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ATERRAMENTO PARA

EQUIPAMENTOS
ELETRÔNICOS
SENSÍVEIS
PROFESSOR: MÁRIO ROBERTO DE LIMA PEREIRA
ENGENHEIRO ELETRICISTA- ELETRÔNICA/
CÁLCULO DE FALTAS ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
História
 Ver certos fenômenos da natureza ligados a eletricidade como o trovão,
sempre caia na direção da terra, a terra se tornou um referencial; sabemos
hoje que raios circulam entre nuvens, mas o mais visível ainda são os
"riscos" entre céus e terra.
 A partir de 1820, sistemas eletromagnéticos de telégrafo de longa
distância usavam dois ou mais fios para carregar sinais e retornar a
corrente.
 Karl August Steiheil (1836), um cientista alemão, descobriu que a terra
pode ser usada como caminho de retorno para completar um circuito. Ele
propôs que a Terra poderia funcionar como um condutor de retorno na
telegrafia se os terminais do cabo fossem enterrados no subsolo. Essa
inovação mudou totalmente o projeto de receptores telegráficos, pois
tornou o fio de retorno desnecessário. O resultado foi que o custo
associado às linhas de telégrafo também diminuiu.
História

Construção de uma linha de telégrafo, Fonte: EDI18701 2017 1 AULA01, IFSC.


em1863 (História viva)
História
 A Western Union Telegraph Company, em 1861, finalizou a primeira linha
de telégrafo transcontinental entre Saint Joseph, Missouri e Sacramento,
Califórnia. Todas as linhas usaram aterramento elétrico, mas a maioria
ainda encontrou problemas; a maior parte dos problemas de aterramento
resultava de condutividade ruim (advinda do tempo seco), e muitas vezes
tinha de se usar água na vara de aterramento para que o telégrafo
funcionasse.
 Quando o telégrafo foi substituído pelo telefone como dispositivo primário
de comunicação à distância, o aterramento elétrico passou a ser usado em
outros dispositivos, incluindo ferrovias elétricas, sistemas de energia e uma
variedade de circuitos.
 Hoje, sistemas elétricos e de transmissão usam aterramento para prevenir
condições perigosas, assim como para facilitar o retorno da corrente.
Outros usos incluem desviar relâmpagos com segurança para longe de
edifícios e para a terra.
História
 Durante a segunda Revolução Industrial, com o advento da eletricidade e do
eletromagnetismo como recurso, mas por se conhecer pouco sobre a
eletricidade e seus efeitos, eram frequentes os acidentes, e pouca importância
era dada, pois a mão de obra era "excedente“.
 Máquinas operando em tensões altas (perto dos 1000 até cerca de 2500V, pois
as máquinas eram pouco eficientes), fios expostos e nenhum EPI ou EPC.
Neste cenário, entre frequentes protestos por melhores condições de trabalho,
que surgiu a necessidade de um sistema que protegesse o usuário de choques
elétricos, entre eles o aterramento.
 Site Portal da eletricidade, acesso em 15/01/2021.
http://universoeletrotecnica.blogspot.com/2017/03/aterramento-eletrico-origens.html

 Ver filme da History Channel sobre a história da eletricidade.


INFORMAÇÕES GERAIS
• A palavra aterramento refere-se à terra propriamente dita. O aterramento é o
fio ou a barra de cobre enterrado que tem o propósito de formar um caminho
condutor de eletricidade, tanto quanto assegurar continuidade elétrica e
capacitar uma condução segura qualquer que seja o tipo de corrente.
• Os sistemas elétricos em geral não precisam estar ligados a terra para seu
funcionamento de fato. Porém, nos sistemas elétricos quando indicamos as
tensões, geralmente elas são referidas a terra que, neste caso, representa
um ponto de referência (ponto de potencial zero) ao qual todas as outras
tensões são referidas. Aterrar significa controlar a tensão em relação a terra
dentro de limites previsíveis.
• Quando alguém está em contato com a terra, seu corpo está
aproximadamente no potencial da terra. Se a estrutura metálica de uma
edificação está aterrada, então todos os seus componentes metálicos estão
aproximadamente no potencial de terra.
INFORMAÇÕES GERAIS
INFORMAÇÕES GERAIS
• Quando se diz que algum aparelho está aterrado(ou eletricamente aterrado)
significa que um dos fios de seu cabo de ligação está propositalmente ligado à
terra. Ao fio que faz essa ligação denominamos "FIO TERRA".

• O aterramento dos sistemas elétricos visa à proteção das pessoas e do


patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na instalação e oferece um
caminho seguro, controlado e de baixa impedância em direção à terra para as
correntes induzidas por descargas atmosféricas.

• Quando uma das três fases de um sistema não aterrado entra em contato
com a terra, acidentalmente ou não, a proteção não atua e nenhum
equipamento para de funcionar. Nesse sistema é possível energizar a carcaça
metálica de um equipamento com um potencial mais alto que o da terra,
colocando as pessoas que tocarem o equipamento e um componente
aterrado da estrutura simultaneamente, em condições de choque.
INFORMAÇÕES GERAIS
• Qualquer que seja a finalidade do aterramento, proteção (constituído pelas
medidas destinadas à proteção contra choques elétricos provocados por
contato indiretos) ou funcional (aterramento de um condutor do sistema,
geralmente o neutro, objetivando garantir a utilização correta e confiável da
instalação) o aterramento deve ser único em cada local da instalação.

• É obrigatório que todas as tomadas tenham o seu fio terra. Normalmente elas
já vêm com o fio terra instalado, seja no próprio cabo de ligação do aparelho à
tomada, seja separado dele. No primeiro caso é preciso utilizar uma tomada
com três polos onde será ligado o cabo do aparelho.
FUNÇÕES DO ATERRAMENTO
• O aterramento é obrigatório e a baixa qualidade ou a falta do
mesmo invariavelmente provoca queima de equipamentos.
• Suas características e eficácia devem satisfazer algumas
prescrições
de segurança das pessoas
desligamento automático
cargas estáticas
equipamentos eletrônicos
controle de tensões
Transitórios

O TERRA DE REFERÊNCIA SEMPRE SERÁ A TERRA?

Em certas ocasiões, o potencial de terra pode ser muito diferente


daquele do condutor de aterramento. É muito importante que as
tensões de toque e de passo sejam expressas em relação ao terra de
referência mais apropriado. Se assim não fosse, como um avião em
voo possui um terminal de aterramento, sem que haja terra no espaço?
ATERRAMENTO ÚNICO
O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro
de uma instalação elétrica: proteção contra choques, contra descargas
atmosféricas, contra sobretensões, proteção de linhas de sinais e de
equipamentos eletrônicos e proteções contra descargas eletrostáticas.

Normalmente, estuda-se cada proteção mencionada separadamente, o


que leva, em alguns casos, a imaginar que tratam-se de sistemas
completamente separados de proteção. Isso não é verdade. Para
efeito de compreensão, é conveniente separar os casos, porém, na
execução dos sistemas, o que existe é um único sistema de
aterramento.

Dessa forma, veremos a seguir os principais aspectos de cada item e,


no final, iremos reuni-los em um só aterramento.
ATERRAMENTO ÚNICO
ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
A NBR-5410 classifica os sistemas de distribuição em baixa tensão
Em função das ligações à terra da fonte de alimentação (geralmente
um transformador) e das massas, de acordo com a seguinte
simbologia, constituída de 2 ou 3 ou, eventualmente, 4 letras:

• A primeira letra representa a situação da alimentação em relação à terra:


✓ T = um ponto diretamente aterrado.
✓ I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de
um ponto através de uma impedância;

• A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em


relação à terra:
✓ T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento
eventual de um ponto da alimentação.
✓ N = massas ligadas diretamente ao ponto da alimentação aterrado ( em
CA o ponto aterrada é normalmente o neutro );
ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
• outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do
condutor
 de proteção:
S = funções de neutro e de proteção asseguradas por
condutores distintos;
C = funções de neutro e de proteção combinadas em
um único condutor (condutor PEN).
 As instalações elétricas de baixa tensão devem ser
executadas de acordo com os esquemas TT, TN (podendo
ser TN-S, TN-C ou TN-C-S) e IT.
ESQUEMAS DE
ATERRAMENTO
• QUAL A DIFERENÇA ENTRE
NEUTRO E TERRA, SE AMBOS
TEM POTENCIAL ZERO E
MESMA ORIGEM?
ESQUEMA TN
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente
aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto através de
condutor de proteção:

✓ TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos;

✓ TN-C, o condutor neutro e o de proteção são combinados


em um único condutor ao longo de toda a instalação.

✓ TN-C-S, o condutor neutro e o de proteção são


combinados em um único condutor em uma parte da
instalação;
a) Esquema TN-S
T N (as massa são ligadas à terra através do neutro)

massas ligadas
ao neutro

ponto neutro
ligado à terra

PE
b) Esquema TN-C
c) Esquema TN-C-S
c) Esquema TN-C-S
ESQUEMA TT (neutro aterrado)
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente
aterrado, estando as massas da instalação ligado à eletrodos
de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de
aterramento da alimentação.

T T (neutro à terra)
massas à terra

neutro ligado
à terra
Esquema IT (neutro isolado ou
aterrado por impedância)
Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação
diretamente aterrado, somente as massas da instalação são
aterradas.

I T (neutro isolado)

massas à terra

neutro isolado
ou aterrado através
de uma resistência
de valor elevado
APLICAÇÃO DOS ESQUEMAS
TT,TN E IT
• Quando a instalação possui um transformador ou gerador próprio, como é o caso
das indústrias e de certos prédios institucionais e comerciais de porte, via de
regra, a opção é pelo esquema TN. Mas, quando o prédio é alimentado por
transformador exclusivo de propriedade da concessionária, tem-se que consultar
a concessionária a respeito da utilização de seu neutro como condutor PEN.

• Para instalações alimentadas por rede pública de baixa tensão, caso das
residências e pequenos prédios de todos os tipos, devido ao aterramento
recomendado para o neutro, o esquema IT fica eliminado e o TT é o mais
indicado.

• Quando existirem equipamentos com elevado nível de correntes de fuga, o


esquema TT não é recomendado, em virtude da possibilidade de disparos
intempestivos dos dispositivos DR’s e quando existirem equipamentos com
elevada vibração mecânica, o uso de um esquema TN não é indicado, devido à
possibilidade de rompimento dos condutores.
NORMA 5410

 Estabelece as condições de instalações elétricas de baixa


tensão, com o objetivo de garantir a segurança de pessoas e
animais, bem como o funcionamento adequado e
conservação dos bens.
 Aplica-se aos circuitos elétricos alimentados sob tensão
nominal igual ou inferior a 1.000 V em CA e com frequências
menores que 400 Hz; ou a circuitos alimentados até 1.500 V
em CC.
 Item 6.4 – Aterramento e Equipotencialização
5410 – item 6.4 – Aterramento e
Equipotencialização
 Toda edificação deve dispor de uma infra-estrutura de aterramento, denominada “eletrodo de
aterramento”, sendo admitidas as seguintes opções:
 a) preferencialmente, uso das próprias armaduras do concreto das fundações (ver 6.4.1.1.9); ou
 b) uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no concreto das fundações
 (ver 6.4.1.1.10); ou
 c) uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação e
 complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-de
galinha”);
 d) no mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da edificação e complementado,
quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-de-galinha”).
 NOTA: Outras soluções de aterramento são admitidas em instalações temporárias; em instalações em
áreas descobertas, como em pátios e jardins; em locais de acampamento, marinas e instalações
análogas; e na reforma de instalações de edificações existentes, quando a adoção de qualquer das
opções indicadas em 6.4.1.1.1 for impraticável.
5410 – item 6.4 – Aterramento e
Equipotencialização
 SOUOBRIGADO A TRABALHAR DE
ACORDO COM A NORMA?
Apenas quando esta é determinada por uma lei, entretanto n ão
cumprir a norma significa estar sujeito ao inciso VIII do artigo 39
do Código de Defesa do Consumidor, caso haja problemas com
o produto ou serviço não normalizado.
NORMA REGULAMENTADORA NR 10

 As NRs são obrigatórias por lei, pois trata-se de determinação


da CLT e regulamenta toda legislação de segurança e saúde
no trabalho.
 NR 10 trata da segurança em instalações e serviços em
eletricidade, estabelece condições mínimas.
COMO VALIDAR O ATERRAMENTO?
 QUAL DEVE SER O VALOR DO ATERRAMENTO ELÉTRICO
SEGUNDO AS NORMAS TÉCNICAS?
Consultando a 5410 e a 5419:
5410 – não recomenda um valor específico para o aterramento
elétrico, apenas uma fórmula para seu valor máximo:
R= UL/ Ia
UL = tensão de toque (50 V)
Ia = corrente de atuação do dispositivo de proteção residual (30
mA a 500 mA).
Aplicando-se a fórmula, temos entre 100 a 166 Ohms como
máxima resistência de aterramento.
COMO VALIDAR O ATERRAMENTO?
 CONSULTANDO A NBR 5419
 Na Norma atual não é mencionado nenhum valor específico pois se sabe
que a configuração da malha de aterramento, associada ao anel
circundando a edificação, é a melhor solução tanto para a dispersão das
correntes no solo, quanto para a segurança pessoal.
 Associado a esse tema, temos de lembrar que as correntes impulsivas têm
miopia para a resistência ( R ), sendo mais importante a sua Impedância (Z),
que depende da geometria da malha e do perfil dos materiais que estão
sendo usados.
COMO VALIDAR O ATERRAMENTO?
 Mas se os 10 OHMS não validam o aterramento, como valido um
aterramento de SPDA hoje em dia à luz da nova Norma?
 A eficiência de um aterramento de SPDA pela nova Norma pode ser validada
pelos seguintes itens.
 Verificação conforme itens da norma sobre os Eletrodos naturais e Eletrodos
não naturais.
 Logo, antigamente se validava um aterramento a partir de um valor de
resistência que aparecia no aparelho sem se questionar o método de medição
usado, contra 13 ou mais itens que fazem realmente uma grande diferença na
qualidade e eficiência do eletrodo de aterramento.
 É necessário muito cuidado com os milagrosos aterramentos separados,
eletrônicos, isolados, exigidos por fabricantes de equipamentos eletrônicos.
 A Norma deixa claro que caso existam outros eletrodos de aterramento estes
têm de ser equalizados via barramentos BEP ou BEL.
ATERRAMENTO PARA EQUIPAMENTOS
ELETRÔNICOS SENSÍVEIS
 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO PARA
EESs:
 1- Uso do sistema de aterramento de força para os EESs;
 2- Uso de um sistema de aterramento independente, isolado
do sistema de aterramento de força;
 3- Uso de um sistema de aterramento radial de ponto único;
 4- Uso da malha de Terra de Referência (MTR), também
designada Signal Reference Grid (SRG).
1- ATERRAMENTO DE EES EM ÚNICA
MALHA DE TERRA DE FORÇA
1- ATERRAMENTO DE EES EM ÚNICA
MALHA DE TERRA DE FORÇA
a) Vantagens:
Equalização dos potenciais de passo e toque;
Baixas impedâncias para correntes de curto-circuito fase-terra;
Facilidade no controle da resistência de terra, que dependem da resistência
do condutor e da resistividade do solo;
Segurança pessoal garantida;
1- ATERRAMENTO DE EES EM ÚNICA
MALHA DE TERRA DE FORÇA
b) Desvantagens:
Diferença de potencial entre as barras de terra de referência do sinal
eletrônico, fazendo circular uma corrente no condutor que interliga as
mesmas. Essa diferença de tensão é denominada de potencial de modo
comum.
Possibilidade de alteração do potencial da barra de terra de referência de
sinal eletrônico, provocando funcionamento inadequado do equipamento.
Elevação de potencial na malha de terra quando submetida a correntes de
alta frequência.
2 – SISTEMA DE ATERRAMENTO
INDEPENDENTE
2 – SISTEMA DE ATERRAMENTO
INDEPENDENTE
a) Vantagens:
Baixas impedâncias para as correntes de curto-circuito fase-terra;
Facilidade no controle da resistência de terra, que depende da
resistência do condutor, que é função da sua seção transversal e da
resistividade do solo.
b) Desvantagens:
O equipamento sensível sempre está sujeito a um acoplamento
capacitivo, quando qualquer um dos sistemas de aterramento for
submetido a uma corrente de alta frequência.
2 – SISTEMA DE ATERRAMENTO
INDEPENDENTE
A malha de terra do EES está sempre sujeita a um
acoplamento resistivo, quando o sistema de aterramento de
força for submetido a uma corrente elétrica;
 Arranjo do aterramento é proibido por diversos documentos
normativos, em virtude da segurança pessoal comprometida.
3 – ATERRAMENTO PONTO ÚNICO
3 – ATERRAMENTO PONTO ÚNICO
a) Vantagens:
Equalização dos potenciais entre as barras de terra de referência de
sinal e a de proteção PE para correntes de baixa frequência.

b) Desvantagens:
Instalação de duas barras de terra mais o neutro no QD;
Acoplamento capacitivo entre barra de terra mais o neutro de referência
de sinal e o invólucro metálico, aterrado na barra de terra de proteção
PE, quando a malha de terra é percorrida por uma corrente de alta
frequência;
Acoplamento capacitivo entre o terra de referência de sinal eletrônico e a
carcaça dos EESs;
3 – ATERRAMENTO PONTO ÚNICO
b) Desvantagens:
Considerando que na prática os circuitos de aterramento entre os
EESs e o QD são constituídos por condutores longos, poderá ocorrer
elevação de potencial entre as duas barras de aterramento de força e de
sinal, quando estes condutores conduzirem correntes de alta frequência.

Esse sistema atende à condição de circulação de correntes de baixa


frequência, porém não oferece proteção satisfatória aos EESs para
correntes de alta frequência.
4 – ATERRAMENTO POR MALHA DE
TERRA DE REFERÊNCIA DE SINAL
4 – ATERRAMENTO POR MALHA DE
TERRA DE REFERÊNCIA DE SINAL
a) Vantagens:
Assegura a equalização dos potenciais das duas malhas de terra para a
circulação de correntes de baixa e alta frequência;
Garante a segurança pessoal, qu anto às tensões de toque e de passo.
b) Desvantagens:
Situação desfavorável quando vários EESs, localizados em prédios
diferentes (centros empresariais), são interligados através de cabos de
comunicação de dados, há a possibilidade de circulação de corrente de
alta frequência nos condutores, e que, devido ao longo comprimento,
permitirão elevação significativa de potencial.
NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA
NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA
NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA
 MESH = λ / K (m)
K = 10 ou 20
λ = comprimento de onda perturbadora em metros.
λ = V/ F
V = velocidade de propagação da luz que é 300 km/ µs.
F = frequência da onda perturbadora em Hz.
Condutores com seção >= 16 mm2 quando enterrados em solo.
A resistência da malha não é um dado significativo, seu valor de preferência
deve ser R <= 30 Ω.
NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA
 CÁLCULO DO MESH DE UMA MAHA DE TERRA DE REFERÊNCIA:
Considerando:
Sinal injetado com frequência de 30 MHz.
K = 20
λ = V/ F = 300 x 106 / 30 x 106 = 10 m
O espaçamento será:
Dc = λ / 20 = 10 / 20 = 0,5 m = 50 cm.
NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA
REFERÊNCIAS BIBLILOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 comentada. Versão 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419. Versão 2015.
CAPELLI, ALEXANDRE. Energia elétrica para sistemas automáticos da produção. São
Paulo: Érica. 2007.
DIAS, GUILHERME A.D. Harmônicas em sistemas industriais. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.
KINDERMAN, GERALDO. Aterramento elétrico. 3ª ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto.
1995.
LEITE, DUÍLIO MOREIRA. Proteção contra descargas atmosféricas. 5ª ed. São Paulo:
Officina de Mydia Editora, 2001.
MAMEDE FILHO, JOÃO. Proteção de equipamentos eletrônicos sensíveis. São Paulo:
Érica, 2015.
MORENO, H. & COSTA, P.F. Aterramento elétrico. PROCOBRE.
OBRIGADO !!!

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