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CRAI-A

Curso de Resgate em Áreas


Inundadas – Avançado

Manual do Aluno

Segunda Edição
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Este Manual foi publicado pela primeira vez pela Coordenação Geral do Curso de
Resgate em Áreas Inundadas – Avançado, subordinada a então Divisão de Formação,
Especialização e Aperfeiçoamento (DEFEA) da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) em
nome do Corpo de Bombeiros Militar de Pernabuco (CBMPE), em abril de 2016. A versão
atual foi desenvolvida pela Divisão de Ensino da Academia Bombeiro Militar dos
Guararapes, e para quaisquer questionamentos sobre o conteúdo e solicitações de cópias
deste Manual devem ser feitas para a ABMG do CBMPE em (81) 3182-9366, ou
stecemet2@bombeiros.pe.gov.br.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser


reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer
forma por qualquer meio eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a prévia
permissão por escrito do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.
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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO

INSTRUTORES

Antônio Severino de Lima – Capitão BM


Carlos Frederico da Nóbrega Wolpert – Tenente BM

EDIÇÃO

Caio Hercílio Oliveira de Souza - Tenente Coronel BM


João Carlos Santos Cabral – Cabo BM
CONTEÚDO

1. FINALIDADE ........................................................................................... 5
2. O CURSO ................................................................................................ 5
2.1. Objetivo ......................................................................................... 5
2.2. Conteúdo Programático .............................................................. 5
2.3. Metodologia .................................................................................. 6
2.4. Rotina ............................................................................................ 6
2.5. Passagem da Chefia de Turma ................................................... 8
2.6. Símbolos do Curso ...................................................................... 9
3. ORIENTAÇÕES GERAIS ..................................................................... 11
4. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................... 11
4.1. Apresentação Pessoal ............................................................... 11
4.2. Identificação do Aluno ............................................................... 13
4.3. Uniformes de Instrução ............................................................. 13
4.4. Preparação Física ...................................................................... 15
4.5. Preparação Orgânica ................................................................. 15
4.6. Equipamentos e Materiais Individuais ..................................... 17
5. CÂNTICOS MILITARES E ORAÇÃO DO CURSO .............................. 19
5.1. Oração do CRAIANO .................................................................. 19
5.2. Canção do Remanso .................................................................. 20
5.3. Canção do Instrutor Wolpert ..................................................... 20
5.4. Canção de Final de Corrida ....................................................... 20
5.5. Canção do Malandro .................................................................. 20
5.6. Canção da Mulherada ................................................................ 21
5.7. Canção da Saudade de Mamãe ................................................. 21
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1. FINALIDADE

O presente manual tem a finalidade de possibilitar o primeiro contato dos futuros


alunos do CURSO DE RESGATE EM ÁREAS INUNDADAS - AVANÇADO (CRAI-A),
orientando-os quanto à sua preparação intelectual, física, orgânica, psicológica, material e
administrativa para o curso.

2. O CURSO

2.1 OBJETIVO
O CRAI-A visa especializar bombeiros militares a exercerem as atividades de busca
e resgate inerentes ao atendimento de ocorrências em enchentes e outras situações de
áreas inundadas, mormente ao conhecimento das características de ambientes fluviais e
urbanos inundados, técnicas de auto-salvatagem, emprego de cordas, flutuantes e
embarcações, além de comandamento básico de operações de resgate em áreas
inundadas.
Atualmente, o curso é desenvolvido na Academia Bombeiro Militar dos Guararapes
(ABMG), em 02 (duas) sedes de instrução, sendo uma no sertão do Estado, no 4º
Grupamento de Bombeiros, localizado na cidade de Petrolina, e a outra na zona da mata
sul, no 12º Grupamento de Bombeiros, localizado na cidade de Palmares.

2.2 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


O CRAI-A é dimensionado para uma carga-horária de 85 (oitenta e cinco) horas-
aulas, necessárias para abranger a seguinte grade curricular:
 Treinamento físico operacional (10h/a)
 Teoria Básica (10h/a)
 Equipamentos (15h/a)
 Comunicação, comando e controle (05h/a)
 Técnicas de resgate (15h/a)
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 Táticas de resgate (15h/a)


 Operação de busca e resgate (15h/a)

2.3 METODOLOGIA
O curso é muito dinâmico e exigente, emocional, físico e intelectualmente, face sua
curta duração e a grande quantidade de conhecimentos a serem repassados pelo corpo de
instrutores.
O curso se predispõe a preparar os seus alunos para cenários de extremo stress, e
com a necessidade de desenvolver, além dos conhecimentos técnicos, da capacidade de
comandamento e de trabalho em equipe, as seguintes qualidades:
 Raça;
 Resistência;
 Rigor;
 Robustez; e
 Rusticidade.
Para tal, é necessário o desenvolvimento de atividades elaboradas para simular um
cenário de pressão psicológica que um bombeiro milutar será submetido em uma operação
de resgate em enchentes e áreas inundadas.
A turma, normalmente, é formada por 30 (trinta) alunos, divididos em 05 (cinco)
equipes de 06 (seis) alunos, chefiadas pelos alunos mais antigos.
A turma, também, é chefiada por alunos, em regime de rodízio, os quais são
chamados de “Chefe de Turma”, e possuem a responsabilidade de manutenção da
ordem, coordenação das atividades sob responsabilidade dos alunos, e ligação entre os
alunos e a coordenação do curso, e com os instrutores.

2.4 ROTINA
Com o objetivo de cumprir a carga horária estabelecida de 85 (oitenta e cinco) h/a,
as atividades são distribuídas, ordinariamente, de uma quarta-feira à outra, em até 04
(quatro) turnos de instrução ou atividades, podendo ocorrer ajustes na programação
escolar, em decorrência de mudanças climáticas e de condições de correnteza dos rios.
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O horário de início das instruções se inicia as 07:00h, podendo ser antecipada ou se


estender pela madrugada. Cada hora-aula tem 50 (cinquenta) minutos de duração.
Ao término das instruções práticas, os alunos devem realizar a manutenção dos
equipamentos, materiais, viaturas e embarcações.
Em resumo, um dos lemas do curso simboliza adequadamente a rotina das
atividades de instrução:

“SÓ TERMINA, QUANDO ACABA.”

A grade de horários, normalmente, segue a seguinte composição:


TURNO HORÁRIO TURNO HORÁRIO
07:00 – 07:50 13:00 – 13:50
07:50 – 08:40 13:50 – 14:40
08:40 – 09:00 14:40 – 15:00
MANHÃ TARDE
09:00 – 09:50 15:00 – 15:50
09:50 – 10:40 15:50 – 16:40
10:40 – 11:30 16:40 – 17:30
ALMOÇO 11:30 – 13:00 JANTAR 17:30 – 19:00

TURNO HORÁRIO TURNO HORÁRIO


19:00 – 19:50 23:30 – 00:20
19:50 – 20:40 00:20 – 01:20
20:40 – 21:00 01:20 – 01:40
NOITE MADRUGADA
21:00 – 21:50 01:40 – 02:30
21:50 – 22:40 02:30 – 03:20
22:40 – 23:30 03:20 – 04:10
ALVORADA 05:00 – 05:10 CAFÉ DA MANHÃ 05:10 – 07:00
Com o objetivo de melhorar o processo de aprendizagem dos conteúdos que são
repassados, bem como, propiciar a recuperação orgânica dos alunos, o curso é modulado
em BÁSICO, TÉCNICO e OPERACIONAL.
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 MÓDULO BÁSICO – destinado ao nivelamento dos conhecimentos


bombeiros militares necessários para o desenvolvimento do curso, bem como,
os fundamentos doutrinários para o entendimento das características das
operações de busca e resgate em áreas inundadas;
 TÉCNICO – destinado ao desenvolvimento das técnicas e táticas que serão
empregadas nas operações de busca e resgate em áreas inundadas; e
 OPERACIONAL – destinado ao desenvolvimento prático de todos os
conhecimentos trabalhados, em cenários muito próximos da realidade de uma
operação de busca e resgate em áreas inundadas.

TURNO QUA QUI SEX SAB DOM SEG TER QUA


MANHÃ
TARDE
NOITE viagem
MADRUGADA

BÁSICO
TÉCNICO
OPERACIONAL

2.5 PASSAGEM DA CHEFIA DE TURMA


A Chefia de Turma será assumida, inicialmente, pelo aluno 01 no primeiro dia,
momento em que receberá o cajado de comando, símbolo da liderança da equipe.
A passagem da chefia de turma se dará a cada turno de instrução (manhã, tarde,
noite e madrugada), podendo, contudo, os instrutores, a qualquer momento determinarem a
substituição do chefe de turma.
Por ocasião da passagem de chefia de turma deverão ser observados os seguintes
procedimentos:
 O aluno que irá assumir e o que irá passar a chefia de turma se posicionam
frente a frente com a tropa na posição de sentido;
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 O aluno que passa a chefia de turma elevará o cajado de comando paralelo


ao solo, a altura dos ombros, e o aluno que assume segurará o cajado
firmemente;
 Nesse momento o aluno que passa a chefia de turma irá repetir o seguinte
texto:
“Passo a chefia do curso de resgate em área inundadas (ano e turma) para o
aluno (número do aluno), com ou sem alterações.”

 O aluno de assume a chefia de turma irá repetir o seguinte texto:


“Assumo a chefia do curso de resgate em área inundadas (ano e turma) do aluno
(número do aluno), com ou sem alterações.”

 Então o aluno que passou pede permissão para entrar em forma, e a


passagem de chefia de turma.

2.6 SÍMBOLOS DO CURSO


A maioria dos cursos militares e os da Corporação possuem símbolos que retratam a
mística que envolve as atividades desenvolvidas pelos alunos.
O CRAI-A possui 02 (dois) elementos simbólicos importantes:
 BREVÊ – representa o curso, com seus 04(quatro) elementos: o triângulo do
salvamento, a corda, a enchente e os equipamentos operacionais.
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 CAJADO DE COMANDO – representa a autoridade do chefe de turma sobre


os demais alunos, é constituído por 03 (três) elementos: a haste flutuante, a
carranca e o chocalho. É responsabilidade do Chefe de Turma a sua guarda.

3. ORIENTAÇÕES GERAIS

O CRAI-A sendo um curso de especialização em resgate em um ambiente


inundando, requer que o futuro aluno, já domine o meio aquático e alguns conhecimentos
profissionais básicos relativos às atividades de salvamento desenvolvidas pela Corporação
que são ministradas nos cursos de formação, tais como: nós e amarrações, nado de
salvamento, SCI básico. Esses conhecimentos serão adaptados às operações em
ambiente de áreas inundadas e enchentes durante o curso.
É primordial que o aluno realize uma preparação física, orgânica, intelectual,
psicológica e material adequada para um bom aproveitamento durante o curso.
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4. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 APRESENTAÇÃO PESSOAL


O aluno do CRAI-A, masculino ou feminino, deve observar o que se encontra
prescrito na normatização da Corporação sobre apresentação pessoal para as instruções
operacionais, além das orientações a seguir:

DO CABELO, BARBA E BIGODE


a. É proibido o uso de barba de qualquer natureza ou tamanho.
b. O bigode não pode possuir comprimento que ultrapasse a comissura labial,
devendo ainda, estar devidamente aparado.
c. O padrão de arrumação e de corte de cabelo deve seguir as seguintes
especificações:
I. Para ambos os sexos, o cabelo deverá estar sempre limpo e penteado
ordenadamente;
II. Os integrantes masculinos do curso deverão utilizar o corte meia
cabeleira rebaixada à máquina 01, na transição do couro cabeludo, e
máquina 02 na parte superior da cabeça a partir dessa transição;
III. Os integrantes femininos não deverão utilizar o cabelo se estendendo
além da linha superior dos ombros, para a parte traseira, e para a parte
frontal, não deverá se estender além das linhas das sobrancelhas,
devendo estar arrumados em coque ou em trança ou rabo de cavalo.

d. Não será permitido ao Bombeiro Militar o uso de quaisquer postiços (peruca,


aplique, etc.), sob nenhuma hipótese, nas atividades operacionais e instruções
afins.
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DAS UNHAS
a. As unhas do Bombeiro-Militar serão usadas curtas, não excedendo a dois
milímetros da parte superior da terceira falange (falangeta).
b. Apenas para o efetivo feminino será permitido a pintura das unhas,
obedecendo à discrição exigida pela presente Norma.

DOS ADEREÇOS
a. Os adereços compreendem apliques estranhos ao uniforme, isto é, não
regulamentados, com a finalidade de adornar ou fornecer alguma espécie de
auxílio.
b. Durante as atividades operacionais e instruções afins é proibido o uso de dos
seguintes tipos de adornos:
I. Anéis de qualquer natureza, inclusive alianças;
II. Colares;
III. Brincos de qualquer natureza;
IV. Prendedores de cabelo metálicos ou de plástico;
V. Pulseiras;
VI. Piercings, e
VII. Broches.

DA MAQUIAGEM
a. Maquiagem compreende o conjunto de apliques de beleza para o rosto.
b. É proibida a utilização de quaisquer tipos de maquiagem e produtos de
tratamento de beleza para a atividade operacional e instruções afins.
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4.2 IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO


Todos os materiais e equipamentos dos alunos devem ser identificados,
conforme segue abaixo :
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4.3 UNIFORMES DE INSTRUÇÃO


As instruções possuem dois uniformes previstos, conforme as características ds
atividades que são desenvolvidas, sendo eles:

1º Uniforme de Instrução – consiste basicamente no uniforme de EFM da


Corporação, empregado em atividades de instrução que exijam menor grau de proteção do
aluno.
U1(EFM) – COLETE, CAPACETE, SACO DE RESGATE, TÊNIS, LUVA
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2º Uniforme de Instrução – consiste no uniforme operacional de duas


peças, com tênis, e os equipamentos básicos de uso individual, ou seja, capacete, colete,
luva, apito, colete, sacola de resgate. Este uniforme é empregado em atividades de
instrução que exijam a proteção máxima do aluno.

U2(OPER COMPLETO) – COLETE, CAPACETE, SACO DE RESGATE, TÊNIS, LUVA


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4.4 PREPARAÇÃO FÍSICA


Um adequado condicionamento físico é fundamental para que o aluno do CRAI-A
desenvolva as atividades do curso de forma satisfatória.
Sugere-se que os alunos estejam aptos para os parâmetros estabelecidos no Teste
de Aptidão Física (TAF), normatizado pelo Centro de Educação Física e Desportos (CEFD),
a fim de possibilitar uma melhor adaptabilidade à rusticidade do ambiente rural e de áreas
inundadas, ou seja, resistência a esforços físicos intensos e prolongados.
O despreparo físico do aluno pode comprometer a segurança e o desempenho do
mesmo e de sua equipe durante o curso.
A preparação para a atividade natatória deve ser o foco principal do aluno,
principalmente, sob situações extremas de sobrecarga, inerentes ao nado com uniforme
operacional.
O aluno, também, deve preparar-se para atividades aeróbicas, especificamente,
corridas contínuas de longa duração e exercícios neuromusculares, membros superiores,
inferiores, e grupos musculares abdominais e lombares.

4.5 PREPARAÇÃO ORGÂNICA


Cuidados prévios com a saúde, particularmente a dos pés, e com relação às
doenças crônicas necessitam ser tomadas pelo aluno.
Durante o curso, medicamentos só devem ser ministrados com orientação médica.
Uma alimentação balanceada também é fator que deve ser alvo de atenção do
aluno, a fim de suprir as demandas de gasto calórico decorrentes do desenvolvimento das
atividades do curso, ou seja, condições de suportar os esforços físicos intensos e
prolongados, intensificados pelas características ambientais.
A imunização por meio de vacinas (antitetânica, febre amarela, hepatite B) auxiliará
na prevenção de doenças.
É importante que os alunos que apresentem doenças crônicas realizem uma
preparação específica, estando cientes que tais ocorrências poderão interferir no seu
desempenho durante o curso.
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A hidratação e os cuidados com a exposição solar são os fatores mais preocupantes,


em decorrência as características do clima. Para tal, devem ser observadas as seguintes
orientações de hidratação:

COR DA URINA HIDRATAÇÃO PROCEDIMENTO


Beber 01 litro de água
LARANJA Nível perigoso
imediatamente
Beber 01 litro de água em
AMARELO ESCURO Nível muito baixo
15 minutos
Beber 01 litro de água em
AMARELO Nível baixo
30minutos
Beber 01 litro de água em
AMARELO CLARO Nível adequado
01 hora
Beber 01 litro de água em
CLARO Boa hidratação
02 horas

Os alunos NÃO DEVERÃO fazer uso de anabolizantes, compostos proteicos,


energéticos ou substâncias que visem a redução de peso e outros de origem sintética para
o aumento da força e do tônus muscular. Além disso, ressalta-se não ingerir medicamentos
que busquem a correção de problemas graves de alergia ou doença infectocontagiosa é de
suma importância para o rendimento do aluno durante a realização do CRAI-A.

4.6 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS INDIVIDUAIS


O aluno do CRAI-A deve se apresentar no primeiro dia do curso, obrigatoriamente,
com os seguintes materiais e equipamentos:
 02 (duas) Roupas de banho;
 01 (um) par deTênis para corrida;
 01 (um) par de Tênis para rala, podendo ser o mesmo de corrida;
 01 (uma) Lanterna de cabeça impermeabilizada;
 02 (dois) Uniformes operacionais;
 02 (dois) Uniformes de TFM;
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 01 (uma) faca;
 01 (um) Kit de talheres;
 01 (um) par de luvas de raspa ou emborrachada;
 01 (uma) mochila;
 01 (uma) cadeira de salvamento;
 01 (um) reservatório 02 (dois) litros;
 01 (uma) manta térmica ou saco de dormir;
 01 (um) apito, preferenciamento Fox 40; e
 01 (um) cabo da vida, branco, com no mínimo 5m e no máximo 6m.
 01 (um) cadeado.

Em instruções que necessitem o uso de traje de banho, será obrigatório pelas alunas
do CRAI-A o uso do maiô tipo suquini. Em todas as atividades é obrigatório o uso do bustiê
preto de lycra.

Além dos materiais e equipamentos obrigatórios, a coordenação geral do curso


sugere alguns outros materiais e equipamentos:
 Bermuda térmica;
 Cordins;
 Pomadas para assaduras;
 Esparadrapos ou segunda pele;
 Protetor solar;
 Repelente contra insetos; e
 Kit de primeiros socorros.

A coordenação do curso disponibilizará para os alunos os seguintes equipamentos


individuais:
 01 (um) par de bastões de luz química;
 01 (um) capacete de salvamento aquático;
 01 (um) colete de salvamento aquático;
 01 (um) saco de resgate aquático.
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5. CÂNTICOS MILITARES E ORAÇÃO DO CURSO

Uma das premissas do CRAI-A é o desenvolvimento do espírito de corpo e a


cooperação entre os alunos, e os cânticos militares são ferramentas de coesão e elevação
do moral da tropa. Assim sendo, o presente manual sugere alguns cânticos militares
(Charlie Mike) que podem ser utilizados pelo aluno quando solicitado pelo corpo de
instrução, durante deslocamentos da turma.

5.1. ORAÇÃO DO CRAIANO


Senhor, Tu que nos fizestes CRAIANOS,
E nos ordenaste que resgatássemos as almas das enchentes.
Dai-nos hoje um colete e uma corda de resgate:
A sobriedade para persistir ao refluxo,
A paciência para identificar um remanso,
A perseverança para resgatar a vítima e sobreviver,
A astúcia para alcançar, atirar, remar e rebocar,
A fé para resistir e vencer a correnteza;
E dai-nos também, Senhor,
A esperança e a certeza do retorno aos nossos lares.
Mas, se resgatando uma vítima das águas bravias de uma enxurrada,
Tivermos que perecer, ó Deus,
Que o façamos com dignidade
E com a certeza que nenhum CRAIANO perecerá em vão.
CRAI SALVAR.
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5.2. CANÇÃO DO REMANSO


Correnteza mixuruca
Que não dá nem pra cansar.
Eu aqui nesse remanso.
Muito tempo vou ficar.

5.3. CANÇÃO DO INSTRUTOR WOLPERT


Instrutor WOLPERT me desculpe.
Mas eu tenho que falar.
Essa corridinha, não deu nem pra cansar.
Eu sou um CRAIANO.
E o que eu quero é remar.

5.4. CANÇÃO DE FINAL DE CORRIDA


Essa não, essa não.
Minha língua está no chão.
Essa sim, essa sim.
Mas eu vou até o fim.

5.5. CANÇÃO DO MALANDRO


Você pensa que é malandro
O CRAIANO é muito mais
Ele sobe na correnteza
Coisa que você não faz
Você pensa que é malandro
O CRAIANO é muito mais
Ele domina o bote
Coisa que você não faz
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5.6. CANÇÃO DA MULHERADA


Ri mulherada, mulherada ri
Ri mulherada que o Bombeiro está aqui
Chora mulherada, mulherada chora
Chora mulherada que o bombeiro vai embora

5.7. CANÇÃO DA SAUDADE DE MAMÃE


Ai mãe, ai mãe
O que estou fazendo aqui?
Meu serviço lá em casa
Era comer, beber e dormir.

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