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Comportamento Estrutural de Fundacoes em
Comportamento Estrutural de Fundacoes em
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
DE FUNDAÇÕES EM PARABOLÓIDE HIPERBÓLICO
PARA EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
Dissertação de Mestrado
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Engenharia Civil do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais, como requisito
parcial à obtenção do título de Mestre em
Engenharia Civil.
Área de concentração: Estruturas.
CDD 624.18342
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Sabedor da valiosa e rara oportunidade dessa trajetória que me foi dada, de estar
próximo com o ambiente da escola e, à minha escolha, formá-lo dentre distintos
colegas, professores, amigos e funcionários, com os quais eu tive o privilégio de
conviver, é já com saudade que encaminho para o encerramento desse ciclo. Desta
forma, é oportuno me dirigir, e externar minha sincera gratidão, aos que direta e
indiretamente contribuíram comigo de algum modo para tornar possível a realização
deste mestrado:
Aos Professores Doutores, Denise Urashima, Marcelo Greco, Yukio Shigaki, pela
parcela importante de conhecimentos que dividiram comigo, possível pela contrapartida
dos vastos conhecimentos que acumularam em suas carreiras, reunindo a competência e
a generosidade na arte de transmitir o saber.
Ao Professor Doutor Cláudio José Martins, pela valiosa orientação e referência para
tornar possível a concretização deste trabalho, com estímulo, compreensão e amizade
ao longo deste período e que me proporcionou inestimável enriquecimento pessoal com
as coisas da academia.
Aos Professores Doutores, Rafael Miranda de Souza, Ricardo André Fiorotti Peixoto,
Wellington Luís de Assis Pereira que se disponibilizaram para compor a banca e pelas
valiosas contribuições no exame de defesa.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ix
RESUMO xiv
ABSTRACT xv
1 INTRODUÇÃO 1
1.2 Objetivos 3
1.3 Justificativa 4
2 FUNDAÇÕES EM CASCA 7
2.1 O cone 7
3 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
E SIMPLIFICAÇÕES DE CÁLCULO 17
3.2.1 Teoria 20
3.2.2 Procedimento de cálculo 22
3.2.3 Construção 24
4 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 29
vi
5 PROCEDIMENTO DE CÁLCULO 41
7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES 75
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77
ANEXOS
B.2 Cantos 94
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.2 – Fundação em casca de cone invertido: (a) sapata para mastro,
(b) radier para tanque superficial 9
Figura 6.3 - Meia planta simétrica dos pilares virtuais para locação
das sapatas 56
Figura 6.13 – Sapata (SA) - Diagrama das esforços axiais nas vigas
de borda e inclinadas (kN) 69
Figura B.1 – Provisão extra nas seções críticas (fonte: IS:9456-1980, 1997) 94
xii
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
The present publication reports the achieved results of the developed studies about the
structures of reinforced concrete shell as a structural solution for foundations of
residential buildings. It presents the analytical procedure for predicting the elastic
settlements and structural behavior of shallow shell foundations, composed of
individual footings with geometry in hyperbolic paraboloidal, as an alternative to
materialization of structural foundations of buildings, especially in soils with low
bearing capacity.
The validation of the work is demonstrated by presenting a case study consisting of the
adoption of the foundations in hyperbolic paraboloidal in a residential building of three
floors, sitting in a clay soil that has a low carrying capacity. In these studies are
reported, based on analytical results and numerical results by finite element method,
comparisons on the geotechnical and structural performance of reinforced concrete
shallow foundations among of the plan geometry and the shell geometry.
1 INTRODUÇÃO
A Engenharia de Fundação consiste em uma atividade tão antiga quanto a própria arte
de construir, e sem dúvida pode-se dizer que esta atividade está presente em todas as
construções desenvolvidas pelo homem (BOWLES, 1996).
otimização no dimensionamento dos radiers em forma de casca, uma vez que o material
estará sujeito principalmente a esforços normais de compressão. A economia de
material se torna mais evidente quando tais elementos de fundação são executados em
concreto estrutural, cujo elevado desempenho sob ação de esforços de compressão
proporciona indiscutível redução no consumo de material.
Com base na exposição acima, é proposto neste trabalho, visando reduzir os custos
totais de execução, a utilização de fundações superficiais confeccionadas em concreto
estrutural armado com a tecnologia das cascas, notadamente as sapatas isoladas na
geometria parabolóide hiperbólica, como elemento de fundação de um prédio
residencial edificado em solo que apresenta baixa capacidade relativa de carga.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
A presente proposta apresenta grande caráter inovador e originalidade, uma vez que a
utilização de radiers e principalmente sapatas, ambas em forma de casca para fundações
de obras residenciais ou industriais não tem despertado interesse ou explorada pelos
escritórios de cálculo estrutural. A causa se deve a falta da difusão destes
conhecimentos específicos de comportamento estrutural, para o meio técnico,
notadamente para os profissionais responsáveis pelos dimensionamentos (estrutural e
geotécnico) de obras residenciais ou industriais, e a ausência de relato de estudos
técnicos e pesquisa por parte do meio acadêmico.
Isto pode ser explicado porque estas técnicas, apesar de antigas, foram
preferencialmente utilizadas no passado, pela engenharia, como soluções arquitetônicas
singulares para coberturas das edificações e sabidamente sempre demandaram alto
custo, tanto para a execução devido à especialização artesanal necessária da mão de
obra para a conformação das geometrias, quanto para o complexo cálculo de
dimensionamento, somente admissível a poucos notáveis especialistas da época, pois
era necessário dominar o ciclo completo, compreendendo o projeto, o cálculo e a
construção.
Esta racionalização de insumos irá contribuir tanto para a redução dos impactos
ambientais relacionados à extração de matéria-prima para confecção destes insumos,
quanto para a economia dos investimentos de implementação de projetos de fundação,
residenciais ou industriais. Além de viabilizar pelo contorno da limitação técnica a
utilização de terrenos de baixos parâmetros geotécnicos de resistência, conduzindo ao
aumento de competitividade do setor da Construção Civil.
2 FUNDAÇÕES EM CASCA
Embora uma variedade enorme de cascas possa ser empregada em muitos aspectos
construtivos de coberturas, as que podem ser adequadamente adotadas para uso nas
fundações, são muito poucas. Na seqüência é apresentado um apanhado dos tipos mais
comuns de geometrias em cascas usadas em fundações, e suas características
geométricas, as quais as capacitam a desempenhar suas funções eficientemente e
efetivamente nas fundações sob diferentes circunstâncias.
2.1 O CONE
Em princípio é necessário mencionar que poucas cascas podem competir com o cone na
simplicidade da sua forma. A sapata cônica, rotacionalmente simétrica, em concreto
armado, do tipo mostrado na Figura 2.1a, é provavelmente a mais simples forma na qual
uma casca pode ser materializada como fundação. A provisão de armação radial e
circunferencial são tão simples como para uma fundação circular plana, enquanto a
construção é apenas um pouco mais difícil. A casca poderá ter uma espessura uniforme,
ou a mesma poderá tê-la variando ao logo da geratriz. Entretanto, por conta do seu
plano circular, o uso da casca cônica está limitado às sapatas individuais, diferente das
parabolóides hiperbólicas, as quais podem ser usadas para sapatas combinadas ou em
radier (Kurian, 2006).
A casca da Figura 2.1a na posição invertida, Figura 2.2a, é adequada como sapata para
estruturas tais como mastros de antenas estaiados (guyed masts). Uma grande casca
cônica invertida – na sua forma inteira ou truncada, dependendo da área requerida de
contato com o solo – pode também servir como radier para estruturas cilíndricas, tais
8
(a)
(b)
Figura 2.1 – Fundações em casca cônica: (a) sapata para coluna, (b) radier para chaminé
9
(a)
(b)
Figura 2.2 – Fundação em casca de cone invertido: (a) sapata para mastro, (b) radier para tanque
superficial
Figura 2.3 – Radier em cone duplo dobrado: a) seção diametral; b) vista isométrica
Para estruturas circulares, ou estruturas elevadas, tal como reservatório de água sobre
colunas enfileiradas em círculo, domos invertidos de parede fina podem servir como
alternativa às fundações em grossos radiers circulares ou anelares. A transferência da
carga de coluna para o domo invertido pode ser efetuada através da viga anelar, no topo,
como mostrado na Figura 2.4. Outras cascas de revolução tal como o parabolóide
rotacional ou elipsóide, podem também servir ao mesmo propósito, no lugar dos domos
esféricos (Kurian, 2006).
11
z = kxy (2.1)
Onde
k = f / (a b), é chamado de inclinação da casca; com
f sendo a elevação do cume da hypar;
a e b = dimensões no plano.
z = k x2 2.2a
z = −k x 2 2.2b
Por outro lado, planos verticais paralelos aos eixos coordenados cruzam a superfície ao
longo de linhas retas, as quais são as linhas retas geradoras da superfície, como segue:
z= kmy (2.3a)
z= kny (2.3b)
quadrante e de linhas retas paralelas às bordas, bem como as vigas de borda e inclinadas
através das respectivas vistas das suas seções. Nas Figuras 2.8, 2.9, 2.10, e 2.11 são
vistos os exemplos de utilização desta geometria para as fundações superficiais, tais
como: as sapatas combinadas, a formação em radier parabolóide hiperbólico
convencional e invertido e uma mostra de carregamento contínuo de paredes em sapatas
isoladas por meio de vigas baldrame.
Figura 2.6 - Formas de uso da hypar em fundações: sapata individual parabolóide hiperbólica
Figura 2.7 - Formas de uso da hypar em Fundações: sapata individual parabolóide hiperbólica excêntrica
15
Figura 2.8 – Formas de uso da hypar em fundações: sapatas combinadas parabolóide hiperbólicas
Figura 2.10 – Formas de uso da hypar em fundações: radier parabolóide hiperbólico invertido
Figura 2.11 – Formas de uso da hypar em fundações: sapatas individuais parabolóide hiperbólicas como
fundações para cargas contínuas de paredes
17
De acordo com Kurian (2006), enquanto uma estrutura plana tal como uma placa resiste
às cargas aplicadas pela flexão por conta da sua alta rigidez tributada à sua espessura, as
cascas pela virtude da sua geometria e pequena rigidez à flexão tende a suportar as
cargas aplicadas primariamente pelas tensões no plano, acompanhada de pequena ou
nenhuma flexão.
O modo de resistir às cargas aplicadas pela flexão no caso das placas pode ser
inteiramente descrito em termos de duas forças cortantes transversais, dois momentos
fletores normais e um momento torçor. A Figura 3.1 apresenta em qualquer ponto (x, y)
da placa, os seguintes esforços por unidade de comprimento: a força cortante Qx e o
momento fletor Mx na direção x; a força cortante Qy e o momento fletor My, na direção
y; e o momento torçor, Mxy = Myx, constituindo os efeitos que descrevem inteiramente o
estado de tensões de flexão nas seções perpendiculares às direções coordenadas.
Tomando o caso das cascas e considerando agora um ponto (x, y) no meio da superfície
da casca (geometricamente bidimensional), conforme Figura 3.2, e se assumir-se que a
casca resiste às cargas aplicadas puramente em termos de tensões no plano, o retrato das
tensões no ponto pode ser inteiramente descrito por três resultantes de tensão de
membrana, das quais, duas são as resultantes de tensão normal, Nx e Ny, e uma outra
resultante de tensão de membrana de cisalhamento, Nxy = Nyx, todas expressas por
unidade de comprimento como no caso das placas. Estas tensões resultantes de
membrana produzem tensões normais e de cisalhamento horizontais, mas de intensidade
uniforme em toda a espessura da casca.
uma treliça, na qual se idealiza que os membros são articulações perfeitas, enquanto na
realidade, efeitos de flexão podem ser desenvolvidos nas ligações físicas reais. De
maneira similar a teoria da membrana intencionalmente negligencia os efeitos de flexão
produzidos pelo cisalhamento transversal, flexão e momento volvente. Pode ser
considerado que a teoria da membrana engloba a parte essencial do sistema de esforços,
e como tal, o efeito de flexão muitas vezes produzirá efeitos secundários. Por outro
lado, se as tensões de flexão induzidas forem da mesma ordem de magnitude que a
tensão de membrana, como ocorre, por exemplo, nas zonas de borda da hypar (referidas
como perturbação da borda), seria inteiramente irreal tratá-las como secundárias, muito
menos ignorá-las. Portanto, deve ser chamada a atenção ao aplicar a teoria da membrana
em tais situações, ao invés de tentar a análise pela teoria da flexão, mais exata.
3.2.1 Teoria
De acordo com a teoria das membranas ou cascas, em um parabolóide hiperbólico
sujeito a um carregamento uniforme sobre a projeção horizontal, os esforços decorrentes
induzidos na casca são prevalentes apenas na forma de força de cisalhamento uniforme
Nxy,, (FLUGGE, 1973), dada pela expressão:
wab
Nxy = (3.1)
2H
21
Onde
Nxy é a força de cisalhamento por unidade de comprimento;
w é a carga por unidade de área sobre a projeção horizontal;
a e b são as dimensões do quadrante da casca medidos horizontalmente; e
H é a elevação do cume da casca, ponto central de apoio do carregamento externo.
Para uma sapata de uma coluna, a carga externa vertical é balanceada pela soma das
componentes verticais do esforço de compressão das quatro junções inclinadas. Estes
esforços de compressão são dissipados como força de cisalhamento ao longo destas
22
junções entre os planos das cascas e as próprias ribs. As forças cisalhantes sobre as lajes
são balanceadas pela força uniforme de reação do solo. Além disto, o momento fletor
sobre qualquer seção, devido às forças uniformes de reação do solo é balanceado pelo
par formado pela tensão nas vigas de borda (edge-beams) e a componente horizontal da
compressão nas ribs.
A citada teoria para as ações de membrana ou das cascas leva a um método bastante
simples de cálculo, o qual pode estar sujeito a verificações intermediárias. Do ponto de
vista matemático, os postulados assumidos na teoria poderão dar margens a dúvidas,
mas o ganho de experiências de longa data e os resultados dos recentes testes
conduzidos em sapatas de dimensões em escala real, com aplicação de carga e medição
das deformações, indicam que os cálculos baseados nestes postulados assumidos são
adequados para suportar as cargas com segurança (IS:9456-1980 (1982)).
A elevação do ápice da sapata deverá ser tão grande quanto possível, já que a tensão Nxy
é inversamente proporcional a ela. Entretanto, o concreto não poderá ser moldado
eficazmente no local sobre uma rampa de inclinação maior que cerca de 40o, sem a
contensão apropriada por fôrma na superfície superior. Um ótimo valor de H, o qual
representa a inclinação deverá ser adotado, sendo conveniente considerar a altura cerca
de 1/3 do lado mais curto da sapata. Isto corresponde a inclinação de cerca de 34o, que é
23
bastante satisfatório, tanto para revestimento do solo, como para moldagem final, e
depois para a concretagem definitiva.
Laje da casca (shell slab) - Independentemente do valor de Nxy uma casca adequada é
usualmente feita com 15 cm de espessura, dando um cobrimento de 7,5 cm para o aço, o
qual está próximo ao meio da seção transversal. A armação é colocada paralela as
bordas da laje, de tal modo que possibilita o uso de barras retas. Suficiente armação
deverá ser provida em cada direção para resistir a componente diagonal da tensão
naquela direção que é a força de tração igual a Nxy. Embora a tensão diagonal seja
resistida somente pela armação, é desejável reduzir o esforço de tração no concreto a tal
valor, de modo que a formação de fissuras possa ser prevenida. Em raros casos isto
poderá significar o projeto de uma laje com espessura maior que 15 cm.
Com as sapatas combinadas também se provê uma viga de borda, no vale formado pela
junção das cascas adjacentes. Esta viga terá sua seção triangular formada pelo
enchimento requerido no vale da junção.
Junção inclinada das cascas (ribs) - Esta seção está inteiramente em compressão
variando do máximo, na face do pilar, até zero no fundo da sapata (junção rib com a
viga de borda). Sob baixa transferência de esforços, esta junção estará adequada a
resistir a compressão. Adicional encorpamento da área desta seção transversal poderá
ser provida pelo enchimento da junção dos dois planos das cascas adjacentes, na sua
24
face inferior, com decréscimo desta área no sentido das vigas de borda. Entretanto, se
este enchimento for largo estará expondo uma superfície plana, ao invés da casca, em
contato com as reações de pressão do solo e sob as quais o efeito produzido poderá ser
um grande esforço de flexão. Alternativamente, se uma área de seção maior de concreto
seja requerida, poderá ser provida pela adição de seção pelo lado superior da superfície,
ou então, pelo incremento de resistência inteiramente por provimento de aço.
3.2.3 Construção
Preparação do terreno - Modelar o solo de acordo com a dupla curvatura parabolóide
hiperbólica é talvez o mais importante passo da construção da sapata. A melhor maneira
de executar segue nos seguintes estágios: a) a escavação geral é primeiramente feita até
o arrasamento do plano com o nível do topo da sapata; b) a marcação do plano da sapata
é feita fora dos limites desta e a escavação avança até o nível do fundo da sapata de
maneira a preservar isolado o prisma de terra retangular contendo a sapata (Figuras 3.4
e 3.5); c) as inclinações correspondentes as quatro vigas inclinadas são então cortadas
de maneira a isolar os quatro quadrantes e definir as diretrizes das cascas;d) na
seqüência, os quadrantes são formatados grosseiramente e daí então trabalhados de
modo a adquirirem o formato das curvas hiperbolóides com as superfícies tão lisas
quanto possível. Em solos de areia esta tarefa é cumprida facilmente pelo movimento de
uma régua que provoca o desbaste do solo, mantida em uma direção sempre
perpendicular as bordas.
Figura 3.5 – Prisma retangular de solo para uma sapata isolada (fonte: Kaimal, 1969)
espessura média de 2cm. Isto poderá ser executado pelo movimento de uma régua de
maneira semelhante à recomendada anteriormente para desbastar o terreno (Figura 3.6).
Se o formato da fundação já tenha sido preparado com o emprego de solo-cimento ou
concreto magro, a regularização é desnecessária.
Figura 3.6 – Acabamento em argamassa pobre da camada de regularização do perfil com o uso de uma
régua (fonte: Kaimal, 1969)
Figura 3.7 – Armação do aço na posição para uma sapata combinada (fonte: Kaimal, 1969)
4 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
−pv
Nx = 0, Ny = 0, e Nxy = t = (4.1)
2k
Para sustentar o estado de cisalhamento uniforme do tipo descrito acima, nas regiões do
contorno da casca deverão existir vigas perimetrais, como as de borda e as inclinadas,
para balancear esses cisalhamentos de borda. Este balanceamento induz as forças axiais
em direções opostas nestas vigas, como visto na Figura 4.1. Com relação à viga de
borda, como os seus cantos estão livres de tensão, as forças axiais tenderão a
concentrar-se no meio, resultando na tensão axial T característica desta viga, que a
partir de zero nos cantos aumenta uniformemente até um valor máximo dado por:
31
T=ta (4.2a)
C = 2 t a2 + f 2 (4.2b)
Pode ser visto que, enquanto as componentes horizontais do valor máximo de C dos
pares opostos das vigas inclinadas balanceiam-se em cada par no ápice, as componentes
verticais de Cmáx. das quatro vigas inclinadas somam-se para equilibrar a carga aplicada
32
no pilar. Um fluxo de forças deste tipo, de acordo com a Figura 4.1, permite-nos
visualizar a transmissão da carga do pilar, saindo da base deste para as vigas inclinadas,
destas para as cascas, e daí, para as vigas de borda e para o solo abaixo.
Desde que as tensões resultantes em qualquer ponto dada pela teoria da membrana são
Nx, Ny e Nxy, o cálculo estrutural da casca deverá também satisfazer estes efeitos.
Quando Nx ou Ny for de compressão, a seção deverá ser calculada para compressão, tal
que ambos concreto e aço sejam solicitados, de outro modo, se a mesma é de tração, a
seção deverá ser calculada em termos do aço isoladamente, onde o concreto deverá
servir apenas como cobertura física. Tratando de Nxy, seria conveniente considerar os
principais efeitos (tração e compressão) ao longo da direção diagonal, para os objetivos
do cálculo, como explicado no caso da sapata parabolóide hiperbólica. Em todos os
casos, práticas corretas implicam que o aço calculado para a membrana seja colocado no
meio da seção do plano da casca. Seja para a casca ou para as vigas, é preferível limitar
a percentagem máxima do aço na seção para 5 % da seção bruta (IS:9456-1980 (1982)).
A aproximação do estado limite prevê que o cálculo satisfaz o estado limite de ruptura,
bem como a da capacidade de serviço. O modo de ruptura em uma membrana envolve
diretamente compressão ou tração, como for o caso. O estado limite da capacidade de
serviço aplica-se para a flecha e a fissura, sendo esta última de especial importância
para as fundações, de um modo geral, devido à perda de proteção e a exposição do aço
34
Onde
Cu é a força de cálculo na compressão. O subscrito indica que ela é a carga última ou a
do estado limite;
fck é a resistência característica do concreto;
fyk é a resistência nominal do aço;
Ac é a área do concreto (real);
As é a área do aço.
Se por outro lado, for designado A como a seção bruta, e especificada a percentagem de
aço como p, a expressão anterior pode ser escrita como:
p p
Cu = 0,4 fck A 1 − + 0,67 fyk A (4.4)
100 100
A Equação (4.4) pode ser utilizada tanto para obter o valor da seção A, quanto da área
do aço.
Com relação à tração, ela é inteiramente absorvida pelo aço, seja o cálculo pelo método
do estado limite ou tensão de trabalho, o concreto servirá meramente como cobertura de
proteção ao aço. Isto, contudo, causa séria preocupação com respeito à possibilidade de
fissuras no concreto circundante, particularmente se a largura das fissuras
provavelmente exceder o limite aceitável. Esta exigência é felizmente superada no
cálculo da tensão de utilização (working stress design, WSD) (IS:9456-1980 (1982)),
para as partes sob tração direta, que coloca um limite sobre a tensão de tração na seção
equivalente de concreto. A expressão correspondente é dada por:
35
T
σt = (4.5)
(Ac + mAs )
Onde
T é a força de tração agindo sobre a seção;
σt é a valor (limite) admissível da tensão de tração;
m é a taxa modular, dada como 280 / (3σcbc), onde σcbc é a tensão de compressão
admissível no concreto, na flexão.
T
σt = (4.6)
[Ac + m − 1 As ]
σt, é o máximo valor da tensão de tração na seção equivalente que corresponde a uma
pequena fração de fck, aproximadamente da ordem de 12 %, ou equivalente a 0,34
(fck)2/3. Na NBR 6118 este valor médio é σt = fct,m = 0,3 (fck)2/3 (MPa), admitindo fctk,sup =
1,3 fct,m = 0,39 (fck)2/3 (MPa).
Para o cálculo da membrana, é indicado que o aço da casca seja detalhado no meio do
plano da sua seção. Quando está previsto o uso do aço em direções perpendiculares, a
prática correta é colocá-los simetricamente a linha de centro (Figura 4.2). Seria
preferível, onde a flexão é esperada, acrescentar uma camada na direção onde se espera
o surgimento de tração na flexão – visando tirar proveito do aumento do braço de
alavanca. O aço detalhado para as cascas e as vigas deve ter assegurado um adequado
cobrimento (todos os lados), espaçamento e ancoragem como previsto em norma.
36
4.2.3 Casca
De acordo com a teoria da membrana, uma reação vertical uniforme do solo, pv, poderia
induzir um estado de tensão uniforme de membrana(cisalhamento) na casca hypar
desacompanhada de tensões normais, como explicado na Seção 4.2.1. Note-se que uma
reação normal uniforme do solo, pn, induz as forças resultantes normais Nx e Ny em
adição a força resultante de cisalhamento Nxy. Esta tensão uniforme de cisalhamento t é
equivalente a tração e compressão uniforme de idêntica magnitude do cisalhamento, ao
longo dos arcos parabólicos diagonais convexo e côncavo, respectivamente,
compreendendo a casca como já mostrado na Figura 4.1 e constitui o principal esforço
para este sistema.
A seção diagonal poderá ser agora calculada para os esforços de tração e de compressão
desenvolvidas. O arco convexo terá, portanto, aço com menor espaçamento do que o
arco côncavo no qual o aço será necessário apenas se o concreto não tiver a capacidade
suficiente para resistir a compressão desenvolvida. Mesmo quando o aço estrutural não
seja necessário, deverá ser provida armadura mínimacom alguma taxa para amarrar o
aço da tração, se não, também para o propósito de proteção contra a possibilidade de
37
flexão. Ambos os jogos de aço devem ser curvados a perfis parabólicos para conformar-
se efetivamente com a geometria da casca, antes da colocação. Entretanto, para evitar a
necessidade de curvar as barras como acima e deste modo facilitar o trabalho de
execução, no caso de uma sapata, é conveniente prover o aço como barras retas ao
longo das direções paralelas as bordas de tal maneira que produza a mesma efetiva área
ao longo da diagonal, isto é um exemplo de usufruir a vantagem das propriedades de
linhas retas da casca. Esta prática, além disso, tem a vantagem adicional que as barras
podem ser curvadas da viga inclinada (ridge beam) para dentro da casca adjacente.
Deste modo, se o requerido espaçamento das barras para atração diagonal é s, (Figura
4.3a), o mesmo efeito pode ser produzido pela colocação de barras paralelas do mesmo
diâmetro, em cada direção perpendicular ao mesmo espaçamento s, como mostrado na
Figura 4.3b. Este método, embora conveniente do ponto de vista do trabalho com a
armação, sofre uma desvantagem, isto é, por tornar igual, a quantidade de aço
disponível na direção da compressão. Isso, na presença de concreto torna o arco
compressivo mais resistente que o arco da tração; assim, levando para um leve
desbalanceamento, mas ao mesmo tempo um projeto seguro. Testes conduzidos por
Kurian (1972) mostraram que colocando a armação diagonalmente não tem mérito
especial sobre a colocação da mesma, na direção paralela aos lados, seja em termos de
carga de fissuramento ou carga última, exceto para o escopo da redução de aço para
compressão. Conseqüentemente, entre os dois métodos, a escolha está entre a economia
de material versus economia de mão de obra. De maneira geral, o método paralelo
parece satisfatório no caso de fundações.
Figura 4.3 – Método da armação de aço da casca parabolóide hiperbólica: (a) - diagonal, (b) – paralela
38
4.2.4 Vigas
Sapatas parabolóide hiperbólicas têm sido projetadas e construídas das seguintes
maneiras: (a) com vigas de bordas, mas sem as vigas inclinadas; (b) sem as vigas de
borda (mas não sem aço na borda), mas com pesadas vigas inclinadas; (c) com ambas as
vigas de borda e inclinadas. Embora entre os dois conjuntos de vigas, a viga inclinada
seja menos importante, é óbvio que a capacidade da casca em resistir aos momentos ou
cargas excêntricas será consideravelmente melhorada na presença das vigas inclinadas.
Será, portanto, prudente usar sapatas parabolóide hiperbólicas com ambas, vigas de
borda e inclinadas nos projetos normais, além disso, considera-se que este tipo é
geralmente capaz de adaptar-se melhor a uma distribuição irregular da reação do solo e
a excentricidades acidentais em cargas como inevitavelmente ocorre na prática. Embora
o cálculo da membrana requeira que estas vigas tenham seus eixos coincidindo com as
bordas da casca (Figura 4.1), é consistente a análise se eles deveriam situar no plano
central, para cima ou para baixo, com relação à casca. Do ponto de vista da
possibilidade de flexão, contudo, é mais efetivo prover a viga por baixo (down
standing). Este método também se mostra de fácil aplicação do ponto de vista da
construção, ambas in situ ou pré-fabricada. Além disso, ele provê melhor confinamento
para o solo no interior da sapata.
Desde que as vigas são tratadas separadamente das cascas, as dimensões seccionais da
viga deverão ser providas distintamente das dimensões da casca como mostrado na
Figura 4.4b, embora seja comum a prática de incluir a porção da casca no
dimensionamento da viga. Além disso, as vigas deveriam ser posicionadas dentro, e não
fora, das dimensões do plano da casca, de modo que a área do plano da sapata
permaneça intacta como mostrado, também, na Figura 4.4b.
39
Figura 4.4 –Sapata em casca parabolóide hiperbólica individual quadrada: (a) 1 – parábola convexa
(tração), 2 – parábola côncava (compressão), 3 – geradoras de linhas retas; (b) detalhamento das vigas
Viga de borda - Conforme tratado na Seção 4.2.1, a viga de borda está sujeita a tração
axial, aumentando de zero nos cantos até o seu valor T = t a, no centro da borda da
sapata (Figura 4.1). O aço na seção central pode ser calculado com base na tração total,
enquanto a área da seção pode ser determinada com base na quantidade requerida para
tração máxima equivalente, dada pela Equação (4.6). Mantendo a largura da viga, d/2,
onde d é a dimensão lateral da base do pilar, verifica-se primeiramente se a seção
triangular disponível no centro (região hachurada da Figura 4.4b) é suficiente para a
área do concreto. Se ela não for, como normalmente acontece, o acerto poderá ser feito
com a projeção para baixo de uma seção retangular. Deste modo a profundidade da
porção retangular pode ser determinada. Aqui, o critério de dimensionar a largura da
viga em d/2 se justifica pela razão óbvia de se manter a distribuição da carga através de
uma seção equivalente, ou seja, o somatório das seções das vigas se iguala a seção do
transportador da carga, a coluna. Sendo determinada a área da seção da viga de borda,
verifica-se que a área de aço para esta seção será muito menor que 5 %. Embora o aço
requerido na seção do canto seja zero, na maioria dos casos, o aço calculado para o
centro é estendido por toda a viga. Isto certamente é uma vantagem do ponto de vista da
resistência última.
seção desta viga pode ser calculada como uma coluna curta com aço não excedendo a 5
%, usando a Equação (4.4). Assim pode ser dimensionada inicialmente se a área
necessária encontrada for apenas com o enchimento triangular com a sua largura, não
excedendo d. Se uma área maior for necessária, poderá ser aditada uma seção retangular
com a projeção por baixo do enchimento triangular. Embora a compressão axial
desapareça na extremidade da viga, ao fundo, muitos projetistas preferem manter a
seção encontrada no ápice para toda a viga. Com relação aos estribos, deverá se provida
conforme requerido nominalmente, para ambos os conjuntos de vigas. Desde que a ação
predominante na viga seja axial, o cisalhamento transversal é provavelmente de pouca
importância para necessitar estribo estrutural. Em todo o caso, somente uma análise de
flexão pode produzir um diagrama de força de cisalhamento que poderá confirmar isto.
Pela mesma razão, a possibilidade de falha da seção da viga por cisalhamento (ou tração
da diagonal) na face do pilar, normalmente chamado de cisalhamento de punção, é
muito remota para requerer preocupação.
Até aqui, apenas o cálculo de uma sapata parabolóide hiperbólica quadrada submetida a
uma carga vertical central, que é o mais simples dos casos, foi tratado. Cálculos para os
casos, tais como: sapata com momentos, sapata retangular, sapata com pilar excêntrico,
sapatas combinadas e radier, sob várias condições de geometria e carregamento, todas
as quais progressivamente mais complexas, podem ser analisados de acordo com os
conceitos apresentados neste trabalho. Isto também se aplica para os tipos de radier
parabolóide hiperbólico invertido, em simples ou múltiplas unidades.
41
5 PROCEDIMENTO DE CÁLCULO
Com o objetivo de obter os valores dos quantitativos materiais, tendo como referência o
dimensionamento da fundação em sapatas planas convencionais, para comparação
posterior frente à proposta deste trabalho, que visa o emprego da tecnologia de
fundações em parabolóide hiperbólico, segue em linhas gerais, os procedimentos
clássicos da literatura.
Na grande maioria dos casos o peso próprio, bem como o peso de terra sobre a sapata é
pouco significativo e como o valor de σs na prática não tem grande precisão, pp é
portanto negligenciado, de tal modo que a expressão é simplificada, A = a b = P / σs. As
dimensões em planta, a e b devem ser escolhidas de modo que: o centro de gravidade da
sapata deve coincidir com o centro de carga do pilar; a sapata não deverá ter nenhuma
dimensão no plano menor que 60 cm; sempre que possível, os balanços da sapata, em
relação a face do pilar sejam iguais nas duas direções (valor de c da Figura 5.1b).
42
a − ao b − bo P
d ≥ ou ≥ ou ≥ 1,44 5.1
4 4 σa
P a − ao
Tx =
8d
P (b − bo )
Ty = (5.2)
8d
1,61 Tx
Asx =
fyk
43
1,61 Ty
Asy = (5.3)
fyk
molas que substituem o solo. Porém, desde que os recalques envolvidos sejam
pequenos, esta aproximação pode ser empregada.
Por outro lado, uma aproximação usando uma idealização do meio elástico contínuo não
é considerada atrativa devido à grande dificuldade de se chegar a um valor preciso do
módulo de elasticidade do solo, o qual é um parâmetro essencial para esta idealização.
Isto faz com que a aproximação usando o módulo de reação vertical ksv seja mais
apreciada. Este modelo, (ver Figura 5.2) permite a análise computacional de forma
simplificada.
Ainda de acordo com Silva (2006), outro ponto importante que faz com que a
aproximação de Winkler seja preferida, consiste no fato de que há comprovações na
literatura específica (SMOLIRA, 1975) que mesmo grandes erros na avaliação dos
valores do módulo de reação vertical influenciam quase que insignificantemente a
resposta da superestrutura associada.
Ki
k vs = (5.5)
Af
σ x, y = k vs w x, y (5.6)
Onde
σ(x,y) é a tensão média de contato na base da fundação;
w(x,y) é o deslocamento vertical (recalque);
ksv é o módulo de reação vertical, sendo este valor definido em função do tipo de solo
que compõe o maciço de fundação.
Na prática, o coeficiente ksv pode ser determinado de três maneiras: ensaios de placa,
tabelas de valores típicos se por meio de correlações com o módulo de elasticidade.
Todavia, como as Tabelas 5.1, 5.2 e 5.3 apresentadas mostram os valores propostos para
o módulo de reação a partir de faixas amplas, desta forma, com um alto grau de
incerteza, elas servirão apenas para aferir a ordem de grandeza dos valores a serem
calculados por correlação.
Conforme Veloso e Lopes (2004), apud Souza e Reis (2008), o módulo de reação
vertical definido com ensaios de placa necessita ser corrigido em função da dimensão e
da forma da fundação real. Esta correção é necessária uma vez que o módulo de reação
vertical não é uma propriedade do maciço de solos, e sim da rigidez relativa entre a
estrutura e o solo.
(k vs )Placa BPlaca
(k vs )Fundação = (5.8)
(BFundação )
Bowles (1996) prevê um fator de correção para a correlação das sapatas retangulares
sobre argilas rígidas ou areias medianamente compactas com m = L/B:
(k vs )Fundação (0,5 + m)
(k vs )Fundação ,cor = (5.9)
1,5 m
Vesic (1961), apud Bowles (1996) propôs que o módulo de reação vertical pode ser
calculado usando o módulo de tensão-deformação Es, como a seguir:
v
12 Es B 4 Es
k ′ s = 0,65 unidades de Es (5.10)
(Ef If ) 1 − μ2
Onde
Es e Ef são os módulos de elasticidade do solo e da sapata, respectivamente;
B e If é a largura da sapata e o seu momento de inércia baseada na seção transversal;
μ é o coeficiente de Poisson.
48
Obtém-se ksv de k‟sv como: ksv = k‟sv / B. Como a raiz duodécima de qualquer valor
multiplicada por 0,65 aproxima de 1, para ser prático a Equação (5.10) se reduz a:
Es
k vs = (5.11)
B (1 − μ2 )
Dadas as equações:
q o B′ (1 − μ2 )
∆H = (5.12)
Es m Is IF
(1 − 2 μ)
Is = I1 + (5.12a)
1 − μ I2
2 2 2 2
1 1 + M2 + 1 M2 + N2 M + M2 + 1 N2 + 1
I1 = M ln + ln (5.12b)
π 2
M 1 + M2 + N2 + 1
2
M + M2 + N2 + 1
N −1 M
I2 = tg tg−1 em radianos (5.12c)
2π 2
N M2 + N2 + 1
Onde
H é o deslocamento vertical (recalque);
qo = capacidade admissível de suporte da fundação;
μ é o coeficiente de Poisson;
M é igual a L‟ / B‟;
N é igual a H / B‟;
H é igual a 5 B;
B‟ é igual a B / 2 (centro), e igual a B (canto Ii);
L‟ é igual a L / 2 (centro), e igual a L (canto Ii);
m é igual a 4 (centro), igual a 2 (lados), e igual a 1 (cantos);
IF, verificado no ábaco da Figura 5.3;
49
Figura 5.3 – Ábaco para o fator IF de influência para a profundidade D (fonte: Fig. 5-7 Bowles (1996))
∆H = ∆q B Is IF E′s (5.13)
∆H 1
k vs = = 5.14
∆q B Is IF E′s
Nota-se que os momentos fletores e a pressão do solo calculada não são muito sensíveis
ao módulo utilizado ksv, porque a rigidez da estrutura é normalmente 10 ou mais vezes
maior que a rigidez do solo, definida por ksv. Reconhecendo isto, Bowles (1996) sugere
a seguinte aproximação para ksv a partir de uma capacidade admissível qa conhecida,
k vs = 40 SF qa kN (5.15)
m3
50
De acordo com Souza e Reis (2008), uma maneira mais direta de se avaliar o coeficiente
de reação vertical é correlacionando-o diretamente com as propriedades elásticas do
maciço de solo, levando-se em conta uma série de fatores, tais como a forma, as
dimensões e a rigidez do elemento de fundação. A Equação (5.16) proposta por Perloff
(1975) apresenta esta alternativa:
Es
k vs = (5.16)
1 − μ2 Iw B
Onde
B é a menor dimensão da sapata;
μ é o coeficiente de Poisson;
Iw é o fator de influência que depende da forma e da rigidez da sapata, conforme ilustra
a Tabela (5.4);
Es é o módulo de elasticidade do solo.
51
B−b
h≥
4
→ Sapata Rígida
B−b
h≤
4
→ Sapata Flexível
Es
k vs = 2 (5.17)
ω A 1 − μ2
Onde
Es é o módulo de elasticidade do solo;
ω é o coeficiente de forma da sapata que é função da taxa de largura por comprimento e
pode ser obtido da Tabela 5.5;
A é a área da base da sapata;
μ é o coeficiente de Poisson;
B é a largura da sapata;
L é o comprimento da sapata.
L/B 1,0 1,5 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
ω 0,88 0,87 0,86 0,83 0,80 0,77 0,74 0,73 0,71 0,69 0,67
52
q = k hs v (5.18)
*Há dificuldade para se obter o valor deste parâmetro (coesão efetiva) por correlação
simples com o NSPT, porque é necessário conhecer mais informações, tais como: história
das tensões do solo, velocidade de carregamento e de dissipação do excesso de poro-
pressão, que são fatores que influenciam no seu valor. Por isso não há na literatura tal
correlação para a resistência ao cisalhamento característico das argilas na condição
drenada que tem os seus valores normalmente inferiores do que para a condição não
drenada.
O valor estimado desta tabela foi colhido por inferência de um estudo conduzido por
Tonus (2009) - a autora pesquisou históricos de diversos ensaios disponíveis na
55
literatura e de pertinência com o seu estudo que com as devidas correlações e aplicação
estatística montou tabelas específicas. Acrescenta-se para referência e verificação um
exemplo reproduzido de Vesic (1975), apud Aoki (2003).
Desta forma, a distribuição dos esforços sobre as sapatas será diretamente proporcional
à área de influência das mesmas. Assim, a carga total para metade do edifício (115,5
56
m2) será a carga correspondente a 10,8 kN/m2 × np, onde np corresponde ao número de
pavimentos. Assim:
A carga característica das sapatas será então dividida em quatro grupos: (SA), com a
dimensão de 3,0 x 3,0 m; (SB), com 2,5 x 2,5 m; (SC) e (SD) com 2,0 x 2,0 m (vide
Figura 6.3), cujos valores são:
Figura 6.3 – Meia planta simétrica dos pilares virtuais para locação das sapatas
57
(AS): q0 = 50 kPa;
(SB): q0 = 53 kPa;
(SC): q0 = 55 kPa;
(SD): q0 = 28 kPa
Tabela 6.2 – Resumo dos resultados de cálculo das tensões admissíveis das sapatas
Tensão admissível para as sapatas, qa
Método (kPa)
(SA) (SB) (SC) (SD)
Meyerhof-Bowles 89,54 94,67 102,72 102,72
Teixeira e Mello 80 80 80 80
Caputo 69,16 69,16 69,16 69,16
Terzaghi 132,09 124,59 117,09 117,09
58
Tabela 6.3 – Resumo dos resultados de cálculo de recalques imediatos das sapatas
Recalques, (mm)
Método Timoshenko, Goodier apud Bowles (1996)
Sapatas
Flexível Rígida
Cantos Laterais Centro Centro
SA (3 x 3 m)
8,3 16,6 18,5 17,2
440 kN
SB (2,5 x 2,5 m)
7,4 14,7 16,4 15,3
330 kN
SC (2 x 2 m)
6,1 12,2 13,6 12,6
220 kN
SD (2 x 2 m)
3,1 6,2 7,2 6,7
110 kN
(Memória de cálculo: Anexo D)
59
Figura 6.6a – Detalhes das dimensões gerais da sapata hypar (unidades em mm)
61
Figura 6.6b – Detalhes das dimensões gerais da sapata hypar (unidades em mm)
A modelagem numérica por meio do Método dos Elementos Finitos foi conduzida no
software comercial SAP2000, em apenas uma unidade representativa da fundação
(sapata(SA)), uma vez que esta sapata corresponde à maior e mais carregada dentre as
estruturas consideradas neste trabalho. As Figuras 6.10 e 6.11 apresentam croqui do
modelo numérico das fundações em casca e plana, respectivamente. A memória de
cálculo para a configuração das molas encontra-se no Anexo G.
Para o modelo de sapata parabolóide hiperbólico, sua geometria foi discretizada em 144
elementos planos quadriláteros de quatro nós para a casca, 48 elementos de barras para
as vigas de borda e 24 elementos, também de barras para as vigas inclinadas. A
espessura da casca e as seções das vigas estão descritas no quadro da Tabela 6.6. Foi
adotado para o comportamento estrutural da casca o modelo de membrana, ou seja, os
efeitos de flexão e cortante são nulos. Para as vigas foram computados apenas os
esforços axiais, ou seja, as inércias à flexão e ao cortante foram eliminadas do modelo.
A interação da estrutura com o meio foi determinada com a adoção de molas conforme
Tabela 6.6e pela inserção de restrição aos deslocamentos em x e y para o nó central da
estrutura, evitando desta forma, o movimento de corpo rígido. Para o modelo de sapata
plana, sua geometria foi discretizada em 36 elementos planos quadriláteros de quatro
nós. Os dados geométricos e materiais para ambos os modelos de sapatas constam na
Tabela 6.6.
67
Tabela 6.6 – Dados para entrada no SAP2000 das sapatas parabolóide hiperbólica e plana
Cabe ressaltar que para as análise numéricas de recalque imediato considerou-se ações
características nas sapatas, enquanto que para a determinação dos esforços, o peso
próprio e ações foram majorados em 1,4. Procedimento equivalente foi adotado na
obtenção das respostas analíticas.
Figura 6.13 – Sapata (SA) - Diagrama dos esforços axiais nas vigas de borda e inclinadas (kN)
70
Figura 6.14 – Sapata (SA) - Diagrama das tensões axiais de traçãonas cascas (kPa)
71
Figura 6.15 – Sapata (SA) - Diagrama das tensões axiais de compressão nas cascas (kPa)
Tabela 6.7 – Comparativo dos resultados de cálculo de recalques imediatos das sapatas
Recalques, (mm)
Sapatas
Método T., G. apud SAP2000 SAP2000
Tabela 6.8 – Comparativo dos resultados de cálculo das tensões axiais na sapata hypar (vigas)
SapataHypar Cálculoanalítico da Teoria da Modelagem numérica SAP2000
(Vigas) Membrana (Figura 6.13)
Tabela 6.9 – Comparativo dos resultados de cálculo das tensões axiais nas sapatas hypar (casca)
Tensões axiais nas cascas
Sapata Cálculo analítico da Teoria da Modelagem numérica SAP2000
Hypar Membrana (Figuras 6.14, 6.15)
(Casca) Tensão de Tensão de
Tensão de Tensão de
Compressão Compressão
Tração global Tração máxima
SA (3 x 3 m) global máxima
440 kN
0,6 MPa 0,6 MPa 13,4 MPa 12,0 MPa
Uma vez que as análises efetuadas tem por objetivo avaliar o emprego de sapatas em
cascas parabolóide hiperbólicas como alternativa às sapatas convencionais planas,
ambas em concreto armado, este estudo de caso para um edifício residencial com três
pavimentos está limitado ao dimensionamento das fundações para apenas as sapatas,
73
sendo que o projeto da fundação prevê a execução das vigas baldrames para o
assentamento das paredes de alvenaria autoportante que não foram calculadas.
De acordo com o critério econômico (corrente no meio técnico) a área efetiva das
sapatas na planta da fundação não deve ser maior que 60 % da área de influência da
edificação no terreno em que a alternativa pelo radier será mais vantajosa. Neste
trabalho, considerando a área retangular de influência da edificação no terreno: At = 16
m × 19 m = 304 m2 e a área efetiva das sapatas: As = 24 × 4 m2 + 4 × 6,25 m2 + 4 × 9
m2 = 157 m2, verifica-se que a relação se encontra em 52 %, portanto, a construção da
fundação em sapatas pode ser executada.
Verifica-se pela Tabela 6.8 que os valores calculados analiticamente pela teoria da
membrana, para as tensões axiais nas vigas, apresentam-se ligeiramente inferiores aos
obtidos via modelagem numérica (Figura 6.13), enquanto na Tabela 6.9, os valores
comparados para as tensões nas cascas, obtidos numericamente, mostraram-se
superiores com diferenças mais significativas (Figuras 6.14 e 6.15), embora seja notório
não ser possível uma comparação rigorosa, já que os valores apurados via MEF no
regime elástico apresentam concentrações de tensão (principalmente nas regiões
próximas à aplicação das cargas ao contrário do cálculo analítico, que determina valores
globais para a estrutura considerada. Entretanto, tanto os valores numéricos quanto os
analíticos são significativamente inferiores às tensões admissíveis dos materiais (vide
memória de cálculo Anexo E). Em relação à distribuição dos esforços solicitantes
observa-se comportamento semelhante ao reportado na literatura (Figura 6.13), ou seja,
os esforços normais nas vigas inclinadas são maiores no ápice (457 kN) e decrescem
linearmente até o encontro com as vigas de borda, que por sua vez apresentam esforço
máximo de 228 kN no centro, decrescendo para as extremidades.
7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Levando-se em conta os dois fatores mencionados acima, pode ser concluído que a
adoção do parabolóide hiperbólico será economicamente viável sempre que a economia
sobre o custo dos materiais (concreto e aço) supere o custo extra demandado pelo
trabalho. Apesar do que foi afirmado acima, deverá se apreciado que custos de materiais
e trabalho não são conceitos estáticos, mas variam com o tempo e de região para região.
76
Para este ponto do presente estudo fica a proposição de trabalho futuro no sentido de
levantar os dados quantitativos da produtividade da mão-de-obra ao realizar esta
construção. A partir daí tornar possível conhecer a relação mais precisa da escala de
economia alcançada com a adoção do parabolóide hiperbólico com relação ao custo
global da estrutura. Além disso, desenvolver uma metodologia construtiva específica
para as sapatas parabolóide hiperbólicas que estude e padronize a utilização de
ferramentas e materiais adequados, criando procedimentos passíveis de aplicação em
treinamento para a mão-de-obra.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AOKI, N., CINTRA, J. C. A., ALBIERO, J. H., 2003, Tensão admissível em fundações
diretas, Rima, São Carlos, SP.
DAS, BRAJA,M., 1999, Shallow foundations, bearing capacity and settlement, CRC
Press, London.
GUIDI, C. C.,1975, apud, Caputo, H. P., Mecânica dos solos e suas aplicações, 4a. ed.,
RJ, LTCA, 1981.
IS:9456-1980: Indian Standard – Code of practice for design and construction of conical
and hyperbolic paraboloidal types of shell foundations, 1982, (Second reprint July
1997), Bureau of Indian Standards, New Delhi.
KURIAN, N. P., 2006, Shell foundations – Geometry, analysis, design and construction,
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MELERSKI, E., 1988, Thin shell foundation resting on stochastic soil, Journal of
Structural Engineering, Vol.114, No.12, pp. 2692-2709
NICHOLLS, R. L. e IZADI, M.V., 1968, Design and testing of cone and hypar footings,
Journal of Soil Mechanics and Foundation Engineering, ASCE, Vol. 94, No. SM1, pp.
47–72
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TSUDIK, E.,2006, “Analysis of beams and frames on elastic foundation”, Ed. Trafford
Publishing, apud, Módulo de balasto (Modulus of Subgrade Reaction),
http://www.demecanica.com/Geotecnia/geotecnia.htm, acesso em 8 de outubro de 2009.
80
Tabela A.1 – Comparação de resultados de recalques „calculados‟ x „medidos‟ fornecidos dos casos e
métodos citados nas referências
Recalque, mm
N ou E, p,
Referência H, m B, m L/B D/B μ Is If Calcu- Medi-
qc MPa MPa
lado do
D’Appolonia 7,6 –
4B 12,5 1,6 0,5 25* 57,5 0,33 0,16 0,589 0,75 8,4
et al (1968) 10,2
Schmertmann
(1970) 5B 8,5 8,8 0,78 40 14,8 0,4 0,18 0,805 0,87 36,8 38,7
Caso 1
20,3 –
Caso 2 5B 9,8 4,2 1 120 29,7 0,3 0,16 0,774 0,75 17,0
22,9
Caso 5 5B 62 1,0 0 65 16,8 0,45 0,07 0,50 1,0 67,1 63,0
Caso 6 B 87 2,2 0,1 90 11,0 0,3 0,20 0,349 0,98 297,2 269,2
Caso 8 5B 2 1,0 0,55 18 5,3 0,3 0,11 0,51 0,6 8,9 6,9
Tschebotarioff
0,8 B 27,4 1,1 0,1 12* 12,9 0,3 0,34 0,152 0,95 99,1 99,1
(1973)
Davisson e 12-
27,4 37,8 1 0 18,7 0,3 0,15 0,255 1,0 142,2 134,6
Salley (1972) 30*
Fischer et al
518,2 152,4 1 0,2 - 2786,6 0,45 0,34 0,472 0,93 12,7 12,7
(1972)
Webb e
45,7 53,9 1 0 - 52,7 0,3 0,22 0,161 1,0 32,3 38,1
Melvill (1971)
Swiger (1974) 4B 9,8 1 0 - 186,7 0,3 0,13 0,493 1.0 6,1 6,1
Kantey (1965) 3,5 B 6,1 1 0 50 12,4 0,3 0,19 0,483 1,0. 82,6 81,3
* O valor é N, caso contrário é qc
Adaptado para unidades SI da Tabela 5-3, Bowles (1996)
81
A.1 Critérios utilizados para o cálculo das tensões admissíveis para sapatas
convencionais planas quadradas
2
N70 B + F3 D
qa = 1 + 0,33 (A. 1)
F2 B B
Figura A.1- Ábaco das tensões admissíveis para sapatas conforme Equação (A.1) (fonte: Fig. 4-7 Bowles
(1996))
82
Tensão admissível por correlação NSPT - (fonte: Guidi, (1975), apud Caputo (1981))
B
σa = 13,3 NSPT 1 + 0,3 kPa (A. 3)
L
qu
qa = (A. 4)
SF
q u = c Nc Sc + q Nq + 0,5 γ B Nγ Sγ (A. 5)
Onde
qa é a capacidade admissível de suporte da fundação;
SF é o fator de segurança, adotado o valor 3;
qu é a capacidade última de suporte da fundação;
c é a coesão do solo;
Nc é o coeficiente da capacidade de suporte devido a coesão;
Sc é o coeficiente de forma da capacidade de suporte devido a coesão;
q é a sobrecarga;
Nq é o coeficiente da capacidade de suporte devido a sobrecarga;
83
𝐚𝟐
Terzaghi (1943) 𝐍𝐪 = ∅
𝐚 𝐜𝐨𝐬 𝟐 (𝟒𝟓 + )
𝟐
∅
𝟎,𝟕𝟓 𝛑 − 𝐭𝐠 ∅
𝐚=𝐞 𝟐
𝐪𝐮 = 𝐜 𝐍𝐜 𝐒𝐜 + 𝐪𝐍𝐪 + 𝟎, 𝟓𝛄 𝐁 𝐍𝛄 𝐒𝛄 𝐍𝐜 = 𝐍𝐪 − 𝟏 𝐜𝐨𝐭𝐠 ∅
𝐭𝐠 ∅ 𝐊 𝐩𝛄
𝐍𝛄 = −𝟏
𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 ∅
para: corrida circular quadrada
q o B′ (1 − μ2 )
∆H = (A. 6)
Es m Is IF
(1 − 2 μ)
Is = I1 + (A. 7)
1 − μ I2
2 2 2 2
1 1 + M2 + 1 M2 + N2 M + M2 + 1 N2 + 1
I1 = M ln + ln (A. 8)
π 2
M 1 + M2 + N2 + 1
2
M + M2 + N2 + 1
N −1 M
I2 = tg tg−1 em radianos (A. 9)
2π 2
N M2 + N2 + 1
Onde
H é o deslocamento vertical (recalque);
qo é a capacidade admissível de suporte da fundação;
μ é o coeficiente de Poisson;
M é igual a L‟ / B‟;
N é igual a H / B‟;
H é igual a 5 B;
B‟ é igual a B / 2 (centro), e igual a B (canto Ii);
L‟ é igual a L / 2 (centro), e igual a L (canto Ii);
m é igual a 4 (centro), igual a 2 (lados), e igual a 1 (cantos);
IF, verificado no ábaco da Figura 5.3;
Observações:
85
Tabela A.5 – Valores de I1 e I2 para o cálculo do fator de influência Is das Equações 5.12a e A.7 para
valores das razões N = H/B‟ e M = L/B
Tabela A.8 – Correlação de recalque absoluto máximo e distorção máxima para vários edifícios
Tipo de solo Tipo de fundação Correlação
Argila Fundação superficial isolada STmáx (mm) = 30000 máx
Argila Radier STmáx (mm) = 35000 máx
Areia Fundação superficial isolada STmáx (mm) = 15000 máx
Areia Radier STmáx (mm) = 18000 máx
A.4 Sobre o SPT ABNT NBR 6484 e as correlações de parâmetros do solo com o
NSPT
E
e= (A. 10)
Eo
Onde e é a eficiência;
E é a energia dinâmica transferida à haste;
Eo é a energia potencial teórica.
A correção para o valor de penetração de referência será realizada pela relação linear
entre a energia empregada e a energia americana que corresponde ao sistema
mecanizado,
e
N60 = NSPT (A. 11)
60
Para as areias, Bowles (1996) propôs uma correlação direta para o ângulo de atrito e o
índice N70:
∅= 2
20 NSPT + 15o (A. 14)
Para a coesão, Teixeira e Godoy (1996) apud Aoki et al (2003) sugerem a seguinte
correlação para a estimativa do valor da coesão não drenada cu com o índice de
resistência à penetração NSPT:
Para a inspeção dos resultados destes cálculos, ângulo de atrito das areias e coesão não
drenada, segue a Tabela A.10 de Alonso (1983) com as faixas estimadas destes valores
em função da correlação NSPT.
90
Tonus (2009) produziu a Tabela A.11 com valores estatísticos para os parâmetros
resistentes efetivos da coesão e do ângulo de atrito interno do solo que foram colhidos
por inferência de seu estudo. A autora pesquisou históricos de diversos ensaios
disponíveis na literatura e com as devidas correlações e aplicação estatística apresentou
tabelas específicas.
Para o módulo de deformabilidade do solo, Teixeira e Godoy (1996), apud Aoki (2003)
apresentaram a fórmula associada com os fatores da Tabela A.12:
Onde
qc é o índice de resistência do solo CPT;
K é o fator de conversão de NSPT em qc;
α é o fator da correlação para o módulo de elasticidade.
Para inspeção dos resultados deste cálculo a Tabela A.13 de Bowles (1996), apresenta
faixas de valores do módulo de elasticidade para os tipos de solos e suas consistências e
compacidades.
A Tabela A.14 de Godoy (1972) apud Aoki (2003) correlaciona o índice NSPT com os
pesos específicos das argilas e das areias e a Tabela A.15 de Bowles (2006) apresenta o
coeficiente de Poisson para os solos de argilas, silte e areia.
Para melhorar os fatores de carga, alguns detalhes construtivos são necessários nas
seções críticas, conforme previsto na norma IS:9456-1980,(1982). Estas melhorias são
brevemente descritas abaixo:
Figura B.1 – Provisão extra nas seções críticas (fonte: IS:9456-1980, 1982)
B.2 Cantos
A tração resultante nas diagonais interiores dos cantos das vigas de borda poderá ser
resistida pelo preenchimento com aço nominal, como mostrado na Figura B.1b.
Somatório de pesos:
∑p = 2 × 1,00 + 2 × 0,75 + 8 × 0,50 + 4 × 0,25 = 8,5
Para o módulo de elasticidade das camadas do solo com NSPT igual a 4, 8 e 10 e com a
Equação (A.16) e a Tabela A.12:
Es = α qc; qc = K NSPT; Es = α K NSPT (MPa)
υ4 = 0,30
υ8 = 0,35
υ10 = 0,35
c‟ = 4 kPa e ‟ = 23o
O peso específico de cada camada do solo será adotado de acordo com a correlação por
NSPT constante da Tabela A.14:
γ4 = 15 kN/m3
γ8 = 19 kN/m3
γ10 = 20 kN/m3
97
(SA):
3 × 3 m = 9 m2; Carga = 440 kN
q0 = 440 / 9 = 49,0 kN / m2 50 kPa
(SB):
2,5 × 2,5 m = 6,25 m2; Carga = 330 kN
q0 = 330 / 6,25 = 52,8 kN / m2 5 3 kPa
(SC):
2 × 2 m = 4 m2; Carga = 220 kN
q0 = 220 / 4 = 550 kN / m2 = 55 kPa
(SD):
2 × 2 m = 4 m2; Carga = 110 kN
q0 = 110 / 4 = 27,5 kN / m2 28 kPa
Método de Meyerhof-Bowles
Equação (A.1)
qa (kPa) = N70 / F2 [(B + F3) / B]2 (1 + 0,33D / B)
(SA):
qa = (4 / 0,06) [(3 + 0,3) / 3]2 (1 + 0,33 × 1 / 3) = 89,54 kPa
(SB):
qa = (4 / 0,06) [(2,5 + 0,3) / 2,5]2 (1 + 0,33 × 1 / 2,5) = 94,67 kPa
(SC):
qa = (4 / 0,06) [(2 + 0,3) / 2]2 (1 + 0,33 × 1 / 2) = 102,72 kPa
(SD):
qa = (4 / 0,06) [(2 + 0,3) / 2]2 (1 + 0,33 × 1 / 2) = 102,72 kPa
98
Método de Caputo
Equação (A.3)
σa (t/m2) = 1,33NSPT (1 + 0,3 B / L);
Método de Terzaghi
Equações (A.4) e (A.5)
qa = qu / SF
qu = c Nc Sc + q Nq + 0,5 B N S
(SA):
qu = 4 ×21,5 × 1,3 + 15 × 10,0 + 0,5 × 15 × 3 × 7,5 × 0,8 = 396,28 kPa
qa = 1396,28 / 3 = 132,09 kPa
(SB):
qu = 4 ×21,5 × 1,3 + 15× 10,0 + 0,5 × 15 × 2,5 × 7,5 × 0,8 = 373,78 kPa
qa = 373,78 / 3 = 124,59 kPa
(SC):
qu = 4 ×21,5 × 1,3 + 15 × 10,0 + 0,5 × 15 × 2,0 × 7,5 × 0,8 = 351,28 kPa
qa = 351,28 / 3 = 117,09 kPa
(SD):
qu = 4 ×21,5 × 1,3 + 15× 10,0 + 0,5 × 15 × 2,0 × 7,5 × 0,8 = 351,28 kPa
qa = 351,28 / 3 = 117,09 kPa
99
Centro (flexível):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) ×0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
m=4
Lado (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
m=2
Canto (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
m=1
Centro (rígida):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
100
Centro (flexível):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Lado (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Canto (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Centro (rígida):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
D = 1 m;
L / B = 1;
D / B = 0,5;
μ = 0,3;
Centro (flexível):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,78 (ábaco da Figura 5.3)
Lado (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Canto (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Centro (rígida):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,78 (ábaco da Figura 5.3)
Centro (flexível):
IS = 0,498 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,78 (ábaco da Figura 5.3)
102
Lado (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Canto (flexível):
IS = 0,437 + (1 – 2 × 0,3) / (1 – 0,3) × 0,031 = 0,455 (Tabela A.5)
IF = 0,75 (ábaco da Figura 5.3)
Centro (rígida):
IS = 0,498 + (1 – 2 ×0,3) / (1 – 0,3) × 0,016 = 0,507 (Tabela A.5)
IF = 0,78 (ábaco da Figura 5.3)
(SA):
B = 3,0 m, peso 1,00, P = 440 kN,
(SB):
B = 2,5 m, peso 0,75, P = 330 kN
(SC):
B = 2,0 m, peso 0,50, P = 220 kN
(SD):
B = 2,0 m, peso 0,25, P = 110 kN
(SA):
pu = 1,5 × 440 kN / (3,0 m)2
pu = 73,33 kN/m2
(SB):
pu = 1,5 × 330 kN / (2,5 m)2
pu = 79,2 kN/m2
(SC):
pu = 1,5 × 220 kN / (2,0 m)2
pu = 82,5 kN/m2
104
(SD):
pu = 1,5 × 110 kN / (2,0 m)2
pu = 41,3 kN/m2
(SA):
Base do quadrante da casca, a = 1,5 m,
Adotando f / a = 0,5 → f = 0,75 m,
inclinação da casca: k = f / (a b)
k = 0,75 / (1,5 × 1,5) = 1/3 m-1.
(SB):
Base do quadrante da casca, a = 1,25 m,
Adotando f / a = 0,5 → f = 0,625 m,
inclinação da casca: k = f / (a b)
k = 0,625 / (1,25 × 1,25) = 0,4 m-1.
(SC):
Base do quadrante da casca, a = 1,0 m,
Adotando f / a = 0,5 → f = 0,50 m,
inclinação da casca: k = f / (a b)
k = 0,50 / (1,0 × 1,0) = 0,5 m-1.
(SD):
Base do quadrante da casca, a = 1,0 m,
Adotando f / a = 0,5 → f = 0,50 m,
inclinação da casca: k = f / (a b)
k = 0,50 / (1,0 × 1,0) = 0,5 m-1.
(SA):
t = 73,33 / (2 × 1/3) = 110 kN/m = 110 N/mm.
(SB):
t = 79,2 / (2 × 0,4) = 99 kN/m = 99 N/mm.
105
(SC):
t = 82,5 / (2 × 0,5) = 82,5 kN/m = 82,5 N/mm.
(SD):
t = 41,3 / (2 × 0,5) = 41,3 kN/m = 41,3 N/mm.
(SA):
asr = 110 / (0,87 × 500) = 0,25 mm2/mm
Provimento de barras de 6,3 mm, seção = 31,17 mm2
Espaçamento:
s = 31,17 / 0,25 = 124,69 mm 120 mm
Área de aço provida:
asp = 31,17 / 120 = 0,259 mm2/mm > 0,25 mm2/mm, O.K.
(SB):
asr = 99 / (0,87 × 500) = 0,23 mm2/mm
Provimento de barras de 6,3 mm, seção = 31,17 mm2
Espaçamento:
s = 31,17 / 0,23 = 135,52 mm 120 mm
Área de aço provida:
asp = 31,17 / 120 = 0,259 mm2/mm > 0,23 mm2/mm, O.K.
(SC):
asr = 82,5 / (0,87 × 500) = 0,19 mm2/mm
Provimento de barras de 6,3 mm, seção = 31,17 mm2
Espaçamento:
s = 31,17 / 0,19 = 164,05 mm 120 mm
Área de aço provida:
asp = 31,17 / 120 = 0,259 mm2/mm >> 0,19 mm2/mm, O.K.
(SD):
106
(SA):
σte = (110 / 1,5) / [120 + (10,67 – 1) × 0,259]
σte = 0,599 N/mm2, 3,25 N/mm2, garantindo a seção contra fissuração.
(SB):
σte = (99 / 1,5) / [120 + (10,67 – 1) × 0,259]
107
(SC):
σte = (82,5 / 1,5) / [120 + (10,67 – 1) × 0,259]
σte = 0,449 N/mm2, 3,25 N/mm2, garantindo a seção contra fissuração.
(SD):
σte = (41,3 / 1,5) / [120 + (10,67 – 1) × 0,259]
σte = 0,225 N/mm2, 3,25 N/mm2, garantindo a seção contra fissuração.
(SA):
σcs = (110 / 1,5) / 120 = 0,61 N/mm2 6,67 N/mm2
(SB):
σcs = (99 / 1,5) / 120 = 0,55 N/mm2, 6,67 N/mm2
(SC):
σcs = (82,5 / 1,5) / 120 = 0,46 N/mm2, 6,67 N/mm2
(SD):
σcs = (41,3 / 1,5) / 120 = 0,23 N/mm2, 6,67 N/mm2
Indicando que nenhum aço é requerido na compressão.
(SA):
T = 110 N/mm × 1500 mm = 165000 N
108
(SB):
T = 99 N/mm × 1250 mm = 123750 N
(SC):
T = 82,5 N/mm × 1000 mm = 82500 N
(SA):
asbr = 165000 / (0,87 × 500) = 379 mm2
(SB):
asbr = 123750 / (0,87 × 500) = 284 mm2
(SC):
asbr = 82500 / (0,87 × 500) = 190 mm2
(SD):
asbr = 41300 / (0,87 × 500) = 95 mm2
(SA):
Provimento de barras de 6,3 mm, seção = 122,7 mm2
No. de barras = 379 / 122,7 = 3,088 4
asbp = 4 × 122,7 = 490,8 mm2 > 379 mm2, O.K.
(SB):
Provimento de barras de 10 mm, seção = 78,5 mm2
No. de barras = 284 / 78,5 = 3,61 4
asbp = 4 × 78,5 = 314,2 mm2 > 284 mm2, O.K.
(SC):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2
No. de barras = 190 / 50,3 = 3,78 4
asbp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2 > 190 mm2, O.K.
109
(SD):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2
No. de barras = 95 / 50,3 = 1,89 4
asbp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2 > 95 mm2, O.K.
(SA):
(165000 / 1,5) / [A + (10,67 – 1) × 490,8] = 3,25
110000 / (A + 4746,04) = 3,25
Ar = 29100 mm2
(SB):
(123750 / 1,5) / [A + (10,67 – 1) × 368,1] = 3,25
82500 / (A + 3559,53) = 3,25
Ar = 21825 mm2
(SC):
(82500 / 1,5) / [A + (10,67 – 1) × 245,4] = 3,25
55000 / (A + 2373,02) = 3,25
Ar = 14550 mm2
(SD):
(41300 / 1,5) / [A + (10,67 – 1) × 122,7] = 3,25
27533 / (A + 1186,51) = 3,25
Ar = 7285 mm2
Área provida:
Seção do triângulo = 200 / 2 × 100 = 10000 mm2,
110
(SA):
490,8 / 50000 × 100 = 0,98% > 0,15 %, O.K.
(SB):
314,2 / 50000 × 100 = 0,63% > 0,15 %, O.K.
(SC):
201,2 / 50000 × 100 = 0,40% > 0,15 %, O.K.
(SD):
124,8 / 50000 × 100 = 0,25% > 0,15 %, O.K.
(SA):
490,8 / 29100 × 100 = 1,69% > 0,5 %, O.K.
(SB):
314,2 / 29100 × 100 = 1,08% > 0,5 %, O.K.
(SC):
201,2 / 29100 × 100 = 0,69% > 0,5 %, O.K.
(SD):
124,8 / 29100 × 100 = 0,69% > 0,5 %, O.K.
Comprimento da viga
2
a2 + f 2
(SA):
(1,52 + 0,752)1/2 = 1,677 m
(SB):
(1,252 + 0,6252)1/2 = 1,398 m
111
(SC):
(1,02 + 0,52)1/2 = 1,118 m
(SD):
(1,02 + 0,52)1/2 = 1,118 m
(SA):
2 × 110 × 1,677 × 1000 = 0,4 × 25 × (Ac – 0,005 Ac) + 0,67 × 500 × Ac × 0,005
368940 N = (Ac – 0,005 Ac) × 0,4 × 25 + 0,005 Ac× 0,67 × 500
368940 N = (10 Ac – 0,05 Ac + 1,68 Ac) N/mm2
Ac = 368940 N / 11,63 N/mm2 = 31723 mm2
(SB):
2 × 99 × 1,398 × 1000 = 0,4 × 25 × (Ac – 0,05 Ac) + 0,67 × 500 × Ac × 0,05
276804 N = (Ac – 0,005 Ac) × 0,4 × 25 + 0,005 Ac × 0,67 × 500
276804 N = (10 Ac – 0,05 Ac + 1,68 Ac) N/mm2
Ac = 276804 N / 11,63 N/mm2 = 23801 mm2
(SC):
2 × 82,5 × 1,118 × 1000 = 0,4 × 25 × (Ac – 0,05 Ac) + 0,67 × 500 × Ac × 0,05
184470 N = (Ac – 0,005 Ac) × 0,4 × 25 + 0,005 Ac× 0,67 × 500
184470 N = (10 Ac – 0,05 Ac + 1,68 Ac) N/mm2
Ac = 184470 N / 11,63 N/mm2 = 15862 mm2
(SD):
2 × 41,3 × 1,118 × 1000 = 0,4 × 25 × (Ac – 0,05 Ac) + 0,67 × 500 × Ac × 0,05
92347 N = (Ac – 0,005 Ac) × 0,4 × 25 + 0,005 Ac× 0,67 × 500
92347 N = (10 Ac – 0,05 Ac + 1,68 Ac) N/mm2
Ac = 92347 N / 11,63 N/mm2 = 7940 mm2
(SA):
asr = 31723 mm2 × 0,005 = 159 mm2
(SB):
112
(SC):
asr = 15862 mm2 × 0,005 = 79 mm2
(SD):
asr = 7940 mm2 × 0,005 = 40 mm2
(SA):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2,
No. de barras = 159 / 50,3 = 3,2 → 4,
asp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2
(SB):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2,
No. de barras = 119 / 50,3 = 2,4 → 4,
asp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2
(SC):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2,
No. de barras = 79 / 50,3 = 1,6 → 4,
asp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2
(SD):
Provimento de barras de 8 mm, seção = 50,3 mm2,
No. de barras = 40 / 50,3 = 0,8 → 4,
asp = 4 × 50,3 = 201,2 mm2
(SA):
Cu = 0,4 × 25 × (35250 – 201,2) + 0,67 × 500 × 201,2 = 417890 N
Cmáx= 2 × 110 × 1,677 × 1000 = 368940 N
417890 N > 368940 N → O. K.
(SB):
Cu = 0,4 × 25 × (35250 – 201,2) + 0,67 × 500 × 201,2 = 417890 N
Cmáx = 2 × 99 × 1,398 × 1000 = 276804 N
417890 N > 276804 N → O. K.
(SC):
Cu = 0,4 × 25 × (35250 – 201,2) + 0,67 × 500 × 201,2 = 417890 N
Cmáx = 2 × 82,5 × 1,118 × 1000 = 184470 N
417890 N > 184470 N → O. K.
(SD):
Cu = 0,4 × 25 × (35250 – 201,2) + 0,67 × 500 × 201,2 = 417890 N
Cmáx = 2 × 41,3 × 1,118 × 1000 = 184470 N
417890 N >184470 N → O. K.
(SA):
Vevb = (4 × 3000 mm / 200 mm) × 140 mm × 5 × 28,27 mm2 = 1187340 mm3
114
(SB):
Vevb = (4 × 2500 mm / 200 mm) × 140 mm × 5 × 28,27 mm2 = 989450 mm3
(SC):
Vevb = (4 × 2000 mm / 200 mm) × 140 mm × 5 × 28,27 mm2 = 791560 mm3
(SD):
Vevb = (4 × 2000 mm / 200 mm) × 140 mm × 5 × 28,27 mm2 = 791560 mm3
(SA):
Vevi = (4 × 1677 mm / 200 mm) × 220 mm × 5 × 28,27 mm2 = 1042993 mm3
(SB):
Vevi = (4 × 1398 mm / 200 mm) × 220 mm × 5 × 28,27 mm2 = 869472 mm3
(SC):
Vevi = (4 × 1118 mm / 200 mm) × 220 mm × 5 × 28,27 mm2 = 695328 mm3
(SD):
Vevi = (4 × 1118 mm / 200 mm) × 220 mm × 5 × 28,27 mm2 = 695328 mm3
SEÇÕES CRÍTICAS
Centro da viga de borda com aço extra (até máximo de 5%) para prevenir tensão
máxima
aext, máx = Aeb × 5 % - as,prov,
aext, máx = 29100 × 5 / 100 – 490,8 = 964 mm2
Procedimento:
Trazer duas barras da viga inclinada dobrando-as para direções opostas, dentro da viga
de borda ou complementar com mais duas barra extras, tudo com traspasse de 30 % de
comprimento para cada lado, ver Figura 6.6b.
Prover aço nominal nos cantos preenchidos, conforme mostrado no esquema da Figura
6.6c.
162498 2
Vcs = B m3 (casca)
106
292,8
+ PB m3 (viga de borda)
106
11,1
+ 6 PB m3 (viga de borda)
10
(SA):
Vcs = 0,16 × 32 + 0,0004 × 440 × 3 = 1,968 m3
(SB):
Vcs = 0,16 × 2,52 + 0,0004 × 330 × 2,5 = 1,33 m3
(SC):
Vcs = 0,16 × 22 + 0,0004 × 220 × 2 = 0,816 m3
(SD):
Vcs = 0,16 × 22 + 0,0004 × 110 × 2 = 0,728 m3
7,738
Ss = 78,5 P B kN (casca)
106
7,143
+ 78,5 P B (kN) (viga de borda)
106
5,590
+ 78,5 P B (kN) (viga inlinada)
106
(SA):
116
(SB):
SS = 0,0016 × 330 × 2,5 = 1,320 kN
(SC):
SS = 0,0016 × 220 × 2 = 0,704 kN
(SD):
SS = 0,0016 × 110 × 2 = 0,352 kN
(SA):
Acs = 4 {(1,5 m)2 + (0,75 m)2 / 3} = 9,75 m2
(SB):
Acs = 4 {(1,25 m)2 + (0,625 m)2 / 3} = 6,77 m2
(SC):
Acs = 4 {(1,0 m)2 + (0,5 m)2 / 3} = 4,33 m2
(SD):
Acs = 4 {(1,0 m)2 + (0,5 m)2 / 3} = 4,33 m2
(SA):
Cvi = 4 (1,52 + 0,752)0,5 m = 6,71 m
(SB):
Cvi = 4 (1,252 + 0,6252)0,5 m = 5,59 m
(SC):
Cvi = 4(1,02 + 0,52)0,5 m = 4,47 m
117
(SD):
Cvi = 4 (1,02 + 0,52)0,5 m = 4,47 m
VOLUME DE CONCRETO
Volume da casca
Vc = Acs × espessura da casca
(SA):
Vc = 9,75 m2 × 0,12 m = 1,17 m3
(SB):
Vc = 6,77 m2 × 0,12 m = 0,81 m3
(SC):
Vc = 4,33 m2 × 0,12 m = 0,52 m3
(SD):
Vc = 4,33 m2 × 0,12 m = 0,52 m3
(SA):
Vvi = 0,3 m × 0,118 m × 6,71 m = 0,237 m3
(SB):
Vvi = 0,3 m × 0,118 m × 5,59 m = 0,198 m3
(SC):
Vvi = 0,3 m × 0,118 m × 4,47 m = 0,158 m3
(SD):
Vvi = 0,3 m × 0,118 m × 4,47 m = 0,158 m3
(SA):
Vvb = 0,2 m × 0,2 m × 12 m = 0,48 m3
(SB):
Vvb = 0,2 m × 0,2 m × 10 m = 0,40 m3
118
(SC):
Vvb = 0,2 m × 0,2 m × 8 m = 0,32 m3
(SD):
Vvb = 0,2 m × 0,2 m × 8 m = 0,32 m3
(SA):
Vcs = 1,17 + 0,237 + 0,48 = 1,89 m3
(SB):
Vcs = 0,81 + 0,198 + 0,40 = 1,41 m3
(SC):
Vcs = 0,52 + 0,158 + 0,32 = 1,00 m3
(SD):
Vcs = 0,52 + 0,158 + 0,32 = 1,00 m3
(SA):
Volume de aço para a casca: Vsc = 2 asc Acs
Vsc = 2 × 0,259 mm2 / mm × 9750000 mm2 = 5050500 mm3
Volume de aço para as vigas de borda: Vsvb =asvb Cvb
Vsvb = 490,8 mm2 × 12000 mm = 5889600 mm3
Volume de aço extra para as vigas de borda: Vsbe = Vsvb / 2
Vsbe = 5889600 mm3 × 30 % = 1766880 mm3
Volume de aço para as vigas inclinadas: Vsvi = asvi Cvi
Vsvi = 201,2 mm2 × 6708 mm = 1349650 mm3
Volume de aço para estribos: Vevb + Vevi
Vevb + Vevi = 1187340 + 1042993 = 2230333 mm3
(SB):
Volume de aço para a casca: Vsc = 2 asc Acs
Vsc = 2 × 0,259 mm2 / mm × 6770000 mm2 = 3506860 mm3
Volume de aço para as vigas de borda: Vsvb = asvb Cvb
Vsvb = 314,2 mm2 × 10000 mm = 3142000 mm3
119
(SC):
Volume de aço para a casca: Vsc = 2 ascAcs
Vsc = 2 × 0,259 mm2 / mm × 4330000 mm2 = 2242940 mm3
Volume de aço para as vigas de borda: Vsvb = asvb Cvb
Vsvb = 201,2 mm2 × 8000 mm = 1609600 mm3
Volume de aço extra para as vigas de borda: Vsbe = Vsvb / 2
Vsbe = 1609600 mm3 × 30% =482880 mm3
Volume de aço para as vigas inclinadas: Vsvi = asvi Cvi
Vsvi = 201,2 mm2 × 4472 mm = 899766 mm3
Volume de aço para estribos: Vevb + Vevi
Vevb + Vevi = 791560 + 695328 = 1486888 mm3
(SD):
Volume de aço para a casca: Vsc = 2 asc Acs
Vsc = 2 × 0,259 mm2 / mm × 4330000 mm2 = 2242940 mm3
Volume de aço para as vigas de borda: Vsvb = asvb Cvb
Vsvb = 201,2 mm2 × 8000 mm = 1609600 mm3
Volume de aço extra para as vigas de borda: Vsbe = Vsvb / 2
Vsbe = 1609600 mm3 × 30% =482880 mm3
Volume de aço para as vigas inclinadas: Vsvi = asvi Cvi
Vsvi = 201,2 mm2 × 4472 mm = 899766 mm3
Volume de aço para estribos: Vevb + Vevi
Vevb + Vevi = 791560 + 695328 = 1486888 mm3
(SA):
Vst = 0,0050505 + 0,0058896 + 0,00176688 + 0,00134965 + 0,002230333
Vst = 0,016286963 m3
Ss = 0,016286963 m3× 78,5 kN / m3 = 1,28 kN
(SB):
Vst = 0,00350686 + 0,003142 + 0,0009426 + 0,001124708 + 0,001858922
120
Vst = 0,01057509 m3
Ss = 0,01057509 m3 × 78,5 kN / m3 = 0,83 kN
(SC):
Vst = 0,00224294 + 0,0016096 + 0,00048288 + 0,000899766 + 0,001486888
Vst = 0,006722074 m3
Ss = 0,006722074 m3 × 78,5 kN / m3 = 0,53 kN
(SD):
Vst = 0,00224294 + 0,0016096 + 0,00048288 + 0,000899766 + 0,001486888
Vst = 0,006722074 m3
Ss = 0,006722074 m3 × 78,5 kN / m3 = 0,53 kN
121
Cálculo da altura d
Da Equação (5.1) e da Figura 5.1d
(SA):
d (3 – 0,3) / 4 = 0,675 m; d 1,44 [440 × 1,96/ (0,85 × 25000)]0,5 = 0,290 m
d → = 0,70 m
h = 0,70 m + 0,05m (cobrimento) = 0,75 m
(SB):
d (2,5 – 0,3) / 4 = 0,55 m; d 1,44 {330 × 1,96/ (0,85 × 25000)}0,5 = 0,251 m
d → = 0,55 m
h = 0,55 m + 0,05m (cobrimento) = 0,60 m
(SC):
d (2 – 0,3) / 4 = 0,425 m; d 1,44 [220 × 1,96/ (0,85 × 25000)]0,5 = 0,205 m
d → = 0,45 m
h = 0,45 m + 0,05m (cobrimento) = 0,5 m
Cálculo da tensão T
Da Equação (5.2)
(SA):
Tx = Ty = 440 × (3 – 0,3) / (8 × 0,70) = 212 kN
(SB):
Tx = Ty = 330 × (2,5 – 0,3) / (8 × 0,55) = 165 kN
(SC):
Tx = Ty = 220 × (2 – 0,3) / (8 × 0,45) = 104 kN
122
(SA):
Asx = Asy = 1,61 × 212 / 50 = 6,8 cm2
(SB):
Asx = Asy = 1,61× 165 / 50 = 5,3 cm2
(SC):
Asx = Asy = 1,61× 104 / 50 = 3,3 cm2
(SA):
Asmín = 0,15 × 300 × 75 / 100 = 33,8 cm2 → 2 × 28 Ø 12,5 mm c/ 10cm
(SB):
Asmín = 0,15 × 250 × 60 / 100 = 22,5 cm2 → 2 × 19 Ø 12,5 mm c/ 12cm
(SC):
Asmín = 0,15× 200 × 50 / 100 = 15,0 cm2 → 2 × 13 Ø 12,5 mm c/ 15cm
(SA):
Vc = 32 × 0,4 + 0,35 / 3 [32 + 0,32 + (32 × 0,32)0,5] = 4,766 m3
(SB):
Vc = 2,52 × 0,3 + 0,3 / 3 [2,52 + 0,32 + (2,52 × 0,32)0,5] = 2,584 m3
(SC):
Vc = 22 × 0,25 + 0,25 / 3 [22 + 0,32 + (22 × 0,32)0,5] = 1,391 m3
(SA):
Vs = 2,2 × 28 × 1,227 (290 + 2 × 30) + 4 × 1,227 × 100 = 29349 cm3
Ms = 0,029349 × 78,5 = 2,304 kN
(SB):
Vs = 2,2 × 19 × 1,227 (240 + 2 × 25) + 4 × 1,227 × 100 = 16716 cm3
Ms = 0,016716 × 78,5 = 1,312 kN
(SC):
Vs = 2,2 × 13 × 1,227 (190 + 2 × 20) + 4 × 1,227 × 100 = 9295 cm3
Ms = 0,009295 × 78,5 = 0,729 kN
124
MÉTODO DE BOWLES:
Com a Equação (5.14)
ks = H / q = 1 / (B‟ m Is IF E‟s)
(SA) Dados:
B = 3,0 m;
L = 3,0 m;
D = 1,0 m;
H = 5 B;
qa = 89,54 kPa;
Es = 5,6 MPa (média para a profundidade de 5B abaixo da base);
μ = 0,3.
Solução:
E‟s = (1 – μ2) / Es
E‟s = (1 – 0,32) / 5,6 = 0,1625 m2 / MN;
Para o centro:
H / B‟ = 5 B / (B / 2) = 10;
L / B = 1;
I1 = 0,498 e I2 = 0,016, da Tabela A.5;
Para o canto:
H / B = 5 B / (B) = 5;
L / B = 1;
I1 = 0,437 e I2 = 0,031, da Tabela A.5;
Para um valor médio usam-se os pesos de contribuição, 4 para o centro e 1 para o canto:
MÉTODO DE PERLOFF:
(SA):
Da Equação (5.16)
ksv = Es / {(1 – μ2) Iw B}
MÉTODO DE KLEPIKOV:
(SA):
Da Equação (5.17) e da Tabela 5.5
ksv = Es/ {ω A(1/2) (1 – μ2)}
(SB):
(ksv)Fund = 2,99 × 3 / 2,5 = 3,59 MN/m3
(SC):
(ksv)Fund = 2,99 × 3 / 2,0 = 4,49 MN/m3
(SD):
(ksv)Fund = 2,99 × 3 / 2,0 = 4,49 MN/m3
Da Tabela 5.6:
(teste com placa de (30 x 30 cm) sobre argila mole: ksh = 80 MN/m3)
Do módulo vertical:
(Calculado para a sapata (SA) (3 x 3 m): ksv = 2,99 MN/m3)