipamento destinado a envolver o bombeiro ou a vítima dando sustentação ao
corpo com segurança e equilíbrio, fornecendo um ponto de fixação.
Fig. – baudrier
i) Operação:
1º) Dois militares transportaram a escada, com seus ombros entre os banzos da
mesma entre o primeiro e segundo degrau de cada lado;
6º) O militar que sobe na escada leva consigo um cabo solteiro que utiliza para
ancorar a escada, evitando que ela caia.
9.2.24. Tesourão
É uma ferramenta formada de aço com lâminas que é utilizada no corte de barras
metálicas, fios, cabos, arames e chapas. O tamanho da ferramenta é proporcional a sua
capacidade de cortar peças de maior espessura.
Fig. – tesourão
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9.2.26. Alavanca
Equipamento aplicado em vários tipos de salvamentos, constituído de uma barra de
ferro de seção circular ou octogonal, com comprimento, formas e extremidades variadas,
usado em atividades de arrombamento e deslocamento de cargas.
Fig. – alavanca
9.2.27. Halligan
Também conhecida como Hooligan é uma ferramenta muito versátil usada para
entradas forçadas, foi projetada por um bombeiro de New York, FDNY, chamado Hugh Halligan
em 1948, mais tarde naquele ano, o primeiro protótipo da barra Halligan foi feita por Peter
Clarke (um ferreiro).
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9.2.28. Machado
Ferramenta de aço com o formato semicircular e de gume afiado dotado de um cabo
de madeira, usado em arrombamentos e cortes.
Fig. – machado
9.2.29. Malho
Ferramenta em aço de resistência superior aos aços comuns, possuindo uma
extremidade em forma retangular e seção quadrada conectada a um cabo de madeira ou
ferro, à semelhança de uma marreta, destinado a trabalhos que exijam grandes esforços de
deslocamento ou deformação, especialmente em arrombamentos.
Fig. – malho
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9.2.30. Pá
É um equipamento formado por uma chapa metálica de formato côncavo dotado de
um cabo de madeira, usado em remoção de material e escavação, é comum a sua utilização
em colisões quando há o vazamento de combustíveis e óleo, pode ser quadrada, redonda ou
ainda de campanha.
Fig. – pá de campanha
9.2.31. Lanternas
Aparelho destinado à iluminação, alimentado por pilhas, destina-se a iluminação de
pequenas áreas nas operações de salvamento.
Fig. – lanterna
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A seleção destes equipamentos deve ser bastante criteriosa, tendo em vista o fato de
afetarem diretamente o próprio desempenho do militar. Segundo Roberge (2008, p.135 apud
BELTRAME, 2010,p.12) “o uso impróprio do EPI pode impactar de forma negativa o
trabalhador em seu desempenho, segurança, conforto físico e emocional, comunicação e
audição”.
São equipamentos utilizados para manter a segurança do usuário, são utilizados quando
as medidas coletivas de segurança não garantem a proteção necessária.São de extrema
importância e necessidade para as atividades de bombeiro, um socorrista ferido perde parte
de seu potencial para resgatar uma vítima e pode vir a se transformar em uma nova vítima,
dificultando muito a operação e sobrecarregando seus companheiros.
9.3.5. Jardineira
Calça de segurança, confeccionada em PVC, com ajuste e acoplada com botas de PVC,
dá proteção ao bombeiro em seus membros inferiores contra líquidos contaminados.
Fig. – jardineira
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Devem ser empregadas internamente, sob outras luvas, como segurança extra para as
mãos dos usuários. Este tipo de luva, sobretudo, deve garantir a proteção biológica do
bombeiro.
9.4.1. Desencarceramento
A missão do bombeiro de salvamento neste evento é a de retirar as ferragens das
vítimas, permitindo aos bombeiros das viaturas de socorros de emergências (ASE) o
atendimento e a remoção da vítima ao hospital, contudo se a viatura de socorro médico não
estiver no local, a guarnição de salvamento deverá atender as vítimas empregando os
conhecimentos apreendidos na matéria de socorros de urgência e aguardar no local a chegada
da outra viatura (ASE).
Vale lembrar que em nenhum momento o militar deve ficar desatento com o fator
segurança, por ser este essencial para uma operação bem sucedida. São muitos os perigos
existentes nas colisões de veículos, como o de incêndio, instabilidade dos veículos, ferragens
pontiagudas, estilhaços de vidro, produtos perigosos etc. Portanto é necessário utilizar os
equipamentos de proteção individual e tomar medidas para evitar riscos à integridade física
dos bombeiros, da vítima e dos transeuntes.
Sempre que possível, a viatura de salvamento (ABS e ABSL) deve ser posicionada junto
à calçada, a uma distância mínima de 5 metros à frente do evento, de forma que fique
facilitada a retirada dos equipamentos necessários à realização das atividades operacionais.
A viatura de socorro médico (ASE) deverá também ser posicionada à frente, a uma
distância máxima de 5 metros do ponto da colisão, ficando, entretanto, posicionada junto à
margem interna da via de circulação, de forma que fique assegurada a sua partida rápida sem
maiores impedimentos em direção à rolagem da pista.
Essa sinalização deverá ser feita obrigatoriamente por meio de dispositivos (cones)
fotoluminescentes (que brilhem a exposição da luz), no mínimo sete cones devem ser
utilizados, ficando o primeiro deles, o mais distante da viatura, encostado ao meio feio da pista
e o último ficando a uma distância mais larga que a ocupada pela viatura, tal procedimento, de
extrema importância, serve como prevenção à ocorrência de outros acidentes secundários. A
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sinalização deverá envolver toda a cena do acidente, o local deverá ser isolado de forma a
limitar o acesso apenas àqueles que trabalham na ocorrência.
No caso de curvas a sinalização deve ter início antes da mesma, se o acidente ocorrer
em locais de aclive ou declive acentuado, a sinalização deve ter início no lado oposto do
mesmo, em caso de anormalidades (presença de chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à noite,
etc.) a distância de sinalização dever ser dobrada por motivo de segurança.
Para os casos que envolvam riscos elétricos deverá ser acrescido o EPI dos seguintes
materiais: capacete de segurança, calçado de segurança, luva de segurança isolante de
borracha, manga de segurança isolante de borracha, vestimenta condutiva de segurança,
multímetro, croque com cabo isolante, tesourão com cabo isolado, alicate com cabo isolado,
chave de fenda com cabo isolado, tapete isolante, protetor facial para arco elétrico, óculos de
segurança.
v) Estabilização do veículo:
Deverá ser feita antes da abordagem dos veículos acidentados a estabilização dos
mesmos contra tombamento, esmagamento do teto, deslizamento ou contra qualquer outro
movimento que venha a pôr em risco o sucesso da operação, o que deverá ser feito pela
utilização de calços, cunhas, escoras, cabos, fitas tubulares, cabos de aço ou outros
dispositivos aplicáveis.
Deverá ser feito, com a prevenção de uma linha direta, o corte da alimentação de
energia elétrica do veículo, retirando primeiramente o cabo ligado ao borne negativo (-) da
bateria.
Caso seja necessária a quebra dos vidros, estes deverão ser eliminados de fora para
dentro; uma proteção transparente, segura e maleável deve ser utilizada para proteger a
vítima e as equipes de salvamento.
Caso o veículo seja movido a GNV e não havendo chamas envolvendo o cilindro, a
válvula deverá ser fechada. Caso o cilindro de um veículo esteja envolvido em chamas, sua
válvula não deverá ser fechada.
1º) Estabiliza-se a viatura em ambos os lados (utilizamos também, além dos calços e
cunhas, escoras);
2º) Retira-se o vidro traseiro para o primeiro contato com a vítima;
3º) Os vidros são quebrados para que possam ser feitos cortes no pilares;
4º) Antes de quebrar os vidros, proteger a vítima e o socorrista (equipe médica)
com a proteção maleável (cacos de vidro);
5º) Cortar os pilares;
6º) Realizar dois cortes estratégicos no teto na parte traseira e dianteira, próximo
ao solo;
7º) Rebater o teto para o solo, como se estivesse “abrindo uma concha”;
8º) Retirar a vítima.
i) Definições:
c) Abate seccionado: utilizado quando não for possível efetuar a queda livre da
árvore, consiste em seccionar a árvore em pedaços menores, utilizando-se de
técnicas variadas.
d) Corte de abate pleno: realizado acima do corte direcional, mantendo uma faixa
de fratura igual a 1/10 do diâmetro da árvore.
Essa técnica deve ser empregada amarrando-se o galho ou a parte da árvore que
se vai cortar em ponto fixo da própria árvore ou outro ponto de apoio seguro,
efetuando-se em seguida o corte. A adoção dessa técnica evita que a parte
cortada caia de uma só vez.
iv) Procedimentos
2º) O isolamento do local deverá obedecer a uma distância de, no mínimo, duas vezes o
tamanho real da árvore a ser cortada, deverá ser feito com faixas de sinalização,
cordas e/ou cones de sinalização.
3º) Antes de efetuar o corte, deve-se fazer uma avaliação técnica (reconhecimento do
local), bem como uma avaliação do tipo de terreno: se há edificações por perto,
presença de fiação elétrica e principalmente as condições climáticas (possibilidade de
chuvas ou ventos fortes).
7º) Todo bombeiro que tiver que subir na árvore deverá estar ancorado e fazer uma
segurança acima da sua cabeça, bem como o equipamento a ser utilizado e todo
material deverão ser levados para cima da árvore por içamento.
Após o serviço, os BM deverão deixar livres vias e passagens no local do evento. Não é
responsabilidade do CBMERJ a retirada e o transporte dos troncos e galhos cortados.
Nesse caso, torna-se importante que a companhia de eletricidade local seja acionada e
apóie o CBMERJ devido à complexidade do evento. Se não for possível a interrupção do
fornecimento de energia, solicitar junto à companhia o apoio de equipe especializada em
trabalhos.
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i) Definições:
A seguir teremos uma visão geral bem como a de cada parte que compõe o sistema
de um elevador :
c) Contrapeso: utilizado quando não for possível efetuar a queda livre da árvore,
consiste em seccionar a árvore em pedaços menores, utilizando-se de técnicas
variadas.
Fig. – contrapeso
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Fig. – poço
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iii) Procedimentos:
A guarnição padrão para esse tipo de ocorrência é formada com no mínimo três
Bombeiros. O Chefe da Guarnição deverá abrir e operar junto à porta de pavimento mais
próxima da cabina (andar imediatamente superior ou inferior); os outros dois componentes da
guarnição deverão operar acima da caixa de corrida, na casa de máquinas do elevador.
Os dados que deverão ser colhidos são aqueles que irão auxiliar o Comandante da
Ocorrência a fazer um planejamento tático, solicitar meios adequados e prever riscos
adicionais para aquele tipo de ocorrência, dados estes, além daqueles que são padrão de
serem colhidos pelo SsCO, como local da ocorrência, identificação do solicitante etc.
1) Causa do acidente;
2) Tipo de acidente;
3) Quantidade de vítimas;
4) Empresa e contato do técnico;
5) Responsável pela edificação (porteiro, sindico, proprietário) no local;
6) Existência de chave de emergência da porta de pavimento;
7) Riscos potenciais para o atendimento da ocorrência (incêndio,
rompimento de cabos, curtos-circuitos etc.).
Esse tipo de acidente é causado, de modo geral, pela falta de energia elétrica, por
excesso de carga ou por defeitos eletromecânicos no elevador. Obombeiro, ao chegar ao local,
após rápido reconhecimento, deverá avaliar a quantidade de vítimas e o estado psicológico em
que se encontram, informando-as da presença do socorro, procurando tranqüilizá-las,
adotando os seguintes procedimentos:
Vale ressaltar que, no caso de ocorrência de crime, o domicílio deverá ser entregue
somente à autoridade competente.
i) Definições:
b) Abertura de Portas de Enrolar: São portas feitas de metal muito comuns nos
estabelecimentos comerciais, possuem dois tipos de travas, uma junto ao chão e
outra nas laterais. A trava junto ao solo pode estar fixada por um cadeado, que é
facilmente cortado com o tesourão, ou pode estar presa por uma trava tipo
cilindro que prende a porta à argola, que estando à mostra deve ser golpeada
com o malho, agora se não estiver à mostra, é preferível a utilização da pinça
hidráulica do desencarcerador, que deve ser colocada entre a porta e o chão. Já
as travas laterais devem ser cortadas com o moto cortador em suas
extremidades.
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houver risco de ferir alguém com este procedimento, o bombeiro deve colar
fitas adesivas no vidro antes de quebrá-lo.
e) Abertura de Grades: As grades podem ser cortadas com o moto cortador ou com
as pinças hidráulicas do desencarcerador.
9.4.5.1. Cordas
Quando abordamos a questão de salvamento em alturas, um importante material a
ser estudado é a corda. Com o intuito de facilitar e padronizar os nomes das partes de uma
corda adota-se a seguinte terminologia:
da freqüência de utilização;
da forma de emprego (rapel, escaladas, espéleo, sob tensão, etc.);
da sua manutenção adequada;
do excesso de trabalhos mecânicos;
dos processos de abrasão sofridos por ela;
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As formas de avaliação de uma corda são inúmeras, dentre elas algumas são de
suma importância para definir a sua capacidade de utilização, bem como o tempo destinado
para o emprego das cordas.
Deverá ser sempre observada a sua operacionalidade, tais como o uso em: meio
líquido, atividades de incêndio, buscas, trações e tensões, içamentos diversos e até mesmo as
formas em que elas são empregadas nas atividades de rapel.
Sempre que possível as cordas deverão ser protegidas de quinas vivas e partes
ásperas, usando-se pedaços de mangueiras (proteções de mangueira) ou outros tecidos, nunca
se deve pisar nas cordas, evitando que pequenas pedras sejam presas nas cordas pela ação de
nossos pés e deve-se evitar o contato da corda com areia, terra, óleo, graxa, água suja etc.
As cordas devem ser lavadas com água a temperatura ambiente, com sabão neutro e
com o uso de uma escova com o cuidado de não danificar as fibras da capa e devem ser postas
para secar a sombra.
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Deve-se evitar que a corda fique sob tensão por muito tempo ou desnecessariamente,
não devem ser guardadas molhadas e ainda deve-se evitar que a corda fique exposta às
intempéries por muito tempo.
As cordas não devem sofrer fortes impactos contra o solo (alturas elevadas danificam
as suas fibras) ou choques violentos como atrito, sobrecarga, etc.
iii) Situações em que as cordas deverão ser postas fora do serviço (da atividade-fim)
Existem determinadas situações que levam a corda a ser inutilizada para a atividade de
salvamento, pois sua permanência em atividades implica em risco à vida do bombeiro e ao
salvamento. Entre as mais importantes, temos aquelas em que a corda:
v) Outras recomendações
Independente das circunstâncias, a vida útil de uma corda jamais deverá exceder a 5
anos. Deve ser visto também que o período de armazenamento, bem como o de uso, quando
acumulados, jamais deverão exceder a 10 anos. Antes da primeira utilização, a corda deverá
ser mergulhada em água, ficando nessa situação por um período de 24h e, após esse tempo,
deverá ser posta para secar a sombra, por um período mínimo de 72h.
sempre recomendado o uso de uma sacola para transportar a corda, a fim de protegê-la de
sujeiras e minimizar a sua torção.
- Fácil confecção.
- Não estar trepado, pois assim diminuirá a resistência da corda.
- Ser específico e próprio para a função que o exige.
- Apresentar o máximo de segurança.
- Acochar conforme recebe tensão, sem correr o risco de se desfazer.
- Ser de fácil soltura.
- Ancoragem.
- Confecção de alças.
- Asseguramento.
- União de cabos.
- Confecção de cadeiras.
- Encordamento.
- Reforço ou encurtamento.
- Blocagem.
- Amarrações especiais.
- Arremate.
i) Nó simples
O nó mais simples de ser feito, serve para o arremate de outros nós, conhecido neste
caso como “cote”.
2º Passo
1º Passo
3º Passo
3º Passo
iii) Frade
Muito parecido com o Pescador Duplo, no entanto este nó fica com uma “cicatriz” na
frente dele (onde o cabo passa por sobre o nó), diferente do anterior e possuem a mesma
função.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
Fig. – nó de frade
iv) Nó duplo
Quando da emenda de fitas tubulares deverá ser este o nó utilizado por questões de
segurança, por este motivo o nó duplo é também conhecido como nó de fita.
2º Passo
1º Passo
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4º Passo
3º Passo
5º Passo
Fig. – nó duplo
v) Nó direito
Nó para emenda de cabos e cordas de mesmo diâmetro, convém o uso de cotes por
segurança.
2º Passo
1º Passo
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4º Passo
3º Passo
Fig. – nó direito
vi) Nó de envergue
4º Passo
3º Passo
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5º Passo
Fig. – nó de envergue
Sua confecção é muito parecida com a do nó direito, contudo os chicotes não ficam
paralelos aos seus firmes e não apresenta a mesma segurança.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
Fig. – nó esquerdo
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
Nó usado para união de cabos com diâmetros diferentes, a diferença para o anterior
é que neste dá-se uma volta a mais com o chicote.
2º Passo
1º Passo
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4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
x) Nó de Aboço
Utilizado para serviços que envolvam cargas pesadas e para unir amarras grossas ou
cabos pesados.
2º Passo
1º Passo
316
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
Fig. – nó de aboço
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
Fig. – nó de porco
4º Passo
3º Passo
Fig. – nó de barqueiro
xiii) UIAA
4º Passo
3º Passo
Fig. – UIAA
319
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Nó também para ancoragem, bem parecido com o anterior, diferença que neste dá-
se mais uma volta em cada anel.
320
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
2º Passo
1º Passo
xvi) Prussik
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Fig. – prussik
321
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
xvii) Marchand
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
8º Passo
7º Passo
Fig. – marchand
322
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
xviii) Bachman
Nó também muito parecido com os dois anteriores. Onde um mosquetão será usado
onde o nó será movimentado, simulando a função de um aparelho ascensor.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
8º Passo
7º Passo
Fig. – bachman
323
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
Nó usado para confecção de uma alça que pode ser usada para dar sustentação ao
bombeiro ou ainda para ancoragem.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Nó usado para confecção de alças e ancoragem, a azelha mais fácil de ser feita, tanto
pelo chicote quanto pelo seio, no entanto quanto submetido a tensão é muito difícil de ser
solto.
2º Passo
1º Passo
325
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
4º Passo
3º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
326
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
7º Passo
Nó usado para confecção de alças e para ancoragem, para sua confecção pelo chicote
é necessário a confecção da volta do fiador antes e quando feito pelo seio usa-se a volta do
fiador também, no entanto feito com o cabo dobrado.
Após sofrer tensão é mais fácil desfazer este nó do que a Azelha Simples.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
327
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
5º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
328
CBMERJ
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8º Passo
7º Passo
10º Passo
9º Passo
4º Passo
3º Passo
329
CBMERJ
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6º Passo
5º Passo
7º Passo
xxvi) Nó de catau
Conhecido também como catau de reforço, usado para isolar da corda um pedaço
coçado ou danificado dela passando a tensão para outra parte da corda.
2º Passo
1º Passo
330
CBMERJ
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4º Passo
3º Passo
Fig. – nó de catau
Nó usado para confecção de alças, com o detalhe de que estas alças se acocham
quando sofrem tensão, estrangulando o que estiver dentro delas.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
5º Passo
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
7º Passo
Usado para confecção de alças para diversos fins, a alça fica no meio da corda
apontando para um dos chicotes.
2º Passo
1º Passo
334
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
4º Passo
3º Passo
5º Passo
xxxii) Harnês
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Fig. – Harnês
xxxiii) Nó de moringa
Utilizado para o içamento e transporte de cantis e garrafas, o cantil fica com sua base
na alça do nó enquanto o gargalo fica no centro do nó que pode ser acochado garantindo a
segurança.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
336
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
6º Passo
5º Passo
7º Passo
Fig. – nó de moringa
xxxiv) Nó de borboleta
Utilizado para confecção de alças, feito no meio da corda e excelente para uso, uma
vez que após o esforço pode ser desfeito sem dificuldades.
2º Passo
1º Passo
337
CBMERJ
Manual Básico de Bombeiro Militar
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Fig. – Nó de borboleta
4º Passo
3º Passo
Semelhante ao anterior, mas as alças neste nó podem ser ajustadas, elas correm,
aumentando e diminuindo de tamanho simultaneamente.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
xxxvii) Nó de trapa
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
5º Passo
Fig. – Nó de trapa
Como o nome diz, ele é usado para prender a mangueira num cabo para ser içada,
muito usado também em cortes de árvore e ainda para a confecção do Nó de Mula que será
visto a seguir.
2º Passo
1º Passo
340
CBMERJ
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4º Passo
3º Passo
5º Passo
xxxix) Nó de mula
4º Passo
3º Passo
Fig. – nó de mula
xl) Fraldão
3º Passo
Fig. – fraldão
342
CBMERJ
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Começa-se a cadeira passando o cabo por trás da cintura e o unindo na frente com
um nó direito, em seguida passa-se cada chicote por volta das pernas e se faz o nó volta do fiel
na frente com três cotes de cada lado conforme as fig.uras abaixo.
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
5º Passo
xlii) Nó paulista
No CBMERJ é feito por meio da ancoragem padrão, volta do fiel com três cotes, no
ponto de perigo ou na carga, em seguida é passado em um mosquetão ou em volta de uma
superfície cilíndrica e no meio do cabo é feito o sistema de tracionamento conforme a imagem
abaixo.
2º Passo
1º Passo
3º Passo
4º Passo
Fig. – nó paulista
xliii) Cariocão
2º Passo
1º Passo
4º Passo
3º Passo
6º Passo
5º Passo
7º Passo
Fig. – cariocão