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Lua de Joana
Lua de Joana
BIOGRAFIA DA AUTORA
O livro A lua de Joana foi um grande sucesso e foi traduzido em vários países.
• O Guarda da Praia
• Recados de Mãe
RESUMO DA OBRA:
Este livro conta-nos a história de uma adolescente, Joana, que nos fala da sua vida através de
um diário.
A Marta, sua colega e melhor amiga, morreu devido à droga. Joana não percebia como é que
ela se meteu nesse vício e pensava que nunca a iria conseguir perdoar. O ambiente familiar da
jovem Joana não era muito bom. O pai, médico, estava quase sempre ausente; a mãe
preocupava-se unicamente com a sua loja; o irmão isolava-se no quarto a ouvir música.
Apenas a avó Ju, que acabou por falecer, lhe dava alguma atenção.
A partir desse momento, Joana, que era uma boa aluna, desinteressou-se da escola e do
basquetebol e mudou radicalmente o seu visual. Conheceu Rita, uma amiga da Marta, que a
pouco e pouco a foi cativando e desencaminhando para o mundo da droga. Pouco tempo
depois, Joana acabou por morrer da mesma forma que Marta e assim compreendeu todos os
mistérios que antes a apoquentavam.
CITAÇÕES:
“O meu quarto é também um deserto branco, no meio de uma casa que faz eco de tão vazia.”
(pág. 93)
“Como hoje é dia de todos os Santos, vou fazer uma boa acção: pegar no livro de Matemática
…Espero que represente um dia a menos no purgatório.” (pág. 131)
Esta frase mostra-nos que para Joana estudar era um dever e achava que ao fazê-lo estava a
redimir-se das coisas erradas que tinha feito.
COMENTÁRIO PESSOAL:
Os aspectos de que mais gostei foram os poemas que a Joana escreveu ao pai, porque
criticavam o comportamento dele e eram também pedidos de ajuda que o pai não soube
interpretar.
O aspecto de que eu gostei menos foi o final trágico da obra, no entanto ele faz-nos reflectir
sobre o perigo que é a droga.
A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez
Edição/reimpressão: 2001
Editor: Verbo
Páginas: 156
Sinopse Ao lermos A Lua de Joana, não podemos deixar de pensar na forma como, muitas
vezes, relegamos para segundo plano aquilo que é realmente importante na vida.
Porque este livro nos alerta para a importância de estarmos atentos a nós a ao outro. E de
sermos capazes de, em conjunto, percorrer um caminho que conduza a uma vida plena…
Resumo
. A Joana - É uma jovem da alta sociedade, que vive com os pais, irmão e avó. Passa grande
parte do tempo na sua lua que lhe foi oferecida no seu aniversário. Os pais estão demasiado
ocupados com as suas próprias vidas, os seus trabalhos e relegam para segundo plano as
necessidades dos filhos. Joana tem um irmão, a quem chama Pré-histórico e posteriormente
de traumatizado. A avó Ju é a única que se preocupa com ela. Segundo Joana, é de resto a
pessoa mais ponderada na casa. Joana perdeu a sua melhor amiga, a Marta e irá acabar por
perder também a sua avó. As duas pessoas de quem mais gosta.
. A Marta - É uma jovem, que não aparecendo directamente no livro, faz parte integral da
história, pois todas as cartas escritas por Joana, estão dirigidas a "Querida Marta". A Marta
envolveu-se com um grupo de amigos "punks" e acabou por morreu de overdose.
. O Diogo - É um jovem rebelde, devido à morte estúpida da sua irmã. Joana faz várias
tentativas para se aproximar dele, pois ele é a sua paixão desde menina, mas todas em vão.
Diogo sabe bem os perigos da droga, no entanto acha que é forte, que consegue controlar o
seu corpo e que não irá ficar viciado.
Opinião
Este livro pode ser considerado uma espécie de diário, porque Joana escreve cartas para uma
amiga que já faleceu. É interessante ver o desenrolar da vida desta personagem, como ela se
transforma ao longo dos dias e dos anos. Apesar de tudo, este livro mostra-nos a realidade dos
dias de hoje.
Este livro age também como alerta aos pais desatentos, ora os de Joana sentiam nela uma
pessoa adulta responsável, logo pensavam que não tinham que se preocupar com ela digamos
que também não eram propriamente presentes, o seu pai é um médico prestigiado, passa a
vida fora em reuniões, visitas ao domicílio e raramente está presente no seu dia-a-dia ou em
casa, já a sua mãe é dona de um pronto-a-vestir, preocupada com seu outro filho, irmão de
Joana, cuja relação era um tanto ou quanto crítica, pelos trajes e visual que habitualmente
usava, pela decoração do quarto, que estava sempre num caos.
Há um pormenor que não queria deixar de descrever, no meio do quarto de Joana há uma lua
suspensa do tecto por uma corrente, um baloiço imaginado construído só para Joana quando
quer pensar coloca o baloiço em posição de quarto crescente, e quando esta triste roda-o para
quarto minguante e ali se senta até que a tristeza lhe passe.
Corria o ano de 1994 e Maria Teresa Maia Gonzales publicou A Lua de Joana, um livro que nos
é apresentado como uma espécie de diário. Na verdade são apenas cartas datadas, escritas
por Joana, uma rapariga de 14 anos, para Marta, uma amiga sua que faleceu de overdose.
Estas cartas não são mais do que desabafos, uma maneira muito pessoal de tentar perceber
como é que Marta, uma rapariga sociável e que vivia no meio de uma família estável, entrou
naquele mundo e acabou de forma tão trágica. Mas a obra não vive apenas deste drama.
As cartas de Joana mostram-nos o seu dia a dia, relatam como é viver numa família em que os
país estão demasiado ocupados a viver para o trabalho, com um irmão que pouca convivência
tem com a irmã, e apenas ter uma avó com quem falar. Apesar de não ter grandes diálogos
com a família, todos têm grandes esperanças em Joana, esperam que ela consiga sempre ser a
melhor e que consiga ter sempre notas elevadas. À medida que a jovem escreve as cartas,
vamos acompanhando o seu crescimento e o que a ele está subjacente: o interesse por outras
pessoas, novos hábitos e gostos. Podemos até concluir que Joana era uma menina prodígio,
jogava basket e tinha as melhores notas das turmas, qualidades que fazem quaisquer pais
orgulhar-se dos filhos. Mas com a morte de Marta, e mais tarde da avó, Joana começa a
desprender-se de todas estas expectativas e qualidades, e enverga pelo caminho que levou à
morte de Marta. Incialmente, a jovem experimentou as drogas só para saber o que é que a sua
amiga sentia, queria perceber porque é que tinha começado com aquilo. Foi só depois desta
experiência que Joana conseguiu desculpar a amiga, porque finalmente tinha percebido que
não era fácil deixar aquele mundo. Joana tentou, por várias vezes, deixar as drogas, mas era
sempre mais forte que ela, acabou por vender vários objectos pessoais e de valor, para
conseguir sustentar o seu vício. E quando pensou que já estava livre, que tinha conseguido,
finalmente, ver-se livre de todo aquele pesadelo, deixou de escrever mais cartas à sua amiga
Marta...
Pessoalmente considero A Lua de Joana, um dos melhores livros, que li até hoje, que aborda o
tema da drogas e os problemas que a acompanham. É, para muitos, uma obra de carácter
demasiado negro e dramático. Será? Vejamos, a autora conseguiu, através de umas simples
cartas de uma rapariga de 14 anos, ilustrar o que, se calhar, se passa com muitos jovens. Será
isto uma maneira muito rude e frontal de encarar a realidade? Ou será apenas uma maneira
de alertar os jovens, e também os pais, que é muito fácil entrar neste mundo das drogas, mas
que é muito mais difícil sair? A linguagem usada nas cartas de Joana é muito simples e
acessível, poderia adpatar-se a qualquer jovem de 14 anos. O dia-a-dia de Joana é semelhante
ao de muitos jovens, quer da época em que o livro foi editado quer actualmente. É uma obra
intemporal. Os problemas familiares continuam a existir, bem como competição por ser o
melhor ou os problemas da adolescência. É um livro que não tem uma faixa etária destinada, é
acessível a qualquer pessoa. É uma forma, bastante simples e comum, de demonstrar aos pais,
que os jovens, não importa a idade, precisam de diálogo e apoio, pois ainda acabam por outros
caminhos, neste caso a droga.
Ficha técnica
Editora – Verbo
Páginas – 157
Opinião
Na última visitinha à biblioteca municipal, trouxe comigo duas leituras que me permitiriam
fazer um intervalo entre leituras mais “adultas” e complexas. Decidi não retirar da estante a
obra que a cronologia ditava como sendo a próxima e aproveitar o espólio da biblioteca da
terrinha para “esgueirar-me” para mundos mais juvenis e narrativas teoricamente mais
simples e mais “mastigadinhas”.
Li A lua de Joana há muitos, muitos anos, com a idade “certa” para ler este livrinho que aborda
um tema complexo e muito, muito atual. Recordo-me que não foi a primeira leitura que fazia
sobre as drogas, já que me iniciei no tema com outra narrativa bem mais “pesada” e dura,
como é a de Os filhos da droga (outra releitura que farei um dia destes), mas recordo que a
franqueza, a inocência e o carisma de Joana me conquistaram, já que na altura teríamos a
mesma idade e o seu mundo era semelhante ao meu. A escola, as disciplinas, as opções de
nono ano, os colegas estereotipados (as manas Lopes cuscas, o João Pedro “armado” em
sabichão e outros), os músicos e bandas de eleição, a leitura como companhia para todos os
momentos, a importância de uma avó na nossa vida são exemplos da referida semelhança e
foram preponderantes para que me rendesse à narrativa não só quando a li pela primeira vez
como agora, passados tantos anos.
Para quem desconhece, A lua de Joana é uma leitura epistolar. Toda a narrativa, à exceção de
um texto que a encerra, está composta por cartas que Joana escreve a Marta, a sua melhor
amiga que não sobreviveu à passagem pelo mundo das drogas. Para tentar superar esta perda
ainda inconcebível e incompreensível, para manter a ligação única e especial que as unia,
Joana inicia um “diálogo” epistolar com a sua melhor amiga um mês após a sua morte e nele
relata-lhe tudo o que se passa consigo e com os que a rodeiam. É um relato singelo, muito,
muito próximo daquele que, por exemplo, eu faria se tivesse a idade da Joana e quisesse
desabafar com aquela amiga a quem contaria tudo, tudinho.
A protagonista é o protótipo de uma adolescente dos anos noventa e obviamente dos dias de
hoje. Os seus interesses, as suas atitudes, a importância que dá à amizade, a ânsia que
demonstra em querer um ambiente familiar estável, a sinceridade que põe em tudo que
questiona, a certeza que tem em verdades que para ela são incontestáveis fazem com que a
obra que maravilhosamente escreveu Maria Teresa Gonzalez há mais de vinte anos não perca
a sua atualidade, mesmo que não tocasse no tema da droga.
Considero assim que é redutor afirmar que A lua de Joana é uma obra sobre a droga. É
verdade que o uso de estupefacientes é o fio condutor da narrativa. É por causa da droga e do
seu consumo que roubou a Marta da sua vida que Joana lhe começa a escrever cartas quase
diariamente. Mas também é verdade que esta correspondência epistolar nos permite entrar
no mundo destas duas amigas, conhecer o dia-a-dia de Joana, filha de uma família de posses,
mas que anseia com todas as suas forças que a atenção que os seus progenitores lhe dedicam
não passe por ofertas de relógios e peças de roupa caras que se acumulam no armário.
Permite-nos, como pais, compreender pequenos sinais que os nossos filhos vão deixando “ao
acaso” e que gritam por uns minutinhos de gestos e atitudes de “pai e mãe”. E dá-nos ainda a
possibilidade de percebermos um pouco melhor aquilo que poderá levar um adolescente, um
jovem ou um adulto a recorrer a estupefacientes para fugirem de uma realidade que não os
faz felizes.
A lua de Joana é, por tudo o que referi e muito mais, uma leitura preciosa, para ler e reler por
miúdos e graúdos. Tive o privilégio de lê-la como miúda e graúda e arrebatou-me quando tinha
quinze anitos e agora, já mais crescida. Não tenho dúvidas em dizer que a autora mostra
conhecer como poucos aquilo que caracteriza a fase da adolescência, que esse conhecimento
transparece na construção das personagens, do seu mundo, das suas vivências, gostos,
preocupações e linguagem e que por tudo isto concordo plenamente que esta obra faça parte
das leituras aconselhadas pelo Plano Nacional de Leitura.
É assim óbvio que recomendo A lua de Joana para pequenos e grandes. Proporcionará a todos
uma leitura especial, daquelas que conquistam um cantinho só delas na nossa estante e na
nossa memória!
A história da Gaivota e do Gato que a ensinou a voar, do chileno Luis Sepúlveda é um texto
fabulístico, que valoriza os princípios básicos da convivência humana. Assim estão presentes
na obra valores como a honra dos compromissos assumidos, o espírito de grupo e a amizade, a
integração entre a teoria e a ação; a preservação do ambiente, o respeito pela diferença e pela
vontade da maioria; o saber, a harmonia entre as espécies e os direitos dos animais.
Tema
amor e amizade;
companheirismo e cooperação;
lealdade e confiança;
racismo (igualdade);
Resumo da ação
Zorbas, um gato grande preto e gordo, mora numa casa perto do porto de Hamburgo e,
durante umas férias, fica sozinho em casa. Um dia aterra na sua varanda uma gaivota
moribunda, Kengah, que tinha sido apanhada por uma maré negra; Esta, antes de
morrer, põe um ovo e obriga Zorba a assumir três promessas: não comer o ovo, tomar conta
da sua cria e, quando esta nascesse, ensiná-la a voar. Sem compreender a responsabilidade e
dificuldade da sua missão, Zorbas concorda.
Desde o primeiro dia, que a gaivotinha é bem aceite e acarinhada pelo grupo, e,
consequentemente, começa a achar que é um gato também. Assim, é com estranheza que vê
os esforços dos amigos em educá-la e transformá-la numa verdadeira gaivota. No entanto, a
sua verdadeira natureza prevalece e, também, ela sente o desejo de voar. Numa noite
chuvosa, com a ajuda de um humano, o Poeta, Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o
seu destino e voa, deixando Zorbas emocionado, mas feliz, porque a sua amiga segue o seu
caminho e ele cumpriu a sua palavra de gato.
Espaço
Mar do Norte e Hamburgo (Alemanha).
Tempo
Tempo da história: esta corresponde ao desenrolar da ação, seguindo uma ordem cronológica,
onde estão expressas de forma objetiva a passagem do tempo (horas, dias, meses...). O
narrador narra a ação de acordo com a sequência dos acontecimentos.
No entanto as ações narradas nos três primeiros capítulos são simultâneas (narrativa por
alternância): Kengah sofre com a maré negra (capítulo três) ao mesmo tempo que Zorbas se
despede do seu dono (capítulo dois). No capítulo quatro, ambas as personagens cruzam-se no
mesmo espaço, quando a gaivota aterra na varanda de Zorbas.
Existe ainda uma narrativa por encaixe, na analepse do capítulo dois, para dar a conhecer os
primeiros tempos de vida de Zorbas até ao momento em que conhece o seu dono.
Personagens
Zorbas:
Ditosa
Narrador
Símbolos