Gabriela Petkevicius

ESPOROZOÁRIOS OU APICOMPLEXA • O complexo apical: destinado à sua

fixação e penetração nas células dos
• São chamados de esporozoários ou
organismos hospedeiros.
apicomplexa
• Ordem ⤅ Eucoccidiida
• Classe Sporozoea ⤅ três famílias tem
interesse médico:
 Eimeriidae: gêneros Eimeria e
Isospora (causa doença em cães e em
seres humanos)
 Sarcocystidae: gêneros Sarcocystis e
Toxoplasma (3 formas infectantes) Anéis (A) ⤅ no pólo anterior sob a
 Crystosporidiidae: gênero membrana celular; Conóide (Co) ou tronco de
Crystosporidium (forma infectante ⤅ cone; Fibras do conoide (Fc) ⤅ ligam os
oocisto esporulado) que são em geral anéis; Roptria (R) e micronemas ⤅ organelas
inócuos, mas tornam-se patogênicos alongadas que produzem materiais para
em indivíduos imunodeprimidos. se aderência e a penetração; Membrana
desenvolvem no espaço intracelular, externa (Me) e Membrana interna (Mi) ⤅
porém extracitoplasmático que é fenestrada e sustentada por certo
Exemplo: número de microtúbulos do conoide (Mt)

• Reprodução sexuada (acontece no

hospedeiro definitivo) e a reprodução
assexuada (acontece no hospedeiro
definitivo e no intermediário):
1- Primeiro é assexuado ou
esquizogônico:
A ⤅ que começa com uma forma
As três figuras superiores representam oocistos de
Isospora belli, em diferentes estádios de maturação.
invasiva, ou esporozoíta (E) ⤅ este,
A, Na fase inicial, com um só esporoblasto. B, Em dentro da célula hospedeira
seguida, com dois esporoblastos que já produziram transforma-se em um organismo
cada qual seus esporocistos. C, Oocisto maduro, com arredondado (esquizonte, F) e sofre
dois esporocistos, contendo quatro esporozoítas
múltiplas divisões nucleares ⤅ depois,
cada, além de granulações do corpo residual.
libera outras formas invasivas, os
CLASSE SPOROZOEA merozoítas (G) que podem repetir a
esquizogonia ou produzir gametogonia
• Parasitos obrigatórios e sem estrutura
de locomoção

os gametócitos masculinos (H) e
femininos (I)
2- Ciclo Sexuado ou Esporogônico
Inicia pela fusão dos gametas (C) e
formação do ovo ou zigoto ⤅ o zigoto
produz um envoltório e passa a
constituir um oocisto imaturo ⤅ no
meio exterior passa a esporocisto ⤅
no interior deste esporocisto
formam-se esporozoítas com
capacidade invasiva (D, E) (OBS: isso
não acontece com o Crystosporidium,
visto que ele não precisa estar em um
ambiente para se tornar infectante,
pois ele já é infectante) ⤅ o ciclo
encerra quando os esporozoítos (E)
penetram num novo hospedeiro.
TOXOPLASMA GONDII
• Tem um formato de arco
• Uma vez que a pessoa se infecta ⤅ ela
tem a infecção para o resto da vida
• Império Eukaryota
 Reino Protozoa
 Filo Apicomplexa
 Classe Coccidea
 Ordem Eimeriida
 Família Sarcocystidae
 Subfamília Toxoplasmatinae
 Gênero Toxoplasma
• No hospedeiro multiplicam-se em vários
tipos de células ⤅ principalmente em
Gabriela Petkevicius
células leucocitárias, células do sistema
fagocítico mononuclear, células nervosas,
células do musculo cardíaco, musculo liso
• A gravidade depende da localização dos
taquizoítos ⤅ pois os taquizoítos tem a
capacidade de multiplicação rápida e são
as formas infectantes capazes de invadir
as células
• Na maioria das pessoas e animais não
ocorre aparecimento de manifestação
clínica.
• Também pode gerar um quadro agudo
febril, com linfadenopatia
• A infecção pode também ocorrer pela via
congênita
• Nas crianças ⤅ produz uma infecção
subaguda com encefalopatia e
coriorretinite que, nos casos congênitos,
é particularmente grave
• Os imunodeprimidos com sorologia
positiva desenvolvem uma encefalite
MORFOLOGIA E HABITAT
• Hospedeiro definitivos ⤅ gatos
domésticos e demais felídeos
• Hospedeiros intermediários ⤅ animais
de sangue quente
• Parasito intracelular obrigatório ⤅
invade de preferência as células do
sistema fagocítico mononuclear, os
leucócitos e as células parenquimatosas.
• Ao penetrar nas células do hospedeiro,
os toxoplasmas desenvolvem um processo
ativo de endocitose ⤅ ele permanece no
vacúolo parasitóforo sem ser digerido e
aí se multiplica por um processo de
brotamento interno ou endogenia (uma
célula mãe da origem a duas células
filhas)
 Gabriela Petkevicius
ingestão de carne crua e mal cozida
contendo cistos (bradizoíto),
especialmente carne de suínos e
ovinos e ainda a ingestão de
taquizoitos excretados pelo leite de
ESTÁGIOS INFECTANTES
cabras infectadas.
• Oocisto esporulado ⤅ terá 2 esporocistos
e cada esporocisto possui 4 esporozoítos.
Possui uma parede dupla. São produzidos
nas células intestinais de felídeos.
• Taquizoíto ⤅ tem a capacidade de
ultrapassar a barreira transplacentária.
É a forma encontrada durante a fase
aguda da infecção. Se multiplica
rapidamente.
• Bradizoíto ⤅ vai está se multiplicando
lentamente dentro do cisto. É a forma
encontrada em células permanentes de
vários tecidos (nervoso, retina,
 O esporozoíto penetra na célula ⤅ vai
musculares esqueléticos e cardíacos)
formar os esquizontes ⤅ sofrendo
CICLO BIOLÓGICO multiplicação nuclear dando origem
aos merontes ⤅ dentro dos merontes
estarão os merozoítos ⤅ quando
entram no ciclo sexuado por
gametogania ⤅ formam os
macrogametas e microgametas ⤅ vão
fecundar ⤅ formando o zigoto ⤅ cai
na luz intestinal do felino na condição
de oocisto

TRANSMISSÃO

• Ingestão de água contaminada

• Ingestão de alimentos contaminados
 O homem pode se contaminar pela
• Geofagia
ingestão acidental de oocistos
• Ingestão de leite não pasteurizado
mantidos do solo, crianças que
• Carnes malcozidas contaminadas
brincam em tanques de areia, onde os
gatos costumam defecar, pelo INFECÇÃO
contato com latas de lixo
• Linhagens virulentas
contaminados com fezes de gatos
 Os parasitos invadem principalmente
infectados; e principalmente pela
os macrófagos e leucócitos, sendo

logo encontráveis em todos os tecidos
do organismo
 Dezenas de taquizoítas acumulam-se
no interior de cada célula, formando
um pseudo-cisto que acaba por
romper-se e disseminar os
toxoplasmas para invasão de novas
células
 O resultado pode ser fatal em poucos
dias
• Linhagens não virulentas
 Inoculadas em animais ⤅ formam-se
pseudocistos pequenos na primeira
semana cujo número passa a
decrescer ⤅ desaparecendo após
duas semanas
 No cérebro e outros órgãos ⤅ alguns
parasitos se multiplicam cercados por
uma membrana cística
 Normalmente os cistos não se
rompem, nem produzem reação em
torno
 Em todas as espécies de hospedeiros
desenvolve-se certo grau de
imunidade nas reinoculações
 Desde a primeira infecção a sorologia
fica positiva
 Mas nas fases crônicas da infecção só
se encontram formas encistadas, nos
tecidos, e as provas sorológicas
tornam-se negativas ou
extremamente baixas
 A proteção dos hospedeiros é
assegurada sobretudo pela imunidade
celular
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
• Primeiro trimestre
 Há então abortamento ou morte fetal
• Segundo trimestre
 Aborto ou nascimento pré-maturo
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 As crianças que sobrevivem
apresentam grande retardo no
desenvolvimento físico e mental
• Ultimo trimestre
 Em geral, assintomática ou o quadro
clinico é relativamente brando
 Podem apresentar evidencias da
doença alguns dias, semanas ou meses
após o nascimento
• Toxoplasmose aguda
 Lesões disseminadas, principalmente
na retina e no cérebro
 Exantema e, por vezes, adenite,
linfadenopatia, hepatite, pneumonite,
e derrames cavitários
• Toxoplasmose aguda e subaguda
 Icterícia e hepatoesplenomegalia
• Toxoplasmose subaguda e crônica
 As lesões viscerais regridem e
permanecem as neurológicas e
oculares (“foco em roseta ou em roda
de carroça”)
 Na síndrome de Sabin típica há
perturbações neurológicas em 60%
dos casos
• Tríade de Sabin
 Hidrocefalia ⤅ em 50%
 Microcefalia ⤅ 50%
 Calcificações cerebrais ⤅ 70%
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→ Formas febris com adenopatias
 A sintomatologia varia muito
• Duração e sinais
 Pode durar de uma semana a vários
meses, de forma irregular, com mal-
estar, cefaleia, mialgias e anorexia.
 Retinocoroidite ⤅ 90%
Retinocoroidite pode ser a única
manifestação da doença.
 Há também formas graves ou fatais
⤅ com exantema generalizado e
lesões viscerais
 Em imunodeficientes ⤅ pode instalar-
 Ptose palpebral
se subitamente uma encefalite aguda
que mata em poucos dias
 Mas há casos de evolução lenta

DIAGNOSTICO LABORATORIAL

• Direto
Manifestações de  Para isolamento ⤅ inoculação
toxoplasmose congênita intraperitoneal ou intracerebral de
material teste em camundongo
 PCR
• Indireto
Sequelas ou recaídas Doença  RIFI ⤅ usada para IgG e em grávidas
de uma infecção não moderada ou
diagnosticada Doença
servera, Infecção
testar IgM
previamente, que neonatal
evidente ocorre nos subclínica  ELISA ⤅ mais utilizada para IgM
pode aparecer primeiros
tardiamente (na
adolescência)
meses de vida (tem pico em um mês)
 Hemaglutinação indireta (HI)
 Fixação do complemento (Fc)
TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA OU PÓS-
 Teste de corante de Sabin-Feldman
NATAL
⤅ aplicado desde 1948 ou azul de
• Período de incubação metileno
 Varia de cerca de uma semana a • Encefalites toxoplàsmicas
alguns meses  Ressonância magnética
 A maioria dos casos de infecção  Tomografia computadorizada ⤅ para
adquiridos na segunda infância ou na localizar as lesões e orientar o
idade adulta é assintomática. Os tratamento
demais podem ser agrupados em:
→ Formas subclínicas, sem febre ou EPIDEMIOLOGIA
outras queixas • Zoonose cosmopolita
→ Com adenopatias e sem febre

 Os gatos infectam-se ao caçarem
roedores e outros pequenos animais
ou ao se lamberem depois de contato
com o solo onde enterram suas fezes
 Hospedeiro ⤅ população felina
errante
 Ambiente ⤅ cloração não é
suficiente; não pavimentação de ruas
e facilidade do hospedeiro em acessa
sistema de tratamento de água
• Inativação do parasito
 Oocistos e taquizoítos
temperatura de 56°C por 15 min e
formal a 5% ou álcool a 70% em 10
min
 Bradizoítos e os cistos
congelados a -15°C por + de 3 dias e -
20°C por + de 2 dias; aquecidos a
65°C por 10 min; submetidos a
preocsso de salga e cura ⤅ salgar
com 2,5% de sal por 48h
• Resistência
 Oocistos e taquizoítos ⤅ cloração
 Bradizoítos ⤅ suportam
temperaturas de geladeira
TRATAMENTO
Combinação de sulfonamidas
pirimetamina
 Tem caráter sobretudo supressivo,
agindo sobre os taquizoítas mas sem
influir sobre os bradizoítas
 As indicadas para os processos e
lesões em atividade:
→ Sulfadiazina, sulfamerazina ou
sulfapirazina, por via oral, durante
2 a 4 semanas
→ Se tiver tolerância as sulfas,
utilizar clindamicina ou
espiromicina no lugar
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→ Cuidar dos efeitos tóxicos
encurtando o tratamento se
necessário
 Primetamina por via oral, associada
as sulfas ⤅ controlar o tratamento
com exames de sangue periódicos
 O tratamento materno precoce é
aconselhado para prevenir a infecção
fetal
 Devem ser tratadas as
→ Crianças com processos ativos
⤅ → Paciente com sorologia positiva ⤅
imunodeprimidos ou recebendo
tratamento imunodepressores
 Os casos de AIDS exigem tratamento
⤅ permanente, optando-se por
clindamicina, se surgirem alterações
hematológicas
PREVENÇÃO
• Cozinhar alimentos
• Não ingerir carne crua
• Beber água filtrada
• Limpar caixa de areia com menos de 24h
CRYPTOSPORIDIUM SP.
• Império Eukaryota
com  Reino Protozoa
 Filo Apicomplexa
 Classe Coccidea
 Ordem Eimeriida
 Família Cryptosporidiidae
 Gênero Cryptosporidium
• Desenvolve-se nas microvilosidades das
células epiteliais dos sistemas
respiratório e digestivo de vertebrados
• Pode ser cultivado em biofilme, não
necessariamente ele é intracelular
• Monóxenos ⤅ apenas um hospedeiro
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• Existem 22 espécies consideradas CICLO BIOLÓGICO
validas e muitos genótipos de caráter
zoonótico

MORFOLOGIA E HABITAT

• Possui fases parasitarias aderidas a

membrana citoplasmática das células da
mucosa intestinal
• No intestino delgado ⤅ apresenta-se
como um esquizonto esférico
intracelular extracitoplasmático (com 5
a 7µm) ⤅ aderido ao epitélio ou contido
em um vacúolo parasitóforo
• Microgametas sem flagelo
• Esporogonia no hospedeiro e o oocisto é
sem esporocisto
• Os oocistos
 Já são eliminados (nas fezes)
esporulados e possui 4 esporozoítos
 80% possuem parede grossa e são
eliminados nas fezes
1- O indivíduo se contamina ingerindo o
 20% possuem parede delgada e fazem
oocisto na água
autoinfecção
2- O oocisto passa pelo TGI ⤅ dissolve sua
 Podem atravessar o processo de
membrana externa e libera os
tratamento da água
esporozoítos no intestino ⤅ os
esporozoitos penetra a célula intestinal
(enterócito) ⤅ se transformando em
trofozoíto
3- O trofozoíto sofre múltiplas divisões e
vai da origem aos merontes do tipo I
(terão de 6 a 8 merozoitos)
4- Os merozoitos serão eliminados desses
merontes ⤅ vão cair na luz intestinal e
vão penetrar em outras células ⤅
Cryptosporidium parvum, no epitélio intestinal do
continuando com o ciclo assexuado
camundongo. A, Oocisto maduro com seus quatro
4.1 – Ou os merozoitos podem dar origem
esporozoítas. B, Fim da esquizogonia.
aos merontes tipo II (possuem 4
merozoitos) e dá início ao ciclo sexuado
⤅ os merozoitos saem de dentro desse
meronte ⤅ penetra na célula e por
gametogonia dão origem aos macro e

microgametócito ⤅ fecundado ⤅  Persistem por 1 a 2 semanas, é
formando o ovozigoto ⤅ pode ter a
formação de uma membrana espessa e
ser eliminado nas fezes ou pode formar
um oocisto de parede delgada e fazer a
autoinfecção
• O período de incubação ⤅ até o
aparecimento de sintomas varia de 2 a 10
dias ⤅ com média de 7 dias com inicio
explosivo de enterocolite aguda
TRANSMISSÃO
• Água de recreação
• Ingestão de água contaminada
• Ingestão de alimentos contaminados
• Geofagia
• Via fecal-oral
SUSCEPTIBILIDADE DO HOSPEDEIRO
• Todas as pessoas podem ser suscetíveis
• Porém é mais grave em pessoas:
 Imunocomprometidas (HIV/AIDS)
 Câncer
 Transplantados que são tratados com
drogas imunossupressoras
 Crianças, com faixa etária entre 1 a 5
anos
• Crianças e mulheres grávidas são mais
suscetíveis a desidratação
• Imunocompetentes podem ser
assintomáticos ou com sintomas de
duração limitada
 Importância epidemiológica como
fonte de infecção e como fonte de
contaminação para o meio ambiente
QUADRO CLÍNICO
• Diarreia aquosa, cólicas, dor
epigástricas, náuseas e vômitos, mal-
estar e perda de peso
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autolimitado, mas podem aparecer e
voltar uma ou mais vezes (recidivas)
• O exame físico constata desidratação e
caquexia, persistindo a sintomatologia
(se o paciente não for reidratado) pode
evoluir até a morte, por outras causas
• Há intolerância à lactose e má absorção
de gorduras
• Forma crônica:
 Perda de peso e má absorção de
nutrientes
 O envolvimento das vias biliares pode
agravar ainda mais o quadro crônico e
aumentar as dificuldades de
tratamento
• Entre os indivíduos HIV-positivos com
diarreia, a prevalência está em torno de
14% nos países desenvolvidos e 24% nos
países subdesenvolvidos
DIAGNÓSTICO
• Parasitologico de fezes
• Kits de ELISA comerciais
 Geralmente projetado para fezes de
humanos
 São de fácil utilização
 Não é testado para
espécies/genótipos específicos de
animais
 Não consegue diferenciar espécies de
Cryptosporidium ou genótipo de
Giardia duodenalis
• PCR
 Extração de DNA genômico
EPIDEMIOLOGIA
• Incluído na iniciativa das doenças
negligenciadas pela OMS, estreita
relação à população com baixo poder
aquisitivo

• Fatores de risco
 Água
 Más condições de higiene
 Grande quantidade de oocistos que
são eliminados nas fezes
• A primeira infecção humana foi
registrada em 1976, em uma menina de 3
anos
• A partir de 1978 começaram então a
surgir os registros de casos humanos com
presença de oocistos nas fezes
• A criptosporidiose causa vários níveis de
morbidade e mortalidade em animais e
humanos ⤅ a ocorrência é elevada quando
há contato íntimo entre os mesmos
• Cryptosporidium ⤅ é um dos principais
responsáveis por diarreias infantis em
crianças de 2 a 5 anos que frequentam
creches
• Um único bezerro infectado pode
eliminar cerca de 1 bilhão a 10 bilhões
de oocistos nas fezes durante uma
semana
• Os indivíduos com AIDS são grandes
eliminadores de oocistos
• A prevalência é mais elevada entre os
homossexuais aidéticos
• Os dados disponíveis sobre a presença
em mananciais provêm, de pesquisas
cientificas:
 Águas superficiais
 Subterrâneas
 Fontes naturais
 Minerais
 Esgotos parcialmente tratados ou
sem tratamento
• Qualidade da água x a turbidez
 Quanto maior o grau de turbidez na
amostra da água ⤅ maior a
possibilidade de encontrar o parasito
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⤅ tanto na água não tratada como na
tratada
• Resistencia do parasito
 Apresentam elevada resistência as
condições adversas ambientais
 Em águas superficiais de rios,
permanecem infectantes por até 6
meses, em 20°C
 Os métodos de detecção e remoção
são muitas vezes falhos
 São resistentes aos desinfetantes
comumente empregados no
tratamento da água
• Inativação do parasito
 Oocisto ⤅ temperatura de 65°C por
30 min e formol a 10% em 10 min
TRATAMENTO
• Em geral, somente os indivíduos
sintomáticos são submetidos ao
tratamento
Vários antibióticos tem sido ensaiados
para diminuir a diarreia, mas até o
presente não há nenhum tratamento
eficaz
• Há necessidade de manter o paciente
reidratado
PROFILAXIA
• O ministério da saúde recomenda:
 Monitoramento da ocorrência de
oocistos
 Qualidade da água
 A água deve ter turbidez máxima de
1,0UT ⤅ em 95% das amostras
analisadas após o processo de
filtração rápida
 A remoção é de Cryptosporidium
recomendado valor máximo de 0,5UT
para o grau de turbidez

• A garantia efetiva de segurança seria
obtida com a turbidez de 0,1 UT
• Água tratada
{Questões}
1- Na 24ª semana de gestação do primeiro
filho, M. R. S. S sem imunodepressão
evidente e com exames negativos para
HIV, apresentou reativação da
retinocoroidite no olho esquerdo, com
diminuição da visão e lesão satélite na
borda de uma cicatriz perimacular
pigmentada. A gestante relata que, 10
anos antes apresentou episódio de
retinocoroidite toxoplásmica no mesmo
olho. Ela foi então tratada somente com
corticóides tópicos. A triagem sorológica
contra Toxoplasma gondii na 25ª e na
28ª semanas mostrou níveis baixos e
estáveis dos anticorpos IgG e ausência
de IgM. Dez dias após o nascimento, foi
realizada sorologia do filho e o mesmo
teve resultado positivo para IgM anti-T.
gondii. Testes confirmatórios para
toxoplasmose no bebê apresentaram
resultados positivos para IgG e IgM. O
exame clínico revelou esplenomegalia, e a
ultrassonografia transfontanela e a
avaliação auditiva apresentaram
resultados normais. Um mês após o
nascimento, o exame oftalmológico do
bebê revelou múltiplas lesões
retinocoroideanas ativas na periferia da
retina dos dois olhos. Sobre o caso clínico
do bebê, assinale a alternativa
CORRETA.
A. Trata-se de um caso de toxoplasmose
adquirida no bebê, visto que a mãe
apresentou durante a gestação a
reativação de uma retinocoroidite e
mesmo possuindo anticorpos contra o
Gabriela Petkevicius
parasito, os bradizoítos conseguiram
ultrapassar a barreira transplacentária e
atingir o feto.
B. Trata-se de um caso raro de
toxoplasmose congênita, visto que a mãe
apresentava anticorpos contra o parasito
e mesmo assim, com a reativação de uma
retinocoroidite durante a gestação, os
merozoítos conseguiram ultrapassar a
barreira transplacentária e atingir o
feto.
C. Trata-se de um caso de toxoplasmose
adquirida no bebê, visto que a mãe
apresentou durante a gestação a
reativação de uma retinocoroidite e
mesmo possuindo anticorpos contra o
parasito, os esporocistos conseguiram
ultrapassar a barreira transplacentária e
atingir o feto.
D. Trata-se de um caso raro de
toxoplasmose congênita, visto que a mãe
apresentava anticorpos contra o parasito
e mesmo assim, com a reativação de uma
retinocoroidite durante a gestação, os
taquizoítos conseguiram ultrapassar a
barreira transplacentária e atingir o
feto
2- Sobre a toxoplasmose, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta
entre elas.
I) A toxoplasmose é uma doença
parasitária causada por Toxoplasma
gondii, protozoário coccídeo intracelular
obrigatório, de ciclo de vida heteroxeno,
que tem como hospedeiros
intermediários os animais
homeotérmicos e como definitivos os
gatos domésticos e os demais felídeos.
PORQUE

II) Nos gatos domésticos e demais
felídeos ocorre a reprodução sexuada,
que se inicia após a liberação dos
bradizoítos do oocisto esporulado, esses
se multiplicam rapidamente por divisão
binária no intestino delgado desses
felídeos, dando origem aos merontes de
tipo II, que vão se diferenciar em
macrogametócito e microgametócito, que
depois ser fecundado originam o oocisto
que cai esporulado na luz intestinal,
sendo eliminado nas fezes desses
animais. A respeito dessas asserções,
assinale a opção CORRETA.
A. As asserções I e II são proposições
falsas.
B. A asserção I é uma proposição
verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
C. A asserção I é uma proposição falsa, e
a II é uma proposição verdadeira.
D. As asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa da
I.
3- A. F. F. S, 45 anos, sexo masculino, há 120
dias iniciou quimioterapia devido um
câncer na garganta, relatou durante a
consulta que tem apresentado a mais de
18 dias uma diarreia aquosa sem muco e
sem sangue (mais de 20 evacuações por
dia), cólicas intensas, dor epigástrica,
náuseas, vômitos, mal-estar e perda de
peso. Refere ter sido submetido a vários
exames parasitológicos de fezes com
resultado negativo. Já havia sido tratado
com Sulfa sem melhora do quadro clínico.
Durante exame clínico foi constatada
desidratação e caquexia. Além disso, o
paciente relatou que tem observado que
após ingestão de leite e seus derivados
Gabriela Petkevicius
tem observado que a frequência de
evacuações aumenta. Com base no caso
clínico assinale a alternativa CORRETA.
A. O paciente está infectado com
Trypanosoma gondii e como os oocistos
esporulados são pequenos, não são
visualizados em exames de fezes sem
coloração especial, devendo ser usados
corantes fluorescentes ou a técnica de
Kinyoun modificada.
B. O paciente está infectado com
Toxoplasma gondii e como os oocistos são
pequenos, não são visualizados no exame
das suas fezes, devendo ser usados
corantes fluorescentes ou a técnica de
Kinyoun modificada para facilitar a
visualização do parasito.
C. O paciente está infectado com Giardia
sp. e como os oocistos esporulados são
pequenos, não são visualizados em
exames de fezes sem coloração especial,
devendo ser usados corantes
fluorescentes ou a técnica de Kinyoun
modificada.
D. O paciente está infectado com
Cryptosporidium spp. e como os oocistos
esporulados são pequenos, não são
visualizados em exames de fezes sem
coloração especial, devendo ser usados
corantes fluorescentes ou a técnica de
Kinyoun modificada.
GABARITO: 1-D/2-B/3-D