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DE ECONOMIA E
EMPREENDEDORISMO
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Fundamentos de
Economia e
Empreendedorismo
1ª Edição - 2007
SOMESB
Sociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.
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SUMÁRIO
FLUXO CIRCULAR DA RENDA: MODELO COM DOIS TRÊS E QUATRO SETORES ___________ 11
GLOSSÁRIO _____________________________________________________________ 60
Prezados alunos,
Definição
Economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o
fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens ou na prestação de serviços:
Você sabe como a economia está dividida?
Divisão da Economia:
Conforme Silva (2000), a economia é dividida em três fases:
1ª Fase
Teoria Econômica – Compreende um conjunto de
conhecimentos sobre os fatos ou fenômenos econômicos,
ou seja, o comportamento da realidade. Os conhecimentos
da realidade (economia positiva) possibilitam nortear ou
estabelecer as normas (economia positiva) da política eco-
nômica de um país. Os fatos ou fenômenos econômicos
podem ser observados de dois ângulos diferentes, razão
pela qual a teoria econômica se classifica em Microecono-
mia e Macroeconomia.
a) Microeconomia: trata do comportamento das firmas e dos indivíduos ou famílias, preocupando-
se com a formação dos preços e o funcionamento dos mercados.
b) Macroeconomia: estuda os agregados nacionais envolvendo o nível geral de preços, renda nacio-
nal, taxa de câmbio e balanço de pagamentos.
2ª Fase
Estatística Econômica – entendida como manipulação dos dados econômicos, geralmente ex-
presso em números – também se classifica em duas fases:
• Coleta, seleção exame de dados econômicos, ou seja, das quantidades ou elementos conhecidos
para a formação de um juízo.
• Preparo complementar das estimativas, uma vez que muitos dados e informações não foram ob-
tidos satisfatoriamente por ocasião da coleta.
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Quanto à natureza os bens podem ser: Bens materiais e bens imateriais.
Os bens materiais são as coisas palpáveis que podem ver e pegar, por exemplo: pão, veículos, equi-
pamentos industriais, vestuário, calçados, mobiliários, utensílios e etc.
Já os bens imateriais não podemos vê-los nem pega-los. É o caso dos serviços prestados por um
médico, um advogado ou serviços hospitalares, serviços de transportes, serviços públicos, recreação, etc.
Hoje os programas de computador ou dados armazenados em computador, na maioria dos países são
considerados de como bens imateriais.
Por último, temos a classificação mais importante, que é quanto ao destino dos bens, assim deno-
minado: bens de consumo e bens de produção (ou de capital).
Os bens podem apresentar-se em estado de uso ou de consumo imediato. Eles satisfazem direta-
mente a necessidade do consumidor, podendo ser consumido de uma só vez. Exemplo: os alimentos em
geral, os cigarros, os serviços turísticos, hoteleiros, cabeleireiros, recreativos, etc. Nesse caso, os bens de
consumo são denominados bens não duráveis.
Quando os bens de consumo não são utilizados de uma só vez, são denominados bens duráveis.
Exemplo: casas, móveis, veículos, máquinas de lavar roupas, rádio, televisão, etc.
Denominam-se bens de produção ou de capital aqueles bens que são utilizados para a produção
de um bem final que será ofertado e consumido no mercado. Podemos dar como exemplo de bens de
produção duráveis as máquinas de uma indústria automobilística. A utilização da máquina faz parte do
processo do processo produtivo, permanecendo na empresa após a produção do produto final.
Temos, também, os bens de produção transitórios, são aqueles bens que são utilizados para a produ-
ção de bens que serão ofertados e consumidos na economia, e que após o processo produtivo não permane-
cem mais na empresa, são os exemplos dos insumos e matéria prima. Exemplo: o couro, o botão o zíper.
Na produção de bolsa, transitam pela produção e vão embora com o produto final, sendo classifi-
cados, então, como bens de produção transitórios.
O conhecimento dessa classificação torna-se importante para melhor compreensão da ciência eco-
nômica, bem como, um conhecimento mais claro e fácil das publicações de sites importantes como:
http://www.bcb.gov.br/ e http://www.bcb.gov.br/.
Análise do Gráfico A:
CPP: Curva de Possibilidades de Produção.
Ponto “C”: Temos desemprego dos recursos ou ineficiência em sua utilização.
Ponto.“A”: Alocação dos fatores de produção tocando a fronteira de possibilidade de produção
(pleno emprego dos recursos produtivos).
Ponto “B”: Outra alocação dos fatores de produção tocando a fronteira de possibilidades de pro-
dução (pleno emprego dos recursos produtivos).
Ponto “D”: Temos desemprego dos recursos ou ineficiência em sua utilização.
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Ponto “E”: Não existem fatores de produção suficiente para produzir nesse ponto.
Vasconcelos (2002) define Custo de Oportunidade da seguinte maneira:
São custos implícitos que não envolvem desembolso, corresponde aquilo que se deixou de fazer
(produzir), para se fazer (produzir) outra coisa.
Qual o custo de oportunidade para deixar de produzir no ponto “A”, para produzir no ponto “B”?
R- O custo de oportunidade para deixar de produzir no ponto “A”, para produzir no ponto
“B, é deixar de produzir 4 unidades de feijão, aumentando a produção de soja em 3 unidades.
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Como vocês podem ver no gráfico acima, esse é o modelo que nós temos hoje, uma economia a
quatro setores (família, empresa, governo e setor externo).
Atenção !
Vejamos informações recentes sobre a economia brasileira conforme relatório do BACEN:
O PIB – Produto Interno Bruto registrou um aumento de 3,7% em 2006, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que configurou o décimo quarto ano consecutivo de cres-
cimento econômico. Em valores correntes, o PIB a preço de mercado alcançou R$ 2.322,80 bilhões.
O desempenho do mercado interno mostrou-se determinante para o crescimento do PIB em
2006, tendo em vista a contribuição negativa de 1,4% proporcionado pelo setor externo. A deman-
da interna foi responsável por 4,8% do crescimento do PIB, e registrou-se evolução favorável em
todos os setores, com destaque para agricultura, para o setor de serviços e, no âmbito da indústria,
para o segmentos extrativismo mineral e construção civil.
É isso aí pessoal!
Provavelmente você pode está sentindo alguma dificuldade para entender essas informações, mas,
ao longo da nossa disciplina tudo ficará mais fácil. Você poderá ver todas as informações referentes ao
boletim anual disponibilizado pelo BACEN no site: http://www.bcb.gov.br/?BOLETIM2006
Em um modelo de concorrência pura, predomina uma luta acirrada pelo mercado e infinitas re-
lações entre consumidores e produtores, como se tivesse uma “mão invisível” guiando toda e qualquer
economia ao sucesso, isso acontecendo sem a intervenção do estado.
Não podemos deixar de falar do mecanismo de preços, resolvendo os problemas econômicos fun-
damentais promovendo o equilíbrio nos mercados:
Excesso de oferta existirá formação de estoque, em que as empresas terão que reduzir seus preços
objetivando o escoamento da produção, assim existirá concorrência entre os produtores para vender suas
mercadorias aos escassos consumidores.
Excesso de demanda, existirá concorrência entre os consumidores pelos escassos bens disponí-
veis, em que os bens tendem a aumentar os preços.
Até início do século passado, antes da grande depressão, que teve impacto na produção e comércio inter-
nacional de todo o mundo, acreditava-se que uma mão invisível era capaz de levar toda e qualquer economia ao
sucesso, logo após o termino da crise e da segunda guerra mundial, verificou-se a necessidade da intervenção
do estado no controle dos preços, oferta, procura e volume de moeda em circulação na economia.
Nesse momento tem-se a mudança de uma concorrência pura, para uma concorrência mista com a
intervenção do governo procurando eliminar as chamadas distorções alocativas, distributivas e promover
a melhoria do padrão de vida da coletividade. Isso pode dar-se da seguinte forma:
- Atuação sobre a formação de preços;
- Complemento da atividade privada;
- Fornecimento de serviço público;
- Fornecimento de bens públicos;
- Compra de bens e serviços do setor privado.
Argumentos positivos e normativos
Economia positiva (ao que é) – Análise do fato momentâneo sem propor algo para que modifique a situação atual.
Economia normativa (ao que deve ser) – Análise ligada à política econômica, indicando o “me-
lhor caminho” para a economia.
Biologia – Idéia de crescimento e mudança, bem como bem como do fluxo de renda e riqueza.
Física – Noções de estatística e dinâmica, de ciclo, de velocidade e força (multiplicador da renda).
Psicologia – Noções de comportamento racional dos agentes econômicos.
História – Os economistas aprenderam que os fatos ocorridos no passado poderão repetir-se no futuro.
Matemática – Utilização de cálculos matemáticos para a determinação do nível da renda.
Geografia – Todas as relações econômicas ocorrem em um espaço geográfico.
Sociologia – A análise econômica não se dissocia da participação das classes social no produto global.
Direito – Podem ser exemplificados pelas normas jurídicas, código de defesa do consumidor, as-
pectos jurídicos das políticas econômicas e leis de salário mínimo.
Ciência Política – Em um regime democrático, as ações do governo estão intimamente ligadas
com as instituições, à estrutura partidária e o regime político do país.
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Atividade Complementar
3. Em uma fábrica de bolsas a máquina de costura pode ser classificada como? Por quê?
4. Em quais condições um automóvel pode ser classificado como bem de consumo e bem de produção?
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9. Classifique os bens econômicos quanto à natureza, raridade e ao destino.
PRINCIPAIS ASPECTOS
MICROECONÔMICOS
Ok!
Veja que interessante!
Vamos falar agora sobre os principais aspectos microeconômicos iniciando pela oferta e demanda.
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1.8 Variáveis que afetam a demanda
A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada por muitos fatores, tais como:
- Riqueza (e sua distribuição)
- Renda (e sua distribuição)
- Preço dos outros bens
- Fatores climáticos e sazonais
- Propaganda
- Hábitos, gastos, preferência dos consumidores
- Expectativa sobre o futuro
- Facilidade de crédito
Efeito substituição: o aumento do preço de “A”, faz com que o bem “B” fique mas barato relati-
vamente aos seus concorrentes fazendo com que sua quantidade demandada aumente.
Efeito renda: Com a queda de preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade
demandada do bem deve aumentar.
Relação inversa:
Relação direta:
Análise gráfica quando temos elevação dos preços dos bens complementares:
Supondo o aumento no preço dos automóveis
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Exemplo de bens complementares:
Camisa social e gravata
Pneu e câmara
Pão e manteiga
Sapato e meia
Relação direta:
Bem superior: O aumento da renda leva ao aumento da demanda de um bem mas que proporcio-
nal ao aumento da renda.
Relação direta:
Bem perfeitamente inelástico: se aumentar a renda do consumidor não aumentará a demanda pelo bem.
Exemplo: Produtos agrícolas (feijão, arroz e farinha)
Sem variação
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Bem de Consumo Saciado
Resumo:
As principais variáveis determinantes da função demanda, bem como as relações entre essa variá-
veis e a demanda do consumidor, podem ser assim resumidas.
Qd = f(Pi, Ps, Pc, R e G)
Logo, temos:
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Equilíbrio: este é o ponto que os consumidores desejam comprar, é exatamente igual à
quantidade que os produtores desejam vender.
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Logo:
Logo:
Então:
Classificação:
Demanda elástica: A variação da quantidade demandada supera a variação do preço.
Logo: EpD >1
Demanda inelástica: Ocorre quando uma variação percentual no preço, provoca uma variação
percentual relativamente menor nas quantidades procuradas, coeteris paribus.
Logo: EpD < 1
Atenção !
O coeficiente de elasticidade-renda da demanda (ER) mede a variação percentual da quan-
tidade de mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor,
coeteris paribus.
Se X e Y forem bens substitutos, EXY será positiva: um aumento no preço do guaraná deve pro-
vocar uma elevação do consumo de soda.
Se X e Y forem bens complementares, EXY será negativa: o aumento no preço da camisa social
levará a uma queda na demanda de gravata.
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As elasticidades da oferta são menos difundidas que as da demanda. A elasticidade-preço da oferta
mais freqüentemente estudada é a dos produtos agrícolas.
4.2 Monopólio
Características de um monopólio
- Enquanto uma firma competitiva é “tomadora de preço”, a firma monopolista é “fazedora de preço”;
- Uma firma é considerada monopolista se:
- É a única vendedora de um produto;
- O produto não tem um substituto (similar).
-A causa fundamental para o aparecimento dos monopólios são as barreiras para entrada de firmas
no mercado. Essas barreiras são de três tipos:
- Posse de um insumo chave;
- Licença exclusiva dada pelo governo para a produção de um bem.
Por que no monopólio temos apenas uma empresa atuando nesse mercado?
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- Os custos de produção são tão altos que um único produtor é mais eficiente que vários pequenos produtores;
- Embora a posse de um insumo chave seja uma das razões para o aparecimento de monopólios,
na prática, monopólios, raramente surgem por esses motivos;
- Patentes e direitos de propriedade são dois exemplos de licenças dada pelo governo autorizando
que apenas uma única firma produza m um mercado;
- Um monopólio natural existe quando uma única firma pode suprir um bem para todo um merca-
do de forma mais eficiente que duas ou mais firmas;
- O monopólio natural surge principalmente quando há ganhos de escala substanciais durante a produção;
Veja que assunto interessante!
Você sabia que nós somos clientes diretos de uma empresa situada em uma estrutura de monopólio?
Podemos citar como exemplo:
Coelba (distribuidora de energia do estado da Bahia), Energipe (distribuidora de energia do estado
de Sergipe e a Embasa (distribuidora de água doestado da Bahia).
Você entendeu a diferença entre concorrência perfeita e monopólio?
Podemos verificar essas principais diferenças na tabela a seguir:
Comparação entre os extremos: Concorrência perfeita X Monopólio
Atividade Complementar
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5. Calcule a classifique quanto a Elasticidade – Preço da Demanda:
Bem “A”
- Preço Inicial = R$ 200,00
- Preço Final = R$ 320,00
- Quantidade demandada inicial = 185
- Quantidade demandada final = 142
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O SIGNIFICADO DO
EMPREENDEDORISMO NO
CONTEXTO GLOBAL
ANALISANDO O CONTEXTO GLOBAL E
SUAS MATIZES
No Brasil, a crise da década de 30 contribuiu para o declínio do ciclo do café, o que causou graves
conseqüências para a economia da época.
A partir dessa crise mundial, surgiu a preocupação em aprofundar a análise da política econômica,
com o objetivo de fazer a economia recuperar o nível de emprego potencial.
Estabilidade de preços significa controle da inflação. Mas você sabe o que significa in-
flação? É fácil falar sobre inflação no Brasil, pois já tivemos uma longa experiência com tal
problema na década de 80.
Inflação significa aumento continuo e generalizado dos preços. Os movimentos inflacio-
nários são dinâmicos e não podem ser confundidos com altas esporádicas e especificas do preço
de algum produto.
A inflação é um problema sério e sua solução é um processo doloroso, pois uma política macro-
econômica, que tenha como objetivo promover a estabilidade de preços, fatalmente, irá gerar outros
problemas como, por exemplo, o desaquecimento da economia. Iremos detalhar essa situação no item
política fiscal e monetária.
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Reflexo sobre a balança comercial
Se Brasil possui uma inflação mais elevada do que em outros paises, isto significa que os preços
nacionais estão mais caros do que os preços dos demais paises. Conseqüentemente, os produtos advindos
do exterior estarão provavelmente mais acessíveis. Isso irá ocasionar um estímulo às importações e um
conseqüente desequilíbrio da balança comercial.
Atenção !
Balança comercial significa o saldo das exportações e
importações: se temos importações maiores que importações
menos uma balança comercial deficitária. Se as exportações su-
peram as importações temos superávit.
Inflação de demanda
A inflação de demanda está relacionada ao excesso de procura por bens e serviços disponíveis na
economia, por parte dos consumidores.
A demanda maior do que a produção irá gerar um grande volume de dinheiro em circulação o que
torna uma situação propícia ao aumento dos preços e, conseqüentemente, um estimulo à inflação.
A política utilizada para controlar esse tipo de inflação assenta-se em instrumentos que tenham
poder de inibir a demanda, como é o caso da elevação da taxas de juros, aumentos dos impostos,
redução dos gastos públicos etc. Veremos os detalhes do funcionamento desses instrumentos nos
itens políticas monetária e fiscal.
Inflação inercial
Este processo inflacionário é muito intenso, o reajuste dos preços é baseado na inflação anterior.
Sendo assim, os mecanismos de indexação (contrário aluguéis, salários) provocam a perpetuação das ta-
xas de inflação anteriores, que são sempre repassadas aos preços correntes.
Este é um processo difícil de ser interrompido. Se a inflação presente é baseada na inflação passada,
este passa a ser um processo que se auto alimenta em épocas de hiperinflação, em outras palavras “uma
bola de neve”.
Nos planos anti-inflacionários elaborados na década de 80 no Brasil, foi utilizada, pelo governo, a
estratégia do congelamento de preços e salários, para tentar eliminar a chamada memória inflacionária,
ou seja, desindexar a economia.
Inflação de expectativa
A simples expectativa de que a inflação futura tende a crescer, já provoca, antecipadamente, o au-
mento dos preços no presente. De acordo com Vasconcelos (2002), no Brasil, esse fato geralmente acon-
tece antes de mudanças de governo, com empresários precavendo-se contra eventuais congelamentos de
preços e salários, que foi uma estratégia freqüente nos planos após 1986.
Antes de começarmos a análise sobre a política fiscal e monetária, vamos, preliminarmente, analisar
o período pré-monetário, o aparecimento e a evolução da moeda.
2.1 - Evolução histórica da moeda.
O uso da moeda na economia em que vivemos é tão essencial e generalizado que se torna difícil
imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não exista moeda. Se não existisse moeda,
como aconteceria, por exemplo, a compra de pão na padaria? E a compra de carne no açougue? Uma
tarefa que é muito simples se tornaria bem mais difícil.
Quando tratamos da origem da moeda, evidenciamos que o seu aparecimento decorreu da neces-
sidade de superar esse tipo obstáculos para o desenvolvimento do sistema de trocas.
Na medida em que os grupos humanos primitivos evoluíam e superavam os estágios de alto-
suficiência surgia à necessidade de trocar mercadorias com outros grupos vizinhos, ou seja, um sistema
mais avançado. Com a continuação da evolução, a criação de sistemas monetários tornou-se um ponto
fundamental e inevitável. O sistema monetário tornou-se essencial pois, o sistema de troca denominado
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escambo possuía muitas dificuldades para ser efetuado. Dentre as maiores dificuldades destacaremos:
Era necessário que existisse a dupla coincidência na negociação, ou seja, se eu crio ga-
linhas e o meu vizinho planta feijão. Para que a troca fosse efetuada, seria necessário que ele
estivesse interessado na galinha e eu no feijão que ele planta;
Não existia a definição de uma relação de troca, ou seja, quanto cada produto vale.
Questão para refletir
Imaginem como seria hoje se ainda não existisse o sistema monetário e toda a aquisição de bens
que não tivéssemos condições de produzir tivesse que ser feita por intermédio do escambo? Quais seriam
as dificuldades que iríamos encontrar?
As principais funções da moeda
De acordo com Lopes e Rosseti (1998) moeda possui diversas funções e características conforme
serão mostradas a seguir:
Função intermediária de troca. Não é mais necessário que exista a dupla coincidência. A
moeda tornou o processo de compra de mercadorias mais fácil.
Função medida de valor - são convertidos os valores de todos os bens e serviços. Facilita
dizer quanto cada produto vale.
Função reserva de valor - forma alternativa de guardar riqueza.
Função Liberatória - Libera você de obrigações e dívidas
Função de Instrumento de Poder - Quanto mais dinheiro você tem, mais poderoso você fica.
Principais Características da moeda
Indestrutibilidade e inalterabilidade – A moeda deve ser suficientemente durável, no sentido de
que não se destrua ou se deteriore com o uso.
Homogeneidade – as moedas de mesmo valor devem ser rigorosamente iguais.
Transferibilidade – facilidade de transferência de um possuidor para outro.
Facilidade de manuseio e transporte - transportar moeda hoje é algo muito fácil, diferentemen-
te da época em que era necessário utilizar o escambo para efetuar troca, pois, se a troca fosse entre tecido
e gado, era necessário transportar tanto o tecido quanto o gado.
Divisibilidade - A moeda é divisível possibilitando pagamentos não inteiros.
2.2.1-Política monetária
Vamos começar o nosso estudo pela política monetária. Ela refere-se à atuação do governo
sobre a quantidade de moeda e crédito disponíveis na economia em um determinado período de
tempo. Os instrumentos disponíveis para alcançar tais objetivos são os seguintes:
Emissão de moeda: é a forma primária de administração da política monetária, onde as autori-
dades monetárias intervém diretamente no mercado monetário. Daí advém os demais instrumentos da
política monetária.
Recolhimento compulsório: percentuais sobre os depósitos que os bancos comerciais devem
reter junto ao banco central.
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Redesconto: empréstimo do Banco Central aos bancos comerciais.
Open Market (mercado aberto): compra e venda de títulos públicos
Vamos fazer algumas simulações para que possamos entender na prática como o governo utiliza
estes instrumentos e qual o efeito e que cada um deles geram na economia:
Simulação 1 - quando o governo tem como objetivo controlar a inflação ele toma as seguintes medidas:
Atenção !
Medida 1 - aumenta o recolhimento compulsório
Lembrem-se de que o recolhimento compulsório é o percentual dos depósitos que os bancos
comerciais devem reter junto ao Banco Central. Desta forma, quando ele aumenta o recolhimento
compulsório, ele diminui o percentual disponível na mão dos bancos comerciais para que estes re-
alizem empréstimos e assim tirem dinheiro de circulação, o que propicia queda da inflação.
Observe no quadro a seguir a relação existente entre o aumento da taxa de recolhimento compul-
sório e o volume de dinheiro disponível nos cofres dos bancos comerciais:
2.2.2-Política fiscal
A política fiscal é outro mecanismo de que o governo dispõe para intervir na economia e alcan-
çar objetivos como controle da inflação e promoção do crescimento. Esta política refere-se a todos os
instrumentos que o governo dispõe para arrecadação de tributos (política tributária) e controle de suas
despesas (política de gastos).
A arrecadação de tributos significa a receita do governo, ou seja, todo o valor recebido oriundo do
pagamento de tributos pelos contribuintes. De posse desta receita, o governo efetua gastos para execução
de suas obrigações de Estado. São elas: gasto com a educação, saúde, segurança etc. Enfim, benesses para
a sociedade, uma contrapartida dos impostos pagos.
Vamos agora fazer simulações para podermos entender como o governo consegue atingir objetivos
com a utilização dos instrumentos disponíveis na política fiscal.
Simulação 01- Vamos supor que o governo intervenha na economia com o objetivo de reduzir a
inflação. Terá como medidas:
Medida 01 - Aumento da carga tributária
Com o aumento da carga tributária, o governo está reduzindo o dinheiro disponível em poder das
famílias e das empresas. Observe o exemplo:
Se uma família tem como renda um valor referente a R$ 1.000,00 e 20% é destinado ao pagamento
de tributos, restará R$ 800,00 em poder desta família. Agora suponhamos que a carga tributária aumente
para 30%. Desta forma, o montante disponível para a família reduzirá para R$ 700,00.
Lembrem-se que devemos analisar este tipo de situação em um contexto macroeconômi-
co. Desta forma, a redução de renda desta família proveniente do aumento da carga tributária.
Não é uma situação particular e, sim, geral, na economia. Conclusão: quando o governo aumen-
ta a carga tributária, toda economia é afetada e, desta forma, o governo consegue tirar dinheiro
de circulação e promover a queda da inflação.
Observe que, utilizando este instrumento da política fiscal, o governo consegue criar um ambiente
propicio à queda da inflação, no entanto, gera um outro problema que é uma possível recessão, haja vista
que tanto as famílias, quanto às empresas, terão menos dinheiro disponível.
Medida 02 - Diminuição dos gastos públicos
Quando o governo gasta, ele está injetando dinheiro na economia. Quando diminui seus gastos,
injeta-se menos dinheiro na economia. Isso significa, por exemplo, deixar de construir uma estrada. Pes-
soas que iriam trabalhar nesta construção e receber salário por isso, não vão ter a renda prevista.
Simulação 02 - Vamos supor que o governo intervenha na economia com o objetivo de promover
o crescimento econômico e geração de empregos. Terá como medidas:
Medida 01 -Diminuição da carga tributária
O raciocínio é exatamente o oposto do exemplo anterior. Quando o governo diminui a carga tri-
butária, ele está aumentando o montante de dinheiro disponível na economia e, desta forma, estimula a
produção, o emprego e, conseqüentemente, o crescimento econômico.
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Medida 02 - Aumento dos gastos
Quando o governo aumenta seus gastos, injeta dinheiro na economia, o que aquece a economia,
criando um ambiente propicio ao crescimento e a geração de emprego. Observe novamente que, o re-
médio utilizado para controlar a inflação é veneno para geração de emprego, ou seja, o conflito existente
entre estes dois objetivos fica claro no entendimento da execução da política fiscal.
Questão para refletir!
Em sua opinião qual seria a melhor forma do governo conduzir a política macroeconômica do
Brasil: priorizando a geração de empregos ou o controle da inflação?
CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO
(ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL)
3.1-Desenvolvimento sustentável
Já a definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o de-
senvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem com-
prometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o
desenvolvimento que reconhece os recursos como finitos e que a sua utili-
zação não deve comprometer o futuro. Essa definição surgiu na Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações
Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desen-
volvimento econômico e a conservação ambiental. (www.wwf.org.br)
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e da conscientização de
que se os recursos naturais não utilizados com bom senso, esse ato irá causar um desequilíbrio futuro.
O desenvolvimento sustentável leva em consideração o desenvolvimento econômico aliado à
preservação do meio ambiente.
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca
houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição
aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do desenvolvimento sustentável, buscando con-
ciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
Segundo Mendes http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html, o desenvolvimento sus-
tentável tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc);
A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham
chance de viver);
A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar
o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
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A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (er-
radicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios);
A efetivação dos programas educativos.
O grande de desafio do Brasil, hoje, é promover o crescimento da economia acompanhado de um
desenvolvimento sustentável, pois o desenvolvimento sustentável significa crescer sem destruir o meio
ambiente. VAMOS A LUTA!
Globalização é fenômeno de ordem política e econômica, social e cultural que vem acontecendo
do mundo. O ponto central da mudança é a integração dos mercados. Podemos dizer ainda, que é esse
fenômeno promove uma conexão entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo
dinâmico, as pessoas, os governos e as empresas trocam informações, realizam transações financeiras e
comerciais e realizam intercambio cultural, essas ações geram impacto pelos quatro cantos do planeta.
Atenção !
O grande desafio da atualidade é identificar e
aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas,
em decorrência de uma economia globalizada cada
vez mais integrada.
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A política econômica implantada no começo do plano real esteve centrada no combate à inflação, este
plano alcançou o sucesso que os anteriores não obtiveram. De fato, o Plano real conseguiu controlar a inflação.
A busca pela estabilidade fez com que, objetivos como crescimento econômico e a geração de em-
prego ficassem em segundo plano.
Alguns mecanismos foram acionados para derrubar a inflação. São eles:
Valorização cambial – a supervalorização da moeda nacional foi uma estratégia utilizada pelo
governo para controlar a inflação. Gerou desequilíbrio da balança comercial.
Abertura comercial – a abertura comercial gerou concorrência ao produto nacional, obrigando
os produtores a melhorar a qualidade de seus produtos e baixarem seus preços, a fim de tornar o produto
nacional mais competitivo.
Juros altos – desaquece a economia, tira dinheiro de circulação, o que favorece a queda da infla-
ção, gerando porém recessão.
Esses mecanismos utilizados para controlar a inflação criaram uma situação que apesar de
favorável para o controle da inflação desaquece a economia e restringe o crescimento, por isso
considerado por muitos economistas como uma armadilha.
Outro aspecto que merece destaque no cenário macroeconômico atual é a valorização, agora es-
pontânea, da moeda nacional. O regime cambial utilizado no Brasil hoje é o câmbio flutuante, o que sig-
nifica dizer, que esta valorização é natural, resultado de um cenário favorável e não imposta pelo governo
como ocorreu em 1994.
Manter o real valorizado estimula as importações, gerando com isso, aspectos positivos e negativos
para economia brasileira. São eles:
Possibilidade de a empresa nacional modernizar o seu processo produtivo importando
máquinas e equipamentos;
O aumento das importações pode desencadear um desequilíbrio na balança comercial.
Com o problema da inflação controlado o grande desafio agora consiste na geração de
emprego que por sua vez depende do crescimento econômico e da direção que a ele se imprime,
que seja um crescimento acompanhado de um desenvolvimento e que esse desenvolvimento
seja sustentável.
Para isso, é necessário que o brasileiro se torne cada vez mais um empreendedor que consiga
enxergar oportunidades e torná-las fonte de emprego e renda. Desta forma, estaremos assumindo um
compromisso não só com nós mesmos como também com o Brasil e com as gerações futuras.
Acabamos de dizer que o Brasil está precisando de pessoas empreendedoras para ajudar na alavan-
cagem da economia e, conseqüentemente, do país. O que é empreendedorismo e ser empreendedor?
Técnicas: envolve habilidades técnicas como: captar informações, ser organizado, disci-
plinado e espírito de liderança.
Gerenciais: conhecimento sobre as áreas que envolvem a empresa (marketing, administra-
ção, finanças, operacional, produção, tomada de decisões, planejamento e controle).
Pessoais: ter o perfil empreendedor e principalmente ter paixão pelo que faz.
Falaremos, mais adiante, com maior detalhe sobre o perfil do empreendedor.
Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos revelam que o sucesso do empreendimento não
depende apenas de conhecimentos técnicos e de gestão. A postura, características e atitudes são elemen-
tos que também influenciam muito. Igualmente, quanto mais alto for o nível escolaridade de um país,
maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade.
O empreendedorismo promove o crescimento, pois gera emprego e renda, com isso esti-
mula o desenvolvimento local e melhora a qualidade de vida das pessoas.
Desta forma, pode-se observar que diversos fatores fazem com que o empreendedorismo influen-
cie diretamente no crescimento, desenvolvimento e acumulação de riqueza de um país.
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Atividade Complementar
1. Que objetivo o governo pretende alcançar quando aumenta os seus gastos e, simultaneamente,
diminui a carga tributária? justifique sua resposta.
2. Qual a relação existente entre o aumento da reserva compulsória e o controle da inflação? Justifique.
3. De que forma o governo utiliza o Open Market quando tem por objetivo gerar emprego? Justifique.
4. Controlar a inflação e gerar emprego são objetivos harmônicos ou conflitantes? Justifique sua resposta.
O PAPEL DO EMPREENDEDOR NO
AMBIENTE MACROECONÔMICO
GLOBALIZADO
O ESPIRITO EMPREENDEDOR
Nesta quarta parte iremos iniciar falando sobre o espírito empreendedor e as características que
compõe o perfil do mesmo. Em seguida, passaremos à identificação e análise dos riscos e oportunidades,
dando continuidade à análise da importância do empreendedorismo na gestão e finalizaremos abordando
a atividade empreendedora como opção de carreira.
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De um modo geral, considera-se empresário a pessoa que inicia e/ou administra uma empresa, assu-
mindo a responsabilidade pelo seu funcionamento. O empreendedor é mais que isso, ele não necessariamen-
te precisa abrir seu próprio negócio. Ser empreendedor é ser dotado de espírito ou atitude empreendedora.
Assim, qualquer pessoa pode adotar uma atitude empreendedora nas mais diversas situações:
Seja como um cliente, diante de um problema, propondo uma solução diferente da tradi-
cional e, assim, conciliando os interesses da empresa e do cliente;
Um empregado que introduz inovações em uma organização, agregando valores adicio-
nais aos produtos ou serviços.
Profissional que, durante uma reunião, propõe uma estratégia inovadora e arrojada;
Pessoas que criam uma oportunidade em uma situação onde conseguiu enxergar
uma necessidade;
Um entregador que tem a iniciativa de procurar novos caminhos e assim consegue
otimizar o seu tempo;
Pode ser aquele cabeleireiro que, usando a sua criatividade, consegue e cria penteados
inovadores, mesmo sabendo que existe o risco de seus clientes não aderirem à nova idéia;
Um funcionário determinado a conseguir a aprovação de seu chefe para iniciar um novo projeto
Ou simplesmente, um professor que utiliza uma metodologia inovadora em suas aulas e
consegue com isso um melhor rendimento dos seus alunos.
Observe, que qualquer pessoa, e não apenas um empresário pode se revelar um empreen-
dedor, basta que esse tenha um espírito empreendedor em com isso adote uma postura diferen-
ciada diante das mais diversas situações.
De acordo com o Sebrae, seguem algumas características que formam o espírito empreendedor:
http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/cce.htm
Neste item, vamos analisar o que significam os riscos e como podemos evitá-los assim, como onde
se encontram as oportunidades e como podemos enxergá-las,
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2.1 Riscos
Como vimos, o empreendedor é uma pessoa com capacidade de aceitar o fato de que as coisas po-
dem não sair como planejado e que o erro é uma forma de aprendizado. Eles são dispostos a assumirem
riscos, desde de que eles sejam calculados.
Decido o seguimento que o empreendedor pretende atuar, o próximo passo é detectar possíveis
problemas com a realização do empreendimento. Esses problemas representam os riscos do negócio
e mesmo sendo os empreendedores pessoas dispostas a correrem riscos estes precisam ser muito bem
compreendidos e calculados pelo futuro empreendedor, antes que este inicie o negócio.
Ignorar a existência dos riscos no mundo dos negócios é ingenuidade. Não se preparar para enfren-
tá-los passa a ser uma imprudência. O bom gestor mensura o que pode acontecer de inconveniente e se
prepara para agir, caso o risco se transforme em uma situação real.
Ninguém tem como prever o futuro, daí a necessidade de projetar dois tipos de cenário:
um otimista, acreditando que os acontecimentos ocorreram da melhor forma possível, e outro
pessimista, simulando problemas que podem vir a acontecer. É preciso ter soluções para todos
os riscos, a fim de iniciar um negócio com maiores possibilidades de sucesso.
Na detecção de problemas, deve-se ter um cuidado especial com aqueles que podem, de uma forma
ou de outra, inviabilizar o projeto. É necessário ter uma solução que miniminize tais efeitos, identificando
os riscos. A identificação e a solução desse tipo de risco constituem o teste final da viabilidade do con-
ceito do negócio.
Vamos observar alguns possíveis problemas que podem ocorrer na realização de um negócio. De-
gen (1989) alerta para os seguintes aspectos:
Problemas de ordem pessoal: podem ocorrer quando os gestores do empreendimento não pos-
suem capacidade administrativa, técnico ou mercadológica, ou então, não dispõem de tempo ou energia
necessários para a iniciação de um negócio;
Problemas relacionados com a inovação: muitas vezes, a idéia para um novo produto é excelen-
te, mas a sua execução é muito complexa, onerosa ou os recursos necessários são indisponíveis;
Problemas de comercialização: é necessário previamente determinar a necessidade, o publico
alvo (grupo de clientes) e como pretende-se atendê-lo. É essencial também que se conheça todos os de-
talhes das diversas etapas.
O objetivo de identificar os riscos do conceito de negócio é desenvolver medidas para
reduzir já que eliminá-los por completo é uma tarefa praticamente impossível. Não devemos
acreditar nessa possibilidade.
Não se deve criar ilusões, quanto a possibilidade de iniciar uma atividade sem riscos, pois eles são
inerentes a toda atividade empreendedora. O que o empreendedor deve fazer é procurar desenvolver
medidas e soluções caso o risco se concretize.
A viabilidade do negócio depende das respostas encontradas pelo futuro empreendedor
com relação aos riscos identificados. A disposição para identificar os riscos e encontrar respos-
tas para solucioná-los é tão importante para o sucesso do empreendimento, quanto a própria
identificação da oportunidade.
Nenhum empreendedor deve iniciar o negócio contando apenas com a sorte para ter suces-
so, por isso, é essencial levar em consideração os riscos assim como, as cabíveis soluções. Essa é
a única forma de demonstrar a viabilidade e conquistar a credibilidade de possíveis empregados,
sócios, investidores, fornecedores e clientes. Só assim o futuro empreendedor poderá contar com
a sorte e ter boas chances de sucesso na montagem de seu negócio.
A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO NA
GESTÃO
Reconhecer e agarrar oportunidades não é uma questão de usar técnicas depende da capa-
cidade do empreendedor.
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Antes de começarmos a falar sobre a importância do empreendedor na gestão, é necessário com-
preender um pouco o conceito de gestão.
O mundo atual é uma sociedade institucionalizada e composta por organizações. De acordo com
Chiavenato (2000), todas as atividades voltadas para a produção de bens ou para a prestação de serviços
são planejadas, coordenadas, dirigidas e controladas dentro da organização.
A tarefa de administrar se aplica a qualquer tipo ou tamanho de organização, desde grandes indus-
trias, consultórios escritórios até mesmo pequenos empreendimentos. Todo empreendimento precisa ser
bem gerido para alcançar seus objetivos com maior eficiência e economia de ações e recursos para que
não haja desperdícios financeiros e perda de tempo.
Chiavenato (2000) acrescenta ainda que a tarefa de administrar é a de interpretar os objetivos pro-
postos pela organização e transformá-los em ações por meio do planejamento, organização, direção e
controle de todos os esforços realizados nas mais diversas áreas.
Sendo assim, é função do gestor, planejar, organizar dirigir e controlar o uso de recursos a
fim de alcançar objetivos dentro de uma organização.
Agora que já sabemos o que é gestão e quais as principais funções do gestor, vamos analisar a im-
portância desse gestor em ser um gestor empreendedor.
Para realização de qualquer gestão, é necessário ter acesso a sua série de informações. O cenário
que compõem a gestão empresarial se apresenta de uma forma muito complexa, onde as variáveis são
inúmeras e se apresentam dentro de um contexto dinâmico. Dentre elas podemos citar:
Clientes;
Concorrentes;
Marketing;
Acesso ao mercado;
Contexto econômico, político social etc.
A complexidade do cenário demanda que o empreendedor se mune de todas as informações pos-
síveis, utilizando-as de modo a identificar os pontos fortes e fracos do empreendimento, bem como, a
visualização de oportunidades e riscos presentes no respectivo mercado.
A globalização da economia e a internacionalização dos negócios é um fenômeno que torna
o cenário ainda mais complexo, pois irá influenciar as organizações e a sua forma de gestão. O in-
tercambio planetário acirra a concorrência e faz com que a competição se torne mundial, ou seja,
o seu concorrente não consiste apenas em empresas que estão ao seu e sim em empresas locadas
em qualquer lugar do mundo.
Desta forma, surge a necessidade de melhorar os produtos diariamente, assim, como de baixar o
custo, para que esse produto se torne mais atraente ao consumidor e crie condições para que a empresa
sobreviva nesse cenário competitivo e globalizado.
Visando criar diferenciais competitivos continuamente, potencializa-se a necessidade do gestor ser
também um empreendedor e da gestão ser realizada de forma empreendedora.
Lembre-se: o empreendedor é a pessoas dotada de uma série de características, tais como:
persistência, visão, comprometimento, superação, criatividade e energia.
Essas características acima descritas são essenciais à gestão de qualquer empreendimento, de qualquer
porte e natureza. Mansur (2007) no site http://www.empreenderparatodos.adm.br/tema/emp/menu.htm afirma que:
Em tempos de globalização, temos que ter consciência de que não existe empreendedor que possa
profetizar, ou mesmo antecipar resultados da empresa em um certo período de tempo. Contudo, o em-
Este item destina-se a levar o empreendedor a considerar a possibilidade de trabalhar por conta
própria, abrindo o seu negócio, como real opção de carreira, além de procurar mostrar ao empreendedor
que o sucesso não depende exclusivamente do fator sorte, claro que um pouco de sorte não faz mal a
ninguém, porém, a preparação técnica e a observação de determinadas variáveis são de fundamental im-
portância para o desenvolvimento do novo empreendimento.
Existem uma série de situações que levam as pessoas a quererem ter seu próprio negócio. Alguns
dos principais motivos são:
Vontade de ganhar dinheiro – mais do que seria possível na condição de empregado;
Possibilidade de controlar a própria carreira
Vontade de sair da rotina – apostar em uma idéia inovadora;
Necessidade de auto-realização – desenvolver um empreendimento que seja um ideal, um
objetivo de vida.
Desejo de desenvolver algo que traga benefício – para si e para a sociedade como um todo.
Desemprego – pessoas que foram demitidas e com o valor recebido proveniente de anos de
trabalho resolvem abrir o próprio negócio
Herança – pessoas que herdaram algum negócio da família e resolvem tocar o empreen-
dimento adiante.
Apesar de todos esses motivos estimularem a opção de iniciar um empreendimento próprio, pesquisas
afirmam que a maioria das empresas de sucesso foi iniciada por homens e mulheres motivados pela vontade
de ganhar dinheiro e, em alguns casos, pelo desejo de sair da rotina em que viviam (DEGEM, 1989).
O primeiro passo, é que a pessoa que vai iniciar o negócio possua, como todo empreendedor,
necessidade de realizar coisas novas e por em prática idéias próprias.
Ser empreendedor de um negócio próprio poderá trazer uma série de vantagens e realizações, po-
rém existem barreiras que o novo empreendedor terá de ultrapassar para conseguir se firmar no mercado
e alcançar o sucesso de seu empreendimento.
Dentre as barreiras, deixar de ser empregado e passar a ser patrão é uma mudança drástica e implica
e requer da pessoa bom senso e “tino comercial”.
A pessoa deve estar disposta a assumir responsabilidades perante o mercado onde irá expor seus
produtos ou serviços. Segundo Santos (2007) “as pressões da sociedade por produtos/ serviços de alta
qualidade, úteis e de certa forma acessíveis, tornam o processo não amistoso ao empreendedor, gerando
uma grande exigência de mercado”.
Ainda devemos levar em conta o item dedicação. Este aspecto aumenta muito quando se é proprie-
tário. Enquanto o empregado, em linhas gerais, tem o expediente de oito horas diárias, o empreendedor,
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muitas vezes, possui uma jornada de trabalho muito mais extensa e muitas vezes sem direito a férias e feriados.
No entanto, ter o próprio negócio possui também algumas vantagens, Santos no site http://www.
empreenderparatodos.adm.br/empre/mat_18.htm destaca algumas:
Poderá começar ao seu ritmo;
Irá vender o seu produto e obter lucros para sua empresa;
Poderá fazer seus próprios horários de maneira flexível;
Seus ganhos podem aumentar mensalmente;
Com bom produto / serviço e excelente atendimento poderá fidelizar clientes;
Terá capacidade de gerar emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento da região.
Vamos imaginar que a decisão de ter empreendedorismo como opção de carreira tenha sido tomada. Sendo
assim, existe um caminho que o futuro empreendedor deve percorrer: ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo)
Caminho 1 – auto conhecimento
É necessário que seja feita uma auto avaliação, a fim de que o futuro empreendedor perceba suas
reais qualidades e defeitos.
Caminho 2 – perfil do empreendedor
Observar se as características da pessoa são compatíveis com as do empreendedor.
Caminho 3 – aumento da criatividade
Criatividade é fundamental e nunca é pouco para um empreendedor. É necessário estimular a cria-
tividade para poder gerar inovação.
Caminho 4 – processo visionário
É necessário que o empreendedor possua ou então desenvolva a habilidade de enxergar oportunidades.
Caminho 5 – rede de relações
Estabelecer relações e fazer contatos é essencial ao desenvolvimento e sustentação da idéia do projeto.
Caminho 6 – avaliação das condições para iniciar um plano
Observação de todas as variáveis que podem influenciar o projeto.
Caminho 7 – plano de negócio
Criação e revisão de metas e prazos.
Caminho 8 – capacidade de negociar
Formação de parcerias e alianças com objetivo de alcançar benesses para todos.
Esses caminhos são apenas o começo do longo percurso que o empreendedor terá que percorre ao
optar por ter o próprio negócio.
Sobre a decisão de qual direcionamento dar à carreira, Micheletti afir-
ma no site http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/040603-
career_empreendedorismo_marilia.shtm que:
Para quem está indeciso de que carreira seguir, antes de mais nada é
preciso conscientizar-se de que o mercado de trabalho mudou muito nos úl-
timos anos. Hoje, além do curso superior, é imprescindível desenvolver ou-
tras habilidades como possuir uma boa bagagem emocional, suporte para
trabalhar com decisões, assumir riscos e liderar pessoas. É necessário acima
de tudo se preparar para a vida e não apenas para a carreira escolhida.
2. O que significa risco no contexto empresarial? Como o empreendedor pode se proteger dos
possíveis riscos que venham a ameaçar o seu empreendimento?
4. Em muitos casos, empreendedorismo é encarado como uma opção de carreira. Como tudo na vida,
essa escolha trará benefícios e barreiras para o futuro empreendedor. Analise as vantagens e desvantagens de se
tornar o empreendedor e dê sua opinião se, nessa situação, prevalece os benefícios ou as dificuldades.
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6. De que forma o empreendedorismo pode influenciar na gestão? Cite alguns exemplos de como
a atitude empreendedora pode refletir, positivamente, na administração de um negócio.
8. Analise os caminhos que uma pessoa que optar pelo empreendedorismo, como opção de car-
reira, deve percorrer.
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▄ ESCAMBO – Troca de bens e serviços sem a intermediação do dinheiro. É o estágio mais primiti-
vo nas relações de troca e caracteriza as sociedades de economia natural.
▄ GLOBALIZAÇÃO-Termo relacionado a integração cada vez maior dos mercados, dos meios de
comunicação e dos transportes.
▄ INFLAÇÃO - Aumento continuo e generalizado do nível geral dos preços.
▄ MACROECONOMIA – parte da ciência econômica que focaliza o comportamento do sistema
econômico como um todo.
▄ MOEDA - É um objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Sua aceitação é
garantida por lei.
▄ OPEN MARKET – Ou mercado aberto: mercado de compra e venda de títulos públicos.
▄ PERSUASÃO – Poder de convencer pessoas com relação a uma idéia
▄ PLENO EMPREGO DOS RECURSOS – Ocorre quando todos os recursos produtivos da economia
estão totalmente utilizados, ou seja, não existe capacidade ociosa nem trabalhadores desempregados.
▄ POLITICA FISCAL – Refere-se aos instrumentos de que o governo dispõe para arrecadação de
tributos (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos).
▄ POLÍTICA MONETÁRIA - Conjunto de medidas adotadas pelo governo visando adequar os
meios pagamento disponíveis ás necessidades da economia do país.
▄ REDESCONTO BANCÁRIO – É o empréstimo do Banco Central aos Bancos comerciais, nor-
malmente para cobrir problemas de liquidez.
▄ RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO – É a parcela dos depósitos a vista que os bancos comer-
ciais são obrigados legalmente a reter no Banco Central. Também chamadas depósitos ou encaixes
compulsórios.
▄ VIABILIDADE DO NEGÓCIO – Refere-se ao negócio possível, com chances de sucesso.
SITES
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/index.cfm
Marina Ceccato Mendes. Disponível no site:
http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html
Jorge Alberto dos Santos. Disponível no site:
http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/mat_18.
Micheletti. Disponível no site:
http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/040603-
Mansur. Disponível no site:
http://www.empreenderparatodos.adm.br/tema/emp/menu.htm
Sebrae disponível no site: http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/cce.htm
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