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AULA 1 - EMPRESAS
Sofia Vale
ÍNDICE
• I. EMPRESAS
• II. EMPRESAS PRIVADAS
• III. EMPRESAS PÚBLICAS E EMPRESAS COM DOMÍNIO
PÚBLICO
• IV. EMPRESAS COM CAPITAL PÚBLICO MINORITÁRIO
• V. EMPRESAS COOPERATIVAS
• VI. CARACTERIZAÇÃO DO TECIDO EMPRESARIAL
ANGOLANO
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I. EMPRESAS
3
Os contabilistas e auditores são chamados a desempenhar
funções em todos estes tipos de empresas…
• Empresas públicas
EMPRESAS DO • Empresas com domínio público
ESTADO • Distribuem lucros ao accionista Estado
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1. TIPOS DE SOCIEDADES
As empresas privadas são legalmente constituídas através de sociedades
comerciais.
Objecto comercial
- Entradas - As - Sociedades
espécie empresas por quotas
- Entradas com objecto - Sociedades
em dinheiro civil, podem anónimas
seguir estas
regras 2º, n.º 1 LSC
1º, n.º 3 LSC
Empresa • 20º LSC e 122º, n.º 1, a) Lei 1/97 de Simplificação Reg Predial,
Comercial e Serviço Notarial.
• 5º LSC: o registo confere personalidade jurídica à empresa
(Decreto n.º 48/03,
• REGISTO DE INVESTIDOR PRIVADO JUNTO DA AIPEX
de 8 de Julho) • Lei do Investimento Privado – Lei 10/18, de 26 de Junho
Direitos
Tipo de
especiais dos
Sociedade
sócios
Conteúdo do
Contrato
Sede
Sociedade Valor do
Capital Social
(art. 10ºLSC)
Valor das
participações Objecto da
sociais dos Sociedade
sócios
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… CESSAÇÃO DA ACTIVIDADE…
- Acta da AG de
- Acta da AG de
- Não apresenta sócios a
sócios a
declaração determinar a
determinar a
fiscal; retoma de
cessação;
- Não paga actividade;
- Requerimento
impostos. - Requerimento
às Finanças;
às Finanças; 11
… EXTINÇÃO DA SOCIEDADE
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3. SOCIEDADES POR QUOTAS
vs
SOCIEDADES ANÓNIMAS
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3.1. RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
SQ SA
• Perante os credores da sociedade, só o • Perante os credores da sociedade, só o
património social responde (217º, n.º 3 património social responde (301º LSC)
LSC)
• Mas pode estipular-se no contrato
de sociedade que os sócios
respondem (218º, n.º 1 LSC):
• 1) solidária ou
subsidiariamente em relação à
sociedade
• 2) até determinado montante
• 3) com ou sem direito de
regresso perante a sociedade 14
3.2. ESTRUTURA: ASSEMBLEIA GERAL
SQ SA
• Composição • Composição
SQ SA
existência facultativa existência obrigatória
• Conselho Fiscal (432º LSC)
• A sociedade só tem órgão de • Composição: 3 a 5 membros efectivos + 2
fiscalização se o contrato social o suplentes, ou sociedade de peritos
instituir (292º LSC) contabilistas, designados pela AG (432º, n.º 3
LSC)
• Pode ser um Conselho Fiscal ou um • Competência: verificar a regularidade dos
Fiscal Único livros e das contas da sociedade, e garantir o
cumprimento do contrato de sociedade (441º
LSC)
Ou
• Fiscal Único (432º, n.º 1, b) LSC)
• Só pode existir nos casos do 315º, n.º 2 LSC,
designadamente quando o capital social não
seja superior a USD 50.000
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3.3. CAPITAL SOCIAL, ENTRADAS E RESERVA LEGAL
SQ SA
• Já não tem capital social mínimo (221º • O capital social mínimo é o equivalente
LSC e Lei da Simplificação) em Kz a 20.000 USD (305º, n.º 3 LSC)
__________________________________ ____________________________________
• Só se permitem entradas em espécie e • Só são permitidas entradas em espécie e
em dinheiro (222º, n.º 1 LSC) mas os dinheiro (306º, nº 3 LSC) mas os sócios
sócios podem contribuir com a sua podem realizar prestações acessórias de
indústria para a sociedade através de trabalho ou serviços (319º, n.º 1 LSC)
prestações acessórias (230º LSC) • Pode diferir-se até 70% do capital social
• As entradas podem ser diferidas até ao correspondente a entradas em dinheiro,
final de 1 ano (artº 222º, 2 LSC e Lei da desde que o capital social mínimo esteja
Simplificação) realizado e até um prazo máximo de 1
__________________________________ ano (aplicação analógica das SQ)
• Reserva legal correspondente a 30% do ____________________________________
capital social, que se preenche alocando• Reserva legal correspondente a 20% do
5% dos lucros anuais (240º LSC) capital social, que se preenche alocando
5% dos lucros anuais (327º LSC)
3.4. ACTAS E MAIORIAS NECESSÁRIAS
PARA APROVAR DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS
• Responsabilidade:
• Criminal: o sócio único ou gerente da sociedade responde
ilimitadamente em função da respectiva culpa;
• Civil: possibilidade e desconsideração da personalidade jurídica
da sociedade em caso de mistura patrimonial.
• Transformação: a SU pode transformar-se em SQ ou SA pluripessoais e
vice-versa;
• Limitações:
a) As SU não podem constituir outras SU;
b) Uma pessoa singular só pode ser sócia de uma única SU;
c) As SU não podem não podem adquirir participações sociais
(quotas ou acções) noutras sociedades – não podem ter
sociedades filhas.
4. FOMENTO DO EMPRESARIADO PRIVADO
NACIONAL
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• A empresa não tem participação do Estado ou de outras
entidades públicas (salvo universidades e centros de
investigação, num máximo de 25%).
• O capital social da empresa não é participado por outra empresa
que não seja MPME.
Requisitos • A empresa não detém participações noutras empresas que não
para sejam MPME.
certificar • A empresa não é sucursal ou filial de empresa estrangeira.
uma • A empresa não exerce actividade no sector financeiro bancário
empresa ou não bancário.
junto do • O sócio maioritário da empresa não detém participações
INAPEM noutras empresas cujo volume de facturação acumulada seja
superior a USD 10 milhões.
• Pelo menos 75% do capital social da empresa tem de ser detido
por cidadãos angolanos.
• A empresa tem a sua situação fiscal regularizada.
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APOIOS FISCAIS ÀS MPME
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1. NOÇÃO E PRINCÍPIOS
•A empresa pública é uma pessoa colectiva, dotada de
personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira
e patrimonial.
• Obedece aos princípios de:
Autonomia e
Transparência rentabilidade
financeira
Concorrência Autonomia de
gestão
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2. ÓRGÃOS
• Conselho de Administração (46º LBSEP)
• Mandato de 5 anos
• Renovável por 1 ou + vezes
• Integra até 11 administradores (executivos/não executivos)
Ou, em alternativa
• Conselho de Coordenação e Orientação Estratégica (48º LBSEP)
• 5 membros
• Definição das grandes linhas de actividade
e
• Comissão Executiva
• 5 membros
• Gestão corrente da empresa
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• Conselho Fiscal (49º LBSEP)
• 3 membros (1 Presidente e 2 vogais)
• Nomeados pelos Ministros das Finanças e do Sector Empresarial
Público
Ou, em alternativa,
• Fiscal Único
• Nomeado pelo Ministro do Sector Empresarial Público
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3. PLANIFICAÇÃO ORÇAMENTAL E AUDITORIA EXTERNA
• Devem realizar a seguinte planificação:
• Planos plurianuais: Plano Estratégico (5 a 10 anos) e Plano de
Negócios (1 a 3 anos), submetidos à aprovação do Executivo.
• Plano e Orçamento anual.
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4. ESTATUTO DOS GESTORES PÚBLICOS
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IV. EMPRESAS COM PARTICIPAÇÃO
PÚBLICA MINORITÁRIA
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• As empresas com participação pública minoritária são aquelas em
que se associam capitais públicos e privados, não podendo as
entidades públicas:
1. Deter a maioria do capital social ou dos direitos de voto;
2. Nem ter o direito de designar/destituir a maioria dos membros do
órgão de administração ou de fiscalização.
• Podem ter só 2 sócios (304º, n.º 2 LSC), ainda que adoptem o tipo SA.
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• Criam-se empresas ao abrigo da Lei das Parcerias Público-
Privadas – 13º LPPP
• São sociedades de fim específico (SPV), de capitais mistos, que
podem adoptar ser SQ ou SA.
• Se a sua receita anual estimada estiver acima do valor que vier a
ser determinado pela Comissão Ministerial de Avaliação das
Parcerias Público-Privadas, a sociedade deve:
• ser necessariamente uma SA, podendo emitir valores mobiliários
• obedecer a padrões internacionais de corporate governance
• publicar as suas demonstrações financeiras
• adoptar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas
(International Finance Report Standard)
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O que são PPP?
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As PPP representam uma nova forma de pensar a Administração
Pública…
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
REGULADORA
PRESTADORA
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No actual contexto de crise, existe um grande interesse por parte dos
vários departamento ministeriais em avançar para implementação das
PPP, onde se destacam:
Eficiente repartição
IDEIA dos riscos do
1 projecto
Só o parceiro
público define o IDEIA
interesse público 2
Efectivo
acompanhamento e
IDEIA fiscalização da
3 execução do
projecto pelo
parceiro público. 49
V. EMPRESAS COOPERATIVAS
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• Cooperativas:
São «pessoas colectivas autónomas de capital e composição variáveis e
de controlo democrático, em que os seus membros se obrigam a contribuir
com recursos financeiros, bens e serviços, para o exercício de uma
actividade empresarial, de proveito comum e com riscos partilhados, que
visa a promoção dos interesses sociais e económicos dos seus membros,
com retorno patrimonial predominantemente realizado na proporção das
suas operações com a cooperativa» - art. 3º LC
• Objecto:
• ramos do cooperativismo: agrário, artesanato,
comercialização, consumo, construção, crédito, cultura, ensino
e educação, habitação, mineração, pescas - derivados e afins,
saúde, seguro, solidariedade social, transporte e ambiente -
artigo 16.º, n.º 1, LC
51
• Constituição:
• acta da assembleia de fundadores – art. 22º LC
• contrato entre fundadores – art. 21º e 25º LC
• registo comercial – art. 27º LC
• Capital e entradas:
• Entradas em dinheiro, bens, trabalho – art. 33º e 34º LCO
• O capital deve ser realizado no prazo de 1 ano – 35º, n.º 3 LC
• As cooperativas podem também cobrar uma joia – art. 39º LC
• O capital social das cooperativas é variável – art. 5º e 6º LC,
porque quando há demissão de um do membro da
cooperativa restitui-se a entrada – art. 50º LC
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As cooperativas emitem os seguintes valores mobiliários
Títulos de
investimento
Títulos de
capital 41º LC
34º LC
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• Os títulos de capital ou são nominativos – 34º, 2 LC - mas podem
também ser escriturais – 34º, n.º 3 LC
• Transmissão do título de capital por endosso, e após autorização da
assembleia dos membros da cooperativa – 37º LC
• Os títulos de investimento têm um regime similar ao das obrigações,
e conferem o direito a remuneração:
(i) remuneração anual, com parte fixa e parte variável,
(ii) prémio de reembolso (fixo ou indexado aos resultados),
(iii) juros e plano de reembolso,
(iv) convertíveis em títulos de capital – 41º, n.º 2 e 6 LC
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• Reservas:
• Reserva legal: retira-se 5% dos valores que a cooperativa recebe
(jóias e excedentes anuais líquidos), até que a reserva tenha um
valor igual ao do capital social da cooperativa. – 89º LC
• Fundo para ensino, formação, capacitação e educação: é
preenchida com parte das jóias não alocadas a reserva legal,
donativos, excedentes anuais (mínimo de 2%), resultado de
operações realizadas com pessoas externas à cooperativa. – 90º
LC
• Excedentes líquidos:
“Os excedentes líquidos são calculados por ajuste do rateio das
despesas, inclusive das provisões e por deduções destinadas às
reservas em geral” – 95º LC
Os excedentes anuais líquidos que não resultem de operações
com terceiros podem ser distribuídos entre os membros – 96º LC55
• Órgãos – 53º, n.º 1, LC
• assembleia geral: 1 homem- 1 voto
• direcção,
• órgão fiscal ou fiscal único
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VI. CARACTERIZAÇÃO DO TECIDO
EMPRESARIAL ANGOLANO
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As nossas empresas adoptam, em geral, o tipo de
SOCIEDADES COMERCIAIS.
EMPRESAS SOCIEDADES
COOPERATIVAS PPP
S.A.
EMPRESAS DO
SOCIEDADES SECTOR
ABERTAS EMPRESARIAL
PÚBLICO
Que tipo de empresas serão preponderantes nos
próximos anos?
As Empresas são veículos que servem para:
• Captar recursos (em especial, as sociedades de capitais) e
• Limitar o risco da actividade económica(responsabilidade
limitada)
Sofia Vale
vale_sofia@hotmail.com