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PROPOSTA CURRICULAR

A escola é compreendida como instituição cultural da comunidade e como


espaço de formação do ser humano; como espaço que concorre para a cidadania e
inclusão de sujeitos apendentes. Cabe-lhe, portanto, o papel de criar condições para que
todos aprendam, apropriem-se da cultura e dos saberes historicamente produzidos.
Neste sentido, precisa-se de uma escola que rompa com o senso comum e com os
limites da sala de aula, e que se enriqueça pelo processo de interação de outros agentes
educacionais da sociedade, integrando novos conteúdos, proporcionando vivências e
estabelecendo relações com a comunidade. Para isso, acredita-se num processo de
gestão democrática da educação e do ensino, em que pessoas interagem e se
comprometem de forma coletiva com os objetivos da educação, numa escola onde os
espaços existentes e as relações dirigidas convergem à construção/conquista da
autonomia e da cidadania.

Pazeto (2003) destaca que, num processo de gestão democrática, “o individual


assume o coletivo e o ideológico transforma-se em consciência política”. Acrescenta
ainda, que a centralidade da ação escolar é o educando, a aprendizagem e a formação de
pessoas compreendidas como sujeitos das relações produzidas no espaço escolar.
Salientando a importância de estabelecer um currículo que contempla estas demandas.

Mas como construir este espaço/escola? Como saber se o que está se fazendo é
importante e contempla os pressupostos, os propósitos? A avaliação sistemática do
ensino e da aprendizagem, do processo pedagógico, é fundamental para dar esta direção.
Embora as práticas de avaliação desenvolvidas no processo pedagógico ainda tragam os
resquícios da exclusão, do fracasso da aprendizagem, há iniciativas que mudam este
cenário. A premissa que todos podem aprender, considerando a diversidade de tempos e
aprendizagens, requer uma prática da avaliação que vem nesta perspectiva deste
entendimento. É necessário que a escola promova avaliação formativa e inclusiva; que
o(a) educador(a)/escola utilize diferentes estratégias e crie oportunidades de
aprendizagens, avaliando permanentemente se são adequadas aos objetivos e fins
propostos.

De fato, não é simples e fácil selecionar o que ensinar no Ensino Fundamental,


Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas precisa-se refletir sobre quais
saberes são relevantes para a inserção dos sujeitos numa sociedade letrada, com direito a
acesso aos conhecimentos e tecnologias que lhes assegurem o exercício da cidadania.
Neste sentido, tem-se o desafio de repensar/reestruturar o currículo. Segundo Leal,
Albuquerque e Morais (2006), a construção de uma aprendizagem significativa implica
uma seleção de o que ensinar, e é a partir desta seleção que depende a organização do
tempo e a definição do que se deve avaliar e as formas adotadas para isso. Portanto, é
preciso garantir coerência entre o que se ensina e o que se avalia. Nesta perspectiva, é
importante superar os limites dos resultados finais traduzidos em notas e lançar mão da
observação, do registro e da reflexão constante do processo ensino e aprendizagem.

Há na educação diferentes tipos de sujeitos para um processo de aprendizagem.


A Escola Padre José de Anchieta, orienta-se nos documentos que dão sustento e base
para a educação de nosso país como a LDB, BNCC, DRC_MT juntamente com a
Resolução n° 002/2015, onde alinhadas e debatidas, garantem um processo de ensino,
voltado para os diferentes tipos de aprendizagem e desafios que possamos buscar para
melhorar a qualidade de ensino em nosso país.

A Escola Padre José de Anchieta, com seus diferentes educandos no processo de


busca pela aprendizagem, elabora juntamente com seu Regimento Escolar, propostas de
ensino que valorizem todos os alunos e os tratem de maneira igualitária, mas
respeitando seus desafios e dificuldades. Baseando-se na Resolução 002/2015-
CEE_MT, a unidade escolar de nosso município, busca pela formação educacional de
todos com ênfase na aprendizagem diferenciada para cada grupo de alunos com seus
anseios e dificuldades no processo de aprendizagem.

A proposta de ensino de nossa escola, possui pressupostos que visam a qualidade


e a valorização de nossos alunos mediante a suas dificuldades apresentadas, seja física,
mental ou emocional.

Para o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, a


Escola Padre José de Anchieta dispõe das seguintes ações para um ensino de qualidade:

-Diversidade Étnico-Racial: desenvolve ações que visam ao atendimento referente aos


dispositivos da Lei n° 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08. Estes contemplam formação e
assessoria aos profissionais da educação, análise e produção de material didático-
pedagógico voltado à educação das relações étnico-raciais, no combate às práticas de
racismo e no fortalecimento da visibilidade dos negros e indígenas na formação da
sociedade brasileira. O foco está no entendimento das diferentes contribuições dos
povos para: a ciência, tecnologia e filosofias ocidentais, assim como a produção
científica, artística e política na atualidade, fortalecendo a solidariedade, a cooperação e
o diálogo no enfrentamento dos conflitos e contradições.

- Educação Especial: Dentre as atribuições, promove formação continuada, produção


de material didático-pedagógico, aquisição de materiais e equipamentos adaptados e
outras ações que possibilitam que as barreiras físicas, cognitivas, sensoriais,
metodológicas não sejam obstáculos para a aprendizagem e para inclusão.

-Educação Ambiental: Desenvolve ações voltadas à educação para a sustentabilidade,


com vistas à conscientização e construção de uma postura socioambiental. Tem por
objetivo proporcionar às crianças e jovens diferentes vivências através de atividades
teóricas e práticas de integração com a natureza para que sejam capazes de compreender
as transformações que ocorrem no meio ambiente e que possam se conscientizar sobre a
importância da conservação deste ambiente para a promoção da saúde e qualidade de
vida da sociedade. É um projeto que contempla várias ações, dentre as quais a
construção projetos socioambientais desenvolvidos nas unidades educativas e de
parcerias com outros órgãos ligados ao meio ambiente.

-Educação Complementar - Realizada em parceria com a comunidade escolar, com


ênfase no atendimento às crianças e jovens em situação de maior vulnerabilidade social,
mediadas por ações socioeducativas que visam à inclusão social, através do acesso a
atividades físicas, artístico-culturais e de apoio pedagógico.

-Bullying: Discussões em salas de aula sobre a motivação e os efeitos do Bullying,


dramatizações, leitura de textos e reportagens, debates em sala de aula e um trabalho
coletivo com toda a comunidade escolar, para sensibilizar os alunos e a autoconsciência
do respeito as diferenças.

-Cultura de educação: Implementação de ações que viabilizam o acesso às


manifestações artísticas, no currículo escolar e enquanto atividade complementar, nas
linguagens de Artes Cênicas, Plásticas/Visuais, Música e Dança.

-Direitos Humanos: Fortalecer nas disciplinas ações e programas direcionadas a


situações de enfrentamento a violência nas escola, o direito e o dever igualitário de
todos e promover palestras, seminários que envolvam a conquista dos valores morais e
culturais de cada povo.

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