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ARTIGOS TEOLÓGICOS

ÊXODO
(FONTE: BÍBLIA DE ESTUDOS DE GENEBRA)

Elaboração/Edição: Doutrinador Anonymo

Falsificação e plágio é crime! Autoria da Pagina: Doutrinador Anonymo


A AUTO REVELAÇÃO DE DEUS: ELE TEM UM NOME?

No mundo moderno, o nome de uma pessoa é apenas um rótulo de identificação. Nos


tempos bíblicos, porém, os nomes pessoais costumam ser escolhidos para informar,
descrever de algum modo o caráter da pessoa ou as circunstâncias na ocasião do seu
nascimento. Do mesmo modo, as Escrituras se referem com frequência aos nomes de
Deus como modo de revelar o seu caráter. O Antigo Testamento celebra constantemente
o fato de que Deus tornou o seu nome conhecido a Israel. Dentre os muitos nomes de
Deus no Antigo Testamento, temos, na tradução para a nossa língua, Deus Todo-Poderoso
(Gn 17.1; 35.11), Altíssimo (Nm 24.16), Deus Altíssimo (Gn 14.18-22), o Criador de Israel (Is
43.15), o Santo (Is 43.15), o Santo de Israel (SI 89.18).

Não há dúvida de que o nome mais importante de Deus no Antigo Testamento é Yahweh,
conforme a grafia empregada pelos estudiosos mais recentes (Jeová na grafia mais
antiga), ou "o SENHOR", como em várias traduções modernas da Bíblia. Apesar de Deus
ter-se revelado aos patriarcas como Yahweh antes do tempo de Moisés (Gn 15.7; 28.13),
ele declarou a Moisés que esse nome era especialmente significativo em seu tempo e o
seria para o restante da história de Israel. Quando Deus falou a Moisés da sarça ardente,
Moisés perguntou qual era o nome Deus. A primeira resposta ta foi "Eu SOU O QUE SOU"
(ou, "EU SEREI O QUE SEREI"), nome abreviado em seguida para "Eu Sou". Deus é "O
SENHOR (O nome usado no lugar de Yahweh, traduzida como "Eu Sou"), o Deus de vossos
pais" (Êx 3.6,13-16).

O nome Yahweh é envolto em grande mistério. Tradicionalmente, esse nome em todas as


suas formas e consi derado o foco do caráter eterno, autossuficiente, autônomo e
soberano de Deus, o modo sobrenatural de existência que o sinal da sarça ardente havia
indicado. Em tempos mais recentes, esse nome é associado de modo bastante próximo à
ideia de que Deus é fiel e guarda a sua aliança. Quando Deus falou pela primeira vez na
sarça ardente, revelou-se como Aquele que havia feito promessas aos patriarcas por
meio da aliança firmada com eles (Êx 3.6). Essa revelação levou Moisés a perguntar o
nome de Deus. Quando Deus revelou o seu nome como Yahweh, anunciou que não era
apenas o Deus do passado, mas também o Deus que se lembra das promessas que havia
feito na aliança e que opera em favor do seu povo para cumpri-las, como estava preste a
fazer para os israelitas no Egito. Numa ocasião posterior de sua vida (Êx 3318347 Moisés
pediu para ver a "glória" de Deus e, em resposta a esse pedido, Deus proclamou seu
nome, Yahweh, da seguinte maneira: "SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e
longânimo e grande em misericórdia e fidelidade: que guarda a misericórdia em mil

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gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o
culpado...". A fidelidade de Deus em cumprir suas alianças reaparece com frequência em
passagens posteriores das Escrituras (Dt 7.9; Ne 9.7-8; Is 61.8; Jr 31.31-34). Tudo isso faz
parte da revelação de sua natureza, pela qual ele deve ser adorado para sempre.

Assim, não é difícil entender por que o nome de Deus é ligado muitas vezes à sua posse e
autorização (Ex 23.21; Dt 18.19; 2Cr 7.14; Is 43.7). Também representa a presença
invocável de Deus no templo de Salomão, onde está intimamente associado aos olhos
atentos, ouvidos abertos e coração receptivo de Deus (2Cr 7.14-15). Nesse sentido, o nome
de Deus é o objeto de oração e louvor (SI 8.1; 113.1-3;145.1-2; 148.5,13).

CALENDÁRIO HEBREU

O ano judaico é dividido em doze meses de vinte nove ou trinta dias e é baseado nas
fases da lua. A cada dois ou três anos é acrescentado um mês suplementar, conhecido
como "segundo adar" (adar sheni), antes do mês de nisă, para compensar a diferença
entre o ciclo lunar e o ano solar. O início do ano religioso é celebrado na primavera (o 19
de nisā); no entanto, o ano novo civil é celebrado no outono, no mês de tisri. A
numeração dos meses começa na primavera com o mês de nisă ou abibe, do mesmo
modo que na Babilônia.

MESES SOLARES
NÚMERO DO MÊS NOME
(NOMENCLATURA ATUAL)

1 Nisã (Ou abibe) Março-Abril

2 Iar (Ou zive) Abril-Maio

3 Sivã Maio-Junho

4 Tamuz Junho-Julho

5 Abe Julho-Agosto

6 Elul Agosto-Setembro

Tisri (Ou
7 Setembro-Outubro
etanim

2
Marquesvã (Ou Outubro-Novembr
8
bul) o)
Novembro-Dezem
9 Quisleu
bro

10 Tebete Dezembro-Janeiro

11 Sebate Janeiro-Fevereiro

12 Adar Fevereiro-Março

Segundo adar
(13) Mês Suplementar
(Adar-Sheni)

ALGUMAS FESTAS ANUAIS MENCIONADAS NA BÍBLIA

● 1) Festa da Páscoa: celebrada em 14 de nisã (Lv 23.5). Festa dos Pães Asmos:
celebrada entre 14 à tarde e 21 de nisã (Êx 12.14-20).
● 2) Festa de Pentecostes (Dt 16.9-10), das Semanas, ou da Sega (Ex 23.16): celebrada
durante o mês de sivä (Lv 23.9-14).
● 3) O ano novo judaico o "Rosh Hashaná": celebrado durante o mês de tisri (Lv
23.23-25; Nm 29.1-6).
● 4) Dia do Perdão, da Expiação ou "Yom Kippur": celebrado em 10 de tisri (Lv 16;
23.26-32; Nm 29.7-11).
● 5) Festa dos Tabernáculos: celebrada de 15 a 23 de tisri (Dt 16.13-17; Lv 23.33-43;
Nm 29.12-39).
● 6) Festa da Dedicação o Hanuká: celebrada em 25 de quisleu do 10.22).
● 7) Festa de Purim: celebrada nos dias 14 e 15 de adar (Et 9.21-32).

O ÊXODO

A história do Êxodo envolve uma série de episódios relacionados com a marcha dos
israelitas pelo deserto. Depois de atravessar o mar Vermelho (Êx 14.15-25), eles
adentraram as paragens secas e áridas da península do Sinai (Êx 15.22-27). Na sua nova
situação, viram-se expostos a graves dificuldades e perigos, desconhecidos para eles até
então. A fome, a sede e a aberta hostilidade de outros habitantes da região, como os

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amalequitas, foram causa de frequentes queixas e murmurações contra Moisés e contra
o SENHOR 15241621727 Por isso, Moisés teve de interceder repetidas vezes diante de
Deus em favor dos israelitas, e o SENHOR OS atendeu em todas as necessidades,
dando-lhes alimento (Ex 16). água (Êx 17.1-7) e proteção diante dos inimigos (Êx 17 8-16).
A marcha pelo deserto do Sinai tinha como objetivo final o país de Canaã. Ali estava a
Terra Prometida, descrita como uma "terra que mana leite e mel" (3.8). Porém, antes de
chegar a ela, o povo de Israel tinha de aprender que o SENHOR Deus o havia tomado
dentre todos os outros povos da terra para que fosse consagrado como o povo da sua
"propriedade", como um "reino de sacerdotes e nação santa" (Ex 19,5-6). O monte Sinai
foi o cenário escolhido por Deus para estabelecer a sua aliança com Israel e constituí-lo
como a sua propriedade particular (Ex 19). Quando Moisés desceu do monte e viu que o
povo estava adorando o bezerro de ouro, ele quebrou as tábuas da Lei (Êx 32-33).

Durante a peregrinação, Moisés enviou espias a Canaã; o relato que eles fizeram
aterrorizou os israelitas, que se rebelam contra Deus e foram condenados a passar
quarenta anos no deserto. Deus também proíbe Moisés de entrar na Terra Prometida,
mas deu-lhe permissão para guiar o povo até lá (Nm 13-36). Antes de morrer, Moisés
falou para todo o Israel: em quatro discursos, ele lembra-os da Lei e que, na Terra
Prometida, não deveriam se esquecer do que haviam aprendido a respeito de Deus.
Deveriam confiar no SENHOR e obedecer ao seu novo líder, Josué (Dt 1-33). Moisés subiu
ao monte Nebo e dali viu a Terra Prometida. Morreu aos cento e vinte anos (Dt 34).

*MAPA - Separado

A LEI DE DEUS: O QUE É ESSA LEI?

A lei de Deus é uma expressão do caráter santo e moral de Deus (Tg 2,10-11). Nesse
sentido, a lei de Deus é eterna, como o próprio Deus é eterno. Além disso, ela é também é
a boa dádiva de Deus para a humanidade (Rm 7.12). Deus criou a humanidade e o
mundo para operar em conformidade com sua lei. Por esse motivo, quando a lei de Deus
é compreendida e aplicada corretamente, ela é nosso deleite e alegria, nosso caminho
para uma vida de sucesso, e não um fardo ou maldição (s 1.8-9; SI 112.1; 119.14,,16,47-48
97-113,127-128,163-167).

Porém, a identificação, a interpretação e a aplicação correta da lei de Deus é uma tarefa


complexa que exige uma análise das Escrituras como um todo. Deus revelou a sua lei a
Adão e Eva na forma de suas responsabilidades gerais como portadores da imagem de
Deus (Gn 1.27-30) e na proibição com respeito ao fruto da árvore do conhecimento do

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bem e do mal (Gn 2.15-17). Deus também revelou a sua lei a Noé e aos patriarcas
israelitas de várias maneiras apropriadas às suas respectivas circunstâncias. No tempo
de Moisés, Deus descreveu a sua lei em detalhes, de acordo com o estágio da história da
salvação em que seu povo se encontrava e também inspirou a sua primeira codificação.
Outras revelações transmitidas ao povo de Deus pelos profetas do Antigo Testamento
também aplicaram a lei eterna de Deus a Israel, especialmente durante o período
monárquico (2Sm 23.1-2; 24.11). Por fim, a lei eterna de Deus foi revelada por Cristo e
seus apóstolos, cujos ensinamentos são sintetizados como sendo de autoridade no Novo
Testamento (p. ex. Mt 5-7). Uma vez que o caráter de Deus é imutável e nunca se
contradiz, em nenhum momento os princípios de conduta exigidos num estágio da
revelação contradizem outras prescrições. E, no entanto, nunca são exatamente iguais.

A expressão mais complexa da lei eterna de Deus na revelação bíblica aconteceu no


período de Moisés, o grande legislador de Israel. Tradicionalmente, a teologia reformada
dividiu a lei mosaica em três partes: a lei moral, a lei cerimonial (rituais, cultos, etc.) e as
leis civis ou judiciais (regras sociais e criminais). Desde que nos lembremos que essas
categorias se sobrepõem de várias maneiras, essa distinção tríplice é útil.

Os Dez Mandamentos expressam os princípios morais básicos da lei de Deus em dez


regras simples, mas abrangentes. Essas leis são declaradas de modo um tanto abstrato e,
portanto, podem ser aplicadas com relativa facilidade a todas as pessoas, lugares e
épocas. As leis judiciais e cerimoniais, porém, são estreitamente ligadas a aspectos e
circunstâncias da época. As cerimônias foram criadas para o culto no tabernáculo e no
templo, e as leis judiciais visavam guiar Israel como nação teocrática. Esses aspectos da
lei de Moisés são relativamente difíceis de serem aplicados à era do Novo Testamento,
pois as cerimônias e a organização política de Israel se cumpriram em Cristo. Ainda
assim, os princípios morais que alicerçam as leis cerimoniais e judiciais ainda devem ser
aplicados ao nosso tempo.

Por fim, o próprio Novo Testamento orienta o modo de vida dos cristãos do período
posterior ao ministério de Cristo aqui na terra ao fornecer suas próprias regras ou leis. A
vida cristā não é desprovida de leis externas. Jesus ensinou vários princípios morais e
demonstrou repetidamente como seus ensinamentos eram aplicações verdadeiras da lei
de Moisés (Mt 5-7; 12.11-12; Mc 2.23-28). Os apóstolos também ensinaram os
mandamentos de Deus à igreja (Jo 13.34; 1Co 14.37; 1Jo 2.7-8) e mostraram em várias
ocasiões que essas prescrições eram aplicações da revelação do Antigo Testamento.
Quando Paulo declara, não estar "sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo"
(1Co 9.21), por exemplo, quis dizer que tinha a obrigação de guardar toda a lei de Deus

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do mesmo modo que Cristo e os apóstolos a ha viam aplicado às circunstâncias da igreja
primitiva. Devemos seguir o exemplo de Jesus e de seus apóstolos e discernir os
princípios morais ensinados ao longo das Escrituras aplicálos zelosamente à igreja e ao
mundo de nosso tempo.

O TABERNÁCULO

Também chamado de santuário e de tenda da con Sensação (Ex 2721); em muitos


aspectos, o tabernáculo aqui descrito e assemelha ao templo de Jerusalém, construído no
templo de Salomão (1Rs 6). Segundo as medidas indicadas em Êxodo 26.15-30, a estrutura
de madeira do santuário tinha aproximadamente treze metros e meio de comprimento,
quatro metros e meio de largura e quatro metros e meio de altura. O véu ou cortina
interior (v. 31) o dividia em duas partes: o Santo Lugar e o Santo dos Santos tv. 33), cuja
extensão era de nove metros e quatro metros e meio, respectivamente, de maneira que o
último tinha forma cúbica. No Santo Lugar ficavam a mesa dos pães da proposição (Êx
25.23-30; 37.10-16), o candelabro (Ex 25.31-40;37.17-24) e o altar do incenso (Êx 30.1-10;
37.25-28). No Santo dos Santos ficava apenas a arca da Aliança (Êx 25.10-22;37.1-9) Na
descrição do tabernáculo, são empregados termos técnicos da arquitetura da época, cujo
significado não é conhecido com certeza, o que impede que se tenha uma imagem
precisa desse santuário portátil que deveria acompanhar a marcha de Israel através do
deserto.

*IMAGEM - 1

MÓVEIS DO TABERNÁCULO

1)Arca da Aliança (Êx 25.10-22) - Símbolo da presença de Deus no meio do seu povo,
recebeu o nome de arca do Testemunho (vs. 16,22) porque continha as tábuas da Lei, que
eram as prescrições estabelecidas na aliança do Sinai (Êx 24.12; Dt 10.1-5).

2)Candelabro (Êx 25.31-40) - Trata-se aqui do candelabro (hebr. menorah) de uma haste
e seis braços, nos quais eram colocadas as lâmpadas de azeite de oliva. A descrição não
permite que tenhamos uma idéia exata da forma original desse candelabro, cuja
representação desempenha, nos dias de hoje, um papel importante nas celebrações
judaicas e é um emblema nacional de Israel.

3)Altar do incenso (Êx 30.1-10) - Esse altar ficava no Lugar Santo (Êx 26.1-37). O incenso
era queimado continuamente, sendo aceso pela manhã e à tarde pelo sacerdote.

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4)Mesa dos pães da proposição (Êx 25.23-30) - Sobre a mesa dos pães da proposição
eram colocados, todos os sábados, doze pães, um para cada tribo de Israel, como oferta a
Deus (Lv 24.5-8). Os pães eram trocados semanalmente, e apenas os sacerdotes podiam
comer os pães velhos (15m 21.1-6).

5)Altar de bronze (Êx 27.1-8) - É o altar do holocausto, ou seja, das ofertas que eram
totalmente queimadas em honra a Deus. Esse altar era o principal móvel ou objeto no
átrio do tabernáculo (Êx 27.9-19).

*IMAGEM - 2

Anotações

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