Nampula: Polícia em alerta após assassinato de adolescente albino Pg.

06

MP pede pena máxima Parque Nacional da Go- Preços de produtos petro-

para o jovem que violou rongosa apresenta novos líferos sobem entre 7% e
a filha de sete meses dirigentes 22% em Moçambique
Pg.03 Pg.16 Pg.20
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Jornal

Nº de Registo: 017/GABINFO-DEPC/2020 Sexta-feira, 22 de

Semanário de Informação Geral Outubro de 2021
Ano 1. Edição nr 42. Nhamatanda, 5º bairro-25 de Junho
Directora: Luísa Franque. Editor: Muamine Benjamim

MORTE DE NHONGO: AOS DETALHES

Pg.18

Pg.07

“Queremos o resgate da boa

imagem da nossa autarquia”

O
MISA Moçambique rio da Saúde – MISAU, na quali- cia da avaliação do nível de prontidão
procedeu, ontem dade de instituição mais aberta de das instituições públicas na provisão
quinta-feira, em 2021. da informação, empreendida pelo
Maputo, a entrega O reconhecimento tornado público, MISA Moçambique, à luz da Lei n. º
do certificado de recentemente, em Xai-Xai, capital da 34/2014, de 31 de Dezembro (Lei do
mérito, chave de ouro, ao Ministé- província de Gaza, surge na sequên- Direito à Informação).
 Sociedade
PELA PRIMEIRA VEZ ENVOLVER LACTANTES E MULHERES GRÁVIDAS
Covid-19: Arranca 3ª Fase de Implementação
do Plano Nacional de Vacinação

C
om o objectivo de asse-
gurar a imunização de
mais moçambicanos,
prevenindo assim as
formas graves da doença e óbitos
devido à Covid-19, iniciou na quar-
ta-feira, (20.10), em todo o país, a
implementação da 3ª fase do Plano
Nacional de Vacinação contra o Co-
ronavírus.
São grupos-alvo da 3ª fase, tal como
revelou o coordenador da Campanha
de Vacinação contra a Covid-19, Ivan
Manhiça, em conferência de imprensa as lactantes e mulheres grávidas, com mesmo dia em que terminou a admi-
realizada na tarde daquele dia, pes- mais de 18 anos de idade, a partir da nistração da segunda dose da vacina
soas entre 30 e 49 anos de idade re- terceira semana de gestação. AstraZeneca a todos aqueles que re-
sidentes nas zonas urbanas e pessoas “Queremos, por isso, apelar a todos ceberam a primeira dose da vacina
com idade superior a 50 anos de ida- cidadãos que se encontram nos gru- da AstraZeneca, o que coincide com
de, habitantes das zonas rurais. pos etários que acabamos de anunciar o fim da implementação da segunda
Ainda no decurso da 3ª fase, nas zo- para que a partir de amanhã, dia 20 fase do referido Plano.
nas rurais, o processo será alargado de outubro, e nos próximos 15 dias, Até à data, foram imunizadas em Mo-
para pessoas dos 30 a 49 anos de ida- adiram, massivamente, aos postos de çambique, cerca de duas milhões de
de, perfazendo um universo global de vacinação a serem anunciados por pessoas, o que corresponde a 11,7%
cerca de sete milhões de pessoas. cada uma das províncias e participem do grupo-alvo nacional, actualmente,
“A 3ª fase será implementada em duas neste movimento nacional que visa estabelecido (cerca de 17 milhões de
rondas sendo que na primeira ronda proteger os moçambicanos e salvar pessoas).
vamos vacinar nas zonas urbanas as vidas, cumprindo, rigorosamente, as A vacinação contra a Covid-19, no
pessoas entre 30 e 49 anos de idade e medidas prevenção anunciadas pelo país, teve o seu início no dia 8 de mar-
nas zonas rurais as pessoas com idade governo”, disse Ivan Manhiça um dia ço de 2021, seguindo o Plano Nacio-
igual ou superior a 50 anos de idade”, antes de início da vacinação. nal de Vacinação contra a COVID-19
esclareceu. O anúncio do arranque da 3ª Fase da aprovado pelo Conselho de Minis-
Manhiça fez saber, igualmente, que Implementação da Campanha Na- tros.
desta vez serão vacinadas, também, cional de Vacinação aconteceu no

MISA Moçambique distingue o Ministério da

Saúde como instituição mais aberta de 2021
O MISA Moçambique proce- públicas na provisão da informação, dentro dos 21 dias previstos na lei, e
deu, ontem quinta-feira, em empreendida pelo MISA Moçambi- sem quaisquer questionamentos sobre
Maputo, a entrega do certifica- que, à luz da Lei n. º 34/2014, de 31 a finalidade da solicitação.
do de mérito, chave de ouro, ao de Dezembro (Lei do Direito à Infor- “Gostaríamos, nesta ocasião, de con-
Ministério da Saúde – MISAU, mação). gratular o Ministério da Saúde pelo
na qualidade de instituição mais Na ocasião, o presidente do MISA nível de partilha e disponibilidade da
aberta de 2021. Moçambique, Fernando Gonçalves, informação ao público, também, atra-
O reconhecimento tornado públi- contextualizou os critérios e a meto- vés das plataformas digitais, especial-
co, recentemente, em Xai-Xai, ca- dologia do estudo que conduziu à esta mente o website”, afirmou Fernando
pital da província de Gaza, surge distinção, sublinhando a prontidão de- Gonçalves.
na sequência da avaliação do ní- monstrada pelo MISAU na provisão Por seu lado, o Ministro da Saúde,
vel de prontidão das instituições da informação, em tempo útil, ou seja, Armingo Tiago, destacou a relevância

©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada. 02

 Sociedade
da distinção como fruto do reconhe-
cimento do trabalho e profissionalis-
mo demonstrado pelos funcionários e
colaboradores do ministério do topo
à base, num contexto de crescente
demanda de informação precisa e de
qualidade sobre a gestão e prevenção
da pandemia da Covid-19 no país.
“Prometemos, enquanto MISAU,
continuar a providenciar mais e me-
lhor informação aos cidadãos, como
forma de valorizar o reconhecimen-
to”, sublinhou o Ministro Armindo
Tiago, acrescentando a necessidade
de um trabalho coordenado e rigoro-
so entre os jornalistas e os profissio-
nais da Saúde no acto de informar,
Ministério Público pede pena máxima para o
jovem que violou a filha de sete meses
A
3ª Secção Criminal do
Tribunal Judicial da
Província de Gaza, ini-
ciou, na passada quar-
ta-feira (13.10), o julgamento de um
jovem de 20 anos de idade acusado
de violar, sexualmente, a própria
filha que à data dos factos tinha
apenas sete meses de vida, causan-
do-lhe um dano físico que, pro-
vavelmente, carregará por toda a
vida. O caso deu-se no bairro 4 da
localidade de Chilaulene, distrito
de Xai-Xai, província de Gaza, em
abril do corrente ano.
O dia 01 de abril de 2021 ficará,
eternamente, gravado na memória
de Marta Chilaule, jovem mãe de 16
anos de idade que surpreendeu em
flagrante o seu então companheiro,
agora arguido, de nome Júlio Massin-
gue a violar, sexualmente, sua própria
filha de apenas sete meses de vida,
tendo resultado em lesões graves que
uniram a cavidade vaginal com a anal
numa só.
A mãe da vítima, conta que o caso
aconteceu por volta das 19:00 horas,
quando o violador ao regressar de
uma tarde de bebedeira, aproveitou o
facto da esposa se encontrar na cozi-
nha a confeccionar os alimentos para
praticar o acto.
Conta que ouviu os gritos da bebé e
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num contexto em que a propagação
de falsas informações constitui uma
das maiores preocupações do sector
da saúde.
O reconhecimento do sector da Saú-
quando dirigiu-se ao quarto deparou-
-se com o seu esposo só de cueca e
com a camisola ensanguentada. Num
dos cantos da casa estava estatelada
já sem forças a bebé também cheia de
sangue nas partes íntimas.
De imediato socorreu a filha para a
unidade sanitária, onde foi constatado
que foi violada, sexualmente, tendo
sido transferida para o Hospital Pro-
vincial de Xai-Xai devido à gravidade
da lesão.
Quando questionado sobre o que teria
feito a filha, o arguido negou todas as
acusações e alegou não se lembrar de
nada, visto que a altura dos factos es-
tava muito embriagado, contrariando
as declarações que deu no acto da pri-
são, um dia após a violação, em que
assumiu que apenas tinha introduzido
o dedo no órgão genital da menor,
antes de confessar o crime e culpar a
bebida.
O Ministério Publico considerou as
03
de, também vai para o distrito de Nha-
matanda, província de Sofala, centro
de Moçambique, onde considera-se o
único sector mais aberto para o acesso
à informação aos jornalistas locais.
declarações do arguido como insatis-
fatórias, insustentáveis e exigiu que se
aplicasse a pena máxima prevista na
lei para casos de violação sexual con-
tra menores de 12 anos, com agravan-
te da vítima ter um parentesco com o
agressor.
Quem também exige a pena máxi-
ma é Salomé Mimbire, gestora de
programas do Fórum da Sociedade
Civil para os Direitos das Crianças
(ROSC).
“Estamos a acompanhar este julga-
mento no âmbito da campanha Nta-
vase que é uma iniciativa das orga-
nizações da sociedade civil que visa
mobilizar a sociedade civil e famílias
a posicionarem-se contra acções e ati-
tudes de violação sexual e dos direitos
das raparigas. Trata-se do caso de uma
menor que foi violada quando tinha
sete meses, pelo próprio pai, jovem de
20 anos de idade, e percebemos que
há uma tentativa do réu de camuflar a
verdade. Mas nós como sociedade ci-
vil estamos aqui para assegurar que a
justiça seja feita e que este jovem seja
condenado pelos actos que ele come-
teu”, frisou.
A 3ª Secção Criminal do Tribunal Ju-
dicial da Província de Gaza marcou
a leitura da sentença para o dia 27 de
outubro.
 Sociedade
CASOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Sociedade Civil exige responsabilização
criminal dos profissionais da aaúde
Q
uarenta organizações
da sociedade civil e
movimentos cívicos,
reunidos através do
Observatório das Mulheres, preo-
cupadas com a forma impávida, se-
rena e até de cumplicidade com que
o sistema nacional e os respectivos
profissionais de saúde parecem en-
carar o cenário de violência e negli-
gência obstétrica caracterizada por
maus tratos e morte de parturien-
tes, morte e desaparecimento de
bebés, que se têm estado a registar
no país e exigem a responsabiliza-
ção administrativa e criminal dos
profissionais de saúde e do corpo
directivo, durante uma conferencia
de imprensa realizada na cidade de
Maputo.
Para Quitéria Guiringane, Secretária
Executiva do Observatório das Mu-
lheres, várias mulheres não têm aces-
so às consultas regulares pré-natais
CDD e parceiros promovem coesão social no
norte de Moçambique
A cidade de Nampula, no norte do
país, acolheu na tarde de ontem,
quinta-feira (21.10) o lançamen-
to de um programa denominado
“Acção da Sociedade Civil para a
Coesão no Norte de Moçambique”,
virado para o emponderamento dos
jovens e mulheres da região.
Trata-se de uma iniciativa do Centro
para a Democracia e Desenvolvimen-
to (CDD), em parceria com o Institu-
to de Estudos Sociais e Económicos
(IESE) e o Mecanismo de Apoio a
Sociedade Civil (Fundação MASC),
com o apoio da Agência Suíça de
Cooperação.
O foco do programa é de “reforçar a
capacidade de resposta das institui-
ções de decisão formais e informais
às iniciativas lideradas por jovens e
mulheres, melhorando o acesso aos
serviços públicos e a protecção dos
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no país, e os primeiros três meses de
gestação são, extremamente, deter-
minantes para o percurso saudável da
gestação e por outro lado, há carên-
cias em termos profissionais de fazer
a provisão atempada as necessidades
que são encontradas nesta gestação
para garantir que todo o desenvolvi-
mento gestacional possa chegar ao
fim de forma saudável.
“Neste contexto, nós entendemos que
continuar a colocar em pauta a agenda
da saúde materna, agenda da saúde in-
fantil, caracterizado pelo rácio, extre-
mamente, alto da mortalidade infantil
no nosso país que é de cerca de 452
por 100 mil nascimentos. Moçambi-
que mesmo no âmbito dos Objectivos
do Desenvolvimento Sustentável do
Milénio, não atingiu a meta, e isso
deve fazer com que a Sociedade Ci-
vil, continue olhando para as questões
estruturais da sensibilidade e dos di-
reitos das mulheres durante o perío-
direitos humanos; transformar jovens
e mulheres em agentes de mudança,
contribuindo para o desenvolvimen-
to económico local inclusivo e para
a construção de um sentimento de
confiança, de pertença e de reconci-
liação”.
De acordo com o professor Adria-
no Nuvunga, director Executivo do
CDD, com o programa espera-se “em-
ponderar jovens para contribuir na
coesão social na zona norte”, por isso
“o que vamos fazer, em concreto, são
intervenções em vários distritos com
enfoque para a juventude e a mulher
que incidam, não só em termos de em-
ponderamento, capacitação sobre vá-
rias iniciativas, incluindo treinamento
e oportunidades de interligação dos
jovens e daquilo que é a possibilidade
de os jovens terem iniciativas que os
ligam com outros de outras províncias
04
do pré-natal, parto e pós-parto como
uma questão essencial para o desen-
volvimento do país”, disse a secretá-
ria.
As 40 0rganizações da Sociedade
Civil exigem a investigação e ins-
tauração de processos disciplinares e
criminais consequentes contra os in-
fractores, incluindo o corpo directivo
e o pessoal de serviço durante a ocor-
rência, investigação profunda à poten-
cial rede de tráfico de bebés nas uni-
dades sanitárias, a disponibilização
de estatísticas actualizadas e públicas
sobre mortes materno-infantil, inter-
venção do Departamento de Humani-
zação Qualidade e do Departamento
de Atendimento a Família e Menor
Vítimas de Violência, entre outras.
Importa referir que, no momento em
que a conferência de imprensa decor-
ria, uma carta estava a ser dirigida ao
Gabinete do Ministro da Saúde, sobre
o assunto em alusão.
e nações”.
Segundo Nuvunga, “a questão central
é como é que os jovens podem con-
tribuir positiva e, decisivamente, na
questão de reduzir a fragilidade e re-
forçar as fundações da coesão social
em todo o norte”.
O director Executivo do CDD escla-
receu ainda que o programa “também,
inclui a capacitação de entidades do
Estado, porque jovens e mulheres em-
ponderados sem uma correspondente
por parte do Estado pode resultar em
desequilíbrio. Então, como a ideia é
promover a coesão social, passa, tam-
bém, por encontrar plataforma dentro
da iniciativa para reforçar os meca-
nismos de participação dos jovens
e da mulher nestes processos que se
pretendem inclusivos e que possa ser
sustentável”.
 Sociedade
Nyusi felicita Paulina Chiziane vencedora do Prémio Camões
Em mensagem publicada na quarta-feira, na sua página do facebook, Filipe Nyusi, refere que o Prémio é um merecido
reconhecimento à obra desta escritora que com grande mestria tem sabido retratar o país.
O Presidente da República diz esperar que este prémio, atribuído por unanimidade pelo júri, inspire a todos os moçambi-
canos a dar o seu melhor em tudo o que fazem, sobretudo às novas gerações de autores. Nyusi descreve a premiação como
um momento de festa para a Literatura Moçambicana.

Cerca de 120 famílias de já se beneficia de furo multifuncional de água em Chicombulane

A comunidade de Chicombulane, no distrito da Manhiça, província de Maputo, sul de Moçambique, mostra-se satisfeita
com o furo multifuncional aberto no âmbito do Projecto de Desenvolvimento de Cadeias de Valor nos Corredores de Ma-
puto e Limpopo designado (Prosul), no valor de quase quatro milhões de Meticais.
Actualmente, o projecto que está a ser implementado pelo Programa de Desenvolvimento Inclusivo de Cadeias Agro Ali-
mentares (PROCAVA), beneficia 120 famílias da comunidade. Antes, as pessoas percorriam cerca de quatro quilómetros
à busca de água potável.
Além do consumo pessoal, a água do furo é também usada para a lavagem de roupas, criação de gado, culturas como
repolho, cebola, couve, beterraba e alface, sendo que a colheita é destinada ao autoconsumo e venda.

Barco com 30 pessoas desaparecido há quase um mês no norte de Cabo Delgado

Uma embarcação com mais de 30 pessoas está desaparecida há quase um mês no norte da província de Cabo Delgado,
zona de terrorismo no norte de Moçambique. De acordo com as fontes, a referida embarcação partiu da Ilha de Matemo no
passado dia 27 de setembro em direcção à vila-sede de Palma, porém, até ao momento, não atracou naquela sede distrital.
Segundo as fontes, a embarcação transportava deslocados que se tinham refugiado naquela ilha, após os ataques terroristas
registados no distrito de Palma, entre os meses de março e junho. As fontes garantem tratar-se de pessoas que não conse-
guiram chegar à cidade de Pemba, durante o período em que milhares de cidadãos abandonaram aquele distrito devido à
violência.
As fontes garantem que, à sua saída, os proprietários da embarcação não comunicaram às autoridades, pelo que se avança
a possibilidade de terem sido detidos pelas FDS por navegarem numa zona proibida. Aliás, há dias, as FDS detiveram 150
pessoas que se faziam transportar em três embarcações artesanais por suspeita de pertencer ao grupo terrorista, visto que
transportavam produtos alimentares.

Obras de construção da linha de energia eléctrica Moçambique/Malawi arrancam em janeiro

Vão arrancar em janeiro do próximo ano as obras de construção da linha de transporte de energia eléctrica de 218 quiló-
metros, que vai ligar Moçambique ao Malawi, a partir da subestação de Matambo, na província de Tete, centro do país.
O gerente de grandes projectos da empresa pública de distribuição de energia eléctrica do Malawi (ESCOM), Alexander
Kaitane, assegurou que as obras terão a duração de um ano e dez meses, estando a entrega prevista para outubro de 2023.

OMM reúne-se em sessão extraordinária do Conselho Nacional

A Organização da Mulher Moçambicana (OMM), realiza esta sexta-feira, a II Sessão Extraordinária do Conselho Nacio-
nal da agremiação.
O evento a ser dirigido pela presidente da Organização, Isaura Nyusi, primeira-dama de Moçambique, vai decorrer na
Escola Central do Partido FRELIMO, na cidade da Matola, província de Maputo, contará com a participação de membros
de honra da OMM, secretárias provinciais da OMM, membros do Conselho Nacional e convidados.

Moçambique recebe mais de 320 mil doses de vacinas da Noruega e Bélgica

Moçambique recebeu na quarta-feira cerca de 330 mil doses de vacinas contra o novo Coronavírus doadas pelos governos
da Noruega e da Bélgica, no âmbito do mecanismo internacional Covax de apoio à vacinação, anunciaram as entidades
num comunicado conjunto.
De acordo com o documento, a doação “complementa as 1.318.560 doses de vacina já obtidas pelo Governo” moçambica-
no, com o apoio de “vários parceiros, no âmbito da iniciativa Covax”. Os últimos dados do Ministério da Saúde, indicam
que cerca de dois milhões de pessoas foram vacinadas em Moçambique, quase 12% dos 17 milhões de pessoas que o
Governo pretende abranger até final de 2022.

Sucesso no combate aos terroristas deve ser acompanhado de condições para acomodação- SG da Frelimo
Roque Silva fez este pronunciamento, ontem, quinta-feira em Lichinga, numa conferência de imprensa que marca o início
da sua visita de trabalho á província do Niassa. “Precisamos de consolidar esses ganhos que na área militar estão sendo
conseguidos, mas também precisamos de nos mobilizar como sociedade moçambicana para apoiar aquelas pessoas que
estão a regressar numa situação que a casa foi queimada, os utensílios domésticos foram destruídos, a vida deles foi des-
truída”, frisou.

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 Sociedade
Nampula: Polícia em alerta após assassinato
de adolescente albino

A
polícia moçambicana
deteve três indivíduos,
que confessaram terem
assassinado um adoles-
cente com albinismo na província
de Nampula. Activista diz que este
pode ser um entre muitos casos que
ocorrem no silêncio.
As autoridades policiais na pro-
víncia moçambicana de Nampula
apresentaram à imprensa, ontem,
quinta-feira (21.10), três indivíduos
indiciados pelo rapto e assassinato
de um jovem de 12 anos com albi-
nismo, no distrito de Mecubúri.
O crime terá acontecido a 7 de ou- surgido nos últimos meses. Segun- enterrado numa machamba do seu
tubro. Os assassinos foram detidos do Nacute, recentemente, houve a primo, enquanto se aguardava o su-
pela polícia na segunda-feira. Os in- ocorrência de um caso similar no posto comprador para exumação e
diciados são o primo da vítima, um distrito de Monapo, “que já foi, de- posterior pagamento.
amigo e um suposto intermediário vidamente, esclarecido pelas autori- Pedro Augusto, membro da Asso-
que teria negociado a morte do ado- dades”. ciação Amor à Vida, organização
lescente para o tráfico de partes do “Desta vez chamámos a imprensa que defende os direitos das pessoas
corpo. para informar a população que a com albinismo em Nampula, enten-
Zacarias Nacute, porta-voz da po- polícia está atenta a todos os delitos de que este pode ser apenas um de
lícia moçambicana em Nampula, e que todos os casos que atentam muitos outros casos que ocorrem no
contou que o intuito “era a sub- contra a segurança e tranquilidade silêncio, sem que haja denúncias.
tracção das ossadas para fins de públicas e a vida das pessoas serão “Acredito que pode haver mais ca-
superstição. Trata-se de um caso de devidamente tratados pela PRM e sos que não foram reportados. Nós,
homicídio agravado, em termos de responsabilizados os autores”, asse- como pessoas com albinismo, an-
tipificação do crime”, disse. gurou. damos com medo e inseguros; não
“A polícia está atenta” Os indiciados confessaram o cri- confiamos nas pessoas”, afirmou.
Este não é um caso isolado na pro- me. Depois do adolescente ter sido O activista exige a punição dos au-
víncia. O fenómeno parece ter res- sedado e assassinado, o corpo foi tores desses crimes.

Suspeitos estão detidos nas celas do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula

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 Sociedade
MÁ GESTÃO DO MUNICÍPIO DE NHAMATANDA
“Queremos o resgate da boa imagem da nossa
autarquia”
S
e em outubro de 2020 a
acusação do edil, António
Charumar João, pesava
em falsificação de certifica-
do de habilitações literárias da 12ª
classe; autorização de pagamentos
indevidos; venda de terra; mau
uso dos fundos públicos e bens do
Estado; e adjudicação de obras pú-
blicas a empresas “familiares”, este
ano, exactamente em outubro, a
acusação vai mais longe ao incluir
o concurso público para o ingresso
de novos funcionários, favorecendo
os seus conterrâneos, conhecidos de
influentes e até familiares políticas,
com auxílio de pessoas mascaradas
de vereadores para a gestão do bem
público. A denúncia é feita ao Gabi-
nete Provincial do Combate a Cor-
rupção de Sofala (GPCC) para uma
solução breve, conforme solicitam
os munícipes.
Segundo uma carta tornada pública
em que o “Profundus” teve acesso,
reina um clima de crispação no Con-
selho Municipal da Vila de Nhama-
tanda (CMVN), na província de Sofa-
la, centro de Moçambique. Em causa
estão as acusações feitas pela segunda
vez em outubro de 2020 e de 2021,
pelos seus subordinados, que pesam
sobre o edil da autarquia, António
Charumar João, e alguns dos seus ve-
readores. Supostamente, o documento
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
foi elaborado por um pessoal técnico
daquele município e que sabe de todas
as artimanhas internas.
Contextualização
O Objectivo da descentralização é or-
ganizar a participação dos cidadãos
nas soluções dos problemas próprios
da sua comunidade, promover o de-
senvolvimento local, o aprofunda-
mento e a consolidação da democra-
cia, no quadro da unidade nacional
do Estado Moçambicano, a luz do
disposto pelo nº 1 do artigo 267 da
Constituição da República de Mo-
çambique revista pela Lei 1/2018 de
12 de Junho.
A descentralização compreende a
existência de autarquias locais a luz
do preceituado na alínea b) do artigo
268 da CRM descrita, anteriormen-
te.
Segundo o artigo 272 da Constituição
da República de Moçambique (CRM),
as autarquias locais estão sujeitas a
tutela administrativa do Estado, que
consiste na verificação da legalidade
dos actos administrativos e de nature-
za financeira.
“No âmbito da tutela administrativa,
nos municípios de classe Cidade D e
Vilas, a competência tutelar foi de-
legado a V. Excia ao abrigo do dis-
posto pelos nºs 1 e 3 do artigo 5 da
07
Lei 5/2019 de 31 de Maio e nos termos
regulamentar. Nesses termos, nós fun-
cionários autárquicos e munícipes em
geral, enviamos uma cópia da denúncia
feita ao GPCC – Sofala e solicitamos a
V. Excia para que se faça inquérito ou
sindicância ao Conselho Municipal da
Vila de Nhamatanda, pela gravidade na
sua actuação, pela não observância do
interesse público bem como de violação
dos preceitos constitucionais”, lê-se na
carta em anonimato feita a 5 de outubro
deste ano, dirigida ao GPCC e à secre-
tária de Estado em Sofala.
A faculdade dos cidadãos recorrer aos
tribunais contra actos que violem os
seus direitos e interesses reconhecidos
pela Constituição e pela Lei, encontra
a consagração expressa no artigo 70 da
revisão pontual da Constituição da Re-
pública de Moçambique, adiante CRM,
aprovada pela Lei nº 1/2018 de 12 de
Junho.
Outrossim, reza o artigo 79 da CRM
acima descrita que, “todos cidadãos têm
direito de apresentar petições, queixas e
reclamações perante autoridade compe-
tente para exigir o restabelecimento dos
seus direitos violados ou em defesa do
interesse geral”.
O Conselho Municipal da Vila de Nha-
matanda é um órgão do Estado e da Ad-
ministração pública e deve obediência
a Constituição, a Lei e actuar com res-
peito pelos princípios de Igualdade, da
 Sociedade
Imparcialidade, da Ética e da Justiça
(nº 2 do artigo 248 da CRM).
“Com vista ao resgate do prestí-
gio do Conselho Municipal da Vila
de Nhamatanda, tendo em conta as
constantes violações dos preceitos
constitucionais pelo edil da Vila de
Nhamatanda, António Charumar João
e seus comparsas, nomeadamente,
vereador de Administração e Desen-
volvimento Institucional, vereador de
Saneamento e Meio Ambiente, e ve-
reador de Construção de Urbanização
e Infra-estruturas, os funcionários e
munícipes em geral, em condições de
anonimato, vêem ao abrigo do dispos-
to pelos artigos 70 e 79 da CRM, con-
jugado pelo artigo 287 do Código do
Processo Penal (CPP) aprovado pela
Lei 25/2019 de 26 de Dezembro de-
nunciar contra estes, o que fazem nos
termos e fundamentos”.
A República de Moçambique é um
Estado independente, Soberano, De-
mocrático e de Justiça Social. No que
tange ao território, é o País indivisível
e inalienável. Respeita na sua organi-
zação e funcionamento, a autonomia
dos órgãos e das autarquias locais.
Alguns dos objectivos fundamentais
do Estado moçambicano são, a defesa
da independência e da soberania e a
consolidação da unidade nacional
Sobre o princípio de Universidade e
Igualdade, reza, o artigo 35 da CRM,
que todos os cidadãos são iguais pe-
rante a lei, gozam dos mesmos direi-
tos e estão sujeitos aos mesmos deve-
res, independentemente, da cor, raça,
sexo, origem étnica, lugar de nasci-
mento, religião, grau de instrução,
posição social, estado civil dos pais,
profissão ou opção política.
A Administração pública serve o inte-
resse público e na sua actuação respei-
ta os direitos e liberdades fundamen-
tais dos cidadãos. O acesso a função
púbica e a progressão nas carreiras
profissionais não podem ser preju-
dicados em razão da cor, raça, sexo,
religião, origem étnica ou social ou
opção político – partidária e obedece
estritamente os requisitos de mérito e
capacidade dos interessados.
Sobre a terra, o nº 2 do artigo 109 da
CRM, indica que “a terra não deve ser
vendida, ou por outra forma alienada,
nem hipotecada ou penhorada.
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Questões prévias
“Compete a V. Excias representar e
assegurar a defesa dos incapazes ao
abrigo do disposto pelo artigo 235 da
CRM, conjugada com a alínea c) do
artigo 4 da Lei Orgânica do Ministé-
rio Público, adiante LOMP, aprovada
pela Lei 4/2017 de 18 de Janeiro, nes-
ses termos, sob condição de anonima-
to, tornam-se incapazes os requeren-
tes apresentarem-se em tribunal. Com
isso, pede ao Ministério Público de
acordo com as vossas competências,
representa-los desde a instrução até
os trâmites subsequentes de forma a
garantir a defesa da independência, da
soberania e da unidade nacional”, lê-
-se na carta.
“Pesa contra o presidente do Conselho
Municipal da Vila de Nhamatanda e
seus comparsas, crimes de nepotismo,
peculato, venda de terra, pagamentos
indevidos dentre outros descritos nos
factos que se seguem, para o efeito
pede-se que sejam constituídos a ar-
guido os senhores: António Charu-
mar João – presidente do Conselho
Municipal da Vila de Nhamatanda;
Moisés Agostinho Inácio – vereador
de Administração e Desenvolvimen-
to Instituciona; Jacinta Jonasse João
Ginasso – chefe dos Recursos Huma-
nos; Lucas Zeca Calenga – vereador
de Saneamento e Meio Ambiente;
Sérgio Marage Sibanande – vereador
de Construção Urbanização e Infra-
-estruturas, e Micaela da Conceição
Carlos Arnança – chefe da UGEA e
Técnica de Urbanização”.
Ainda “pede-se ainda a nulidade dos
concursos lançados pela autarquia
através do Jornal Diário de Moçam-
bique, de 24 de maio do ano corrente,
bem como o contrato para a gestão
dos Balneários públicos cujos factos
estão descritos nos articulados que se-
guem”.
Conflitos de interesse na gestão de
Recursos Humanos
Pelo Despacho do presidente do
Conselho Municipal da Vila de Nha-
matanda do dia 10 de maio de 2021,
publicado pelo Jornal Diário de Mo-
çambique, do dia 24 do mesmo mês,
08
foi aberto o concurso público para o
ingresso ao Aparelho de Estado, para o
preenchimento de 43 vagas pelo perío-
do de 30 dias a contar a data da publi-
cação do anúncio, compreendendo no
todo, o seguinte: 2 Técnicos de Contas
(Contabilidade); 1 técnico de Constru-
ção Civil (técnico de obras); 1 Técnico
de Tecnologia de Informação e Comu-
nicação (TIC), 1 Técnico Médio (Admi-
nistrativo), 5 Auxiliares Administrati-
vos (Motoristas), 2 Agentes de Serviços
(Guarda), 1 Operário (cozinheiro) e 30
Auxiliares (Serventes).
O Concurso foi aberto a indivíduos com
idade igual ou superior a 18 anos, des-
de que preencham os requisitos para os
efeitos, pressupondo que foi um concur-
so público aberto a todos os cidadãos
moçambicanos.
Em momento algum, deu-se como van-
tagem no âmbito do concurso, que ser
natural da localidade de Nhampoca –
Tica, terra natal do presidente do Con-
selho Municipal, ser residente de Nha-
matanda ou ser familiar directo do edil
era prioridade.
Casos visíveis foram no período de rea-
lização de exames de admissão, onde
maior parte dos concorrentes residentes
na Vila de Nhamatanda traziam consigo
exames já resolvidos, incluindo a neta
Dogmar Horácio Vaz, filha da sua filha,
Inês António Charumar João, que para
confundir a opinião pública, esta foi
classificada e colocada na posição de
suplente nº 1 para gozar de prioridade
caso um dos apurados não se apresente
a tempo.
Outro facto visível é que cerca de 80 por
cento dos admitidos são filhos e fami-
liares directos dos dirigentes políticos
e influentes da Vila de Nhamatanda, o
que contraria a independência e a uni-
dade nacional garantidas, constitucio-
nalmente.
“Ao colocar a neta Dogmar Horácio
Vaz na posição de suplente nº 1 cons-
tante no nº 31 na lista de apuramento,
o edil tinha a consciência que estava a
agredir a Constituição, o Estatuto Geral
dos Funcionários e Agentes do Estado
e Normas de Funcionamento da Admi-
nistração Pública, pois percebeu que ia
despoletar um clima visível de nepotis-
mo, dai que não a colocou na lista pre-
liminar dos admitidos, para se justificar
por exemplo de que nem a neta ele con-
 Sociedade
seguiu colocar, então ai a transparên-
cia pois não quer se meter (falsidade
de crocodilo) ”, avançam os muníci-
pes.
“Assim esta (neta do edil), automati-
camente, passa à admitida pois duran-
te o processo de selecção dos candi-
datos, faleceu a Rosita Mário Chango
Pazora constantes na posição 21 da
lista de apuramento, afinal aqui o pre-
sidente do Conselho Municipal agiu
livre e, deliberadamente, consciente
que não podia o fazer, prejudicando
deste modo o interesse público que é o
único da administração pública”.
Lista de apuramento de dois técni-
cos contabilistas
Foi apurada para esta vaga, Nhamite
José António, uma agente que passara
pela autarquia no ano de 2019, filha
do malogrado José António, um em-
presário da praça e amigo pessoal do
edil antes de ascender ao cargo, esta
profissional de contabilidade, traba-
lhou na autarquia em regime de con-
tratada (sazonal) auferindo na altura
dos factos cinco mil meticais, enquan-
to aguardava a abertura do concurso
público de ingresso para o quadro da
autarquia, facto que acaba de se con-
cretizar.
A técnica descrita, anteriormente, tra-
balhou na autarquia de Nhamatanda,
sob vínculo laboral irregular, sendo
interrompida as funções em 2020, nos
termos do nº 1 do artigo 18 do EG-
FAE aprovado pela Lei 10/2017 de 1
de Agosto, pois a sua nomeação não
tinha respeitado o preceituado no nº 1
do artigo 10 do EGFAE.
Lista de apuramento de um técnico
de Obras Públicas
Foi apurado neste concurso Francisco
Caetano Tenente, este também, uma
pessoa próxima do edil e a realização
de exames foi apenas uma formali-
zação, pois a vaga já estava garanti-
da.
Ainda para esta vaga, fica na posição
de suplente nº 1, o vereador para a área
de Construção, Urbanização e Infra-
-estruturas do Conselho Municipal da
Vila de Nhamatanda, Sérgio Marage
Sibanande, nº 2 na lista de apuramen-
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
to, pois não tem ainda consigo o certi-
ficado de Técnico Médio Profissional
de Construção Civil, além de subme-
ter os seus documentos tardio (após os
30 dias do anúncio do concurso), não
realizou os exames, dai a dúvida da
classificação em 15 valores constante
na pauta, facto que implicaria a repro-
vação do candidato ao abrigo do nº 3
do artigo 5 do REGFAE, mas a autar-
quia limitou-se em coloca-lo no lugar
de suplente enquanto este legaliza a
sua situação de certificado e como o
concurso é vigente pelo período de 3
anos, este ainda pode admitir e nesta
altura o seu certificado profissional
poderá estar pronto.
Lista de apuramento de cinco mo-
toristas
Este concurso foi mais um fiasco, os
motoristas que foram apurados, para
além dos sobrinhos outros se encon-
tram a trabalhar na autarquia desde a
entrada do edil em 2019.
Mandela Buraizi João, filho do irmão
mais novo do edil de Nhamatanda,
motorista apurado em 4º lugar na lis-
ta; Chirumbana João Chirumbana,
motorista em exercício no Conselho
Municipal desde outubro de 2020,
sob contrato sem visto com o tribunal
Administrativo, conduzindo a viatura
da Agência Funerária Municipal, foi
apurado na lista em condições estra-
nhas - é natural de Nhampoca terra
natal do edil, segundo fontes, presu-
me-se ser familiar deste e que antes
trabalhava como motorista dos trac-
tores agrícolas do edil de Nhamatan-
da e há sinais de que este falsificou
documentos de identificação para a
redução da sua idade. “Convidamos
V. Excia para examinar os seus do-
cumentos incluindo alguns literários
para auferir a veracidade dos factos”,
chuta-se na carta.
Amade Gaspar Taibo, motorista do
carro protocolar do primeiro secre-
tário do Comité Distrital do Partido
FRELIMO em Nhamatanda, foi apu-
rado por influência do partido e do
edil, com a finalidade de conduzir o
carro do partido, sendo assalariado a
partir da autarquia, como tem sido ac-
tualmente, pago através de guias ca-
rimbadas em nome de funcionários da
09
autarquia. Também, David Pita David,
condutor do veículo pesado da marca
Tata da empresa Charumar Construções
e, actualmente, a Empresa que foi ad-
judicada a construção de salas de aulas
no bairro 4 de Outubro, ambos do pre-
sidente do Conselho Municipal. E Cris-
pim Carlos Amade, motorista da autar-
quia desde o quinquénio passado, sob
condição de sazonal, apurado como 1º
na lista dos classificado a motorista.
Em suma, todos os motoristas apurados
são pessoas influentes ao edil de Nha-
matanda, muitos deles familiares e co-
naturais, que estando este no poder vem
acomoda-los prejudicando a unidade
nacional que é o objectivo do Estado
moçambicano e o interesse público fim
da Administração pública.
Lista de apuramento de 30 auxilia-
res
Aqui, a fraude falou mais alta, pois
apesar de terem os guiões de correcção
consigo, muitos dos concorrentes não
sabem escrever, correctamente, incluin-
do a neta do edil descrita no articulado 4
e 6, mas, surpreende-se as notas do apu-
ramento constante nas pautas, algo que
despoleta cumplicidade por parte dos
membros do júri, não só, os candidatos
apurados muitos deles são familiares
dos dirigentes políticos e influentes da
autarquia, “o que exigimos a recorrerão
dos exames de admissão” lê-se na car-
ta.
Na lista dos apurados dos auxiliares,
consta no nº 3 o nome de Madalena
Tomás João Diogo, ex-secretária parti-
cular a qual foi destituída por vínculo
laboral irregular em setembro de 2010,
pela passagem da Inspecção Provincial
Administrativa após uma denúncia fei-
ta em 2020, mesmo assim continuou
a prestar serviços como cobradora até
abril do presente ano, facto que parou,
forçosamente, por causa da introdução
do sistema E-SISTAFE autárquico e
que tornou-se incompatível o paga-
mento por não ser funcionária, tendo
sido mandada aguardar pela abertura do
concurso.
Consta da lista dos apurados a auxi-
liares, Pedro João de Sousa – filho do
primeiro secretário da FRELIMO para
o Comité de Zona Autárquica; Juliana
Domingos Sozinho – filha de um fun-
 Sociedade
cionário do Comité Distrital da FRE-
LIMO; Jeremias Ifan Daunde - filho
do secretário da Mesa da Assembleia
Municipal; Samuel José Notice – ir-
mão do secretário de Departamento
de Organização, Mobilização e Pro-
pagandas do Comité da FRELIMO
para Zona Autárquica e funcionário
autárquico Notice José Francisco;
Otília Fernando João – Ex-cobradora
da autarquia e filha de uma membro
sénior do partido, influente e membro
da Comissão do mercado Nzeru (dona
Anita); Elijoia Alone Liquisso – ex
-cobradora da Autarquia e filha de in-
fluente autárquico (dona Emília); So-
fia Pedro Francisco – Ex-agente dos
Recursos Humanos da autarquia e fi-
lha do antigo membro da Assembleia
Municipal e secretária particular do
Administrador; Rosita Mário Chango
Pazora – ex-agente da autarquia (esta
que acabara por falecer durante o pro-
cesso de selecção); Flora Chissiua
Mandunda – filha de alto influente da
Vila de Nhamatanda; Rosa Farinha
António, filha do antigo primeiro se-
cretário do Comité Distrital do Par-
tido FRELIMO – Nhamatanda, este,
que proveu a candidatura do edil.
“Os nomes que constam na lista são
visíveis dos familiares de dirigentes,
não podendo mencionar o restante por
não termos provas suficientes para o
efeito, apesar de fortes indícios destes
estarem na mesma situação”.
Os membros do júri, Josefa Manuel
Socoche e Fernando Raul Vicente,
que desempenharam a função de vo-
gal, estão enquadrados nas carreiras
de técnico, daí que são incompatíveis
na classificação e selecção dos can-
didatos a vagas de técnicos de Con-
tabilidade, Obras Pública, Tecnologia
de Informação e Comunicação, bem
como as vagas de motoristas, contra-
riando o preceituado no nº 3 do arti-
go 4 do Regulamento de Concursos
de Carreiras de Regime Geral e Es-
pecial da Área comum do Aparelho
do Estado, aprovado pelo Diploma
Ministerial nº 61/2000 de 5 de Julho,
(o único que tivemos acesso e se não
estiver actualizado, que seja conside-
rado a luz do artigo 57 da CRM), a
qual dispõe que “os membros de júri,
não podem ser de categoria ou clas-
se inferior àquela que é aberto o con-
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
curso”, o que consubstancia nulidade
imediata à provimento nessas vagas,
a luz do disposto pelas alíneas d), e) e
k) do artigo 134 do EGFAE aprovado
pela Lei 10/2017 de 1 de Agosto.
Rosa Farinha António, auxiliar apu-
rada na posição 27 da lista de apura-
mento, é prima de Isabel Cufa Cara-
vina- presidente do júri do concurso,
pois o pai da candidata- Farinha Antó-
nio Valentim é irmão da mãe da presi-
dente do júri, facto que leva suspeição
a luz da alínea a), nº 1 do artigo 8 do
Regulamento de Concursos de Car-
reiras de Regime Geral e Especial da
Área comum do Aparelho do Estado
retro mencionado.
Esses factos não garantem o bom
nome da autarquia, como órgão do
Estado ao serviço da Administração
Pública obedece a Constituição, e a
Lei e actua com respeito pelos princí-
pios de Igualdade, da Imparcialidade,
da Ética e da Justiça (nº 2 do artigo
248 da CRM, conjugado com os ar-
tigos 4 a 15 das Normas de Funcio-
namento da Administração Pública
aprovado pelo Decreto 30/2001 de 15
de Outubro).
“Do direito que pretendemos resga-
tar”
O princípio fundamental de Adminis-
tração Pública e os seus funcionários
é servir o interesse público e actuar
em respeito aos direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos (nº 1 do
artigo 248 da CRM, conjugado com o
artigo 5 das Normas de Funcionamen-
to da Administração Publica aprovado
pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outu-
bro, bem como o nº 1 do artigo 5 do
EGFAE aprovado pela Lei 10/2017
de 1 de Agosto).
No que tange ao acesso a função pú-
blica, reza o nº 1 do artigo 250 da
CRM conjugado com o nº 2 do artigo
6 do EGFAE que, “o acesso à Fun-
ção Publica, a promoção, progressão
e mudança de carreira profissional
não podem ser prejudicados em razão
da cor, raça, sexo, deficiência física,
origem étnica, lugar de nascimento,
religião, grau de instrução, posição
social, estado civil dos pais, profissão,
opção política, opção política – par-
tidária, e obedecem estritamente aos
10
requisitos dos interessados”.
A constituição da relação de trabalho
entre o Estado e o Cidadão, é antecedi-
da de abertura de concurso e objecto de
regulamentação (artigos 3 e 4 do REG-
FAE aprovado pelo Decreto 5/2018 de
26 de Fevereiro).
Em relação aos princípios gerais aos
concursos públicos, Consagra o nº 6 do
artigo 2 do Regulamento de Concursos
de Carreiras de Regime Geral e Espe-
cial da Área comum do Aparelho do
Estado, aprovado pelo Diploma Minis-
terial nº 61/2000 de 5 de Julho, que, “no
processo de Recrutamento, Selecção,
Classificação ou graduação dos candi-
datos devem ser observados os princí-
pios de:
i. Liberdade de candidatura nos casos
do concurso do ingresso (alínea a) nº 6
do artigo 2 do regulamento);
ii. Objectividades no método e critério
de avaliação (alínea c) nº 6 do artigo 2
do regulamento);
iii. Garantia de condições e oportuni-
dades iguais para todos os candidatos
(alínea d) nº 6 do artigo 2 do regula-
mento);
iv. Neutralidade da composição do júri
(alínea e) nº 6 do artigo 2 do regulamen-
to);
v. Direito do Recurso (alínea f) nº 6 do
artigo 2 do regulamento) ”.
Nenhum desses princípios invocados
nos articulados anteriores, foram ob-
servados agredindo desta maneira a
independência nacional, a soberania, a
democracia e a justiça social previsto
no artigo 1 da CRM, bem como feriu
os objectivos fundamentais do Estado
moçambicano, garantidos, constitucio-
nalmente, a luz do preceituado nas alí-
neas a), b), c), e) e g) do artigo 11 da
CRM.
“Vós sois defensores do interesse pú-
blico e zeladores pela observância da
legalidade e fiscalizam o cumprimento
da Constituição da República, das leis e
demais normas legais (alínea b) e g) do
artigo 4 da Lei Orgânica do Ministério
Publico aprovado pela Lei 4/2017 de 18
de Janeiro). Com as violações cometi-
das pelo Conselho Municipal da Vila de
Nhamatanda, não há dúvidas que o ne-
potismo falou mais alto, dai que consta-
ta-se a grave lesão do interesse público
garantido, constitucionalmente”, ava-
lia-se a carta.
 Sociedade
“Como cidadãos/povo com exercício
à soberania, vimos pedir com muita
urgência antes da validação dos re-
sultados na publicação do Boletim da
República, a V. Excia para que nos
termos do disposto pelas alíneas d), e)
e k) do artigo 134 do EGFAE aprova-
do pela Lei 10/2017 de 1 de Agosto,
declarar nulo as pautas que recaem
sobre o concurso público lançado
pelo Conselho Municipal da Vila de
Nhamatanda de 24 de maio do ano
corrente, e de acordo com as vossas
competências ordenem:
i. A realizarão de inquéritos, e sindi-
câncias de forma a responsabilizar os
actos cometidos pelos dirigentes do
Conselho Municipal. (alínea u) do ar-
tigo 4 da Lei Orgânica do Ministério
Público aprovado pela Lei 4/2017 de
18 de Janeiro);
ii. A intimação do presidente do Con-
selho Municipal para se conformar
pela lei e que sejam requisitados os
membros do júri seus mandantes para
prestarem os devidos esclarecimentos
sobre o apuramento só dos candidatos
de familiares autárquicos bem como
a classificação de carreiras superiores
aos membros de júri (nº 1 do artigo 6
e o nº 1 do artigo 7 da Lei Orgânica do
Ministério Publico aprovado pela Lei
4/2017 de 18 de Janeiro);
iii. Ordenar a recorrecção dos exames
e avaliar as letras dos apurados;
iv. Que se considere as questões pré-
vias e se dar o devido prosseguimento
processual.
Venda de terras por parte do edil
e cumplicidade de funcionários au-
tárquicos
O edil é titular de um órgão de sobera-
nia (a autarquia), cujo dever é obede-
cer a Constituição, a Lei e actuar com
respeito pelos princípios de Igualdade
e Imparcialidade, da Ética e da Justiça
(nº 2 do artigo 248 da CRM).
Esse titular faltou com respeito a or-
dem constitucional ao vender uma
porção de terra para o GRUPO SHEL-
TON, no bairro 3 de Fevereiro, frente
ao seu próprio edifício, cujo objecto é
construção de uma bomba de combus-
tível, onde os pagamentos foram in-
cumbidos a técnica de Cadastro Mu-
nicipal-Micaela da Conceição Carlos
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
Arnança, por meio de um cheque pas-
sado por aquela empresa hoteleira na
qual Luís António Luís é titular.
Aquela porção encontra-se em redor
da zona habitacional do bairro 3 de
Fevereiro, contra todos os princípios
ambientais e não observância dos
preceitos previstos com necessárias
adaptações da alínea g) do artigo 8 da
Lei de Terras.
Esta prática do edil coadjuvada pela
técnica do Cadastro (Micaela) consti-
tui ofensa a Constituição da Repúbli-
ca de Moçambique, pois a rua que a
população usava para chegar às suas
residências foi usada como parte do
espaço para a construção da bomba
de combustível, ferindo assim nº 2 do
artigo 1 conjugado com a alínea b) e
h) do artigo 8, ambos da Lei das Au-
tarquias Locais aprovado pela Lei nº
6/2018 de 3 de Agosto.
Outrossim, o presidente do Conselho
Municipal autorizou a construção de
uma obra cujo objecto não podemos
descrever por insuficiência de infor-
mação, ao senhor Celso Pelembe, pro-
prietário da Eng-Pesquisas, no bairro
25 de Setembro, do lado Esquerdo da
Estrada Nacional Número Seis (EN6),
para quem sai da Beira, ao lado do
Complexo Mato Grosso.
Celso Pelembe, sendo amicíssimo
e irmão de igreja (Peniel) de Sér-
gio Marage Sibanande – vereador
de Construção, Urbanização e Infra-
-estruturas, na qual é pastor, pagou
taxas não correspondentes a área de
terra que ocupa 15.000 tendo sido
autorizado o Direito de Uso e Apro-
veitamento de Terra (DUAT) sem
o parecer técnico, e, para lograr os
seus intentos, o vereador se esquiva
da técnica de Cadastro e submeteu o
parecer ao funcionário Marcelino To-
mussene-auxiliar sem conhecimentos
Jornal Profundus e a nova pedreira da vila-sede de Nhamatanda
11
nem competências para o efeito. Esta
informação é notável no processo de
cadastro de Celso Pelembe, depositado
nos Serviços de Cadastro do Conselho
Municipal da Vila de Nhamatanda.
“São várias outras situações relaciona-
das com a venda de terra na autarquia
de Nhamatanda, perpetuadas pelo edil
coadjuvado por Sérgio Sibanande e Mi-
caela da Conceição Carlos Arnança, es-
tes sabem muito bem que agem contra
a Constituição da República, pois a ter-
ra é propriedade do Estado e não pode
ser vendida (nº 1 e 2 do artigo 109 da
CRM, conjugado com o artigo 3 da Lei
de Terras aprovado pela Lei 19/1997 de
1 de Outubro), agindo assim livre e de-
liberadamente prejudicando o interesse
público”.
Nova pedreira invade terras e destrói
infra-estruturas
O vereador de Construção, Urbanização
e Infra-estrutura, Sérgio Marage Siba-
nande é quem trata o caso da nova pe-
dreira que está a invadir outras terras de
dependência agrícola e destrói as insta-
lações do “Jornal Profundus” localiza-
das no 5º bairro-25 de Junho, vila-sede
de Nhamatanda. Desde março- início
da reclamação, o caso não é resolvido,
apenas promessas. Aliás, o edil tem
dito: “tratem esse assunto com o Sér-
gio Marage”, nestas ocasiões, o técnico
tem estado fora da edilidade, parece um
jogo bem combinado.
Repare que, a sexta-feira passada
(15.10), seria o dia de encontro depois
que a equipa técnica foi recomendada
a dar resposta sobre a pedreira, chega-
do o dia, o edil não compareceu, até 9h
também o vereador ainda não tinha en-
trado ao sector. Depois de uma ligação
de insistência telefónica dos jornalistas
do “Profundus”, o edil atendeu apenas
 Sociedade
para dizer: “estou doente”, e desligou
a chamada como se tivesse efectua-
do.
A terça-feira passada (12.10), dia em
que o edil ordenou a sua equipa de
técnicos a avançar com o trabalho do
campo a apresentar na sexta-feira so-
bre danos provocados pela pedreira, o
chefe do Gabinete da presidência so-
licitou todos os contactos do “Profun-
dus” garantindo que qualquer passo
subsequente daria informação aos jor-
nalistas, afinal foi mais um elemento a
continuar com as mentiras. Ora, uma
semana depois (20.10), Ido Feijão já
preparava-se com o seu presidente
para uma reunião com toda a popu-
lação que reclama da mina naquele
bairro de expansão.
O “Profundus” quis marcar audiên-
cia para falar com o edil, até porque
queria ouvi-lo sobre a recente acusa-
ção. Para a sua surpresa, Feijão dis-
se “tínhamos encontro hoje as 14h
[quarta-feira] com a população sobre
a pedreira, adiamos, para uma data a
anunciar. Já o edil espera uma visita
de académicos, pelo que não pode
atender a ninguém”. Daqui começa a
inquietação.
“O senhor garantiu comunicar-nos
sobre os passos subsequentes do as-
sunto da pedreira, nós como lesados,
como saberíamos do encontro de hoje,
se nenhum de vocês comunicou? En-
quanto o “Profundus” questionava,
outros lesados também questionavam
a falta de informação, o que deixou
Feijão sem argumento lógico. A ver-
dade é que poucos foram informados
sobre a sentada. É como um jogo em
que poucos adeptos devem participar.
Enquanto isso, o secretário do bairro
e seus subordinados já estiveram no
local do encontro, aguardando pela
chegada da chefia.
O “Profundus” depois de ter a resposta
do município, foi ter com os represen-
tantes da zona para perceber a forma
como comunicarem alguns lesados e
residentes. “Um dos subsecretários
reconheceu ser a responsabilidade
do Município resolver o problema. E
nós convidamos a quem fomos orde-
nados. Como secretários recebemos
acusações da população. O responsá-
vel da pedreira José Maria diz estar-
mos a abusar-lhe quando telefonamos
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
sobre as preocupações da população,
e a edilidade nada faz”.
À essa questão, não se sabe ao certo
quando será realizada a reunião, mas
depois que a equipa do “Profundus”
ouviu o edil a combinar ao telefone
com o português José Maria sobre a
disponibilidade das duas partes, sus-
peita-se que seja na segunda semana
de novembro próximo.
Por um erro técnico, a rua que dá
acesso às instalações do “Profundus”
está fechada. Embora o edil reconhe-
ça o impedimento e a destruição do
Jornal, não há solução a vista para a
empresa de jovens sem incentivo do
Governo local.
Mesmo depois do “Profundus” lega-
lizar e construir as suas instalações,
ainda não tem o DUAT-documento
que lhe dá o direito de uso de terra. O
documento leva, provavelmente, um
mês para entrega ao munícipe. Sérgio
Sibanande quem recebeu os docu-
mentos disse ter os perdido depois de
11 meses de insistência dos jornalistas
do órgão. Os comunicadores fizeram
a questão de entregar novos documen-
tos na mesma semana de setembro que
disse ter perdido, até hoje, a vereação
irresponsável ainda não atribuiu o ofí-
cio, mesmo depois do pagamento de
taxas exigidas. Uma prática que con-
corre para a fragilidade do Município
de Nhamatanda.
Contratos indevidos para o uso da
coisa pública
O Conselho Municipal da Vila de
Nhamatanda através da Administra-
ção de Infra-estruturas de Abasteci-
mento de Água e Saneamento (AIAS)
com a implementação do Programa
PO35, beneficiou em 2020 da Cons-
trução de dois balneários públicos
modernos de raiz nos mercados Nzeru
e Chissavo.
No âmbito da gestão delegada, o
AIAS entregou ao Conselho Munici-
pal os balneários e este para adjudicar
gestores para as infra-estruturas públi-
cas de forma a servir os utentes.
O processo de selecção não se difere
do que se referenciou nos articulados
anteriores, visto que não se observou
princípios de Legalidade, de Impar-
cialidade, Transparência, Colabora-
12
ção e de Publicidade, para que os inte-
ressados manifestassem o interesse.
“Sobre o princípio de Legalidade, não
houve obediência a lei no processo de
selecção, pois não se publicou anúncio
algum para que os interessados exerces-
sem o seu direito. Não houve imparcia-
lidade, pois no mercado Nzeru foi adju-
dicada a sobrinha do edil e no Chissavo
à namorada do vereador de Saneamen-
to-Lucas Zeca Calenga). As identida-
des, V. Excia podem auferir bem como
as formalidades de concessão destes
bens públicos no âmbito da sindicância
do processo”.
Não considerou-se o princípio de Cola-
boração, pois os balneários foram insta-
lados nos mercados, dai que a Comissão
do mercado iria propor a quem convier
ou mesmo apenas fazer parte do jurado
para a selecção dos candidatos a gestão
daqueles bens públicos.
Não vislumbra a Igualdade, pois para
começar, os tais gestores apurados não
observaram requisitos para o efeito, es-
tando a agredir os princípios vigentes
nos artigos 4 a 14 das Normas do Fun-
cionamento da Administração Pública
aprovadas pelo Decreto 20/2001 de 15
de Outubro, ademais os comportamen-
tos destes titulares são estranhos aten-
tatórios ao prestígio da Administração
pública.
“No mês de setembro do ano corrente,
esses gestores apurados beneficiaram
de formação por parte da Administra-
ção de Infra-estruturas de Água e Sa-
neamento, na cidade de Urongue em
Tete, ainda centro de Moçambique,
para o início das suas funções, mas nós,
cidadãos desta vila, pedimos que seja
anulado estes contratos por não se ob-
servar o serviço de interesse público,
privilegiando seus afins, pois estamos
perante um Estado de Direito”.
Pagamentos ilícitos
No passado recente, agosto de 2020 por
meio das redes sociais e alguns jornais
da praça, denunciaram as situações de
pagamentos ilícitos que até a data não
sabemos o seu desfecho, com relação
a isso temos as situações que acusam
o pagamento a 25 por cento de subsí-
dio de chefia aos chefes de secção para
admissão de um suposto jurista e paga-
mentos de guias de marcha a pessoas
 Sociedade
estranhas.
Falou-se dos funcionários abaixo des-
critos, cuja sua base da função não era
superior a base do salário, não sen-
do legível para o efeito o pagamento
de gratificação de chefia na altura de
factos (dezembro de 2019 a setembro
de 2020) de acordo com o nº 1 do ar-
tigo 30 do Decreto 5/2018 de 26 de
Fevereiro que aprova o REGFAE,
facto que só foi possível travar pela
passagem da Inspecção Administra-
tiva Provincial. Eis os funcionários:
Jacinta Jonasse João Ginasso-técni-
ca Administrativa classe C-7.540;
chefe de secção de Recursos Huma-
nos-8.751; Maria Chirassua-técnica
Administrativa Classe C-7.540; chefe
de secção de Controlo Interno (Ins-
pecção Municipal) - 8.751; vicente de
Alcides Consol Vieira -técnico Ad-
ministrativo Classe C-7.540; chefe de
secção de Património-8.751,00; Ma-
ria Nobre Soeir-técnica Profissional
Classe C-8.634; chefe de secção de
Contabilidade-8.751,00; Kenet Mário
Chimoio-técnico Profissional Classe
C-8.634; chefe de secção de Activi-
dades Económico Local-8.751meti-
cais.
“Esse acto aconteceu de forma pre-
meditada pelo vereador de Adminis-
tração e Desenvolvimento Institu-
cional, Moisés Agostinho Inácio em
coordenação com a chefe de secção
de Recursos Humanos- Jacinta Jonas-
se João Ginasso, que mesmo sabendo
que estavam a fazer contra a Lei, os
fizeram e fazem de forma livre e deli-
berada para lograr os seus intentos, ao
utilizar o poder conferido pela função
e a influência dele derivado para ob-
ter vantagens pessoais, proporcionar
favores ou benefícios indevidos a ter-
ceiros o que contradiz com a alínea h),
n° 2 do artigo 45 da Lei 10/2017 de 1
de Agosto que aprova o EGFAE”.
“Desta forma, o vereador de Admi-
nistração e Desenvolvimento Institu-
cional e a chefe de Recursos Huma-
nos agiram em conflitos com a Lei,
constituindo a Gravidade da Infracção
prevista na alínea d), nº 1 do artigo
100 do EGFAE, causando desta for-
ma prejuízos ao Estado e a economia
nacional. Estas barbaridades aconte-
cem sobre olhar atento do edil, aliais,
agem de acordo com as ordens de ins-
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
trução deste”.
O outro facto que procura saber é em
relação ao suposto jurista que traba-
lhou sob vínculo laboral irregular de
fevereiro de 2019 a setembro de 2020,
facto que foi forçado a parar pela ac-
tividade Inspectiva que decorreu em
setembro de 2020. “Celestino da Silva
Paiva, cujo seu contrato feria com os
princípios básicos dos Estatutos, pois
não observava o disposto no nº 1 do
artigo 10 do EGFAE, e nem dispunha
do Certificado de Licenciatura em Di-
reito, facto que foi forçado a parar por
nulidade do contrato a luz do nº 3 do
artigo 10 do EGFAE, pois recebia, ili-
citamente, dinheiros públicos”.
“Pedimos que estes senhores, devol-
vam os fundos que ganharam de for-
ma fraudulenta, pois é de lei e encon-
tra a consagração expressa no nº 4 do
artigo 10 e 3 do artigo 18 ambos do
EGFAE, que aquele que der provi-
mento contrário a lei incorre a respon-
sabilidade disciplinar, sem prejuízos
do procedimento criminal se ao caso
couber bem como direito do regresso
contra o funcionário que deu o provi-
mento. Que sejam responsabilizados,
disciplinarmente, e criminalmente, e
que haja direito de regresso à Jacinta
Jonasse João Ginasso – chefe de Re-
cursos Humanos, Moisés Agostinho
Inácio -vereador de Administração e
Desenvolvimento Institucional bem
como o edil-António Charumar João,
por dar lugar a provimento contrário a
lei ao Celestino da Silva Paiva a luz nº
4 do artigo do EGFAE”.
Ainda na primeira denuncia em 2020,
denunciadores disseram que a edilida-
de está sendo gerida por alguns “in-
competentes”, a partir do próprio edil
de Nhamatanda, para além de que o
Estado está a gastar fundos públicos
pagando salários a funcionários con-
siderados “fantasmas”, que não pos-
suem nenhum vinculo contratual por
falta do visto do Tribunal Administra-
tivo.
A mesma denúncia indica ainda que,
naquela instituição, existe uma fun-
cionária com nível superior e formada
na área de Recursos Humanos, mas
que nunca lhe foi dada a oportunida-
de de trabalhar na sua própria área de
formação, e outros técnicos da Au-
tarquia, formados em Administração
13
Pública, que nunca exerceram nenhuma
actividade laboral nas suas área de for-
mação.
Uma semana depois da inspecção da
Direcção Provincial das Finanças ter
fiscalizado os trabalhos ao nível do
Conselho Municipal de Nhamatanda, o
edil decidiu desencadear uma acção de
vingança contra funcionários, suposta-
mente, inocentes nas acções de denún-
cias.
Trata-se de funcionários que são tidos
pela edilidade como aqueles que com-
participaram ou forneceram informa-
ções na elaboração do documento que
denuncia o edil nas práticas ilícitas,
com o destaque para os funcionários
que respondem pelos nomes de Vicente
de Alcides Vieira que desempenhava as
funções de chefe do património na ve-
reação de Finanças e Património para
Vereação de Assuntos Sociais – Casa
Mortuária, e para este lugar foi indicado
o Lavo Ganizane que é o primeiro se-
cretário do Ciclo do Conselho Munici-
pal; igualmente, foi ainda movimentado
o funcionário Nhama que desempenha-
va as suas funções na área dos Recursos
Humanos para Vereação de Desenvol-
vimento Económico Local – Mercados
(cobrador); o funcionário Manuel To-
mossene de Assuntos Sociais para Se-
cretaria Municipal.
Em repúdio a este comportamento de-
monstrado pelo edil, alguns funcioná-
rios transferidos compulsivamente das
suas vereações, denunciaram também
alegados desvios de computadores ad-
quiridos no ano de 2014, ano da Implan-
tação da autarquia, que são tidos como
desaparecidos no ano passado de 2019,
logo após o apoio concedido pela Coo-
peração Alemã GIZ, bem como a Sabo-
tagem das secretárias (mesas).
Os denunciantes acusam ainda a edili-
dade de ter desviado os referidos com-
putadores a favor de alguns vereadores
e alguns técnicos que usam estes meios
nas suas casas para trabalhos pessoais,
apontando no concreto, um computador
portátil da vereação de construção que
desapareceu na instituição, estando nes-
te momento com um funcionário ligado
ao vereador de saneamento. Os funcio-
nários dizem ainda que o computador
portátil que desapareceu junto de uma
funcionária sénior da mesma vereação,
pertencente a vereação das finanças e, é
 Sociedade
usado pelos filhos de uma funcionária
tida como “intocável” na Autarquia,
incluindo ainda de um outro compu-
tador desaparecido no sector dos As-
suntos Sociais.
Segundo contam, para além desses
meios portáteis, existem ainda outros
computadores de mesa que desapa-
receram sob olhar sereno e impávido
dos responsáveis do sector das Finan-
ças e da titular da pasta do patrimó-
nio.
Ainda sobre pagamentos indevidos,
denunciou-se sobre o pagamento
de guias de marcha ao Bento Conde
Zeca, o primeiro-secretário do Comi-
té Distrital do Partido FRELIMO de
Nhamatanda, que se beneficiou de
várias viagens em nome da autarquia
sendo pago guias.
Existe na autarquia uma pedreira per-
tencente a empresa Transporte Carlos
Bie, esta empresa assim como outras
tem por obrigação o pagamento de
taxa anual por actividade económica,
e, para ocaso em concreto de acordo
com a tabela de taxas em vigor o va-
lor corresponde a um milhão de me-
ticais.
Sucede que a empresa (Transporte
Carlos Bie) não cumpriu as suas obri-
gações no ano de 2019 e que segundo
algumas informações do Sector das
Actividades económicas do Conselho
Autárquico, revelam que a edilidade
entrou em acordo com a empresa para
que do valor devido a Autarquia pelo
cumprimento das suas obrigações fos-
sem canalizados a abertura de ruas nos
bairros da expansão Municipal.
Não só, o edil de Nhamatanda devia
valores avultados a essa empresa, por
esta conceder solos a Empresa Charu-
mar Construções propriedade do edil,
António Charumar João, no âmbito
da construção da Estrada que liga a
Vila de Nhamatanda a localidade de
Metuchira Pita no contrato que este
tivera com o Governo do distrito e
Administração Nacional de Estradas
(ANE).
Como é sabido que o edil não con-
cluiu a tal estrada e por sinal vira a ser
penhorado a garantia bancária de exe-
cução bem como alguns dos seus bens
com destaque a sua viatura, camião da
marca Tata pelo Tribunal Provincial
de Sofala – secção Comercial havido
por acções remetidas aquela instância
judicial.
Desta forma, como a pedreira do Car-
los Bie, se encontra na autarquia e em
Junho de 2020, a empresa Transporte
Carlos Bie, proprietária da dedreira
sito no Bairro 25 de Junho, contratou
a Empresa GODIBA para abertura de
Ruas na Zona de expansão dos bairros
3 de Fevereiro e Filipe Samuel Ma-
gaia ambos do extinto 3º bairro.
“Neste processo, para a maior admi-
ração, era afinal um teatro que visava
delapidar fundos da autarquia, com
justificação a actividades de abertu-
ra de ruas. Vejamos que a Autarquia
suportava despesas de alojamento e
alimentação do operador da moto ni-
veladora no Complexo Africaníssimo
(vulgo Sassarico) e arcava ainda com
despesas de combustível correspon-
dente a 150 litros a cada abastecimen-
to”.
“As perguntas que não se podem ca-
lar! Se a Empresa Transporte Carlos
Bie, contratou a Empresa GODIBA
para abertura de vias na Zona de Ex-
pansão, porque que o Conselho Muni-
cipal tinha que pagar o Combustível e
pagamento de despesas de alojamento
e alimentação do operador? Onde es-
tão os um milhão de meticais que a
Empresa Carlos Bie tinha que pagar a
autarquia por taxa de actividades eco-
nómicas? Onde foram aplicados os
fundos de responsabilidade social que
a empresa Carlos Bie tinha para com
a comunidade do bairro 25 de Junho
pela Construção da Ponte sobre o rio
Nhamatanda? Conclui-se aqui, um es-
quema de retirada de fundos públicos
para fins alheios”.
“Vejamos ainda, que no período em
que eram aberto as ruas na Zona de
Expansão pela GODIBA, contrata-
do pela Carlos Bie, coincidiu com o
contrato de manutenção de vias de
Mercado grossista Nzeru, vila-sede de Nhamatanda
14
acesso cuja adjudicada a uma empresa
de construção denominada Magande
Construções”.
A autarquia de Nhamatanda recebeu da
GAPI – Sociedade de Investimentos,
uma quantia de 250.000 meticais para
a recuperação do mercado de Peixe e
Carne cito no bairro Josina Machel den-
tro do mercado Nzeru na Vila sede de
Nhamatanda, este valor visava a sua co-
bertura e pintura.
Como o vício de corrupção paira sobre
os dirigentes da autarquia, esses não
aplicaram devidamente o valor doado
pela aquela instituição de micro finan-
ças com representação na autarquia de
Nhamatanda.
“Esses usaram os 250.000 para a com-
pra insignificantes de chapas, não se
pintou como o acordado e até a data
não conseguiram justificar a instituição
financiadora os valores de como gasta-
ram e como gastaram, visitem o merca-
do Nzeru para efeitos de acarrearão”,
desafia.
Ilicitude na contratação de empreita-
das
No passado recente (2020), houve de-
núncias dos actos macabros relacio-
nados com a contratação de empresas
Tabonga Construções e Npezanhota
Construções, dentre elas, se destacava
mais a Tabonga Construções, constituí-
da em 2020, pela Verónica Domingos,
Secretária Distrital da Organização da
Mulher Moçambicana (OMM) – Nha-
matanda, para delapidar fundos da au-
tarquia em troca do trabalho político
árduo que essa fez para a eleição do
António Charumar João.
Só para perceberem, essa empresa foi
constituído em 2020 a sua primeira ex-
periencia foi exactamente a construção
de valas de drenagem na autarquia, ha-
vendo no contrato várias adendas, com
 Sociedade
objectivo único de delapidação dos
dinheiros dos Munícipes.
Esta prática é coadjuvada pelo ve-
reador de Saneamento (Lucas Zeca
Calenga) que na altura das eleições
internas para eleição do edil, exerceu
as funções de Secretário para Organi-
zação, Mobilização e Propagandas na
Zona Autárquica, possuindo poderes
no entanto para escolha do candida-
to.
Nesses termos, findo as eleições, foi
colocado como vereador de Sanea-
mento, dai a existência da Tabonga
Construções, cuja titularidade per-
tence a secretária Distrital da OMM
– Verónica Domingos.
Denunciamos ainda a Empresa Mpe-
zanhota Construções, que teve um
contrato para a execução de sete furos
de abastecimento de água, e só efec-
tuou seis, não só, esta empresa denun-
ciamos que pertencia ao próprio edil,
sob gestão do seu primo, onde em co-
nexão com o vereador de saneamento
e a chefe de UGEA, usam dela para
retirada de dinheiros da autarquia, por
isso é a única que executa assuntos re-
lacionados com água.
Exemplo disso, no mês de junho, a
autarquia inaugurou um pequeno Sis-
tema de abastecimento de água no
bairro 3 de Fevereiro, com financia-
mento da Found Galego através da
Associação Nacional dos Municípios
de Moçambique, sistema esse que só
existe para o inglês ver, pois o furo
de água já existia, os depósitos de
água já existiam há mais de um ano,
o financiamento apenas serviu para a
execução da estrutura de suporte dos
depósitos e a colocação da bomba de
água.
Esta prática é um assalto a Economia
da Autarquia, visto que para além do
interesse público, beneficia, direc-
tamente, ao presidente do Conselho
municipal e seus comparsas.
Veja que, o tal sistema funciona, de-
feituosamente, pois o empreiteiro
para além da bomba subversiva pre-
vista para o local, colocou uma peque-
na electrobomba (para esclarecimento
vão até ao local dos factos), e a po-
pulação continua sofrendo por falta
daquele líquido precioso.
Ainda mais, a autarquia nos dias 3 a 9
de junho do ano corrente, após a en-
trega da obra pela empreitada, o Lucas
Zecas Calenga usou fundos da autar-
quia para compra da rede malhassol,
tubos metálicos, cimento e mão-de-
-obra do pedreiro, para a vedação do
pequeno sistema em alusão, enquanto
esta actividade estava no pacote do
empreiteiro.
A mesma Npesanhota foi abjudicada
com os mesmos fundos a construção
do pequeno Sistema do Centro de
Saúde de Mapulanhanga, sito no bair-
ro 1 de Junho na vila de Nhamatanda,
no entanto os procedimentos foram os
mesmos, já havia o furo de água, por
sinal feito pelo empreiteiro num outro
contrato, já existia também o depósito
de água, ai o empreiteiro apenas exe-
cutou a estrutura de o fornecimento da
bomba, sendo mais um assalto a eco-
nomia.
O “Profundus” confrontou as infor-
mações sobre as listas e observou
que os dados constituem a verdade,
pois ainda são acessíveis na parede
do Município, local onde estão cola-
das. Relativamente, à lista de técnico
de Obras Públicas, na qual segundo a
denúncia, o vereador de Construção,
Urbanização e Infra-estrutura, Sérgio
Sibanande é o suplente número 1, en-
quanto prepara o certificado de habi-
litações, como táctica para ingressar
depois, o “Profundus” constatou que
não consta o nome deste técnico que
já trabalha há mais de um ano no Mu-
nicípio.
Se não consta o nome do vereador
não significa que não tenha sido alte-
rada a informação. Aliás, até porque,
a lista foi publicada e assinada a 11
deste mês, enquanto a denúncia existe
desde 5, diferença de seis dias para a
fixação dos resultados, no entanto, um
15
tempo suficiente para alterar ou seja se
é a favor da manobra, houve tempo su-
ficiente para tirar o nome do vereador
por causa da denúncia, para publicar-se
a informação, aparentemente, definiti-
va.
Repare que os detalhes da denúncia
mostram que quem a elaborou é um
grupo de profissionais com acesso aos
conteúdos antes da publicação.
Numa insistência de pedido de entre-
vista do “Profundus”, ao presidente do
Conselho Municipal da Vila de Nhama-
tanda, António Charumar João, sobre a
carta que o acusa e seus vereadores, este
disse: não posso falar, são pessoas que
querem me sujar”.
Contudo, teme-se que como fez em
2020, de novo o edil venha a movi-
mentar, internamente, os funcionários
depois da denúncia deste ano ou até
“expulsão”.
“A existência das autarquias locais visa
a prossecução do interesse público, po-
rém vem-se várias transgressões come-
tidas por este órgão desde os primórdios
do presente exercício em fevereiro de
2019, onde o edil e um grupo de verea-
dores e técnicos assaltam a independên-
cia do país e a soberania, contrariando
a unidade nacional que é um dos ob-
jectivos fundamentais do Estado mo-
çambicano. Nestes termos pelos factos
descritos nos articulados anteriores e do
direito aplicável, pedimos que V. Excia
nos represente como incapazes de nos
pronunciar, instaurando desde já um
processo-crime contra os autores das
barbaridades constituindo-os desde já
a arguidos. Queremos o resgate da boa
imagem da nossa autarquia”, concluem
os munícipes com uma esperança do
problema ser solucionado por quem é
de competência.
 Política
Parque Nacional da Gorongosa apresenta novos
dirigentes
T
rata-se de Ângelo Levi
e Aurora Malene Psico,
novos directores de Con-
servação e de Relações
Governamentais e com Parceiros,
no Parque Nacional da Gorongosa
(PNG).
Ângelo Levi possui um Mestrado em
Desenvolvimento Económico Local e
Regional, é licenciado em Agronomia
e tem mais de 22 anos de experiên-
cia nos sectores privado, não-gover-
namental e fundações. Implementou
actividades financiadas pela USAID,
USDA, União Europeia, Noruega, Ir-
landa, DFID, Cooperação Suíça, Ho-
landa, Suécia (entre outros) em ges-
tão sustentável de recursos naturais,
cadeia de valor do caju e desenvolvi-
mento institucional.
De 2006 a 2014, Ângelo trabalhou
como Consultor da KPMG-Audito-
res e Consultores em Cabo Delgado,
contribuindo para o desenvolvimento
Directora de Relações Governamentais e com Parceiros, no
PNG
GirlMove distinguida pela UNESCO
A Girl Move Academy, uma orga-
nização portuguesa que no terreno
actua exclusivamente em Moçambi-
que, acaba de ser distinguida com
um Prémio da UNESCO - para a
Educação de Raparigas e Mulheres
2021, um galardão que reconhece o
valor e o trabalho desenvolvido no
no país.
O prémio UNESCO reconhece, in-
ternacionalmente, a metodologia da
Girl MOVE como inovadora e eficaz,
que através de círculos de mentoria
interrelacionais potenciam o talento
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
das comunidades locais, rurais e urba-
nas.
De 2014 a 2017, trabalhou com a
Fundação Aga Khan no sector do
caju. Desde janeiro de 2018, faz parte
do Projecto da Gorongosa, desempe-
nhando várias funções, nomeadamen-
te, director de Desenvolvimento Sus-
tentável e responsável pela ligação
entre o PNG e os Governos da provín-
cia e dos distritos de Sofala. Nesta po-
sição, tem liderado a criação de Áreas
de Conservação Comunitária.
As áreas de conservação fornecem às
comunidades tradicionais a posse da
terra e, ao mesmo tempo, criam cor-
redores para a fauna bravia e a biodi-
versidade e, facilitam parcerias que
contribuem para o desenvolvimento
socioeconómico das comunidades.
Na sua nova função como director
do Departamento de Conservação,
Ângelo Levi é responsável por super-
visionar o programa de fiscalização
do PNG, conforme permitido pelos
regulamentos daquela conservadora,
leis de Moçambique e padrões inter-
nacionais relevantes. Isto é, alcançado
por fiscais, rigorosamente, seleccio-
nados, bem treinados, devidamente,
equipados e bem geridos, operando
em, aproximadamente, 13.600 quiló-
metros quadrados de área protegida.
Já Aurora Malene Psico possui um
mestrado em Finanças de Desenvol-
e liderança feminina. Um movimento
transformador que junta jovens mu-
lheres de diferentes idades e em dis-
tintas fases de desenvolvimento para
se inspirarem, apoiarem e transforma-
rem, mutuamente.
A Girl MOVE procura, assim, ampli-
ficar o talento feminino, promovendo
uma nova geração de jovens mulheres
líderes e agentes de mudança a gerar
transformação sustentável. O objecti-
vo desta Academia de Liderança é al-
terar o contexto social existente com a
criação de novos modelos de referên-
16
vimento pela Universidade de Ste-
llenbosch - Cidade do Cabo, África do
Sul e é licenciada em Administração
e Gestão de Empresas pela Universi-
dade Politécnica - Maputo, Moçambi-
que. Também obteve certificados em
Gestão de Projectos pela Universida-
de da Cidade do Cabo e em Mindful-
ness pela "Escola Transpessoal" de
Portugal.
Psico tem mais de 30 anos de ex-
periência de trabalho nos sectores
bancário e financeiro de desenvolvi-
mento. Isto inclui tempo nos sectores
privado e governamental, tanto nacio-
nal quanto internacional.
Aurora é cofundadora do projecto de
desenvolvimento infantil “Kids-Kru-
ppa” e é uma activista social em de-
fesa dos direitos e empoderamento
das raparigas. Também é membro do
“TheBoardroom Africa”. E é apaixo-
nada por pessoas, natureza e livros.
Director de Conservação, Ângelo Levi, no PNG
cia e desta forma contribuir para uma
sociedade mais equitativa e com mais
oportunidades para as mulheres.
Para Alexandra Machado, CEO e co-
-fundadora da Girl MOVE, “a atribui-
ção do Prémio da UNESCO é o reco-
nhecimento que estamos a trabalhar
no caminho certo, criando impacto e
transformação real na sociedade. Ac-
tivar o talento e a liderança desta nova
geração tornam-nos parte de uma mis-
são maior de transformar Moçambi-
que, África e a humanidade num lugar
melhor e mais sustentável.”

Grupos armados “fora de combate” diz
Frelimo
O
partido no
poder em Mo-
çambique, a
FRELIMO,
considera que os grupos
armados que actuam em
Cabo Delgado “estão a ser
postos fora de combate”.
Partido saudou ainda a
presença de militares es-
trangeiros na região norte
de Moçambique.
“Graças à coragem, ao co-
metimento e à visão do Pre-
sidente Filipe Jacinto Nyu-
si, os terroristas estão a ser
postos fora de combate e a
situação de segurança tende
a melhorar de forma pro-
gressiva”, afirmou o chefe
da bancada da Frente de
Libertação de Moçambique
(FRELIMO) na Assembleia
da República, na quarta-fei-
ra (20.10). Sérgio Pantie fa-
lava no discurso inaugural
da IV sessão ordinária da
IX legislatura da Assem-
bleia da República.
O líder da bancada do parti-
do no poder saudou as For-
ças de Defesa e Segurança
(FDS), a missão militar da
Comunidade de Desenvol-
vimento da África Austral
(SADC, sigla inglesa) e
o contingente militar do
Ruanda pela restauração
gradual da segurança em
Cabo Delgado.
“Contrariamente, a algu-
mas vozes da nossa política
e da sociedade civil, insen-
síveis à dor e ao sofrimento
do nosso povo, a bancada
parlamentar da FRELIMO
saúda, encoraja e revê-se
na decisão do Governo de
Moçambique de acolher a
vinda das tropas da SADC
e do Ruanda, numa altura
em que as acções dos terro-
ristas estavam a recrudescer
contra as populações inde-
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
Política
fesas”, declarou.
Grupos não estão totalmen-
te neutralizados
Sérgio Pantie felicitou a
SADC por ter decidido alar-
gar a sua missão militar em
Cabo Delgado, assinalando
que a acção dos grupos ar-
mados ainda não está total-
mente neutralizada.
“Temos noção de que ain-
da não é o momento para
cantar vitória, mas temos
a certeza de que a vitória
contra os bandidos e ter-
roristas é certa”, enfatizou
Pantie.
Apesar da melhoria da se-
gurança em Cabo Delgado,
prosseguiu, a população
vítima da violência armada
continua a precisar de assis-
tência humanitária, devido
à barbaridade e sofrimento
a que foi sujeita em mais de
quatro anos de actuação dos
grupos armados.
“Juntemos aquilo que pu-
dermos, quer individual-
mente, quer colectivamen-
te, através das confissões
religiosas e outras orga-
nizações. Juntos fazemos
a diferença e somos mais
fortes”, realçou o chefe da
bancada parlamentar da
FRELIMO.
Sérgio Pantie apelou aos jo-
vens atraídos pelos grupos
armados para voltarem à
vida normal, abandonando
o caminho da violência
“O povo moçambicano es-
pera que aproveitem esta
17
oportunidade para se re-
generarem. Agarrem-se à
clemência que o povo mo-
çambicano está a conceder-
-vos”, afirmou Pantie.
Pantie assinalou que as ses-
sões plenárias do parlamen-
to são retomadas numa con-
juntura marcada pela luta
contra a pandemia de Co-
vid-19, contexto que impõe
a manutenção da vigilância
contra a doença.
“Por tudo que vivemos e
atravessamos nesta fase,
ficou a lição sobre a neces-
sidade de tomada de cons-
ciência colectiva em rela-
ção à gravidade da doença,
sobretudo, pelas conse-
quências que daí advém
quando não observados os
cuidados necessários”, res-
salvou Sérgio Pantie.
A província de Cabo Del-
gado é rica em gás natural
e aterrorizada desde 05 de
outubro de 2017 por rebel-
des armados, sendo alguns
ataques reclamados pelo
grupo extremista Estado Is-
lâmico.
O conflito já provocou mais
de 3.100 mortes, segundo o
projecto de registo de con-
flitos ACLED, e mais de
817 mil deslocados, segun-
do as autoridades moçam-
bicanas.
Desde julho, uma ofensiva
das tropas governamentais
com o apoio do Ruanda a
que se juntou depois a Co-
munidade de Desenvolvi-
mento da África Austral
(SADC) permitiu aumentar
a segurança, recuperando
várias zonas onde havia
presença de rebeldes, prin-
cipalmente, a vila de Mo-
címboa da Praia, que estava
ocupada desde agosto de
2020.
O parlamento moçambica-
no retomou na quarta-feira
as sessões plenárias, depois
de cinco meses de pausa,
com uma ordem de traba-
lhos que tem a aprovação
do Orçamento do Estado
(OE) de 2022 como o ponto
mais alto da agenda.
Além do OE de 2022, os
250 deputados da AR vão
também debater o Plano
Económico e Social (PES)
do próximo ano.
A sessão plenária vai ainda
debater as propostas de lei
da comunicação social, da
radiodifusão, das regras e
critérios que definem a fi-
xação da remuneração dos
funcionários e agentes do
Estado e demais servidores
públicos, bem como da saú-
de pública.
A FRELIMO, partido no
poder há 45 anos, desde a
independência, tem uma
maioria qualificada de 184
dos 250 assentos que com-
põem a AR, a Resistência
Nacional Moçambicana
(Renamo) detém 60 e o
Movimento Democrático
de Moçambique (MDM)
seis.
 Política
Morte de Nhongo: Aos detalhes
P
ouco se sabe dos detalhes
de como morreu o líder
da autoproclamada Jun-
ta Militar da Renamo,
Mariano Nhongo. Alguns Órgãos
de Comunicação da praça sugerem
que seja o resultado de uma inter-
venção das tropas do Ruanda com
o recurso do programa tecnológico
“Pegasus”, que consegue invadir to-
dos dispositivos acessando as infor-
mações do usuário, incluindo a sua
localização. Mas uma outra versão
vai te fazer mudar de ideia.
A morte de Mariano Nhongo foi mo-
tivada pela fome, insuficiência de
poder de fogo e outas necessidades
não especificadas. Morreu depois que
mandou o seu efectivo à estrada para
como de habitual, atacar e apoderar-
-se dos bens de civis, de preferência
armas e munições das forças governa-
mentais.
José Marcos-membro próximo das in-
formações, nome fictício para ocultar
a privacidade, conta que há semanas,
Nhongo e seu grupo teriam visto os
agentes da Escola de Sargentos da Po-
lícia (ESAPOL) quando estes procura-
vam lenha nas matas, mas por falta de
poder de fogo mantiveram-se escon-
didos, até a saída dos homens.
Nhongo morreu depois de mais de
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12 dias consecutivos de patrulha das
Forças de Defesa e Segurança (FDS)
quando estes tinham informações de
que Mariano Nhongo e seus compar-
sas se faziam na zona de Cheringoma,
ainda dentro de Sofala, centro de Mo-
çambique.
Uma semana antes da morte, ainda
em patrulha, um grupo inferior das
FDS teria invadido o esconderijo de
Mariano Nhongo, dia seguinte apa-
receu outra equipa que já tinha sido
preparada para aumentar o efectivo,
este continuou a procurar, pior ain-
da quando foram informados de que
o homem ainda continuava naquelas
matas.
Segundo descreve a fonte sobre a vida
de militar, sem banho, sem escovar
dentes, até porque alguns [militares]
regressaram com dentes amarelos.
Aliás, a famosa mulala [uma plan-
ta usada como escova de dentes] foi
recorrida como solução para alguns.
Havia patrulhas sem descanso de for-
ma escalada, o que importava era um
pouco de força alimentar e regressar
às matas.
Mariano Nhongo aparentava mal nu-
trido, até porque a foto já comunica-
va, um sinal de vida fugitiva sem des-
canso, mesmo depois de conselhos de
insistência a aderir ao Desarmamen-
18
to, Des¬mobilização e Reintegração
(DDR). Aliás, foi também garantido a
entrega de quatro milhões de dólares,
(cerca de 256 milhões de meticais) e
outros benefícios para que abandonas-
se as matas.
Do esconderijo descoberto, Nhongo
conseguiu fugir através de uma in-
formação antecipada que até agora
é desconhecida a sua proveniência,
para o dia seguinte apenas encon-
trarem capulanas e outros sinais que
indicavam a saída recente daquele lí-
der.
Mariano Nhongo foi abatido há mais
de 35 quilómetros da zona costeira
da cidade da Beira, por volta das 7h,
na província de Sofala, no distrito de
Cheringoma, em Mazamba-ma¬tas de
Njovo, quando este esteve próximo de
um riacho, um pouco distante da sua
esposa Amélia Marcelino com o seu
bebé. Repare que no funeral, a viúva
disse que saiu a correr quando ouviu o
barrulho de tiros, pois andava sempre
com a esposa. O seu homem-seguran-
ça foi o segundo alvejado por também
não se render às Forças de Defesa e
Segurança (FDS).
Mesmo com as três armas AKM e 96
munições que o grupo tinha, não con-
seguiu travar as tácticas e poder de
fogo das FDS.
 Política
Essa altura mais um contingente esta-
va a caminho para o local e ouviu que
Nhongo já foi abatido. Naquela zona,
professores e a sociedade em geral pu-
seram-se às ruas. Quando parecia ma-
nifestação, afinal tratava-se de festejo
louvando os trabalhos das FDS.
Para a fonte, tudo que estão a dizer
sobre envolvimento do Ruanda é pura
mentira. Foi um sucesso trabalho das
FDS.
Nhongo esperava armas, munições,
comida e outros bens tirados de pes-
soas através de sua equipa mandada,
mas chegaram-lhe dois tiros na barri-
ga.
Nhongo quando alvejado, antes de
morrer deixou palavras: podem me
matar, mas a Junta Militar ainda vai
existir, alguém vai tomar o meu lugar,
repetindo como fez depois do ataque
a Muanza que até a data da sua morte
não assumiu ser quem o protagoni-
zou, mas disse ser mais uma prova de
que o seu grupo ainda existe.
Refira-se que, na segunda-feira, 4 de
Outubro, durante as celebrações do
Dia da Paz em Moçambique, há uma
semana antes da morte de Nhongo, o
Presidente moçambicano, Filipe Nyu-
si, prometeu-lhe a integração no pro-
cesso de DDR, numa altura em que as
forças governamentais reforçavam as
suas operações no centro de Moçam-
bique, mas não houve resposta. Para
quinta-feira, o estadista no encerra-
mento de um curso para as Forças Es-
peciais da Policia, na Escola de For-
mação de Makandzene, em Maluana,
província de Maputo, dizer: “Quanto
à Junta Militar da Renamo, já dei a
Nhongo a oportunidade de se render,
voluntariamente. Não vou falar mais
sobre isso. Exijo que vocês encerrem
este dossier”, fundamentando que era
inaceitável que o país trava-se duas
guerras. Até segunda-feira (11.10)
o líder do dissidente grupo já estava
morte.
No âmbito do DDR, um total de 2.307
ex-combatentes da RENAMO já re-
gressaram à casa, de uma meta de
cerca de cinco mil antigos guerrilhei-
ros.
Nhongo separou-se da corrente prin-
cipal da Renamo em 2019, recusan-
do-se a reconhecer Ossufo Momade
como novo líder da Renamo, embo-
ra tenha sido eleito no Congresso da
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Renamo em janeiro daquele ano. Não
aceitou o acordo de paz assinado por
Nyusi e Momade em agosto de 2019,
continuava a encenar ataques espo-
rádicos, principalmente, emboscadas
nas principais estradas de Sofala e
Manica.
Já circulam nas redes sociais, infor-
mações da existência de “Deixar-
poeira” literalmente da língua local
cysena [Massiapfumbi] outro homem
também temido na Renamo. Aliás, até
porque muitos analistas dizem temer-
-se que o espírito “Nhongo se espa-
lhe”.
Massiapfumbi, tenente general-Au-
gusto Faindane Phyri e Nhongo foram
contra os princípios de Ossufo Mo-
made. Afonso Dhlakama em vida era
quem apagava o fogo dos três.
De um lado, é uma vitória. Por outro,
é mais uma preparação para a pronti-
dão das FDS e a população que sem-
pre temeu, até porque estão dentro da
zona de actuação da Junta Militar. O
difícil e complexo ainda é saber quem
faz parte daquele grupo dissidente e
quem aparenta civil e que acompanha
as rotinas locais.
Como dizia Mussa Ali, residente em
Nhamatanda estar feliz pelo sucesso,
mas pode vir a acontecer o pior, as-
sim que cutucaram a Junta. Pode vir
a se vingar sem ouvir a razão, funda-
mentando que Nhongo nasceu, atacou
e foi enterrado neste distrito, pode ter
deixado seus comparsas com fúria
desta zona, onde também alguns ho-
mens o caçaram.
Lembre-se que antes de Nhongo mor-
to, muitos usaram o nome para lograr
os seus intentos, mas capturados vi-
vos, confessaram pretender que fos-
sem temidos, e que admiravam os fei-
tos do Chefe de Estado, uma desculpa
tardia.
Familiares de Nhongo pedem devo-
lução dos irmãos raptados e voltar
à vida normal
O funeral do líder da "Junta Militar"
da RENAMO foi realizado na passada
sexta-feira na localidade de Chirassi-
cua, terra que o viu a nascer, sudeste
de Nhamatanda, centro de Moçambi-
que.
A viúva Amélia Marcelino disse no
funeral que, ultimamente, Mariano
19
Nhongo andava desesperado nas ma-
tas. “Andamos nas matas, dormimos
nas matas, sem sítio para comer, nem
tomar banho. Eu não tinha aonde ir.
Tinha que andar com ele, porque esta-
va a ser perseguido”.
“Quando ouvi armas a tocar, sai a
correr, comecei a seguir as ruas até
chegar em Dondo na casa da minha
irmã. Não sabia o que tinha aconteci-
do. Ligarem-se e disseram: venha ver
o seu marido morreu”, disse Amélia
Marcelino, acrescentando que “eu vi
e sentia-me chocada ao ver morto o
homem com quem fiz 13 filhos.
Eu estava a andar com ele, porque já
não tinha casa, fazia dois anos”.
“O que eles queriam era o Nhongo,
agora o Nhongo morreu, o Governo
podia nos deixar a voltar ao nosso ter-
reno para ficarmos com as crianças e
esquecermos a pobreza, sem medo”,
chutou.
“Nós fomos colocados em problemas
por causa do meu marido que entrou
ao mato. Assim já que o tem, que nos
deixem em paz. Nós não somos sol-
dados. Somos do povo”, reconheceu
Amélia Marcelino.
A família apela a protecção do Go-
verno moçambicano. E pede às FDS
a devolução de cinco filhos de Nhon-
go, alegadamente, raptados em 2019.
“Perdemos familiares que foram rap-
tados, até agora não tenho informa-
ção, lamentou Carlitos Mariano, um
dos filhos que regressou da vizinha
África do Sul à Moçambique para as-
sistir ao funeral.
Carlitos Mariano esperava que os ir-
mãos raptados dessem o último adeus
ao pai. “O meu desejo era de que eles
pudessem participar do enterro do pai,
mas não estou a ver as caras deles, não
sei vocês da parte do Governo, qual
é a resposta que vão me dar sobre o
problema dessa família”.
Mariano Nhongo dirigia a autoprocla-
mada "Junta Militar" da RENAMO,
dissidência do partido, responsável
por ataques armados no centro de
Moçambique desde agosto de 2019. O
grupo de antigos guerrilheiros que era
liderado por Nhongo tem contestado
a liderança da RENAMO e os termos
do processo de Desarmamento, Des-
mobilização e Reintegração (DDR),
decorrentes do acordo de paz de agos-
to de 2019.
 Economia e Negócios
Aumenta comércio entre Moçambique e
Reino Unido
A
enviada do primeiro-
-ministro britânico
para o Comércio, Ka-
therine Fletcher, visitou
Moçambique de 11 a 15 de outubro
e manteve um encontro com o Pre-
sidente da República, Filipe Nyusi,
em Maputo, capital moçambica-
na.
Segundo um comunicado de impren-
sa do Alto-Comissariado Britânico
em Maputo, durante o encontro com
Nyusi, Fletcher saudou o aumento do
comércio entre Moçambique e Reino
Unido e destacou oportunidades espe-
cíficas nos sectores de energias reno-
váveis e agricultura.
Katherine Fletcher também congra-
tulou o Governo moçambicano por
enviar uma delegação, chefiada pelo
primeiro-ministro, Carlos Agostinho
do Rosário, para participar da Confe-
rência das Partes sobre Mudanças Cli-
máticas das Nações Unidas (COP26)
em Glasgow, entre 31 de outubro e 12
de novembro de 2021.
A visita de Fletcher tinha, adicional-
mente, como objectivos, promover
parcerias de benefício mútuo a longo
prazo para o desenvolvimento susten-
tável à Moçambique e Reino Unido,
nas áreas agrícola, tecnologia e infra-
-estruturas ferro-portuárias; e enfati-
zar o compromisso do Reino Unido
em trabalhar com Moçambique no
empoderamento económico das mu-
lheres.
Preços aumentam mesmo com 2º ano sem
Moçambique importar açúcar
O ministro da Agricultura e Desen-
volvimento Rural, Celso Correia,
anunciou que “2021 será o 2º ano
em que Moçambique deixou de im-
portar açúcar refinado, passando
a ser exportador”. Em viagem de
trabalho pelo país, na preparação
da Campanha Agrária dinamizada
pelo Programa Sustenta, o urubu-
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“O Reino Unido acredita numa parce-
ria comercial e de negócios de benefí-
cio mútuo com Moçambique. Foi bom
ver que o café da Gorongosa já pode
ser comprado no Reino Unido. As
empresas britânicas do sector agro-in-
dustrial empregam mais de 400.000
moçambicanos em todo o país e estão
a dar um importante contributo para
este futuro próspero. Mas, queremos
mais parcerias”, avançou Fletcher.
Ainda em Moçambique, Fletcher
manteve reuniões com o ministro dos
Recursos Minerais e Energia, Max
Tonela; da Defesa Nacional, Jaime
Neto, da Agricultura e Desenvolvi-
mento Rural, Celso Correia, presiden-
te da Autoridade Tributária, Amélia
Muendane, e outros altos dignitários
do Governo moçambicano.
Katherine Fletcher também visitou a
província de Manica, centro do país,
onde manteve encontro com empresas
britânicas operadoras no sector agrí-
cola, e sucessivamente, com o secre-
-caçador lembrou às centenas de
novos ´extensionistas´ contratados
na província de Sofala que devem
transformar-se em “empresários
agrários”.
Após visitar a Açucareira de Mafam-
bisse, uma das mais antigas fábricas
do país, recentemente, maltratada
pelo Ciclone Idai, o governante dis-
20
tário de Estado, Edson Macuácua.
A enviada britânica, também, visi-
tou os projectos do Parque Nacional
da Gorongosa (PNG), para explorar
oportunidades a facilitar o aumento
das exportações do café e mel para o
Reino Unido; entender as actividades
agrícolas do PNG e explorar opor-
tunidades de colaboração no sector,
incluindo a promoção da experiência
britânica na agro-tecnologia, progra-
mas de empoderamento económico
das mulheres e destacando a contri-
buição da Gorongosa para a constru-
ção da resiliência climática, criação
de emprego na economia verde e pro-
jectos de crédito de carbono.
Igualmente, Katherine Fletcher, vi-
sitou o Porto da Beira para reiterar e
reforçar os laços comerciais entre o
Reino Unido e Moçambique, e para
identificar oportunidades de investi-
mento e trazer os conhecimentos ne-
cessários a apoiar a eficiência e sus-
tentabilidade portuária.
se: “poderíamos ter escolhido uma
fábrica bonita ou uma fábrica nova,
porque o país tem algumas, mas es-
colhemos escalar Mafambisse porque,
exactamente, há dois anos esta fábrica
que hoje está a funcionar enfrentou
grandes dificuldades, o Idai quase que
trouxe este sector abaixo”.
Correia destacou que a indústria do
 Economia e Negócios
açúcar "é um dos sectores que mais
exporta, é um dos sectores que mais
emprega, é um sector robusto, mas é
um sector que também está exposto
a grandes desafios. Um dos grandes
desafios é o preço do mercado inter-
nacional, que vai oscilando. Ao lon-
go destes dois anos, trabalhamos com
este sector para que eles pudessem
fortalecer a sua capacidade produtiva,
renovar a sua indústria, que é o mer-
cado final para quem produz, e de fac-
to estão a acontecer milagres”.
“Hoje, com muita satisfação, pode-
mos notar que 2021 será o 2º ano em
que Moçambique deixou de importar
açúcar refinado, passando a ser expor-
tador para países como Itália, Espanha
e outros da Europa. Esta substituição
de importações é o caminho que pre-
tendemos. Também registamos com
Preços de produtos petrolíferos sobem entre
7% e 22% em Moçambique
O
s preços dos produtos
petrolíferos em Mo-
çambique vão subir en-
tre 7% a 22% a partir
de quinta-feira, reflectindo a subida
do preço do barril de crude, anun-
ciou hoje a Autoridade Reguladora
de Energia (Arene).
O último ajustamento de preços tinha
ocorrido há quase um ano, em novem-
bro de 2020 e na altura os preços ti-
nham descido.
Agora, o gás de cozinha é o que sofre
a maior subida, de 22%, passando de
58,18 para 71,02 meticais por quilo
(de 76 para 92 cêntimos de euro por
quilo).
A gasolina sobe 10% de 62,5 para
69,04 meticais por litro (de 81 para 90
cêntimos de euro por litro), enquanto
o gasóleo aumenta 7%, de 57,45 para
61,71 meticais por litro (de 75 para 80
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agrado o aumento das exportações,
ligeiramente, este ano, são sinais de
retoma económica, sinais de que Mo-
çambique está vivo e que está ligado
ao mundo”, saudou.
De acordo com o titular da Agricul-
tura e Desenvolvimento Rural, depois
de ter alcançado as 360 mil tonela-
das de açúcar na Campanha Agrária
2020/2021, a produção deverá crescer
“em torno de quatro por cento, o que
irá, naturalmente, necessitar de um
esforço acrescido de todos nós (...) se
formos capazes, em tempo útil, de im-
plementar a nossa estratégia e o nosso
pensamento será esta indústria e será
este sector a levantar o Búzi depois de
cêntimos de euro por litro) - é o pro-
duto com o menor aumento.
O petróleo de iluminação sobe quase
11%, de 43,24 para 47,95 meticais por
litro (de 56 para 62 cêntimos por li-
tro).
O gás natural veicular sobe quase 9%
de 30 para 32,69 meticais por litro
(de 39 para 42 cêntimos de euro por
litro).
Os produtos petrolíferos à venda em
Moçambique são importados por via
marítima em cargueiros especiais,
através de um processo centralizado
por lei numa única entidade pública, a
Imopetro, detida pelas distribuidoras
de produtos petrolíferos que operam
no país.
Depois, compete à Arene determinar
os preços de venda ao público a pra-
ticar em todo território moçambicano
de acordo com cálculos estabelecidos
22
21
anos de sofrimento por conta do (ci-
clone) Idai”.
Num dos campos de cana-de-açúcar
que cobre o distrito do Dondo, Celso
Correia desafiou os 336 novos ´ex-
tensionistas´ a servirem e transformar
as suas vidas. “O triângulo de inves-
tigação, extensão e formação é um
dos pilares para a transformação do
meio rural porque as características
dos nossos produtores é familiar e o
nível de conhecimento e tecnologia
ainda não responde àquilo que são os
nossos anseios, por isso cabe a vocês,
cabe a este exército produtivo fazer
esta transformação", sublinhou disse
Correia.
na lei.
Os preços anunciados podem ser mais
altos nos postos fora das circunscri-
ções territoriais de cidades com ter-
minais de distribuição (Matola, Beira,
Nacala e Pemba), uma vez que a lei
prevê que possa haver um acréscimo
relativo aos custos de transporte para
esses postos.
A cotação do barril de petróleo Brent
para entrega em dezembro terminou
hoje no mercado de futuros de Lon-
dres em alta de 0,89%, para os 85,84
dólares.
A pressão para a subida dos preços do
crude mantém-se, devido à perspec-
tiva de alguns produtores de petró-
leo não aumentarem a sua produção
ao mesmo ritmo da procura, impul-
sionada pela reanimação económica
pós-pandemia e a chegada do frio ao
hemisfério norte.
 Internacional
ENCONTRO DE TRÊS RENOMADOS
David Attenborough, E.O. Wilson e Tim Smit
para uma conversa histórica da biodiversidade
U
ma conversa marcante
entre dois dos naturalis-
tas mais renomados do
mundo, David Attenbo-
rough e E.O. Wilson, e apresenta-
do por Tim Smit, é o título de uma
programação completa para o Hal-
f-Earth Day 2021.
A conversa entre o locutor David, o
biólogo professor Wilson e co-fun-
dador do Eden O Projecto Tim Smit
acontecerá na Royal Geographical
Society em Londres, hoje sexta-feira
(22.10) e será transmitido ao vivo em
todo o mundo, gratuitamente, como
parte do Half-Earth Day.
O evento intitulado How to Save the
Natural World, do português, “como
salvar o mundo natural” tradução li-
teral, é uma colaboração entre a E.O.
Wilson Biodiversidade Fundação e
Projecto Éden. Além da transmissão
ao vivo, um filme editado da conversa
e entrevistas exclusivas de destaque
com palestrantes e convidados estrea-
rão como parte do festival do Projecto
Éden de Descubra e “esteja disponível
para assistir, gratuitamente, online”
convida-se no documento partilhado
ao “Profundus”.
Virtual neste ano, o Half-Earth Day
será transmitido ao vivo online e in-
cluirá painéis de discussão, sessões
plenárias, e palestras realizadas das
©Todos os direitos reservados. É proibida a cópia ou distribuição não autorizada.
9h às 15h30 EDT (14h às 20h30
BST). Palestrantes em destaque, além
de David, o professor Wilson e Tim
incluem o recém-eleito presidente da
União Internacional para a Conser-
vação de Nature, Razan Al Mubarak,
ativista dos direitos indígenas e do
clima, Hindou Oumarou Ibrahim, e o
cientista internacionalmente reconhe-
cido Johan Rockström, entre muitas
outras vozes e esforços, todos traba-
lhando para preservando a vida em
nosso planeta.
Metade do Dia da Terra 2021 reunirá
mais uma vez pessoas de todo o mun-
do e de todas as disciplinas para com-
partilhar suas perspectivas únicas e
liderança de pensamento “sobre como
podemos trabalhar juntos para atingir
o objectivo de Meia Terra, reservando
metade da terra e dos mares para ga-
rantir a saúde do nosso planeta para as
gerações futuras”.
“Somos a mente da biosfera”, como
E.O. Wilson diz, vamos aproveitar ao
máximo esta oportunidade para prote-
ger vida na Terra”.
“A conversa entre David, professor
Wilson e Tim acontecerá das 14h00
às 15h30 EDT (7- 20h30 BST) nesta
sexta-feira, 22 de outubro e é gratuito
para assistir com registo em https://
half-earthday2021.brandlive.com/
half-earth/en. A conversa será prece-
22
dida por E.O. Wilson’s nova palestra,
Ecossistemas e a Harmonia da Natu-
reza. A última palestra do Professor
Wilson é um toque de clarim para um
“Renascimento Lineano” - para redo-
brar nossos esforços para descobrir,
nomear e mapear toda a vida na terra
para que possa ser protegido.
Este ano, as nações estão se reunindo
para concordar e colocar em movi-
mento um plano para salvar o mundo
natural (COP15, COP 26), contra o
pano de fundo de uma pandemia glo-
bal, impactos cada vez mais visíveis
de uma mudança climática, e conti-
nuou a clamar por justiça social e am-
biental.
O presidente e CEO do E.O. Wilson
Biodiversity Foundation e co-funda-
dor do Half-Earth Project, Paula J.
Ehrlich, compartilhou: “Será neces-
sária uma tremenda convicção moral
para proteger as terras e mares neces-
sários para salvar a maioria da vida na
Terra, e pesquisas ainda mais ousadas
para garantir que não deixemos ne-
nhuma espécie para trás. Devemos,
corajosamente, de abordar a crise da
biodiversidade em nossas comuni-
dades, nossas salas de aula e nossas
salas de directoria para defender mais
ética duradoura para cuidar de nosso
planeta. ”
Tim Smit, cofundador do Projecto
 Internacional
Éden, disse: “Nos apoiamos nos om-
bros de gigantes. Que privilégio raro
estar na companhia de dois homens
que, mais do que qualquer outro, mol-
daram nossa apreciação, compreen-
são e amor pelo mundo natural. Para
a maioria de nós presentes, David At-
tenborough forneceu uma das trilhas
sonoras para nossa juventude e nos
deu uma porta para o mundo natural
que tanto nos motiva hoje, para pro-
tegê-lo”.
“Da mesma forma, o lendário biólogo
de Harvard e pai americano da biodi-
versidade (a frase que ele cunhou), Ed
Wilson, um gigante batendo, inces-
santemente, no tambor para que pos-
samos acordar antes que seja tarde de-
mais. Ele e sua equipa campeonato de
Half-Earth estimulou uma conversa
global sobre a escala de intervenção
necessária”.
“Esses veneráveis pistoleiros se-
rão precedidos por mais uma pessoa
maravilhosa e inspiradora, o recen-
temente, eleito presidente da União
Internacional para a Conservação e
a Natureza, do carismático Emirado,
Razan Al Mubarak. Dizer que nos
sentimos honrados em poder reunir
este evento é um eufemismo e, ser
honestamente, não tenho certeza se
alguma vez fiquei tão nervoso com
qualquer coisa, em uma expectativa
animada, tanto quanto isso. ”
Half-Earth Day 2021 é uma colabora-
ção da E.O. Wilson Biodiversity Fou-
ndation e o Eden Project, apresentado
pela CBRE, com apoio adicional da
The National Geographic Society, the
National Audubon Society, o Instituto
Garrison, Mishcon de Reya e a Fun-
dação James M. e Catherine D. Stone.
Biografias
Edward O. Wilson é um estimado bió-
logo, naturalista e autor. Actualmen-
te é curador honorário em professor
emérito de Entomologia e Pesquisa
Universitária na Universidade de
Harvard, presidente da E.O. Wilson
Conselho Consultivo da Fundação
para a Biodiversidade e presidente do
Conselho Half-Earth. É geralmente
reconhecido como um dos maiores
cientistas do mundo. Wilson é reco-
nhecido como o criador de duas dis-
ciplinas científicas (biogeografia de
ilhas e sociobiologia), três conceitos
unificadores para a ciência e a huma-
nidade em conjunto (biofilia, estudos
de biodiversidade e consiliência), e
dois grandes avanços globais conser-
vação da biodiversidade (a Enciclopé-
dia da Vida e da Meia-Terra).
Entre mais de 100 prémios que rece-
beu em todo o mundo, estão a Meda-
lha Nacional de Ciência dos EUA, o
Prémio Crafoord (equivalente ao No-
bel, de ecologia) da Real Academia
Sueca de Ciências, e o Prémio Inter-
nacional de Biologia do Japão; e nas
cartas, dois Prémios Pulitzer de não
ficção, o Nonino e Prémio Serono da
Itália e Prémio COSMOS do Japão.
Por seu trabalho na conservação, ele
recebeu o ouro Medalha do Fundo
Mundial para a Natureza e a Medalha
Audubon da Sociedade Audubon. A
autorizado biografia de E.O. Wilson,
Cientista, Edward O. Wilson: A Life
in Nature de Richard Rhodes será pu-
blicada em outubro de 2021 pela Dou-
bleday.
David Attenborough é locutor, his-
toriador natural e cineasta. É um ex-
-gerente sénior da BBC. Seus créditos
também incluem a franquia Planet
Earth e The Blue Planet. Tem defen-
dido restauração da biodiversidade
planetária, limitação do crescimento
populacional, energia renovável, re-
dução do consumo de carne, e reser-
vando mais áreas para preservação
natural. Actualmente, ele faz parte
do conselho para o Prémio Earthshot,
um novo prémio global para o meio
ambiente, projectado para incentivar a
mudança e ajudar a reparar nosso pla-
neta ao longo dos próximos dez anos.
Tim Smit estudou Arqueologia e An-
tropologia na Durham University.
Isso deu início a uma paixão ao lon-
go da vida por regeneração e trabalho
para colocar as coisas no bom cora-
ção. Após ocupações que abrangem
seus muitos interesses da arqueologia,
passando pela música, passando pelo
mergulho em naufrágios, criação de
animais da raça rara e restauração de
edifícios. No 1990 ele “descobriu” e
depois restaurou “The Lost Gardens
of Heligan” com John Nelson, do
qual ele permanece um diretor. Este
é agora um dos jardins mais amados
do Reino Unido, tendo sido nomeado
“Jardim do Ano” pela BBC Country-
file Awards (março de 2018). O livro
de Tim “The Lost Gardens of Heli-
gan” ganhou o Livro do Ano em 1997.
Tim é hoje vice-presidente executivo
e cofundador do premiado Eden Pro-
ject em Cornwall.
Desde a sua inauguração em 2001,
mais de 22 milhões de pessoas passa-
ram a ver um fosso antes estéril, trans-
formado em berço de vida contendo
horticultura de classe mundial e arqui-
tectura surpreendente, um símbolo do
esforço humano e nosso dependência
e parte inquebrável nos sistemas do
mundo natural. Tim também é co-
-presidente executivo da Eden Project
International, que está criando Eden
Projects com parceiros em todo o
mundo, atualmente em cada continen-
te habitado.

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