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ZOOLOGIA DE
INVERTEBRADOS I
Conteudista
Anderson Dias Cezar
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou
por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo
Branco - UCB.
ISBN
CDD – 371.39
Prezado(a) Aluno(a):
É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de gradu-
ação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente es-
peram retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.
Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhe-
cimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.
Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Autoestudo
O presente instrucional está dividido em seis unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.
Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades com-
plementares.
Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o
conteúdo de todas as Unidades Programáticas.
A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com
os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que
você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.
Bons Estudos!
Dicas para o Autoestudo
1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.
7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.
UNIDADE I
UNIDADE II
UNIDADE III
UNIDADE IV
UNIDADE V
Glossário ...................................................................................................................................................... 47
Gabarito........................................................................................................................................................ 49
Referências bibliográficas ............................................................................................................................ 51
Quadro-síntese do conteúdo 9
programático
Como sabemos hoje, o estudo das Ciências Biológicas não pode caminhar isoladamente, havendo pontos de
interseção com outras áreas do conhecimento humano.
O estudo de Zoologia, tal como compreendemos hoje em dia, é fruto de um longo processo de desenvolvi-
mento, com os primórdios em Aristóteles (384-322 a.C.), passando por vários filósofos e cientistas, entre eles
Charles Darwin.
Ao iniciar os estudos em Zoologia, estaremos não apenas enfocando os grupos que compõem o reino dos
animais (também o reino dos protistas), mas também faremos uma grande correlação entre as áreas que são
intimamente ligadas à Zoologia, tais como Parasitologia e Ecologia, como áreas não tão proximamente ligadas
como Filosofia, Lógica e Matemática.
Ao transcorrer do nosso curso de Zoologia, você poderá perceber que o estudo dos animais nada mais é do
que um pano de fundo para introduzirmos vários conceitos correlatos, teorias gerais e hipóteses, permitindo
que haja uma visão ampliada acerca dos diversos ramos que compõem as Ciências Biológicas.
UNIDADE I 13
“O mundo está cheio de seres diversos” – se cada Taxonomia β: relacionamento entre grupos supe-
um dos muitos seres do mundo fosse considerado riores e produção de classificação.
como distinto, como único, como um ser em si pró-
prio, não relacionado com qualquer outro, a percep- Taxonomia λ: estudos evolucionários e de varia-
ção do mundo desintegrar-se-ia numa completa falta ções intraespecíficas. Interpretação das causas da di-
de expressão. versidade orgânica.
Não poderia haver qualquer linguagem inteligível se • Uma das maiores preocupações da sistemática é
cada coisa fosse designada por uma palavra própria, determinar, por comparação, quais são as característi-
se símbolos não generalizassem as características e as cas únicas e em comum de cada espécie e dos táxons
relações comuns apresentadas por numerosos objetos superiores.
diferentes.
Biologia Comparada: Estudo e explicação da di-
O cientista tem de tolerar a incerteza e a frustração versidade dos organismos.
porque a isso é obrigado. O que ele não aceita, nem
deve tolerar, é a falta de ordem. • A sistemática é considerada como parte da biologia
comparada.
Todo o objetivo da ciência teórica é conduzir ao
mais alto e consciente grau possível. Sistemática Filogenética: é uma abordagem diri-
gida ao estudo das relações genealógicas entre vários
A fim de podermos avaliar corretamente a posição grupos de organismos e a produzir classificações que
da sistemática no campo da biologia e o papel que reflitam exatamente estas relações genealógicas ou
é chamada a desempenhar na solução dos proble- filogenéticas.
mas básicos desta ciência, devemos primeiramente
esclarecer que há uma sistemática não somente em • A diversidade organísmica foi produzida pela es-
biologia, mas que ela é mais propriamente uma parte peciação e a modificação de caracteres ao longo do
integrante de toda e qualquer ciência (sem distinção). tempo.
Visto isso, passaremos a definir alguns termos im- Classificação: É uma série de palavras usadas para
portantes, com o objetivo de facilitar a sua compreen- apresentar um determinado arranjo de organismos de
são a respeito do tema deste instrucional. acordo com algum princípio de relacionamento exis-
tente entre estes.
Termos e Conceitos
• É um produto da atividade do taxonomista.
Taxonomia: (grego, taxis = boa ordem, arranjo e
nomos = lei) • Ordena populações e grupos de populações em to-
dos os níveis por processos indutivos.
Teoria e prática (conjunto de métodos e técnicas) da
descrição e classificação da diversidade dos organis- • A classificação faz acessível a diversidade orgâni-
mos. ca para as outras disciplinas biológicas.
1) unidade básica da evolução 2) categoria dentro No entanto, podem haver casos em que há a
da hierarquia lineana governada pelas regras da no- necessidade de fazermos grupamentos intermediários
entre os diversos grupos, antepondo-se prefixos SUB
menclatura:
ou SUPER conforme onde o grupamento situa-se,
respectivamente, abaixo ou acima de um certo grupo.
Conceito Biológico: grupo de populações naturais Desta forma podemos ter: FILO - subfilo / CLASSE
que se procriam entre elas e que estão reprodutiva- - subclasse / ORDEM - subordem - superfamília /
mente isoladas de outros grupos. FAMÍLIA - subfamília - tribu / GÊNERO - subgênero
/ ESPÉCIE - subespécie.
Conceito Evolutivo: é uma linhagem de popula-
ções que mantém sua identidade e tem sua própria Nomenclatura: Radicais dos gêneros mais
história evolutiva. a desinência IDAE designam famílias, INAE
para subfamílias, INI para tribus e OIDEA para
superfamílias.
Linhagem: uma ou várias unidades evolucionárias
(populações) que tem uma história em comum de Ex.: gênero Trypanosoma + IDAE = família
descendência. Trypanosomatidae.
1.2 - Regras Internacionais de Nomenclatura
15
Zoológica
A nomenclatura zoológica é o sistema de nomes Ex.: Haploderma Cohn, 1903 (trematódeo) é homô-
científicos aplicados aos animais vivos ou fósseis. nimo de Haplodrerma Michael, 1898, não podendo o
A 10a. edição do Systema naturae de Lineu (1758) nome do trematódeo ser conservado, tendo sido subs-
marca o início de aplicação da nomenclatura atual. tituído por Poche, 1907 por Pintneria.
A seguir, algumas regras básicas de nomenclatura: • Quando uma espécie é transferida de um gênero
para outro, o nome e a data do seu autor são escritos
• O nome de um grupo superior a espécies consiste entre parênteses e, a seguir, o nome do autor que pro-
de uma só palavra (uninominal); pôs a combinação, com a respectiva data.
Ex.: Notocotylus (gênero), Notocotylidae (família), Ex.: Eucoleus tenuis Dujardin, 1845 é colocado no
Cercomeridea (classe), Platyhelminthes (Filo). gênero Capillaria por Travassos em 1915, sua grafia
correta é: Capillaria tenuis (Dujardin, 1845) Travas-
• O nome de uma espécie consiste de duas palavras sos, 1915.
(binominal). Nome genérico+Nome específico;
Quadro-síntese:
Ex.: Notocotylus breviserialis, Trypanosoma cruzi.
Nesta unidade apresentamos os seguintes conceitos
• O nome de um subgênero é escrito dentro do pa- ou definições em Zoologia:
rênteses entre o nome genérico e o nome específico;
SISTEMÁTICA
Ex.: Heterakis (Heterakis) gallinarum. CLASSIFICAÇÃO
NOMENCLATURA
• A nomenclatura deve ser em latim ou latinizada; TAXONOMIA
HIERARQUIA
• O nome genérico deve ser empregado como subs- REGRAS DE NOMENCLATURA
tantivo no nominativo singular e sempre escrito com
a primeira letra maiúscula. Observou como as coisas se tornam mais fáceis
quando compreendemos melhor o “ordenamento da
Ex.: Fasciola hepatica. ciência”, “a hierarquia lineana” e as “Regras Interna-
cionais de Nomenclatura Zoológica”?
• O nome específico deve ser:
Agora, faça uma reflexão a respeito do conteúdo
a - substantivo no nominativo ou genitivo; apresentado e reflita se ainda existe algo que não te-
b - adjetivo no nominativo ou no genitivo, ambos nha ficado bem claro na sua cabeça. Todo curso co-
concordando em gênero com o nome genérico. meça pela base, e sem o entendimento necessário, os
demais conteúdos futuros não terão a clareza neces-
Ex.: Musca domestica. sária e desejada.
Homonímia é a identidade ortográfica dos nomes. Lembre-se que o tutor da disciplina pode ajudá-lo
Sempre que se constatar a ocorrência de homônimos, muito. Recorra a ele sempre que for necessário e só
o nome mais recente deve ser rejeitado ou substituído. depois prossiga em suas tarefas.
Exercícios de Fixação
16
Estes exercícios servem para reforçar a aplicação das regras de nomenclatura. Tente fazê-los rememorando o
que você leu nesta unidade e na bibliografia complementar.
1. Em 1902 Stiles descreveu um nematoide com o nome de Uncinaria americana. Em 1903 esse mesmo pes-
quisador propôs para essa espécie o gênero Necator. Como escreveríamos o nome correto desta espécie com
data e nome do autor?
Leitura Complementar
Leia o capítulo 8 do livro Fundamentos práticos de taxonomia zoológica, de Nelson Papavero.
UNIDADE II 17
Reprodução assexuada por mitose ocorre na maioria O quadro abaixo apresenta para você a mais moder-
dos Protozoa; em algumas espécies é a única forma na classificação proposta para Protozoa. Mas, se algo
de reprodução. não ficar claro durante a leitura, recorra à bibliogra-
fia de apoio indicada no final desta unidade e/ou faça
Fissão - divisão do organismo em dois ou mais. contato com o tutor da disciplina.
Fissão Binária - dá origem a duas células seme- 1 - Protozoários Flagelados - possuem flagelo.
lhantes. São divididos em fitoflagelados (1 ou 2 flagelos e
possuem cloroplastos) e zooflagelados (1 ou muitos
Brotamento - dá origem a uma célula bem menor flagelos, não tem cloroplastos e são heterotróficos).
que a outra.
1.1. Filo Dinophyta (Dinoflagelados) -
Esquizogonia - fissão múltipla. principalmente marinhos; alguns parasitas.
A reprodução sexuada não é universal entre os pro- 1.2. Filo Euglenophyta (Euglena) -
tozoários e, quando ocorre, geralmente não leva dire- principalmente de água doce.
tamente à formação de novos indivíduos.
Fitoflagelados
O ciclo de vida mais primitivo dos Protozoa é aquele
em que os indivíduos haploides se reproduzem ape- 1.3. Filo Cryptophyta -
nas por fissão (ex.: Tripanossomatídeos parasitas). A marinhos e de água doce.
reprodução sexuada provavelmente surgiu pela fusão
de dois indivíduos haploides semelhantes produzindo 1.4. Filo Heterokonda - contém feófitas,
um zigoto diploide. Logo após a fusão, o zigoto pode algas filamentosas e diatomáceas.
ter se dividido por meiose para restaurar o número
haploide de cromossomas e para produzir quatro cé- 1.5. Filo Chlorophyta
lulas novas. Este cenário se baseia na ocorrência de
gametas idênticos flagelados entre os Protozoa (iso- 1.6. Filo Haptophyta - marinhos
gametas) e existem muitas espécies em que o adulto
é haploide e os ciclos de vida envolvem fusão (fecun- 1.7. Filo Parabasalia (Trichomonas)
dação) de isogametas para formar um zigoto diploide
(ciclo sexuado com adultos haploides e meiose do 1.8. Filo Metamonada (Giardia)
zigoto).
Zooflagelados
Um atraso na meiose do zigoto pode prolongar o
estágio diploide. Neste caso o diploide pode dominar 1.9. Filo Kinetoplastida - maioria parasitas
o ciclo de vida e a fase haploide pode ficar restrita aos (Leishmania, Trypanosoma)
gametas, que surgem por meiose e então se fundem
para formar um zigoto diploide. O ciclo diploide é ca- 1.10. Filo Opalina - comensais do intestino
racterístico de animais e também é encontrado em um de sapos.
certo número de protistas, notadamente nos ciliados.
1.11. Filo Choanoflagellida - marinhos e de água doce.
2 - Protozoários Ameboides - se distinguem por espécies de água doce. Algumas tem esqueleto
expansões do citoplasma (pseudópodes) usados na composto por peças orgânicas ou silicosas se- 19
alimentação e, em alguns, na locomoção. Muitas es- cretadas pelo organismo e embebido em uma
pécies têm esqueletos complexos. São marinhos, de cobertura externa gelatinosa.
água doce, parasitas e terrestres.
* Radiolários -> também tem axopódios.
2.1. Filo Rhizopoda - lobopódios, filopódios Marinhos e principalmente plactônicos. Ge-
ou reticulopódios usados para locomoção e ralmente esféricos e divididos em uma parte
alimentação. interna e outra externa (como os heliozoários).
A região interna, com um ou muitos núcleos,
* Foraminíferos -> pseudópodes chamados é limitada por uma cápsula central com parede
reticulopódia. Cada reticulopódio contém mi- membranosa -> característica típica dos radio-
crotúbulos axiais. Constroem uma concha de lários. A membrana da cápsula é perfurada por
material orgânico secretado, de partículas mi- aberturas, que faz com que o citoplasma da
nerais externas cimentadas ou secretam carbo- cápsula seja contínuo com o citoplasma da di-
nato de cálcio. Muitos vivem em conchas com visão externa do corpo -> calima. Um esquele-
várias câmaras -> crescimento. Toda a concha to está frequentemente presente e geralmente
é cheia de citoplasma, que é contínuo de uma é de sílica -> ocorrem vários tipos de arranjos
câmara para outra. Os pseudópodes podem ser no esqueleto.
restritos ao citoplasma de uma abertura única
ou podem surgir da camada sobre a concha. 3. Protozoários formadores de esporos - muitos
Em alguns eles emergem de poros celulares. filos parasitas que possuem estágios infectantes como
Os foraminíferos com várias câmaras são for- esporos.
mados por apenas uma célula.
3.1. Filo Apicomplexa - protozoários parasi-
2.2. Filo Actinopodia - protozoários ame- tas que produzem esporos. Sem filamento po-
boides flutuadores ou sésseis. Heliozoários e lar (Plasmodium).
Radiolários. 3.2. Filo Microspora - esporos com filamento
polar. Parasitas.
* Heliozoários -> marinhos, de água doce; flu- 3.3. Filo Myxosporidia - parasitas. Esporos,
tuantes ou bênticos. Os pseudópodes chamam- possuem filamento polar e são encapsulados
se axopodia e irradiam-se da superfície do em várias valvas.
corpo. Cada axopódio contém um eixo axial
coberto por um citoplasma adesivo móvel -> o 4. Protozoários Ciliados
eixo axial tem a função de suporte e não é um
esqueleto permanente. Seu corpo consiste de 4.1. Filo Ciliophora - alto nível de desen-
uma esfera ectoplasmática externa ou córtex, volvimento de organelas. Maior filo den-
que possui frequentemente muitos vacúolos tre os Protozoa. Cílios para locomoção e,
e uma parte interna ou medula. A medula é em muitas espécies, para alimentação de
composta por um endoplasma denso, constan- partículas em suspensão. Cílios em vol-
do de um ou muitos núcleos e as bases dos ta da boca especializados (Paramecium).
eixos axiais. Vacúolos contráteis ocorrem em
A. Amoeba.
Fonte: BARNES (1995).
Exercícios de Fixação
1. Qual o tipo de estrutura utilizada para realizar o equilíbrio hídrico em Protozoa?
2. Como podemos diferenciar os tipos de nutrição dos protozoários?
3. Cite as formas de resistência encontradas em Protozoa.
4. Quais os tipos de locomoção utilizados nos dois grupos anteriormente apresentados?
5. O que são as manchas ocelares?
6. Quais os tipos de reprodução observadas nos ameboides?
Leitura Complementar
Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos Flagelados e Ameboides, leia o capítulo
“Os Protozoários” do livro de Barnes, Zoologia dos invertebrados.
UNIDADE III 23
O grupo inclui cerca de 4.600 espécies de protozo- guns esporozoários passam todo seu ciclo de vida
ários parasitos que estão compreendidos em três filos dentro de um único hospedeiro, mas outros necessi-
(ver classificação). Os esporozoários são parasitos de tam de hospedeiros intermediários.
diversos grupos de invertebrados e principalmente
vertebrados. Os esporozoários podem ser responsáveis por uma
variedade de doenças, incluindo algumas coccidioses
Eles residem, tipicamente, dentro de células de seus (causadas por coccidios, grupo que veremos adiante) em
hospedeiros, em pelo menos um estágio de vida. Al- coelhos e aves e a toxoplasmose e malária em humanos.
Protozoários formadores de esporos - muitos filos grande número de ESPOROZOITOS. Neste estágio
parasitas que possuem estágios infectantes como es- migram para as glândulas salivares e aguardam que o
poros. mosquito pique outro ser humano.
Ciclos de vida do Plasmodium em um mosquito e em um humano. Não ocorre uma reinvasão das células hepá-
ticas no ciclo tecidual no Plasmodium falciparum.
Fonte: BARNES (1995)
Quadro-Síntese: Você acabou de estudar as características gerais e
26 a classificação de Apicomplexa. Na próxima unidade
Nesta unidade apresentamos os seguintes conceitos nós vamos iniciar os estudos dos Protozoa: Ciliopho-
ou definições em Zoologia: ra. Desta forma, certifique-se de que nenhum ponto
desta unidade ficou obscuro para você. Em caso de
PARASITOS MONOXENOS dúvidas recorra ao tutor da disciplina. Ele é a pessoa
PARASITOS HETEROXENOS mais indicada para ajudá-lo a compreender todos os
COMPLEXO APICAL aspectos que ficaram pouco claros.
ESPOROGONIA - ESQUIZOGONIA
OOCISTOS
MICRO E MACROGAMETÓCITOS
Exercícios de Fixação
1. Como se dá a locomoção em Apicomplexa?
2. Defina complexo apical.
3. Defina: esporogonia, esquizogonia, macro e microgametos.
Leitura Complementar
Leia o capítulo “Os Protozoários de esporozoários (Apicomplexa)” até o fim da mesma parte, no livro de Bar-
nes, Zoologia dos invertebrados.
UNIDADE IV 27
4.2 - Classificação
O filo Ciliophora divide-se basicamente em três classes:
Estruturas do Paramecium.
Fonte: BARNES (1995)
Exercícios de Fixação
1. Qual a principal característica que nos permite diferenciar o filo Ciliophora?
2. Cite as estruturas que compõem a região adoral.
3. Em Ciliophora, que o tipo de reprodução assexuada ocorre?
Leitura Complementar
Você vai encontrar mais características e a classificação de Ciliophora no capítulos “Os protozoários”, do
livro de Barnes, Zoologia dos invertebrados.
UNIDADE V 29
As partículas alimentares em suspensão penetram A parede do corpo das esponjas delimita uma ca-
no corpo da esponja através de poros microscópicos – vidade central, o átrio ou espongiocélio. Em certas
poros inalantes – na sua parede lateral e a água filtra- esponjas mais complexas não existe apenas uma ca-
da é retirada através de uma abertura maior – ósculo vidade central mas um labirinto de canais e câmaras
– na zona oposta à base. cobertas de células flageladas – câmaras vibráteis.
Em certas espécies, o ósculo pode ser lentamente fe- A respiração e a excreção são feitas diretamente por
chado. O ósculo encontra-se quase sempre acima do difusão com o meio aquático, pelo que as esponjas
resto do corpo do animal, uma adaptação importante
não suportam águas estagnadas.
pois evita a recirculação de água da qual já foram reti-
rados alimento e oxigênio e adicionados resíduos. Em
Fonte: http://www.db-piracicaba.com.br/download/01-
mais nenhum animal a abertura principal do corpo é
exalante, como neste caso, mais uma excentricidade esquema-poriferos. Acesso em 01/04/2010.
das esponjas.
As esponjas produzem uma grande diversidade de
metabólitos secundários, muitos dos quais têm es-
Tipos de Esponjas truturas originais de grande interesse para a farma-
cologia e a pesquisa biomédica. Esses compostos
De modo geral, esponjas têm uma ou mais abertu-
representam um importante recurso natural, pois po-
ras exalantes circulares (ósculos), e muitas espécies
dem levar à produção de medicamentos mais efica-
têm sistemas de canais subsuperficiais semelhantes
a veias. Muitas espécies são compressíveis, e a su- zes contra o câncer e outras doenças graves, como as
perfície é frequentemente híspida (com extremidades causadas por vírus, bactérias ou fungos. As esponjas
das espículas atravessando parcialmente a superfície) são um dos grupos de organismos com maior percen-
ou conulosa (com pequenas elevações cônicas). As tagem de espécies produtoras de compostos antibió-
ascídias coloniais se diferenciam das esponjas pela ticos, antitumorais e antivirais. Outros invertebrados
presença de um sistema regular de orifícios de inges- como briozoários, ascídias e cnidários não têm tantas
tão e egestão; elas são normalmente lisas ao toque e espécies com compostos ativos, nem um espectro tão
incompressíveis. amplo de atividades quanto as esponjas.
Tipos Morfológicos Tipo mais primitivo, não há canais. A área revestida
30 A estrutura morfológica dos poríferos é bem pecu- por coanócitos é reduzida e ocorre um grande átrio.
liar, bem caracterizada por sistemas de canais para a
O fluxo de água pode ser lento, uma vez que o átrio
circulação de água, numa forma que se relaciona com é grande e contém água demais para que possa ser
o caráter séssil (fixo) do grupo. levada rapidamente através do ósculo. Quanto maior
a esponja, mais intenso é o problema do movimento
Existem três tipos estruturais segundo este arranjo de água. O aumento do átrio não é acompanhado por
interno de canais: Asconoide, siconoide e leuconoide. um aumento suficiente da camada de coanócitos para
superar o problema. Assim, as esponjas tipo Ascon
são invariavelmente pequenas.
Asconoides
Digestão Reprodução
O hábito filtrador envolve necessariamente a forma- A reprodução pode ser assexuada ou sexuada.
ção de uma corrente unidirecional de água, que entra
pelos poros trazendo alimentos, circula pelo átrio e • Assexuada
Regeneração ração a semelhança estrutural entre os coanócitos e os
32 Ocorre quando parte do animal fragmenta-se e os protozoários coanoflagelados, o que indica uma ori-
pedaços são facilmente regenerados, formando novos gem distinta, sem relação com os outros metazoários.
indivíduos.
O caráter primitivo do grupo, como já mencionado,
Brotamento é a ausência de órgãos e o baixo nível de diferencia-
ção e interdependência celular. Entretanto, o sistema
Em algumas espécies ocorrem expansões laterais do de canais hídricos e falta de extremidade anterior e
corpo, denominadas brotos. Estes podem se despren- posterior é característica singular deste grupo, não
der e depois se fixar em um substrato. sendo encontrado em nenhum outro filo.
Gemulação
As Classes de Esponjas
Ocorre em esponjas de água doce e em algumas
espécies marinhas. Nestas esponjas formam-se es- Aproximadamente 10.000 espécies de esponjas fo-
truturas reprodutoras chamadas gêmulas. Estas são ram descritas até o momento, estando estas distribuí-
constituídas por aglomerados de amebócitos e arque- das em quatro classes.
ócitos envoltos por uma membrana rígida formada
por espículas e por material semelhante a espongina, Classe Calcarea
que deixa uma pequena abertura, denominada micró-
pila. Isto confere às gêmulas proteção contra condi- Os membros dessa classe, conhecidos como espon-
ções ambientais adversas (baixas temperaturas, falta jas calcáreas, distinguem-se por possuírem espículas
d’água etc.). Em condições favoráveis, as células in- compostas de CaCO3. Nas outras classes as espículas
ternas são liberadas e se diferenciam nos outros tipos são invariavelmente silicosas. Os três graus de estru-
de células sob um substrato. turas (Ascon, Sycon e Leucon) são encontrados. A
maioria das espécies tem menos de 10cm de altura.
Sexuada
Classe Hexactinellida
Nos poríferos ocorre hermafroditismo ou sexos se-
parados. Os óvulos e espermatozoides são originados Os representantes dessa classe são conhecidos como
dos arqueócitos e amebócitos. Os espermatozoides esponjas-de-vidro. O nome Hexactinellida vem do
quando maduros, saem pelo ósculo, juntamente com fato que as espículas são do tipo com seis pontas ou
a corrente exalante de água. Penetram em outras es-
hexáctinas. Além disso, frequentemente algumas es-
ponjas pelos poros através de correntes inalantes e
pículas estão fundidas formando um esqueleto que
são captados pelos coanócitos. Esses se modificam
pode ser reticulado, constituído por longas fibras sili-
em células ameboides, transportando-o até o óvulo
cosas. Por isso elas são então chamadas de esponjas-
presente no meso-hilo onde ocorre a fecundação, que
é, portanto, interna. Do ovo surge uma larva ciliada, de-vidro. A forma siconoide é dominante.
que abandona o corpo da esponja. Após breve período
de vida-livre (não mais que dois dias) fixa-se a um Vivem principalmente em águas profundas (450 a
substrato e dá origem à esponja adulta. 900m de profundidade em média), sendo totalmente
marinhas.
Depois de se fixar através da extremidade anterior,
a larva sofre uma reorganização interna comparável à Há um átrio bem desenvolvido e um único ósculo
gastrulação de outros animais. que às vezes pode estar coberto por uma placa cri-
vada formada por espículas fundidas. Os pinacócitos
presentes em todas as demais classes estão ausentes,
Aspectos Evolutivos sendo que a epiderme é formada por pseudópodos in-
terconectados de amebócitos.
As esponjas são consideradas metazoários parazoa,
ou seja, animais sem tecidos verdadeiramente dife-
renciados e nenhum órgão. O restante dos seres do Algumas espécies do gênero Euplectella apresen-
reino animal são chamados de eumetazoa, ou seja, tam uma interessante relação comensal com uma
animais “verdadeiros” com tecidos diferenciados, ór- certa espécie de camarão (Spongicola). Quando um
gãos, ou pelo menos boca e cavidade digestiva. jovem macho e uma fêmea entram no átrio, após
crescerem, não podem escapar devido à placa crivada
A origem dos porífera é ainda incerta, porém evi- que cresce e recobre o ósculo. Por isso, passam a vida
dências sugerem que derivam de algum tipo de fla- toda presos no interior da esponja alimentando-se do
gelado colonial simples, oco e de vida livre, talvez o plâncton, que lhes chega através de correntes de água,
mesmo grupo que deu origem aos ancestrais dos ou- e reproduzindo-se, sendo por isso considerados sím-
tros metazoários. Outra abordagem leva em conside- bolos da união eterna por certos orientais.
Classe Demonspogiae recifes de coral em várias partes do mundo. Todas
leuconoides. 33
Contém 90% das espécies de esponjas, distribuídas
desde águas rasas até profundas. Possuem, além do esqueleto interno de espículas
silicosas mais espongina, um invólucro externo de
A coloração frequentemente brilhante é devido a CaCO3. (Fonte: ifsc.usp.br)
grânulos de pigmento localizados nos amebócitos.
Espécies diferentes são caracterizadas por diferentes
cores.
Classificação dos Poríferos
Nematocisto. Estrutura presente nos cnidócitos. Responsável pela inoculação de substância urticante.
Fonte: Ruppert, Fox & Barnes, 2005.
Para estudarmos melhor, podemos dividir os celen- das na gastroderme, larva plânula e polipoide. Há a
terados em três grupos principais: formação de éfiras, que são as medusas imaturas.
Ciclo de Vida de Hydrozoa. A. Craspedacusta de água doce: Pólipo solitário sem periderme e com tentáculos curtos; B.
Espécies de água doce de Hydra: Estágios de medusa e planula ausentes; C. Aglaura., espécie de oceano aberto: pólipo
ausente; medusa se desenvolve diretamente de actínula.
Fonte: Ruppert, Fox & Barnes, 2005.
Este pequeno filo apresenta simetria radiada, sua um sistema digestivo completo. Atualmente, a posi-
epiderme é celular ou sincicial, sem nematocistos, a ção dos Ctenophora na filogenia dos Metazoa é incer-
mesogleia é formada com fibras e amebócitos, corpo ta. Embora estudos morfológicos os coloquem como
com oito (8) bandas ciliadas, cada hemisfério com grupo irmão de todos os animais bilaterais, dados
um longo tentáculo, sistema digestivo com estômago moleculares são inconclusivos, oscilando sua posição
central e ramificado, presença de coloblasto (células entre os filos basais. Embora seja um grupo com re-
adesivas), hermafroditas, fecundação externa, larva lativamente poucas espécies (cerca de 120), estas são
conhecida como cidipédia. geralmente conspícuas, abundantes e de ampla distri-
buição. Os Ctenophora são mais conhecidos pelas be-
Os Ctenophora são um filo de animais marinhos de las formas planctônicas, mas há espécies bentônicas
corpo translúcido, gelatinoso e frágil. Caracteristica- de hábitos crípticos e corpos vermiformes.
mente apresentam, pelo menos em alguma fase do
seu ciclo de vida, oito fileiras longitudinais de ctenos Ainda que as espécies planctônicas sejam quase
(pentes formados por cílios justapostos) que, em ge- transparentes, a bioluminescência e a iridescência nos
ral, atuam na locomoção. Devido à simetria corpó- pentes ciliares são comuns, propriedades que os tor-
rea birradial, o grupo já foi incluído entre os Radiata, nam visíveis na coluna de água, tanto de noite quanto
juntamente com cnidários e equinodermos. Posterior- de dia.
mente, foi considerado como parte dos Coelentera-
ta, por compartilhar com os Cnidaria características Como vorazes predadores, esses animais ingerem
como a constituição gelatinosa do corpo e ausência de grandes quantidades de pequenos organismos zoo-
planctônicos, incluindo larvas de peixes de grande to de se alimentar vorazmente de outros ctenóforos,
importância econômica. Entretanto, alguns grupos de foi o responsável pelo controle populacional do M. 39
ctenóforos, como os Haeckeliidae e os Beroidae, se leidyi na região. Acredita-se que espécies do gênero
alimentam de outros organismos planctônicos gela- Beroe sejam soluções para o controle da superpopu-
tinosos, por vezes até maiores do que eles próprios. lação de M. leidyi em outras áreas invadidas, como
Sua atuação predatória, aliada ao rápido processo re- o Mar Cáspio, Mar Báltico e Mar do Norte. A maio-
produtivo de algumas espécies, pode gerar problemas ria dos ctenóforos é hermafrodita simultâneo, sendo
econômicos de larga escala, como no caso da intro-
geralmente capazes de autofecundação e, em alguns
dução acidental de Mnemiopsis leidyi no Mar Negro,
casos, iniciando o período reprodutivo já na fase. Ge-
no início da década de 1980, transportado em água
de lastro de navios. Ao encontrar um ambiente fa- ralmente liberados no meio circundante, os ovos dão
vorável, desprovido de predadores, M. leidyi atingiu origem a uma larva, denominada cidipídia, exceto
níveis extremos de superpopulação em poucos anos, nos Beroidae, que possuem larvas morfologicamente
reduzindo os estoques de peixes de importância co- semelhantes aos adultos. Algumas espécies de Platyc-
mercial devido à predação sobre seus ovos e larvas, e tenida (ordem de ctenóforos bentônicos) apresentam
sobre o plâncton, fonte de alimentação destes peixes. protandria. A reprodução assexuada, pela fissão do
Por outro lado, Beroe ovata foi também introduzido corpo parental, também pode ocasionalmente ocorrer
acidentalmente no Mar Negro. Este, devido ao hábi- nos Platyctenida.
Hormiphora plumosa L. Agassiz, 1860. Desenho em vista tentacular, bainha tentacular; fileira de ctenos subestomodeal;
fileira de ctenos subtentacular. (In: OLIVEIRA et al. 2007- – precisamos do nome completo do autor, o nome do livro,
cidade e editora para colocarmos na bibliografia).)
TREMATODA
Aspidobothrea As características principais dos platelmintos, co-
Digenea nhecidos como helmintos ou vulgarmente como ver-
Monogenea (Monogenoidea) mes, são:
Simetria bilateral; sistema excretor protonefridial (desenvolvimento a partir de um ovo, que não rece-
40 com células flama (sistema osmorregulador), geral- beu carga genética paterna, originando somente fê-
mente não possuem ânus, e sim, poro excretor; siste- meas), larva livre natante denominada larva Müller.
ma respiratório e circulatório ausente. O espaço entre
a parede do corpo e os órgãos internos com as fibras e Classificação:
células forma o parênquima, sistema nervoso forma-
do por uma rede epidérmica com gânglios, na maioria ACOELA,
são monoicos (dois sexos em um mesmo indivíduo), RHABDOCOELA,
fertilização interna. TREMATODA e EUCESTODA ALLOECOELA,
possuem tegumento superficial vivo com proteínas, TRICLADIDA,
lipídios e lipoproteínas. POLYCLADIDA.
Nesta unidade, apresentamos os seguintes conceitos Agora, faça uma reflexão a respeito do conteúdo
ou definições em Zoologia: apresentado e pense se ainda existe algo que não te-
nha ficado bem claro na sua cabeça. Todo curso co-
Porifera meça pela base, sem o entendimento necessário, os
Cnidaria demais conteúdos futuros não terão a clareza neces-
Ctenophora sária e desejada.
Platyelminthes
Lembre-se que o tutor da disciplina pode ajudá-lo muito. Recorra a ele sempre
que for necessário e só depois prossiga em suas tarefas.
Exercícios de Fixação
1. Correlacione as colunas.
EXERCÍCIOS EXTRAS
1 - Em 1758, Linneu descreveu um nematóide de suínos como Ascaris lumbricoides. Goeze, em 1782, descre-
veu um nematóide, da mesma família do A. lumbricoides como A. equorum. Este parasito foi também estudado
por Cloquet, em 1824, que o denominou A. megalocephala. Em 1976, York & Meplestone ao estudarem esta
espécie consideram-na como pertencente ao gênero Parascaris. Qual a denominação para estas espécies?
2 - Linneu, em 1771, descreveu Ascaris trichiura. Rudolphi, em 1802, descreveu o mesmo helminto como Tri-
cocephalus dispar. Posteriormente o gênero Tricocephalus foi colocado na sinonímia de Trichuris e finalmente
concluiu-se que a espécie estudada era a mesma. Como citar o nome desta espécie?
Se você:
1) concluiu o estudo deste guia;
2) participou dos encontros;
3) fez contato com seu tutor;
4) realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.
Parabéns!
Glossário
47
Dimorfismo - Quando ocorrem formas morfológicas diferentes numa mesma espécie. Sin: dimormia.
Dimorfismo sexual - Conjunto de diferenças entre macho e fêmea de uma mesma espécie gonocórica.
Dorso. (Dorsum - Ing). (Do latim dorsum, atrás) - É a superfície superior, lado oposto ao ventre.
Eclosão. (Eclosion - Ing) - É o aparecimento do adulto (imago) da pupa ou da última pele de ninfa. Sin: emer-
gência.
Estágio. (Instar - Ing, Estadío, Estado - Esp) - No inseto imaturo, o primeiro estágio é a fase depois da eclo-
são, mas antes de sua primeira muda; o segundo estágio é depois da primeira, mas antes da segunda muda etc.
Sin: instar e estádio.
Habitat - Significa o lugar ou tipo de local onde um organismo ou população ocorre naturalmente.(Convenção
de Diversidade Biológica).
Metamorfose. (Metamorfosi - Ita). (Do grego meta, mudança de; morphe, forma) - A transformação em
forma ou substância durante as fases sucessivas do desenvolvimento. Alguns tipos de metamorfose são: ame-
tabolia, paurometabolia, hemimetabolia, hipometabolia, holometabolia e hipermetabolia.
Mimetismo - É a semelhança que assume ou possui certo organismo (mímico) a uma parte ou um todo de outro
animal (modelo), para confundir seus predadores ou para predar, parasitar ou obter outra vantagem de outra
espécie, podendo ser do tipo batesiano, mertesiano, muleriano ou wasmanniano.
Muda. (Écdisis ou Exuviosis - Esp; Ecdysis - Ing, Mue - Fra) - É a troca do exoesqueleto dos insetos (a por-
ção despojada é chamada de ecdise) para que possam crescer e passar para novo estágio. Sin: ecdise.
Ocelo. (Ocellus - Ing, Ocello - Ita). (Latim ocellus, olho pequeno. Plural, ocelli) - É um olho simples, ocor-
rendo normalmente em grupo de três, no topo da cabeça dos insetos.
Predatismo - É a interação desarmônica, na qual um indivíduo (predador) ataca, e devora outro (presa) de
espécie diferente.
Quimioreceptor. (Chemoreceptor - Ing). (Do grego chemeia, transmutação; latim recipere, para receber)
- É um órgão sensitivo, adaptado para perceber sinais químicos.
Rostro. (Rostrum - Ing). Do latim rostrum, bico - 1- Bico ou probóscide, 2- Bico ou tromba.
Subespécie - Subdivisão de uma espécie, usualmente uma raça geográfica. As diversas subespécies de uma
espécie não são muito diferentes umas das outras, apresentam formas intermediárias e são capazes de se repro-
duzir entre si.
Ventre. (Venter - Ing). (Do latim, venter, barriga) - 1. O abdome. 2. A superfície ventral do abdome, ou seja,
oposta ao dorso.
Gabarito
49
Unidade I
1 - Necator americanus (Stiles, 1902) Stiles, 1903
Obs.: americana foi mudado para americanus com a finalidade de concordar com o gênero.
2-
a - Salobrellidae
b - Graphidinae
3-
reino animal
filo cobrota
classe surdida
superordem caprioidea
ordem capri
familia capridae
subfamília caprinae
gênero Tantarus
espécie Tantarus ucbinae
Unidade II
1 - Vacúlos pulsáteis ou contráteis.
3 - Cistos ou pseudocistos.
Unidade III
1 - Se locomovem por contrações.
2 - É um conjunto de estruturas localizadas na parte anterior do corpo, que compõe-se das seguintes partes:
anel polar, roptrias e conoide.
Unidade IV
1 - Presença de cílios
2 - A absorção ocorre através do tegumento. A parede do corpo dos cestóides possuem especializações que
permitem a absorção de nutrientes.
Unidade VI
1 - Ascaris lumbricoides Linneu, 1758
Parascaris equorum (Goeze, 1782) York & Meplestone, 1976.
5 - Presença de flagelos apenas nos gametos conhecidos como microgametos (cílios e flagelos ausentes nas
demais fases do ciclo de vida).
6 - Esquizogonia: P. vivax - intervalos de 48 horas (terçã benigna), P. falciparum - 36 a 48 horas (terçã maligna)
e P. malariae 72 horas (quartã beligna).
7 - Esporozoíto.
8 - Equilíbrio hídrico é realizado através de vacúolos contráteis com formação de ductos coletores.
9 - Conjugação com troca de material genético. Ocorre uma adesão de citoplasma. Durante a conjugação, ape-
nas os micronúcleos estão íntegros; dá-se a formação de micronúcleo macho e fêmea, com posterior formação
de zigoto. Após a conjugação ocorre uma separação com posterior divisão celular.
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