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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DA
PROPRIEDADE RURAL

Armindo Neivo Kichel


Pesquisador da Embrapa Gado de Corte

Campo Grande - MS
DIAGNÓSTICO DA PROPRIEDADE RURAL
É o levantamento da: infraestrutura regional e da fazenda, mão de obra,
sistema atual de exploração da propriedade e espécies existentes, clima, solo
e topografia, histórico da área, produtividade, custo de produção entre outros.

Tem por objetivo determinar : Os principais fatores limitantes e aptidão de


cada propriedade e área.

E ser para definir :O melhor sistema de exploração de Pecuária , Lavoura e


Floresta, nível tecnológico, alternativa de recuperação ou renovação de
pastagem, espécies forrageira, culturas de grãos, fibra, energia e floresta,
insumos e quantidades dos mesmos, custo de produção e rentabilidade e
outros.
PERGUNTAS INDISPENSÁVEIS PARA O DIANOSTICO E
PLANEJAMENTO DA PROPRIEDADE RURAL
Qual é o problema?
Qual a principal causa?
Quais as principais alternativas?
Qual a melhor alternativa?
Como fazer?
Quando fazer?
Quanto custa?
Qual é o risco?
Qual é o retorno?
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS
REGIÃO
PROPRIEDADE RURAL
PRODUTOR- GESTOR
REBANHO ANIMAL
PASTAGEM
LAVOURAS
FLORESTAS
DIAGNÓSTICO DA REGIÃO

1. Condições Climáticas
2. Mercado Fornecedor
3. Mercado Comprador da produção de...
4. Meios de Transporte
5. Infraestrutura de Armazenamento de...
6. Linhas de Crédito Rural na Região
7. Entre outros
DIAGNÓSTICO DO PRODUTOR

• Formação profissional do gestor


• Capacidade de gestão e liderança
• Disposição para mudar e Capacitação
• Fontes de Informações tecnológicas
• Assistência técnica especializada
• Recursos Financeiros e acesso a credito
• Entre outros
DIAGNÓSTICO DA PROPRIEDADE
1. Localização e área em hectare ou alqueire
2. Caracterização dos Solos
3. Dados climáticos
4. Recursos hídricos
5. Sistema Produção: Rebanho, Lavoura e Floresta
6. Benfeitorias e Instalações
7. Máquinas, Equipamentos e Veículos
8. Força de Trabalho e qualificação
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO
Condições Climáticas
jan fev mar abr Mai jun jul ago set out nov dez anual

T(ºC)

TM(ºC)

Tm(ºC)

UR(%)
P(mm)

Geadas

Veranico
DADOS DE PRECIPITAÇÃO COLETADOS DE 1991 A 2012 = 21
ANOS COM MEDIAS MENSAIS E ANUAIS
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Anual
1991 - - - - 50 0 0 20 45 15 98 192
1992 108 171 220 49 67 1 1 46 180 339 174 231 1587
1993 275 265 171 25 54 3 0 20 114 55 117 125 1224
1994 404 318 373 57 36 39 17 0 10 123 107 167 1651
1995 240 452 375 32 41 27 12 0 127 137 117 180 1740
1996 316 474 472 98 117 20 0 0 194 202 213 465 2571
1997 370 160 201 66 92 145 0 0 17 172 371 327 1921
1998 101 242 452 93 163 0 10 104 130 110 69 419 1893
1999 526 93 285 18 43 25 0 0 127 65 158 190 1530
2000 265 430 423 39 11 0 34 84 183 77 200 318 2064
2001 188 147 63 25 121 11 29 50 98 100 303 518 1653
2002 272 447 167 0 91 0 97 52 65 34 95 131 1451
2003 307 193 274 108 65 51 0 28 126 141 197 260 1750
2004 184 297 132 87 205 72 46 0 0 270 438 205 1936
2005 672 28 185 57 145 35 50 139 125 35 230 290 1991
2006 194 590 178 103 62 0 16 36 71 235 133 283 1901
2007 469 312 173 55 97 0 45 0 0 152 149 174 1626
2008 427 303 162 68 66 0 0 13 28 149 104 300 1620
2009 199 144 119 0 28 39 11 112 272 221 424 453 2022
2010 507 267 176 66 36 0 0 0 150 57 108 139 1506
2011 210 333 478 202 15 49 0 30 15 180 114 135 1761
2012 247 42 163 151 144 197 -
Media 309 272 250 67 80 32 18 35 99 137 187 262 1770
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
Relevo
Altitude (m) / Declividade
Declividade Configuração Grau de limitação Área (ha)
0 - 3% Plano Nulo
3 - 8% Suavemente Ligeiro
ondulado
8 - 13% Moderadamente Moderado
ondulado
13 - 20% Ondulado Forte
20 - 45% Fortemente ondulado Muito forte
45 - 100% Montanhoso Extremamente forte
Acima de Escarpado Extremamente forte
100%
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
Classificação predominante do solo
Aptidão agrícola

Área
Aptidão
ha %
Classe I (boa)
Classe II (regular)
Classe III (restrita)
Classe IV (desfavorável)
DESCRIÇÃO DO REBANHO
Bovinos de Corte e Leite
Valor Valor
CATEGORIA Quantidade UA/animal UA
unitário total
Vacas prenhes/lactantes 1,20
Vacas vazias 1,00
Fêmeas 2-3 anos= 305kg 0,75
Fêmeas1-2 anos= 230 kg 0,60
Bezerros/as =150 kg 0,44
Machos 1-2 anos =255 kg 0,65
Machos 2-3 anos= 360 kg 0,85
Machos 3-4 anos=450 kg 1,00
Machos > 4anos=510 kg 1,10
Touros = 780 kg 1,50
Total ---- ------
Caprinos e ovinos
(quantidade de adultos e equivalência em UA – 0,2/animal adulto)
DESCRIÇÃO DO REBANHO
Animais de serviço
Quantidade Quantidade Valor Valor
Especificação
(cab) (UA) unitário total
Cavalos 1,50
Éguas 1,50
Burros 1,50

TOTAL ------
DIAGNÓSTICO ANIMAL
• Genética
• Sistema de exploração
• Manejo reprodutivo
• Manejo sanitário
• Manejo nutricional
• Suplementação mineral, protéica, energética, semi-confinamento,
confinamento
• Índices zootécnicos
MAQUINAS, EQUIPAMENTOS, E VEÍCULOS
Item Quantidade Estado de conservação Potência/capacidade trabalho Valor
Trator 1
Trator 2
Trator 3
Grade aradora
Grade niveladora

Arado
Terraceador
Subsolador
Distribuidor de calcário

Plantadeira de plantio
direto
Semeadeira de plantio
direto
Aplicadores de defensivos

Roçadeira
Colhetadeira
Colhedeira de forragem

Carreta
Outros
Total
LEVANTAMENTO DAS BENFEITORIAS E INSTALAÇÕES
Item Quant Área aproximada Estado de conservação Valor
Casa sede
Casas de empregado
Galpões
Armazém
Secador
Escritório
Curral
Fabrica de ração
Estrutura de confinamento
Oficina
Balanças
Rede de energia
Equipamentos de energia
Aviário
Pocilga
Estábulo
Sala de Ordenha
Resfriador de leite
Cercas
Equipamento de distribuição e fornecimento de
água
Outros
Total
FORÇA DE TRABALHO
Especificação Quantidade Qualificação Salário mensal Total anual

Familiar

Gerente

Empregados

Operadores de máquina

Técnicos

Temporários

Outros
Fontes de Informação Tecnológica Recursos Financeiros - Fontes de
recursos utilizados
( ) Cooperativa
( ) ATER Crédito rural ( ) sim ( ) não

( ) Empresas de insumos Recursos próprios ( ) não ( ) sim

( ) Consultor Venda antecipada ( ) sim ( ) não

( ) Associação de produtores Outras rendas ( ) sim ( ) não

( ) Prefeitura
( ) Vizinhos /parentes Fontes ( ) parcial ( ) total

( ) Outras___
DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Produção de Carne e Leite

• Pastagens
• Sistema de Cria
• Sistema de Recria
• Sistema de Engorda
• Sistema de Produção de Leite

Produção de Grãos
DIAGNÓSTICO DAS PASTAGENS

Aguadas
Invasoras
Adubação
Conservação de solo
Manejo
Cerca e divisões
PASTAGENS

Estado da Capacidade de Área


Espécie pastagem suporte (UA) ha %

Total --------- 100


MANEJO DE PASTAGENS
INTRODUÇÃO
• Pastejo Contínuo
• Pastejo Alternado
• Pastejo Deferido
• Pastejo Rotacionado
• Pastejo Rapadão
Capacidade de suporte: _______ UA _______UA/ha
Lotação atual: _______ UA _______ UA/ha
Tecnologias utilizadas na formação das pastagens: _______
Tecnologias utilizadas na recuperação e renovação de pastagens:
Nº de divisões e Tamanho de invernadas: _______
Sistema de pastejo: contínuo ou alternado ou rotacionado ______
Nível de pastejo: Rapado, médio e alto_______
Sistema de aguadas: ______________
Principais pragas e controles: _____________________________
Principais invasoras e controle: ______________
Susceptibilidade a erosão e controle: ______________
Uso de leguminosas: ________________
Idade e anos de exploração das pastagens: ______
Pastagens degradadas: __________________
Pastagens em degradação:______________
Pastagens em bom estado:_______________
SISTEMA DE CRIA
GENÉTICA
Descrição da composição racial do rebanho
seleção genética de novilhas
Valor Valor
CATEGORIA Quantidade UA/animal UA
unitáio total
Vacas prenhes/lactantes 1,20
Vacas vazias 1,00
Fêmeas de 2-3 anos 0,75
Fêmeas de 1-2 anos 0,60
Touros 1,50
Rufiões 1,00
total
MANEJO REPRODUTIVO
Uso de práticas para melhorar a eficiência reprodutiva sim ( ) não ( )
Quais ? ______________________________________________________
ex = Desmama precoce, tabuleta, mamada controlada e outras.

Estação de monta vacas multíparas sim ( ) não ( )


Período ______________________________________________________

Estação de monta novilhas nelore sim ( ) não ( )


Indicar a idade e período ________________________________________

Estação de monta novilhas cruzadas sim ( ) não ( )


Indicar a idade e período ________________________________________

Exame laboratorial das doenças da reprodução sim ( ) não ( )


Quais ? ______________________________________________________

Exame andrológico dos touros sim ( ) não ( )


Descarte de touros % anual ____________

Uso de inseminação artificial sim ( ) não ( )

Relação touro x vaca ________________

Diagnóstico de gestação sim ( ) não ( )


período__________________

Uso de invernadas ou pasto maternidade sim ( ) não ( )

Idade e época de desmama _____________

Descarte de vacas vazias e inferiores % anual ____________

Reposição de novilhas prenhes sim ( ) não ( )


MANEJO NUTRICIONAL

Consumo de sal mineral: ____________ kg/UA/ano

Manejo estratégico de pastagens para novilhas e vacas primíparas seca ( ) águas ( )


Suplementação alimentar ou para novilhas e vacas primíparas seca ( ) águas (..)
Suplementação alimentar para vacas multíparas seca ( ) águas ( )
Creep-feeding seca ( ) águas ( )
Creep-grazing seca ( ) águas ( )
MANEJO SANITÁRIO
Vacinação do rebanho: Febre Aftosa sim ( ) não ( )
Brucelose sim ( ) não ( )
Vacina nas fêmeas gestantes, contra diarréia sim ( ) não ( )
dos bezerros = 4 meses antes do parto sim ( ) não ( )
Vermifugação = novilhas do desmame até 2 sim ( ) não ( )
anos e vacas no peri-parto
Cura do umbigo sim ( ) não ( )
Vacinação dos bezerros (as) contra
clostridioses com 4 e 7 meses de idade sim ( ) não ( )
Controle da mosca-dos-chifres sim ( ) não ( )
Controle do carrapato sim ( ) não ( )
Controle do berne sim ( ) não ( )
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS DA CRIA
Taxa de mortalidade de novilhas, vacas e touros ______%
Taxa de prenhez - Vacas multíparas: _____________%
Vacas primiparas ______________%
Novilhas: ________%
Taxa média de prenhez: _______________%
Taxa de natalidade: ________________%
Taxa de desmama:__________________%
Taxa de mortalidade até a desmama: ___________%
Idade da 1º cria de novilhas Nelore: ________________%
Idade da 1º cria de novilhas cruzadas: ______________%
Peso médio dos bezerros na desmama 7 meses:
Nelore:__________kg
Cruzados:__________kg
Peso médio das bezerras na desmama 7 meses:
Nelore:_______________kg
Cruzados:_______________kg

Taxa de descarte de bezerros/as, fundo ou inferiores na desmama sim( ) não( )


Quantidade de animais e kg de peso vivo adquirido por ano: ______________
Quantidade de animais e kg de peso vivo retido por ano: _________________
SISTEMA DE CRIA
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS DA CRIA
Peso Peso Valor Valor
Quantidade
Médio Total Unitário total
Bezerros na desmama

Bezerras na desmama

Vacas descarte

Touros descarte

Novilhas descarte

TOTAIS -------------
SISTEMA DE CRIA

Pastagens usadas pela cria em ha: ________________


Peso vivo produzido na cria kg/ha/ano: ________________
Receita bruta em R$/kg: _______________
Receita bruta em R$/ha: _______________
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
SISTEMA DE RECRIA
macho - 150 a 350 kg
fêmea - 140 a 270 kg

a) Genética
b) Manejo Nutricional
c) Manejo Sanitário
d) Índices Zootécnicos
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
SISTEMA DE ENGORDA
a) Genética macho - 350 a 480 kg
b) Manejo Nutricional fêmea - 270 a 400 kg
Machos
Sal protéico águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Mistura múltipla águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Semi-confinamento águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Confinamento águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias

Fêmeas
Sal protéico águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Mistura múltipla águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Semi-confinamento águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
Confinamento águas ( ) seca ( ) ______g/cab/dia ____ dias
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
SISTEMA DE ENGORDA

Lote -1 Lote -2 Lote -3 Lote -4 Total


Quantidade
Idade inicial
c) Manejo Sanitário Idade de abate
Duração da recria
d) Índices Zootécnicos Peso inicial
Peso final
Ganho de peso/animal
Ganho de peso total
Valor (R$/kg)
Receita bruta
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
SISTEMA DE ENGORDA
d) Índices Zootécnicos

• taxa de mortalidade
• pastagens usadas para engorda
• peso vivo produzido na engorda
• receita bruta em R$/kg
• receita bruta em R$/ha
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE

a) Genética
b) Manejo Reprodutivo
c) Manejo Nutricional
d) Manejo Sanitário
e) Índices Zootécnicos
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
e) Índices Zootécnicos
• Pastagens usadas para produção de leite
• Produtividade do leite
• Produtividade de peso vivo
• Quantificação da produção anual de leite
Produção
Produção de Valor Valor
Quantidade Total de
leite Unitário Total
(animais) Leite
(kg/an.) (R$/L) R$
(kg)
Vacas
leiteiras
PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE
e) Índices Zootécnicos
• Quantificação da produção anual de peso vivo
Quantida Peso Peso
Valor Valor
Categoria de médio Total
unitário total
(animais) (kg/an.) (kg)
Bezerros na
desmama
Bezerras na
desmama
Novilhas descarte
Vacas descarte
Touros descarte
TOTAIS
PRODUÇÃO DE GRÃOS

Plantio Plantio
Valor Valor
direto convencional
Culturas Unitário Total
Área Produção Área Produção
(R$/ton) (R$)
(ha) toneladas (ha) toneladas
Soja
Milho 1ª safra
Milho 2ª safra
Arroz
Algodão
Trigo
Sorgo
Outras
(especificar)

Total
PRODUÇÃO DE GRÃOS
• Sistema de preparo do solo;
• Controle de pragas;
• Sistema de conservação do solo;
• Colheita;
• Sistema de produção grãos
• Manejo da área pós-
consorciado com forrageiras
colheita;
perenes;
• Manejo da palhada;
• Adubação;
• Armazenamento;
• Semeadura;
• Destino da produção;
• Controle de plantas daninhas;
• Comercialização.
• Controle de doenças;
PRODUÇÃO DE MADEIRA
Objetivo de uso da floresta e área cultivada em há
a) Lenha; g) Sombra- bem estar animal
b) Carvão;
c) Celulose; h) Quebra vento;
d) Madeira para construções: escora, i) Sequestro de carbono;
cercas, poste de luz, bueiro, ponte, j) Preservação do meio ambiente –
estábulo, casa galpões, estrutura de mata cilhar e reserva legal;
confinamento e outros;
k) Turismos;
e) Madeira para a indústria moveleira;
l) Entre outros.
f) Produção de frutos;
SISTEMA DE EXPLORAÇÃO DA FLORESTA EM
CONSORCIADO
iPF- integração pecuária- Floresta = Silvipastoril
Sistema de produção que integra o componente pecuário (pastagem e animal)
e florestal, em consórcio.

iLF- integração lavoura - Floresta = Silviagrícola


Sistema de produção que integra o componente florestal e agrícola pela
consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas (anuais ou perenes).

iLPF - integração lavoura- pecuária- floresta = Agrosilvipastoril


Sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e florestal
em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. O componente lavoura
restringe-se ou não à fase inicial de implantação do componente florestal.
SISTEMA DE EXPLORAÇÃO DA FLORESTA
a) Sistema de cultivo e área cultivada em há;
b) Espécies/cultivares/ cones da floresta;
c) Espécies/cultivares das culturas de grãos;
d) Espécies/cultivares de forragem;
e) Arranjo espacial e numero de plantas/há;
f) Técnicas de cultivo: preparo e conservação do solo, técnicas de preparo das
mudas e plantio, adubação de correção e manutenção, controle de pragas e
invasoras, entre outras;
g) Tempo de exploração em anos e produtividade: metro cúbico ou metro estéril,
toneladas, dúzia unidade entre outras.
DIAGNÓSTICO POR UNIDADE DE PRODUÇÃO

• Nome da fazenda • Estado atual (pastagem, lavoura)


• Data • Topografia
• Retiro/setor • Conservação / erosão
• Pasto/talhão • Impedimentos físicos
• Nº amostra de solo • Impedimentos químicos
• Área em ha • Disponibilidade de água
• Histórico da área • Pragas
• Espécie atual • Invasoras
• Lotação ou produção • Cobertura do solo
DIAGNÓSTICO POR UNIDADE DE PRODUÇÃO

ESCOLHA DA TECNOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
MACRONUTRIENTES NA PROFUNDIDADE DE 00-20 CM
Am PH P M.O K Ca Mg Al H S T V Arg
Solo água ppm g/dm3 Cmol / dm3 % %

01 5,00 0,88 15,8 0,04 1,50 0,38 2,81 1,54 4,73 33 30

02 5,60 1,04 21,0 0,20 2,15 0,00 2,05 2,30 4,38 55 20

03 5,20 2,39 20,9 0,04 2,00 0,28 3,04 2,04 5,36 38 17

04 5,57 0,75 15,4 0,19 2,35 0,00 2,27 2,45 4,72 52 17

05 5,44 1,10 17,6 0,04 2,10 0,14 2,48 2,14 4,76 45 20

06 5,11 1,56 13,3 0,04 1,05 0,38 2,45 1,09 3,92 28 20


MACRONUTRIENTES + ENXOFRE (mg/dm³) PROFUNDIDADE
00-20 CM
Amostra Fe Mn Zn Cu B S*
de solo

1 98 9 0,75 0,47 0,24 4,28

2 123 33 0,97 0,39 0,32 4,40

3 104 45 1,54 0,63 0,30 5,40

4 150 47 1,71 1,16 0,23 3,69

5 203 76 2,24 1,13 0,31 10,00

6 102 13 1,13 0,61 0,29 4,19

Ideal + 25 + 10 + 1,20 +0,60 +0,40 +8


INTERPRETAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

a) Principais fatores limitantes da propriedade


b) Principais aptidões da propriedade
c) Principais alternativas tecnológicas
d) Sistemas de produção mais indicados
O DESAFIO

• Selecionar alternativas tecnicamente corretas e economicamente


viáveis;

• Decidir por aquela que melhor se ajuste a uma situação em


particular;

• Evitar ou Reduzir a degradação das pastagens.


PASTAGEM RECUPERADA = SEM ADUBAÇÃO E SEM MANEJO,
APÓS 3 ANOS PASTAGEM NOVAMENTE DEGRADADA
PASTAGEM RECUPERADA A 31 ANOS
PASTAGEM RECUPERADA A 31 ANOS
Escolha da Espécie ou Cultivar de Pastagem

Diagnóstico da Área e do Sistema de Produção


Obrigado.

Armindo Neivo Kichel


Pesquisador da Embrapa Gado de Corte
Recuperação da pastagem com plantio Piatã + B.
decumbens + estilosantes
Insumos /ha Custo estimado em R$/ha
2,0 t./há de calcário dolomitico PRNT 75% 220,00
775 kg/ha de Gesso 106,00
300 Kg/ha formula 10-25-15 + 0,3 Cu + 0,3 B 434,00
8,0 kg/há de semente de Piatã VC= 50% 53,00
6,5 kg/há de semente de Decumbens VC= 50% 39,00
2,0 kg/há de semente de estilosantes VC = 80% 24,00
TOTAL = R$ 876,00
Maquinas e equipamentos próprio
Operações mecânica Éoca do ano Estimativa de custo R$/ha
Marcar e Construir terraços julho a agosto 60,00
Aplicação do Calcário agosto a setembro 35,00
Aplicação do gesso agosto a setembro 30,00
Grade de 32” setembro a outubro. 100,00.
Grade niveladora de 20” outubro a novembro 70,00
Grade niveladora de 20” outubro a novembro 60,00
Aplicação adubo formula antes do plantio 15,00
Plantio da pastagem novembro a dezembro 15,00
Grade leve fechada logo após o plantio 50,00
TOTAL = 435,00
Investimento em divisão em 3 pasto ou piquetes = R$ 54,00/há
Custo total= R$ 1.365,00
Fluxo de caixa anual e total pastagem recuperada, com
adubação de manutenção aplicada anualmente com
maquinas equipamentos próprios R$ 1.365,00
Ano 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º total
Custos R$/ha
ABC +1.365 - - - - - - - +1.365
Rec. past -1.365 - - - - - - - - 1.365
Ad. manu - -270 -270 -270 -270 -270 -270 -270 - 1.890
Man.anim - 360 -360 -360 -360 -360 -360 -360 -360 - 2.880
Pag. ABC - - - -316 -332 -348 -366 -384 - 1.746
Total -360 -630 -630 -946 -962 -978 -999 -1.014 -6.516
R. Bruta R$/ha
Carne 1.350 1.170 1.170 1.17 1.170 1.170 1.170 1.170 +9.540
R. Liquida R$/ha
R$/ha 990 540 540 224 208 192 171 156 +3.021

Receita liquida media de 8 anos = R$ 377,00/há/ano


Obs. Lotação media de 2,0 UA/há/ano = 2,6
animais/há/ano no sistema de recria e engorda, com
GMD de 410 gramas = Valor da @= R$ 90,00 para os 8
anos.
Fluxo de caixa a adicional comparando a rentabilidade
de uma pastagem recuperada com financiamento do
Programa ABC com um pasto degradado com lotação
de 1,0 animal/há/ano e queda de 6% a.a.
R. Liquida ABC R$/ha
R$/ha 990 540 540 224 208 192 171 156 + 3.021
R. Liquida R$/ha
R$/ha 150 140 133 125 114 110 104 97 + 973
Diferença 840 400 407 99 94 82 67 59 2.048

Fluxo de caixa adicional de R$ 256,00/ha/ano e a pastagens


sem erosão, recuperada e com adubação de manutenção
anual
RENTABILIDADE MEDIA ENTRE OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIO R$/HÁ/ANO

• Pastagem degradada = negativa ou R$ 45,00


• Pastagem recuperada ciclo completo = R$ 300,00
• Pastagem recuperada recria e engorda = R$ 450,00
• Pecuária recria e engorda com ILP = R$ 1.200,00
• Lavoura de soja Safra sem ILP = R$ 600,00
• Lavoura de soja Safra com ILP= R$ 1.000,00
• Floresta x Pecuária recria e engorda= R$ 1.400,00
• Arrendamento cana ou eucalipto= R$ 500,00
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais são os principais fatores de degradação das pastagens?

a) Espécie ou variedade inadequada;


b) Uso de sementes de má qualidade e baixa quantidade;
c) Preparo de solo e técnica de plantio inadequado,
d) Sem práticas conservacionistas, com erosão do solo;
e) Falta de fertilização na formação e na manutenção das pastagens;
f ) Manejo inadequado das pastagens;
g) Presença de pragas, doenças e invasoras
h) Compactação do solo, etc.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
2) O que é diagnóstico de uma área? E para que serve?

R: Diagnóstico é o levantamento: infraestrutura regional e da fazenda, mão de


obra, sistema atual de exploração da propriedade e espécies existentes,
clima, solo e topografia, histórico da área, produtividade, custo de produção,
principais fatores limitantes e aptidão de cada propriedade e área.

Serve para definir: O melhor sistema de exploração de Pecuária , Lavoura e


Floresta, nível tecnológico, alternativa de recuperação ou renovação de
pastagem, espécies forrageira, culturas de grãos, fibra, energia e floresta,
insumos e quantidades dos mesmos, custo de produção e rentabilidade e
outros.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
3) Cite os principais fatores que devemos levar em consideração
para escolha da melhor espécie forrageira?
a) Condições climáticas;
b) Condições de solo,
c) Invasoras, pragas e doenças existentes;
d) Nível tecnológico a ser utilizado,
e) Produtividade e qualidade desejada;
f) Finalidade de uso da forragem;
g) Época de utilização.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
4) O que é recuperação de pastagem?
E o que é renovação de pastagem?
Recuperar uma pastagem consiste no restabelecimento da produção de
forragem de acordo com o interesse econômico, mantendo-se a mesma espécie
ou cultivar.

Renovar uma pastagem consiste no restabelecimento da produção da forragem


com a introdução de uma nova espécie ou cultivar, em substituição àquela que
está degradada.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
5) Cite e comente as principais alternativa de recuperação e
renovação de pastagem.
Em geral, há quatro formas de recuperação ou renovação direta:
a) Recuperação direta sem preparo do solo;
b) Recuperação direta com preparo mínimo do solo;
c) Recuperação ou renovação direta com preparo total do solo;
d) Recuperação ou renovação com o consórcio de uma forrageira anual
(exemplo milheto) ou leguminosa (exemplo estilosantes campo grande).
PERGUNTAS E RESPOSTAS
6) Sistemas de recuperação e renovação de pastagens com a
integração lavoura- pecuária.

Algumas alternativas são:


a) Recuperação ou renovação da pastagem com plantio de lavoura solteira por
um ou mais anos e após implantação em pasto safra ou safrinha, solteiro ou
consorciado;
b) Plantio consorciado da lavouras de grãos com pastagem na safra ou
safrinha;
c) Exploração das pastagens por um ou mais anos e retorna novamente com
lavoura de grãos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
7) Para a implantação de uma pastagem de Brachiaria brizantha cv
Marandu, em uma que apresenta condições desfavorável de plantio
Ex; grande quantidade de invasoras e ou plantio na safrinha e ou
preparo deficiente do solo, etc. Responda ?

a) Qual a taxa de semeadura recomendada;


b) Quantos Kg /há de semente VC= 50%;
c) Qual profundidade de plantio.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
8) Levando em consideração as exigências nutricionais das
espécies e cultivares de forrageiras, Quais são as mais indicadas
para solo de baixa fertilidade e sem adubação?

R: Andropogon;. B. decumbens; B. humidicola; B. dictioneura e Estilosantes.


PERGUNTAS E RESPOSTAS
9) Quais os requisitos básicos para a Implantação da Integração
Lavoura-Pecuária?
a) Clima e solo favoráveis para produção de grãos;
b) Infraestrutura mínima para produção de grãos (máquinas, equipamentos, e
instalações);
c) Acesso facilitado para entrada e saída de produtos;
d) Recursos financeiros para os investimentos na produção;
e) Domínio da tecnologia requerida para a produção;
f) Assistência técnica;
g) Possibilidade de arrendamento da terra ou parceria com produtores
tradicionais de grãos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
10) Quais os principais benefícios esperados com o uso da
Integração Lavoura –Pecuária?
a) Incremento anual, com menor custo, na produção de grãos e produtos de origem
animal, sem a incorporação de novas áreas e desmatamento, particularmente, no
Cerrado e no bioma Amazônico.
b) Aumento da competitividade da carne bovina no mercado nacional e
internacional, com produção, a pasto, de carcaças de melhor qualidade.
c) Aumento da produtividade de grãos, carne, leite e fibras, especialmente, pelos
integrantes das pequenas e médias propriedades rurais.
d) Recuperação do solo com custos mais baixos, uma vez que o lucro obtido com a
cultura amortiza os gastos da recuperação da pastagem.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
e) Facilidade de renovação da pastagem: em geral, nos plantios de culturas anuais, o preparo
do solo é mais intensivo, com o uso de herbicidas, proporcionando uma redução no potencial
de sementes no solo, possibilitando a troca de espécie forrageira, principalmente, entre as
espécies de Brachiaria.
f) Melhoria nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo: com a rotação de lavoura
e pecuária, evitando-se a monocultura, eliminam-se camadas compactadas de solo, adoção
de práticas de conservação do solo, bem como a incorporação de resíduos animais
(principalmente esterco), raízes e palhadas dos cereais e da forrageira, estimulando a vida do
solo pela adição de material orgânico.
g) Redução de pragas e doenças, pela quebra dos seus ciclos, bem como redução da
infestação de plantas invasoras e, consequentemente, reduzindo o uso de agrotóxicos.
h) Aproveitamento de adubo residual: parte do fertilizante aplicado à lavoura permanece no
solo sendo, depois, aproveitado pela pastagem.
i) Maior eficiência na utilização de máquinas, equipamentos e mão-de-obra na fazenda, com
otimização do uso por um maior período de tempo no ano.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
j) Diversificação do sistema produtivo (pastagens e cultivos): a empresa pode
utilizar tanto as fases de cria, recria e engorda, como a produção de grãos,
propiciando maiores garantias contra os riscos climáticos e flutuações de mercado.
L) Fixação do homem no campo, tanto pela necessidade de mão-de-obra como
pela melhoria da renda do produtor e produtividade do trabalho, aumentando a
oferta de emprego.
m) Inserção social pela geração de trabalho, renda e estímulo à qualificação
profissional.
n) Melhoria na qualidade de vida do produtor e de sua família.
o) Aumento da produtividade do negócio agropecuário, tornando o sistema
sustentável em todos os seus termos, econômico, social e ambiental.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
11) As principais vantagens de boa formação pastagem?
a) Boa cobertura da área evitando compactação e erosão do solo.
b) Maior competição com as invasoras, eliminando o controle mecânico e químico, de custo mais
elevado.
c) Aumento de retenção de água do solo, consequentemente haverá menor efeito de veranicos ou
seca, sobre o crescimento da pastagem.
d) Maior eficiência no aproveitamento e menor perda de nutrientes.
e) Maior produtividade e qualidade de forragem.
f) Aumento dos microorganismos do solo.
g) Aumento da produção de carne/hectare, com menor custo.
h) Produção de uma pecuária mais sustentável.
i) Valorização da propriedade.
ALTERNATIVAS DE RECUPERAÇÃO OU RENOVAÇÃO
DE PASTAGENS
GENÉTICA AO PRATO COM SUSTENTABILIDADE
Obrigado.

Armindo Neivo Kichel


Pesquisador da Embrapa Gado de Corte

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