Você está na página 1de 446

1

Raciocínios
à base das
Escrituras
2
3

Raciocínios
à base das
Escrituras
4

Segundo o costume de Paulo, ele


entrou, indo ter com eles, e . . .
raciocinou com eles à base das
Escrituras, explicando e provando
com referências que era necessário
que o Cristo sofresse e fosse
levantado dentre os mortos.”

— Atos 17:2, 3.
5

Assuntos Principais
9 Introduções para uso 137 Espiritismo 283 Profecia
no ministério de campo
15 Como refutar os que 142 Espírito 286 Purgatório
lhe cortam a palavra 147 Espírito do mundo 288 Raças da
25 Aborto 150 Evolução humanidade

27 Adão e Eva 158 Falsos profetas 293 Reencarnação

29 Adoração de 164 Fé 298 Reino


antepassados 306 Religião
167 Feriados
32 Alma 317 Resgate
174 Filosofia
37 Aniversário natalício 324 Ressurreição
178 Governo
39 Anticristo 331 Sábado
182 Imagens
41 Apostasia 338 Salvação
187 Independência
44 Armagedom 343 Sangue
190 Inferno
49 Arrebatamento 349 Santos
198 Iniqüidade
54 Babilônia, a Grande 353 Satanás, o Diabo
202 Jeová
59 Batismo 359 Sexo
210 Jesus Cristo
63 Bíblia 363 Sofrimento
221 Judeus
73 Casamento 370 Sonhos
226 Línguas, Falar em
79 Céu 372 Sucessão apostólica
231 Maria
86 Comemoração 379 Terra
238 Missa
90 Confissão 384 Testemunhas de
243 Morte
94 Criação Jeová
249 Mulheres
99 Cruz 393 Tradução do Novo
253 Mundo Mundo
103 Curas
256 Nascer de novo 397 Trindade
108 Datas
260 Neutralidade 419 Últimos dias
113 Destino
267 Oração 428 Vida
120 Deus
271 Organização 433 Volta de Cristo
127 Drogas
275 Paraíso
133 Encorajamento
279 Pecado
6

Traduções da Bíblia
Citadas Neste Livro

As citações das Escrituras são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, edição de 1983
(NM), a não ser quando se mencionam outras traduções. Seguem-se abaixo explicações das abreviaturas
usadas para outras traduções da Bíblia:

ABC - Novo Testamento, segunda edição (1976), António de Brito Cardoso.


ABV - A Bíblia Viva (1981).
Al - A Bíblia Sagrada (1969), João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida.
ALA - A Bíblia Sagrada (1969), João Ferreira de Almeida, edição revista e atualizada no Brasil.
AT - The Bible — An American Translation (1935), J. M. Powis Smith e Edgar J. Goodspeed.
BF - Bíblia Fácil, Centro Bíblico Católico, Paulo Avelino de Assis.
BJ - A Bíblia de Jerusalém (1981), direção editorial: Tiago Giraudo.
BJ - The Jerusalem Bible, Ed. ingl. (1966), Alexander Jones, editor geral.
BLH - A Bíblia na Linguagem de Hoje (1973).
BMD - Bíblia Mensagem de Deus (1983), Gabriel C. Galache, coordenador geral.
BV - Bíblia Vozes (1982), Ludovico Garmus, coordenador geral.
By - The Bible in Living English (publicada em 1972), Steven T. Byington.
CBC - Bíblia Sagrada, 20.a edição (1973), Centro Bíblico Católico, traduzida mediante a versão dos Monges de
Maredsous (Bélgica).
CT - Novo Testamento (1970), da Comunidade de Taizé.
Dy - Challoner-Douay Version, católica (1750; impressão de 1941).
ED - The Emphatic Diaglott (1864; impressão de 1942), Benjamin Wilson.
Fi - A Bíblia Sagrada (1945), Antonio Pereira de Figueiredo.
HR - Novo Testamento, quarta edição (1935), Huberto Rohden.
IBB - A Bíblia Sagrada (1972), versão da Imprensa Bíblica Brasileira baseada na tradução de João Ferreira de Almeida.
JP - The Holy Scriptures According to the Masoretic Text (1917), Jewish Publication Society of America.
KJ - King James Version (1611; impressão de 1942).
Kx - The Holy Bible (1954; impressão de 1956), Ronald A. Knox.
LEB - A Bíblia (1965), Liga de Estudos Bíblicos, Antônio Charbel, coordenador da tradução.
LEF - The Christian’s Bible — New Testament (1928), George N. LeFevre.
LR - A Palavra do Senhor, Novo Testamento (1979), Lincoln Ramos.
LXX - Versão Septuaginta (ou Versão dos Setenta), grega.
MC - Bíblia Sagrada (1982), Missionários Capuchinhos.
MH - Bíblia, Novo Testamento (1978), Mateus Hoepers.
Mo - A New Translation of the Bible (1934), James Moffatt.
NAB - The New American Bible, Edição Saint Joseph (1970).
Ne - Novo Testamento (1948), Álvaro Negromonte.
NE - The New English Bible (1970).
NTI - O Novo Testamento (1978), Interconfessional.
NTIV - The New Testament in an Improved Version (1808), publicado em Londres.
NTV - O Novo Testamento Vivo (1974).
PC - Novo Testamento, quarta edição (1950), João José Pedreira de Castro.
Pe - Novo Testamento (1955), José Basílio Pereira.
PIB - Bíblia Sagrada (1967), Pontifício Instituto Bíblico.
Ro - The Emphasised Bible (1897), Joseph B. Rotherham.
RS - Revised Standard Version, segunda edição (1971).
Sd - The Authentic New Testament (1958), Hugh J. Schonfield.
So - Bíblia Sagrada, 36.a edição (1980), Matos Soares.
TC - The Twentieth Century New Testament, edição revisada (1904).
TEV - Good News Bible — Today’s English Version (1976).
Tr - A Bíblia Sagrada (1948), Trinitarian Bible Society, Londres.
VB - A Bíblia Sagrada (1947), Tradução Brasileira.
Yg - The Holy Bible, edição revisada (1887), Robert Young
7

Como Usar
‘Raciocínios à Base das Escrituras’
O método que se deve seguir para ajudar outros a entender a Bíblia foi
provido por Jesus Cristo e pelos seus apóstolos. Jesus, ao responder a
perguntas, citava textos bíblicos e às vezes usava ilustrações apropriadas que
ajudariam as pessoas de coração honesto a ser recetivas àquilo que a Bíblia
dizia. (Mat. 12:1-12) O apóstolo Paulo costumava ‘raciocinar à base das
Escrituras, explicando e provando com referências’ o que ele ensinava. (Atos
17:2, 3) A matéria contida neste livro pode ajudar você a fazer o mesmo.
Em vez de dar ampla cobertura geral a cada assunto, Raciocínios à Base das
Escrituras focaliza primariamente a atenção nas perguntas que muitas pessoas
fazem hoje.
Esta publicação não foi preparada com o fim de ajudar alguém a “vencer
debates” com pessoas que não mostram respeito pela verdade. Antes, provê
informações valiosas, destinadas a serem usadas para raciocinar com os que lhe
permitirem fazer isso. Alguns talvez façam perguntas às quais desejam
realmente respostas satisfatórias. Outros, no decorrer da palestra, talvez
simplesmente expressem suas próprias crenças, e pode ser que o façam com
certa convicção. Mas, será que são pessoas razoáveis, dispostas a ouvir outro
ponto de vista? Em caso afirmativo, poderá informar-lhes o que a Bíblia diz,
fazendo isso com a convicção de que encontrará recetibilidade no coração dos
que amam a verdade.
Como poderá encontrar neste compêndio determinada matéria que necessita?
Amiúde, encontrá-la-á mais prontamente recorrendo ao tópico que trata do
assunto em consideração. Debaixo de todos os tópicos, as principais perguntas
são fáceis de localizar; estão em negrito e começam rente à margem esquerda.
Se não encontrar logo o que necessita, consulte o Índice no fim do livro.
A preparação antecipada é sempre proveitosa para a palestra. Mas, se ainda
não se familiarizou com certas partes do livro, mesmo assim poderá fazer bom
uso delas. Como? Ao localizar a pergunta que mais corresponde ao ponto que
deseja considerar, procure quaisquer subtópicos debaixo de tal pergunta. Esses
subtópicos estão impressos em grifo negrito e com reentrância, debaixo das
perguntas com as quais se relacionam. Se já possui algum conhecimento do
assunto, uma recapitulação desses subtópicos e uma rápida olhada em alguns
dos pontos debaixo deles talvez seja tudo o que necessita, porque esboçam uma
útil linha de pensamento que poderá ser usada. Não hesite em expressar a ideia
em suas próprias palavras.
8

Acha que precisa mais do que isso — talvez os próprios textos, o raciocínio a
usar em conexão com esses textos, algumas ilustrações como ajuda para
esclarecer a lógica daquilo que a Bíblia diz, e assim por diante? Em tal caso,
talvez deseje mostrar à pessoa com quem está falando o que você tem neste
livro e daí poderão ler juntos a parte que trata da pergunta que ela fez. Mesmo
que não tenha estudado a matéria com antecedência, poderá usá-la para dar uma
resposta satisfatória. Tudo está aqui no livro, e dito de modo simples e conciso.
Tenha em mente que este livro é apenas uma ajuda. A autoridade é a Bíblia.
Ela é a Palavra de Deus. Quando as citações no livro são da Bíblia, frise isso
aos com quem fala. Quando possível, peça-lhes que apanhem sua própria Bíblia
e procurem os textos, de modo que verão que o que você diz está realmente no
próprio exemplar das Escrituras que eles possuem. Se algumas traduções
populares da Bíblia vertem trechos-chaves de certos textos de modo diferente,
amiúde se chama atenção para isso, e fornecem-se para comparação as versões
de uma variedade de traduções.
Em harmonia com o exemplo do apóstolo Paulo, ao referir-se ao altar “A um
Deus Desconhecido” e ao citar algumas fontes seculares geralmente aceitas,
quando pregou aos atenienses (Atos 17:22-28), este livro faz limitado uso de
citações da história secular, de enciclopédias, de livros religiosos de referência e
de dicionários das línguas bíblicas. Assim, em vez de fazer afirmações quanto à
origem das falsas práticas religiosas, quanto ao desenvolvimento de certas
doutrinas, bem como quanto ao significado de termos hebraicos e gregos, o
livro mostra as razões das declarações feitas. Entretanto, dirige a atenção para a
Bíblia como a fonte básica da verdade.
Como ajuda adicional em pavimentar o caminho para transmitir a verdade
bíblica a outros, há no início deste livro uma lista de “Introduções para Uso no
Ministério de Campo” e uma compilação de sugestões sobre “Como Refutar os
que lhe Cortam a Palavra”. Muitas outras objeções que poderiam interromper a
palestra se relacionam com determinadas crenças, e estas são consideradas no
fim de cada parte principal que trata dessas crenças. Não se tenciona que decore
essas respostas, mas, sem dúvida, achará proveitoso analisar por que outros as
acharam eficazes; daí, expresse as idéias em suas próprias palavras.
O uso deste compêndio lhe deverá ser útil em cultivar a habilidade de
raciocinar à base das Escrituras e usar estas eficazmente para ajudar outros a
aprender sobre “as coisas magníficas de Deus”. — Atos 2:11.
9

Introduções
Para Uso no Ministério de Campo
Comentários: Ao decidir que tipo de introdução usar quando participa no
ministério de campo, três coisas merecem cuidadosa consideração: (1) A
mensagem que fomos comissionados a transmitir são “estas boas novas do
reino”. (Mat. 24:14) Mesmo quando não a consideramos diretamente,
devemos ter em mente ajudar as pessoas a ver a necessidade que dela têm,
ou devemos talvez procurar tirar os obstáculos para que estejam dispostas a
considerá-la. (2) O interesse genuíno no bem-estar das pessoas que
encontramos nos ajudará, como ajudou a Jesus, a tocar o coração das
pessoas. (Mar. 6:34) Tal genuíno interesse pode ser indicado por um sorriso
caloroso e maneiras amigáveis, pela disposição de ouvir quando elas falam e
daí por adaptarmos nossas observações concordemente, também por
fazermos perguntas que as incentivem a se expressar, a fim de podermos
entender melhor qual é o conceito delas. Primeira aos Coríntios 9:19-23
mostra que o apóstolo Paulo adaptava sua apresentação das boas novas às
circunstâncias das pessoas com quem falava. (3) Em algumas partes do
mundo, espera-se que os visitantes observem certas formalidades antes de
dizerem a razão da sua visita. Em outras partes, o morador talvez espere que
o visitante não-convidado entre logo no assunto. — Compare com Lucas
10:5.
As seguintes introduções mostram como algumas Testemunhas experientes
iniciam conversações. Se as introduções que costuma usar dão raras vezes
ensejo a conversações, experimente algumas destas sugestões. Ao assim
fazer, desejará sem dúvida usar suas próprias palavras. Notará também que é
útil obter sugestões de outras Testemunhas na sua congregação que têm
sucesso em iniciar uma conversação com as pessoas.

AMOR/BONDADE
● ‘Notamos que muitas pessoas estão bastante preocupadas por causa da falta
de verdadeiro amor no mundo. Está também? . . . Por que acha que é essa a
tendência? . . . Sabia que a Bíblia predisse essa situação? (2 Tim. 3:1-4) Ela
explica também a razão disso. (1 João 4:8)’
● ‘Eu me chamo — —. Moro nesta vizinhança. Estou fazendo apenas uma
breve visita para falar com meus vizinhos sobre algo que me preocupa muito,
10

e tenho certeza de que você também já o notou. A bondade não custa muito,
mas parece ser tão rara hoje em dia. Já se perguntou alguma vez por que é
assim? . . . (Mat. 24:12; 1 João 4:8)’

ARMAGEDOM
● ‘Muitas pessoas estão preocupadas com o Armagedom. Ouviram líderes
mundiais usar esse termo com referência a uma guerra nuclear total. Que acha
que significará o Armagedom para a humanidade? . . . Realmente, o nome
Armagedom é tirado da Bíblia, e significa algo bem diferente do sentido que
comumente se dá à palavra. (Rev. 16:14, 16) A Bíblia mostra também que há
coisas que nós pessoalmente podemos fazer, visando a sobrevivência. (Sof. 2:2,
3)’ (Veja também as páginas 44-48, sob o tópico geral “Armagedom”.)

BÍBLIA/DEUS
● ‘Bom dia. Estou fazendo apenas uma breve visita para lhe transmitir uma
importante mensagem. Note, por gentileza, o que se diz aqui na Bíblia. (Leia o
texto, tal como Revelação 21:3, 4.) Que acha disso? Parece-lhe bom?’
● ‘Estamos falando com os nossos vizinhos sobre onde encontrar ajuda prática
para enfrentar os problemas da vida. No passado, muitas pessoas consultavam a
Bíblia. Mas vivemos num tempo em que a atitude das pessoas está mudando.
Qual é a sua opinião? Acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus, ou acha que é
apenas um bom livro escrito pelos homens? . . . Se é de Deus, como acha que
uma pessoa pode ter certeza disso?’ (Veja as páginas 63-73, sob o tópico geral
“Bíblia”.)
● ‘É uma satisfação encontrá-lo(a) em casa. Estou falando com os meus
vizinhos sobre um ponto da Bíblia (ou, das Escrituras Sagradas) que é
animador. Já se perguntou: . . .? (Faça uma pergunta que leve ao tópico que está
considerando.)’
● ‘Estamos incentivando as pessoas a ler a Bíblia que possuem. As respostas
que ela fornece a perguntas importantes muitas vezes surpreendem as pessoas.
Por exemplo: . . . (Sal. 104:5; ou Dan. 2:44; ou algum outro texto).’
● ‘Estamos fazendo apenas uma breve visita hoje aos nossos vizinhos. Algumas
pessoas com as quais falamos têm confiança em Deus. Outras acham difícil crer
nele. E no seu caso? . . . A Bíblia nos incentiva a considerar o significado do
universo físico. (Sal. 19:1) Aquele cujas leis governam esses corpos celestes
também proveu para nós uma valiosa orientação. (Sal. 19:7-9)’ (Veja também
as páginas 120-126, 94-98, sob os tópicos gerais “Deus” e “Criação”.)

CRIME/SEGURANÇA
● ‘Bom dia. Estamos falando com as pessoas a respeito da segurança pessoal.
Há muito crime à nossa volta, e isto influi em nossa vida. Acha que algum dia
11

chegará o tempo em que as pessoas como você e eu poderemos caminhar pelas


ruas de noite e sentir-nos seguros? (Ou: Acha que alguém tem uma solução real
para esse problema?) . . . (Pro. 15:3; Sal. 37:10, 11)’
● ‘Eu me chamo — —. Moro na vizinhança. Caminhando até aqui esta manhã,
notei que todos estão falando sobre (mencione um recente crime na vizinhança
ou outro assunto de preocupação na localidade). Que acha disso? . . . Há alguma
coisa que acha que poderá contribuir para tornar nossa vida mais segura? . . .
(Pro. 1:33; 3:5, 6)’

EMPREGO/MORADIA
● ‘Temos falado com os seus vizinhos sobre o que se pode fazer para garantir
que haja emprego e moradia para todos. Acha que é razoável esperar que os
governos humanos realizem isso? . . . Mas há alguém que sabe solucionar esses
problemas; esse é o Criador da humanidade. (Isa. 65:21-23)’
● ‘Estamos falando com os nossos vizinhos sobre um bom governo. A maioria
das pessoas gostaria de ter um tipo de governo que fosse livre de corrupção, que
pudesse prover emprego e boa moradia a todos. Que tipo de governo acha que
poderá realizar tudo isso? . . . (Sal. 97:1, 2; Isa. 65:21-23)’ (Veja também as
páginas 178-182, sob o tópico geral “Governo”.)

ESTUDO BÍBLICO DOMICILIAR


● ‘Vim até a sua casa para lhe oferecer um curso bíblico gratuito a domicílio.
Se me permitir, gostaria de tomar apenas alguns minutos para lhe demonstrar
como pessoas em cerca de 200 países consideram a Bíblia em casa em grupos
de família. Podemos usar quaisquer desses tópicos como base de nossa palestra.
(Mostre o índice num livro de estudo.) Qual destes lhe interessa
especialmente?’
● ‘Estamos mostrando este compêndio bíblico a nossos vizinhos. (Mostre-o.) Já
o havia visto antes? . . . Se dispõe de alguns minutos, gostaria de demonstrar
como pode ser usado junto com o seu próprio exemplar da Bíblia.’

EVENTOS ATUAIS
● ‘Boa noite. Meu nome é — —. Moro aqui perto na (nome da rua ou da
localidade). Viu o noticiário na TV ontem à noite? . . . Aquela notícia sobre
(mencione algum evento atual de interesse) — que acha disso? . . . Não é
incomum ouvir pessoas perguntar: Onde vai parar este mundo? Nós, como
Testemunhas de Jeová, acreditamos que vivemos no tempo que a Bíblia chama
de “últimos dias”. Observe esta descrição pormenorizada, em 2 Timóteo 3:1-5.’
(Veja também as páginas 419-428.)
● ‘Leu isto no jornal esta semana? (Mostre um recorte apropriado.) Que
acha . . .?’
12

● ‘Gostaria de lhe fazer uma pergunta. Se pudesse escolher, qual dos muitos
problemas que o mundo enfrenta hoje gostaria de ver solucionado primeiro?
(Depois de saber qual é a maior preocupação do morador, use isso como base
de sua palestra.)’
FAMÍLIA/FILHOS
● ‘Estamos falando com pessoas interessadas em saber como podemos
enfrentar melhor os problemas da vida familiar. Todos nós tentamos fazer o
melhor que podemos, mas, se existe uma coisa que nos pode ajudar a ter maior
sucesso, não nos interessa isso? . . . (Col. 3:12, 18-21) A Bíblia nos apresenta
uma esperança que oferece um futuro real para nossas famílias. (Rev. 21:3, 4)’
● ‘Todos nós desejamos que nossos filhos tenham uma vida feliz. Mas acha que
há razão sólida para esperar um fim feliz da dificuldade pela qual atravessa hoje
este mundo? . . . Portanto, que espécie de mundo acha que nossos filhos
enfrentarão quando crescerem? . . . A Bíblia mostra que Deus irá fazer desta
terra um lugar maravilhoso em que viver. (Sal. 37:10, 11) Mas, se nossos filhos
hão de participar nisso, depende em grande parte da escolha que nós fazemos.
(Deut. 30:19)’
FUTURO/SEGURANÇA
● ‘Bom dia. Como está? . . . Estamos empenhando-nos em transmitir aos nossos
vizinhos um conceito positivo sobre o futuro. Procura encarar assim a vida? . . .
Acha que algumas situações dificultam isso? . . . Descobri que a Bíblia é muito
útil neste respeito. Ela descreve realisticamente as condições que existem em
nossos dias, mas também explica o significado delas, bem como nos diz qual
será o resultado. (Luc. 21:28, 31)’
● ‘Bom dia. Eu me chamo — —. Qual é o seu nome? . . . Estou incentivando os
jovens como você a considerar o grandioso futuro que a Bíblia nos apresenta.
(Leia um texto, tal como o de Revelação 21:3, 4.) Acha isso bom?’

GUERRA/PAZ
● ‘Quase todas as pessoas hoje estão preocupadas com a ameaça de uma guerra
nuclear. Acha que teremos algum dia verdadeira paz na terra? . . . (Sal. 46:8, 9;
Isa. 9:6, 7)’
● ‘Estou à procura de pessoas que gostariam de viver num mundo livre de
guerras. Só neste século houve centenas de guerras, incluindo duas guerras
mundiais. Vemo-nos confrontados agora com a ameaça de um conflito nuclear.
Que acha que é preciso para evitar tal guerra? . . . Quem pode introduzir um
mundo pacífico? . . . (Miq. 4:2-4)’
● ‘Notamos que quase toda pessoa diz que deseja a paz mundial. A maioria dos
líderes do mundo também dizem isso. Por que, então, é tão difícil de consegui-
la? . . . (Rev. 12:7-12)’
13

INJUSTIÇA/SOFRIMENTO
● ‘Já se perguntou: Será que Deus realmente se importa com a injustiça que os
humanos sofrem e com os sofrimentos deles? . . . (Ecl. 4:1; Sal. 72:12-14)’
(Veja também os tópicos gerais “Sofrimento” e “Encorajamento”.)

REINO
● ‘Ao falar com meus vizinhos, observei que muitos anseiam viver sob um
governo que pode realmente solucionar os grandes problemas que enfrentamos
hoje — a criminalidade e o elevado custo de vida (ou o que quer que esteja no
momento na mente de muitos). Seria tão bom, não acha? . . . Existe hoje tal
governo? . . . Muitos na verdade têm orado pedindo um governo que pode fazer
essas coisas. Sem dúvida, você tem orado pedindo-o, mas não são muitas as
pessoas que pensam nele como sendo um governo. (Dan. 2:44; Sal. 67:6, 7;
Miq. 4:4)’ (Veja também as páginas 298-306 e 178-182, sob os tópicos gerais
“Reino” e “Governo”.)
● ‘Estamos fazendo uma pergunta aos nossos vizinhos. Apreciaríamos seu
comentário. Sabe, Jesus nos ensinou a orar pedindo que o Reino de Deus venha
e que a vontade Dele seja feita na terra como é feita nos céus. Acha que algum
dia esta oração será atendida, de modo que a vontade de Deus realmente virá a
ser feita aqui na terra? . . . (Isa. 55:10, 11; Rev. 21:3-5)’
● ‘Estou considerando com meus vizinhos uma questão que todos nós
precisamos enfrentar: Estamos a favor de um governo da parte de Deus, ou
preferimos o governo humano? Em vista das condições no mundo hoje, acha
que precisamos de algo diferente daquilo que os homens produziram? . . . (Mat.
6:9, 10; Sal. 146:3-5)’
ÚLTIMOS DIAS
● ‘Estamos fazendo-lhe uma visita para palestrarmos sobre o significado do que
está acontecendo ao redor de nós hoje no mundo. Há entre muitas pessoas um
declínio de interesse em Deus e nos seus padrões para a vida, segundo
indicados na Bíblia. Isto tem influído grandemente na atitude das pessoas umas
para com as outras. Permita-me, por gentileza, mostrar-lhe esta descrição
registrada em 2 Timóteo 3:1-5, e diga-me se não acha que descreve o mundo de
hoje. (Leia-a.) . . . Existe uma razão sólida para esperarmos condições melhores
no futuro? (2 Ped. 3:13)’
● ‘Muitas pessoas acreditam que se esgota rapidamente o tempo para este
mundo. Falam do nosso tempo como sendo “os últimos dias”. Mas, sabia que a
Bíblia nos informa como podemos sobreviver ao fim do atual mundo e viver na
terra que será transformada em paraíso? (Sof. 2:2, 3)’ (Veja também as páginas
419-428, sob o tópico geral “Últimos Dias”.)
Veja também “Eventos Atuais” nesta lista de introduções sugeridas.
14

VELHICE/MORTE
● ‘Já se perguntou por que envelhecemos e morremos? Algumas tartarugas-do-
mar vivem centenas de anos. Certas árvores têm existido por milhares de anos.
Mas os humanos vivem apenas 70 ou 80 anos e daí morrem. Já se perguntou
por quê? . . . (Rom. 5:12) Será que essa situação mudará algum dia? . . . (Rev.
21:3, 4)’
● ‘Já se perguntou: É a morte o fim de tudo? Ou existe algo após a morte? . . .
A Bíblia esclarece qualquer dúvida que tenhamos sobre a morte. (Ecl. 9:5, 10)
Mostra também que há uma verdadeira esperança para pessoas que têm fé.
(João 11:25)’ (Veja também as páginas 243-249 e 134, sob os tópicos gerais
“Morte” e “Encorajamento”.)
VIDA/FELICIDADE
● ‘Estamos visitando nossos vizinhos para encontrarmos pessoas que estão
profundamente interessadas no significado da vida. A maioria das pessoas têm
alguma felicidade. Mas enfrentam também muitos problemas. Ao avançarmos
em idade, damo-nos conta de que a vida é muito curta. Será que a vida era para
ser apenas isto? Que acha? . . . (Comente o propósito original de Deus,
conforme indicado no Éden; daí, em João 17:3 e em Revelação 21:3, 4.)’ (Veja
também as páginas 428-433, sob o tópico geral “Vida”.)
● ‘Estamos perguntando hoje aos nossos vizinhos o que pensam quando lêem
na sua Bíblia a expressão “vida eterna”. É de interesse especial, porque essa
expressão aparece na Bíblia umas 40 vezes. O que poderá significar tal vida
para nós? . . . Como a podemos obter? (João 17:3; Rev. 21:4)’
● ‘Estamos falando com as pessoas que se interessam realmente na qualidade
da vida hoje. A maioria de nós estamos contentes de estarmos vivos, mas
muitos se perguntam: É possível uma vida realmente feliz? O que acha a
respeito disso? . . . Que diria que é hoje um dos maiores obstáculos à
felicidade? . . . (Sal. 1:1, 2; textos adicionais que se enquadrem naquilo que
interessa ao morador.)’

QUANDO MUITAS PESSOAS DIZEM:


‘TENHO MINHA PRÓPRIA RELIGIÃO.’
● ‘Bom dia. Estamos visitando todas as famílias no seu quarteirão (ou: nesta
localidade), e notamos que a maioria delas têm a sua própria religião. Sem
dúvida, você também. . . . Mas, seja qual for a sua religião, enfrentamos muitos
dos mesmos problemas — elevado custo de vida, crimes, doenças — não é
verdade? . . . Acha que existe uma solução real para essas coisas? . . . (2 Ped.
3:13; etc.)’
QUANDO MUITAS PESSOAS DIZEM: ‘ESTOU OCUPADO(A).’
● ‘Bom dia. Estamos visitando todas as pessoas nesta vizinhança com uma
15

importante mensagem. Sem dúvida, é uma pessoa ocupada, portanto serei


breve.’
● ‘Bom dia. Eu me chamo — —. A finalidade da minha visita é falar-lhe sobre
as bênçãos do Reino de Deus e sobre como podemos ter parte nelas. Mas vejo
que está ocupado(a) (ou: que está de saída). Permite-me dizer-lhe brevemente
uma coisa?’

EM TERRITÓRIO TRABALHADO COM MUITA FREQÜÊNCIA.


● ‘Alegro-me de encontrá-lo(a) em casa. Estamos fazendo nossas visitas
semanais nesta vizinhança, e temos mais a lhe dizer a respeito das coisas
maravilhosas que o Reino de Deus fará pela humanidade.’
● ‘Bom dia. É uma satisfação revê-lo(a) . . . Estão todos bem em sua casa? . . .
Passei aqui para lhe falar a respeito de um ponto sobre . . .’
● ‘Bom dia. Como vai? . . . Estava desejando ter mais uma oportunidade de
falar com você. (Daí, mencione o assunto específico sobre o qual deseja falar.)’

Como refutar os que lhe


Cortam a Palavra

Comentários: A perspectiva de vida das pessoas depende da atitude delas para


com Jeová Deus e seu Reino por Cristo Jesus. A mensagem do Reino de Deus é
empolgante, e ela indica a única esperança fidedigna para a humanidade. É uma
mensagem que transforma vidas. Desejamos que todos a ouçam. Reconhecemos
que apenas uma minoria a receberá de modo apreciativo, mas sabemos que as
pessoas precisam pelo menos ouvi-la se hão de fazer uma escolha com
conhecimento de causa. Contudo, nem todos estão dispostos a ouvir, e não
tentamos forçá-los. Mas, com discernimento, amiúde é possível levar os que
porventura nos cortem a palavra a oportunidades para consideração adicional do
assunto. Eis alguns exemplos do que algumas Testemunhas experientes têm
empregado nos seus esforços de procurar os merecedores. (Mat. 10:11)
Recomendamos que não decore nenhuma dessas respostas, mas entenda as
idéias, ponha-as em suas próprias palavras e expresse-as de tal forma que
transmitam seu genuíno interesse na pessoa com quem estiver falando. Ao
assim fazer, poderá ter confiança que aqueles que têm coração disposto ouvirão
16

e reagirão com apreço àquilo que Jeová está fazendo para os atrair para as Suas
amorosas provisões de vida. — João 6:44; Atos 16:14.

‘NÃO ESTOU INTERESSADO(A).’


● ‘Permita-me perguntar-lhe se quer dizer que não está interessado(a) na Bíblia,
ou é na religião em geral que não está interessado(a)? Pergunto isso porque
temos encontrado muitas pessoas que antes tinham uma religião, mas não mais
vão à igreja por verem tanta hipocrisia nas igrejas (ou: acham que a religião não
é outra coisa senão comércio que visa lucros; ou: não aprovam o envolvimento
da religião na política, etc.). A Bíblia tampouco aprova tais práticas, e ela
fornece a única base em que podemos olhar para o futuro com confiança.’
● ‘Se quer dizer que não lhe interessa outra religião, posso entender isso. Mas, é
bem provável que se interesse em saber que espécie de futuro podemos esperar,
em vista da ameaça de uma guerra nuclear (ou: como podemos proteger nossos
filhos contra o abuso de drogas; ou: o que se pode fazer quanto ao crime para
não termos de ficar com medo de andar nas ruas; etc.). Vê alguma perspectiva
de uma solução real?’
● ‘Será que é porque já tem uma religião? . . . Diga-me uma coisa: Acha que
algum dia todos pertencerão à mesma religião? . . . O que parece estar
impedindo isso? . . . Para isso ter sentido, que espécie de fundamento seria
necessário?’
● ‘Posso entender. Alguns anos atrás, eu também dizia isto. Mas li algo na
Bíblia que me ajudou a considerar as coisas sob outro prisma. (Mostre à pessoa
o que foi.)’
● ‘Será que lhe interessaria se eu pudesse mostrar-lhe na Bíblia como poderá
ver novamente seus entes queridos falecidos (ou: qual é o verdadeiro propósito
da vida; ou: como ela pode ajudar-nos a manter nossas famílias unidas; etc.)?’
● ‘Se quer dizer que não lhe interessa comprar nada, pode tranqüilizar-se. Não
estou empenhado num trabalho comercial. Mas, será que lhe interessaria a
oportunidade de viver num paraíso na terra, livre de doenças e de crime, com
vizinhos que realmente lhe demonstrassem amor?’
● ‘É comumente esta a sua resposta quando as Testemunhas de Jeová vêm à sua
porta? . . . Já se perguntou alguma vez realmente por que continuamos a visitar
ou o que temos a dizer? . . . Em suma, a razão por que vim até aqui é que sei de
uma coisa que precisa saber também. Por que não escuta só esta vez?’
‘RELIGIÃO NÃO ME INTERESSA.’
● ‘Entendo seu ponto de vista. Para dizer a verdade, as igrejas não estão
tornando este mundo um lugar mais seguro onde se possa viver, não é mesmo? .
. . Posso perguntar-lhe: Sempre pensou assim como agora?
. . . Mas acredita em Deus?’
17

● ‘Há muitas pessoas que pensam assim. A religião não as ajudou realmente.
Essa é uma das razões pelas quais estamos visitando — porque as igrejas não
disseram às pessoas a verdade sobre Deus, tampouco sobre seu maravilhoso
propósito para a humanidade.’
● ‘Mas tenho certeza de que se interessa pelo seu próprio futuro. Sabia que a
Bíblia predisse as próprias condições que existem hoje no mundo? . . . E ela
mostra qual será o resultado.’
● ‘Sempre pensou assim? . . . Que pensa sobre o futuro?’
‘NÃO ESTOU INTERESSADO(A) NAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.’
● ‘Muitas pessoas nos dizem isso. Já se perguntou alguma vez por que pessoas
voluntárias como eu fazem essas visitas, mesmo sabendo que a maioria dos
moradores talvez não as recebam bem? (Apresente a essência de Mateus 25:31-
33, explicando que uma separação de pessoas de todas as nações vem ocorrendo
e que a reação das pessoas à mensagem do Reino é um fator importante nisto.
Ou apresente a essência de Ezequiel 9:1-11, explicando que, à base da reação
das pessoas à mensagem do Reino, todas estão sendo ‘marcadas’, quer para a
preservação através da grande tribulação, quer para a destruição por parte de
Deus.)’
● ‘Entendo isso, porque eu pensava assim também. Mas, só para usar de justiça,
decidi escutar a uma delas. E descobri que não me havia sido dita a verdade a
respeito delas. (Mencione uma das acusações falsas comuns e explique o que
nós cremos.)’
● ‘Não faz muito tempo, eu disse a mesma coisa a uma Testemunha de Jeová
que bateu à minha porta. Mas, antes que ela fosse embora, fiz uma pergunta à
qual eu tinha certeza de que ela não teria resposta. Gostaria de saber qual foi? . .
. (Por exemplo: Com quem se casou Caim?)’ (Para ser usado por aqueles que
realmente tiveram uma experiência assim.)
● ‘Se é uma pessoa religiosa, posso entender isso. A sua própria religião
representa, sem dúvida, muito para você. Mas acho que concordará que
ambos(as) estamos interessados(as) em (cite um tópico apropriado).’
● ‘Então, sem dúvida tem a sua própria religião. Importa-se que lhe pergunte
qual é a sua religião? . . . Temos apreciado falar com pessoas da sua crença.
Que acha de (mencione seu tópico de palestra)?’
● ‘Sim, entendo. Mas a razão pela qual visitamos as pessoas é que somos uma
família e gostaríamos de ver as pessoas viver juntas em paz. Estamos cansados
das notícias toda noite sobre casos de lutas e sofrimentos. Imagino que também
se sente assim. . . . Mas o que pode causar a mudança necessária? . . . As
promessas da Bíblia nos dão ânimo.’
● ‘Aprecio que me revelou seus sentimentos. Será que se importaria em me
18

dizer do que é que não gosta a respeito de nós? É do que lhe mostramos na
Bíblia, ou do fato de lhe fazermos visitas em sua casa?’
‘TENHO MINHA PRÓPRIA RELIGIÃO.’
● ‘Gostaria de me dizer se a sua religião ensina que chegará o tempo em que as
pessoas que amam o que é justo viverão na terra para sempre? . . . Essa é uma
idéia agradável, não é? . . . Acha-se aqui na Bíblia. (Sal. 37:29; Mat. 5:5; Rev.
21:4)’
● ‘Concordo que neste assunto cada pessoa precisa fazer a sua própria decisão.
Mas sabia que o próprio Deus busca certo tipo de pessoas para serem seus
verdadeiros adoradores? Note aqui em João 4:23, 24. O que significa adorar a
Deus “com verdade”? . . . O que é que Deus nos deu para nos ajudar a saber o
que é verdade e o que não é? . . . (João 17:17) E note quão importante ela é para
nós pessoalmente. (João 17:3)’
● ‘Tem sido uma pessoa religiosa em toda a sua vida? . . . Acha que a
humanidade virá a estar unida algum dia numa só religião? . . . Tenho pensado
muito sobre isso por causa do que está escrito aqui em Revelação 5:13. . . . O
que é necessário para que nos enquadremos nisto?’
● ‘Estava desejando encontrar alguém assim que tem interesse nas coisas
espirituais. São tantos hoje os que não o têm. Posso perguntar-lhe o que acha da
promessa bíblica de que Deus acabará com toda a maldade e transformará esta
terra num lugar onde unicamente as pessoas que amam a justiça viverão?
Interessa-lhe isso?’
● ‘Participa bastante em atividades da igreja? . . . Fica usualmente bem cheia a
igreja para os cultos nos dias atuais? . . . Acha que a maioria dos membros
mostra realmente um sincero desejo de pôr em prática a Palavra de Deus na
vida diária? (Ou: Acha que existe um pensamento unido entre os membros
sobre a solução dos problemas que o mundo enfrenta?) Nós notamos que é de
ajuda a instrução bíblica pessoal no lar.’
● ‘Evidentemente, está satisfeito(a) com a sua religião. Mas, na maioria, as
pessoas não estão satisfeitas com as condições do mundo. Talvez isso se dê
também com você; será que se dá? . . . A que tudo isso nos leva?’
● ‘É você uma pessoa que gosta de ler a Bíblia? . . . Encontra tempo para a ler
regularmente?’
● ‘Aprecio que me disse isso. Tenho certeza de que concordará que, seja qual
for nossa formação religiosa, estamos todos muito interessados na paz mundial
(ou: nos meios pelos quais podemos proteger nossos filhos contra as más
influências; ou: em ter uma vizinhança em que as pessoas realmente mostram
amor umas pelas outras; ou: em ter bom relacionamento com os outros, e isso
pode representar um desafio quando todos estão sob pressão).’
19

● ‘Estou contente de saber que tem tendência religiosa. Muitas pessoas hoje em
dia não levam a sério a religião. Há quem pense que Deus não existe. Mas,
segundo o que lhe foi ensinado, que espécie de pessoa acha que Deus é? . . .
Note que a Bíblia nos informa o nome pessoal dele. (Êxo. 6:3; Sal. 83:18)’
● ‘Quando Jesus enviou seus discípulos para que pregassem, ele lhes disse que
fossem a todas as partes da terra, de modo que encontrariam muitas pessoas de
religião diferente da deles. (Atos 1:8) Mas ele sabia que os que tinham fome e
sede da justiça escutariam. Qual é a mensagem específica que ele disse que
seria transmitida em nossos dias? (Mat. 24:14) Que significa esse Reino para
nós?’
‘AQUI NÓS JÁ SOMOS CRISTÃOS.’
● ‘Fico contente de saber isso. Então sabe sem dúvida que o próprio Jesus fez
um trabalho como este, visitando as pessoas nos seus lares, e ele comissionou
isto também a seus discípulos. Sabe qual foi o tema da pregação que faziam? . .
. É a respeito disso que viemos falar hoje. (Luc. 8:1; Dan. 2:44)’
● ‘Então, tenho certeza de que apreciará a seriedade daquilo que Jesus disse
aqui no Sermão do Monte. Falou de modo bastante franco, mas também com
amor, ao dizer . . . (Mat. 7:21-23) A pergunta que precisamos fazer a nós
próprios, portanto, é: Quão bem eu sei qual é a vontade do Pai celestial? (João
17:3)’
‘ESTOU OCUPADO(A).’
● ‘Então, vou ser bem breve. A minha visita é para transmitir-lhe um
pensamento importante. (Declare a essência do seu tópico de palestra em cerca
de duas sentenças.)’
● ‘Está bem. Terei o prazer de voltar em outra ocasião, quando lhe for mais
conveniente. Mas, antes de ir embora, gostaria de ler apenas um texto bíblico
que nos dá realmente algo importante em que pensar.’
● ‘Compreendo. Como mãe (ou trabalhador; ou estudante) eu também tenho
todo o meu tempo tomado. Portanto, vou ser breve. Todos nós enfrentamos uma
situação séria. A Bíblia mostra que estamos bem perto do tempo em que Deus
irá destruir o atual sistema mau de coisas. Mas haverá sobreviventes. A
pergunta que surge é: O que precisamos fazer para estar entre eles? A Bíblia
responde a essa pergunta. (Sof. 2:2, 3)’
● ‘Sabe, é exatamente por isso que estou fazendo visitas. Somos todos
ocupados — tão ocupados que as coisas realmente importantes na vida são às
vezes negligenciadas, não é verdade? . . . Vou ser bem breve, mas tenho certeza
de que estará interessado(a) neste único texto. (Luc. 17:26, 27) Nenhum de nós
deseja estar nessa situação, de modo que precisamos criar tempo em nossa vida
atarefada para considerar o que a Bíblia diz. (Faça a oferta da publicação.)’
20

● ‘Seria mais conveniente se voltássemos daqui a mais ou menos meia hora,


depois de visitarmos alguns dos seus vizinhos?’
● ‘Então, não vou tomar o seu tempo. Talvez eu possa voltar outro dia. Mas
antes de ir embora, gostaria de lhe dar a oportunidade de obter esta oferta
especial. (Apresente a oferta do mês.) Esta publicação contém um curso de
estudo que o(a) familiarizará com as respostas da própria Bíblia a perguntas
como (mencione apenas uma ou duas).’
● ‘Sinto muito ter chegado num momento que lhe é inconveniente. Conforme
deve saber, sou Testemunha de Jeová. Queria transmitir-lhe um ponto
importante da Bíblia. Mas, visto que não tem tempo para ouvir no momento,
talvez possa deixar-lhe os números recentes de nossas revistas, que falam sobre
(cite o assunto). Poderá lê-los quando tiver tempo. Deixamos pela pequena
contribuição de . . .’
● ‘Não me é difícil entender isso. Parece que simplesmente não há tempo
suficiente para fazer tudo. Mas, já pensou quão diferente poderia ser a vida se
se pudesse viver para sempre? Sei que isso pode parecer estranho. Mas permita-
me mostrar-lhe apenas uma passagem na Bíblia que explica como isso é
possível. (João 17:3) Portanto, o que precisamos fazer agora é adquirir esse
conhecimento a respeito de Deus e de seu Filho. É por isso que deixamos esta
publicação.’
‘POR QUE VISITAM AS PESSOAS TÃO FREQÜENTEMENTE?’
● ‘Porque nós cremos que vivemos nos últimos dias, mencionados na Bíblia.
Achamos que é importante que todos nós pensemos sobre qual será o resultado
das atuais condições. (Mencione um ou dois eventos recentes ou situações da
atualidade.) A pergunta é: O que precisamos fazer se havemos de sobreviver ao
fim deste sistema de coisas?’
● ‘Porque amamos a Deus e ao nosso próximo. É isso que todos nós devemos
fazer, não é verdade?’
‘JÁ CONHEÇO BEM A OBRA DE VOCÊS.’
● ‘Fico muito contente com isso. Tem algum parente próximo ou algum amigo
que é Testemunha de Jeová? . . . Posso perguntar-lhe: Acredita no que
ensinamos pela Bíblia, a saber, que vivemos nos “últimos dias”, que em breve
Deus irá destruir os maus e que esta terra se tornará um paraíso, onde as pessoas
poderão viver para sempre com perfeita saúde entre vizinhos que realmente têm
amor uns aos outros?’
‘NÃO TEMOS DINHEIRO.’
● ‘Não estamos solicitando fundos. Mas oferecemos um curso gratuito de
estudo bíblico domiciliar. Um dos assuntos abrangidos nele é (use o título de
um capítulo de uma publicação atual). Posso tomar alguns minutos para lhe
mostrar como se faz isso? Não vai custar-lhe um centavo.’
21

● ‘Vivemos em tempos difíceis. Mas estamos interessados nas pessoas, não no


seu dinheiro. (Continue com a palestra. Depois de lhes oferecer a publicação,
diga-lhes que sabe que disseram que não têm dinheiro no momento. Se for
apropriado, poderá oferecer trocar por algum produto ou lhes dizer que terá
prazer em anotar o pedido deles e voltar numa ocasião conveniente.)’
QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘SOU BUDISTA.’
● Não tire a conclusão de que as crenças da pessoa sejam as mesmas de outros
budistas. Os ensinamentos budistas são vagos e a interpretação varia de pessoa
para pessoa. O budismo japonês é bastante diferente do budismo do Sudeste
Asiático. As pessoas também diferem quanto ao seu conceito. Em geral, porém,
os seguintes pontos podem ser úteis: (1) O budismo não reconhece um Deus
externo, um Criador pessoal. Mas muitos budistas adoram imagens e relíquias
de Buda. (2) Sidarta Gautama, que recebeu o título de Buda, passou a ser
considerado como o ideal religioso de seus seguidores, a ser imitado por eles.
Incentivou adquirir iluminação pelo estudo sobre o homem do ponto de vista
humano, também de erradicar as raízes do sofrimento mediante o controle da
mente de modo a se eliminar todo desejo terrestre. Ele ensinou que assim a
pessoa poderia atingir o nirvana, ficando livre de renascimentos de
transmigração. (3) Os budistas adoram seus antepassados, porque consideram
estes a fonte de sua vida.
Sugestões para palestra: (1) Ao falar com budistas, enfatize que você não faz
parte da cristandade. (2) Os budistas têm respeito por “livros sagrados”, e
geralmente respeitam a Bíblia por esse motivo. Em vez de se demorar na
filosofia budista, apresente a mensagem positiva da Bíblia. Deixe-os saber que a
Bíblia não é mera filosofia humana, mas a Palavra de peso do Criador da
humanidade, Jeová Deus. Pergunte de modo polido se lhes pode mostrar um
ponto interessante neste livro sagrado, a Bíblia. (3) Muitos budistas estão
profundamente interessados na paz e na vida familiar e desejam levar uma vida
de boa moral. A palestra sobre quaisquer desses assuntos é amiúde bem
recebida. (4) Mostre que a Bíblia apresenta um governo celestial justo sobre a
terra como verdadeira solução dos problemas que a humanidade enfrenta. Ela
explica o futuro da terra e a maravilhosa perspectiva de vida eterna numa terra
paradísica. (5) Poderá mostrar que a Bíblia explica a origem da vida, o
significado da vida, a condição dos mortos e a esperança da ressurreição, o
motivo pelo qual existe o mal. Uma apresentação com delicadeza das verdades
claras da Palavra de Deus resultará numa reação apreciativa no coração dos que
são semelhantes a ovelhas.
O folheto À Procura de um Pai (em inglês) foi feito especialmente em benefício
dos budistas sinceros.
22

QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘SOU HINDU.’


● Deve estar ciente de que a filosofia hindu é muito complexa e não se
harmoniza com a lógica normal. Achará talvez útil ter os seguintes pontos em
mente: (1) O hinduísmo ensina que o deus Brama é constituído de três formas
— Brama, o Criador, Vixenu, o Preservador, e Xiva, o Destruidor. Mas os
hindus não têm o conceito de um deus pessoal com uma existência individual.
(2) Os hindus acreditam que todos os objetos naturais possuem uma alma que
nunca morre, que a alma passa por, a bem dizer, um interminável ciclo de
reencarnações, que as formas em que renasce são determinadas por obras
(carma), que é possível a pessoa livrar-se dessa “roda interminável” unicamente
extinguindo todo o desejo físico, e que, se se conseguir isso, a alma será
absorvida no espírito universal. (3) De modo geral, os hindus respeitam as
outras religiões. Os hindus acreditam que todas as religiões, apesar do fato de
ensinarem doutrinas contraditórias, conduzem à mesma verdade.
Em vez de tentar lutar com as complexidades da filosofia hindu, apresente as
verdades satisfatórias que se encontram na Bíblia Sagrada. As provisões
amorosas de vida, feitas por Jeová, estão à disposição de toda sorte de pessoas,
e as verdades claras da sua Palavra atingirão o coração dos que têm fome e sede
de justiça. Só a Bíblia fornece uma verdadeiramente bem fundada esperança
quanto ao futuro; só a Bíblia dá respostas realmente satisfatórias às importantes
perguntas com as quais toda a humanidade se defronta. Dê-lhes a oportunidade
de ouvirem a resposta a tais perguntas. É de interesse notar que o hino hindu
Rig Veda 10. 121 é intitulado “Ao Deus Desconhecido”. Em alguns casos,
talvez ache apropriado mencionar isso, assim como o apóstolo Paulo fez
referência ao altar em Atenas “A um Deus Desconhecido”. (Atos 17:22, 23) É
curioso que o nome do deus hindu, Vixenu, sem o digama, é Ix-nu, que em
caldeu significa “o homem Noé”. Mostre o que a Bíblia diz sobre o significado
do Dilúvio global dos dias de Noé. Os que estão afligidos com a perspectiva de
intermináveis reencarnações podem ser ajudados com a matéria nas páginas
296, 297, sob o tópico geral “Reencarnação”.
Os folhetos A Vereda da Verdade Divina Que Conduz à Libertação e De
Kurukshetra ao Armagedom — E Sua Sobrevivência (ambos em inglês) contêm
informações que serão muito úteis para os hindus sinceros.

QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘SOU JUDEU.’


● Primeiro, procure saber como é que a pessoa se considera judeu. Poucos são
religiosos. Para muitos, ser judeu é simplesmente uma designação étnica.
Eis alguns pontos úteis a ter em mente: (1) Os judeus religiosos consideram que
é proibido pronunciar o nome de Deus. (2) Muitos judeus pensam que “a
Bíblia” seja um livro dos cristãos, mas, se mencionar “as Escrituras Hebraicas”,
23

“as Escrituras” ou “a Torá”, evitará esse problema. (3) A tradição é uma parte
central de sua crença e é considerada por muitos judeus religiosos como sendo
de autoridade igual à das Escrituras. (4) Talvez associem Jesus Cristo com a
perseguição brutal que os judeus sofreram às mãos da cristandade em nome de
Jesus. (5) Amiúde acreditam que Deus requer que os judeus guardem o sábado,
e que isso inclui refrear-se de lidar com dinheiro nesse dia.
Para estabelecer um ponto em comum, poderá dizer: (1) ‘Sem dúvida,
concordará que, sem levar em consideração a formação que tivemos, todos nós
nos vemos confrontados com as mesmas dificuldades no mundo hoje. Acredita
que haverá realmente uma solução permanente dos grandes problemas que esta
geração enfrenta? (Sal. 37:10, 11, 29; 146:3-5; Dan. 2:44)’ (2) ‘Não fazemos
parte da cristandade e não acreditamos numa Trindade, mas adoramos o Deus
de Abraão. Estamos especialmente interessados na questão da verdade religiosa.
Permita-me perguntar-lhe como identifica o que é verdade, especialmente em
vista de que há grandes diferenças de crenças entre o povo judeu? . . . (Deut.
4:2; Isa. 29:13, 14; Sal. 119:160)’ (3) ‘Estamos profundamente interessados na
promessa de Deus feita a Abraão, de que por intermédio da descendência dele
pessoas de todas as nações serão abençoadas. (Gên. 22:18)’
Se a pessoa expressar falta de fé em Deus, pergunte se sempre se sentiu assim.
Daí, talvez possa palestrar sobre a razão de Deus permitir a iniqüidade e o
sofrimento. A recordação do holocausto nazista fez com que muitos judeus se
perguntassem sobre isso.
Se falar sobre a importância de usar o nome de Deus, procure saber primeiro o
que a pessoa pensa sobre isso. Indique que Êxodo 20:7 proíbe tomar o nome de
Deus de modo indigno, mas não proíbe usá-lo com respeito. Daí, raciocine
sobre textos como Êxodo 3:15 (ou Salmo 135:13); 1 Reis 8:41-43; Isaías 12:4;
Jeremias 10:25; Malaquias 3:16.
Ao falar sobre o Messias: (1) Fale primeiro sobre as bênçãos futuras que haverá
debaixo de seu governo, em vez de falar sobre a identidade dele. (2) Daí,
raciocine sobre textos que indicam um Messias pessoal. (Gên. 22:17, 18; Zac.
9:9, 10; Dan. 7:13, 14) (3) Talvez seja necessário falar sobre as duas vindas do
Messias. (Contraste Daniel 7:13, 14 com Daniel 9:24-26.) (4) Ao mencionar
Jesus, faça isso num contexto que sublinhe a natureza progressiva do propósito
de Deus. Mencione que, quando Jesus ensinava, estava perto o tempo em que
Deus permitiria que o segundo templo fosse destruído, para nunca ser
reconstruído. Mas Jesus frisou o cumprimento da Lei e dos Profetas e o glorioso
futuro ao qual estes conduziriam as pessoas que têm fé.
QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘SOU MUÇULMANO.’
● Alguns pontos a ter em mente são os seguintes: (1) O Alcorão é o principal
“livro sagrado” deles. Alguns concordarão que a Bíblia é a Palavra de Deus,
mas crêem que foi suplantada pelo Alcorão. (2) Acreditam que só há um Deus
24

verdadeiro. (3) Dizem que Jesus era um dos profetas, como o era Maomé, e que
Maomé (570-632 EC) era o Consolador predito por Jesus. Acreditam que
Maomé foi o último e o mais importante profeta. (4) Crêem firmemente que
Deus não tem filho.
Pode-se às vezes estabelecer uma base comum do seguinte modo: (1) Poderá
dizer: ‘Vim considerar a Palavra de Deus com você. Ela nos fala sobre os
problemas da vida que pessoas como você e eu temos, bem como mostra qual é
a verdadeira solução.’ Daí, passe a considerar o Reino. (2) Poderá dizer: ‘Não
acredito na Trindade da cristandade. Adoro o único Deus verdadeiro, o Criador
do céu e da terra.’ (3) ‘Será que estou certo em crer que você acredita que Jesus
(ou Moisés) era profeta? . . . Era ele um profeta verdadeiro? . . . Então, o que ele
disse procedia de Deus, e se outros ensinamentos não estiverem de acordo com
isso, têm de ser de outra fonte, não é verdade?’ Daí, use declarações feitas por
Jesus (ou por Moisés) como base para prosseguir a palestra.
Se fizerem fortes afirmações sobre as crenças que têm, talvez seja proveitoso
pedir-lhes, com tato, que lhe mostrem o ponto no Alcorão, surata (capítulo) e
versículo. (Espere enquanto eles procuram.) Não podendo achá-lo, alguns
evidenciam maior disposição de ouvir o que lhes mostra na Bíblia.
Prováveis tópicos para palestra: (1) Depois de lançar a base, conforme acima,
poderá mostrar o que Deus disse a Moisés a respeito de Seu nome pessoal.
(Êxo. 3:15; Deut. 6:4, 5) (2) A matéria neste livro debaixo dos tópicos
“Destino” e “Sofrimento” poderá ser usada para ajudar algumas pessoas a ver
que Deus não é responsável pela injustiça feita a elas e pelo sofrimento que têm,
e que o alívio permanente virá por meio do Reino de Deus. (3) Se lhe
perguntarem sobre o seu conceito a respeito do Consolador, poderá mostrar-lhes
o que Jesus disse a respeito, mostrando que não se trata de uma pessoa, e que
faria seus discípulos lembrar-se de todas as coisas que Jesus lhes ensinara, em
vez de iniciar uma nova religião. (João 14:26, ALA, NM; Atos 1:8) (4) Se surgir
a objeção de que Deus não pode ter Filho, poderá tentar raciocinar sobre o
assunto. O fato de Deus ter um Filho não significa que teve relações sexuais
com uma esposa. Deus é, porém, o Criador. Visto que ele dá vida aos que ele
cria, não pode ele referir-se a si mesmo como o Pai deles? Ele fala da sua
primeiríssima criação como sendo seu Filho. Chama os anjos de filhos de Deus,
e refere-se a Adão como seu filho. Por quê? Porque lhes deu a vida. Como
concebeu Maria a Jesus? Não por meio de relações sexuais com Deus, mas,
conforme diz a Bíblia, foi por meio do espírito santo, a mesma força ativa que
Deus usou na criação. — Mat. 3:17; 16:16, 17; Luc. 1:35.
O folheto O Tempo para Verdadeira Submissão a Deus (em inglês) pode ser de
real ajuda para os muçulmanos sinceros entenderem o propósito de Deus.
25

Aborto

Definição: Aborto é a expulsão de um embrião ou de um feto que normalmente


não pode viver fora do útero. Pode acontecer aborto espontâneo devido a
imperfeição humana ou acidente. O aborto provocado deliberadamente, só para
se evitar o nascimento de uma criança não desejada, é tirar de modo intencional
uma vida humana.

Como deve a Fonte da vida humana influir no nosso conceito sobre este
assunto?

Atos 17:28: “Por meio dele [Deus] temos vida, e nos movemos, e
existimos.”
Sal. 36:9: “Contigo [Jeová Deus] está a fonte da vida.”
Rom. 14:12: “Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.”

Considera Jeová preciosa a vida de uma criança mesmo quando está bem
no início dos estágios de desenvolvimento após a concepção?

Sal. 139:13-16: “Tu [Jeová] . . . mantiveste-me abrigado no ventre de


minha mãe. . . . Teus olhos viram até mesmo meu embrião, e todas as
suas partes estavam assentadas por escrito no teu livro.”

Declarou Deus alguma vez que uma pessoa seria chamada a prestação de
contas pelo dano causado a um nascituro?

Êxo. 21:22, 23: “Caso homens briguem entre si, e eles realmente firam
uma mulher grávida e deveras saiam os filhos dela, mas não haja acidente
fatal, sem falta se lhe deve impor uma indenização segundo o que o dono
da mulher lhe impuser; e ele tem de dá-la por intermédio dos magistrados.
Mas se acontecer um acidente fatal, então terás de dar alma por alma.”
(Algumas traduções fazem parecer que nesta lei dada a Israel a questão
crucial era o que acontecia à mãe, não ao feto. O texto original em
hebraico, porém, referia-se a um acidente fatal que sobreviesse ou à mãe
ou à criança.)
26

Quão sério é tirar intencionalmente uma vida humana por um motivo não
autorizado por Deus?

Gên. 9:6: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem será


derramado o seu próprio sangue, pois à imagem de Deus fez ele o
homem.”
1 João 3:15: “Nenhum homicida tem permanecente nele a vida eterna.”
Êxo. 20:13: “Não deves assassinar.”

Justifica um aborto a opinião de um médico de que, se se deixar que certa


gravidez chegue a pleno termo, irá prejudicar a saúde da mãe?
Às vezes, as opiniões dos médicos são erradas. Seria justo matarmos
nosso semelhante porque este poderia causar dano ao seu próximo? Se, no
momento de dar à luz, é preciso fazer uma escolha entre a vida da mãe e a da
criança, cabe aos envolvidos fazer a escolha. Entretanto, os progressos da
medicina em muitos países tornaram essa situação muito rara.

Se Alguém Disser —
‘Mas eu tenho o direito de decidir assuntos
que têm a ver com meu próprio corpo.’

Poderá responder: ‘Compreendo como se sente. Hoje em dia, muitas


vezes os nossos direitos são cerceados pelos outros; muitos simplesmente
não se importam com o que acontece com os outros. Mas a Bíblia provê
orientações que nos podem proteger. Entretanto, para recebermos os
benefícios, precisamos também aceitar as responsabilidades.’ Daí, talvez
possa acrescentar: (1) ‘Muitas mães foram abandonadas pelos homens
que geraram seus filhos. Mas, num lar onde tanto o marido como a esposa
vivem segundo as normas da Bíblia, o marido terá realmente amor à
esposa e aos filhos, permanecerá lealmente com eles e fará provisões para
eles. (1 Tim. 5:8; Efé. 5:28-31)’ (2) ‘Para recebermos pessoalmente tal
espécie de amor e respeito, precisamos também seguir as normas da
Bíblia em nossa atitude para com os membros de nossa família. Como,
segundo diz a Bíblia, devemos considerar os filhos que produzimos? (Sal.
127:3; contraste com Isaías 49:15.)’
27

Adão e Eva

Definição: Adão foi a primeira criatura humana. O termo hebraico ’a·dhám é


também traduzido corretamente por “homem”, “homem terreno” e
“humanidade”. Eva, a primeira mulher, era esposa de Adão.

Eram Adão e Eva meramente pessoas


alegóricas (fictícias)?

É ilógico crer que todos nós descendemos dos mesmos


primeiros pais?
“A ciência corrobora hoje o que a maioria das grandes religiões há muito
vem pregando: Os seres humanos de todas as raças são . . . descendentes
do mesmo primeiro homem.” — Heredity in Humans (Filadélfia e Nova
Iorque, 1972) de Amram Scheinfeld, p. 238.
“A história bíblica de Adão e Eva, pai e mãe de toda a raça humana, já
contou há séculos a mesma verdade que a ciência está demonstrando
atualmente: que todos os povos da terra são uma única família e têm
origem comum.” — The Races of Mankind (Nova Iorque, 1978), de Ruth
Benedict e Gene Weltfish, p. 3.

Atos 17:26: “[Deus] fez de um só homem toda nação dos homens, para
morarem sobre a superfície inteira da terra.”

Apresenta a Bíblia a Adão simplesmente como personagem


alegórico que representa toda a humanidade primitiva?

Judas 14: “O sétimo homem na linhagem de Adão, Enoque, profetizou.”


(Enoque não era o sétimo na linhagem de toda a humanidade primitiva.)
Luc. 3:23-38: “O próprio Jesus, ao principiar a sua obra, tinha cerca de
trinta anos de idade, sendo . . . filho de Davi . . . filho de Abraão . . . filho
de Adão.” (Davi e Abraão são bem conhecidos como pessoas históricas.
Assim sendo, não é lógico concluir que Adão era uma pessoa real?)
Gên. 5:3: “Adão viveu cento e trinta anos. Tornou-se então pai dum filho
à sua semelhança, à sua imagem, e chamou-o pelo nome de Sete.” (Sete
certamente não foi gerado por todos os homens primitivos, tampouco
todos os homens primitivos geraram filhos à idade de 130 anos.)
28

Será que a declaração de que uma serpente falou


com Eva faz com que forçosamente a narrativa seja alegórica?

Gên. 3:1-4: “Ora, a serpente mostrava ser a mais cautelosa de todos os


animais selváticos do campo, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela
começou a dizer à mulher: ‘É realmente assim que Deus disse, que não
deveis comer de toda árvore do jardim?’ A isso a mulher disse à serpente:
‘. . . Deus disse: “Não deveis comer dele, não, nem deveis tocar nele, para
que não morrais.”’ A isso a serpente disse à mulher: ‘Positivamente não
morrereis.’”
João 8:44: “[Jesus disse:] O Diabo . . . é mentiroso e o pai da mentira.”
(Portanto, o Diabo foi o originador da primeira mentira, falada no Éden.
Ele usou a serpente como porta-voz visível. A narrativa de Gênesis não
usa personagens fictícios para ensinar uma lição. Veja também Revelação
12:9.)
Ilustração: Não é fora do comum um ventríloquo fazer parecer que sua
voz procede de outra fonte. Compare com Números 22:26-31, que conta
que Jeová fez com que a jumenta de Balaão falasse.

Se o “primeiro homem, Adão”, foi simplesmente


alegórico, o que dizer do “último Adão”, Jesus Cristo?

1 Cor. 15:45, 47: “Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem,
Adão, tornou-se alma vivente.’ O último Adão tornou-se espírito
vivificante. O primeiro homem é da terra e feito de pó; o segundo homem
é do céu.” (Assim, negar que Adão foi uma pessoa real que pecou contra
Deus implica em dúvida sobre a identidade de Jesus Cristo. Tal
contestação leva à rejeição da razão pela qual foi preciso Jesus dar a sua
vida pela humanidade. A rejeição disso significa repudiar a fé cristã.)

Como é que o próprio Jesus considerou a narrativa


de Gênesis?

Mat. 19:4, 5: “[Jesus] disse: ‘Não lestes [em Gênesis 1:27; 2:24] que
aquele que os criou [Adão e Eva] desde o princípio os fez macho e fêmea,
e disse: “Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará
à sua esposa, e os dois serão uma só carne”?’” (Visto que Jesus acreditava
na narrativa de Gênesis como sendo um fato, não devemos nós também
crer?)
29

Se Alguém Disser —

‘O pecado de Adão era a vontade de Deus,


era o que Deus planejara.’

Poderá responder: ‘Muitas pessoas já disseram isso. Mas se eu fizesse


algo que você queria que eu fizesse, será que me condenaria por isso? . . .
Então, se o pecado de Adão era a vontade de Deus, por que foi Adão
expulso do Éden como pecador? (Gên. 3:17-19, 23, 24).’

Ou poderá dizer: ‘Esse é um ponto interessante, e a resposta tem a ver


realmente com a espécie de pessoa que Deus é. Seria justo ou
demonstraria amor condenar uma pessoa por ter feito o que a gente
planejou que ela fizesse?’

Daí, poderá acrescentar: (1) ‘Jeová é um Deus de amor. (1 João 4:8)


Todos os seus caminhos são justos. (Sal. 37:28; Deut. 32:4) Deus não
planejou que Adão pecasse; ele advertiu Adão contra isso. (Gên. 2:17)’
(2) ‘Deus concedeu de fato a Adão, assim como nos concede, a liberdade
de escolher o que queria fazer. A perfeição não excluía o exercício do
livre-arbítrio de desobedecer. Adão preferiu rebelar-se contra Deus,
apesar do aviso de que isso lhe acarretaria a morte.’ (Veja também a
página 117.)

Adoração de antepassados

Definição: A prática de honrar e venerar antepassados mortos (cerimonialmente


ou de outra forma) na crença de que estão conscientes num domínio invisível e
podem ajudar ou prejudicar os vivos, devendo, por conseguinte, ser aplacados.
Não é ensinamento bíblico.

Sabem os antepassados falecidos o que os vivos fazem, e podem esses


antepassados ajudar os vivos?
Ecl. 9:5: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não
estão cônscios de absolutamente nada.”
30

Jó 14:10, 21: “O homem terreno expira, e onde está ele? Seus filhos são
honrados, mas ele não o sabe.”
Sal. 49:10, 17-19: “Até mesmo os sábios morrem, o estúpido e o
irracional perecem juntamente, e têm de deixar a outros seus meios de
subsistência . . . Na sua morte não pode levar nada consigo; sua glória não
descerá junto com ele. . . . Sua alma chega por fim apenas até a geração
de seus antepassados. Nunca mais verão a luz.”
Não é verdade que o alimento depositado sobre um altar ou sobre um
túmulo permanece intacto? Não indica isso que os mortos não podem tirar
proveito dele?
Veja também o tópico geral “Espiritismo”.

Há motivo de temor de que nossos antepassados


mortos nos façam algum mal?

Ecl. 9:5, 6: “[Quanto aos] mortos, . . . seu amor, e seu ódio, e seu ciúme já
pereceram, e por tempo indefinido eles não têm mais parte em nada do
que se tem de fazer debaixo do sol.”

Há uma parte espiritual da pessoa, que


sobrevive à morte do corpo?

Eze. 18:4: “Eis que todas as almas — a mim me pertencem. Como a alma
do pai, assim também a alma do filho — a mim me pertencem. A alma
que pecar — ela é que morrerá.” (Também o versículo 20 de Eze. 18.)
Sal. 146:3, 4: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno .
. . Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os
seus pensamentos.”
Nem os cientistas nem os cirurgiões encontram evidência de uma parte
consciente e viva nos humanos que sobreviva ao morrer o corpo.

Veja também as páginas 244-246, sob o tópico “Morte”.

Prefere você que seus filhos


e netos lhe mostrem respeito e amor
31

enquanto vive, ou que realizem


rituais junto ao seu túmulo após a sua morte?

Efé. 6:2, 3: “‘Honra a teu pai e a tua mãe’, que é o primeiro mandado com
promessa: ‘Para que te vá bem e perdures por longo tempo na terra.’” (Os
filhos educados nos princípios bíblicos mostram tal honra e proporcionam
alegria ao coração de seus pais enquanto estes estão vivos.)
Pro. 23:22: “Escuta teu pai que causou o teu nascimento e não desprezes a
tua mãe só porque ela envelheceu.”
1 Tim. 5:4: “Se alguma viúva tiver filhos ou netos, que estes aprendam
primeiro a praticar a devoção piedosa na sua própria família e a estar
pagando a devida compensação aos seus pais e avós, pois isto é aceitável
à vista de Deus.”

Quando os médiuns espíritas afirmam transmitir


mensagens da parte dos mortos, donde
na realidade procedem estas mensagens?

Isa. 8:19: “Caso vos digam: ‘Recorrei aos médiuns espíritas ou aos que
têm espírito de predição, que chilram e fazem pronunciações em voz
baixa’, não é a seu Deus que qualquer povo devia recorrer? Acaso se deve
recorrer a pessoas mortas a favor de pessoas vivas?” (Será que Deus nos
advertiria contra tal prática se ela realmente nos pusesse em contato com
nossos entes queridos?)
Atos 16:16: “Quando íamos para o lugar de oração, veio-nos ao encontro
certa serva com um espírito, um demônio de adivinhação. Ela costumava
fornecer muito ganho aos seus amos por praticar a arte do vaticínio.”

Veja também as páginas 137-139, sob “Espiritismo”.

A quem devemos prestar adoração?


Luc. 4:8: “Jesus disse-lhe: ‘Está escrito: “É a Jeová, teu Deus, que tens de
adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.”’”
João 4:23, 24: “Vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai com espírito e verdade, pois, deveras, o Pai está procurando a
tais para o adorarem.
32

Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.”

Que esperança há de uma reunião


futura de membros de famílias,
incluindo os que já morreram?

João 5:28, 29: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os
que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram
coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.”

Alma

Definição: Na Bíblia, “alma” é a tradução do termo hebraico né·fesh e do grego


psy·khé. O emprego bíblico mostra que alma é uma pessoa ou um animal, ou a
vida que uma pessoa ou um animal usufrui. Para muitos, porém, “alma”
significa a parte imaterial ou espiritual de um ser humano, que sobrevive à
morte do corpo físico. Outros entendem que seja o princípio da vida. Mas esses
últimos conceitos não são ensinamentos bíblicos.

Que diz a Bíblia, ajudando-nos


a entender o que a alma é?

Gên. 2:7: “Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar


nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma
vivente.” (Note que não diz aqui que se deu ao homem uma alma, mas
que ele veio a ser uma alma, uma pessoa viva.) (A parte da palavra
hebraica traduzida aqui por “alma” é né·fesh. ALA, IBB e So concordam
com essa tradução. VB, BJ e BMD vertem-na “ser”. So diz entre
parêntesis “pessoa”.)
1 Cor. 15:45: “Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem, Adão,
tornou-se alma vivente.’ O último Adão tornou-se espírito vivificante.”
(Portanto, as Escrituras Gregas Cristãs concordam com as Escrituras
Hebraicas sobre o que a alma é.) (A palavra grega traduzida aqui por
“alma” é o caso acusativo de psy·khé. Al, IBB, PIB, BJ, BMD e So
também rezam “alma”. ALA, BLH e NTI dizem “ser”.)
33

1 Ped. 3:20: “Nos dias de Noé . . . poucas pessoas, isto é, oito almas,
foram levadas a salvo através da água.” (A palavra grega traduzida aqui
por “almas” é psy·khaí, o plural de psy·khé. Al, IBB, VB e CT também
rezam “almas”. ABV, PIB, BMD, BV e So dizem “pessoas”.)
Gên. 9:5: “Além disso, exigirei de volta vosso sangue das vossas almas
[ou: “vidas”; em hebraico, de né·fesh].” (Diz-se aqui que a alma tem
sangue.)
Jos. 11:11: “Foram golpear toda alma [em hebraico, néfesh] que havia
nela com o fio da espada.” (Mostra-se aqui que a alma é algo que pode ser
tocado pela espada, de modo que essas almas não poderiam ter sido
espíritos.)

Onde diz a Bíblia que os animais são almas?

Gên. 1:20, 21, 24, 25: “Deus prosseguiu, dizendo: ‘Produzam as águas
um enxame de almas viventes* . . .’ E Deus passou a criar os grandes
monstros marinhos e toda alma vivente que se move, que as águas
produziram em enxames segundo as suas espécies, e toda criatura voadora
alada segundo a sua espécie. . . . E Deus prosseguiu, dizendo: ‘Produza a
terra almas viventes segundo as suas espécies . . .’ E Deus passou a fazer
o animal selvático da terra segundo a sua espécie, e o animal doméstico
segundo a sua espécie e todo animal movente do solo segundo a sua
espécie.” (*Em hebraico, a palavra aqui é né·fesh. Al reza “alma”.
Algumas traduções a vertem “animais”.)

Lev. 24:17, 18: “Caso um homem golpeie fatalmente qualquer alma


[hebraico, né·fesh] do gênero humano, sem falta deve ser morto. E quem
golpear fatalmente a alma [hebraico, né·fesh] dum animal doméstico deve
dar compensação por ela, alma por alma.” (Note que a mesma palavra
hebraica para alma é aplicada tanto à humanidade como aos animais.)

Rev. 16:3: “Este se tornou em sangue como de um morto, e morreu toda


alma* vivente, sim, as coisas no mar.” (Assim, as Escrituras Gregas
Cristãs também mostram que os animais são almas.) (*Em grego, a
palavra aqui é psy·khé. VB, Al e Tr vertem-na “alma”. Algumas traduções
usam o termo “seres”; NTI diz “peixes” e Pe, “animal”.)
34

Reconhecem outros eruditos que não são Testemunhas


de Jeová que é isso que a Bíblia diz ser a alma?

“Não existe nenhuma dicotomia [divisão] do corpo e da alma no V[elho]


T[estamento]. O israelita via as coisas de modo concreto, na sua totalidade, e
assim considerava os homens como pessoas, não como compostos. O termo
nepeš [né·fesh], embora traduzido pela nossa palavra alma, jamais significa
alma distinta do corpo ou da pessoa individual. . . . O termo [psy·khé] é a
palavra do N[ovo] T[estamento] que corresponde a nepeš. Pode significar o
princípio de vida, a própria vida ou o ser vivente.” — New Catholic
Encyclopedia (1967), Vol. XIII, pp. 449, 450.
“O termo hebraico para ‘alma’ (nefesh, aquilo que respira) foi usado por
Moisés . . ., significando um ‘ser animado’ e aplicável igualmente a seres não-
humanos. . . . O emprego de psychē (‘alma’) no Novo Testamento era
comparável a nefesh.” — The New Encyclopædia Britannica (1976),
Macropædia, Vol. 15, p. 152.
“A crença de que a alma continua sua existência após a dissolução do
corpo é um assunto de especulação filosófica ou teológica e não de simples fé,
e, concordemente, não é expressamente ensinada em parte alguma da Escritura
Sagrada.” — The Jewish Encyclopedia (1910), Vol. VI, p. 564.

Pode a alma humana morrer?

Eze. 18:4: “Eis que todas as almas — a mim me pertencem. Como a alma
do pai, assim também a alma do filho — a mim me pertencem. A alma*
que pecar — ela é que morrerá.” (*Em hebraico reza “o né·fesh”. VB,
IBB, ALA, Al, So e Tr vertem-no “a alma”. Algumas traduções dizem “a
pessoa”, “aquele” ou “quem”.

Mat. 10:28: “Não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não
podem matar a alma [ou: “vida”]; antes, temei aquele que pode destruir na
Geena tanto a alma* como o corpo.” (*Em grego é o caso acusativo de
psy·khé. PC, ABC, So, BMD, BJ, PIB, MC e LR o vertem “alma”.)

Atos 3:23: “Deveras, toda alma [grego, psy·khé] que não escutar esse
Profeta será completamente destruída dentre o povo.”
35

É possível almas (pessoas) humanas viverem


para sempre?

Veja as páginas 428-432, sob o tópico “Vida”.

É a alma o mesmo que espírito?


Ecl. 12:7: “Então o pó retorna à terra, assim como veio a ser, e o próprio
espírito [ou: força de vida; em hebraico, rú·ahh] retorna ao verdadeiro
Deus que o deu.” (Note que a palavra hebraica para espírito é rú·ahh; mas
a palavra traduzida por alma é né·fesh. Esse texto não significa que na
morte o espírito viaja até a presença pessoal de Deus; antes, toda e
qualquer perspectiva de a pessoa viver novamente depende de Deus.
Numa linguagem similar, podemos dizer que, se os pagamentos exigidos
não forem efetuados pelo comprador de um terreno, o terreno “retorna” a
seu dono.) (Al, IBB, ALA, MC, BJ, BMD e So traduzem todas rú·ahh por
“espírito”. CBC reza “sopro de vida”.)

Ecl. 3:19: “Há um evento conseqüente com respeito aos filhos da


humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para
eles o mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro;
e todos eles têm apenas um só espírito [em hebraico: rú·ahh].” (Assim,
tanto a humanidade como os animais têm, segundo se indica, o mesmo
rú·ahh, ou espírito. Para comentários sobre os versículos 20 e 21 de Ecl.
3, veja as páginas 145, 146.)

Heb. 4:12: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do


que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma [em
grego, psy·khés; “vida”, NE] e do espírito [grego, pneú·ma·tos], e das
juntas e da sua medula, e é capaz de discernir os pensamentos e as
intenções do coração.” (Observe que a palavra grega para “espírito” não é
a mesma palavra usada para “alma”.)

Continua a ter vida consciente uma pessoa depois


de o espírito deixar o corpo?
Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito [em hebraico, rú·ahh], ele volta ao seu solo; neste
dia perecem deveras os seus pensamentos.” (CBC, PIB e Tr [145:4] aqui
traduzem rú·ahh por “espírito”. BV diz “alento” e BMD, “sopro”.) (Também
Salmo 104:29.)
36

Donde se originou a crença da cristandade


numa alma imaterial, imortal?

“O conceito cristão de uma alma espiritual criada por Deus e implantada


no corpo por ocasião da concepção, para fazer do homem um todo vivente, é
fruto de um longo desenvolvimento de filosofia cristã. Foi só com Orígenes
[falecido em c. 254 EC], no Oriente, e S. Agostinho [falecido em 430 EC], no
Ocidente, que se estabeleceu ser a alma uma substância espiritual e se formou
um conceito filosófico de sua natureza. . . . Sua doutrina [de Agostinho] . . .
devia muito (incluindo algumas falhas) ao neoplatonismo.” — New Catholic
Encyclopedia (1967), Vol. XIII, pp. 452, 454.
“O conceito da imortalidade é produto do pensamento grego, ao passo que
a esperança de uma ressurreição pertence ao pensamento judaico. . . . Após as
conquistas de Alexandre, o judaísmo absorveu aos poucos conceitos gregos.”
— Dictionnaire Encyclopédique de la Bible (Valence, França; 1935), editado
por Alexandre Westphal, Vol. 2, p. 557.
“A imortalidade da alma é uma idéia grega concebida nos antigos cultos
de mistério e elaborada pelo filósofo Platão.” — Presbyterian Life, de 1.° de
maio de 1970, p. 35.
“Cremos que há tal coisa como a morte? . . . Não é ela a separação entre a
alma e o corpo? E estar morto é o término disso; quando a alma existe dentro de
si mesma, e é libertada do corpo e o corpo é libertado da alma, o que é isso
senão a morte? . . . E admite a alma a morte? Não. Então é a alma imortal?
Sim.” — Fédon de Platão, Secs. 64, 105, publicado em Great Books of the
Western World (1952), editado por R. M. Hutchins, Vol. 7, pp. 223, 245, 246.
“O problema da imortalidade, conforme vimos, atraía a séria atenção dos
teólogos babilônios. . . . Nem o povo nem os líderes do pensamento religioso
jamais encararam a possibilidade de aniquilação total daquilo que certa vez veio
à existência. A morte era uma passagem para outra espécie de vida.” — The
Religion of Babylonia and Assyria (Boston, EUA, 1898), de M. Jastrow, Jr., p.
556.

Veja também as páginas 244-246, sob o tópico “Morte”.


37

Aniversário natalício

Definição: Dia correspondente ao do nascimento da pessoa ou aniversário


desse dia. Em alguns lugares, o aniversário do nascimento da pessoa,
especialmente de uma criança, é celebrado com festa e presentes. Não é uma
prática bíblica.

Será que as menções feitas pela Bíblia de


celebrações de aniversários natalícios
as colocam em luz favorável?
A Bíblia só faz duas menções de tais celebrações:

Gên. 40:20-22: “Ora, o terceiro dia resultou ser aniversário natalício de


Faraó, e ele passou a dar um banquete . . . Concordemente, restituiu o chefe dos
copeiros ao seu posto de copeiro . . . Mas ao chefe dos padeiros ele pendurou.”
Mat. 14:6-10: “Quando se celebrava o aniversário natalício de Herodes,
dançou nesta ocasião a filha de Herodias, e ela agradou tanto a Herodes, que ele
prometeu com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse. Ela disse então, sob as
instigações de sua mãe: ‘Dá-me aqui numa travessa a cabeça de João Batista.’ .
. . [Herodes] mandou e fez que João fosse decapitado na prisão.”
Tudo o que está na Bíblia tem uma razão de estar ali. (2 Tim. 3:16, 17) As
Testemunhas de Jeová notam que a Palavra de Deus relata desfavoravelmente
as celebrações de aniversários natalícios, de modo que as evitam.

Como consideravam os primeiros cristãos e os


judeus dos tempos bíblicos as celebrações de
aniversários natalícios?

“A noção de uma festa de aniversário natalício era alheia às idéias dos


cristãos deste período, em geral.” — The History of the Christian Religion and
Church, During the Three First Centuries (Nova Iorque, 1848), Augusto
Neander (traduzido por Henry John Rose), p. 190.
“Os hebreus posteriores consideravam a celebração de aniversários
natalícios como parte da adoração idólatra, conceito que era abundantemente
38

confirmado pelo que viam nas observações comuns associadas com tais dias.”
— The Imperial Bible-Dictionary (Londres, 1874), editado por Patrick
Fairbairn, Vol. I, p. 225.

Qual é a origem dos costumes populares


associados com as celebrações
de aniversários natalícios?

“Os vários costumes de celebração de aniversários natalícios das pessoas


hoje em dia têm uma longa história. Suas origens acham-se no domínio da
mágica e da religião. Os costumes de dar parabéns, dar presentes e de
celebração — com o requinte de velas acesas — nos tempos antigos eram para
proteger o aniversariante de demônios e garantir segurança no ano vindouro. . . .
Até o quarto século, o cristianismo rejeitava a celebração de aniversário
natalício como costume pagão.” — Schwäbische Zeitung (suplemento Zeit und
Welt), de 3/4 de abril de 1981, p. 4.
“Os gregos criam que cada um tinha um espírito protetor ou gênio
inspirador que assistia a seu nascimento e vigiava sobre ele em vida. Este
espírito tinha uma relação mística com o deus em cujo aniversário natalício o
indivíduo nascia. Os romanos também endossavam esta idéia. . . . Esta noção
incorporou-se na crença humana e reflete-se no anjo-da-guarda, na fada e no
santo padroeiro. . . . O costume de acender velas nos bolos começou com os
gregos. . . . Bolos de mel redondos como a lua e iluminados com velas eram
colocados nos altares do templo de [Ártemis]. . . . As velas de aniversário, na
crença popular, são dotadas de magia especial para atender pedidos. . . . Velas
acesas e fogos sacrificiais têm um significado místico especial desde que o
homem começou a erigir altares para seus deuses. As velas de aniversário são
assim uma honra e um tributo à criança aniversariante e trazem boa sorte. . . .
As saudações natalícias e os votos de felicidade são parte intrínseca deste dia de
festa. . . . Originalmente, a idéia enraizava-se na magia. . . . As saudações
natalícias têm poder para o bem ou para o mal, porque a pessoa nesse dia está
mais perto do mundo espiritual.” — The Lore of Birthdays (Nova Iorque,
1952), de Ralph e Adelin Linton, pp. 8, 18-20.
39

Não são objetáveis reuniões sadias


de família e amigos, em outras ocasiões,
para comerem, beberem e se regozijarem.

Ecl. 3:12, 13: “Não há nada melhor para eles do que alegrar-se e fazer o
bem durante a sua vida; e também que todo homem coma e deveras beba, e veja
o que é bom por todo o seu trabalho árduo. É a dádiva de Deus.”

Veja também 1 Coríntios 10:31.

Anticristo

Definição: Anticristo significa contra ou em vez de Cristo. O termo se aplica a


todos os que negam o que a Bíblia diz sobre Jesus Cristo, a todos os que se
opõem ao seu Reino e a todos os que maltratam os seguidores dele. Inclui
também indivíduos, organizações e nações que afirmam falsamente representar
a Cristo ou que atribuem indevidamente a si próprios o papel de Messias.

Refere-se a Bíblia a apenas um anticristo?

1 João 2:18: “Criancinhas, é a última hora, e, assim como ouvistes que


vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos; sendo que deste fato
obtemos o conhecimento de que é a última hora.”
2 João 7: “Muitos enganadores saíram pelo mundo afora, pessoas que não
confessam Jesus Cristo vindo na carne. Este é o enganador e o anticristo.” (Note
que os “muitos anticristos”, em 1 João 2:18, são referidos aqui coletivamente
como “o anticristo”.)

Está reservada para algum tempo no futuro


a vinda do anticristo?

1 João 4:3: “Toda expressão inspirada que não confessa a Jesus não se origina
de Deus. Além disso, esta é a expressão inspirada do anticristo, de que ouvistes
que viria, e agora já está no mundo.” (Isto foi escrito perto do fim do primeiro
século EC.)
40

1 João 2:18: “Já está havendo agora muitos anticristos; sendo que deste fato
obtemos o conhecimento de que é a última hora.” (Com “última hora” João
evidentemente se referia ao fim do período apostólico. Os outros apóstolos
haviam morrido, e o próprio João já estava bem idoso.)

Alguns dos identificados como o anticristo —

Pessoas que negam que Jesus seja realmente o Messias.


1 João 2:22: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo [ou: o Messias, o ungido]? Este é o anticristo.”

Todos os que negam que Jesus é o Filho ímpar de Deus.


1 João 2:22: “Este é o anticristo, aquele que nega o Pai e o Filho.”

Compare com João 10:36; Lucas 9:35.

Apóstatas.
1 João 2:18, 19: “Está havendo . . . muitos anticristos . . .
Saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos.”

Os que se opõem aos verdadeiros seguidores de Cristo.


João 15:20, 21: “Se me perseguiram a mim, perseguirão também a vós . . .
Mas, farão todas estas coisas contra vós por causa do meu nome.”

Indivíduos e nações que se opõem a Cristo qual Rei


ou que afirmam falsamente desempenhar eles próprios o papel messiânico.

Sal. 2:2: “Os reis da terra tomam sua posição, e os próprios dignitários se
aglomeraram à uma contra Jeová e contra o seu ungido [Cristo, ou Messias].”
Veja também Revelação 17:3, 12-14; 19:11-21.
Mat. 24:24: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes
sinais e prodígios, a fim de desencaminhar, se possível, até mesmo os
escolhidos.”
41

Apostasia
Definição: Apostasia é abandonar ou desertar a adoração e o serviço de Deus,
na realidade uma rebelião contra Jeová Deus. Alguns apóstatas professam
conhecer e servir a Deus, mas rejeitam ensinamentos ou requisitos delineados
na Sua Palavra. Outros afirmam crer na Bíblia, mas rejeitam a organização de
Jeová.

Deveríamos esperar o aparecimento


de apóstatas dentro da congregação cristã?

1 Tim. 4:1: “A pronunciação inspirada diz definitivamente que nos


períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção a
desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios.”

2 Tes. 2:3: “Que ninguém vos seduza, de maneira alguma, porque [o dia
de Jeová] não virá a menos que venha primeiro a apostasia e seja revelado o
homem que é contra a lei, o filho da destruição.”

Alguns sinais identificadores de apóstatas —

Procuram seguidores, causando assim divisões sectárias.

Atos 20:30: “Dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas


deturpadas, para atrair a si os discípulos.”

2 Ped. 2:1, 3: “Também . . . haverá falsos instrutores entre vós. Estes


mesmos introduzirão quietamente seitas destrutivas e repudiarão até mesmo o
dono que os comprou . . . Explorar-vos-ão também em cobiça com palavras
simuladas.”

Talvez professem crer em Cristo, mas não levam a


sério a obra de pregação e ensino que ele designou
a seus seguidores.

Luc. 6:46: “Por que, então, me chamais de ‘Senhor! Senhor!’, mas não
fazeis o que eu digo?”

Mat. 28:19, 20: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as


nações, batizando-as . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos
ordenei.”
42

Mat. 24:14: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra
habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.”

Talvez afirmem servir a Deus, mas rejeitam Seus


representantes, Sua organização visível.

Judas 8, 11: “Também estes homens, entregando-se a sonhos, aviltam a


carne, e desconsideram o senhorio, e falam de modo ultrajante dos gloriosos. Ai
deles, porque . . . pereceram na conversa rebelde de Corá!”

Núm. 16:1-3, 11, 19-21: “Corá . . . passou a levantar-se, junto com . . .


duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, maiorais da assembléia . . .
Congregaram-se, pois, contra Moisés e Arão, e disseram-lhes: ‘Já chega de vós,
pois a assembléia inteira, todos eles, são santos e Jeová está no seu meio. Então,
por que vos devíeis erguer acima da congregação de Jeová?’ . . . [Moisés disse:]
‘Tu e toda a tua assembléia, que vos estais combinando, sois contra Jeová.
Quanto a Arão, o que é ele que havíeis de resmungar contra ele?’ Quando Corá
havia congregado contra eles toda a assembléia à entrada da tenda de reunião,
então apareceu a glória de Jeová a toda a assembléia. Jeová falou então a
Moisés e a Arão, dizendo: ‘Separai-vos do meio desta assembléia, para que eu
os extermine num instante.’”

Não só abandonam a verdadeira fé, mas passam a


“espancar” seus ex-associados, usando de crítica pública
e outros métodos para impedir o serviço deles;
os empenhos de tais apóstatas são no sentido
de destruir, não de edificar.

Mat. 24:45-51: “Quem é realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu


amo designou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo
apropriado? . . . Mas, se é que aquele escravo mau disser no seu coração: ‘Meu
amo demora’, e principiar a espancar os seus co-escravos, e a comer e beber
com os beberrões inveterados, o amo daquele escravo virá num dia em que não
espera e numa hora que não sabe, e o punirá com a maior severidade e lhe
determinará a sua parte com os hipócritas.”

2 Tim. 2:16-18: “Esquiva-te dos falatórios vãos que violam o que é santo;
porque passarão a impiedade cada vez maior e a palavra deles se espalhará
43

como gangrena. Himeneu e Fileto são desses. Estes mesmos se desviaram da


verdade, dizendo que a ressurreição já ocorreu; e estão subvertendo a fé que
alguns têm.”

Será que os fiéis cristãos acolheriam


apóstatas em sua companhia, quer
pessoalmente, quer lendo as publicações
destes?

2 João 9, 10: “Todo aquele que se adianta e não permanece no ensino do


Cristo não tem Deus. . . . Se alguém se chegar a vós e não trouxer este ensino,
nunca o recebais nos vossos lares, nem o cumprimenteis.”

Rom. 16:17, 18: “Exorto-vos . . . , irmãos, que fiqueis de olho nos que
causam divisões e motivos para tropeço contra o ensino que aprendestes, e que
os eviteis. . . . Com conversa suave e palavras elogiosas seduzem os corações
dos cândidos.”

Poderia resultar em sério dano à pessoa se


procurasse satisfazer sua curiosidade em
relação ao raciocínio dos apóstatas?

Pro. 11:9: “Pela boca é que o apóstata arruína seu próximo.”

Isa. 32:6: “O próprio insensato falará mera insensatez e o próprio coração


dele fará o que é prejudicial, para praticar a apostasia e para falar contra Jeová
aquilo que é desordenado, para fazer a alma do faminto ficar vazia, e ele faz até
mesmo o sedento passar sem a própria bebida.” (Compare com Isaías 65:13,
14.)

Quão grave é a apostasia?

2 Ped. 2:1: “Estes mesmos introduzirão quietamente seitas destrutivas e


repudiarão até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma
destruição veloz.”

Jó 13:16: “Nenhum apóstata entrará diante dele [de Deus].”

Heb. 6:4-6: “É impossível, quanto aos que de uma vez para sempre foram
44

esclarecidos, e que provaram a dádiva celestial gratuita, e que se tornaram


participantes de espírito santo, e que provaram a palavra excelente de Deus e os
poderes do vindouro sistema de coisas, mas que se afastaram [“apesar disso
caíram na apostasia”, MH], reanimá-los novamente ao arrependimento, porque
eles de novo pregam para si mesmos o Filho de Deus numa estaca e o expõem
ao opróbrio público.”

Armagedom
Definição: Har Ma·ge·dón, em grego, derivado do hebraico e vertido
“Armagedom” por muitos tradutores, significa “Monte de Megido”, ou “Monte
de Reunião de Tropas”. A Bíblia associa esse nome, não com um holocausto
nuclear, mas com a vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”,
que será universal. (Rev. 16:14, 16) Este nome aplica-se especificamente ao
“lugar [grego, tó·pon; isto é, condição ou situação]” ao qual os governantes
políticos da terra estão sendo ajuntados em oposição a Jeová e a seu Reino por
Jesus Cristo. Tal oposição será evidenciada por uma ação global contra os
servos de Jeová na terra, os representantes visíveis do Reino de Deus.

Permitirá Deus que os humanos arruínem a terra


por meio daquilo que alguns chamam de
“Armagedom termonuclear”?

Sal. 96:10: “O próprio Jeová se tornou rei. Também o solo produtivo [em
hebraico, te·vél; a terra, fértil e habitada, o globo habitável] fica firmemente
estabelecido de modo que não pode ser abalado.”

Sal. 37:29: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para
todo o sempre.”

Rev. 11:18: “As nações ficaram furiosas, e veio teu próprio [de Jeová]
furor e o tempo designado . . . para arruinar os que arruínam a terra.”

O que é o Armagedom, conforme mencionado na Bíblia?

Rev. 16:14, 16: “São, de fato, expressões inspiradas por demônios e


45

realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a
guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso. E ajuntaram-nos ao lugar que
em hebraico se chama Har-Magedon [Armagedom].”

Travar-se-á o Armagedom unicamente no


Oriente Médio?

Governantes e exércitos de todas as nações se


ajuntarão em oposição a Deus.

Rev. 16:14: “Vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los
para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso.”

Rev. 19:19: “Eu vi a fera [o domínio político humano como um todo] e os


reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele que
está sentado no cavalo e com o seu exército.”

Jer. 25:33: “Os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de
uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra.”

O uso do nome Armagedom (Har-Magedon) não


pode significar que essa guerra será travada num
monte literal de Megido.

Não existe um monte literal de Megido; apenas um aterro de uns 21


metros de altura, onde se encontram as ruínas da antiga Megido.
Os reis e as forças militares de “toda a terra habitada” não caberiam na literal
planície de Esdrelom, abaixo de Megido. A planície é triangular, tendo apenas
32 quilômetros de comprimento e 29 quilômetros de largura na extremidade
oriental. — The Geography of the Bible (Nova Iorque, 1957), de Denis Baly, p.
148.

O nome é apropriado por causa do papel de Megido


na história; a planície abaixo de Megido foi o
local de guerras decisivas.

Ali Jeová causou diante do juiz Baraque a derrota de Sísera, chefe do


exército dos cananeus. — Juí. 5:19, 20; 4:12-24.
46

Tutmés III, faraó do Egito, disse: “A captura de Megido é a captura de mil


cidades!” — Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament
(Princeton, N.J., EUA; 1969), editado por James Pritchard, p. 237.

É apropriada a referência a Megido (que significa “Reunião de Tropas”),


porque o Armagedom é uma situação mundial em que as tropas e outros
apoiadores dos governantes de todas as nações estarão envolvidos.

Quem ou o que será destruído no Armagedom?

Dan. 2:44: “O Deus do céu estabelecerá um reino . . . Esmiuçará e porá


termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempos
indefinidos.”

Rev. 19:17, 18: “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com
voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá,
ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de
reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as
carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens
livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.’”

1 João 2:16, 17: “Tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o


desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina
do Pai, mas origina-se do mundo. Outrossim, o mundo está passando, e assim
também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para
sempre.”

Rev. 21:8: “Quanto aos covardes, e aos que não têm fé, e aos que são
repugnantes na sua sujeira, e aos assassinos, e aos fornicadores, e aos que
praticam o espiritismo, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, terão o seu
quinhão no lago que queima com fogo e enxofre. Este significa a segunda
morte.”

Será eterna a destruição?

Mat. 25:46: “Estes [que recusaram fazer o bem aos “irmãos” de Cristo]
partirão para o decepamento eterno.”

2 Tes. 1:8, 9: “Os que não conhecem a Deus e os que não obedecem
47

às boas novas acerca do nosso Senhor Jesus . . . serão submetidos à punição


judicial da destruição eterna.”

Haverá sobreviventes?

Sof. 2:3: “Procurai a Jeová, todos os mansos da terra, que tendes


praticado a Sua própria decisão judicial. Procurai a justiça, procurai a mansidão.
Provavelmente sereis escondidos no dia da ira de Jeová.”

Rom. 10:13: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.”

Sal. 37:34: “Espera em Jeová e guarda seu caminho, e ele te exaltará para
tomares posse da terra. Quando os iníquos forem decepados, tu o verás.”

João 3:16: “Deus . . . deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele
que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.”

Rev. 7:9, 10, 14: “Eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do
trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia
palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação
ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’ . . . ‘Estes são os que
saem da grande tribulação.’”

Que acontecerá às criancinhas


no Armagedom?

A Bíblia não responde diretamente a essa pergunta, e nós não somos os juízes.
Entretanto, a Bíblia mostra positivamente que Deus considera as criancinhas
dos verdadeiros cristãos como “santos”. (1 Cor. 7:14) Revela também que em
tempos passados, quando Deus destruiu os maus, destruiu também da mesma
forma as criancinhas deles. (Núm. 16:27, 32; Eze. 9:6) Deus não quer que
ninguém seja destruído, portanto faz com que seja dado um aviso agora para
beneficiar tanto os pais como as crianças deles. Não seria sábio os pais
seguirem um proceder que resultasse em serem seus filhos considerados com
favor por Deus tanto agora como no Armagedom?
48

É violação do amor de Deus a destruição


dos iníquos?

2 Ped. 3:9: “Jeová . . . é paciente convosco, porque não deseja que alguém
seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.”

Luc. 18:7, 8: “Não causará Deus que se faça justiça aos seus escolhidos
que clamam a ele dia e noite, embora seja longânime para com eles? Eu vos
digo: Ele causará que se lhes faça velozmente justiça.”

2 Tes. 1:6: “É justo da parte de Deus pagar de volta tribulação aos que vos
[seus servos] causam tribulação.”

É possível adotar uma posição neutra?

2 Tes. 1:8: “[Ele traz] vingança sobre os que [por livre escolha] não
conhecem a Deus e os que não obedecem às boas novas acerca de nosso Senhor
Jesus.”

Mat. 24:37-39: “Assim como eram os dias de Noé . . . não fizeram caso,
até que veio o dilúvio e os varreu a todos, assim será a presença do Filho do
homem.”

Mat. 12:30: “Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo
não ajunta, espalha.”

Compare com Deuteronômio 30:19, 20.

A influência de quem está


impelindo as nações à situação
mundial que resultará em guerra contra Deus?

Rev. 16:13, 14: “Eu vi três impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs,
sair da boca do dragão [Satanás, o Diabo; Rev. 12:9], e da boca da fera, e da
boca do falso profeta. São, de fato, expressões inspiradas por demônios e
realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a
guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso.”

Compare com Lucas 4:5, 6; 1 João 5:19; também Atos 5:38, 39; 2 Crônicas
32:1, 16, 17.
49

Arrebatamento
Definição: A crença de que os fiéis cristãos serão arrebatados da terra em
corpo, sendo subitamente tirados do mundo, para se encontrarem com o Senhor
“no ar”.

Quando o apóstolo Paulo disse que os cristãos


seriam “arrebatados”, encontrando-se com o
Senhor, qual era o assunto em pauta?

1 Tes. 4:13-18, IBB: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais


ignorantes acerca dos que já dormem [“dos que dormem na morte”, NE; “dos
mortos”, BV, MC], para que não vos entristeçais como os outros que não têm
esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos
que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele.
Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos
para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem.
Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao
som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles,
nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre
com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
(Evidentemente, alguns membros da congregação cristã em Tessalônica haviam
morrido. Paulo incentivou os sobreviventes a consolarem-se uns aos outros com
a esperança da ressurreição. Ele lhes lembrou que Jesus fora ressuscitado
depois de morrer; portanto, também, na vinda do Senhor, aqueles fiéis cristãos
entre eles que haviam morrido seriam ressuscitados para estarem com Cristo.)

Quem são os que serão ‘arrebatados nas nuvens’,


conforme declarado em 1 Tessalonicenses 4:17?

O versículo 15 de 1 Tes. 4 explica que são os fiéis que ‘ficarem vivos para
a vinda do Senhor’, isto é, eles ainda estão vivos no tempo da vinda de Cristo.
Será que morrerão algum dia? Segundo Romanos 6:3-5 e 1 Coríntios 15:35, 36,
44 (citados na página 51), eles precisam morrer antes de poderem ganhar a vida
celestial. Mas, não precisam permanecer no estado de morte, na espera da volta
50

de Cristo. Serão instantaneamente “arrebatados”, “num abrir e fechar de olhos”,


para estarem com o Senhor. — 1 Cor. 15:51, 52, IBB; também Revelação
14:13.

Aparecerá Cristo visivelmente numa nuvem,


levando então os fiéis cristãos para os céus
enquanto o mundo observa?

Disse Jesus se o mundo o veria de novo com olhos físicos?

João 14:19, IBB: “Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas
vós [seus fiéis discípulos] me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis.” (Grifo
acrescentado.) (Compare com 1 Timóteo 6:16.)

Qual é o significado de o Senhor “descerá do céu”?

Pode o Senhor ‘descer do céu’, conforme se diz em 1 Tessalonicenses


4:16, sem ser visível aos olhos físicos? Nos dias da antiga Sodoma e Gomorra,
Jeová disse que ‘desceria e veria’ o que as pessoas faziam. (Gên. 18:21, IBB)
Mas, quando Jeová fez aquela inspeção, nenhum humano o viu, embora os
representantes angélicos que ele enviou fossem vistos. (João 1:18) De modo
similar, Jesus, sem ter que voltar em carne, pode dirigir a sua atenção a seus
fiéis seguidores na terra para recompensá-los.

Em que sentido, então, “verão” os humanos o Senhor “vir em uma


nuvem”?

Jesus predisse: “Então verão vir o Filho do homem [Jesus Cristo] em uma
nuvem, com poder e grande glória.” (Luc. 21:27, IBB) De forma alguma
contradiz esta declaração, ou outras similares a esta em outras passagens, o que
Jesus disse, segundo registrado em João 14:19. Considere: O que sucedeu no
monte Sinai, quando Deus ‘veio ao povo em uma nuvem espessa’, conforme se
diz em Êxodo 19:9? (IBB) Deus estava invisivelmente presente; o povo de
Israel viu a evidência visível de sua presença, mas nenhum deles viu realmente
a Deus com os próprios olhos. Portanto, também, quando Jesus disse que ele
viria “em uma nuvem”, só podia significar que seria invisível aos olhos
humanos, mas que pessoas na terra ficariam apercebidas de sua presença.
51

Tais o ‘veriam’ com seus olhos mentais, discernindo o fato de que ele estava
presente. (Para comentários adicionais, veja o tópico geral “Volta de Cristo”.)

É possível os cristãos serem levados para o céu


com seus corpos físicos?

1 Cor. 15:50, IBB: “Digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem
herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.”

Será que a experiência do profeta Elias contradiz isso? De forma alguma.


É preciso entender à luz do que Jesus expressou claramente séculos mais tarde:
“Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem.” (João
3:13, IBB) Embora Elias fosse visto quando “subiu ao céu num redemoinho”,
isto não significa que ele foi para o domínio espiritual. Por que não? Porque se
relata mais tarde a respeito dele que enviou uma carta de repreensão ao rei de
Judá. (2 Reis 2:11, IBB; 2 Crô. 21:1, 12-15) Antes que os humanos inventassem
aviões, Jeová usou ali seus próprios meios (um carro de fogo e um redemoinho)
para elevar Elias do solo para o céu, onde os pássaros voam, a fim de
transportá-lo para outro lugar. — Compare com Gênesis 1:6-8, 20.

Serão os fiéis cristãos talvez levados para


o céu em secreto, por simplesmente
desaparecerem da terra sem morrer?

Rom. 6:3-5, IBB: “Porventura, ignorais que todos quantos fomos


batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? . . . Porque, se temos
sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na
semelhança da sua ressurreição.” (O que sucedeu no caso de Jesus estabelece a
norma. Seus discípulos, assim como outros, sabiam que ele morrera. Ele não foi
restabelecido à vida celestial senão depois de morrer e ressuscitar.)

1 Cor. 15:35, 36, 44, IBB: “Alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e
com que qualidade de corpo vêm? Insensato! o que tu semeias não é vivificado,
se primeiro não morrer. Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo
espiritual.” (Portanto, a morte vem antes de alguém receber esse corpo
espiritual, não é assim?)
52

Serão todos os fiéis cristãos levados


milagrosamente da terra pelo Senhor antes da
grande tribulação?

Mat. 24:21, 22: “Pois então haverá grande tribulação, tal como nunca
ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de
novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva;
mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” (Não se diz aqui
que “os escolhidos” serão todos levados para o céu antes da grande tribulação,
será que se diz? Antes, apresenta-se-lhes a perspectiva, junto com seus
associados na carne, de sobreviverem na terra a essa grande tribulação.)

Rev. 7:9, 10, 14, IBB: “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande
multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas,
que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando
compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande
voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. .
. . Estes são os que vêm da grande tribulação.” (Para alguém ‘vir’ de algo
precisa ter entrado ou estado nele. Portanto, esta grande multidão tem de ser
pessoas que passam realmente pela grande tribulação e saem dela quais
sobreviventes.) (Quanto a estarem na terra, veja as páginas 85, 86.)

Que proteção haverá para os verdadeiros cristãos


durante a grande tribulação?

Rom. 10:13, IBB: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor [“Jeová”,
NM] será salvo.”

Sof. 2:3, IBB: “Buscai ao Senhor [“Jeová”, NM, VB], vós todos os mansos
da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a
mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” (Também
Isaías 26:20.)

Serão levados todos os verdadeiros cristãos para


o céu depois da grande tribulação?

Mat. 5:5, IBB: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a


terra.”

Sal. 37:29, IBB: “Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre.”
(Também os versículos 10, 11, 34 de Sal. 37.)
53

1 Cor. 15:50, IBB: “Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus.”

Veja também o tópico geral “Céu”.

Por que são alguns cristãos levados para o céu


para estarem com Cristo?

Rev. 20:6, IBB: “Serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele
durante os mil anos.” (Visto que hão de reinar com Cristo, tem de haver pessoas
sobre as quais reinarão. Quem são essas? Veja Mateus 5:5 e Salmo 37:29.)

Veja também o tópico geral “Nascer de Novo”.

Será que os que vão para o céu irão retornar


à terra para viver para sempre no
Paraíso aqui?

Pro. 2:21, IBB: “Os retos habitarão a terra [“morarão na terra”, NE], e os
íntegros permanecerão nela.” (Note que o texto não diz que tais pessoas íntegras
retornarão à terra, mas que permanecerão nela.)

1 Tes. 4:17, IBB: “E assim estaremos [os cristãos arrebatados para o céu]
para sempre com o Senhor.”

Se Alguém Disser —

‘Acredita no arrebatamento?’

Poderá responder: ‘Observo que nem toda pessoa tem a mesma idéia
quanto ao significado do arrebatamento. Posso perguntar-lhe o que pensa sobre
isso? . . . Em qualquer assunto, é proveitoso compararmos nossas idéias com o
que a própria Bíblia diz. (Use as partes da matéria acima que sejam aplicáveis.)’

Ou poderá dizer: ‘Houve quem me dissesse que o arrebatamento é um


plano de escape para os cristãos. Muitos acham que é o meio de escaparem da
vindoura grande tribulação. Pensa também assim?’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Desejamos certamente a proteção de Deus naquele tempo, e
acho muito animadores alguns textos que mostram como podemos beneficiar-
nos de tal proteção. (Sof. 2:3)’ (2) ‘É interessante notar que a Bíblia mostra que
Deus poupará alguns fiéis aqui mesmo na terra. (Pro. 2:21, 22) Isto está em
54

harmonia com o propósito de Deus ao criar no início Adão e o colocar no


Paraíso, não acha?’

Outra possibilidade: ‘Por arrebatamento, quer dizer que os cristãos que


estiverem vivos no fim do sistema de coisas serão levados para o céu, é isso? . .
. Já se perguntou o que farão no céu? . . . Note o que Revelação 20:6 (e 5:9, 10)
diz. . . . Mas, sobre quem reinarão eles? (Sal. 37:10, 11, 29)’

Babilônia, a Grande
Definição: O império mundial da religião falsa, abrangendo todas as religiões
cujos ensinamentos e práticas não se harmonizam com a verdadeira adoração de
Jeová, o único Deus verdadeiro. Após o Dilúvio dos dias de Noé, a religião
falsa teve seu início em Babel (conhecida mais tarde como Babilônia). (Gên.
10:8-10; 11:4-9) Com o tempo, as crenças e as práticas religiosas babilônicas se
espalharam por muitas terras. Portanto, Babilônia, a Grande, veio a ser um
nome adequado para a religião falsa como um todo.

Que evidência indica a identidade


de Babilônia, a Grande, mencionada em Revelação?

Não poderia ser a antiga cidade de Babilônia. O livro de Revelação foi


escrito no fim do primeiro século EC e descreve eventos que alcançariam os
nossos dias. The Encyclopedia Americana diz: “A cidade [Babilônia] foi
tomada pelos persas, comandados por Ciro, o Grande, em 539 A.C. Mais tarde,
Alexandre, o Grande, planejou fazer de Babilônia a capital de seu império
oriental, mas, após a sua morte, Babilônia perdeu gradualmente a sua
importância.” (1956, Vol. III, p. 7) Hoje a cidade é uma ruína desabitada.

No simbolismo de Revelação, Babilônia, a Grande, é mencionada como


sendo uma “grande cidade”, um “reino”, que domina sobre outros reis. (Rev.
17:18) Semelhante a uma cidade, abrangeria muitas organizações; e, como um
reino que inclui outros reis no seu domínio, seria internacional no seu raio de
ação. É descrita como tendo relações com governantes políticos e fazendo
grande contribuição para a prosperidade dos homens no comércio, ao passo que
ela própria é um terceiro elemento que “se tornou moradia de demônios” e
55

persegue os ‘profetas e os santos’. — Rev. 18:2, 9-17, 24.

A antiga Babilônia era muito conhecida pela sua


religião e por desafiar a Jeová.

Gên. 10:8-10: “Ninrode . . . apresentou-se como poderoso caçador em


oposição a Jeová. . . . E o princípio do seu reino veio a ser Babel [conhecida
mais tarde como Babilônia].”

Dan. 5:22, 23: “No que se refere a ti [Belsazar, rei de Babilônia] . . .


enalteceste-te contra o Senhor dos céus . . . e louvaste os meros deuses de prata
e de ouro, cobre, ferro, madeira e pedra, que nada vêem, nem ouvem, nem
sabem; mas não glorificaste o Deus em cuja mão está o teu fôlego e a quem
pertencem todos os teus caminhos.”

Uma antiga inscrição em cuneiforme reza: “Ao todo há em Babilônia 53


templos dos grandes deuses, 55 capelas de Marduk, 300 capelas para as
divindades da terra, 600 para as divindades celestes, 180 altares para a deusa
Istar, 180 para os deuses Nergal e Adad e 12 outros altares para os diversos
deuses.” — Citada em E a Bíblia Tinha Razão . . . (São Paulo, 1958), de W.
Keller, p. 254.

The Encyclopedia Americana comenta: “A civilização sumeriana [que


fazia parte de Babilônia] era dominada pelos sacerdotes; à testa do estado
estava o lugal (literalmente: ‘grande homem’), o representante dos deuses.” —
(1977), Vol. 3, p. 9.

Razoavelmente, pois, Babilônia, a Grande, conforme mencionada em


Revelação, é religiosa. Sendo como uma cidade e um império, não se limita a
um único grupo religioso, mas inclui todas as religiões que estão em oposição a
Jeová, o verdadeiro Deus.

Antigos conceitos e práticas religiosas de Babilônia


são encontrados nas religiões no mundo inteiro.

“O Egito, a Pérsia e a Grécia sentiram a influência da religião babilônica .


. . A forte mistura de elementos semíticos, tanto na primitiva mitologia grega
como nos cultos gregos, é agora tão geralmente admitida pelos eruditos, que
dispensa comentário adicional. Tais elementos semíticos são em grande parte
mais especificamente babilônicos.” — The Religion of Babylonia and Assyria
(Boston, EUA, 1898), M. Jastrow, Jr., pp. 699, 700.
56

Seus deuses: Havia tríades de deuses, e entre as suas divindades havia


representantes de várias forças da natureza e algumas que exerciam influência
especial em certas atividades da humanidade. (Babylonian and Assyrian
Religion, Norman, Okla., EUA; 1963, de S. H. Hooke, pp. 14-40) “A trindade
platônica, em si meramente um rearranjo de trindades mais antigas, datando de
povos mais primitivos, parece ser a trindade filosófica racional de atributos que
deram origem às três hipóstases, ou pessoas divinas, ensinadas pelas igrejas
cristãs. . . . O conceito deste filósofo grego [Platão] da trindade divina . . . pode
ser encontrado em todas as antigas religiões [pagãs].” — Nouveau Dictionnaire
Universel (Paris, 1865-1870), editado por M. Lachâtre, Vol. 2, p. 1467.

O uso de imagens: “[Na religião mesopotâmica] a imagem


desempenhava um papel central no culto, bem como na adoração privativa,
conforme indica a ampla distribuição de réplicas vulgares de tais imagens.
Fundamentalmente, a deidade era considerada presente na sua imagem se
demonstrasse certas características e parafernália específicas e fosse cuidada de
modo apropriado.” — Ancient Mesopotamia — Portrait of a Dead Civilization
(Chicago, EUA, 1964), de A. L. Oppenheim, p. 184.

Crença a respeito dos mortos: “Nem o povo nem os líderes do


pensamento religioso [em Babilônia] jamais encararam a possibilidade de
aniquilamento total daquilo que uma vez veio a existir. A morte era uma
passagem para outra espécie de vida.” — The Religion of Babylonia and
Assyria, p. 556.

A posição do sacerdócio: “A distinção entre sacerdote e leigo é


característica desta religião [babilônica].” — Encyclopædia Britannica (1948),
Vol. 2, p. 861.

A prática da astrologia, adivinhação, magia e feitiçaria: O historiador


A. H. Sayce escreve: “[Na] religião da antiga Babilônia . . . todo objeto e a
força da natureza tinham alegadamente seu zi, ou espírito, que podia ser
controlado pelos exorcismos mágicos do Xamã, ou sacerdote-feiticeiro.” (The
History of Nations, Nova Iorque, 1928, Vol. I, p. 96) “Os caldeus [babilônios]
fizeram grande progresso no estudo da astronomia no esforço de descobrir o
57

futuro nas estrelas. Esta arte nós chamamos de ‘astrologia’.” — The Dawn of
Civilization and Life in the Ancient East (Chicago, EUA, 1938), R. M. Engberg,
p. 230.

Babilônia, a Grande, é como uma meretriz imoral,


que vive em impudente luxúria.

Revelação 17:1-5 diz: “‘Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande


meretriz que está sentada sobre muitas águas [povos], com a qual os reis
[governantes políticos] da terra cometeram fornicação, enquanto que os que
habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.’ . . . E na sua
testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das
meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’” Revelação 18:7 acrescenta que
“ela se glorificou e viveu em impudente luxúria”.

Não é verdade que as organizações religiosas dominantes têm por prática


unir-se aos governantes políticos em busca de poder e ganho material, embora
isso resulte em sofrimento para o povo comum? Não é também verdade que seu
clero mais alto vive em luxúria, embora muitos daqueles a quem ele deve
ministrar talvez sejam empobrecidos?

Por que podem as religiões que professam ser cristãs


ser apropriadamente consideradas uma parte
de Babilônia, a Grande, junto com as que não sabem
nada sobre o Deus da Bíblia?

Tia. 4:4: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade
com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus.” (Assim, embora saibam o que a Bíblia diz sobre Deus,
tornam-se inimigos dele se escolherem a amizade do mundo, imitando seus
caminhos.)

2 Cor. 4:4; 11:14, 15: “O deus deste sistema de coisas tem cegado as
mentes dos incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das
gloriosas boas novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus.” “O próprio
Satanás persiste em transformar-se em anjo de luz. Portanto, não é grande coisa
se os ministros dele também persistem em transformar-se em ministros da
justiça. Mas o fim deles será segundo as suas obras.” (Assim, o principal
adversário de Jeová, que é o próprio Satanás, o Diabo, é quem realmente é
58

honrado por todos os que não adoram o verdadeiro Deus do modo como Ele
propôs, mesmo que afirmem ser cristãos. Veja também 1 Coríntios 10:20.)

Mat. 7:21-23: “Nem todo o que me [a Jesus Cristo] disser: ‘Senhor,


Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai,
que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não
profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu nome, e não
fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo, eu lhes confessarei
então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a
lei.”

Por que é urgente sair sem demora


de Babilônia, a Grande?

Rev. 18:4: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela
nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.”

Rev. 18:21: “Um anjo forte levantou uma pedra semelhante a uma grande
mó e lançou-a no mar, dizendo: ‘Assim, com um lance rápido, Babilônia, a
grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada.’”

Luc. 21:36: “Portanto, mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo


súplica para que sejais bem sucedidos em escapar de todas estas coisas que
estão destinadas a ocorrer, e em ficar em pé diante do Filho do homem.”

Que acontecerá às pessoas que não conheceram a


verdade contida na Bíblia, mas que viveram e
morreram no passado, fazendo parte de Babilônia,
a Grande?

Atos 17:30: “Deus não tem tomado em conta os tempos de tal ignorância,
no entanto, agora ele está dizendo à humanidade que todos, em toda a parte, se
arrependam.”

Atos 24:15: “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de


injustos.” (Quanto a quem dentre os “injustos” serão ressuscitados, Deus
decidirá.)

Jó 34:12: “De fato, o próprio Deus não age iniquamente, e o próprio


Todo-poderoso não perverte o juízo.”
59

Batismo
Definição: A palavra “batizar” vem do grego bap·tí·zein, que significa
“imergir, mergulhar”. (A Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott) O batismo
cristão em água é um símbolo externo de que a pessoa que está sendo batizada
fez uma dedicação completa, sem reserva e incondicional, por meio de Jesus
Cristo, para fazer a vontade de Jeová Deus. As Escrituras mencionam também,
entre outros, o batismo de João, o batismo com espírito santo e o batismo com
fogo.

Refreiam-se de ser batizadas


as pessoas que realmente crêem
na Palavra de Deus?

Mat. 28:19, 20: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as


nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo,
ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.”

Atos 2:41: “Os que abraçaram de coração a sua palavra foram batizados.”

Atos 8:12: “Quando acreditaram em Filipe, que estava declarando as boas


novas do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, passaram a ser batizados,
tanto homens como mulheres.”

Atos 8:36-38: “Então, ao avançarem pela estrada, chegaram a certo corpo


de água, e o eunuco [etíope] disse: ‘Eis um corpo de água! O que me impede ser
batizado?’ Com isso mandou o carro parar, e . . . [Filipe] o batizou.”

O batismo cristão em água — é por aspersão


ou por imersão completa?

Mar. 1:9, 10: “Jesus . . . foi batizado [“imerso”, ED, Ro] por João no [rio]
Jordão. E, subindo da água, viu imediatamente os céus serem partidos.”

Atos 8:38: “Ambos desceram à água, tanto Filipe como o eunuco; e ele o
batizou [“imergiu”, ED, Ro].”
60

Era prática dos cristãos do primeiro


século batizar bebês?

Mat. 28:19: “Ide, portanto, e fazei discípulos . . . batizando-[os].”

Atos 8:12: “Quando acreditaram em Filipe . . . passaram a ser batizados,


tanto homens como mulheres.”

Entretanto, mais tarde, Orígenes (185-254 EC) escreveu: “É costume da


igreja administrar o batismo até mesmo aos bebês.” (Selections From the
Commentaries and Homilies of Origen, Madrasta, Índia; 1929, p. 211.) Essa
prática foi confirmada pelo Terceiro Concílio de Cartago (253 EC).

O historiador religioso Augusto Neander escreveu: “A fé e o batismo


estavam sempre ligados um ao outro; e assim é no mais alto grau provável . . .
que a prática do batismo de crianças fosse desconhecida neste período [no
primeiro século]. . . . Que foi primeiramente reconhecida como tradição
apostólica no decorrer do terceiro século é evidência antes contra do que a
favor da admissão de sua origem apostólica.” — History of the Planting and
Training of the Christian Church by the Apostles (Nova Iorque, 1864), p. 162.

Será que o batismo cristão em água resulta


em perdão de pecados?

1 João 1:7: “Se estivermos andando na luz, assim como ele mesmo está
na luz, . . . o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.”
(Assim, não a água do batismo, mas o sangue de Jesus nos purifica do pecado.)

Mat. 3:11: “Eu [João Batista] . . . batizo-vos com água, por causa do
vosso arrependimento; mas o que vem depois de mim [Jesus Cristo] é mais
forte do que eu, não sendo eu nem apto para tirar-lhe as sandálias.” (Os
versículos 5 e 6 de Mat. 3, também Atos 13:24, mostram que o que João fez se
destinava aos judeus e não a todas as pessoas. Por quê? Por causa dos pecados
dos judeus contra o pacto da Lei e para prepará-los para Cristo.)

Atos 2:38: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado no nome de


Jesus Cristo, para o perdão de vossos pecados.” (Será que o batismo em si lhes
trouxe o perdão? Considere o seguinte: Isso foi declarado aos judeus que
61

tinham parte na responsabilidade pela morte de Cristo. [Veja versículos 22, 23


de Atos 2.] Seu batismo lhes daria evidência de uma coisa. De quê? De que
passaram a depositar fé em Jesus qual Messias, o Cristo. Só assim seus pecados
lhes seriam perdoados. [Atos 4:12; 5:30, 31])

Atos 22:16: “Levanta-te, sê batizado e lava os teus pecados por invocares


o seu nome.” (Também, Atos 10:43.)

Quem é batizado com espírito santo?

1 Cor. 1:2; 12:13, 27: “A vós os que fostes santificados em união com
Cristo Jesus, chamados para ser santos . . . Pois, deveras, todos nós fomos
batizados por um só espírito em um só corpo, quer judeus quer gregos, quer
escravos quer livres, e a todos nós se fez beber de um só espírito. Ora, vós sois
corpo de Cristo.” (Segundo mostra Daniel 7:13, 14, 27, tais “santos” participam
do Reino com o Filho do homem, Jesus Cristo.)

João 3:5: “A menos que alguém nasça de água e espírito, não pode entrar
no reino de Deus.” (Uma pessoa ‘nasce do espírito’ na ocasião de seu batismo
com esse espírito. Lucas 12:32 mostra que apenas um “pequeno rebanho” tem
esse privilégio. Veja também Revelação 14:1-3.)

Será que todos os que são batizados com espírito


santo falam em línguas ou têm o dom de curar?

1 Cor. 12:13, 29, 30: “Pois, deveras, todos nós fomos batizados por um só
espírito em um só corpo . . . Será que todos são apóstolos? . . . Será que todos
realizam obras poderosas? Será que todos têm dons de curar? Será que todos
falam em línguas?”

Veja também “Curas” e “Línguas, Falar em”.

‘Batismo pelos mortos’ — que significa?

1 Cor. 15:29, Al: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos
mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles
então pelos mortos?”
A preposição grega hy·pér, traduzida aqui “pelos”, também tem o sentido de
“sobre”, “a favor de”, “em vez de”, “com o objetivo de”, etc. (A Greek-English
Lexicon, de Liddell e Scott) Que sentido tem neste texto? Estava Paulo
62

sugerindo batizar os vivos a favor dos que morreram sem serem batizados?

As únicas outras passagens bíblicas que mencionam


diretamente a morte em conexão com o batismo
referem-se a um batismo que a própria pessoa
recebe, não um batismo a favor de outra pessoa, de
alguém que está morto.

Rom. 6:3: “Não sabeis que todos nós, os que fomos batizados em Cristo
Jesus, fomos batizados na sua morte?” (Também Marcos 10:38, 39.)

Col. 2:12: “Pois fostes [os membros vivos da congregação de Colossos]


enterrados com ele no seu batismo, e, pela relação com ele, fostes também
levantados junto por intermédio da vossa fé na operação de Deus, o qual o
levantou dentre os mortos.”

O modo como a “Tradução do Novo Mundo” verteu


está gramaticalmente correto e de acordo com
estes outros textos bíblicos.

1 Cor. 15:29: “Senão, que farão os que estão sendo batizados com o
objetivo de serem mortos? Se os mortos absolutamente não hão de ser
levantados, por que estão sendo também batizados com o objetivo de serem
tais?” (Portanto, são batizados, ou imersos, num proceder de vida que conduzirá
a uma morte de integridade, tal como a de Cristo, e daí a serem ressuscitados
para a vida espiritual como ele o foi.)

Que resulta do batismo com fogo?

Luc. 3:16, 17: “Ele [Jesus Cristo] vos batizará com . . . fogo. Tem na mão
a sua pá de joeirar para limpar completamente a sua eira . . . A palha ele
queimará em fogo inextinguível.” (Tal destruição será para sempre.)

Mat. 13:49, 50: “Assim será na terminação do sistema de coisas: os anjos


sairão e separarão os iníquos dos justos, e lançá-los-ão na fornalha ardente.”

Luc. 17:29, 30: “No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e
enxofre, e destruiu a todos. Do mesmo modo será naquele dia em que o Filho
do homem há de ser revelado.”
63

Não é o mesmo que o batismo com espírito santo,


que era para os discípulos.

Atos 1:5: “João, deveras, batizou com água, mas vós [os fiéis apóstolos de
Jesus] sereis batizados em espírito santo, não muitos dias depois disso.”

Atos 2:2-4: “Repentinamente, ocorreu do céu um ruído, bem semelhante


ao duma forte brisa impetuosa, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E
línguas, como que de fogo, tornaram-se-lhes visíveis e se distribuíram, e sobre
cada um deles assentou-se uma, [mas não os envolveu nem imergiu] e todos
eles ficaram cheios de espírito santo e principiaram a falar em línguas
diferentes, assim como o espírito lhes concedia fazer pronunciação.”

Bíblia
Definição: A Palavra escrita de Jeová Deus para a humanidade. Ele usou uns
40 secretários humanos, por um período de 16 séculos, para a porem por
escrito, mas ele próprio dirigiu ativamente a escrita por meio de seu espírito. De
modo que é inspirada por Deus. Grande parte do registro é constituído de
declarações reais feitas por Jeová e de pormenores sobre os ensinamentos e as
atividades de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Nesses encontramos expressos os
requisitos de Deus para seus servos e o que ele fará para levar a termo seu
grandioso propósito para com a terra. Para aprofundar nosso apreço por essas
coisas, Jeová preservou também na Bíblia um registro que demonstra o que
sucede quando pessoas e nações escutam o que Deus diz e agem em harmonia
com o propósito dele, bem como as conseqüências quando seguem seu próprio
caminho. Por meio deste assentamento histórico fidedigno Jeová nos familiariza
com sua maneira de lidar com a humanidade e, por conseguinte, com a sua
própria maravilhosa personalidade.

Razões para considerar a Bíblia.

A própria Bíblia diz que ela é de Deus, o Criador


da humanidade.

2 Tim. 3:16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para
64

ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a


fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente
equipado para toda boa obra.”

Rev. 1:1: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos
seus escravos as coisas que têm de ocorrer em breve.”

2 Sam. 23:1, 2: “A pronunciação de Davi, filho de Jessé . . . Foi o espírito


de Jeová que falou por meu intermédio, e a sua palavra estava na minha
língua.”

Isa. 22:15: “Assim disse o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos.”

Era de esperar que a mensagem de Deus para toda a humanidade estivesse


disponível em todo o globo. A Bíblia, completa ou em parte, foi traduzida em
aproximadamente 1.800 línguas. Sua circulação atinge a casa dos bilhões. Diz
The World Book Encyclopedia: “A Bíblia é o livro mais amplamente lido na
história. É também provavelmente o que mais influência exerceu. Mais
exemplares da Bíblia foram distribuídos do que de qualquer outro livro. Foi
também traduzido mais vezes em mais línguas do que qualquer outro livro.” —
(1984) Vol. 2, p. 219.

A profecia bíblica explica o significado das


condições mundiais.

Muitos líderes mundiais reconhecem que a humanidade está à beira de


uma catástrofe. A Bíblia há muito predisse essas condições; ela explica o
significado delas e qual será o resultado. (2 Tim. 3:1-5; Luc. 21:25-31) Diz-nos
o que precisamos fazer para sobreviver à impendente destruição mundial e ter a
oportunidade de ganhar vida eterna em condições justas aqui na terra. — Sof.
2:3; João 17:3; Sal. 37:10, 11, 29.

A Bíblia nos habilita a entender o objetivo da vida.

Ela responde a perguntas tais como: Donde se originou a vida? (Atos


17:24-26) Por que estamos aqui? Será apenas para viver uns poucos anos, tirar
o máximo proveito que pudermos da vida e daí morrer? — Gên. 1:27, 28; Rom.
5:12; João 17:3; Sal. 37:11; 40:8.
65

A Bíblia mostra como podemos ter exatamente as


coisas que os que amam a justiça mais desejam.

Informa-nos onde encontrar boas companhias em que existe verdadeiro


amor mútuo (João 13:35), o que nos pode garantir termos suficiente alimento
para nós próprios e para nossa família (Mat. 6:31-33; Pro. 19:15; Efé. 4:28),
como podemos ser felizes, não obstante as condições difíceis que nos cercam.
— Sal. 1:1, 2; 34:8; Luc. 11:28; Atos 20:35.

Ela explica que o Reino de Deus, seu governo, eliminará o atual sistema
mau (Dan. 2:44), e, sob o seu domínio, a humanidade poderá gozar de saúde
perfeita e vida eterna. — Rev. 21:3, 4; compare com Isaías 33:24.

Um livro que afirma originar-se de Deus, que explica o significado das


condições mundiais, bem como o objetivo da vida, e que mostra como os nossos
problemas serão solucionados é certamente digno de consideração.

Evidências de inspiração.

Está repleta de profecias que indicam conhecimento


pormenorizado do futuro — coisa que é
impossível aos humanos.

2 Ped. 1:20, 21: “Nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer


interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do
homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por
espírito santo.”

▪ Profecia: Isa. 44:24, 27, 28; 45:1-4: “Jeová . . . Aquele que diz à água de
profundeza: ‘Evapora-te, e secarei todos os teus rios’; Aquele que diz a respeito
de Ciro: ‘Ele é meu pastor e executará completamente tudo aquilo em que me
agrado’; dizendo eu de Jerusalém: ‘Ela será reconstruída’, e do templo:
‘Lançar-se-á teu alicerce.’ Assim disse Jeová ao seu ungido, a Ciro, cuja direita
tomei para sujeitar diante dele nações, a fim de eu descingir até mesmo os
quadris de reis; para abrir diante dele as portas duplas, de modo que nem
mesmo os portões se fecharão: ‘Eu mesmo irei na tua frente e endireitarei as
ondulações do terreno. Destroçarei as portas de cobre e cortarei as trancas de
ferro . . . Por causa do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, passei mesmo
66

a chamar-te pelo teu nome.’” (Escrita feita por Isaías, completada em cerca de
732 AEC.)

□ Cumprimento: Ciro não tinha nascido quando a profecia foi escrita. Os judeus
não foram levados ao exílio em Babilônia senão em 617-607 AEC, e Jerusalém
e seu templo só foram destruídos em 607 AEC. A profecia se cumpriu em
pormenores a partir de 539 AEC. Ciro desviou as águas do rio Eufrates para um
lago artificial, as portas de Babilônia que davam para o rio haviam sido
deixadas abertas por descuido durante uma festa na cidade, e Babilônia caiu às
mãos dos medos e dos persas sob o comando de Ciro. Depois disso, Ciro
libertou os judeus do exílio e os enviou de volta a Jerusalém com instruções
para reconstruírem ali o templo de Jeová. — The Encyclopedia Americana
(1956), Vol. III, p. 9; Light From the Ancient Past (Princeton, EUA, 1959), de
Jack Finegan, pp. 227-229; “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e
Proveitosa” (1966), pp. 271-274, 288.

▪ Profecia: Jer. 49:17, 18: “‘Edom terá de tornar-se um assombro. Todo aquele
que passar por ela olhará espantado e assobiará por causa de todas as suas
pragas. Como no derrubamento de Sodoma e de Gomorra, bem como de suas
cidades vizinhas’, disse Jeová, ‘não morará ali nenhum homem.’” (A escrita das
profecias de Jeremias foi completada por volta de 580 AEC.)

□ Cumprimento: “Eles [os edomitas] foram expulsos da Palestina no segundo


século AC por Judas Macabeu, e em 109 AC João Hircano, chefe macabeu,
estendeu o reino de Judá para incluir a parte ocid. das terras edomitas. No
primeiro século AC, a expansão romana eliminou os últimos vestígios da
independência edomita . . . Depois da destruição de Jerusalém pelos romanos,
em 70 AD . . . o nome Iduméia [Edom] desapareceu da história.” (The New
Funk & Wagnalls Encyclopedia, 1952, Vol. 11, p. 4114) Seja notado que o
cumprimento se estende aos nossos dias. De forma alguma se pode argumentar
que esta profecia foi escrita após terem ocorrido esses eventos.

▪ Profecia: Luc. 19:41-44; 21:20, 21: “[Jesus Cristo] contemplou a cidade


[Jerusalém] e chorou sobre ela, dizendo: . . . ‘Virão sobre ti os dias em que os
teus inimigos construirão em volta de ti uma fortificação de estacas pontiagudas
e te cercarão, e te afligirão de todos os lados, e despedaçarão contra o chão a ti e
67

a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não
discerniste o tempo de seres inspecionada.’” Dois dias depois, deu o seguinte
conselho a seus discípulos: “Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos
acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela. Então,
comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que
estiverem no meio dela.” (Profecia falada por Jesus Cristo em 33 EC.)

□ Cumprimento: Jerusalém se revoltou contra Roma e, em 66 EC, o exército


romano, sob o comando de Céstio Galo, atacou a cidade. Mas, conforme relata
o historiador judeu Josefo, o comandante romano “subitamente retirou seus
homens, abandonou a esperança, embora não tivesse sofrido nenhum revés, e,
indo contra toda a lógica, retirou-se da Cidade”. (Josephus, the Jewish War,
Penguin Classics, 1969, p. 167) Isto deu uma oportunidade para os cristãos
fugirem da cidade, o que fizeram, mudando-se para Pela, além do Jordão,
segundo Eusébio Pânfilo na sua obra Ecclesiastical History. (Traduzida por C.
F. Crusé, Londres, 1894, p. 75.) Daí, por volta da época da páscoa do ano 70
EC, o general Tito sitiou a cidade, levantou-se uma cerca todo em volta, de 7,2
quilômetros, em apenas três dias, e, depois de cinco meses, Jerusalém caiu. “A
própria Jerusalém foi destruída sistematicamente e o Templo foi deixado em
ruínas. O trabalho arqueológico nos mostra hoje quão eficiente foi a destruição
dos edifícios judaicos em todo o país.” — The Bible and Archaeology (Grand
Rapids, Mich., EUA; 1962), de J. A. Thompson, p. 299.

Seu conteúdo é cientificamente correto sobre


assuntos que os pesquisadores humanos descobriram
só em data posterior.

A origem do Universo: Gên. 1:1: “No princípio Deus criou os céus e a


terra.” Em 1978, o astrônomo Robert Jastrow escreveu: “Vemos agora como a
evidência astronômica conduz a um conceito bíblico sobre a origem do mundo.
Os pormenores diferem, mas os elementos essenciais no relato astronômico e
no relato bíblico de Gênesis são os mesmos: a cadeia de eventos que conduz ao
homem começou súbita e distintamente num momento definido do tempo, num
clarão de luz e energia.” — God and the Astronomers (Nova Iorque, 1978), p.
14.
68

Formato do Planeta Terra: Isa. 40:22: “Há Um que mora acima do


círculo da terra.” Nos tempos antigos, a opinião geral era que a terra era plana.
Não foi senão mais de 200 anos depois de se escrever esta passagem da Bíblia
que uma escola de filósofos gregos concluiu que a terra era provavelmente
esférica, e cerca de mais 300 anos depois um astrônomo grego calculou o raio
aproximado da terra. Contudo, mesmo então, não era o conceito geral que a
terra fosse esférica. Só no século 20 é que se tornou possível aos homens viajar
de avião, e mais tarde no espaço sideral, e até mesmo ir à lua, obtendo assim
uma visão clara do “círculo” do horizonte da terra.

Vida Animal: Lev. 11:6: “A lebre . . . é ruminante.” Embora por muito


tempo alguns críticos atacassem isso, a ruminação do coelho foi por fim
observada por um inglês, William Cowper, no século 18. O modo incomum de
fazer isso foi descrito em 1940, em Proceedings of the Zoological Society of
London, Vol. 110, Série A, pp. 159-163.

Sua harmonia interna é significativa.

Isto se dá especialmente em vista do fato de terem sido postos por escrito


os livros da Bíblia por uns 40 homens tão dessemelhantes uns dos outros, tais
como rei, profeta, pastor, cobrador de impostos e médico. Fizeram a escrita
num período de 1.610 anos; portanto, não houve oportunidade para conluio.
Não obstante, seus escritos concordam entre si, até mesmo nos mínimos
detalhes. Para avaliar até que ponto os vários trechos da Bíblia estão
harmoniosamente entreligados, precisa lê-la e estudá-la pessoalmente.

Como podemos ter certeza de que a Bíblia


não foi alterada?

“No número de antigos MSS. [manuscritos] que atestam a escrita e no


número de anos decorridos entre o original e os MSS. atestantes, a Bíblia goza
de uma decidida vantagem sobre os escritos clássicos [de Homero, Platão e
outros]. . . . Ao todo, os MSS. clássicos constituem apenas um punhado em
comparação com os bíblicos. Nenhum livro antigo é tão bem atestado como a
Bíblia.” — The Bible From the Beginning (Nova Iorque, 1929), P. Marion
Simms, pp. 74, 76.
69

Um relatório publicado em 1971 mostra que há provavelmente 6.000


cópias manuscritas que contêm todas as Escrituras Hebraicas ou partes delas; a
mais antiga data do terceiro século AEC. Há, das Escrituras Gregas Cristãs,
cerca de 5.000 em grego, a mais antiga datando do começo do segundo século
EC. Existem também muitas cópias das primeiras traduções em outros idiomas.

Na introdução de seus sete volumes sobre Os Papiros Bíblicos de Chester


Beatty, Sir Frederic Kenyon escreveu: “A primeira e mais importante conclusão
a que se chega à base do exame deles [os papiros] é a conclusão satisfatória de
que eles confirmam a exatidão essencial dos textos existentes. Não aparece
nenhuma variação substancial ou fundamental quer no Velho quer no Novo
Testamento. Não há nenhumas omissões ou adições importantes de trechos nem
variações que afetem fatos ou doutrinas vitais. As variações do texto afetam
questões menores, tais como a ordem das palavras ou as palavras precisas
usadas . . . Mas a sua importância essencial é sua confirmação da integridade de
nossos textos existentes pela evidência duma data anterior à disponível até
agora.” — (Londres, 1933), p. 15.

É verdade que algumas traduções da Bíblia seguem mais de perto o que se


acha nas línguas originais do que outras. Modernas Bíblias parafraseadas
tomaram liberdades que às vezes alteram o sentido original. Alguns tradutores
permitiram que suas crenças pessoais influíssem nas suas versões. Mas esses
pontos fracos podem ser identificados por meio de comparação de várias
traduções.

Se Alguém Disser —
‘Eu não acredito na Bíblia.’

Poderá responder: ‘Crê, porém, na existência de Deus, não é? . . .


Permita-me perguntar-lhe: O que dentro da Bíblia acha difícil de aceitar?’

Ou poderá dizer: ‘Posso perguntar-lhe: Pensou sempre assim? . . . Já


ouvi outras pessoas dizer isso, embora não tenham feito um estudo minucioso
da Bíblia. Mas, visto que a Bíblia diz claramente ser mensagem do próprio
Deus e que ele nos oferece vida eterna, se acreditarmos nela e vivermos em
70

harmonia com o que ela diz, não concorda que vale a pena pelo menos examiná-
la para ver se o que ela diz é verdade ou não? (Use a matéria nas páginas 65-
68.)’

‘A Bíblia se contradiz.’

Poderá responder: ‘Outras pessoas já me disseram isso, mas ninguém


até agora conseguiu mostrar-me algo que fosse realmente uma contradição. E
na minha própria leitura pessoal da Bíblia nunca encontrei uma sequer. Poderia
citar um exemplo?’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘O que tenho notado é que
muitas pessoas simplesmente nunca encontraram as respostas às perguntas
sobre as quais a Bíblia as fez pensar. Por exemplo: Com quem se casou Caim?
(Use a matéria das páginas 289, 290.)’

‘Foram os homens que escreveram a Bíblia.’

Poderá responder: ‘É verdade. Uns 40 homens participaram na escrita.


Mas ela foi inspirada por Deus.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Que
significa isso? Significa que Deus dirigiu a escrita, assim como um homem de
negócios emprega uma secretária para escrever suas cartas.’ (2) ‘A idéia de
receber mensagens de alguém bem distante no espaço não nos deve
surpreender. Até mesmo os homens conseguiram enviar da lua mensagens e
imagens. Como fizeram isso? Empregando leis estabelecidas muito tempo atrás
pelo próprio Deus.’ (3) ‘Como podemos ter certeza, porém, de que o que se
acha escrito na Bíblia procede realmente de Deus? Ela contém informações que
de forma alguma poderiam ter sido de fonte humana. Que espécie? Pormenores
sobre o futuro; e estes revelaram ser sempre totalmente exatos. (Para exemplos,
veja as páginas 65-67, também as páginas 419-423, sob o tópico “Últimos
Dias”.)’

‘Cada um interpreta a Bíblia do seu jeito.’

Poderá responder: ‘E, obviamente, nem todas as interpretações estão certas.’


Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Torcer as Escrituras em apoio de nossas
próprias idéias pode resultar em dano irremediável. (2 Ped. 3:15, 16)’ (2) ‘Duas
coisas podem ajudar-nos a entender corretamente a Bíblia. Primeiro, o exame
do contexto (os versículos circundantes) de qualquer declaração. A seguir, a
71

comparação das passagens com outras declarações feitas na Bíblia relacionadas


com o mesmo assunto. Desse modo, deixamos que a própria Palavra de Deus
oriente o nosso raciocínio, e a interpretação não será a nossa e sim a dele. Este é
o método empregado nas publicações da Torre de Vigia.’ (Veja as páginas 389,
390, sob o tópico “Testemunhas de Jeová”.)

‘Não é prática para os nossos dias.’


Poderá responder: ‘E nós estamos interessados em coisas que sejam
práticas para nós hoje em dia, não é?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1)
‘Concorda que seria prático pôr fim à guerra? . . . Não acha que, se se
aprendesse a conviver em paz com pessoas de outras nações, isso seria um bom
ponto de partida? . . . A Bíblia prediz exatamente isso. (Isa. 2:2, 3) Em resultado
da obra de educação bíblica, isto está acontecendo atualmente entre as
Testemunhas de Jeová.’ (2) ‘Há necessidade de algo mais — a remoção de
todas as pessoas e de todas as nações que causam as guerras. Acontecerá isso
algum dia? Sim, e a Bíblia explica como se dará. (Dan. 2:44; Sal. 37:10, 11)’

Ou poderá dizer: ‘Compreendo a sua preocupação. Se um livro de


orientação não for prático, será tolice usá-lo, não é?’ Daí, talvez possa
acrescentar: ‘Não acha prático um livro que fornece conselho sadio que nos
habilite a levar uma vida feliz em família? . . . Quantas vezes mudaram as
teorias e as práticas no que diz respeito à vida em família, e os resultados que
vemos hoje não são nada bons. Mas os que conhecem e aplicam o que a Bíblia
diz têm famílias estáveis e felizes. (Col. 3:12-14, 18-21)’

‘A Bíblia é um bom livro, mas não existe


tal coisa como verdade absoluta.’

Poderá responder: ‘É verdade que cada pessoa parece ter uma opinião
diferente. E, mesmo quando alguém pensa que entendeu alguma coisa, amiúde
descobre que há pelo menos outro fator que deixou de considerar. Mas, existe
alguém que não tem essa limitação. Quem será esse? . . . Sim, o Criador do
universo.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Foi por isso que Jesus Cristo
disse a Ele: “A tua palavra é a verdade.” (João 17:17)
72

Essa verdade está na Bíblia. (2 Tim. 3:16, 17)’ (2) ‘Deus não quer que andemos
às cegas na ignorância; ele disse que a sua vontade para nós é que cheguemos a
um conhecimento exato da verdade. (1 Tim. 2:3, 4) De modo plenamente
satisfatório a Bíblia responde a perguntas tais como . . . ’ (Para ajudar certas
pessoas, talvez seja necessário primeiro considerar a evidência para a crença na
existência de Deus. Veja as páginas 120-126, sob o tópico “Deus”.)

‘A Bíblia é um livro do homem branco.’


Poderá responder: ‘É realmente um fato que os da raça branca
imprimiram muitos exemplares da Bíblia. Mas a Bíblia não diz que uma raça
seja melhor do que outra.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘A Bíblia
procede do nosso Criador, ele é imparcial. (Atos 10:34, 35)’ (2) ‘A Palavra de
Deus oferece a pessoas de todas as nações e tribos a oportunidade de viverem
para sempre aqui na terra sob seu Reino. (Rev. 7:9, 10, 17)’

Ou poderá dizer: ‘De forma alguma! Cabia ao Criador da humanidade


escolher os homens a quem ele inspiraria para escreverem os 66 livros da
Bíblia. E se ele decidiu usar pessoas de tez clara, a responsabilidade foi dele.
Mas a mensagem da Bíblia não se limitaria aos brancos.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Observe o que Jesus disse . . . (João 3:16) “Todo aquele”
inclui pessoas de qualquer cor que seja. Também, antes de ascender aos céus,
Jesus disse as seguintes palavras de despedida a seus discípulos . . . (Mat.
28:19)’ (2) ‘É interessante notar que Atos 13:1 fala de um certo homem de
nome Níger, cujo nome significa “negro”. Ele era um dos profetas e instrutores
da congregação de Antioquia, na Síria.’

‘Eu só aceito a Versão Almeida.’


Poderá responder: ‘Se a tiver à mão, gostaria de lhe mostrar algo que
achei muito animador.’

Ou poderá dizer: ‘Muitas pessoas usam essa versão da Bíblia, e eu


pessoalmente tenho uma na minha biblioteca.’ Daí, talvez possa acrescentar:
(1) ‘Sabia que a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico, aramaico e grego?
. . . Sabe ler nessas línguas? . . . Portanto, somos gratos de que a Bíblia foi
traduzida para o português.’ (2) ‘Esta tabela (“Tabela dos Livros da Bíblia”, na
73

NM) mostra que Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, foi terminado em 1513
AEC. Sabia que, depois de Gênesis ter sido escrito, passaram uns 2.900 anos
antes que a Bíblia inteira fosse traduzida para o inglês? E mais uns 300 anos
transcorreram antes de se completar a versão Almeida (1681 EC) em
português.’ (3) ‘Desde o século 17, o português sofreu muitas mudanças.
Temos visto isso no período de nossa própria vida, não é verdade? . . . Portanto,
apreciamos traduções modernas que expressem cuidadosamente as mesmas
verdades originais na língua que nós hoje falamos.’

‘Vocês têm a sua própria Bíblia.’


Veja o tópico geral “Tradução do Novo Mundo”.

Casamento
Definição: A união de um homem e uma mulher para viverem juntos como
marido e mulher segundo a norma estabelecida nas Escrituras Sagradas. O
casamento é uma instituição divina. Provê relações íntimas entre marido e
mulher, junto com a sensação de segurança, porque existe um clima de amor e
por causa do compromisso pessoal assumido por ambos. Ao instituir o
casamento, Jeová não só visava prover uma companheira íntima que seria um
complemento para o homem, mas também fazer provisão para produzir mais
humanos, isso dentro de um arranjo familiar. Exige-se, sempre que possível, um
registro legal da relação marital aceitável à congregação cristã.

É realmente importante casar-se de


acordo com os requisitos legais?

Tito 3:1: “Continua a lembrar-lhes que estejam sujeitos e sejam


obedientes a governos e autoridades como governantes.” (Quando as pessoas
acatam essas instruções, o nome de cada um dos que contraem a união
matrimonial é mantido livre de acusação, e quaisquer filhos que tiverem são
poupados do vitupério que recai sobre aqueles cujos pais não estão casados.
Além disso, o registro legal do casamento assegura os direitos de propriedade
dos membros da família, caso morra um dos cônjuges.)
74

Heb. 13:4: “O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal


imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros.” (O casamento
legal desempenha um papel importante no sentido de se ter um casamento que é
aceitável como sendo “honroso”. Ao definirmos a “fornicação” e o “adultério”,
devemos ter em mente o que se acha declarado em Tito 3:1, na página anterior.)

1 Ped. 2:12-15: “Mantende a vossa conduta excelente entre as nações,


para que, naquilo em que falam de vós como de malfeitores, eles, em resultado
das vossas obras excelentes, das quais são testemunhas oculares, glorifiquem a
Deus no dia da sua inspeção. Pela causa do Senhor, sujeitai-vos a toda criação
humana: quer a um rei, como sendo superior, quer a governadores, como
enviados por ele para infligir punição a malfeitores, mas para louvar os que
fazem o bem. Pois a vontade de Deus é que, por fazerdes o bem, possais
açaimar a conversa ignorante dos homens desarrazoados.”

Houve quaisquer “formalidades legais” quando


Adão e Eva começaram a viver juntos?

Gên. 2:22-24: “Da costela que havia tirado do homem [Adão], Jeová
Deus passou a construir uma mulher e a trazê-la ao homem. O homem disse
então: ‘Esta, por fim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne. Esta será
chamada Mulher, porque do homem foi esta tomada.’ Por isso é que o homem
deixará seu pai e sua mãe, e tem de se apegar à sua esposa, e eles têm de tornar-
se uma só carne.” (Note que foi o próprio Jeová Deus, o Soberano Universal,
que uniu Adão e Eva. Não se tratava do caso de um homem e uma mulher
decidirem viver juntos sem se preocuparem com as autoridades legais. Observe
também a ênfase que Deus colocou sobre a permanência dessa união.)

Gên. 1:28: “Deus os abençoou [a Adão e Eva] e Deus lhes disse: ‘Sede
fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição
os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura vivente que
se move na terra.’” (Eis a bênção da mais elevada Autoridade legal pronunciada
sobre essa união, sendo eles autorizados a ter relações sexuais e tendo-se-lhes
dado uma designação que daria pleno sentido à sua vida.)
75

Pode uma pessoa praticar a poligamia,


se a lei local a permite?

1 Tim. 3:2, 12: “O superintendente, portanto, deve ser irrepreensível,


marido de uma só esposa . . . Os servos ministeriais sejam maridos de uma só
esposa.” (Não só estes homens foram incumbidos de responsabilidades, mas
eram também exemplos a serem imitados por outros na congregação cristã.)

1 Cor. 7:2: “Por causa da prevalência da fornicação, tenha cada homem a


sua própria esposa e tenha cada mulher o seu próprio marido.” (Não se admite
aqui pluralidade de cônjuges para nenhum dos lados.)

Por que permitiu Deus que Abraão, Jacó e Salomão


tivessem mais de uma esposa?

Jeová não é o originador da poligamia. Ele deu a Adão apenas uma


esposa. Mais tarde, Lameque, descendente de Caim, tomou duas esposas para
si. (Gên. 4:19) Com o tempo, outros imitaram seu exemplo, e alguns tomaram
escravas como concubinas. Deus tolerou essa prática, e sob a Lei mosaica
instituiu até mesmo medidas para assegurar o tratamento devido de mulheres
que tinham essa relação. Fez isso até que a congregação cristã foi estabelecida,
e daí exigiu que seus servos retornassem à norma que ele próprio havia
instituído no Éden.

Quanto a Abraão, ele tomou Sarai (Sara) por esposa. Quando ela tinha
quase 75 anos de idade e pensou que nunca fosse dar à luz um filho, ela pediu a
seu marido que tivesse relações com sua serva para que Sarai pudesse ter um
filho legal por intermédio dela. Abraão fez isto, mas isso causou muito atrito
dentro da família. (Gên. 16:1-4) Jeová cumpriu sua promessa a Abraão com
respeito à “descendência” por causar mais tarde miraculosamente que a própria
Sara engravidasse. (Gên. 18:9-14) Não foi senão após a morte de Sara que
Abraão tomou outra esposa. — Gên. 23:2; 25:1.

Jacó se tornou polígamo por ser logrado pelo sogro. Não era o que Jacó
tinha em mente quando foi à procura de uma esposa em Padã-Arã. O registro da
Bíblia relata em muitos pormenores a infeliz rivalidade entre suas esposas. —
Gên. 29:18-30:24.
76

É bem conhecido que Salomão tinha muitas esposas e concubinas. Mas


nem todos sabem que assim ele violava a ordem claramente expressa de Jeová
de que o rei “tampouco deve multiplicar para si esposas, para que seu coração
não se desvie”. (Deut. 17:17) Deve-se também notar que, por causa da
influência de suas esposas estrangeiras, Salomão se voltou para a adoração de
deuses falsos e “começou a fazer o que era mau aos olhos de Jeová . . . E Jeová
ficou irado com Salomão.” — 1 Reis 11:1-9.

Se certos cônjuges simplesmente não conseguem


viver juntos em paz, é a separação permissível?

1 Cor. 7:10-16: “Aos casados dou ordens, contudo, não eu, mas o Senhor,
que a esposa não se afaste de seu marido; mas, se ela realmente se afastar, que
permaneça sem se casar, ou, senão, que se reconcilie novamente com seu
marido; e o marido não deve deixar a sua esposa. Mas, aos outros digo eu, sim,
eu, não o Senhor [mas, como mostra o versículo 40 de 1 Cor. 7, Paulo era
orientado pelo espírito santo]: Se algum irmão tiver esposa incrédula, e ela,
contudo, estiver disposta a morar com ele, que ele não a deixe; e a mulher que
tiver marido incrédulo, e ele, contudo, estiver disposto a morar com ela, não
deixe seu marido. Pois o marido incrédulo está santificado em relação à sua
esposa, e a esposa incrédula está santificada em relação ao irmão; de outro
modo, os vossos filhos seriam realmente impuros, mas agora são santos. Mas,
se o incrédulo passar a afastar-se, deixa-o afastar-se; o irmão ou a irmã não está
em servidão em tais circunstâncias, mas Deus vos chamou à paz. Pois, esposa,
como sabes se não hás de salvar o teu marido? Ou, marido, como sabes se não
hás de salvar a tua esposa?” (Por que deve o crente suportar dificuldades e
diligentemente esforçar-se em conservar o casamento? Por causa do respeito
pela origem divina do casamento e na esperança de que o descrente possa com
o tempo ser ajudado a se tornar servo [ou serva] do verdadeiro Deus.)

Qual é o conceito da Bíblia com respeito ao


divórcio, tendo-se em vista contrair novo
casamento?

Mal. 2:15, 16: “‘Vós tereis de guardar-vos quanto ao vosso espírito, e que
77

nenhum de vós aja traiçoeiramente com a esposa da sua mocidade. Pois ele tem
odiado o divórcio’, disse Jeová, o Deus de Israel.”

Mat. 19:8, 9: “[Jesus] lhes disse: ‘Moisés, por causa da dureza dos vossos
corações, vos fez a concessão de vos divorciardes de vossas esposas, mas este
não foi o caso desde o princípio. Eu vos digo que todo aquele que se divorciar
de sua esposa, exceto em razão de fornicação [relações sexuais extramaritais], e
se casar com outra, comete adultério.’” (Portanto, o cônjuge inocente tem
permissão de divorciar-se de um cônjuge que comete “fornicação”, mas não se
requer isso dele.)

Rom. 7:2, 3: “A mulher casada está amarrada por lei ao seu marido
enquanto ele viver; mas, se o seu marido morrer, ela está exonerada da lei de
seu marido. Assim, pois, enquanto o seu marido viver, ela seria denominada
adúltera caso se tornasse de outro homem. Mas, se o seu marido morrer, ela está
livre da lei dele, de modo que não é adúltera caso se tornar de outro homem.”

1 Cor. 6:9-11: “Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem


idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais,
nem homens que se deitam com homens . . . herdarão o reino de Deus. E, no
entanto, isso é o que fostes alguns de vós. Mas vós fostes lavados, mas vós
fostes santificados, mas vós fostes declarados justos no nome de nosso Senhor
Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus.” (Isto enfatiza a seriedade do
assunto. Os adúlteros não arrependidos não terão parte no Reino de Deus.
Contudo, as pessoas que anteriormente cometeram adultério, talvez até mesmo
tendo indevidamente contraído novo casamento, podem obter o perdão de Deus
e ter uma condição limpa perante ele se se arrependerem genuinamente e
exercerem fé no valor expiatório de pecados do sacrifício de Jesus.)

Por que permitiu Deus no passado o casamento


entre irmão e irmã?

O registro bíblico indica que Caim se casou com uma de suas irmãs (Gên.
4:17; 5:4) e que Abrão se casou com sua meia-irmã. (Gên. 20:12) Mais tarde,
porém, na Lei dada por intermédio de Moisés, tais uniões matrimoniais foram
78

especificamente proibidas. (Lev. 18:9, 11) Não são permitidas hoje entre os
cristãos. O casamento com um parente próximo resulta numa probabilidade
maior do que a mediana de que fatores hereditários nocivos sejam transmitidos
à prole.

Por que não era inapropriado o casamento entre irmão e irmã no início da
história da humanidade? Deus criou Adão e Eva perfeitos e propôs que toda a
humanidade descendesse deles. (Gên. 1:28; 3:20) Obviamente, ocorreria que
alguns se casariam com parentes próximos, especialmente dentro das gerações
iniciais. Mesmo depois de surgir o pecado, havia relativamente pouco perigo de
deformidades acentuadas nos filhos durante as primeiras gerações, porque a
raça humana se achava muito mais perto da perfeição que Adão e Eva haviam
desfrutado. Isto é atestado pela longevidade das pessoas naquele tempo. (Veja
Gênesis 5:3-8; 25:7.) Mas, cerca de 2.500 anos depois de Adão ter-se tornado
pecador, Deus proibiu o casamento incestuoso. Isto serviu de salvaguarda para a
descendência e elevou a moralidade sexual dos servos de Jeová acima da das
pessoas em volta deles que se empenhavam então em toda sorte de práticas
depravadas. — Veja Levítico 18:2-18.

O que pode ajudar a aperfeiçoar um casamento?

(1) Estudar a Palavra de Deus juntos, regularmente, e orar a Deus pedindo ajuda
para resolver os problemas. — 2 Tim. 3:16, 17; Pro. 3:5, 6; Fil. 4:6, 7.

(2) Reconhecer o princípio da chefia que coloca pesada responsabilidade sobre


o marido. (1 Cor. 11:3; Efé. 5:25-33; Col. 3:19) Exige também esforço diligente
da parte da esposa. — Efé. 5:22-24, 33; Col. 3:18; 1 Ped. 3:1-6.

(3) Limitar o interesse sexual ao próprio cônjuge. (Pro. 5:15-21; Heb. 13:4)
Preocupação amorosa pelas necessidades do cônjuge pode ajudar este a se
resguardar da tentação de fazer o que é errado. — 1 Cor. 7:2-5.

(4) Falarem reciprocamente de modo bondoso e com consideração; evitar


acessos de ira, importunar e fazer observações críticas e mordazes. — Efé. 4:31,
32; Pro. 15:1; 20:3; 21:9; 31:26, 28.

(5) Ser a esposa trabalhadeira e fidedigna em cuidar da casa e da roupa da


família, também em preparar refeições sadias. — Tito 2:4, 5; Pro. 31:10-31.
79

(6) Aplicar cada qual com humildade o conselho bíblico, quer ache que o outro
esteja fazendo tudo o que deve, quer não. — Rom. 14:12; 1 Ped. 3:1, 2.

(7) Fazer empenho para desenvolver qualidades espirituais pessoais. — 1 Ped.


3:3-6; Col. 3:12-14; Gál. 5:22, 23.

(8) Prover o necessário amor, educação e disciplina aos filhos, caso haja. —
Tito 2:4; Efé. 6:4; Pro. 13:24; 29:15.

Céu
Definição: O lugar de morada de Jeová Deus e de fiéis criaturas espirituais; um
domínio invisível aos olhos humanos. A Bíblia usa também o termo “céu(s)”
numa variedade de outros sentidos; por exemplo: para representar o próprio
Deus, sua organização de fiéis criaturas espirituais, uma posição de favor
divino, o universo físico à parte da terra, a expansão que cerca o planeta Terra,
os governos humanos sob o domínio de Satanás e o justo novo governo celestial
em que Jesus Cristo com seus co-herdeiros são empossados por Jeová para
governarem.

Será que todos nós existíamos no domínio espiritual


antes do nosso nascimento como humanos?

João 8:23: “[Jesus Cristo disse:] ‘Vós sois dos domínios de baixo; eu sou
dos domínios de cima. Vós sois deste mundo; eu não sou deste mundo.’” (Jesus
veio de fato do domínio espiritual. Mas, conforme Jesus disse, outros homens
não.)

Rom. 9:10-12: “Rebeca concebeu gêmeos . . . Quando ainda não tinham


nascido, nem tinham ainda praticado nada de bom ou de ruim, a fim de que o
propósito de Deus, com respeito à escolha, continuasse dependente, não de
obras, mas Daquele que chama, foi dito a ela: ‘O mais velho será escravo do
mais moço.’” (Naturalmente, se os gêmeos Jacó e Esaú tivessem vivido antes
num domínio espiritual, certamente teriam antecedentes de sua conduta ali, não
é verdade? Mas não tinham tais antecedentes senão depois de seu nascimento
quais humanos.)
80

Vão para o céu todas as pessoas boas?

Atos 2:34: “Davi [a quem a Bíblia se refere como sendo ‘um homem que
agradou ao coração de Jeová’] não ascendeu aos céus.”

Mat. 11:11: “Deveras, eu vos digo: Entre os nascidos de mulheres não se


levantou ninguém maior do que João Batista; mas aquele que é menor no reino
dos céus é maior do que ele.” (De modo que João não foi para o céu quando
morreu.)

Sal. 37:9, 11, 29: “Os próprios malfeitores serão decepados, mas os que
esperam em Jeová são os que possuirão a terra. . . . Os próprios mansos
possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz. Os próprios
justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.”

Se Adão não tivesse pecado, teria ele por fim ido


para o céu?

Gên. 1:26: “Deus prosseguiu, dizendo: ‘Façamos o homem à nossa


imagem, segundo a nossa semelhança, e tenham eles em sujeição os peixes do
mar, e as criaturas voadoras dos céus, e os animais domésticos, e toda a terra, e
todo animal movente que se move sobre a terra.’” (Portanto, o propósito de
Deus para Adão era que ele fosse o guardião da terra e da vida animal nela.
Nada se disse sobre ele ir para o céu.)

Gên. 2:16, 17: “Jeová Deus deu também esta ordem ao homem: ‘De toda
árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do
conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no
dia em que dela comeres, positivamente morrerás.’” (Não era o propósito
original de Jeová que o homem morresse algum dia. A ordem de Deus citada
aqui mostra que ele o avisou contra o proceder que conduziria à morte. A morte
seria o castigo pela desobediência, não a porta para uma vida melhor no céu. A
obediência seria recompensada com vida contínua, vida eterna, no Paraíso que
Deus dera ao homem. Veja também Isaías 45:18.)

É necessário a pessoa ir para o céu para ter um


futuro realmente feliz?

Sal. 37:11: “Os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão


na abundância de paz.”
81

Rev. 21:1-4: “Eu vi um novo céu e uma nova terra . . . Ouvi uma voz alta do
trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com
eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará
dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto,
nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’”

Miq. 4:3, 4: “Não levantarão espada, nação contra nação, nem aprenderão
mais a guerra. E realmente sentar-se-ão, cada um debaixo da sua videira e
debaixo da sua figueira, e não haverá quem os faça tremer; porque a própria
boca de Jeová dos exércitos falou isso.”

Abriu Jesus o caminho do céu para os que morreram


antes da própria morte dele?

Que significa 1 Pedro 3:19, 20? “Neste estado [em espírito, após a sua
ressurreição], também, ele [Jesus] foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais
outrora tinham sido desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos
dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito
almas [“almas”, Al, IBB; “pessoas”, PIB, So], foram levadas a salvo através da
água.” (Eram esses “espíritos em prisão” as almas dos humanos que haviam
recusado atender à pregação de Noé antes do Dilúvio e estava então aberto o
caminho para eles irem para o céu? Uma comparação de 2 Pedro 2:4 e de Judas
6 com Gênesis 6:2-4 mostra que esses espíritos eram filhos angélicos de Deus
que se materializaram e se casaram nos dias de Noé. Em 1 Pedro 3:19, 20 a
palavra grega para “espíritos” é pneú·ma·sin, ao passo que a palavra traduzida
por “almas” é psy·khaí. Os “espíritos” não eram almas desencarnadas, mas
eram anjos desobedientes; as “almas” mencionadas aqui eram pessoas viventes,
humanos, a saber, Noé e sua família. O que foi pregado aos “espíritos em
prisão” deve, portanto, ter sido uma mensagem de julgamento.)

Qual é o significado de 1 Pedro 4:6? “De fato, com este objetivo se


declararam as boas novas também aos mortos, para que fossem julgados quanto
à carne, do ponto de vista dos homens, mas vivessem quanto ao espírito, do
ponto de vista de Deus.” (Eram esses “mortos” as pessoas que morreram antes
82

da morte de Cristo? Conforme já se mostrou, os mortos não são os “espíritos


em prisão”. Esses espíritos eram os anjos desobedientes. E a pregação não
poderia beneficiar humanos fisicamente mortos, porque, conforme Eclesiastes
9:5 diz, eles “não estão cônscios de absolutamente nada”, e Salmo 146:4
acrescenta que na morte ‘perecem deveras os pensamentos’ da pessoa. Mas
Efésios 2:1-7, 17 refere-se realmente a pessoas que estavam espiritualmente
mortas e que foram vivificadas espiritualmente em resultado de aceitarem as
boas novas.)

É a vida celestial apresentada no “Novo Testamento”


como esperança para todos os cristãos?

João 14:2, 3: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não, eu vos teria
dito, porque vou embora para vos preparar um lugar. Também, se eu for embora
e vos preparar um lugar, virei novamente e vos acolherei a mim, para que, onde
eu estiver, vós também estejais.” (Jesus mostra aqui que seus fiéis apóstolos,
com os quais ele estava falando, estariam, com o tempo, na “casa” de seu Pai,
no céu, com Jesus. Mas ele não diz aqui quantos outros iriam também para o
céu.)

João 1:12, 13: “A tantos quantos o [a Jesus] receberam, a estes deu


autoridade para se tornarem filhos de Deus, porque exerciam fé no seu nome; e
nasceram, não do sangue, nem da vontade carnal, nem da vontade do homem,
mas de Deus.” (Note que o contexto, no versículo 11 de Jo. 1, diz “os seus”,
isto é, de Jesus, os judeus. Tantos quantos deles receberam a Jesus quando este
veio a eles no primeiro século se tornaram filhos de Deus, com a perspectiva da
vida celestial. Os verbos no texto estão no passado, de modo que esta passagem
não se refere a todos os que se tornaram cristãos desde então.)

Rom. 8:14, 16, 17: “Todos os que são conduzidos pelo espírito de Deus, estes
são filhos de Deus. O próprio espírito dá testemunho com o nosso espírito de
que somos filhos de Deus. Então, se somos filhos, somos também herdeiros:
deveras, herdeiros de Deus, mas co-herdeiros de Cristo, desde que soframos
juntamente, para que também sejamos glorificados juntamente.” (No tempo em
que isto foi escrito era fato que todos os que eram conduzidos pelo espírito de
83

Deus eram filhos de Deus, cuja esperança era que seriam glorificados com
Cristo. Mas nem sempre foi assim. Lucas 1:15 diz que João, o Batizador, seria
cheio de espírito santo, mas Mateus 11:11 esclarece que ele não participará da
glória do Reino celestial. Portanto, também, após o ajuntamento dos herdeiros
do Reino celestial, haveria outros que serviriam a Deus quais seguidores de seu
Filho e que, contudo, não participariam da glória celestial.)

Que referências específicas há no “Novo Testamento”


quanto à provisão para que cristãos sejam
recompensados com a vida eterna na terra?

Mat. 5:5: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.”

Mat. 6:9, 10: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o
teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.”
(Qual é a vontade de Deus com respeito à terra? O que indicam Gênesis 1:28 e
Isaías 45:18?)

Mat. 25:31-33, 40, 46: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e
com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele
serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o
pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, mas os
cabritos à sua esquerda. . . . O rei lhes dirá [às ovelhas] . . .: ‘Deveras, eu vos
digo: Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o
fizestes.’ E estes [os cabritos] partirão para o decepamento eterno, mas os justos
[as ovelhas], para a vida eterna.” (Note que essas “ovelhas” não são o mesmo
que os irmãos do Rei, que são “participantes da chamada celestial”. [Heb. 2:10-
3:1] Mas esses semelhantes a ovelhas estariam vivos no tempo em que Cristo
estivesse no trono e no tempo que alguns de seus “irmãos” ainda estivessem
sofrendo tribulação na terra.)

João 10:16: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também
tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um
só pastor.” (Quem são essas “outras ovelhas”? São seguidores do Pastor
Excelente, Jesus Cristo, mas não estão no aprisco do “novo pacto”, dos que têm
84

esperança celestial. Contudo, chegam realmente a se associar intimamente com


os que estão nesse aprisco.)

2 Ped. 3:13: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a
sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (Também Revelação 21:1-4.)

Rev. 7:9, 10: “Depois destas coisas [depois de o apóstolo João ter visto o
número completo dos “selados” que “foram comprados da terra” para estarem
com Cristo no monte Sião celestial; veja Revelação 7:3, 4; 14:1-3] eu vi, e, eis
uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados
de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com
voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no
trono, e ao Cordeiro.’”

A quantos oferece a Bíblia a esperança de


vida celestial?

Luc. 12:32: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai
dar-vos o reino.”

Rev. 14:1-3: “Eu vi, e eis o Cordeiro [Jesus Cristo] em pé no monte Sião
[no céu; veja Hebreus 12:22-24], e com ele cento e quarenta e quatro mil, que
têm o nome dele e o nome de seu Pai escrito nas suas testas. . . . E estão
cantando como que um novo cântico . . . e ninguém podia aprender esse
cântico, exceto os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da
terra.”

São os 144.000 compostos apenas de judeus naturais?

Rev. 7:4-8: “Ouvi o número dos selados: cento e quarenta e quatro mil,
selados de toda tribo dos filhos de Israel: . . . Judá . . . Rubem . . . Gade . . . Aser
. . . Naftali . . . Manassés . . . Simeão . . . Levi . . . Issacar . . . Zebulão . . . José .
. . Benjamim.” (Tais não podem ser as tribos do Israel natural, porque nunca
houve uma tribo de José, as tribos de Efraim e de Dã não estão incluídas nesta
lista aqui, e os levitas foram colocados à parte para o serviço em relação com o
85

templo, mas não eram contados como uma das 12 tribos. Veja Números 1:4-
16.)

Rom. 2:28, 29: “Não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão
aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua
circuncisão é a do coração, por espírito, e não por um código escrito.”

Gál. 3:26-29: “Todos vós sois, de fato, filhos de Deus, por intermédio da
vossa fé em Cristo Jesus. . . . Não há nem judeu nem grego, não há nem escravo
nem homem livre, não há nem macho nem fêmea; pois todos vós sois um só em
união com Cristo Jesus. Além disso, se pertenceis a Cristo, sois realmente
descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa.”

É o número 144.000 meramente simbólico?

A resposta é indicada pelo fato de que, após a menção do número definido


de 144.000, Revelação 7:9 faz referência a “uma grande multidão, que nenhum
homem podia contar”. Se o número 144.000 não fosse literal, não teria sentido
contrastá-lo com a “grande multidão”. O entendimento de que é um número
literal concorda com a declaração de Jesus em Mateus 22:14; com respeito ao
Reino dos céus: “Há muitos convidados, mas poucos escolhidos.”

Será que os da “grande multidão”, mencionados em


Revelação 7:9, 10, vão também para o céu?

Revelação não fala deles, como o faz dos 144.000, que são “comprados
da terra” para estarem com Cristo no monte Sião celestial. — Rev. 14:1-3.
A descrição deles como ‘estando de pé diante do trono e diante do Cordeiro’
indica, não necessariamente um local, mas uma condição aprovada. (Compare
com Revelação 6:17; Lucas 21:36.) A expressão “diante do trono” (em grego,
e·nó·pi·on tou thró·nou; literalmente, “à vista do trono”) não requer que estejam
no céu. Sua posição é simplesmente “à vista” de Deus, quem nos diz que dos
céus ele observa os filhos dos homens. — Sal. 11:4; compare com Mateus
25:31-33; Lucas 1:74, 75; Atos 10:33.

A “grande multidão no céu”, mencionada em Revelação 19:1, 6 não é a


86

mesma que a “grande multidão” de Revelação 7:9. Os no céu não são descritos
como sendo “de todas as nações”, ou como atribuindo a sua salvação ao
Cordeiro; são anjos. A expressão “grande multidão” é empregada numa
variedade de contextos na Bíblia. — Mar. 5:24; 6:34; 12:37.

O que farão no céu os que forem para lá?

Rev. 20:6: “Serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele


durante os mil anos.” (Também Daniel 7:27.)

1 Cor. 6:2: “Não sabeis que os santos julgarão o mundo?”

Rev. 5:10: “Fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e


reinarão sobre a terra.” (A mesma palavra grega para “sobre” e a mesma
construção gramatical se acham em Revelação 11:6. Todas as traduções dizem
“sobre”.)

Quem seleciona os que irão para o céu?

2 Tes. 2:13, 14: “Somos obrigados a agradecer sempre a Deus por vós,
irmãos amados por Jeová, porque Deus vos selecionou desde o princípio para a
salvação, por santificar-vos com espírito e pela vossa fé na verdade. Para este
mesmo destino vos chamou por intermédio das boas novas que declaramos,
para a adquisição da glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Rom. 9:6, 16: “Nem todos os que procedem de Israel são realmente
‘Israel’. . . . Depende, . . . não daquele que deseja, nem daquele que corre, mas
de Deus, que tem misericórdia.”

Comemoração
(Refeição Noturna do Senhor)
Definição: Uma refeição em comemoração da morte de Jesus Cristo; por
conseguinte, uma comemoração de sua morte, a morte que tem tido efeitos de
muito maior alcance do que a de qualquer outra pessoa. Este é o único evento
que o Senhor Jesus Cristo ordenou que seus discípulos comemorassem. É
também conhecida como a Ceia do Senhor, ou a Refeição Noturna do Senhor.
— 1 Cor. 11:20.
87

Qual é o significado da Comemoração?

Jesus disse a seus fiéis apóstolos: “Persisti em fazer isso em memória de


mim.” (Luc. 22:19) Ao escrever para os membros da congregação cristã, gerada
pelo espírito, o apóstolo Paulo acrescentou: “Todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este copo, estais proclamando a morte do Senhor, até que ele
chegue.” (1 Cor. 11:26) Portanto, a Comemoração focaliza especialmente ao
significado da morte de Jesus Cristo no cumprimento do propósito de Jeová.
Sublinha o significado da morte sacrificial de Jesus, especialmente em relação
ao novo pacto e ao modo como a morte dele influi nos que serão herdeiros com
ele do Reino celestial. — João 14:2, 3; Heb. 9:15.

A Comemoração é também um lembrete de que a morte de Jesus e a


forma como esta se deu, em harmonia com o propósito expresso de Deus, em
Gênesis 3:15 e mais adiante, serviu para vindicar o nome de Jeová. Mantendo a
sua integridade a Jeová até a morte, Jesus provou que o pecado de Adão não foi
devido a alguma falha da parte do Criador ao fazer o homem, mas que é
possível a um humano conservar perfeita devoção piedosa mesmo sob severa
pressão, e assim Jesus vindicou a Jeová Deus qual Criador e Soberano
Universal. Além disso, Jeová propusera que a morte de Jesus proveria o
necessário sacrifício humano perfeito para resgatar a descendência de Adão, e
assim tornar possível a bilhões que exercessem fé viver para sempre num
paraíso terrestre, em cumprimento do propósito original de Jeová e como
expressão de seu grande amor pela humanidade. — João 3:16; Gên. 1:28.

Que tremenda carga havia sobre Jesus na sua última noite na terra como
homem! Ele sabia o que seu Pai celestial havia proposto no que dizia respeito a
ele, mas sabia também que tinha de se mostrar fiel sob teste. Se tivesse
fracassado, que opróbrio teria sido para seu Pai e que perda para a humanidade!
Por causa de tudo o que se realizaria por meio de sua morte, era muitíssimo
apropriado que Jesus instruísse que fosse comemorada.

Que significam o pão e o vinho servidos na


Comemoração?

A respeito do pão sem fermento, que Jesus deu a seus apóstolos ao instituir a
88

Comemoração, ele disse: “Isto significa meu corpo.” (Mar. 14:22) Esse pão
simbolizava seu próprio corpo de carne, sem pecado. Ele o daria a favor das
perspectivas de vida futura da humanidade, e nessa ocasião chama-se atenção
especial para a perspectiva de vida que esse torna possível aos escolhidos para
ter parte com Jesus no Reino celestial.

Ao passar o vinho a seus fiéis apóstolos, Jesus disse: “Isto significa meu
‘sangue do pacto’, que há de ser derramado em benefício de muitos.” (Mar.
14:24) Esse vinho simbolizava seu próprio sangue vital. Por meio do seu
sangue derramado seria possível o perdão de pecados para os que depositassem
fé nesse sangue. Nessa ocasião, Jesus sublinhava a purificação do pecado que
tal sangue tornaria possível para seus prospectivos co-herdeiros. Suas palavras
indicam também que, por meio desse sangue, entraria em vigor o novo pacto
entre Jeová Deus e a congregação cristã ungida pelo espírito.

Veja também as páginas 238-240, sob o tópico “Missa”.

Quem deve participar do pão e do vinho?

Quem participou quando Jesus instituiu a Refeição Noturna do Senhor


pouco antes de morrer? Onze seguidores fiéis aos quais Jesus disse: “Eu faço
convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto, para um reino.”
(Luc. 22:29) Todos eles eram pessoas que estavam sendo convidadas a
participar com Cristo no seu Reino celestial. (João 14:2, 3) Todos os que
participam hoje do pão e do vinho devem também ser pessoas a quem Cristo
introduz nesse ‘pacto para um reino’.

Quantos são os que participam? Jesus disse que apenas um “pequeno


rebanho” receberia o Reino celestial como recompensa. (Luc. 12:32) O número
total seria de 144.000. (Rev. 14:1-3) Esse grupo começou a ser selecionado em
33 EC. Razoavelmente, haveria apenas um número pequeno que participaria
atualmente.

Indica João 6:53, 54 que apenas os que participam


realmente é que ganharão a vida eterna?

João 6:53, 54: “Jesus disse-lhes: ‘Digo-vos em toda a verdade: A menos que
comais a carne do Filho do homem e bebais o seu sangue, não tendes vida em
89

vós mesmos. Quem se alimenta de minha carne e bebe meu sangue tem vida
eterna, e eu o hei de ressuscitar no último dia.’” Este comer e beber teria
obviamente de ser feito em sentido figurativo; do contrário, aquele que assim
fizesse estaria violando a lei de Deus. (Gên. 9:4; Atos 15:28, 29) Mas, deve-se
notar que a declaração de Jesus em João 6:53, 54 não foi feita com relação à
inauguração da Refeição Noturna do Senhor. Ninguém que o ouviu tinha
alguma idéia da comemoração com o pão e o vinho usados para representar a
carne e o sangue de Cristo. Esse arranjo foi introduzido cerca de um ano depois,
e o relato do apóstolo João sobre a Refeição Noturna do Senhor só começa mais
de sete capítulos mais adiante (em João 14) no Evangelho que leva seu nome.

Assim, pois, como pode alguém ‘comer a carne do Filho do homem e


beber o seu sangue’ em sentido figurativo a não ser por participar do pão e do
vinho por ocasião da Comemoração? Repare que Jesus disse que os que assim
comessem e bebessem teriam “vida eterna”. Antes, no versículo 40 de Jo. 6, ao
explicar o que as pessoas precisam fazer para ter vida eterna, o que disse ele ser
a vontade de seu Pai? Que “todo aquele que observa o Filho e exerce fé nele
tenha vida eterna”. Portanto, é razoável que o ‘comer sua carne e beber seu
sangue’ em sentido figurativo seja por se exercer fé no poder redentor da carne
e do sangue de Jesus, dados em sacrifício. Exige-se que todos os que ganharão a
plenitude da vida, quer nos céus com Cristo, quer no Paraíso terrestre, exerçam
tal fé.

Com que freqüência e quando deve ser celebrada a Comemoração?

Jesus não disse especificamente com que freqüência deveria ser


celebrada. Disse simplesmente: “Persisti em fazer isso em memória de mim.”
(Luc. 22:19) Paulo disse: “Pois, todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes este copo, estais proclamando a morte do Senhor, até que ele chegue.”
(1 Cor. 11:26) “Todas as vezes” não significa forçosamente muitas vezes por
ano; pode significar anualmente por um período de muitos anos. Se alguém
fosse comemorar um evento importante, como um aniversário de casamento, ou
quando uma nação comemora um evento importante na sua história, com que
90

freqüência faz isso? Uma vez por ano na data do aniversário. Isso estaria
também em harmonia com o fato de que a Refeição Noturna do Senhor foi
instituída na data da Páscoa judaica, uma celebração anual que não mais
precisava ser guardada pelos judeus que se tornaram cristãos.

As Testemunhas de Jeová observam a Comemoração após o pôr-do-sol de


14 de nisã, segundo o cálculo do calendário judaico que era de uso comum no
primeiro século. O dia judaico começa ao pôr-do-sol e se estende até o pôr-do-
sol seguinte. Portanto, Jesus morreu no mesmo dia calendar judaico em que ele
instituiu a Comemoração. O começo do mês de nisã era o pôr-do-sol depois da
lua nova visível em Jerusalém, lua nova esta que era a mais próxima do
equinócio da primavera setentrional. A data da Comemoração é 14 dias depois
disso. (Assim, a data da Comemoração pode não coincidir com a da Páscoa
celebrada pelos judeus da atualidade. Por que não? O início dos meses
calendares deles é marcado para coincidir com a lua nova astronômica, não com
a lua nova visível em Jerusalém, que pode surgir 18 a 30 horas mais tarde.
Também, a maioria dos judeus hoje celebra a Páscoa em 15 de nisã, não no dia
14, como fez Jesus, em harmonia com o que a Lei mosaica estipulava.)

Confissão
Definição: Uma declaração ou um reconhecimento público ou privado (1)
daquilo que a pessoa crê ou (2) de seus pecados.

É bíblico o rito da reconciliação,


que inclui a confissão auricular
(confissão ao ouvido de um sacerdote),
conforme ensinado pela Igreja Católica?

A maneira como as pessoas se dirigem


a um sacerdote.
As palavras rituais, ainda usadas com freqüência, são: “Padre, dai-me a
vossa bênção porque pequei. Faz uma semana (ou um mês, etc.) que me
confessei.” — Catecismo da Primeira Comunhão, São Paulo, 14-7-1961, Mons.
Lafayete, p. 10.
91

Mat. 23:1, 9, BJ: “Jesus [disse]: ‘A ninguém na terra chameis “Pai”, pois
um só é o vosso Pai, o celeste.’”

Pecados que podem ser perdoados.

“A Igreja sempre ensinou que todo pecado, por mais grave que seja, pode
ser perdoado.” — The Catholic Encyclopedia (que traz o nihil obstat e o
imprimatur), R. C. Broderick (Nashville, Tenn., EUA; 1976), p. 554.

Heb. 10:26, BJ: “Se pecarmos voluntariamente e com pleno


conhecimento da verdade, já não há sacrifícios pelos pecados.”

Mar. 3:29, BJ: “Aquele . . . que blasfemar contra o Espírito Santo, não
terá remissão para sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno.”

Como deve ser mostrada a penitência.

Com freqüência, o confessor manda o penitente rezar determinado


número de “Padre-nossos” e “Ave-Marias”.

Mat. 6:7, BJ, ed. ingl.: “Nas vossas orações não balbucieis [isto é, proferir
vãs repetições, BJ], como fazem os pagãos, pois pensam que por usarem muitas
palavras serão ouvidos.”

Mat. 6:9-12, BJ: “Orai desta maneira: Pai nosso que estás nos céus, . . .
perdoa-nos as nossas dívidas.” (Em parte alguma da Bíblia se nos ordena orar a
Maria ou por intermédio dela. Veja Filipenses 4:6, também as páginas 235, 236,
debaixo de “Maria”.)

Rom. 12:9, BJ: “Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e
apegados ao bem.”

Não autorizou Jesus seus apóstolos a perdoar pecados?

João 20:21-23, BJ: “‘Como o Pai me enviou, também eu vos envio.’


Dizendo isto, soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o Espírito Santo. Aqueles
a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não
perdoardes ser-lhes-ão retidos.’”

Como entenderam e aplicaram isso os apóstolos? Não há registro na


Bíblia de um único caso em que um apóstolo ouvisse uma confissão privada e
daí absolvesse o confessado. Entretanto, os requisitos para alguém ser perdoado
por Deus estão indicados na Bíblia. Os apóstolos, sob a orientação do espírito
92

santo, podiam discernir se as pessoas estavam cumprindo esses requisitos e


podiam, à base disso, declarar se Deus havia ou não perdoado. A título de
exemplos, veja Atos 5:1-11, também 1 Coríntios 5:1-5 e 2 Coríntios 2:6-8.

Veja também o tópico geral “Sucessão Apostólica”.

Os pontos de vista dos eruditos quanto à origem


da confissão auricular divergem.

The Catholic Encyclopedia, de R. C. Broderick, declara: “Desde o quarto


século a confissão auricular tem sido o método aceito.” — P. 58.

A New Catholic Encyclopedia diz: “Muitos historiadores


contemporâneos, tanto católicos como protestantes, remontam a origem da
penitência privada, como disciplina normal, às igrejas da Irlanda, Gales e Grã-
Bretanha, onde os Sacramentos, incluindo a Penitência, eram administrados
geralmente pelo abade de um mosteiro e seus sacerdotes-monges. Com o
costume monástico da confissão e a orientação pública e privada como modelo,
a confissão repetida e a confissão de devoção parecem ter sido introduzidas
para os leigos. . . . Entretanto, não foi senão no século 11 que os pecados
secretos eram absolvidos na ocasião da confissão e antes do cumprimento da
penitência.” — (1967), Vol. XI, p. 75.

O historiador A. H. Sayce relata: “Os textos dos rituais mostram que tanto
a confissão pública como a privada eram praticadas em Babilônia. De fato, a
confissão privada parece ter sido o método mais antigo e mais usual.” — The
Religions of Ancient Egypt and Babylonia (Edimburgo, Escócia, 1902), p. 497.

Quais são as crenças das Testemunhas de Jeová


quanto à confissão?

Fazer confissão de fé por meio de declaração pública.

Rom. 10:9, 10: “Se declarares publicamente essa ‘palavra na tua própria
boca’, que Jesus é Senhor, e no teu coração exerceres fé, que Deus o levantou
dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se exerce fé para a justiça,
mas com a boca se faz declaração pública para a salvação.”
93

Mat. 10:32, 33: “Todo aquele, pois, que confessar perante os homens estar em
união comigo [Jesus Cristo], eu também confessarei perante meu Pai, que está
nos céus, estar em união com ele; mas aquele que me repudiar perante os
homens, eu também o repudiarei perante meu Pai, que está nos céus.”

Quando alguém peca contra Deus.

Mat. 6:6-12: “Quando orares, entra no teu quarto particular, e, fechando a


tua porta, ora a teu Pai que está em secreto . . . ‘Nosso Pai nos céus, santificado
seja o teu nome . . . e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também
temos perdoado aos nossos devedores.’”
Sal. 32:5: “Finalmente te [a Deus] confessei meu pecado e não encobri
meu erro. Eu disse: ‘Farei confissão das minhas transgressões a Jeová.’ E tu
mesmo perdoaste o erro dos meus pecados.”
1 João 2:1: “Se alguém cometer um pecado, temos um ajudador junto ao
Pai, Jesus Cristo, um justo.”

Quando alguém trata injustamente seu próximo


ou quando ele é tratado injustamente.

Mat. 5:23, 24: “Se tu, pois, trouxeres a tua dádiva ao altar e ali te
lembrares de que o teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua dádiva ali na frente
do altar e vai; faze primeiro as pazes com o teu irmão, e então, tendo voltado,
oferece a tua dádiva.”
Mat. 18:15: “Se o teu irmão cometer um pecado, vai expor a falta dele
entre ti e ele só.”
Luc. 17:3: “Se teu irmão cometer um pecado, censura-o, e, se ele se
arrepender, perdoa-lhe.”
Efé. 4:32: “Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente
compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também
Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.”

Quando alguém fica envolvido em erro grave e deseja ajuda espiritual.

Tia. 5:14-16: “Há alguém doente [espiritualmente] entre vós? Chame a si


os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de
Jeová. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará.
94

Também, se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado [por Deus].
Portanto, confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns
pelos outros para que sejais sarados.”

Pro. 28:13: “Quem encobre as suas transgressões não será bem sucedido,
mas, ter-se-á misericórdia com aquele que as confessa e abandona.”

E se as pessoas que cometem pecado não buscam


ajuda?

Gál. 6:1: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de


se aperceber disso, vós, os que tendes qualificações espirituais, tentai reajustar
tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo,
para que tu não sejas também tentado.”

1 Tim. 5:20: “Repreende perante todos os espectadores [isto é, os que


pessoalmente sabem do caso] aqueles que praticam pecado, para que os demais
também tenham temor.”

1 Cor. 5:11-13: “[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame


irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou
beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . ‘Removei o
homem iníquo de entre vós.’”

Criação
Definição: Criação, segundo explicado na Bíblia, significa que o Deus Todo-
poderoso projetou e trouxe à existência o universo, incluindo outras pessoas
espirituais e todas as espécies básicas de vida sobre a terra.

Neste moderno mundo científico, há lógica


em crermos na criação?

“As leis naturais do universo são tão precisas que não temos nenhuma
dificuldade em construir uma espaçonave para voar até a lua, e podemos
cronometrar o vôo com a precisão de uma fração de segundo. Essas leis devem
ter sido estabelecidas por alguém.” — Citado de Wernher von Braun, que teve
95

muito que ver com o envio de astronautas americanos à lua.

O universo físico: Se encontrasse um cronômetro de precisão, concluiria


que foi formado por se ajuntarem por mero acaso algumas partículas de pó?
Claramente, alguém com inteligência o teria feito. Existe um “relógio” ainda
mais magnífico. Os planetas no nosso sistema solar, também as estrelas no
inteiro universo, movem-se numa velocidade de muito maior precisão do que a
maioria dos relógios projetados e fabricados pelo homem. A galáxia em que
nosso sistema solar se acha localizado contém mais de 100 bilhões de estrelas, e
os astrônomos calculam que há 100 bilhões dessas galáxias no universo. Se um
relógio é evidência de um projeto inteligente, quanto mais o é o
imensuravelmente mais vasto e complexo universo! A Bíblia descreve o
Projetista dele como sendo “o verdadeiro Deus, Jeová, o Criador dos céus e o
Grandioso que os estendeu”. — Isa. 42:5; 40:26; Sal. 19:1.

O Planeta Terra: Se, ao atravessar um deserto árido, encontrasse uma


linda casa, bem aparelhada em todos os sentidos e com estoque de alimentos,
acreditaria que ela veio a estar ali por alguma explosão casual? Não;
compreenderia que alguém com considerável sabedoria a construiu. Bem, os
cientistas ainda não encontraram vida em nenhum dos planetas do nosso
sistema solar, exceto a terra; a evidência disponível indica que os outros são
desertos. Este planeta é, conforme a obra The Earth diz, “a maravilha do
universo, uma esfera sem igual”. (Nova Iorque, 1963, Arthur Beiser, p. 10)
Acha-se a uma distância precisamente certa do sol para a vida humana, e move-
se na velocidade precisamente certa para ser mantido em órbita. A atmosfera,
da espécie encontrada apenas em volta da terra, é composta de uma proporção
precisamente certa de gases para sustentar a vida. Maravilhosamente, a luz
procedente do sol, o bióxido de carbono do ar, a água e os minerais procedentes
do solo fértil se conjugam para produzirem alimento para os habitantes da terra.
Será que tudo isso aconteceu em resultado de alguma explosão descontrolada
no espaço? Science News admite: “Parece que dificilmente tais condições
específicas e precisas poderiam ter surgido por acaso.” (24 e 31 de agosto de
1974, p. 124) A conclusão da Bíblia é lógica, ao declarar: “Cada casa,
naturalmente, é construída por alguém, mas quem construiu todas as coisas é
Deus.” — Heb. 3:4.
96

O cérebro humano: Os computadores modernos são o produto de


intensiva pesquisa e meticulosa engenharia. Não surgiram por “mero acaso”.
Que dizer do cérebro humano? Diferente do cérebro de qualquer animal, o
cérebro de um bebê humano aumenta três vezes em tamanho durante seu
primeiro ano de vida. Ainda é em grande parte um mistério o seu
funcionamento para os cientistas. Nos humanos, existe a capacidade inata de
aprender línguas complexas, de apreciar a beleza, de compor música, de refletir
sobre a origem e o significado da vida. O neurocirurgião Robert White disse:
“Não tenho outra escolha senão reconhecer a existência de um Intelecto
Superior, responsável pelo projeto e pelo desenvolvimento da incrível relação
cérebro-mente — coisa que está muito além da capacidade de entendimento do
homem.” (The Reader’s Digest, de setembro de 1978, p. 99) O
desenvolvimento desta maravilha começa a partir de uma minúscula célula,
fertilizada, na madre. Com notável discernimento, o escritor bíblico Davi disse
a Jeová: “Elogiar-te-ei porque fui feito maravilhosamente, dum modo
atemorizante. Teus trabalhos são maravilhosos, de que minha alma está bem
apercebida.” — Sal. 139:14.

A célula viva: Uma única célula viva é às vezes mencionada como sendo
uma forma “simples” de vida. Mas um animal unicelular pode apanhar
alimento, digeri-lo, livrar-se de excreções, construir uma casa para si e
empenhar-se em atividade sexual. Cada uma das células do corpo humano tem
sido assemelhada a uma cidade murada, com um governo central para manter a
ordem, uma usina elétrica para gerar energia, fábricas para a produção de
proteínas, um complexo sistema de transporte e guardas para fiscalizarem o que
é permitido entrar. E um único corpo humano é composto de tantos quantos 100
trilhões de células. Quão apropriadas são as palavras do Salmo 104:24:
“Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria”!

Dá a Bíblia margem à idéia de que Deus


usou a evolução para produzir as várias espécies
de coisas viventes?

Gênesis 1:11, 12 diz que a relva e as árvores foram feitas para produzirem
cada qual “segundo a sua espécie”. Os versículos 21, 24 e 25 de Gên. 1
acrescentam que Deus criou as criaturas marítimas, as criaturas voadoras e os
97

animais terrestres, cada um deles “segundo a sua espécie”. Não há margem aqui
para dizer que uma só espécie básica evoluísse ou se transformasse em outra.

Com respeito ao homem, Gênesis 1:26 relata que Deus disse: “Façamos o
homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança.” Portanto, ele havia de
ter qualidades semelhantes às de Deus, não características que fossem
simplesmente um desenvolvimento das de um animal. Gênesis 2:7 acrescenta:
“Jeová Deus passou a formar o homem [não de uma forma de vida preexistente,
mas] do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida.” Não se sugere
aqui uma evolução, mas, antes, é a descrição de uma nova criação.

Será que Deus criou todos os milhões


de variedades de organismos que existem
hoje na terra?

Gênesis capítulo 1 diz simplesmente que Deus criou cada qual “segundo a
sua espécie”. (Gên. 1:12, 21, 24, 25) Em preparação do Dilúvio global nos dias
de Noé, Deus orientou que membros representantes de cada “espécie” de
animal terrestre e criatura voadora fossem levados para dentro da arca. (Gên.
7:2, 3, 14) Cada “espécie” possui o potencial genético para produzir uma
grande variedade. De modo que há, segundo os relatos, mais de 400 raças
diferentes de cães e mais de 250 raças e tipos de cavalos. Todas as variedades
interférteis de qualquer animal são uma só “espécie” mencionada em Gênesis.
De modo similar, todas as variedades de humanos — os orientais, os africanos,
os caucasianos, os dincas do Sudão que têm mais de dois metros de altura e os
pigmeus de apenas um metro e trinta centímetros — procedem de um só casal
original, Adão e Eva. — Gên. 1:27, 28; 3:20.

Qual é a explicação das similaridades básicas na estrutura de coisas


viventes?

“Deus . . . criou todas as coisas.” (Efé. 3:9) De modo que todas as coisas
tiveram o mesmo Grande Projetista.
“Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele [o Filho unigênito de
Deus, que se tornou Jesus Cristo quando estava na terra], e à parte dele nem
mesmo uma só coisa veio à existência.” (João 1:3) Assim, houve um só Mestre-
98

de-obras por intermédio de quem Jeová realizou suas obras de criação. — Pro.
8:22, 30, 31.

Qual é a origem da matéria-prima da qual


o universo é feito?

Os cientistas sabem que a matéria é uma forma concentrada de energia.


Isto é demonstrado com a explosão de armas nucleares. O astrofísico Josip
Kleczek declara: “A maioria, e possivelmente todas as partículas elementares,
podem ser criadas pela materialização de energia.” — The Universe (Boston,
EUA, 1976) Vol. 11, p. 17.

Donde poderia vir tal energia? Após perguntar: “Quem criou estas coisas
[as estrelas e os planetas]?”, a Bíblia declara a respeito de Jeová Deus: “Devido
à abundância de energia dinâmica, sendo ele também vigoroso em poder, não
falta nem sequer uma delas.” (Isa. 40:26) Portanto, o próprio Deus é a Fonte de
toda a “energia dinâmica” que era necessária para criar o universo.

Foi toda a criação física executada em apenas


seis dias em alguma época nos últimos
6.000 a 10.000 anos?

Os fatos discordam de tal conclusão: (1) A luz procedente da nebulosa


Andrômeda pode ser observada numa noite clara no hemisfério setentrional.
Leva cerca de 2.000.000 de anos para essa luz atingir a terra, o que indica que o
universo deve ter pelo menos milhões de anos. (2) Os resíduos da
decomposição radioativa nas rochas na terra atestam que algumas formações
rochosas ficaram inalteradas por bilhões de anos.
Gênesis 1:3-31 não está tratando da criação original da matéria ou dos corpos
celestes. Descreve a preparação da terra já existente para a habitação humana.
Isto incluía a criação das espécies básicas de vegetação, vida marinha, criaturas
voadoras, animais terrestres e do primeiro casal humano. Diz-se que tudo isso
foi feito dentro de um período de seis “dias”. Entretanto, a palavra hebraica
traduzida por “dia” tem uma variedade de significados, incluindo ‘um longo
tempo; o tempo que abrange um evento extraordinário’. (Old Testament Word
Studies, Grand Rapids, Mich.; EUA, 1978, W. Wilson, p. 109) O termo
empregado dá margem à idéia de que cada “dia” pode ter sido de milhares de
anos de duração.
99

Cruz
Definição: O instrumento no qual Jesus Cristo foi executado é referido pela
maioria da cristandade como sendo uma cruz. Este vocábulo vem do latim,
crux.

Por que as publicações da Torre de Vigia


mostram Jesus numa estaca, com as mãos acima de sua cabeça, e não na
cruz tradicional?

A palavra grega traduzida por “cruz” em muitas versões modernas da


Bíblia (“estaca de tortura” na NM) é stau·rós. No grego clássico, esta palavra
significava meramente uma estaca reta, ou poste. Mais tarde, veio também a ser
usada para uma estaca de execução com uma peça transversal. The Imperial
Bible-Dictionary reconhece isso, dizendo: “A palavra grega para cruz,
[stau·rós], devidamente significava uma estaca, um poste reto, ou pedaço de
ripa, em que algo podia ser pendurado, ou que poderia ser usado para estaquear
[cercar] um pedaço de terreno. . . . Até mesmo entre os romanos a crux (da qual
se deriva nossa cruz) parece ter sido originalmente um poste reto.” — Editado
por P. Fairbairn, (Londres, 1874), Vol. I, p. 376.

Foi esse o caso no que diz respeito à execução do Filho de Deus? É digno
de nota que a Bíblia emprega também a palavra xý·lon para identificar o
instrumento usado. A Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott, define isto
como significando: “Madeira cortada e pronta para uso, lenha, madeiro, etc. . . .
pedaço de pau, tora, viga, poste . . . porrete, cacete . . . estaca em que os
criminosos eram pregados . . . de madeira verde, árvore.” Diz também “no NT,
da cruz”, e cita Atos 5:30 e 10:39 como exemplos. (Oxford, 1968, pp. 1191,
1192) Entretanto, nesses versículos a Al, IBB, MC e BJ traduzem xý·lon por
“madeiro”. (Compare esta forma de tradução com Gálatas 3:13; Deuteronômio
21:22, 23.)

A obra The Non-Christian Cross, de autoria de J. D. Parsons (Londres,


1896), diz: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos
que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer
100

evidência indireta no sentido de que o stauros usado no caso de Jesus fosse


diferente do stauros comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em
um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de
uma cruz. . . . É um tanto desencaminhante, da parte de nossos mestres,
traduzirem a palavra stauros por ‘cruz’ ao verterem os documentos gregos da
Igreja para a nossa língua nativa, e apoiarem tal medida por incluírem ‘cruz’ em
nossos léxicos como sendo o significado de stauros, sem explicarem
cuidadosamente que esse, de qualquer modo, não era o significado primário
dessa palavra nos dias dos Apóstolos, que não se tornou seu significado
primário senão muito depois disso, e só se tornou tal, se é que se tornou,
porque, apesar da falta de evidência corroborativa, presumiu-se, por uma razão
ou outra, que o stauros específico em que Jesus foi executado tinha esse
determinado formato.” — Pp. 23, 24; veja também The Companion Bible
(Londres, 1885), Apêndice N.° 162.

Assim, o peso da evidência indica que Jesus morreu numa estaca reta e
não na cruz tradicional.

Quais foram as origens históricas da


cruz da cristandade?

“Encontraram-se diversos objetos, datando de períodos muito anteriores à


era cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do
mundo antigo. A Índia, a Síria, a Pérsia e o Egito produziram todos inúmeros
exemplos . . . O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e
entre povos não-cristãos pode provavelmente ser considerado como quase
universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da
natureza.” — Encyclopædia Britannica (1946), Vol. 6, p. 753.

“A forma da [cruz de duas vigas] teve sua origem na antiga Caldéia e foi
usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra
inicial de seu nome) naquele país e em terras adjacentes, inclusive no Egito. Por
volta dos meados do 3.° séc. A.D., as igrejas ou se haviam apartado ou tinham
arremedado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do
sistema eclesiástico apóstata, aceitavam-se pagãos nas igrejas, à parte de uma
101

regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reter seus sinais e


símbolos pagãos. Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais freqüente,
com a peça transversal abaixada um pouco, para representar a cruz de Cristo.”
— An Expository Dictionary of New Testament Words (Londres, 1962), W. E.
Vine, p. 256.

“É um fato estranho, contudo inquestionável, que nas eras muito


anteriores ao nascimento de Cristo, e desde então, em terras intatas aos ensinos
da Igreja, a Cruz tem sido usada como símbolo sagrado. . . . O Baco grego, o
Tamuz tírio, o Bel caldeu e o Odin nórdico foram todos simbolizados pelos seus
devotos por um instrumento cruciforme.” — The Cross in Ritual, Architecture,
and Art (Londres, 1900), G. S. Tyack, p. 1.

“A cruz na forma de ‘Cruz Ansada’ . . . era carregada nas mãos dos


sacerdotes e reis-pontífices egípcios como símbolo de sua autoridade como
sacerdotes do deus-Sol e era chamada ‘o Sinal da Vida’.” — The Worship of the
Dead (Londres, 1904), Coronel J. Garnier, p. 226.

“Diversas gravuras de cruzes se acham em toda a parte nos monumentos e


túmulos egípcios, e são consideradas por muitas autoridades símbolo ou do falo
[uma representação do órgão sexual masculino] ou do coito. . . . Nos túmulos
egípcios, a cruz ansada [cruz com um círculo ou uma asa em cima] se acha lado
a lado com o falo.” — A Short History of Sex-Worship (Londres, 1940), H.
Cutner, pp. 16, 17; veja também The Non-Christian Cross, p. 183.

“Usavam-se essas cruzes como símbolos do deus-sol babilônico, , e


são vistas pela primeira vez numa moeda de Júlio César, 100-44 A.C., e daí
numa moeda cunhada pelo herdeiro de César (Augusto), em 20 A.C. Nas
moedas de Constantino, o símbolo mais freqüente é ; mas, o mesmo símbolo é
usado sem o círculo ao redor, e com os quatro braços iguais, verticais e
horizontais; e este era o símbolo especialmente venerado como a ‘Roda Solar’.
Deve-se declarar que Constantino era um adorador do deus-sol, e não quis
entrar na ‘Igreja’ senão cerca de um quarto de século depois da lenda de ter
visto tal cruz nos céus.” — The Companion Bible, Apêndice N.° 162; veja
também The Non-Christian Cross, pp. 133-141.
102

É a veneração da cruz uma prática bíblica?

1 Cor. 10:14: “Meus amados, fugi da idolatria.” (Um ídolo é uma imagem
ou símbolo que é objeto de intensa devoção, veneração ou adoração.)

Êxo. 20:4, 5, MC: “Não farás para ti imagens esculpidas, nem qualquer
imagem do que existe no alto dos céus, ou do que existe embaixo, na terra, ou
do que existe nas águas, por debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e
não lhes prestarás culto.” (Note que Deus ordenou que seu povo nem mesmo
fizesse uma imagem, diante da qual as pessoas se curvassem.)

É de interesse o seguinte comentário na New Catholic Encyclopedia: “A


representação da morte redentora de Cristo no Gólgota não ocorre na arte
simbólica dos primeiros séculos cristãos. Os cristãos primitivos, influenciados
pela proibição de imagens esculpidas do Velho Testamento, relutavam em
representar até mesmo o instrumento da Paixão do Senhor.” — (1967), Vol. IV,
p. 486.

Concernente aos cristãos do primeiro século, a obra History of the


Christian Church diz: “Não se usava o crucifixo e nenhuma representação
material da cruz.” — (Nova Iorque, 1897), J. F. Hurst, Vol. I, p. 366.

Faz realmente diferença se a pessoa preza


a cruz, conquanto não a adore?

Como se sentiria se um amigo seu muito prezado fosse executado à base


de acusações falsas? Faria uma réplica do instrumento de execução? Será que o
prezaria, ou, antes, o evitaria?

No antigo Israel, os judeus infiéis choraram a morte do falso deus Tamuz. Jeová
falou a respeito do que faziam como sendo ‘coisa detestável’. (Eze. 8:13, 14)
Segundo a história, Tamuz era um deus babilônio, e a cruz era usada como
símbolo dele. Babilônia, desde seu início, nos dias de Ninrode, era contra Jeová
e inimiga da adoração verdadeira. (Gên. 10:8-10; Jer. 50:29) Portanto, quando
alguém preza a cruz, está honrando um símbolo de adoração que é contra o
verdadeiro Deus.

Conforme declarado em Ezequiel 8:17, os judeus apóstatas também


‘estenderam o rebento ao nariz de Jeová’. Isto lhe era ‘detestável’ e ‘ofensivo’.
103

Por quê? Este “rebento”, segundo explicam alguns comentaristas, era uma
representação do órgão sexual masculino, usado na adoração fálica. Como deve,
então, Jeová considerar o uso da cruz, que, conforme vimos, era antigamente
usada como símbolo na adoração fálica?

Curas
Definição: Causar que uma pessoa física, mental ou espiritualmente doente
obtenha boa saúde. Alguns dos profetas hebreus pré-cristãos, bem como Jesus
Cristo e certos membros da primitiva congregação cristã, foram dotados pelo
espírito de Deus para realizar curas milagrosas.

São as curas milagrosas hoje em dia realizadas


pelo espírito de Deus?

Pode a capacidade de realizar milagres proceder


de outra fonte a não ser do verdadeiro Deus?

Moisés e Arão compareceram diante de Faraó do Egito para lhe pedir que
deixasse Israel ir para o ermo a fim de oferecer sacrifícios a Jeová. Como
evidência do respaldo divino, Moisés orientou Arão para que lançasse seu
bastão e este se tornou uma enorme serpente. Esse milagre foi realizado pelo
poder de Deus. Mas, depois, os sacerdotes-magos do Egito lançaram seus
bastões e estes também se tornaram enormes serpentes. (Êxo. 7:8-12) Pelo
poder de quem realizaram tal milagre? — Compare com Deuteronômio 18:10-
12.

Neste século 20 algumas curas pela fé são realizadas nos cultos dirigidos
por clérigos da cristandade. Entre as religiões não-cristãs há os sacerdotes
vodus, os curandeiros, os médicos-feiticeiros e outros que também fazem curas;
amiúde fazem uso da magia e da adivinhação. Alguns “curandeiros psíquicos”
dizem que as curas que fazem nada têm a ver com religião. Em todos esses
casos, será que o poder de curar provém do verdadeiro Deus?

Mat. 24:24: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais
104

[“milagres”, ABV] e prodígios, a fim de desencaminhar, se possível, até mesmo


os escolhidos.”

Mat. 7:15-23: “Vigiai-vos dos falsos profetas . . . Muitos me dirão


naquele dia: ‘Senhor, Senhor’, não profetizamos em teu nome e não expulsamos
demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras poderosas [“milagres”,
ALA, BJ, MC] em teu nome?’ Contudo, eu lhes confessarei então: Nunca vos
conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei.”

São as curas sensacionais dos nossos dias realizadas


do mesmo modo como Jesus e seus primitivos
discípulos fizeram?

Custo dos serviços: “Curai doentes, ressuscitai mortos, tornai limpos os


leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça dai.” (Mat. 10:8)
(Fazem isso os que realizam curas hoje em dia — dão de graça, conforme Jesus
ordenou?)

Índice de sucesso: “Toda a multidão procurava tocá-lo, [a Jesus] porque


saía dele poder e sarava a todos eles.” (Luc. 6:19) “Traziam para fora os
doentes, até mesmo às ruas largas, e os deitavam ali em pequenas camas e
macas, a fim de que, quando Pedro estivesse passando, pelo menos a sua
sombra caísse sobre alguns deles. Também a multidão das cidades em volta de
Jerusalém afluía, trazendo os doentes e os afligidos por espíritos impuros, e
todos eles eram curados.” (Atos 5:15, 16) (Nos dias de hoje, será que todos os
que vão aos religiosos que professam curar ou a santuários religiosos em busca
de cura são curados?)

Será que o modo de vida dos membros das organizações


das quais os que “fazem curas” são parte dá
evidência de que têm o espírito de Deus?

Como grupo, manifestam destacadamente tais frutos do espírito como o


amor, a longanimidade, a brandura e o autodomínio? — Gál. 5:22, 23.

Dá-se realmente que “não fazem parte do mundo”, evitando todo envolvimento
nos assuntos políticos do mundo? Mantiveram-se limpos de culpa de sangue
durante os períodos de guerra? Têm uma excelente reputação por evitarem a
conduta imoral do mundo? — João 17:16; Isa. 2:4; 1 Tes. 4:3-8.
105

São os verdadeiros cristãos hoje identificados pela


capacidade de fazer curas milagrosas?

João 13:35: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor entre vós.” (Isto é o que Jesus disse. Se crermos realmente nele,
procuraremos ver se há amor, não curas milagrosas, como evidência do
verdadeiro cristianismo.)

Atos 1:8: “Ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder e sereis
testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra.” (Pouco antes de
deixar seus apóstolos para retornar aos céus, Jesus lhes disse que isso, não o
fazer curas, era a obra de suma importância que haveriam de fazer. Veja
também Mateus 24:14; 28:19, 20.)

1 Cor. 12:28-30: “Deus tem colocado os respectivos na congregação,


primeiro apóstolos; segundo profetas; terceiro instrutores; depois obras
poderosas; depois dons de curar; serviços prestimosos, capacidades de dirigir,
línguas diferentes. Será que todos são apóstolos? Será que todos são profetas?
Será que todos são instrutores? Será que todos realizam obras poderosas? Será
que todos têm dons de curar?” (Portanto, a Bíblia mostra claramente que nem
todos os verdadeiros cristãos teriam o dom de curar.)

Não mostra Marcos 16:17, 18 que a capacidade de


curar os doentes seria um sinal identificador dos
crentes?

Mar. 16:17, 18, Al: “Estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; porão as mãos sobre
os enfermos, e os curarão.”

Estes versículos aparecem em certos manuscritos e versões da Bíblia do quinto


e do sexto século EC. Mas não aparecem nos manuscritos gregos mais antigos,
o Sinaítico e o MS. Vaticano 1209 do quarto século. O dr. B. F. Westcott,
autoridade em manuscritos da Bíblia, disse que “os versículos . . . não fazem
parte da narrativa original, mas são um apêndice”. (An Introduction to the Study
of the Gospels, Londres, 1881, p. 338) Jerônimo, que traduziu a Bíblia no
quinto século, disse que “quase todos os códices gregos [estão] sem essa
106

passagem”. (The Last Twelve Verses of the Gospel According to S. Mark,


Londres, 1871, J. W. Burgon, p. 53) A New Catholic Encyclopedia (1967) diz:
“Seu vocabulário e estilo diferem tão radicalmente do resto do Evangelho que
dificilmente parece possível que o próprio Marcos o [isto é, os versículos 9-20
de Mar. 16] tenha composto.” (Vol. IX, p. 240) Não há registro de que os
primitivos cristãos bebessem veneno ou pegassem em serpentes para provar que
eram crentes.

Por que dons tais como a capacidade de curar


milagrosamente foram dados aos cristãos do
primeiro século?

Heb. 2:3, 4: “Como escaparemos nós, se tivermos negligenciado uma


salvação de tal magnitude, sendo que começou a ser anunciada por intermédio
do nosso Senhor e nos foi confirmada por aqueles que o ouviram, ao passo que
Deus se juntou em dar testemunho com sinais, e também com portentos e várias
obras poderosas, e com distribuições de espírito santo, segundo a sua vontade?”
(Eis a evidência convincente, deveras, de que a congregação cristã, que era
nova então, era realmente de Deus. Mas, uma vez provado isso plenamente,
seria necessário provar vez após vez?)

1 Cor. 12:29, 30; 13:8, 13: “Será que todos são profetas? . . . Será que
todos têm dons de curar? Será que todos falam em línguas? . . . O amor nunca
falha. Mas, quer haja dons de profetizar, serão eliminados; quer haja línguas,
cessarão . . . Agora, porém, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três;
mas o maior destes é o amor.” (Uma vez cumprido o seu objetivo, esses dons
milagrosos cessariam. Mas as inestimáveis qualidades que são os frutos do
espírito de Deus ainda se manifestariam na vida dos verdadeiros cristãos.)

Conquanto uma pessoa seja curada, é realmente


importante como o foi?

2 Tes. 2:9, 10: “A presença daquele que é contra a lei é segundo a operação de
Satanás, com toda obra poderosa [“toda sorte de . . . milagres”, BJ], e sinais e
portentos mentirosos, e com todo engano injusto para com os que estão
perecendo, em retribuição por não terem aceito o amor da verdade, para que
fossem salvos.”
107

Luc. 9:24, 25: “Todo aquele que quiser salvar a sua alma [“vida”, ALA,
IBB, BJ], perdê-la-á; mas todo aquele que perder a sua alma por minha causa é
o que a salvará. Realmente, de que proveito é para um homem ganhar o mundo
inteiro, mas perder a si próprio ou sofrer prejuízo?”

Que esperança há de verdadeira cura de todas


as doenças?

Rev. 21:1-4: “Eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a
terra anterior tinham passado . . . ‘E [Deus] enxugará dos seus olhos toda
lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem
dor. As coisas anteriores já passaram.’”

Isa. 25:8: “Ele realmente tragará a morte para sempre, e o Soberano


Senhor Jeová certamente enxugará as lágrimas de todas as faces.” (Também
Revelação 22:1, 2.)

Isa. 33:24: “Nenhum residente dirá: ‘Estou doente.’”

Se Alguém Disser —
‘Acredita em curas?’

Poderá responder: ‘Quem não acredita que Deus tem o poder de curar
não crê na Bíblia. Mas não posso deixar de me perguntar se as pessoas têm o
ponto de vista certo sobre isso hoje em dia.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1)
‘Permita-me ler uma passagem da Bíblia, e veja se nota uma prática que é muito
diferente em nossos dias. (Mat. 10:7, 8) . . . Nota também aqui uma coisa que
Jesus disse que seus discípulos poderiam fazer, mas que os que fazem curas
hoje não conseguem fazer? (Eles não têm poder de ressuscitar os mortos.)’ (2)
‘Não somos juízes dos outros, mas é digno de nota que Mateus 24:24 menciona
algo contra o qual precisamos resguardar-nos.’

Ou poderá dizer: ‘Certamente acredito que é verdade o que a Bíblia diz


sobre as curas. Toda cura feita neste sistema de coisas, porém, só traz
benefícios passageiros, não é verdade? A pessoa acaba por fim morrendo.
Chegará algum dia o tempo em que todos os viventes gozarão de boa saúde e
nunca mais morrerão? (Rev. 21:3, 4)’
108

Datas
Definição: As datas marcam o tempo em que ocorrem os eventos. A Bíblia
expressa as datas em relação com o período de vida de pessoas, o período do
domínio de certos governantes, ou outros acontecimentos notáveis. Ela contém
a única cronologia completa que remonta ao tempo da criação de Adão. A
cronologia bíblica também indicava de antemão o tempo em que ocorreriam
certos acontecimentos importantes, em cumprimento do propósito de Deus. O
calendário gregoriano, que hoje é usado em grande parte do mundo, só veio a
ser utilizado em 1582. Em fontes seculares há desacordo quanto à data em que
teriam ocorrido certos eventos da história antiga. Contudo, são bem
estabelecidas algumas datas fundamentais, tais como 539 AEC para a queda de
Babilônia e, portanto, 537 AEC para o retorno dos judeus do cativeiro. (Esd.
1:1-3) Com tais datas como ponto de partida, é possível expressar em termos de
calendários correntes as datas de antigos eventos bíblicos.

Provaram os cientistas que os humanos já existiam


na terra há milhões de anos, e não meramente
há alguns milhares de anos, conforme indica
a Bíblia?

Os métodos de datação usados por alguns cientistas baseiam-se em


pressuposições que podem ser úteis, contudo, com freqüência, levam a
resultados bem contraditórios. Assim, as datas por eles fornecidas são
constantemente revisadas.

Um informe na New Scientist, em sua edição de 18 de março de 1982,


dizia: “‘Fico atordoado em pensar que há apenas um ano eu tenha feito as
declarações que fiz.’ Assim se expressou Richard Leakey perante o distinto
auditório da Royal Institution, durante um discurso vespertino, na sexta-feira
passada. Ele veio para revelar que a sabedoria convencional, que abraçara há
tão pouco tempo em seu seriado de televisão pela BBC, The Making of
Mankind [A Formação da Humanidade], estava ‘provavelmente errada em
várias áreas cruciais’. Em especial, acha agora que o mais velho ancestral do
homem é consideravelmente mais jovem do que os 15-20 milhões de anos que
ele endossou pela televisão.” — P. 695.

Ocasionalmente, são desenvolvidos novos métodos de datação. Quão


fidedignos são tais métodos? Com respeito a um destes, conhecido como
109

termoluminescência, The New Encyclopædia Britannica (1976, Macropædia,


Vol. 5, p. 509) diz: “A esperança e não a realização caracteriza essencialmente
hoje a condição da datação pela termoluminescência.” Ademais, Science (de 28
de agosto de 1981, p. 1003) relata que um esqueleto, que indicava uma idade de
70.000 anos pela racemização de aminoácidos, apresentava apenas 8.300 ou
9.000 anos pela datação pelo método radioativo.

Popular Science (de novembro de 1979, p. 81) diz que o físico Robert
Gentry “acredita que todas as datas determinadas pela decomposição radioativa
podem estar erradas — não apenas em alguns anos, mas em ordens de
magnitude”. O artigo indica que suas descobertas levariam à conclusão de que
“o homem, em vez de já ter estado na terra por 3,6 milhões de anos, pode ter
existido há apenas alguns milhares de anos”.

Deve-se notar, contudo, que os cientistas acreditam que o planeta terra em


si já existe há muito mais tempo do que o homem. A Bíblia não discorda disso.

Será que a idade das pessoas pré-diluvianas,


conforme declarada na Bíblia, era contada pela
mesma duração de anos que hoje utilizamos?

Se seguíssemos o raciocínio de que os “anos” devem equivaler aos meses


que hoje conhecemos, então Enos teria sido pai aos sete anos, e Quenã teria
apenas 5 anos ao se tornar pai de um filho. (Gên. 5:9, 12) Está claro que isso é
impossível.

A detalhada cronologia fornecida em conexão com o Dilúvio indica a


duração que se atribuía aos meses e aos anos utilizada naquela época.
Comparando-se Gênesis 7:11, 24 com Gên. 8:3, 4, vemos que cinco meses (do
17.° dia do segundo mês até o 17.° dia do sétimo mês) equivaliam a 150 dias,
ou cinco meses de 30 dias. Faz-se referência específica a um “décimo mês” e a
períodos adicionais a ele antes da chegada do próximo ano. (Gên. 8:5, 6, 8, 10,
12-14) Evidencia-se que os anos, conforme o termo era usado na época, eram
de 12 meses de 30 dias. Bem cedo na história, o calendário estritamente lunar
era ajustado periodicamente à duração do ano solar, conforme indicado pela
observância das festividades sazonais de colheita por parte de Israel, em datas
110

específicas. Dessa forma, as festividades sempre caíam nas devidas estações do


ano. — Lev. 23:39.

Tenha sempre presente que Deus fez os humanos para viverem para
sempre. Foi o pecado de Adão que trouxe a morte. (Gên. 2:17; 3:17-19; Rom.
5:12) Os que viveram antes do Dilúvio estavam mais próximos da perfeição do
que nós atualmente, assim, viviam muito mais tempo. Mas todos eles morreram
sem alcançar mil anos.

Por que afirmam as Testemunhas de Jeová que


o Reino de Deus foi estabelecido em 1914?

Duas linhas de evidência indicam aquele ano: (1) A cronologia bíblica e


(2) os acontecimentos desde 1914 que cumprem profecias. Consideraremos
aqui a cronologia. Para informações sobre o cumprimento de profecias, veja o
tópico geral “Últimos Dias”.

Leia Daniel 4:1-17. Os versículos 20-37 de Dan. 4 mostram que essa


profecia teve cumprimento em Nabucodonosor. Mas ela tem também um
cumprimento maior. Como sabemos isso? Os versículos 3 e 17 de Dan. 4
mostram que o sonho que Deus deu ao Rei Nabucodonosor tem que ver com o
Reino de Deus e a promessa de Deus de dar tal reino “a quem [Ele] quiser . . .
até mesmo [ao] mais humilde da humanidade”. A inteira Bíblia indica que o
propósito de Jeová é que o seu próprio Filho, Jesus Cristo, qual representante
Seu, governe a humanidade. (Sal. 2:1-8; Dan. 7:13, 14; 1 Cor. 15:23-25; Rev.
11:15; 12:10) A descrição que a Bíblia faz de Jesus revela que ele era de fato “o
mais humilde da humanidade”. (Fil. 2:7, 8; Mat. 11:28-30) O sonho profético,
portanto, aponta para o tempo em que Jeová daria o governo da humanidade a
Seu próprio Filho.

O que aconteceria no ínterim? O governo sobre a humanidade,


representado pela árvore e seu toco, teria “coração de animal”. (Dan. 4:16) A
história da humanidade seria dominada por governos que manifestariam
características de feras. Nos tempos atuais, o urso é comumente usado para
representar a Rússia; a águia, os Estados Unidos; o leão, a Grã-Bretanha; o
dragão, a China. A Bíblia também usa feras para simbolizarem governos
mundiais e também o inteiro sistema global de governo humano sob a
influência de Satanás. (Dan. 7:2-8, 17, 23; 8:20-22; Rev. 13:1, 2) Conforme
Jesus mostrou na sua profecia que indica a conclusão do sistema de coisas,
111

Jerusalém seria “pisada pelas nações”, até que se cumprissem “os tempos
designados das nações”. (Luc. 21:24) “Jerusalém” representava o Reino de
Deus, porque, quanto aos seus reis, falava-se deles que se assentavam no “trono
do reinado de Jeová”. (1 Crô. 28:4, 5; Mat. 5:34, 35) Assim, os governos
gentios, representados por feras, ‘pisariam’ o direito do Reino de Deus de
dirigir os assuntos humanos, e eles mesmos governariam debaixo do controle de
Satanás. — Compare com Lucas 4:5, 6.

Por quanto tempo tais governos teriam a permissão de exercer tal


controle antes que Jeová desse o Reino a Jesus Cristo? Daniel 4:16 diz “sete
tempos” (“sete anos”, ABV, AT, Mo, também BJ, nota ao pé da página sobre o
versículo 13 de Dan. 4). A Bíblia indica que, nos cálculos de tempos proféticos,
um dia é computado como um ano. (Eze. 4:6; Núm. 14:34) Por conseguinte,
quantos “dias” temos aqui? Revelação 11:2, 3 indica claramente que 42 meses
(3 1⁄2 anos) naquela profecia equivalem a 1.260 dias. Sete anos seriam o dobro
disso, ou 2.520 dias. Aplicando-se a regra de “um dia por um ano”, temos 2.520
anos.

Quando começou a contagem dos “sete tempos”? Depois que Zedequias,


o último rei no típico Reino de Deus, foi destronado em Jerusalém pelos
babilônios. (Eze. 21:25-27) Por fim, no início de outubro de 607 AEC, apagou-
se o último vestígio da soberania judaica. Naquela época, Gedalias, o
governador judeu empossado pelos babilônios, já havia sido assassinado e os
judeus remanescentes haviam fugido para o Egito. (Jeremias, caps. 40-43) A
fidedigna cronologia bíblica indica que isso ocorreu 70 anos antes de 537 AEC,
ano em que os judeus retornaram do cativeiro — isto é, ocorreu em princípios
de outubro de 607 AEC. (Jer. 29:10; Dan. 9:2; para mais detalhes, veja o livro
“Venha o Teu Reino”, páginas 186-190.)

Como é, então, calculado o tempo até 1914? Contando-se 2.520 anos a


partir de princípios de outubro de 607 AEC, chegamos a princípios de outubro
de 1914 EC, conforme demonstrado no gráfico.

O que aconteceu nesse tempo? Jeová confiou o governo da humanidade ao seu


próprio Filho, Jesus Cristo, glorificado nos céus. — Dan. 7:13, 14
112

COMO SE CALCULAM OS “SETE TEMPOS”

“Sete tempos” = 7 X 360 = 2.520 anos

Um “tempo” ou ano bíblico = 12 X 30 dias = 360. (Re 11:2, 3; 12:6, 14)


No cumprimento dos “sete tempos”, cada dia equivale a um ano.(Eze. 4:6; Núm. 14:34)

Principios de outubro de 607 AEC a 31 de Dezembro de 607 AEC = ¼ de ano


1º de Janeiro de 606 AEC a 31 de Dezembro de 1 AEC = 606 anos
1º de Janeiro de 1 EC a 31 de Dezembo de 1913 = 1.913 anos
1º de Janeiro de 1914 a princípios de Outubro de 1914 = ¾ de ano
__________________

Total: 2.520 anos

Se é assim, por que há ainda tanta iniqüidade na terra? Depois que


Cristo foi entronizado, Satanás e seus demônios foram lançados dos céus para a
terra. (Rev. 12:12) Cristo, na qualidade de rei, não passou a destruir de imediato
a todos os que se recusaram a reconhecer a soberania de Jeová e a si próprio
qual Messias. Em vez disso, como ele predissera, seria realizada uma obra
mundial de pregação. (Mat. 24:14) Qual rei, dirigiria a separação de pessoas de
todas as nações, concedendo-se àqueles que se revelassem justos a perspectiva
de vida eterna e os iníquos sendo consignados ao decepamento eterno na morte.
(Mat. 25:31-46) No ínterim, prevaleceriam as muitas dificuldades preditas para
os “últimos dias”. Conforme delineado sob o tópico “Últimos Dias”, esses
acontecimentos têm estado em clara evidência desde 1914. Antes que os
últimos membros da geração que já existia em 1914 desapareçam do cenário,
todas as coisas preditas ocorrerão, inclusive a “grande tribulação”, na qual será
eliminado o presente mundo iníquo. — Mat. 24:21, 22, 34.

Quando virá o fim deste mundo iníquo?

Jesus respondeu: “Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem
os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.” Não obstante, ele
declarou também: “Deveras, eu vos digo que esta geração [que já existia
quando “o sinal” dos “últimos dias” começou a se cumprir] de modo algum
passará até que todas estas coisas ocorram.” — Mat. 24:36, 34.
113

Também, após discorrer sobre os acontecimentos que seguiriam ao


estabelecimento do Reino nas mãos de Jesus Cristo em 1914, Revelação 12:12
acrescenta: “Regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do
mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um
curto período de tempo.”

Destino
Definição: Um resultado inevitável e amiúde adverso. O fatalismo é a crença de
que todos os eventos estão determinados pela vontade divina ou por alguma
força superior ao homem, que todo evento tem de suceder como sucede, porque
foi predeterminado. Não é um termo ou ensinamento bíblico.

Será que toda pessoa tem um predeterminado


“tempo para morrer”?

Essa era uma crença popular entre os gregos e os romanos. Segundo a


mitologia grega pagã, as Parcas eram três deusas que fiavam, dobravam e
cortavam o fio da vida.

Eclesiastes 3:1, 2 fala de um “tempo para morrer”. Para mostrar, porém,


que não se trata de um momento fixo, predeterminado, para a pessoa,
Eclesiastes 7:17 aconselha: “Não sejas iníquo demais, nem te tornes estulto. Por
que devias morrer, sendo que não é o teu tempo?” Provérbios 10:27 diz: “Os
próprios anos dos iníquos serão encurtados.” E Salmo 55:23 acrescenta:
“Quanto aos homens culpados de sangue e enganosos, não viverão metade dos
seus dias.” O que significa, então, Eclesiastes 3:1, 2? É simplesmente uma
consideração sobre o contínuo ciclo de vida e morte neste imperfeito sistema de
coisas. Há tempo para as pessoas nascerem e tempo para morrerem —
usualmente a uma idade que não passa de 70 ou 80 anos, mas às vezes mais
cedo e às vezes mais tarde. — Sal. 90:10; veja também Eclesiastes 9:11.

Se o momento e o modo de toda pessoa morrer fossem já fixados na


ocasião do nascimento ou antes, não haveria necessidade de alguém evitar
situações perigosas ou de cuidar da saúde, e as precauções de segurança não
alterariam os índices de mortalidade. Mas acredita que o campo de batalha
durante uma guerra é tão seguro quanto o lar da pessoa, longe da zona de
114

guerra? Cuida da sua saúde e leva seus filhos ao médico? Por que morrem os
fumantes três a quatro anos mais jovens, em média, do que os não-fumantes?
Por que há menos acidentes fatais quando os passageiros de automóvel usam o
cinto de segurança e quando os motoristas obedecem às leis do trânsito? É
óbvio que é proveitoso tomar precauções.

Será que tudo o que acontece é “a vontade de Deus”?

2 Ped. 3:9: “Jeová . . . é paciente convosco, porque não deseja que alguém
seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” (Mas nem
todos correspondem à paciência dele. Claramente, pois, não é “a vontade de
Deus” quando alguns deixam de se arrepender. Compare com Revelação 9:20,
21.)

Jer. 7:23-26: “Esta é a palavra que lhes [a Israel] dei como ordem,
dizendo: ‘Obedecei à minha voz, e eu vou tornar-me vosso Deus, e vós mesmos
vos tornareis meu povo; e tereis de andar em todo o caminho que eu vos
ordenar, para que vos vá bem.’ Mas eles não escutaram . . . eu continuei a
enviar-vos todos os meus servos, os profetas, diariamente levantando-me cedo e
enviando-os. Mas não me escutaram e não inclinaram seu ouvido, mas
continuaram a endurecer sua cerviz.” (Obviamente, a maldade que estava
ocorrendo em Israel não era “a vontade de Deus”.)

Mar. 3:35: “Todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, e
minha irmã e minha mãe.” (Se tudo o que qualquer pessoa faz fosse “a vontade
de Deus”, então todos usufruiriam a espécie de relação com Jesus que ele
descreveu aqui. Mas ele disse a alguns: “Vós sois de vosso pai, o Diabo.” —
João 8:44.)

Como se explica que muitas coisas aparentemente


inexplicáveis ocorrem?

Ecl. 9:11: “O tempo e o imprevisto [“acaso”, ALA, BJ] sobrevêm a todos


eles.” (Assim, não devido a alguma previsão da vida da pessoa, mas devido ao
acaso é que ela pode tornar-se vítima de circunstâncias desafortunadas.)

Têm os humanos culpa por grande parte do sofrimento


individual e do de outros da humanidade?

Rom. 5:12: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no


115

mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a


todos os homens, porque todos tinham pecado.” (Todos nós herdamos de Adão
as imperfeições, incluindo as inclinações para fazer o que é mau.)

Ecl. 8:9: “Homem tem dominado homem para seu prejuízo.”

Pro. 13:1: “O filho é sábio quando há disciplina da parte do pai.” (O que


os pais fazem tem grande influência na vida de seus filhos.)

Gál. 6:7: “Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o
que o homem semear, isso também ceifará.” (Também Provérbios 11:17; 23:29,
30; 29:15; 1 Coríntios 6:18.)

Existem forças sobre-humanas que também


causam males à humanidade?

Rev. 12:12: “Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo
grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.” (Também Atos
10:38.)

Será que Deus prevê e predestina


todas as coisas?

Isa. 46:9, 10: “Eu sou o Divino e não há outro Deus, nem alguém
semelhante a mim; Aquele que desde o princípio conta o final e desde outrora
as coisas que não se fizeram; Aquele que diz: ‘Meu próprio conselho ficará de
pé e farei tudo o que for do meu agrado.’” (Ele dá a conhecer seu propósito,
predetermina certos assuntos relacionados com o seu cumprimento e tem todo o
poder para assegurar que tais se cumpram.)

Isa. 11:1-3: “Do toco de Jessé terá de sair um renovo, e das suas raízes
frutificará um rebentão. [Jesus nasceu na linhagem de Jessé.] E sobre ele terá de
pousar o espírito de Jeová, . . . e deleitar-se-á no temor de Jeová.”
(Confiantemente, Jeová podia predizer isso a respeito de seu Filho, porque Ele
observara sua atitude e sua conduta nos céus desde o início da criação.) (Quanto
à existência pré-humana de Jesus, veja as páginas 217, 218 sob o tópico “Jesus
Cristo”.)

Deut. 31:20, 21: “Eu os [a nação de Israel] levarei ao solo que jurei aos
seus antepassados, que mana leite e mel, e certamente comerão e se fartarão, e
engordarão e se virarão para outros deuses, e deveras os servirão e me tratarão
116

com desrespeito, e violarão meu pacto. E tem de dar-se que, vindo sobre eles
muitas calamidades e aflições, então este cântico [relato sobre como agiram por
deixarem de apreciar o favor de Deus] tem de responder diante deles como
testemunha, . . . porque bem sei a sua inclinação que hoje estão desenvolvendo
antes de eu os introduzir na terra que lhes jurei.” (Note que o fato de Deus
poder discernir o resultado do proceder deles não significou que ele era
responsável por isso nem que era isso que queria para eles, mas, à base do que
faziam, ele podia prever o resultado. Similarmente, à base daquilo que um
meteorologista observa, ele pode prever o tempo com elevado grau de precisão,
mas não é ele quem causa tal tempo nem necessariamente gosta dele.)

Será que o fato de Deus ter a capacidade de prever


e de predeterminar eventos prova que ele faz isso
com respeito a todas as ações de todas as suas criaturas?

Rev. 22:17: “Quem ouve diga: ‘Vem!’ E quem tem sede venha; quem
quiser tome de graça a água da vida.” (A escolha não é predestinada; ela é
deixada ao critério do indivíduo.)

Rom. 2:4, 5: “Desprezas as riquezas de sua benignidade, e indulgência, e


longanimidade, por não saberes que a qualidade benévola de Deus está tentando
levar-te ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração
impenitente, armazenas para ti furor no dia do furor e da revelação do
julgamento justo de Deus.” (Não se forçam as pessoas a seguir certo proceder
prescrito. Mas há prestação de contas daquilo que a pessoa faz.)

Sof. 2:3: “Procurai a Jeová, todos os mansos da terra . . . Procurai a


justiça, procurai a mansidão. Provavelmente sereis escondidos no dia da ira de
Jeová.” (Será que um Deus justo e amoroso incentivaria as pessoas a fazer o
que é correto, na esperança de obterem uma recompensa, sabendo ele que
estavam predestinadas a não conseguir isso?)

Ilustração: Uma pessoa que tem um rádio pode ouvir as notícias


mundiais. Mas o fato de que pode ouvir certa estação não significa que
realmente faça isto. Ela precisa primeiro ligar o rádio e daí selecionar a estação.
Da mesma forma, Jeová tem a capacidade de predizer eventos, mas a Bíblia
mostra que ele faz uso seletivo e com discrição dessa capacidade que tem, com
117

a devida consideração pelo livre-arbítrio com que dotou suas criaturas humanas.
— Compare com Gênesis 22:12; 18:20, 21.

Quando Deus criou Adão, será que sabia que Adão


ia pecar?

Eis o que Deus disse a Adão e Eva: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e
enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas
voadoras dos céus, e toda criatura vivente que se move na terra.” “E Jeová Deus
deu também esta ordem ao homem: ‘De toda árvore do jardim podes comer à
vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau,
não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente
morrerás.’” (Gên. 1:28; 2:16, 17) Incentivaria seus filhos a empreender um
projeto com um futuro maravilhoso, sabendo de início que estava destinado ao
fracasso? Avisaria sobre um dano, sabendo ao mesmo tempo que você havia
planejado tudo de modo que certamente lhes resultaria em aflição? É, pois,
razoável atribuir isso a Deus?

Mat. 7:11: “Portanto, se vós, embora iníquos [ou: “maus como sois”, LR],
sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos
céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”

Se Deus predestinou e previu o pecado de Adão e tudo o que resultaria


disso, significa que, ao criar Adão, Deus deliberadamente desencadeou toda a
iniqüidade cometida na história humana. Ele seria a Fonte de todas as guerras,
do crime, da imoralidade, da opressão, da mentira, da hipocrisia, das doenças.
Mas a Bíblia diz claramente: “Tu não és um Deus que se agrade da iniqüidade.”
(Sal. 5:4) “Sua alma certamente odeia a quem ama a violência.” (Sal. 11:5)
“Deus . . . não pode mentir.” (Tito 1:2) “[O designado por Deus qual Rei
messiânico] resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será
precioso aos seus olhos.” (Sal. 72:14) “Deus é amor.” (1 João 4:8) “Ele ama a
justiça e o juízo.” — Sal. 33:5.

Será que Deus predestinou Jacó e Esaú?

Gên. 25:23: “Jeová passou a dizer-lhe [a Rebeca]: ‘Há duas nações no teu
ventre e dois grupos nacionais serão separados das tuas entranhas; e um grupo
nacional será mais forte do que o outro grupo nacional, e o mais velho [Esaú]
servirá ao mais jovem [Jacó].’” (Jeová tinha a capacidade de ler o padrão
118

genético dos gêmeos por nascer. Ele pode ter considerado isso ao prever as
qualidades que cada um dos meninos desenvolveria e predizer o resultado. [Sal.
139:16] Mas não há aqui nenhuma indicação de que tenha fixado o destino
eterno deles nem que tenha predeterminado o resultado de cada evento na vida
deles.)

Foi Judas Iscariotes predestinado a trair Jesus?

Sal. 41:9: “O homem que estava em paz comigo, em quem confiei, que
comia meu pão, engrandeceu seu calcanhar contra mim.” (Note que a profecia
não especifica qual dos associados íntimos de Jesus seria. Jeová sabia que o
Diabo usara o conselheiro de Davi, Aitofel, para o trair, e Ele fez com que isso
fosse escrito porque demonstrava como o Diabo operava e o que ele faria no
futuro. Não foi Deus, mas “o Diabo . . . [que pôs] no coração de Judas
Iscariotes, filho de Simão, que o traísse [a Jesus]”. [João 13:2] Em vez de
resistir, Judas cedeu à influência satânica.)

João 6:64: “Jesus sabia desde o princípio . . . quem era o que o havia de
trair.” (Não desde o início da criação, tampouco desde o nascimento de Judas,
mas “desde o princípio” de sua ação traiçoeira. Compare com Gênesis 1:1,
Lucas 1:2 e 1 João 2:7, 13, textos onde “princípio” é usado em sentido relativo.
Observe também João 12:4-6.)

Não fala o apóstolo Paulo a respeito dos cristãos


como sendo “predestinados”?

Rom. 8:28, 29: “Nós sabemos que Deus faz que todas as suas obras
cooperem para o bem daqueles que amam a Deus, os que são os chamados
segundo o seu propósito; porque aqueles a quem deu o seu primeiro
reconhecimento, a esses também predeterminou [“predestinou”, ALA] que
fossem modelados segundo a imagem de seu Filho, para que este fosse
primogênito entre muitos irmãos.” (Também Efésios 1:5, 11.) Contudo, a esses
mesmos, 2 Pedro 1:10 diz: “Fazei tanto mais o vosso máximo para vos
assegurar da vossa chamada e escolha; pois, se persistirdes em fazer estas
coisas, de nenhum modo falhareis jamais.” (Se as pessoas fossem predestinadas
à salvação, não poderiam de forma alguma falhar, não importa o que fizessem.
Visto que se exige esforço da parte das pessoas, tem de ser a classe que é
predeterminada. Deus propôs que a classe inteira teria de ser conforme o
119

modelo estabelecido por Jesus Cristo. Os selecionados por Deus para fazerem
parte dessa classe, porém, precisam revelar ser fiéis, se hão de realmente
alcançar a recompensa posta diante deles.)

Efé. 1:4, 5: “Ele . . . nos tem escolhido em união com ele [Jesus Cristo]
antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e sem mácula diante
dele em amor. Pois ele nos predeterminou para a adoção como filhos para si
mesmo, por intermédio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
(É digno de nota que, em Lucas 11:50, 51, Jesus equipara “a fundação do
mundo” com o tempo de Abel. Foi Abel o primeiro humano que teve o favor de
Deus durante a sua vida toda. Assim, foi após a rebelião no Éden, mas antes da
concepção de Abel que Deus formou seu propósito de produzir um
“descendente” por meio do qual se proveria a libertação. [Gên. 3:15] Deus
propôs que, em associação com o Descendente principal, Jesus Cristo, houvesse
um grupo de seus fiéis seguidores que participassem com ele num novo
governo sobre a terra, o Reino messiânico.)

Será que os astros e os planetas


influem nos eventos em nossa vida ou
provêem presságios que devemos pesar
ao fazermos decisões?

Qual é a origem da astrologia?

“Pode-se remontar diretamente a astrologia ocidental a teorias e práticas


dos caldeus e babilônios dos anos 2000 AC.” — The Encyclopedia Americana
(1977), Vol. 2, p. 557.

“A astrologia se baseou em duas idéias babilônicas: o zodíaco e a


divindade dos corpos celestes. . . . Os babilônios atribuíam aos planetas as
influências que a pessoa esperaria das respectivas deidades do planeta.” —
Great Cities of the Ancient World (Nova Iorque, 1972), L. Sprague de Camp, p.
150.

“Na Babilônia, bem como na Assíria, qual ramificação direta da cultura


babilônica . . . a astrologia ocupa seu lugar no culto oficial como um dos dois
principais meios à disposição dos sacerdotes . . . de determinar a vontade e a
intenção dos deuses, o outro sendo a inspeção do fígado do animal sacrificial. . .
. Os movimentos do sol, da lua e de cinco planetas eram tidos como
120

representando a atividade dos cinco deuses em questão, junto com o deus-lua


Sin e o deus-sol Xamaxe, na preparação das ocorrências na terra.” —
Encyclopædia Britannica (1911), Vol. II, p. 796.

Qual é o ponto de vista do Criador da humanidade


sobre essa prática?

Deut. 18:10-12: “Não se deve achar em ti alguém que . . . empregue a


adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios . . . Pois,
todo aquele que faz tais coisas é algo detestável para Jeová.”

Aos babilônios ele disse: “Vejamos se os astrólogos que passam noites e


noites observando o céu para anunciar o que vai acontecer no futuro são
capazes de salvá-la. Eles serão destruídos num instante, como a palha seca . . .
Os astrólogos e adivinhos que você sustentou por tanto tempo não a ajudarão
em nada. Os povos que faziam negócios com você vão fugir, cada um para um
lado. Ninguém vai ser capaz de salvá-la, Babilônia!” — Isa. 47:13-15, ABV.

Deus
Definição: O Ser Supremo, cujo nome distintivo é Jeová. O idioma hebraico
usa termos para “Deus” que transmitem a idéia de força, também de majestade,
dignidade e excelência. Em contraste com o verdadeiro Deus, há deuses falsos.
Alguns desses fizeram de si mesmos deuses; outros foram feitos objetos de
adoração pelos que os servem.

Há razões sólidas para se crer em Deus?

Sal. 19:1: “Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando
o trabalho das suas mãos.”

Sal. 104:24: “Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste
em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções.”

Rom. 1:20: “As suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a
criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas.”

A revista New Scientist dizia: “Persiste entre os leigos um ponto de vista


121

— de que os cientistas ‘desmentiram’ a religião. O conceito comum é que os


cientistas são descrentes; que Darwin enterrou Deus e que uma sucessão de
inovações científicas e tecnológicas desde então eliminou a possibilidade de
qualquer ressurreição. É um conceito totalmente errado.” — 26 de maio de
1977, p. 478.

Um membro da Academia Francesa de Ciências declarou: “A ordem


natural não foi inventada pela mente humana, tampouco foi estabelecida por
certas faculdades perceptivas. . . . A existência da ordem pressupõe a existência
de uma inteligência organizadora. Essa inteligência não pode ter sido de
nenhum outro senão de Deus.” — Dieu existe? Oui (Paris, 1979), de Christian
Chabanis, citando Pierre-Paul Grassé, p. 94.

Os cientistas identificaram mais de 100 elementos químicos. A estrutura


atômica deles revela uma complexa inter-relação matemática de elementos. A
‘classificação periódica’ dos elementos indica obviamente um projeto. Tal
surpreendente projeto não poderia ser de forma alguma acidental, o fruto do
acaso.

Ilustração: Quando vemos uma máquina fotográfica, um rádio ou um


computador, entendemos logo que foram produzidos por projetistas
inteligentes. Seria então razoável dizer que coisas muito mais complexas — o
olho, o ouvido e o cérebro humano — não se originaram de um Projetista
inteligente?

Veja também as páginas 94-96, sob o tópico “Criação”.

Será que a existência do mal e do sofrimento


prova que Deus não existe?

Considere os seguintes exemplos: Será que o fato de se usarem facas para


assassinar prova que não foram projetadas por ninguém? É o uso de um avião a
jato para lançar bombas em tempo de guerra evidência de que ninguém o
projetou? Ou, antes, é o uso que se faz dessas coisas a causa do sofrimento da
humanidade?

Não é verdade que grande parte das doenças é o resultado dos próprios
hábitos ruins de vida do homem e de estragar ele o ambiente para si e para os
outros? Não são as guerras travadas pelos humanos uma grande causa do
122

sofrimento humano? Não é também verdade que, ao passo que milhões têm
falta de alimento, há mais do que o suficiente em outras terras, sendo um dos
problemas básicos a ganância humana? Todas essas coisas dão evidência, não
de que Deus não existe, mas de que os humanos estão lastimavelmente
abusando de suas habilidades dadas por Deus e da própria terra.

Importa-se Deus realmente com o que acontece a


nós, humanos?

Sim, positivamente! Considere a evidência: A Bíblia nos diz que Deus


deu ao homem um início perfeito. (Gên. 1:27, 31; Deut. 32:4) O contínuo
usufruto do favor de Deus por parte do homem, porém, dependia da obediência
a seu Criador. (Gên. 2:16, 17) Se o homem fosse obediente, continuaria a gozar
de uma vida humana perfeita — sem doença, sem sofrimento, sem morte. O
Criador proveria ao homem a necessária orientação e usaria Seu poder para
resguardar a humanidade de qualquer calamidade. Mas o homem rejeitou a
orientação de Deus; preferiu a autonomia. Tentando fazer algo para o qual
nunca foi feito, ele trouxe calamidade sobre si mesmo. (Jer. 10:23; Ecl. 8:9;
Rom. 5:12) Não obstante, por séculos Deus vem buscando pacientemente os
que, por amor a ele e a seus caminhos, estão dispostos a servi-lo. Ele lhes
apresenta a oportunidade de usufruírem todas as bênçãos das quais foram
privados devido às imperfeições e ao desgoverno do homem. (Rev. 21:3-5) A
provisão que Deus fez mediante seu Filho para remir os humanos do pecado e
da morte é uma evidência maravilhosa do grande amor de Deus pela
humanidade. (João 3:16) Deus fixou também um tempo designado em que
destruirá os que arruínam a terra e fará com que os que amam a justiça gozem
da vida em harmonia com o Seu próprio propósito original. — Rev. 11:18; Sal.
37:10, 11; veja também os tópicos gerais “Sofrimento” e “Iniqüidade”.

É Deus uma pessoa real?

Heb. 9:24: “Cristo entrou . . . no próprio céu, para aparecer agora por nós
perante a pessoa de Deus.”

João 4:24: “Deus é Espírito.”

João 7:28: “Aquele que me enviou é real”, disse Jesus.

1 Cor. 15:44: “Se há corpo físico, há também um espiritual.”


123

Tem Deus sentimentos da espécie que nós associamos com pessoas vivas?

João 16:27: “O próprio Pai tem afeição por vós, porque tivestes afeição
por mim e acreditastes que saí como representante do Pai.”

Isa. 63:9: “Durante toda a aflição deles, foi aflitivo para ele. . . . Ele
mesmo os resgatou no seu amor e na sua compaixão.”

1 Tim. 1:11: “[O] Deus feliz.”

Será que Deus teve começo?

Sal. 90:2: “Antes de nascerem os próprios montes ou de teres passado a


produzir como que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo
indefinido a tempo indefinido, tu és Deus.”

Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente.


Mas não é uma razão sólida para o rejeitar. Considere estes exemplos: (1) O
tempo. Ninguém pode indicar um determinado momento em que o tempo
começou. E é um fato que, embora a nossa vida termine, o tempo não acaba.
Não rejeitamos a idéia de tempo só porque há aspectos a respeito dele que não
entendemos plenamente. Antes, regulamos a nossa vida por ele. (2) O espaço.
Os astrônomos não encontram nem começo nem fim do espaço. Quanto mais
distante investigam o universo, tanto mais espaço existe. Eles não rejeitam o
que a evidência indica; muitos dizem que o espaço é infinito. O mesmo
princípio se aplica à existência de Deus.

Outros exemplos: (1) Os astrônomos nos dizem que o calor do sol no


centro é de 15.000.000 de graus centígrados. Será que rejeitamos essa idéia
porque não podemos compreender plenamente tal intenso calor? (2) Eles nos
dizem que o tamanho da nossa Via-Láctea é tão grande que um feixe de luz
viajando a 300.000 quilômetros por segundo levaria 100.000 anos para
atravessá-la. Será que a nossa mente avalia realmente essa distância? Contudo,
nós aceitamos isso, porque a evidência científica o apóia.

O que é mais lógico — que o universo é o produto de um Criador vivo e


inteligente? ou que deve ter surgido por mero acaso, de uma fonte sem vida,
sem ser guiado por uma inteligência? Alguns adotam este último ponto de vista
124

porque crer o contrário significaria que teriam de reconhecer a existência


de um Criador cujas qualidades não podem entender plenamente. Mas, é bem
conhecido que os cientistas não entendem plenamente o funcionamento dos
genes que estão dentro das células vivas e que determinam como estas células
se desenvolverão. Tampouco entendem plenamente o funcionamento do cérebro
humano. Contudo, quem negaria que estes existem? Deveríamos esperar
realmente entender tudo a respeito de uma Pessoa que é tão grande que pôde
fazer o universo existir, com todo o seu complexo projeto e seu tamanho
estupendo?

É importante usar o nome de Deus?

Rom. 10:13: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.”

Eze. 39:6: “As pessoas terão de saber que eu sou Jeová.”

Jesus disse a seu Pai: “Eu lhes [a seus verdadeiros seguidores] tenho dado a
conhecer o teu nome e o hei de dar a conhecer.” — João 17:26.

Veja também as páginas 207, 208, sob “Jeová”.

Importa a que Deus servimos, conquanto


tenhamos alguma religião?

1 Cor. 10:20: “As coisas sacrificadas pelas nações, elas sacrificam a


demônios, e não a Deus.”
2 Cor. 4:4: “O deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos
incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas
novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus.” (Refere-se aqui ao Diabo
como um “deus”. Veja 1 João 5:19; Revelação 12:9.)

Mat. 7:22, 23: “Muitos me [a Jesus Cristo] dirão naquele dia: ‘Senhor,
Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu
nome, e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo, eu lhes
confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que
é contra a lei.” (Até mesmo professar ser cristão não é garantia de que estamos
servindo de modo aceitável o verdadeiro Deus.)

Veja também a página 307, sob o tópico “Religião”.


125

Se Jeová é “o único Deus verdadeiro”,


que espécie de “Deus” é Jesus?

O próprio Jesus se referiu a seu Pai como “o único Deus verdadeiro”.


(João 17:3) O próprio Jeová disse: “Além de mim não há Deus.” (Isa. 44:6) O
apóstolo Paulo escreveu que, para os verdadeiros cristãos, “há . . . um só Deus,
o Pai”. (1 Cor. 8:5, 6) Portanto, Jeová é único; nenhuma outra pessoa partilha
com ele a sua posição. Jeová permanece em absoluto contraste com todos os
objetos de adoração, tais como ídolos, humanos deificados e Satanás. Todos
estes são deuses falsos.

Fala-se de Jesus na Bíblia como “um deus”, até mesmo um “Deus


Poderoso”. (João 1:1; Isa. 9:6) Mas em parte alguma se fala dele como sendo
Todo-poderoso, como Jeová é. (Gên. 17:1) Fala-se de Jesus como sendo “o
reflexo da . . . glória [de Deus]”, mas o Pai é a Fonte dessa glória. (Heb. 1:3)
Jesus de forma alguma busca a posição de seu Pai. Ele disse: “É a Jeová, teu
Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.”
(Luc. 4:8) Ele existe “em forma de Deus”, e o Pai ordenou que “no nome de
Jesus, se dobre todo joelho”, mas isso tudo se faz “para a glória de Deus, o Pai”.
— Fil. 2:5-11; veja também as páginas 212-217.

Se Alguém Disser —
‘Não acredito em Deus.’

Poderá responder: ‘Pensou sempre assim? . . . Antes de chegar a essa


conclusão, examinou alguma evidência sólida que achou persuasiva?’ Daí,
talvez possa acrescentar: ‘Este é um assunto que me interessa imensamente e
já o examinei bastante. Alguns pontos que achei muito úteis são os seguintes: . .
. (Na página 120, veja o subtópico “Há razões sólidas para se crer em Deus?”,
veja também as páginas 94-96, sob “Criação”.)’

Ou poderá dizer: ‘O(a) senhor(a) quer dizer que não acredita que existe
um Criador; ou tem visto tanta hipocrisia nas igrejas que não tem fé no que
ensinam?’ Se se tratar da última hipótese, poderá acrescentar: ‘Há uma grande
diferença entre as igrejas da cristandade e o verdadeiro cristianismo. É verdade
que a cristandade tem oprimido as pessoas, mas o cristianismo não. A
cristandade tem travado guerras, mas o cristianismo não. A cristandade
fracassou em prover a devida orientação moral, mas o cristianismo não. A
126

Palavra de Deus, a Bíblia, não apóia a cristandade. Ao contrário, ela condena a


cristandade.’

Outra possibilidade: ‘Tenho tido palestras interessantes com outros que


pensavam assim também. Alguns disseram que simplesmente não conseguiam
conciliar a crença em Deus com todo o sofrimento e a maldade que há no
mundo. Acha assim também? (Se assim for, use parte da matéria nas páginas
121, 122, sob o subtópico “Será que a existência do mal e do sofrimento prova
que Deus não existe?”.)’

‘Acredito só no que vejo, e nunca vi Deus.’

Poderá responder: ‘Essa idéia é muito comum hoje em dia. E existe uma
razão para isso. Vivemos numa sociedade que dá muito valor às possessões
materiais. Mas você gosta de ser realista, não é?’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Há coisas que não podemos ver com os nossos olhos, mas
cremos que existem porque há razões sólidas para isso? Que dizer do ar que
respiramos? Podemos senti-lo quando há uma brisa. Percebemos que enche
nossos pulmões, embora não o enxerguemos. Visto que vemos os efeitos, há
razão sólida para se crer na sua existência, não é verdade?’ (2) ‘Também, não
podemos enxergar a gravidade. Mas, quando deixamos cair alguma coisa,
vemos a evidência de que a gravidade está em operação. Tampouco
enxergamos odores, mas o nosso nariz os capta. Não podemos ver ondas
sonoras, mas os nossos ouvidos as detectam. De modo que cremos em coisas
que não vemos — conquanto haja boa razão para isso, não é assim?’ (3) ‘Bem,
será que há evidência de que existe realmente um Deus invisível? (Use a
matéria nas páginas 120, 121, sob o subtópico “Há razões sólidas para se crer
em Deus?”.)’

‘Tenho o meu próprio conceito sobre Deus.’

Poderá responder: ‘É bom ver que é uma pessoa que já deu


consideração a esse assunto e que crê em Deus. Posso perguntar-lhe qual é o
seu conceito sobre Deus?’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Tenho certeza de
que reconhece a importância de nos certificarmos de que o que cremos esteja
em harmonia com o que o próprio Deus diz. Podemos ler juntos apenas um
ponto na Bíblia sobre este assunto? (Sal. 83:18)’
127

Drogas
Definição: Há várias definições da palavra “drogas”. No sentido da
consideração aqui, drogas são substâncias não nutritivas que alteram o humor e
que não são consideradas terapeuticamente necessárias, mas são usadas por
pessoas no empenho de fugirem dos problemas da vida, terem uma sensação de
sonho ou de bem-estar, ou sentirem êxtase.

Proíbe a Bíblia realmente o uso de


drogas por prazer?

Ela não menciona substâncias como heroína, cocaína, LSD, PCP (pó de
anjo), maconha, ou tabaco. Mas não deixa de prover as necessárias orientações
para que saibamos o que fazer e o que evitar para agradar a Deus. Da mesma
forma, a Bíblia não diz que é errado usar um revólver para matar alguém, mas
proíbe o assassinato.

Luc. 10:25-27: “‘Por fazer o que hei de herdar a vida eterna?’ . . . ‘“Tens
de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda
a tua força, e de toda a tua mente”, e, “o teu próximo como a ti mesmo.”’” (Está
uma pessoa realmente amando a Deus de todo o coração e de toda a mente se
costuma praticar coisas que desnecessariamente encurtam a sua vida e fazem
com que sua mente fique entorpecida? Está mostrando amor pelo seu próximo
se rouba dos outros para sustentar seu hábito de usar drogas?)

2 Cor. 7:1: “Amados, visto que temos estas promessas [de termos a Jeová
como nosso Deus e nosso Pai], purifiquemo-nos de toda imundície da carne e
do espírito, aperfeiçoando a santidade em temor de Deus.” (Mas podemos
esperar ter a aprovação de Deus, se deliberadamente fizermos coisas que
poluem o nosso corpo?)

Tito 2:11, 12: “[Manifestou-se] a benignidade imerecida de Deus, que traz


salvação a toda sorte de homens, instruindo-nos a repudiar a impiedade e os
desejos mundanos, e a viver com bom juízo [“com auto-domínio”, BJ; “com
toda sobriedade”, CBC], e justiça, e devoção piedosa no meio deste atual
sistema de coisas.” (Está o uso de drogas que prejudicam o bom-senso ou que
fazem com que a pessoa perca o autodomínio em harmonia com esse
conselho?)
128

Gál. 5:19-21: “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são . . .


prática de espiritismo . . . festanças e coisas semelhantes a estas. . . . Os que
praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.” (O sentido próprio da
palavra grega far·ma·kía, traduzida aqui por “prática de espiritismo”, é
“drogaria”. O An Expository Dictionary of New Testament Words, de W. E.
Vine, ao comentar essa palavra grega, diz: “Na feitiçaria, o uso de drogas, quer
simples, quer fortes, era geralmente acompanhado por encantamentos e
invocações de poderes ocultos, com o uso de diferentes talismãs, amuletos, etc.,
que supostamente se destinavam a proteger o cliente ou paciente contra a
atenção e o poder dos demônios, mas que realmente se destinavam a
impressionar o cliente com os recursos misteriosos e os poderes do feiticeiro.”
[Londres, 1940, Vol. IV, pp. 51, 52] Da mesma forma hoje, muitos que usam
drogas estão envolvidos em práticas espíritas ou se associam com os que o
estão, porque uma mente vazia ou que tem alucinações é fácil presa dos
demônios. Compare com Lucas 11:24-26.)

Tito 3:1: “Estejam sujeitos e sejam obedientes a governos e autoridades


como governantes.” (Em muitos lugares, a posse ou o uso de certas drogas é
violação da lei.)

Já que algumas drogas podem fazer a pessoa


sentir-se bem, são realmente tão nocivas?

2 Tim. 3:1-5: “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de


manejar. Pois os homens serão . . . mais amantes de prazeres do que amantes de
Deus . . . destes afasta-te.” (A Bíblia avisa claramente contra desejar o prazer a
tal ponto de colocá-lo à frente da aplicação dos princípios justos da Palavra de
Deus e de ter a aprovação dele.)

Alguns NARCÓTICOS aliviam a dor e podem produzir uma sensação de


contentamento, mas são também viciadores e podem causar a morte com uma
superdose. Fungar certos SOLVENTES pode produzir uma sensação de
emoção, mas pode causar também fala indistinta, distorção de visão, perda do
controle muscular, além de dano irreversível ao cérebro, ao fígado e aos rins.
Os ALUCINÓGENOS fazem o indivíduo sentir-se “alto”, e parecem aliviar a
estafa, mas também causam distorções na percepção da distância, prejudicam o
129

raciocínio lógico, podem causar mudanças irreversíveis de personalidade e


produzir inclinações para suicídio ou homicídio.

E a maconha — é ela inócua?


Alguns médicos dizem que é.

O dr. David Powelson, ex-chefe de psiquiatria, do Hospital Cowell, da


Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA, outrora defendia a legalização do
uso da maconha. Mais tarde, depois de haver mais evidência disponível,
escreveu: “Acredito agora que a maconha é a mais perigosa droga que
precisamos combater: 1. Seu uso inicial ilude. O usuário tem a ilusão de se
sentir bem; não percebe a degeneração de suas faculdades mentais e
fisiológicas. 2. Seu uso contínuo leva ao raciocínio delusório. Após um a três
anos de contínuo uso, as formas patológicas de pensamento começam a
dominar as faculdades mentais.” — Executive Health Report, outubro de 1977,
p. 8.

O dr. Robert L. DuPont, ex-diretor do Instituto Nacional de Combate à


Toxicomania nos Estados Unidos, outrora citado como minimizando qualquer
perigo decorrente da maconha, declarou mais recentemente: “A verdadeira
questão é o perigo para a saúde representado por esta epidemia [do uso da
maconha por parte da geração mais nova], perigo este pelo menos de dois tipos.
Um é dos efeitos narcóticos, que varia do perigoso impacto de dirigir um
veículo a se importar menos com qualquer coisa. A outra área é puramente
física. Nesta, as preocupações variam da ocorrência regular da bronquite
crônica entre os que usam maconha às possibilidades realíssimas de prejudiciais
efeitos hormonais, efeitos sobre o sistema imunitário e, possivelmente, até
mesmo de câncer.” — Gazette de Montreal, Canadá, de 22 de março de 1979, p.
9.

Science Digest forneceu os seguintes pormenores: “O hábito regular de


fumar maconha pode, a longo prazo, alargar as lacunas entre as terminações dos
nervos no cérebro, que são necessários para funções vitais como da memória,
da emoção e do comportamento. Para que os nervos executem suas funções,
precisam comunicar-se entre si.” Daí, comentando os resultados dos testes
relacionados com animais, o artigo continua: “Os efeitos mais marcantes
ocorreram na região septal, associada com as emoções; o hipocampo,
130

relacionado com a formação da memória; e a amígdala, responsável por certas


funções de comportamento.” — Março de 1981, p. 104.

É o uso da maconha de alguma forma pior


do que tomar bebidas alcoólicas?

O álcool é um alimento e é metabolizado pelo corpo para prover energia;


os resíduos são eliminados pelo organismo. Entretanto, um psicofarmacólogo
disse: “A maconha é um tóxico muito potente, e o maior erro que cometemos é
compará-la ao álcool.” “Molécula por molécula, o THC [na maconha] é 10.000
vezes mais forte do que o álcool em sua capacidade de produzir uma
intoxicação branda . . . O THC é eliminado lentamente do organismo, e leva
muitos meses para a pessoa se recuperar de seus efeitos.” (Executive Health
Report, outubro de 1977, p. 3) O Criador sabe como somos feitos, e sua Palavra
permite o uso moderado de bebidas alcoólicas. (Sal. 104:15; 1 Tim. 5:23) Mas
ele condena também fortemente o consumo imoderado de álcool, assim como
condena a glutonaria. — Pro. 23:20, 21; 1 Cor. 6:9, 10.

Por que as Testemunhas de Jeová consideram


o fumar tabaco uma falta tão grave?

Demonstra desrespeito pelo dom da vida.

Atos 17:24, 25: “O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele . . . dá a
todos vida, e fôlego, e todas as coisas.”

“A evidência de que os cigarros encurtam a vida é sobrepujante; a relação


causal é tão firmemente corroborada como qualquer outra na medicina.” —
Science 80, de setembro/outubro, p. 42.

As notícias revelam que nos Estados Unidos anualmente o número de


mortes atribuídas ao fumo é calculado em 300.000; na Grã-Bretanha, de 50.000;
no Canadá, de 50.000. “Mais de um milhão de pessoas morrem anualmente por
causa de doenças relacionadas com o fumo, e o Terceiro Mundo, que consome
52% do tabaco do mundo, está abrangendo rapidamente uma proporção
crescente de tais mortes.” — The Journal (Toronto), de 1.° de setembro de
1983, p. 16.

O ex-secretário de Saúde, Educação e Bem-Estar dos EUA, Joseph


131

Califano, disse: “Não resta dúvida hoje de que o fumar é realmente um suicídio
de ação lenta.” — Scholastic Science World, 20 de março de 1980, p. 13.

Não se harmoniza com o que Deus requer


que os cristãos lhe rendam.

Rom. 12:1: “Eu vos suplico, irmãos, pelas compaixões de Deus, que
apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus, um
serviço sagrado com a vossa faculdade de raciocínio.”

O diretor nacional de saúde dos Estados Unidos, C. Everett Koop, disse:


“O fumar cigarros é claramente identificado como a principal causa evitável de
morte em nossa sociedade.” (The New York Times, de 23 de fevereiro de 1982,
p. A1) “Os estudos médicos mostram que . . . a expectativa mediana de vida
dum fumante é de três a quatro anos menos do que a dum não-fumante. A
expectativa de vida do fumante inveterado — alguém que fuma dois ou mais
maços de cigarros por dia — pode ser tantos quantos oito anos menos do que a
do não-fumante.” (The World Book Encyclopedia, 1984, Vol. 17, p. 430) É
correto uma pessoa apresentar sua vida ao serviço de Deus e daí destruir aos
poucos essa vida?

“O fumo é tão devastador, especialmente para o coração e os pulmões,


que os outros aspectos da medicina preventiva se tornam relativamente
insignificantes se a pessoa fuma.” (Serviço de Notícias da Universidade do Sul
da Califórnia, de 18 de fevereiro de 1982) “Fumar é provavelmente a maior
causa singela evitável da saúde precária no mundo.” (Dr. H. Mahler, diretor-
geral da Organização Mundial de Saúde, em World Health, de fevereiro/março
de 1980, p. 3) É coerente uma pessoa apresentar-se a Deus para o serviço
sagrado e daí deliberadamente arruinar sua saúde?

Fumar é uma violação do requisito divino de amar


o nosso próximo.

Tia. 2:8: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.”


— Compare com Mateus 7:12.

“Um recente estudo . . . revelou que as esposas não-fumantes de homens


que fumam morrem em média quatro anos mais jovens do que as mulheres
cujos maridos tampouco são fumantes.” (The New York Times, de 22 de
132

novembro de 1978, p. C5) “Fumar durante a gravidez pode causar deformações


congênitas tão severas que o feto morre, ou então o bebê morre logo após o
nascimento.” (Family Health, maio de 1979, p. 8) Tal tratamento desamoroso
de membros da família é clara evidência de que a pessoa não está agindo como
cristão. — Compare com 1 Timóteo 5:8.

“Os estudos têm mostrado que, visto o fumante mediano fumar realmente
seu cigarro apenas durante uma pequena parte do tempo em que está aceso, o
não-fumante pode na verdade ser obrigado contra a sua vontade a inalar quase
tanto monóxido de carbono, alcatrão e nicotina como o fumante ativo sentado
ao seu lado.” (Today’s Health, de abril de 1972, p. 39) Alguém que tem tal falta
de amor para com seu próximo tampouco dá evidência de amar a Deus. — Veja
1 João 4:20.

Por que Deus fez plantas das quais se derivam


as drogas, já que é errado usá-las?

As coisas das quais se abusa têm geralmente também seus usos devidos.
Isso se dá com as faculdades humanas de reprodução. Dá-se isso com o vinho.
A maconha é feita das folhas e dos topos florescentes, secos, do cânhamo que
fornece fibras úteis para a fabricação de cordas e tecidos. As folhas do tabaco,
das quais os fumantes abusam, podem também ser usadas para fabricar
desinfetantes e inseticidas. Sobre os muitos recursos da terra, resta muito a
aprender quanto a como podem ser empregados de modo benéfico. Até mesmo
as ervas daninhas são úteis para prevenir a erosão, e fornecem palha para
quando o solo não é cultivado.

Que pode alguém fazer se já tentou livrar-se


do hábito de fumar ou de outro uso de drogas
e não foi bem-sucedido?

Primeiro, por meio do estudo da Bíblia e da meditação, precisa cultivar


um forte desejo de agradar a Deus e de viver no seu justo novo sistema de
coisas. Se se achegar a ele, ele se achegará a você, dando-lhe a necessária ajuda.
— Tia. 4:8.

É importante estar convicto de que essas práticas são más, e desenvolver


genuíno ódio a elas. (Sal. 97:10) Isso pode ser feito pela recapitulação dos fatos
133

apresentados nesta parte do livro e pela meditação, não sobre o atual prazer
passageiro que pode derivar de tais práticas, mas sobre o que agrada a Deus e
sobre quão detestáveis são os resultados das práticas más.

Se sentir forte desejo de fumar ou de usar uma das outras drogas, ore
fervorosamente a Deus, pedindo ajuda. (Luc. 11:9, 13; compare com Filipenses
4:13.) Faça isso imediatamente. Também, apanhe sua Bíblia e leia partes dela
em voz alta, ou entre em contato com um cristão maduro. Conte-lhe o que está
acontecendo e peça a ajuda dele.

Encorajamento
Definição: Algo que dá coragem ou infunde esperança. Todos necessitam de
encorajamento. Dar encorajamento pode requerer prestar ajuda pessoal ou
expressar apreço. Amiúde envolve ajudar alguém a compreender como poderá
fazer face a uma situação difícil ou palestrar sobre razões para confiança num
futuro melhor. A Bíblia fornece a mais excelente base de tal encorajamento, e
os textos citados abaixo podem ser de ajuda em dar encorajamento a pessoas
confrontadas com situações diversas. Às vezes, pode-se fazer grande bem por
simplesmente demonstrar uma atitude de compaixão. — Rom. 12:15.

Aos que sofrem tribulações por causa de


ENFERMIDADE —

Rev. 21:4, 5: “‘[Deus] enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá
mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores
já passaram.’ E O que estava sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas
as coisas.’ Ele diz também: ‘Escreve, porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras.’”

Mat. 9:35: “Jesus empreendeu uma viagem por todas as cidades e aldeias,
ensinando . . . e pregando as boas novas do reino, e curando toda sorte de
moléstias e toda sorte de padecimentos.” (Associando tais curas com a sua
pregação a respeito do Reino, Jesus forneceu uma previsão maravilhosa daquilo

que ele fará pela humanidade durante seu Reinado milenar.)


134

2 Cor. 4:13, 16: “Nós também exercemos fé . . . Por isso não desistimos;
porém, ainda que o homem que somos por fora [o corpo físico] se definhe,
certamente o homem que somos por dentro está sendo renovado [ou lhe é dada
nova força] de dia em dia.” (Talvez nos definhemos em sentido físico. Mas
espiritualmente somos renovados ao passo que continuamos a nos alimentar das
preciosas promessas de Deus.)

Veja também Lucas 7:20-23.

A pessoas que perderam entes queridos na


MORTE —

Isa. 25:8, 9: “Ele realmente tragará a morte para sempre, e o Soberano


Senhor Jeová certamente enxugará as lágrimas de todas as faces. . . . E naquele
dia certamente se dirá: ‘Eis! Este é o nosso Deus. Pusemos nossa esperança
nele, e ele nos salvará. Este é Jeová. Pusemos nossa esperança nele. Jubilemos e
alegremo-nos na salvação por ele.’”

João 5:28, 29: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que
fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, e os que praticaram coisas
ruins, para uma ressurreição de julgamento.”

João 11:25, 26: “Jesus disse-lhe: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem
exercer fé em mim, ainda que morra, viverá outra vez; e todo aquele que vive e
exerce fé em mim nunca jamais morrerá. Crês isso?’”

Sal. 146:5, 9: “Feliz aquele . . . cuja esperança é em Jeová, seu Deus. . . .


Alivia o menino órfão de pai e a viúva.” (Mesmo agora Deus tem tal interesse
amoroso nos enlutados.)

Veja também Lucas 7:11-16; 8:49-56.

A pessoas que se vêem confrontadas com a


PERSEGUIÇÃO
por fazerem a vontade de Deus —

Sal. 27:10: “Caso meu próprio pai e minha própria mãe me abandonassem, o
próprio Jeová me acolheria.”
135

1 Ped. 4:16: “Se ele sofrer como cristão, não se envergonhe, mas persista
em glorificar a Deus neste nome.”

Pro. 27:11: “Sê sábio, filho meu, e alegra meu coração, para que eu possa
replicar àquele que me escarnece.” (Pela nossa fidelidade fornecemos uma
resposta à acusação falsa de Satanás de que ninguém ao sofrer grande
dificuldade continuará a servir a Deus.)

Mat. 5:10-12: “Felizes os que têm sido perseguidos por causa da justiça,
porque a eles pertence o reino dos céus. Felizes sois quando vos vituperarem e
perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas iníquas contra vós, por
minha causa. Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é
grande nos céus; pois assim perseguiram os profetas antes de vós.”

Atos 5:41, 42: “[Os apóstolos], portanto, retiraram-se do Sinédrio,


alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de serem desonrados a
favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem
cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus.”

Fil. 1:27-29: “Somente comportai-vos da maneira digna das boas novas


acerca do Cristo . . . e que em nenhum sentido estais sendo amedrontados pelos
vossos oponentes. Esta mesma coisa é para eles prova de destruição, mas para
vós, de salvação; e esta indicação é de Deus, porque a vós foi dado o privilégio,
a favor de Cristo, não somente de depositardes nele a vossa fé, mas também de
sofrerdes a favor dele.”

Aos desalentados por causa de


INJUSTIÇA —

Sal. 37:10, 11: “Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá; e
estarás certamente atento ao seu lugar, e ele não existirá. Mas os próprios
mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.”

Isa. 9:6, 7: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o domínio
principesco virá a estar sobre o seu ombro. E será chamado pelo nome de
Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Da
abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de
136

Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por
meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O
próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.”

Dan. 2:44: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino
que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo.
Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido
por tempos indefinidos.”

Veja também Isaías 32:1, 2; 2 Pedro 3:13.

Aos que estão sob grande pressão por causa de


PROBLEMAS ECONÔMICOS —

Isa. 65:21, 22: “Hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar


vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não
plantarão e outro comerá. . . . Meus escolhidos usufruirão plenamente o
trabalho das suas próprias mãos.”

Sal. 72:8, 16: “[O Rei Messiânico] terá súditos de mar a mar e desde o
Rio até os confins da terra. Virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos
montes haverá superabundância.”

Mat. 6:33: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e


todas estas outras coisas [as necessidades materiais da vida] vos serão
acrescentadas.”

Rom. 8:35, 38, 39: “Quem nos separará do amor do Cristo? Acaso
tribulação, ou aflição, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou
espada? Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem anjos,
nem governos, nem coisas presentes, nem coisas por vir, nem poderes, nem
altura, nem profundidade, nem qualquer outra criação será capaz de nos separar
do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Veja também Hebreus 13:5, 6.

Aos que estão desanimados


por causa de suas próprias FALTAS —

Sal. 34:18: “Perto está Jeová dos que têm coração quebrantado; e salva os que
têm espírito esmagado.”
137

Sal. 103:13, 14: “Assim como o pai é misericordioso para com os seus
filhos, Jeová tem sido misericordioso para com os que o temem. Porque ele
mesmo conhece bem a nossa formação, lembra-se de que somos pó.”

Nee. 9:17: “És um Deus de atos de perdão, clemente e misericordioso,


vagaroso em irar-se e abundante em benevolência.”

2 Ped. 3:9, 15: “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa,
conforme alguns consideram a vagarosidade, mas ele é paciente convosco,
porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o
arrependimento. Além disso, considerai a paciência de nosso Senhor como
salvação.”

Espiritismo
Definição: A crença de que uma parte espiritual dos humanos sobrevive à
morte do corpo físico e pode comunicar-se com os vivos, usualmente por meio
duma pessoa que serve qual médium. Algumas pessoas acreditam que todo
objeto material e todos os fenômenos naturais têm espíritos que habitam neles.
Feitiçaria é o uso de poder que reconhecidamente provém de espíritos maus.
Todas as formas de espiritismo são fortemente condenadas na Bíblia.

É realmente possível que um humano


se comunique com o “espírito” dum
ente querido falecido?

Ecl. 9:5, 6, 10: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos,
porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . Também seu amor, e seu
ódio, e seu ciúme já pereceram, e por tempo indefinido eles não têm mais parte
em nada do que se tem de fazer debaixo do sol. Tudo o que a tua mão achar
para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem
planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [a sepultura], o lugar
para onde vais.”
138

Eze. 18:4, 20: “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Portanto, a alma
não é algo que sobrevive à morte do corpo e com que os humanos vivos possam
comunicar-se depois disso.)

Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem
deveras os seus pensamentos.” (Quando se diz que o espírito ‘sai’ do corpo, esta
é meramente outra forma de dizer que a força de vida deixa de estar ativa.
Assim, depois que a pessoa morre, seu espírito não existe qual ser imaterial que
possa pensar e executar planos à parte do corpo. Não é algo com que os
viventes possam comunicar-se após a morte da pessoa.)

Veja também as páginas 244-247, sob o tópico “Morte”.

Não indica a Bíblia que o Rei Saul se comunicou


com o profeta Samuel depois da morte de Samuel?

O relato acha-se em 1 Samuel 28:3-20. Os versículos 13 e 14 de 1 Sam.


28 mostram que o próprio Saul não viu Samuel, mas apenas deduziu da
descrição fornecida pela médium espírita que ela havia visto Samuel. Saul
desesperadamente queria acreditar que se tratava de Samuel e assim deixou-se
enganar. O versículo 3 de 1 Sam. 28 diz que Samuel estava morto e enterrado.
Os textos citados debaixo do subtítulo precedente tornam claro que não havia
parte alguma de Samuel que estivesse viva em outro domínio e que fosse capaz
de comunicar-se com Saul. A voz que fingia ser de Samuel era a de um
impostor.

Com quem realmente se comunicam os que procuram


falar com os mortos?

A verdade sobre a condição dos mortos é claramente expressa na Bíblia.


Mas, quem procurou enganar o primeiro casal humano acerca da morte?
Satanás contradisse o aviso de Deus de que a desobediência resultaria em
morte. (Gên. 3:4; Rev. 12:9) Com o tempo, naturalmente, tornou-se óbvio que
os humanos realmente morrem assim como Deus disse que se daria.
Razoavelmente, pois, quem foi responsável por inventar a idéia de que os
humanos não morrem realmente, mas que alguma parte espiritual do homem
sobrevive à morte do corpo? Tal fraude ajusta-se a Satanás, o Diabo, a quem
Jesus descreveu como o “pai da mentira”. (João 8:44; veja também 2
139

Tessalonicenses 2:9, 10.) Crer que os mortos estão realmente vivos em outro
domínio e que podemos comunicar-nos com eles não tem trazido proveito para
a humanidade. Ao contrário, Revelação 18:23 diz que, por meio das práticas
espíritas de Babilônia, a Grande, “todas as nações foram desencaminhadas”. A
prática espírita de ‘falar com os mortos’ é realmente uma fraude que pode
colocar as pessoas em contato com os demônios (anjos que se tornaram
rebeldes egoístas contra Deus) e amiúde leva a pessoa a ouvir vozes indesejadas
e a ser molestada por tais espíritos iníquos.

Há algum mal em se procurar cura


ou proteção por meios espíritas?

Gál. 5:19-21: “As obras da carne são manifestas, as quais são fornicação,
impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo . . . Quanto a
tais coisas, aviso-vos de antemão, do mesmo modo como já vos avisei de
antemão, de que os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.”
(Recorrer alguém ao espiritismo em busca de ajuda significa que crê nas
mentiras de Satanás acerca da morte; está buscando o conselho de pessoas que
se esforçam a obter poder de Satanás e seus demônios. Tal pessoa identifica-se
assim com os que são inimigos declarados de Jeová Deus. Em vez de ser
realmente ajudado, qualquer um que persiste em tal proceder sofre danos
duradouros.)

Luc. 9:24: “Todo aquele que quiser salvar a sua alma [ou, vida], perdê-la-
á; mas todo aquele que perder a sua alma por minha causa [por ser seguidor de
Jesus Cristo] é o que a salvará.” (Se a pessoa violar deliberadamente os
mandamentos claramente delineados na Palavra de Deus, num esforço de
resguardar ou preservar sua vida atual, perderá a perspectiva de vida eterna.
Quão tolo isso seria!)

2 Cor. 11:14, 15: “O próprio Satanás persiste em transformar-se em anjo


de luz. Portanto, não é grande coisa se os ministros dele também persistem em
transformar-se em ministros da justiça.” (Assim, não devemos ser
desencaminhados quando algumas das coisas realizadas por meios espíritas
parecem trazer proveito temporário.)

Veja também as páginas 103-107, debaixo de “Curas”.


140

É sábio recorrer a meios espíritas para saber o


que o futuro reserva ou para assegurar-se êxito
em algum empreendimento?

Isa. 8:19: “E caso vos digam: ‘Recorrei aos médiuns espíritas ou aos que
têm espírito de predição, que chilram e fazem pronunciações em voz baixa’,
não é a seu Deus que qualquer povo devia recorrer?”

Lev. 19:31: “Não vos vireis para médiuns espíritas e não consulteis
prognosticadores profissionais de eventos, de modo a vos tornardes impuros por
eles. Eu sou Jeová, vosso Deus.”

2 Reis 21:6: “[O Rei Manassés] praticou a magia e procurou presságios, e


constituiu médiuns espíritas e prognosticadores profissionais de eventos. Fez
em grande escala o que era mau aos olhos de Jeová, para o ofender.” (Essas
práticas espíritas realmente envolviam voltar-se para Satanás e seus demônios
em busca de ajuda. Não é de admirar que fosse “mau aos olhos de Jeová”, e que
ele trouxesse severa punição sobre Manassés por isso. Mas, quando se
arrependeu e abandonou essas práticas ruins, ele foi abençoado por Jeová.)

Que prejuízo pode haver em participar


de jogos que envolvem uma forma de
adivinhação ou em buscar o significado
de algo que parece ser um bom presságio?

Deut. 18:10-12: “Não se deve achar em ti alguém que . . . empregue


adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um
feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá
consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos,
ou alguém que consulte os mortos. Pois, todo aquele que faz tais coisas é algo
detestável para Jeová.” (A adivinhação procura desvendar conhecimento oculto
ou predizer eventos, não em resultado de pesquisa, mas pela interpretação de
presságios ou pela ajuda de poderes sobrenaturais. Jeová proibiu tais práticas
entre seus servos. Por quê? Todas essas práticas são um convite para a
comunicação com os espíritos impuros, ou demônios, ou para a possessão por
eles. Empenhar-se em tais coisas é grave infidelidade para com Jeová.)

Atos 16:16-18: “Veio-nos ao encontro certa serva com um espírito, um


141

demônio de adivinhação. Ela costumava fornecer muito ganho aos seus amos
por praticar a arte do vaticínio.” (Por certo, ninguém que ame a justiça
consultaria tal fonte de informações, quer com intento sério, quer por
brincadeira. Paulo cansou-se do clamor dela, e ordenou que o espírito saísse
dela.)

São os espíritos iníquos capazes de


assumir forma humana?

Nos dias de Noé, anjos desobedientes realmente assumiram forma


humana. Com efeito, casaram-se e geraram filhos. (Gên. 6:1-4) Contudo,
quando veio o Dilúvio, aqueles anjos foram obrigados a retornar ao domínio
espiritual. A respeito deles, Judas 6 diz: “Os anjos que não conservaram a sua
posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta, ele reservou
com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande
dia.” Deus não só os rebaixou de seus anteriores privilégios celestiais e os
entregou às densas trevas quanto aos propósitos de Jeová, mas a referência aos
laços indica que ele os restringiu. De quê? Evidentemente, de assumirem corpos
carnais para terem relações com as mulheres, como haviam feito antes do
Dilúvio. A Bíblia relata que anjos fiéis, quais mensageiros de Deus, realmente
se materializavam, no cumprimento de seus deveres, até o primeiro século EC.
Mas, depois do Dilúvio, aqueles anjos que fizeram mau uso de seus dons foram
privados da capacidade de assumir forma humana.

É de interesse, porém, que os demônios aparentemente podem fazer com


que humanos tenham visões, e que aquilo que estes vêem pareça real. Quando o
Diabo tentou a Jesus, ele evidentemente fez uso de tais meios, a fim de mostrar
a Jesus “todos os reinos do mundo e a glória deles”. — Mat. 4:8.

Como pode a pessoa ficar livre da influência


espírita?

Pro. 18:10: “O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro
dela e recebe proteção.” (Isto não significa que o uso do nome pessoal de Deus
sirva de encantamento para afastar o mal. O “nome” de Jeová representa a
própria Pessoa dele. Somos protegidos quando chegamos a conhecê-lo e
142

depositamos plena confiança nele, sujeitando-nos à autoridade dele e


obedecendo os seus mandamentos. Se fizermos isso, então, quando o
invocarmos por ajuda, usando seu nome pessoal, ele proverá a proteção que
prometeu em sua Palavra.)

Mat. 6:9-13: “Portanto, tendes de orar do seguinte modo: ‘ . . . Não nos


leves à tentação, mas livra-nos do iníquo.’” Deve também ‘persistir em oração’.

(Rom. 12:12) (Deus ouve tais orações dos que realmente desejam
conhecer a verdade e adorá-lo duma forma que o agrada.)

1 Cor. 10:21: “Não podeis estar participando da ‘mesa de Jeová’ e da


mesa de demônios.” (Os que desejam a amizade e a proteção de Jeová devem
romper com qualquer participação em reuniões espíritas. Em harmonia com o
exemplo registrado em Atos 19:19, é também importante destruir todos os
objetos que possui, que se relacionem com o espiritismo, ou desfazer-se
adequadamente deles.)

Tia. 4:7: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas oponde-vos ao Diabo, e ele


fugirá de vós.” (Para fazer isso, seja diligente em aprender a vontade de Deus e
em aplicá-la à sua vida. Com o amor a Deus fortificando-o contra o temor do
homem, recuse-se firmemente a participar em quaisquer costumes ligados ao
espiritismo ou a obedecer a quaisquer regulamentos prescritos por um espírita.)
Revista-se “da armadura completa de Deus”, descrita em Efésios 6:10-18, e seja
zeloso em manter cada parte dela em bom estado.

Espírito
Definição: O termo hebraico rú·ahh e o grego pneú·ma, amiúde traduzidos por
“espírito”, têm diversos significados. Todos referem-se àquilo que é invisível à
vista humana e que dá evidência de força em movimento. Os termos hebraico e
grego são usados com referência a (1) vento, (2) força ativa de vida nas
criaturas terrestres, (3) força impelente que emana do coração figurado da
pessoa e que a faz dizer e realizar coisas dum determinado modo, (4)
declarações inspiradas que se originam duma fonte invisível, (5) pessoas
espirituais e (6) força ativa de Deus, ou espírito santo. Diversos destes usos são
143

considerados aqui em conexão com os tópicos que podem surgir no ministério


de campo.

Que é o espírito santo?

Uma comparação dos textos bíblicos que se referem ao espírito santo


indica que se fala de pessoas ficarem ‘cheias’ com tal espírito santo; que elas
podem ser ‘batizadas’ com ele; e que podem ser ‘ungidas’ com ele. (Luc. 1:41;
Mat. 3:11; Atos 10:38) Nenhuma destas expressões seria apropriada se o
espírito santo fosse uma pessoa.

Jesus também se referiu ao espírito santo como “ajudador” (grego:


pa·rá·kle·tos), e disse que este ajudador ‘ensinaria’, ‘daria testemunho’, ‘falaria’
e ‘ouviria’. (João 14:16, 17, 26; 15:26; 16:13) Não é incomum nas Escrituras
que algo seja personificado. Por exemplo, diz-se que a sabedoria tem “filhos”.
(Luc. 7:35) Fala-se do pecado e da morte como sendo reis. (Rom. 5:14, 21)
Embora alguns textos digam que o espírito “falou”, outras passagens tornam
claro que isto foi feito mediante anjos ou humanos. (Atos 4:24, 25; 28:25; Mat.
10:19, 20; compare Atos 20:23 com Atos 21:10, 11.) Em 1 João 5:6-8, não só o
espírito, mas também “a água, e o sangue” são mencionados como ‘dando
testemunho’. Portanto, nenhuma das expressões encontradas nestes textos
provam em si mesmas que o espírito santo seja uma pessoa.

A correta identificação do espírito santo deve ajustar-se a todos os textos


que se referem a esse espírito. Com tal conceito, é lógico concluir que o espírito
santo seja a força ativa de Deus. Não é uma pessoa, mas a poderosa força que
Deus faz emanar de si mesmo para realizar sua santa vontade. — Sal. 104:30; 2
Ped. 1:21; Atos 4:31.

Veja também a página 399, sob o tópico “Trindade”.

O que fornece evidência de que a pessoa


realmente tem o “espírito santo”?

Luc. 4:18, 31-35: “[Jesus leu do rolo do profeta Isaías:] ‘O espírito de


Jeová está sobre mim, porque me ungiu para declarar boas novas’ . . . E desceu
a Cafarnaum, uma cidade da Galiléia. E ele os ensinava no sábado; e ficaram
144

assombrados com o seu modo de ensinar, porque a sua palavra era com
autoridade. Ora, havia na sinagoga um homem com um espírito, um demônio
impuro, e ele gritava com voz alta . . . Mas Jesus censurou-o, dizendo: ‘Cala-te
e sai dele.’ Assim, depois de lançar o homem no meio deles, saiu dele o
demônio sem lhe fazer dano.” (O que forneceu evidência de que Jesus possuía o
espírito de Deus? O relato não diz que ele estremeceu ou gritou ou andou de um
lado para outro com fervor. Em vez disso, conta-nos que ele falou com
autoridade. É digno de nota, porém, que nessa ocasião um espírito demoníaco
deveras induziu um homem a gritar e a cair no chão.)

Atos 1:8 diz que quando os seguidores de Jesus recebessem o espírito


santo seriam testemunhas dele. Segundo Atos 2:1-11, quando eles efetivamente
receberam esse espírito, os observadores ficaram impressionados pelo fato de
que, embora os que falavam fossem todos galileus, falavam sobre as coisas
magníficas de Deus em línguas que eram familiares aos muitos estrangeiros
presentes. Mas o registro não diz que houve quaisquer arrebatamentos
emocionais da parte dos que receberam o espírito.

É digno de nota que quando Elisabete recebeu o espírito santo e exprimiu


“um alto grito” ela não estava numa reunião para adoração, mas cumprimentava
uma parenta que a visitava. (Luc. 1:41, 42) Quando, segundo relatado em Atos
4:31, o espírito santo caiu sobre discípulos reunidos, o lugar foi abalado, mas o
efeito desse espírito sobre os discípulos foi, não de estremecerem nem de
rolarem de um lado para outro, mas de ‘falarem a palavra de Deus com
denodo’. Da mesma forma hoje, o destemor em falar a palavra de Deus, o
empenhar-se zelosamente na obra de dar testemunho — estas coisas dão
evidência de que a pessoa tem espírito santo.

Gál. 5:22, 23: “Os frutos do espírito são amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio.” (São tais
frutos, em vez de arrebatamentos de fervor religioso, que a pessoa deveria
procurar ao buscar encontrar o povo que verdadeiramente possui o espírito de
Deus.)
145

Prova a habilidade de falar com grande emoção


numa língua que a pessoa jamais estudou que ela
possui o espírito de Deus?

Veja o tópico geral “Línguas, Falar em”.

Realizam-se em nossos dias curas milagrosas por


intermédio do espírito de Deus?

Veja o tópico geral “Curas”.

Quem é batizado com espírito santo?

Veja a página 61, sob “Batismo”, também o tópico geral “Nascer de


Novo”.

Existe uma parte espiritual do homem


que sobrevive à morte do corpo?

Eze. 18:4: “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Fi, PIB, So, Tr e Al
traduzem todas o termo hebraico né·fesh neste versículo por “alma”, afirmando
assim que é a alma que morre. Algumas traduções que vertem né·fesh por
“alma” em outras passagens usam a expressão “o homem” ou “a pessoa” neste
versículo. Portanto, né·fesh, a alma, é a pessoa, não uma parte imaterial dela que
sobrevive quando seu corpo morre.) (Para obter outros detalhes, veja o tópico
geral “Alma”.)

Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem
deveras os seus pensamentos.” (O termo hebraico aqui traduzido “espírito” é
derivado de rú·ahh. Alguns tradutores vertem-no por “fôlego”. Quando essa
rú·ahh, ou força ativa de vida, deixa o corpo, perecem os pensamentos da
pessoa; não continuam em outro domínio.)

Ecl. 3:19-21: “Há um evento conseqüente com respeito aos filhos da


humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para eles o
mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro; e todos eles
têm apenas um só espírito, de modo que não há nenhuma superioridade do
homem sobre o animal, pois tudo é vaidade. Todos vão para um só lugar. Todos
eles vieram a ser do pó e todos eles retornam ao pó. Quem é que conhece o
espírito dos filhos da humanidade, se ele vai para cima; e o espírito do animal,
146

se ele vai para baixo, para a terra?” (Por causa do pecado e da morte herdados
de Adão, todos os humanos morrem e retornam ao pó, como se dá com os
animais. Mas, possui todo humano um espírito que continua a viver como
personalidade inteligente depois de deixar de funcionar no corpo? Não; o
versículo 19 de Ecl. 3 responde que os humanos e os animais “todos eles têm
apenas um só espírito”. Com base apenas na observação humana, ninguém pode
responder com autoridade à pergunta formulada no versículo 21 de Ecl. 3 a
respeito do espírito. Mas, a Palavra de Deus responde que não há nada que os
humanos tenham em resultado de nascimento que lhes dê superioridade sobre
os animais, ao morrerem. Todavia, devido à provisão misericordiosa de Deus
mediante Cristo, abriu-se aos humanos que exercem fé a perspectiva de viverem
para sempre, mas não aos animais. Para muitos da humanidade, isso se tornará
possível pela ressurreição, quando a força ativa da parte de Deus os
revivificará.)

Luc. 23:46: “Jesus exclamou com voz alta e disse: ‘Pai, às tuas mãos
confio o meu espírito [grego: pneú·má].’ Dizendo isso, expirou.” (Observe que
Jesus expirou. Quando seu espírito saiu ele não estava a caminho do céu. Não
foi senão no terceiro dia depois disso que Jesus foi ressuscitado dentre os
mortos. Daí, conforme Atos 1:3, 9 mostra, passaram-se mais 40 dias antes de
ele ascender ao céu. Portanto, qual é o significado do que Jesus disse na ocasião
de sua morte? Ele dizia que sabia que, ao morrer, suas perspectivas de vida
futura dependiam inteiramente de Deus. Para comentários adicionais a respeito
do ‘espírito que retorna a Deus’, veja a página 35, sob o tópico “Alma”.)

Se Alguém Disser —
‘Você tem o espírito santo?’

Poderá responder: ‘Sim, e é por isso que vim à sua porta hoje. (Atos
2:17, 18)’

Ou poderá dizer: ‘É isso que me habilita a participar no ministério


cristão. Mas, noto que nem todos têm a mesma idéia quanto ao que fornece
evidência de que a pessoa realmente tem o espírito de Deus. O que é que você
busca encontrar como evidência disso?’ Daí, talvez possa acrescentar:
(Considere algo da matéria nas páginas 143-145.)
147

Espírito do mundo
Definição: A força impelente que influencia a sociedade humana constituída
dos que não são servos de Jeová Deus, e que faz com que tais pessoas digam e
façam coisas segundo um padrão característico. Embora as pessoas ajam à base
de preferências individuais, os que manifestam o espírito do mundo dão
evidência de certas atitudes, modos de fazer as coisas e objetivos básicos na
vida que são peculiares ao atual sistema de coisas do qual Satanás é governante
e deus.

Por que ser contaminado pelo espírito do


mundo é assunto de séria preocupação?

1 João 5:19: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (Satanás


promoveu o espírito que domina os pensamentos e as atividades dos dentre a
humanidade que não são servos aprovados de Jeová. É um espírito de egoísmo
e orgulho tão difundido que é como o ar que os humanos respiram.
Necessitamos exercer grande cautela para não nos submetermos ao poder de
Satanás por deixarmos que esse espírito molde nossa vida.)

Rev. 12:9: “Foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o
chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada; ele
foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto
com ele.” (Desde que isso ocorreu, após o nascimento do Reino em 1914, a
influência de Satanás e seus demônios intensificou-se grandemente entre a
humanidade. Seu espírito tem induzido as pessoas a atos de crescente egoísmo e
violência. Especialmente os que procuram servir a Jeová estão sujeitos a grande
pressão para tornar-se parte do mundo, para fazer o que os outros fazem e para
abandonar a verdadeira adoração.)

Quais são algumas das características do


espírito do mundo contra as quais precisamos
estar vigilantes?

1 Cor. 2:12: “Não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que é de


Deus, para que soubéssemos as coisas que nos foram dadas bondosamente por
Deus.” (Se o espírito do mundo enraizar-se nos pensamentos e nos desejos da
pessoa, seus frutos logo se evidenciarão nas ações que manifestam esse espírito.
148

Assim, livrar-se do espírito do mundo requer não apenas que se evitem as


atividades não-cristãs e os excessos, mas também que se chegue à raiz do
problema por se cultivarem atitudes que reflitam o espírito de Deus e um
genuíno amor aos modos dele. Deve ter isso em mente ao considerar as
seguintes formas em que o espírito do mundo se manifesta.)

Fazer o que se quer fazer, sem consideração pela


vontade de Deus.

Satanás instigou Eva a decidir por si mesma o que era bom e o que era
mau. (Gên. 3:3-5; em contraste, veja Provérbios 3:5, 6.) Muitos que seguem o
proceder de Eva não sabem qual é a vontade de Deus para a humanidade, nem
estão interessados em descobrir isto. Simplesmente “fazem o que bem
entendem”, conforme dizem. Os que conhecem os requisitos de Deus e
procuram ajustar-se a eles precisam tomar muito cuidado para que o espírito do
mundo não os faça ignorar deliberadamente o conselho da Palavra de Deus
naquilo que talvez encarem como “coisas pequenas”. — Luc. 16:10; veja
também “Independência”.

Reagir a situações à base de orgulho.

Foi Satanás quem primeiro consentiu superestimar-se a ponto de


corromper seu coração. (Veja Ezequiel 28:17; Provérbios 16:5.) O orgulho é
uma força divisiva no mundo em que o Diabo é o governante, fazendo com que
as pessoas se considerem melhores do que as de outras raças, nações, grupos
lingüísticos e situação econômica. Até mesmo os que servem a Deus talvez
precisem desarraigar resquícios de tais sentimentos. Eles também precisam ficar
vigilantes para que o orgulho não os faça criar grandes questões de assuntos
menores, ou se torne uma barreira ao reconhecimento de suas próprias faltas e à
aceitação do conselho, e desta forma se beneficiem da abundante ajuda amorosa
que Jeová provê mediante sua organização. — Rom. 12:3; 1 Ped. 5:5.

Manifestar atitude rebelde para com a autoridade.

A rebelião começou com Satanás, cujo nome significa “Opositor”. Por


seu desafio a Jeová, Ninrode, cujo nome talvez signifique “Rebelemo-nos”,
demonstrou que era filho de Satanás. Evitar esse espírito impedirá que pessoas
tementes a Deus se tornem desafiantes dos governantes seculares (Rom. 13:1);
149

ajudará os menores a se sujeitarem à autoridade de seus pais, concedida por


Deus (Col. 3:20); será uma proteção contra solidarizar-se com os apóstatas, que
desrespeitam os a quem Jeová incumbiu de responsabilidade em sua
organização visível. — Judas 11; Heb. 13:17.

Dar rédeas aos desejos da carne decaída.

Pode-se ver a influência e ouvir a respeito disso em toda parte. Há


necessidade constante de se ficar em guarda contra isso. (1 João 2:16; Efé. 4:17,
19; Gál. 5:19-21) Os pensamentos e os desejos que talvez conduzam a
evidências mais sérias disso podem manifestar-se nas conversas da pessoa, nas
piadas que conta, na letra das músicas que escuta, no tipo de dança que gosta,
ou em assistir a programas que apresentam sexo imoral. Este aspecto do espírito
do mundo manifesta-se no abuso de drogas, na embriaguez, no adultério, na
fornicação e no homossexualismo. Manifesta-se também quando a pessoa se
divorcia do cônjuge sem base bíblica, embora talvez legalmente, e casa-se com
outra. — Mal. 2:16.

Permitir que a vida seja dominada pelo desejo de


possuir aquilo que vê.

Foi tal desejo que Satanás cultivou em Eva, seduzindo-a a fazer algo que
arruinou sua relação com Deus. (Gên. 3:6; 1 João 2:16) Jesus rejeitou
firmemente uma tentação desta espécie. (Mat. 4:8-10) Os que querem agradar a
Jeová precisam ficar vigilantes para não deixar que o mundo comercial
desenvolva tal espírito neles. Muito pesar e ruína espiritual resultam aos que são
enlaçados por ele. — Mat. 13:22; 1 Tim. 6:7-10.

A ostentação de bens e de supostas consecuções.

Esta prática também “origina-se do mundo” e precisa ser abandonada


pelos que se tornam servos de Deus. (1 João 2:16) Está arraigada no orgulho, e,
em vez de edificar outros espiritualmente, tenta-os com atrativos materiais e
almejos de realizações mundanas. — Rom. 15:2.

Dar vazão às emoções em linguagem abusiva e atos violentos.

Estas são “obras da carne” contra as quais muitas pessoas têm de travar
uma luta árdua. Com genuína fé e a ajuda do espírito de Deus podem vencer o
150

mundo em vez de deixar que seu espírito as domine. — Gál. 5:19, 20, 22, 23;
Efé. 4:31; 1 Cor. 13:4-8; 1 João 5:4.

Basear as esperanças e os temores pessoais no que


os humanos são capazes de fazer.

O homem físico considera de real valor aquilo que pode ver e tocar. Suas
esperanças e temores giram em torno das promessas e das ameaças de outros
homens. Olha para os governantes humanos em busca de ajuda e fica desiludido
quando eles fracassam. (Sal. 146:3, 4; Isa. 8:12, 13) Para ele, esta vida é tudo
que há. As ameaças de morte facilmente o escravizam. (Em contraste, veja
Mateus 10:28; Hebreus 2:14, 15.) Mas uma nova força atua na mente das
pessoas que chegam a conhecer a Jeová, que enchem a mente e o coração com
Suas promessas, e que aprendem a voltar-se para ele em busca de ajuda em
todos os momentos de necessidade. — Efé. 4:23, 24; Sal. 46:1; 68:19.

Dar a humanos e a coisas a honra adorativa que


pertence a Deus.

“O deus deste sistema de coisas”, Satanás, o Diabo, incentiva toda sorte


de práticas que desvirtuam a inclinação humana, dada por Deus, para adorar. (2
Cor. 4:4) Alguns governantes têm sido tratados como deuses. (Atos 12:21-23)
Milhões curvam-se perante ídolos. Outros milhões idolatram atores e atletas de
destaque. Celebrações não raro dão indevida honra a indivíduos humanos. Este
espírito é tão comum que os que verdadeiramente amam a Jeová e querem dar-
lhe devoção exclusiva precisam estar diariamente alertas à sua influência.

Evolução
Definição: Evolução orgânica é a teoria de que o primeiro organismo vivo se
desenvolveu de matéria sem vida. Daí, diz-se que, ao se reproduzir,
transformou-se em espécies diferentes de coisas vivas, produzindo por fim
todas as formas de vida vegetal e animal que já existiram nesta terra. Diz-se que
tudo isso se realizou sem a intervenção sobrenatural de um Criador. Algumas
pessoas tentam misturar a crença em Deus com a evolução, dizendo que Deus
151

utilizou a evolução para criar as coisas, que trouxe à existência as formas


primitivas de vida e que depois as formas mais elevadas de vida, incluindo o
homem, foram produzidas por meio da evolução. Não é ensinamento bíblico.

É realmente científica a evolução?

Eis como é o “método científico”: Observar o que acontece; à base de tais


observações, criar uma teoria quanto àquilo que talvez seja verdadeiro; testar a
teoria por meio de observações adicionais e por experiências; e prestar atenção
para ver se as predições baseadas na teoria se confirmam. É este o método
seguido pelos que crêem na evolução e a ensinam?

O astrônomo Robert Jastrow diz: “Para o dissabor deles, [os cientistas]


não dispõem duma resposta precisa, porque os químicos jamais tiveram êxito
em reproduzir as experiências da natureza sobre a criação da vida à partir da
matéria inanimada. Os cientistas não sabem como isso aconteceu.” — The
Enchanted Loom: Mind in the Universe (Nova Iorque, 1981), p. 19.

O evolucionista Loren Eiseley reconheceu: “Após censurar o teólogo pela


sua confiança no mito e no milagre, a Ciência viu-se na posição, que nada tinha
de invejável, de ter de criar uma sua mitologia, isto é, de ter de assumir que
aquilo que, após longo esforço, não podia ser provado tivesse acontecido hoje,
se verificara, realmente, no passado primevo.” — A Imensa Jornada (Trad. de
Aldo Della Nina, São Paulo, SP, Brasil, 1964), p. 164.

Segundo a revista New Scientist: “Um crescente número de cientistas,


mais especificamente um avolumante número de evolucionistas . . . argumenta
que a teoria darwiniana da evolução não é, de jeito nenhum, uma teoria
genuinamente científica. . . . Muitos de tais críticos dispõem das mais altas
credenciais intelectuais.” — 25 de junho de 1981, p. 828.

O físico H. S. Lipson disse: “A única explicação aceitável é a criação. Sei


que isto é anátema para os físicos, como deveras é para mim, mas não devemos
rejeitar uma teoria da qual não gostamos, se a evidência experimental a apóia.”
(Grifo acrescentado.) — Physics Bulletin, 1980, Vol. 31, p. 138.

Estão de acordo os que sustentam a evolução?


Diante de tais fatos, o que acha daquilo que ensinam?

A introdução da edição centenária da obra de Darwin, Origem das Espécies (na


152

ed. em inglês, Londres, 1956), diz: “Como sabemos, há grande divergência de


opiniões entre os biólogos, não só quanto às causas da evolução, mas também,
até mesmo, sobre o processo em si. Tal divergência existe porque a evidência é
insatisfatória e não permite nenhuma conclusão abalizada. Por conseguinte, é
correto e apropriado trazer à atenção do público não-científico os desacordos
sobre a evolução.” — Por W. R. Thompson, então diretor do Instituto de
Controle Biológico da Comunidade Britânica, de Ottawa, Canadá.

“Decorrido um século desde a morte de Darwin, ainda não temos a menor


idéia demonstrável, ou mesmo plausível, de como a evolução realmente ocorreu
— e, nos anos recentes, isto levou a uma série extraordinária de batalhas sobre
o assunto todo. . . . Existe um estado de guerra quase declarada entre os
próprios evolucionistas, instando todo o tipo de seita [evolucionista] que haja
alguma nova modificação.” — C. Booker (redator do Times de Londres), The
Star, (Johannesburg, África do Sul), 20 de abril de 1982, p. 19.

A revista científica Discover dizia: “A evolução . . . não está sob o ataque


apenas de cristãos fundamentalistas, mas também é questionada por cientistas
de grande reputação. Entre os paleontólogos, cientistas que estudam os fósseis,
há crescente discordância.” — Outubro de 1980, p. 88.

Que conceito é apoiado pela


documentação fóssil?

Darwin reconheceu: “Se espécies numerosas . . . tivessem realmente


surgido bruscamente, este fato derrubaria a teoria da evolução.” (A Origem das
Espécies, trad. de Eduardo Fonseca, São Paulo, 1981, p. 307) Indica a evidência
que “numerosas espécies” vieram à existência ao mesmo tempo, ou mostra ela
que houve um desenvolvimento gradual, segundo sustenta a evolução?

Foram encontrados suficientes fósseis para se


chegar a uma conclusão bem fundada?

Porter Kier, cientista do Instituto Smithsoniano, diz: “Há cem milhões de


fósseis, todos catalogados e identificados, nos museus ao redor do mundo.”
(New Scientist, de 15 de janeiro de 1981, p. 129) A obra A Guide to Earth
History acrescenta: “Com o auxílio dos fósseis, os paleontólogos podem agora
153

fornecer-nos um excelente quadro da vida nas eras antigas.” — (Nova Iorque,


1956), de Richard Carrington, edição de Mentor, p. 48.

Que revela realmente a documentação fóssil?

O Bulletin do Museu Field de História Natural, de Chicago, EUA,


indicava: “A teoria da [evolução], de Darwin, sempre esteve estreitamente
vinculada com a evidência fóssil, e, provavelmente, a maioria das pessoas
presume que os fósseis desempenham uma parte importantíssima no argumento
geral a favor das interpretações darwinianas da história da vida. Infelizmente,
isto não é estritamente verídico. . . . a documentação geológica não apresentava
naquele tempo, e ainda não apresenta, uma cadeia finamente graduada de
evolução lenta e progressiva.” — Janeiro de 1979, Vol. 50, N.° 1, pp. 22, 23.

A View of Life diz: “Começando na base do período cambriano, e


estendendo-se por cerca de 10 milhões de anos, todos os principais grupos de
invertebrados dotados de esqueletos surgiram pela primeira vez, no
aparecimento diversificado mais espetacular que já foi registrado em nosso
planeta.” — (Califórnia, 1981), de Salvador E. Luria, Stephen Jay Gould e Sam
Singer, p. 649.

O paleontólogo Alfred Romer escreveu: “Abaixo deste [período


cambriano], há vastas camadas de sedimentos em que seria de esperar que
houvesse os progenitores das formas cambrianas. Mas não os encontramos;
estes leitos mais antigos são quase desprovidos de evidência de vida, e pode-se
razoavelmente dizer que o quadro geral é coerente com a idéia da criação
especial no começo das épocas cambrianas.” — Natural History, de outubro de
1959, p. 467.

O zoólogo Harold Coffin diz: “Caso fosse correta a evolução progressiva


do simples para o complexo, deveriam ser encontrados os ancestrais dessas
criaturas viventes completamente desabrochados no cambriano; mas, não foram
encontrados, e os cientistas admitem que existe muito pouca perspectiva de
serem algum dia encontrados. À base apenas destes fatos e à base do que
realmente é encontrado na terra, a teoria dum ato criativo súbito, em que as
principais formas de vida foram estabelecidas, enquadra-se melhor.” — Liberty,
de setembro/outubro de 1975, p. 12.

O astrônomo Carl Sagan, reconheceu de modo honesto na sua obra


Cosmos: “As evidências fósseis podem ser consistentes com a idéia de um
154

Grande Projetista.” — (Trad. de Angela N. Machado, Rio de Janeiro,


Brasil; 1983), p. 29.

Seria o caso de o processo da evolução


ter resultado de mutações, isto é,
súbitas mudanças drásticas nos genes?

Science Digest diz: “Os revisionistas evolucionários crêem que as


mutações nos genes-chaves reguladores podem ser exatamente as perfuratrizes
genéticas exigidas pela sua teoria de salto quântico.” Entretanto, a revista cita
também o zoólogo britânico Colin Patterson, que disse: “Trata-se de
especulação gratuita. Nada sabemos sobre estes genes-mestres reguladores.”
(Fevereiro de 1982, p. 92) Em outras palavras, não existe evidência em apoio
dessa teoria.

The Encyclopedia Americana reconhece: “Parece difícil conciliar o fato


de que a maioria das mutações são prejudiciais ao organismo com o conceito de
que as mutações são a fonte das matérias-primas para a evolução. Deveras, os
mutantes ilustrados nos compêndios de biologia são uma coleção de aleijões e
monstruosidades, e a mutação parece ser um processo destrutivo, em vez de
construtivo.” — (1977), Vol. 10, p. 742.

Que dizer dos “homens-macacos” retratados nos


livros didáticos, nas enciclopédias e nos museus?

“A carne e os cabelos em tais reconstituições têm de ser supridos por se


recorrer à imaginação. . . . A cor da pele; a cor, a forma e a distribuição dos
cabelos; a forma das feições; o aspecto do rosto — não sabemos absolutamente
nada sobre estes caracteres de quaisquer homens pré-históricos.” — The
Biology of Race (Nova Iorque, 1971), de James C. King, pp. 135, 151.

“A ampla maioria das concepções artísticas baseia-se mais na imaginação


do que na evidência. . . . Os artistas precisam criar algo entre o símio e o ser
humano; quanto mais antigo se diz que é o espécime, tanto mais simiesco o
tornam.” — Science Digest, de abril de 1981, p. 41.

“Assim como aprendemos aos poucos que os homens primitivos não eram
necessariamente selvagens, assim também temos de aprender a reconhecer que
os homens primitivos da Época Glacial não eram nem animais brutos, nem
155

metade macacos, nem cretinos. Daí a indescritível estupidez de todas as


tentativas de reconstituir o homem de Neanderthal, ou mesmo o de Pequim.” —
Man, God and Magic (Nova Iorque, 1961), Ivar Lissner, p. 304.

Não apresentam os compêndios a evolução como um fato?

“Muitos cientistas sucumbem à tentação de serem dogmáticos, . . . vez


após vez, a questão da origem das espécies tem sido apresentada como se já
estivesse definitivamente resolvida. Nada poderia estar mais longe da verdade. .
. . Persiste, contudo, a tendência para o dogmatismo, e isso de nada serve à
causa da ciência.” — The Guardian, Londres, de 4 de dezembro de 1980, p. 15.

Mas, é razoável crer que tudo nesta terra


foi criado em seis dias?

Existem alguns grupos religiosos que ensinam que Deus criou todas as
coisas em seis dias de 24 horas. Mas não é isso que a Bíblia diz.

Gênesis 1:3-31 diz como Deus preparou a terra, que já existia, para ser
habitada pelos humanos. Diz que isso foi feito num período de seis dias, mas
não diz que eram dias de 24 horas. Não é incomum uma pessoa falar dos “dias
de seus avós”, querendo dizer o inteiro período de vida deles. Assim também a
Bíblia amiúde emprega o termo “dia” para descrever um período de tempo de
certa duração. (Compare com 2 Pedro 3:8.) De modo que os ‘dias’ mencionados
em Gênesis, capítulo 1, poderiam razoavelmente ser de uma extensão de
milhares de anos.

Para pormenores adicionais, veja a página 98.

Se Alguém Disser —
‘Eu creio na evolução.’

Poderá responder: ‘Acredita que Deus teve alguma parte nisso, ou


acredita que desde o início o desenvolvimento da vida se deu estritamente por
mero acaso? (Daí, prossiga à base daquilo que a pessoa disser.)’

Ou poderá dizer: ‘Será que seria realístico rejeitar algo que foi
plenamente provado ser um fato científico? . . . Tenho aqui alguns comentários
feitos por cientistas, sobre este ponto, que são muito interessantes. (Use a
156

matéria na página 151, debaixo do subtópico “É realmente científica a


evolução?” ou nas páginas 151, 152, sob “Estão de acordo os que sustentam a
evolução? . . .”)’

Outra possibilidade: ‘Quando há sólida evidência em prova de algo, isso


é o que todos nós devemos crer, não acha? . . . Lembro-me de que nos meus
livros de escola havia gravuras de fósseis em apoio da evolução. Mas, desde
então, tenho lido alguns comentários muito interessantes feitos por cientistas a
respeito da documentação fóssil. Tenho alguns desses comentários aqui
comigo. (Use a matéria nas páginas 152, 153, debaixo do subtópico “Que
conceito é apoiado pela documentação fóssil?”)’

Outra sugestão: ‘Penso que é uma pessoa que gosta de encarar a vida tal
como ela realmente é, não é mesmo? . . . Eu também sou assim.’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Se eu caminhar por uma região descampada e encontrar
uma casa formada com um pouco de madeira e pedras, não deve isso ser para
mim uma clara indicação de que alguém esteve ali antes de mim e a construiu? .
. . Mas, seria então lógico eu concluir que as flores que crescem do lado da casa
surgiram por acaso? Se eu penso assim, então preciso olhar de perto e notar o
desenho complexo delas, porque sei que é uma verdade fundamental que, se
existe um desenho, tem de haver um desenhista. É isso que a Bíblia nos diz em
Hebreus 3:4.’

Ou poderá responder (a uma pessoa mais idosa): ‘Uma das idéias


fundamentais da evolução é que ela é responsável pelo progresso do homem,
pelo seu desenvolvimento naquilo que ele hoje é, certo?’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘O(a) senhor(a) já viveu algum tempo. Lembra-se de como
eram as coisas quando criança? Havia tantos crimes como há hoje em dia? . . .
Tinha de conservar a porta de sua casa sempre trancada? . . . Diria que as
pessoas naquele tempo mostravam mais interesse pelos vizinhos e pelos mais
velhos do que atualmente? . . . Portanto, embora tenha havido grande progresso
nos campos da tecnologia, parece que os humanos em si estão perdendo
algumas das qualidades de maior valor. Por que se dá isso?’ (2) ‘Noto que estes
fatos da vida, que ambos temos observado, estão de acordo com o que está
escrito aqui na Bíblia, em Romanos 5:12. . . . Portanto, as pessoas realmente
tendem para a decadência.’ (3) ‘Mas a Bíblia mostra que isso mudará. (Dan.
2:44; Rev. 21:3, 4)’
157

‘Eu creio que Deus criou o homem por meio


da evolução.’

Poderá responder: ‘Tenho conversado com outros que têm esse mesmo
conceito. Será que estou certo(a) em pensar que é uma pessoa que tem forte fé
em Deus? . . . Então a sua fé realmente ocupa o primeiro lugar em sua vida;
tendo-a como base, procura avaliar as outras coisas, certo? . . . Eu também
encaro as coisas desse modo.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Sei que, se o
que creio é realmente a verdade, não estará em choque com os fatos científicos
que foram provados. Ao mesmo tempo, sei que seria tolo eu desconsiderar o
que a Palavra de Deus diz, porque Deus sabe muito mais sobre as Suas obras do
que qualquer de nós. Impressiona-me o que a Bíblia, a inspirada Palavra de
Deus, diz aqui em Gênesis 1:21 (enfatize “segundo a sua espécie”).’ (2)
‘Depois, em Gênesis 2:7, ficamos sabendo que Deus formou o homem, não de
animais que existiam antes, mas do pó.’ (3) ‘E nos versículos 21 e 22 de Gên. 2
notamos que Eva foi formada, não de um animal, mas de uma das costelas de
Adão como material de base.’

Ou poderá dizer: ‘(Depois de estabelecer uma base comum, conforme


acima . . .) Alguns dizem que a menção que a Bíblia faz de Adão era
simplesmente alegoria. Mas se isso for verdade, a que conclusão nos levará?’
(1) ‘Bem, note o que se acha declarado aqui em Romanos 5:19: “Assim como
pela desobediência de um só homem [Adão] muitos foram constituídos
pecadores, do mesmo modo também pela obediência de um só [Jesus Cristo]
muitos serão constituídos justos.” Similarmente, 1 Coríntios 15:22 diz: “Assim
como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão
vivificados.” Mas, se realmente não houve ‘um homem’ chamado Adão, então
tal homem nunca pecou. Se não pecou e não transmitiu uma herança de pecado
à sua descendência, então não havia necessidade de Cristo dar a sua vida em
favor da humanidade. Se Cristo realmente não deu a sua vida em nosso favor,
então não há nenhuma perspectiva de vida além dos nossos poucos anos de vida
atual. Nesse caso não resta nada do cristianismo.’ (2) ‘Contudo, estão
englobados no cristianismo os mais elevados princípios morais que possam ser
encontrados em qualquer parte. Poderiam os mais excelentes ensinamentos
sobre a verdade e a honestidade originar-se de algo que basicamente fosse
falso? (Veja também as páginas 27-29, sob o tópico geral “Adão e Eva”.)
158

‘Mas pessoas muito cultas crêem na evolução.’

Poderá responder: ‘É verdade, contudo tenho notado que mesmo as


pessoas que dizem crer na evolução podem discordar fortemente de outros que
nela crêem. (Cite exemplos da matéria nas páginas 151, 152.) Portanto,
precisamos examinar pessoalmente a evidência para ver em que devemos crer
— na evolução ou na criação.’

Ou poderá dizer: ‘É verdade. Contudo, tenho notado que há outras


pessoas de elevada cultura que não crêem na evolução.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Por que a diferença? Todos estão familiarizados com a
mesma evidência. Não estaria porventura por trás disso a motivação?
Possivelmente.’ (2) ‘Como pode a pessoa decidir em quem acreditar? Bem,
considerando o grupo como um todo (e não criticando indivíduos), que grupo
acha ser mais honesto — o dos que crêem que o homem foi criado por Deus e
assim sentem que precisam prestar contas a ele, ou dos que dizem que são
produto do acaso e, por conseguinte, só têm de prestar contas a si próprios?’ (3)
‘Assim, pois, precisamos examinar pessoalmente a evidência para ver se é a
criação ou a evolução que provê as respostas mais satisfatórias para a vida.’

Falsos profetas
Definição: Indivíduos e organizações que proclamam mensagens que atribuem
a uma fonte sobre-humana, que, porém, não se originam do verdadeiro Deus e
não estão em harmonia com a sua vontade revelada.

Como podem ser identificados os verdadeiros


profetas e os falsos?

Os verdadeiros profetas tornam conhecida a sua


fé em Jesus, mas requer-se deles mais do que professarem
pregar em nome dele.

1 João 4:1-3: “Provai as expressões inspiradas para ver se se originam de


Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Obtendes o
159

conhecimento da expressão inspirada da parte de Deus pelo seguinte: Toda


expressão inspirada que confessa Jesus Cristo como tendo vindo na carne
origina-se de Deus, mas toda expressão inspirada que não confessa a Jesus não
se origina de Deus.”

Mat. 7:21-23: “Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no


reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome .
. . ?’ Contudo, eu lhes confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de
mim, vós obreiros do que é contra a lei.”

Os verdadeiros profetas falam em nome de Deus,


mas não basta meramente afirmar estar representando
a ele.

Deut. 18:18-20: “Suscitar-lhes-ei do meio dos seus irmãos um profeta


semelhante a ti [semelhante a Moisés]; e deveras porei as minhas palavras na
sua boca e ele certamente lhes falará tudo o que eu lhe mandar. E tem de dar-se
que o homem que não escutar as minhas palavras que ele falar em meu nome,
deste eu mesmo exigirei uma prestação de contas. No entanto, o profeta que
presumir de falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar ou
que falar em nome de outros deuses, tal profeta terá de morrer.” (Compare com
Jeremias 14:14; 28:11, 15.)

Jesus disse: “Não faço nada de minha própria iniciativa; mas assim como
o Pai me ensinou, estas coisas eu falo.” (João 8:28) Ele disse: “Vim em nome
de meu pai.” (João 5:43) Jesus também disse: “Quem fala de sua própria
iniciativa está buscando a sua própria glória.” — João 7:18.

Se quaisquer indivíduos ou organizações afirmarem representar a Deus,


mas se recusam a usar o nome pessoal de Deus, e de modo costumeiro
expressarem suas próprias opiniões sobre os assuntos, será que estão à altura
desta importante qualificação de profeta verdadeiro?

A capacidade de realizar “grandes sinais”, ou “milagres”,


não é forçosamente prova de profeta verdadeiro.

Mat. 24:24: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes


160

sinais [“milagres”, ABV] e prodígios, a fim de desencaminhar, se possível, até


mesmo os escolhidos.”

2 Tes. 2:9, 10: “A presença daquele que é contra a lei é segundo a


operação de Satanás, com toda obra poderosa, e sinais e portentos mentirosos, e
com todo engano injusto para com os que estão perecendo, em retribuição por
não terem aceito o amor da verdade, para que fossem salvos.”

Por outro lado, Moisés realizou milagres sob a orientação de Jeová. (Êxo.
4:1-9) Jeová deu também poder para Jesus realizar milagres. (Atos 2:22) Além
dos milagres, porém, houve outras evidências de que Deus verdadeiramente os
havia enviado.

O que os profetas verdadeiros predizem acontece,


mas podem não entender exatamente quando e
como sucederá.

Dan. 12:9: “Vai, Daniel, porque as palavras são guardadas em segredo e


seladas até o tempo do fim.”

1 Ped. 1:10, 11: “Os profetas . . . investigaram que época específica ou


que sorte de época o espírito neles indicava a respeito de Cristo, quando de
antemão dava testemunho dos sofrimentos por Cristo e das glórias que os
seguiriam.”

1 Cor. 13:9, 10: “Temos conhecimento parcial e profetizamos


parcialmente; mas, quando chegar o que é completo, será eliminado o que é
parcial.”

Pro. 4:18: “A vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais
até o dia estar firmemente estabelecido.”
Os apóstolos e outros primitivos discípulos cristãos tinham certas
expectativas erradas, mas a Bíblia não os classifica como “falsos profetas”. —

Veja Lucas 19:11; João 21:22, 23; Atos 1:6, 7.

Natã, o profeta, encorajou o Rei Davi a levar avante o que tinha no


coração com respeito à construção de uma casa para a adoração de Jeová. Mais
tarde, porém, Jeová disse a Natã que informasse Davi que não seria ele quem
haveria de construí-la. Jeová não rejeitou a Natã por causa daquilo que ele havia
dito antes, mas continuou a usá-lo, porque ele corrigiu com humildade a
questão, quando Jeová lha elucidou. — 1 Crô. 17:1-4, 15.
161

As declarações de um profeta verdadeiro promovem


a adoração verdadeira e se harmonizam com
a vontade revelada de Deus.

Deut. 13:1-4: “Caso se levante no teu meio um profeta ou um sonhador de


sonho e ele te dê um sinal ou um portento, e se cumpra o sinal ou o portento de
que te falou, dizendo: ‘Andemos seguindo outros deuses, que não conheceste, e
sirvamo-los’, não deves escutar as palavras deste profeta ou o sonhador daquele
sonho, porque Jeová, vosso Deus, vos está pondo à prova para saber se amais a
Jeová, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Deveis
andar seguindo a Jeová, vosso Deus, e a ele deveis temer, e seus mandamentos
deveis guardar, a sua voz deveis escutar, e a ele deveis servir, e a ele vos deveis
apegar.”

Visto que a Bíblia diz que um “amigo do mundo” é inimigo de Deus, será
que os clérigos que instam com seus paroquianos para que se envolvam nos
assuntos do mundo estão promovendo a verdadeira adoração? (Tia. 4:4; 1 João
2:15-17) O verdadeiro Deus disse que as nações “terão de saber que eu sou
Jeová”, e a Bíblia declara que Deus tiraria dentre as nações “um povo para o
seu nome”, mas estão agindo em harmonia com esta vontade revelada de Deus
as organizações religiosas que minimizam a importância de se usar o nome
pessoal de Deus? (Eze. 38:23; Atos 15:14) Jesus ensinou seus seguidores a orar
pelo Reino de Deus, e a Bíblia acautela contra depositar confiança nos homens
terrenos, portanto, são verdadeiros profetas os clérigos ou as organizações
políticas que instam com o povo que deposite sua confiança nos governos
humanos? — Mat. 6:9, 10; Sal. 146:3-6; compare com Revelação 16:13, 14.

Os verdadeiros e os falsos profetas podem ser reconhecidos


pelos seus frutos conforme manifestos
em sua vida e na vida dos que os seguem.

Mat. 7:15-20: “Vigiai-vos dos falsos profetas que se chegam a vós em


pele de ovelha, mas que por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os
reconhecereis . . . Toda árvore boa produz fruto excelente, mas toda árvore
podre produz fruto imprestável . . . Realmente, pois, pelos seus frutos
reconhecereis estes homens.”
162

O que caracteriza o modo de vida deles? “As obras da carne são . . .


fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo,
inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas,
bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas. . . . Os que praticam tais
coisas não herdarão o reino de Deus. Por outro lado, os frutos do espírito [de
Deus] são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
brandura, autodomínio.” — Gál. 5:19-23; veja também 2 Pedro 2:1-3.

Não cometeram as Testemunhas de Jeová erros


nos seus ensinamentos?~

As Testemunhas de Jeová não professam ser profetas inspirados.


Cometeram enganos. Como no caso dos apóstolos de Jesus Cristo, tiveram às
vezes expectativas erradas. — Luc. 19:11; Atos 1:6.

A Bíblia provê o fator tempo com respeito à presença de Cristo, e as


Testemunhas de Jeová têm estudado isso com profundo interesse. (Luc. 21:24;
Dan. 4:10-17) Jesus descreveu também um sinal de muitos aspectos que se
conjugam com o cumprimento das profecias sobre o tempo para a identificação
da geração que alcançaria em vida o fim do iníquo sistema de coisas de Satanás.
(Luc. 21:7-36) As Testemunhas de Jeová têm indicado a evidência, em
cumprimento deste sinal. É verdade que as Testemunhas cometeram erros de
entendimento, sobre o que ocorreria no fim de certos períodos de tempo, mas
não cometeram o erro de perder a fé ou de cessar de ficar vigilantes quanto ao
cumprimento dos propósitos de Jeová. Continuaram a ter presente o conselho
dado por Jesus: “Portanto, mantende-vos vigilantes, porque não sabeis em que
dia virá o vosso Senhor.” — Mat. 24:42.

Os assuntos em que foram necessárias correções de ponto de vista têm


sido relativamente mínimos em comparação com as verdades bíblicas vitais que
discerniram e publicaram. Entre essas, acham-se as seguintes: Jeová é o único
Deus verdadeiro. Jesus Cristo não faz parte de uma divindade trinitária, mas é o
Filho unigênito de Deus. A redenção do pecado só é possível por meio da fé no
sacrifício redentor de Cristo. O espírito santo não é uma pessoa, mas é a força
ativa de Jeová, e seus frutos precisam evidenciar-se na vida dos verdadeiros
163

adoradores. A alma humana não é imortal, conforme afirmavam os antigos


pagãos; ela morre, e a esperança de vida futura está na ressurreição. É por causa
da questão da soberania universal que Deus permitiu a iniqüidade. O Reino de
Deus é a única esperança da humanidade. Desde 1914 vivemos nos últimos dias
do sistema iníquo, global, de coisas. Apenas 144.000 cristãos fiéis serão reis e
sacerdotes com Cristo no céu, ao passo que o resto da humanidade obediente
receberá a vida eterna numa terra paradísica.

Outro fator a considerar a respeito dos ensinamentos das Testemunhas de


Jeová é este: Soergueram tais ensinamentos realmente as pessoas em sentido
moral? Destacam-se na comunidade por causa de sua honestidade os que
aderem a esses ensinamentos? É a vida no círculo familiar influenciada de
modo benéfico pela aplicação desses ensinamentos? Jesus disse que seus
discípulos seriam facilmente identificados por terem amor entre si. (João 13:35)
Nota-se essa qualidade em grau elevado entre as Testemunhas de Jeová?
Deixemos que os fatos falem por si mesmos.

Se Alguém Disser —
‘O pastor da minha igreja disse que as
Testemunhas de Jeová são os falsos profetas.’

Poderá responder: ‘Permita-me perguntar: Mostrou ele algo na Bíblia


que descreva o que nós cremos ou fazemos e que diga que pessoas dessa
espécie seriam falsos profetas? . . . Posso mostrar-lhe como a Bíblia descreve os
falsos profetas? (Use então um ou mais pontos esboçados nas páginas 158-
162.)’

Ou poderá dizer: ‘Tenho a certeza de que concorda que uma evidência


específica deve apoiar tal acusação séria. Será que o pastor da sua igreja citou
exemplos específicos? (Se o morador mencionar algumas ditas “predições” que
não se cumpriram, use a matéria da página 160 e da parte inferior da página 161
à parte superior da página 163.)’

Outra possibilidade: ‘Tenho a certeza de que, se alguém lhe fizesse uma


acusação similar, gostaria de ter pelo menos a oportunidade de explicar sua
posição ou ponto de vista, não é verdade? . . . Portanto, posso mostrar-lhe, à
base da Bíblia, . . . ?’
164


Definição: “A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração
evidente de realidades, embora não observadas.” (Heb. 11:1) A verdadeira fé
não é credulidade, isto é, crer logo em alguma coisa sem evidência sólida, ou só
porque a pessoa quer que assim seja. A fé genuína requer conhecimento básico
ou fundamental, familiaridade com a evidência, bem como genuíno apreço do
que essa evidência indica. Assim, embora seja impossível ter verdadeira fé sem
conhecimento exato, a Bíblia diz que é “com o coração” que a pessoa exerce fé.
— Rom. 10:10.

Por que muitas pessoas não têm fé?

A fé é fruto do espírito de Deus, e Deus dá alegremente seu espírito aos


que o buscam. (Gál. 5:22; Luc. 11:13) Portanto, as pessoas que não têm fé não
estão buscando esse espírito, ou estão fazendo isso com propósito errado, ou
estão resistindo à operação dele em sua vida. Muitas coisas influem nisso:

Falta de conhecimento exato da Bíblia: A Bíblia é produto do espírito de


Deus, tendo sido inspirada por Deus. (2 Tim. 3:16, 17; 2 Sam. 23:2) Não
estudá-la impede qualquer desenvolvimento da verdadeira fé. Embora os
membros das igrejas possam ter Bíblias, se lhes ensinaram idéias de homens em
vez de se lhes ensinar a Palavra de Deus, não terão verdadeira fé em Deus e no
seu propósito. Para solucionar os problemas da vida, terão a inclinação de
confiar nas suas próprias idéias e nas de outros humanos. — Compare com
Mateus 15:3-9.

Decepção com a religião: Muitos ficaram decepcionados com a


hipocrisia das igrejas da cristandade, que afirmam ensinar a Palavra de Deus,
mas deixam de viver em harmonia com o que ela diz. Outros eram adeptos de
uma religião não-cristã, mas viram os frutos maus das práticas dela ou notaram
que suas crenças não os ajudaram realmente a vencer os problemas da vida. Por
falta de conhecimento exato do verdadeiro Deus, tais pessoas se afastaram de
tudo o que se relaciona com religião. — Compare com Romanos 3:3, 4; Mateus
7:21-23.

Não entendem a razão por que Deus permitiu o mal: As pessoas em sua
maioria não entendem por que Deus permite o mal, e assim lançam a culpa nele
165

por todas as coisas más que acontecem. Não compreendem que a inclinação do
homem para o que é mau não é em razão da vontade de Deus, mas por causa do
pecado de Adão. (Rom. 5:12) Talvez não saibam da existência de Satanás, o
Diabo, e de sua influência nos assuntos do mundo, de modo que atribuem a
Deus as coisas vis perpetradas por Satanás. (1 João 5:19; Rev. 12:12) Se até
certo ponto sabem dessas coisas, talvez achem que Deus é vagaroso em tomar
ação, porque não entendem claramente a questão da soberania universal e não
compreendem que a paciência de Deus até o tempo atual lhes dá uma
oportunidade imerecida de salvação. (Rom. 2:4; 2 Ped. 3:9) Tampouco
entendem plenamente que Deus fixou um tempo em que destruirá para sempre a
todos os que praticam a iniqüidade. — Rev. 22:10-12; 11:18; Hab. 2:3.

Vidas dominadas por desejos e conceitos carnais: Geralmente, as pessoas


que não têm uma fé realmente sólida se empenham na busca de outros
interesses. Alguns talvez digam que crêem na Bíblia, mas pode ser que nunca a
estudaram cabalmente, ou não meditaram de modo apreciativo no que leram,
nem nas razões, nem em como se aplica à vida diária. (Compare com 1
Crônicas 28:9.) Em alguns casos, deixaram de nutrir sua fé, mas, em vez disso,
permitiram que o desejo de coisas injustas dominasse a inclinação de seu
coração, de modo que se afastaram de Deus e de seus caminhos. — Heb. 3:12.

Como pode alguém adquirir fé?

Rom. 10:17: “A fé segue à coisa ouvida.” (Compare com Atos 17:11, 12;
João 4:39-42; 2 Crônicas 9:5-8. A pessoa precisa primeiro saber o que a Bíblia
diz, e fortalecerá a sua convicção se a examinar cuidadosamente para se
convencer de que ela é fidedigna.)

Rom. 10:10: “Com o coração se exerce fé.” (Mediante a meditação sobre


coisas piedosas para cultivar apreço por estas, a pessoa as grava no coração
figurativo.)

A fé é fortalecida quando uma pessoa age segundo as promessas de Deus


e daí vê a evidência da bênção de Deus sobre o que fez. — Veja Salmo 106:9-
12.

Ilustração: Talvez tenha um amigo a respeito de quem diria: ‘Eu confio


nesse homem. Posso contar com ele quanto a manter a palavra; e sei que, se eu
166

tiver um problema, ele virá ajudar-me.’ Não diria provavelmente isto a respeito
de alguém que tivesse encontrado ontem pela primeira vez, não é verdade?
Teria de ser alguém com quem já se associou por muito tempo, alguém que
provou ser de confiança vez após vez. O mesmo se dá com a fé religiosa. Para
alguém ter fé, é preciso que tome tempo para chegar a conhecer a Jeová e seu
modo de fazer as coisas.

Fé na existência de Deus.

Veja as páginas 120-126 sob o tópico geral “Deus”.

Fé na perspectiva de um justo novo sistema


de coisas.

Quando a pessoa fica bem familiarizada com o relato dos tratos de Jeová
com seus servos, chega a ter o mesmo ponto de vista que Josué, que disse: “Vós
bem sabeis, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, que não falhou
nem uma única de todas as boas palavras que Jeová, vosso Deus, vos falou.
Todas elas se cumpriram para convosco. Nem uma única palavra delas falhou.”
— Jos. 23:14.

As promessas bíblicas de saúde renovada, da ressurreição dentre os


mortos, e assim por diante, são reforçadas pelo relato dos milagres realizados
por Jesus Cristo. Não se trata de fábulas. Leia as narrativas do Evangelho e veja
a evidência de que têm todos os sinais de autenticidade histórica. Dão-se os
nomes dos locais geográficos; dão-se o nome de governantes contemporâneos
seculares; preservou-se mais do que um relato de testemunha ocular. A
meditação sobre tal evidência pode fortalecer a sua fé nas promessas da Bíblia.

Vá aos Salões do Reino das Testemunhas de Jeová e a suas assembléias, e


poderá ver por si mesmo a evidência de que a aplicação do conselho bíblico
transforma a vida das pessoas, pode fazer pessoas tornar-se honestas e
moralmente retas e pode fazer pessoas de todas as raças e nacionalidades viver
e trabalhar em união num espírito de genuína fraternidade.

São as obras realmente necessárias se a pessoa


tem fé?

Tia. 2:17, 18, 21, 22, 26: “A fé, se não tiver obras, está morta em si mesma.
Não obstante, alguém dirá: ‘Tu tens fé e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé à
167

parte das obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.’ Não foi
Abraão, nosso pai, declarado justo por obras, depois de ter oferecido Isaque, seu
filho, no altar? Observas que a sua fé cooperou com as suas obras e que a sua fé
foi aperfeiçoada pelas suas obras. Deveras, assim como o corpo sem espírito
está morto, assim também a fé sem obras está morta.”

Ilustração: Um jovem poderá fazer a corte a uma jovem, dizendo-lhe que


a ama. Mas, se nunca a pedir em casamento, está ele realmente demonstrando
que seu amor é completo? Da mesma forma, as obras são um meio de
demonstrarmos a genuinidade da nossa fé e do nosso amor. Se não
obedecermos a Deus, não o amamos realmente nem temos fé na retidão de seus
caminhos. (1 João 5:3, 4) Não podemos, porém, merecer a salvação, quaisquer
que sejam as obras que fazemos. A vida eterna é uma dádiva de Deus por meio
de Jesus Cristo, não um pagamento pelas nossas obras. — Efé. 2:8, 9.

Feriados
Definição: Dias em que usualmente se suspendem o trabalho secular e as aulas
com o fim de se comemorar um evento. Tais dias podem também ser ocasiões
de festividades em família ou na comunidade. Os participantes talvez
considerem tais feriados como sendo religiosos ou em grande parte
acontecimentos sociais ou seculares.

Baseia-se na Bíblia a celebração do Natal?

Data da celebração.

A Enciclopédia Barsa diz: “A data real deste acontecimento [do


nascimento de Jesus] . . . não foi ainda satisfatoriamente reconhecida. . . .
O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de
Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se
festejar o nascimento de Cristo ‘como se fosse ele um faraó’.” — (São
Paulo, 1968), Vol. 9, p. 437.

Lucas 2:8-11 mostra que havia pastores nos campos, de noite,


168

quando Jesus nasceu. A obra Daily Life in the Time of Jesus declara: “Os
rebanhos . . . passavam o inverno em abrigo; e somente disso já se pode ver que
a data tradicional para o Natal, no inverno, é improvável quanto a ser a certa,
visto que o Evangelho diz que os pastores estavam nos campos.” — (Nova
Iorque, 1962), Henri Daniel-Rops, p. 228.

A Enciclopédia Barsa nos informa: “A data atual [25 de dezembro] foi


fixada . . . a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa
mitraica . . . que celebrava o natalis invicti Solis (“Nascimento do Vitorioso
Sol”) e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a
Saturnalia em Roma e os cultos solares. . . . A idéia central das missas de Natal
revelam claramente esta origem: as noites eram mais longas e frias, pelo que,
em todos estes ritos, se ofereciam sacrifícios propiciatórios e se suplicava pelo
retorno da luz. A liturgia natalina retoma esta idéia.” — (São Paulo, 1968), Vol.
9, pp. 437, 438.

A New Catholic Encyclopedia reconhece o seguinte: “A data do


nascimento de Cristo não é conhecida. Os Evangelhos não indicam nem o dia
nem o mês . . . Segundo a hipótese sugerida por H. Usener . . . e aceita pela
maioria dos peritos hoje em dia, designou-se ao nascimento de Cristo a data do
solstício do inverno (25 de dezembro no calendário juliano, 6 de janeiro no
egípcio), porque, nesse dia, à medida que o sol começava seu retorno aos céus
setentrionais, os devotos pagãos de Mitra celebravam o dies natalis Solis Invicti
(aniversário natalício do sol invencível). Em 25 de dez. de 274, Aureliano
mandou proclamar o deus-sol como o principal padroeiro do império e dedicou
um templo a ele no Campo de Marte. O Natal se originou numa época em que o
culto do sol era particularmente forte em Roma.” — (1967), Vol. III, p. 656.

Sábios, ou magos, dirigidos por uma estrela.

Aqueles magos eram realmente astrólogos procedentes do oriente. (Mat.


2:1, 2, NM; NE) Embora a astrologia seja popular entre muitos povos hoje em
dia, ela é fortemente desaprovada pela Bíblia. (Veja as páginas 119, 120, sob o
tópico geral “Destino”.) Será que Deus conduziria ao recém-nascido Jesus
pessoas cujas práticas Ele condenava?

Mateus 2:1-16 mostra que a estrela guiou os astrólogos primeiro ao Rei


169

Herodes e depois a Jesus, e que então Herodes procurou fazer com que Jesus
fosse morto. Não há menção de que alguma outra pessoa, a não ser os
astrólogos, visse a “estrela”. Depois de partirem, o anjo de Jeová avisou José
para que fugisse para o Egito a fim de salvaguardar o menino. Era aquela
“estrela” um sinal da parte de Deus ou de alguém que procurava mandar
destruir o Filho de Deus?

Note que a narrativa bíblica não diz que encontraram o bebê Jesus numa
manjedoura, conforme costumeiramente se representa nas criações artísticas do
Natal. Quando os astrólogos chegaram, Jesus e seus pais moravam numa casa.
Quanto à idade de Jesus nessa ocasião, seja lembrado que, à base daquilo que
Herodes ficou sabendo dos astrólogos, decretou que fossem destruídos no
distrito de Belém todos os meninos de dois anos ou menos de idade. — Mat.
2:1, 11, 16.

Dar presentes, como parte da celebração;


histórias sobre São Nicolau, Papai Noel, etc.

O costume de dar presentes no Natal não se baseia no que os magos


fizeram. Conforme demonstrado acima, eles não chegaram na ocasião do
nascimento de Jesus. Outrossim, deram presentes, não entre si, mas à criança,
Jesus, de acordo com o que era costumeiro quando alguém visitava pessoas
eminentes.

A Grande Enciclopédia Delta Larousse declara que as saturnais eram


“festas . . . que constituíram . . . ocasião para trocar presentes”. (Rio de Janeiro,
1972, Vol. 13, p. 6192) Em muitos casos isso representa o espírito natalino de
dar presentes — uma troca de presentes. O espírito que se traduz nessa troca de
presentes não produz verdadeira felicidade, porque viola os princípios cristãos,
tais como os que se encontram em Mateus 6:3, 4 e 2 Coríntios 9:7. O cristão
pode certamente dar presentes a outros como expressão de amor em outras
ocasiões durante o ano, fazendo isso quantas vezes quiser.

Dependendo do lugar onde moram, diz-se às crianças que os presentes são


trazidos por Santa Claus, São Nicolau, Papai Noel, Père Noël, Knecht Ruprecht,
os magos, o elfo Jultomten (ou Julenissen), ou uma bruxa conhecida por La
Befana. (The World Book Encyclopedia, 1984, Vol. 3, p. 414) Naturalmente,
nenhuma dessas histórias é verdadeira. Será que tais histórias contadas às
170

crianças consolidam o respeito delas pela verdade, e dá tal costume honra a


Jesus Cristo, que ensinou que Deus tem de ser adorado com verdade? — João
4:23, 24.

Há alguma objeção a se participar de


celebrações que porventura tenham raízes
não-cristãs conquanto não se faça isso
por razões religiosas?

Efé. 5:10, 11: “Persisti em certificar-vos do que é aceitável para o Senhor;


e cessai de compartilhar com eles nas obras infrutíferas que pertencem à
escuridão, mas, antes, até mesmo as repreendei.”

2 Cor. 6:14-18: “Que associação tem a justiça com o que é contra a lei?
Ou que parceria tem a luz com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre
Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem
o templo de Deus com os ídolos? . . . ‘“Portanto, saí do meio deles e separai-
vos”, diz Jeová, “e cessai de tocar em coisa impura”’; ‘“e eu vos acolherei, . . . e
vós sereis filhos e filhas para mim”, diz Jeová, o Todo-poderoso.’” (O genuíno
amor por Jeová e o forte desejo de lhe agradar ajudarão a pessoa a livrar-se de
práticas não-cristãs que talvez tenham atração emocional. A pessoa que conhece
e ama realmente a Jeová não sente que, por evitar práticas que honram deuses
falsos ou promovem a falsidade, esteja de alguma forma privando-se da
felicidade. O amor genuíno faz com que se regozije, não com a injustiça, mas
com a verdade. Veja 1 Coríntios 13:6.)

Compare com Êxodo 32:4-10. Note que os israelitas adotaram uma


prática religiosa egípcia, mas lhe deram um novo nome: “uma festividade para
Jeová”. Mas Jeová os puniu severamente por isso. Hoje nós vemos apenas as
práticas do século 20 que estão associadas com feriados. Algumas talvez
pareçam inofensivas. Mas Jeová viu de primeira mão as práticas religiosas
pagãs das quais essas se originaram. Não deve ser o conceito dele o que importa
para nós?

Ilustração: Digamos que pessoas em grande número vão à casa de certo


cavalheiro, dizendo que estão ali para celebrar o aniversário natalício dele. Ele
não é a favor de celebrações de aniversários natalícios. Não gosta de ver
pessoas comer demais ou embriagarem-se, nem empenharem-se em conduta
171

desregrada. Mas algumas dessas pessoas fazem todas essas coisas, e trazem
presentes para todos os que se acham ali, menos para ele! E, ainda por cima,
escolhem como data para tal celebração o aniversário natalício de um inimigo
desse homem. Como se sentirá tal homem? Gostaria você de ser partícipe
disso? É exatamente isso que se faz nas celebrações do Natal.

Qual é a origem da Páscoa da cristandade e dos


costumes associados com ela?

The Encyclopædia Britannica comenta: “Não há indício da observância


da festividade de Easter [nome inglês das celebrações pascoais na cristandade],
quer no Novo Testamento, quer nos escritos dos Pais apostólicos. A santidade
de épocas especiais era uma idéia alheia à mente dos primeiros cristãos.” —
(1910), Vol. VIII, p. 828.

The Catholic Encyclopedia nos diz: “Muitíssimos costumes pagãos,


celebrando a volta da primavera, gravitavam para Easter [Páscoa]. O ovo é
emblema da vida germinante do princípio da primavera. . . . O coelho é símbolo
pagão e sempre tem sido emblema da fertilidade.” — (1913), Vol. V, p. 227.

No livro The Two Babylons, de Alexander Hislop, lemos: “Que significa


o próprio termo Easter? Não é nome cristão. Leva na própria testa sua origem
caldéia. Easter não é outra coisa senão Astarte, um dos títulos de Beltis, a rainha
do céu, cujo nome . . . encontrado por Layard em monumentos assírios, é Istar. .
. . Esta é a história de Easter. As observâncias populares que ainda
acompanham o período de sua celebração confirmam amplamente o testemunho
da história quanto ao seu caráter babilônico. Os bolinhos quentinhos marcados
com uma cruz, na sexta-feira da Paixão, e os ovos tingidos, do domingo da
Páscoa ou Easter, constavam dos ritos dos caldeus exatamente como agora.” —
(Nova Iorque, 1943), pp. 103, 107, 108; compare com Jeremias 7:18.

São objetáveis para os cristãos as celebrações


do Ano-novo?

Segundo The World Book Encyclopedia, “o governador romano Júlio César


fixou 1.° de janeiro como o Dia do Ano-novo em 46 AC. Os romanos
dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões, das portas e dos começos. O mês
172

de janeiro deriva o nome de Jano, que tinha duas faces — uma voltada para
frente e outra para trás.” — (1984), Vol. 14, p. 237.

Tanto a data como os costumes associados com as celebrações do Ano-


novo variam de país para país. Em muitos lugares fazem parte das festividades
a folia e a bebedice. Entretanto, Romanos 13:13 aconselha: “Andemos
decentemente, como em pleno dia, não em festanças e em bebedeiras, nem em
relações ilícitas e em conduta desenfreada, nem em rixa e ciúme.” (Veja
também 1 Pedro 4:3, 4; Gálatas 5:19-21.)

O que está por trás dos feriados em memória dos


“espíritos dos mortos”?

A edição de 1910 de The Encyclopædia Britannica afirma: “Dia de


Finados . . . dia reservado na Igreja Católica Romana para a comemoração dos
falecidos fiéis. A celebração baseia-se na doutrina de que as almas dos fiéis, que
na morte não foram purificados de pecados veniais ou não fizeram expiação de
transgressões passadas, não podem alcançar a Visão Beatífica, e que se lhes
pode ajudar nisso por oração e pelo sacrifício da missa. . . . Certas crenças
populares relacionadas com o Dia de Finados são de origem pagã e de
antiguidade imemorial. Assim, os camponeses, em muitos países católicos,
acreditam que os mortos retornam aos seus lares anteriores na noite de Finados
e partilham do alimento dos vivos.” — Vol. I, p. 709.

A Enciclopédia Barsa diz: “A tradição do culto dos mortos foi, porém,


uma das práticas fundamentais de quase todas as religiões, mesmo as mais
primitivas. . . . a idéia central da festa dos mortos é a mesma dos ritos agrários e
da fecundidade: . . . Hipócrates . . . nos diz que os espíritos dos defuntos fazem
crescer e germinar as sementes.” — (1968), Vol. 6, p. 213.

A Encyclopædia Britannica relata: “Há pouca dúvida que a igreja cristã


procurava eliminar ou suplantar a festa druídica dos mortos por introduzir a
celebração alternativa do Dia de Todos os Santos em 1.° de novembro. Esta
festa foi estabelecida para homenagear todos os santos, conhecidos ou
desconhecidos, mas deixou de substituir a celebração pagã de Samhain.” —
(1959), Vol. 11, p. 107.

O livro The Worship of the Dead indica esta origem: “As mitologias de
todas as antigas nações estão permeadas de eventos sobre o Dilúvio . . . A força
173

deste argumento é ilustrada pelo fato da celebração de uma grande festa dos
mortos em comemoração desse evento, não só por parte de nações mais ou
menos em comunicação umas com as outras, mas por outras amplamente
separadas, tanto pelo oceano como por séculos de tempo. Outrossim, esta festa
é realizada por todos no próprio dia ou quase no dia em que, segundo o relato
mosaico, ocorreu o Dilúvio, a saber, o décimo sétimo dia do segundo mês — o
mês quase correspondente ao nosso novembro.” (Londres, 1904, do coronel J.
Garnier, p. 4.) Assim, essas celebrações começaram realmente com prestação
de honras a pessoas que Deus destruíra nos dias de Noé por causa da maldade
delas. — Gên. 6:5-7; 7:11.

Tais feriados em honra dos “espíritos dos mortos”, como se estivessem


vivos num outro mundo, são contrários à descrição bíblica da morte como
sendo um estado de total inconsciência. — Ecl. 9:5, 10; Sal. 146:4.

Quanto à origem da crença na imortalidade da alma humana, veja as


páginas 246, 247, sob o tópico geral “Morte” e a página 36, sob “Alma”.

Qual é a origem do dia de São Valentim


(dia dos namorados)?

The World Book Encyclopedia nos informa: “O Dia de São Valentim cai
num dia festivo de dois mártires cristãos diferentes, de nome Valentim. Mas os
costumes relacionados com este dia . . . provavelmente vêm duma antiga festa
romana chamada Lupercalia, que se realizava todo 15 de fevereiro. A festa
homenageava Juno, a deusa romana das mulheres e do casamento, e Pã, o deus
da natureza.” — (1973), Vol. 20, p. 204.

Qual é a origem da prática de reservar um


dia para honrar as mães?

A Encyclopædia Britannica diz: Uma festividade derivada do costume de


adorar a mãe, na antiga Grécia. A adoração formal da mãe, com cerimônias
para Cibele ou Réia, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos [dia 15]
de março, em toda a Ásia Menor.” — (1959), Vol. 15, p. 849.
174

Que princípios bíblicos explicam o ponto de vista


dos cristãos sobre a participação nas cerimônias
em comemoração de eventos na história política de uma nação?

João 18:36: “Jesus respondeu [ao governador romano]: ‘Meu reino não
faz parte deste mundo.’”

João 15:19: “Se vós [os seguidores de Jesus] fizésseis parte do mundo, o
mundo estaria afeiçoado ao que é seu. Agora, porque não fazeis parte do
mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.”

1 João 5:19: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (Compare com


João 14:30; Revelação 13:1, 2; Daniel 2:44.)

Outros feriados locais e nacionais.

Há muitos. Nem todos podem ser considerados aqui. Mas as informações


históricas providas acima dão indicações quanto a que observar no que diz
respeito a qualquer feriado, e os princípios bíblicos já considerados fornecem
ampla orientação àqueles cujo desejo é fazer primariamente o que agrada a
Jeová Deus.

Filosofia
Definição: A palavra filosofia vem de raízes gregas que significam “amor da
sabedoria”. A filosofia, segundo empregado aqui o termo, não tem por base a
aceitação da crença em Deus, mas procura dar aos indivíduos uma concepção
unificada do universo, e procura fazer deles pensadores críticos. Na busca da
verdade, emprega principalmente meios especulativos e não a observação.

Como pode qualquer de nós adquirir verdadeiro


conhecimento e sabedoria?

Pro. 1:7; Sal. 111:10: “O temor de Jeová é o princípio do conhecimento . . . [e]


da sabedoria.” (Se o universo não fosse o produto de um Criador inteligente,
mas de mera força cega, irracional, seria possível termos uma concepção
unificada do universo? Será que do estudo de algo que em si é irracional
resultaria o que quer que seja que se qualificasse como sabedoria? Os que
175

tentam conceber o universo, ou a própria vida, não levando em conta a Deus e


seu propósito, enfrentam constante frustração. Interpretam mal o que aprendem
e fazem uso errado dos fatos que colhem. A desconsideração da crença em
Deus destrói a chave do conhecimento exato e torna impossível uma linha de
pensamento verdadeiramente coerente.)

Pro. 2:4-7: “Se persistires em procurar isso como a prata e continuares a


buscar isso como a tesouros escondidos, neste caso entenderás o temor a Jeová
e acharás o próprio conhecimento de Deus. Pois o próprio Jeová dá sabedoria;
da sua boca procedem conhecimento e discernimento. E para os retos ele
entesourará a sabedoria prática.” (Jeová provê a necessária ajuda por meio de
sua Palavra escrita e de sua organização visível. São também necessários um
desejo sincero e esforço pessoal, incluindo o uso construtivo das próprias
faculdades de raciocínio.)

É realístico esperar encontrar nessa Fonte


a verdade absoluta?

2 Tim. 3:16; João 17:17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” “[Jesus
disse a seu Pai celestial:] A tua palavra é a verdade.” (Não há lógica em pensar
que o Criador do universo haveria de ter pleno entendimento deste? Ele não
revelou tudo na Bíblia a respeito do universo, mas o que ele fez escrever ali não
é especulação; é a verdade. Declarou também na Bíblia qual é o seu propósito
para com a terra e para com a humanidade, também como o cumprirá. Sua
onipotência, sua superlativa sabedoria, sua impecável justiça e seu grande amor
garantem que seu propósito se cumprirá plenamente, do melhor modo possível.
Suas qualidades nos asseguram assim que sua declaração quanto ao seu
propósito é plenamente segura; é verdadeira.)

Qual é a origem das filosofias humanas?

Procedem de pessoas que têm limitações: A Bíblia nos informa: “Não é


do homem que anda o dirigir o seu passo.” (Jer. 10:23) A história testifica que a
tentativa de não levar em conta essa limitação não produziu bons resultados.
Certa vez, “Jeová passou a responder a Jó de dentro do vendaval e a dizer:
‘Quem é este que está obscurecendo o conselho por meio de palavras sem
conhecimento? Por favor, cinge os teus lombos como um varão vigoroso e
176

deixa-me perguntar-te, e faze-me saber. Onde vieste a estar quando fundei a


terra? Informa-me, se deveras conheces a compreensão.’” (Jó 38:1-4) (Os
humanos têm por natureza limitações. Além disso, sua experiência na vida é
relativamente breve e usualmente se restringe a uma só cultura ou a um só meio
social. O conhecimento que possuem é, por conseguinte, limitado, e tudo está
interligado a tal ponto que encontram constantemente aspectos que não haviam
considerado adequadamente. Quaisquer filosofias que criarem refletirão essas
limitações.)

São desenvolvidas por humanos imperfeitos: “Todos pecaram e não


atingem a glória de Deus.” (Rom. 3:23) “Há um caminho que é reto diante do
homem, mas o fim posterior dele são os caminhos da morte.” (Pro. 14:12) (Em
razão de tais imperfeições, as filosofias humanas amiúde refletem um egoísmo
básico que conduz talvez a um prazer momentâneo, mas também à frustração e
a muita infelicidade.)

São influenciadas por espíritos demoníacos: “O mundo inteiro jaz no


poder do iníquo.” (1 João 5:19) “O chamado Diabo e Satanás . . . está
desencaminhando toda a terra habitada.” (Rev. 12:9) “Andastes outrora segundo
o sistema de coisas deste mundo, segundo o governante da autoridade do ar, o
espírito que agora opera nos filhos da desobediência.” (Efé. 2:2) (As filosofias
que encorajam as pessoas a desobedecer aos requisitos sadios e justos de Deus
refletem tal influência. Não é de admirar, conforme atesta a história, que as
filosofias e os planos dos homens com freqüência trouxeram aflição a grandes
segmentos da humanidade.)

Por que é o estudar os ensinamentos de Jesus


Cristo em vez de estudar as filosofias humanas
uma evidência de raciocínio fundamentado?

Col. 1:15-17: “Ele [Jesus Cristo] é a imagem do Deus invisível, o


primogênito de toda a criação; porque mediante ele foram criadas todas as
outras coisas nos céus e na terra . . . Todas as outras coisas foram criadas por
intermédio dele e para ele. Também, ele é antes de todas as outras coisas e todas
as outras coisas vieram a existir por meio dele.” (Sua relação íntima com Deus
o habilita a ajudar-nos a aprender a verdade a respeito de Deus. Além disso,
sendo ele aquele por meio de quem todas as outras coisas foram feitas, Jesus
tem pleno conhecimento do inteiro universo criado. Nenhum filósofo humano
177

pode oferecer quaisquer destas coisas.)

Col. 1:19, 20: “Deus achou bom que morasse nele [em Jesus Cristo] toda
a plenitude, e, por intermédio dele, reconciliar novamente todas as outras coisas
consigo mesmo, por fazer a paz por intermédio do sangue que ele derramou na
estaca de tortura.” (Assim, Jesus Cristo é aquele por meio de quem Deus propôs
levar toda a criação de volta à harmonia consigo mesmo. Deus confiou também
a Jesus o governo sobre toda a terra, conforme demonstrado em Daniel 7:13,
14. Portanto, nossas perspectivas de vida para o futuro dependem de chegarmos
a conhecê-lo e de reagirmos favoravelmente à sua instrução.)

Col. 2:8: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como
presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de
homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo.” (Que
triste erro seria escolher tal enganosa filosofia humana em preferência a adquirir
verdadeira sabedoria como discípulo de Jesus Cristo, a segunda maior pessoa
do universo, depois do próprio Deus!)

Como considera Deus a “sabedoria” oferecida pela


filosofia humana?

1 Cor. 1:19-25: “Está escrito: ‘Farei perecer a sabedoria dos sábios e


repelirei a inteligência dos intelectuais.’ Onde está o sábio? Onde o escriba?
Onde o polemista deste sistema de coisas? Não tornou Deus tola a sabedoria do
mundo? Pois, uma vez que, na sabedoria de Deus, o mundo, pela sua sabedoria,
não chegou a conhecer a Deus, Deus achou bom salvar os que crêem, por
intermédio da tolice [segundo parece ser para o mundo] do que se prega. . . .
Porque uma coisa tola de Deus [segundo o ponto de vista do mundo] é mais
sábia do que os homens, e uma coisa fraca de Deus [talvez segundo o conceito
do mundo] é mais forte do que os homens.” (Tal conceito da parte de Deus
certamente não é arbitrário nem ilógico. Ele forneceu na Bíblia, o livro de maior
circulação no mundo, uma clara exposição do seu propósito. Tem enviado suas
testemunhas para que o expliquem a todos os que querem ouvir. Quão tolo é,
pois, uma pessoa, seja ela quem for, pensar que tem sabedoria maior do que a
de Deus!)
178

Governo
Definição: Arranjo para fazer e administrar leis. Os governos são amiúde
classificados segundo a fonte e a extensão de sua autoridade. Jeová Deus é o
Soberano Universal, que confere autoridade a outros de acordo com a vontade e
o propósito dele. Entretanto, Satanás, o Diabo, o principal rebelde contra a
soberania de Jeová, é “o governante do mundo” — isto com a permissão de
Deus por um período limitado de tempo. A Bíblia retrata o sistema global de
governo político como uma fera e diz que “o dragão [Satanás, o Diabo] deu à
fera seu poder e seu trono, e grande autoridade”. — João 14:30; Rev. 13:2; 1
João 5:19.

Podem os humanos estabelecer um governo


que traga realmente felicidade duradoura?

O que revela o registro da história humana?

Ecl. 8:9: “Homem tem dominado homem para seu prejuízo.” (Isto se dá
mesmo no caso de alguns governos e governantes que começaram com
elevados ideais.)

“Toda civilização que já existiu entrou por fim em colapso. A história é


um conto de esforços fracassados, de aspirações não alcançadas . . . Portanto,
como historiador, tem-se de viver com o senso da inevitabilidade da tragédia.”
— Henry Kissinger, autoridade em ciência política e professor de governo,
segundo citado em The New York Times, de 13 de outubro de 1974, p. 30B.

O que impede os esforços humanos no campo


governamental?

Jer. 10:23: “Bem sei, ó Jeová, que não é do homem terreno o seu
caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.” (Deus não autorizou
sua criação humana a traçar seu próprio caminho independente de Deus.)

Gên. 8:21: “A inclinação do coração do homem é má desde a sua


mocidade.” (Não só os que governam, mas também os governados nasceram
todos no pecado, com inclinações egoístas.)

2 Tim. 3:1-4: “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de


manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, . . .
não dispostos a acordos, . . . enfunados de orgulho.” (Os problemas com que a
179

humanidade se confronta hoje não podem ser solucionados de modo duradouro


por apenas uma nação; é preciso a cooperação internacional completa. Mas os
interesses egoístas impedem isso e também impedem seriamente uma
cooperação real entre as várias organizações dentro das nações.)
A Bíblia revela também que forças sobre-humanas estão manipulando os
assuntos humanos. “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (1 João 5:19)
“Temos uma pugna, não contra sangue e carne, mas contra . . . os governantes
mundiais desta escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos lugares
celestiais.” (Efé. 6:12) “Expressões inspiradas por demônios . . . vão aos reis de
toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o
Todo-poderoso.” — Rev. 16:14.

Como podem as pessoas obter alívio permanente


da corrupção e da opressão governamental?

Será que colocar outros homens no cargo


solucionará o problema?

Não é verdade que, quando há eleições livres, de modo geral em


relativamente poucos anos, se vota para tirar do cargo os que estão em
autoridade? Por quê? A maioria não está satisfeita com o desempenho
deles.

Sal. 146:3, 4: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem


terreno, a quem não pertence a salvação. Sai-lhe o espírito, ele volta ao
seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” (Portanto,
quaisquer programas para melhoria que os governantes instituem passam
logo para as mãos de outros e com freqüência são abandonados.)

Não importa quem seja o governante, ainda assim faz parte deste mundo
que jaz no poder de Satanás. — 1 João 5:19.

É a solução a revolução violenta?

Mesmo que governantes corruptos sejam tirados do cargo e as leis


injustas sejam revogadas, o novo governo será constituído de humanos
imperfeitos e ainda fará parte do sistema político que a Bíblia diz claramente
estar sob o controle de Satanás.

Mat. 26:52: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a
180

espada perecerão pela espada.” (Jesus disse isso a um de seus apóstolos num
tempo em que a autoridade governamental estava sendo usada injustamente
contra o próprio Filho de Deus. Por que causa mais digna poderia alguém lutar,
se isso fosse a coisa certa a fazer?)

Pro. 24:21, 22: “Filho meu, teme a Jeová e ao rei. Não te metas com os
que estão a favor duma mudança. Porque o seu desastre surgirá tão
repentinamente, que da extinção daqueles que estão a favor duma mudança
quem se aperceberá?”

Qual é então a solução dos problemas de corrupção e opressão?

Dan. 2:44: “O Deus do céu estabelecerá um reino [um governo] que


jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo.
Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido
por tempos indefinidos.”

Sal. 72:12-14: “[Jesus Cristo, o rei nomeado por Jeová] livrará ao pobre
que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver
ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas
dos pobres. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles
será precioso aos seus olhos.” (Sua preocupação por tais pessoas quando estava
na terra — curando-as, alimentando multidões, até mesmo dando a sua vida por
elas — mostra que ele será realmente a espécie de governante predito na
profecia.)

Veja também as páginas 299-304, sob o tópico “Reino”.

Por que devemos considerar seriamente o que a


Bíblia diz sobre o futuro dos governos?

Os governantes humanos não estão provendo o


que a humanidade necessita urgentemente.

Considere estas coisas que as pessoas em toda a parte necessitam e que os


governos humanos não estão provendo, mas que Deus prometeu: (1) Vida num
mundo livre de ameaças de guerra. — Isa. 2:4; Sal. 46:9, 10. (2) Fartura de
alimento para todos. — Sal. 72:16. (3) Moradia confortável para todos. — Isa.
65:21. (4) Emprego satisfatório para todos os que o precisam, para poderem
prover às suas necessidades e às de suas famílias. — Isa. 65:22. (5) Vida não
181

transtornada por doenças ou enfermidades. — Rev. 21:3, 4. (6) Justiça; um


mundo livre de preconceitos religiosos, raciais, econômicos e nacionais. — Isa.
9:7; 11:3-5. (7) Usufruto de segurança, ausência de perigo para a pessoa e para
os seus bens por parte de criminosos. — Miq. 4:4; Pro. 2:22. (8) Um mundo em
que as qualidades mais altamente prezadas incluam o amor, a bondade, o
interesse pelo próximo e veracidade. — Sal. 85:10, 11; Gál. 5:22, 23.

Por milhares de anos, os governantes políticos têm prometido ao povo


condições melhores. Com que resultados? Embora as pessoas em muitas nações
tenham mais possessões materiais, elas não são mais felizes do que eram, e os
problemas com os quais se vêem confrontadas são mais complexos do que
nunca antes.

As profecias bíblicas revelaram ser totalmente fidedignas.

Com um século de antecedência, a Palavra de Deus predisse a posição de


domínio mundial de Babilônia, também que seu poder seria por fim derrubado e
o fato de que, uma vez desolada, sua capital nunca mais seria habitada. (Isa.
13:17-22) Com quase dois séculos de antecedência, mesmo antes de Ciro ter
nascido, a Bíblia predisse a respeito dele, dando o seu nome, bem como o seu
papel nos assuntos internacionais. (Isa. 44:28; 45:1, 2) Antes de a Medo-Pérsia
se tornar potência mundial, sua ascendência, sua natureza dupla, e como
terminaria, tudo isso foi predito. Com mais de dois séculos de antecedência, o
rumo do império mundial grego, sob o seu primeiro rei, foi predito, também a
subseqüente divisão do império em quatro partes. — Dan. 8:1-8, 20-22.

A Bíblia predisse em pormenores as condições mundiais hoje em dia, e


nos adverte que Deus porá fim a todos os governos humanos e que o Reino de
Deus, no poder de Jesus Cristo, seu Filho, governará sobre toda a humanidade.
— Dan. 2:44; 7:13, 14.

Não é agir com sabedoria recorrer a uma fonte de informações que


revelou ser vez após vez fidedigna?

O governo por Deus é a única solução real para os


problemas da humanidade.

Os problemas que precisam de uma solução exigem poder, capacidade e


182

qualidades que humano algum possui. Deus pode livrar a humanidade da


influência do Diabo e de seus demônios, e prometeu que assim fará, mas
nenhum humano pode fazer isso. Deus fez provisão para fazer o que a ciência
médica jamais poderia realizar — remover o pecado, pondo fim à doença e à
morte, bem como tornando possível às pessoas ser a espécie de pessoas que
realmente desejam ser. O Criador possui o necessário conhecimento (da terra e
de todos os processos da vida) para solucionar os problemas da produção de
alimentos e para prevenir a poluição perigosa, mas os esforços humanos amiúde
criam mais problemas. A Palavra de Deus já está transformando vidas, de modo
que os que aceitam a orientação dela se tornam pessoas que têm bondade, amor
e elevada moral, uma sociedade de pessoas que se recusam a pegar em armas
contra seu próximo e que vivem em genuína paz e fraternidade, embora
procedam de todas as nações, raças e grupos lingüísticos.

Quando removerá o Reino de Deus o atual sistema mundial? Veja os tópicos


gerais “Datas” e “Últimos Dias”.

Imagens
Definição: Usualmente, representações visíveis de pessoas ou coisas. Uma
imagem que é objeto de adoração é um ídolo. Os que realizam atos de adoração
diante de imagens amiúde dizem que tal adoração se dirige realmente ao
espírito que é representado pela imagem. Tal uso de imagens é costumeiro em
muitas religiões não-cristãs. Concernente à prática católica-romana, a New
Catholic Encyclopedia (1967, Vol. VII, p. 372) diz: “Visto que a adoração
prestada a uma imagem atinge a pessoa representada e nela termina, o mesmo
tipo de adoração devida à pessoa pode ser prestada à imagem como
representando a pessoa.” Não é ensinamento bíblico.

Que diz a Palavra de Deus sobre fazer imagens


que são usadas como objetos de adoração?

Êxo. 20:4, 5, MC: “Não farás para ti imagens esculpidas, nem qualquer
imagem do que existe no alto dos céus, ou do que existe embaixo, na terra, ou
do que existe nas águas, por baixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não
183

lhes prestarás culto [“não as adorarás, nem lhes darás culto”, Fi], porque eu, o
Senhor, teu Deus, sou um Deus cioso.” (Grifo acrescentado.) (Note que a
proibição era de fazer imagens e prostrar-se diante delas.)
Lev. 26:1, BJ: “Não fareis ídolos, não levantareis imagem ou estela
[“coluna sagrada”, NM] e não colocareis na vossa terra pedras trabalhadas para
vos inclinardes diante delas, pois eu sou Iahweh vosso Deus.” (Nunca se
deveria erigir uma imagem diante da qual as pessoas se inclinassem.)

2 Cor. 6:16, BJ: “Que há de comum entre o templo de Deus e os ídolos?


Ora, nós é que somos o templo do Deus vivo.”

1 João 5:21, BJ: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos [“ídolos”, So, PIB;
“falsos deuses”, NTI].”

É permissível usar imagens simplesmente como


ajuda na adoração do verdadeiro Deus?

João 4:23, 24, BJ: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito
e verdade; pois tais são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e
aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.” (Os que
dependem das imagens como ajuda na devoção não estão adorando a Deus “em
espírito”, mas dependem daquilo que podem ver com seus olhos físicos.)

2 Cor. 5:7, BJ: “Caminhamos pela fé e não pela visão.”

Isa. 40:18, So: “A quem, pois, comparareis vós Deus, ou que imagem
fareis dele?”

Atos 17:29, BJ: “Se somos da raça de Deus, não devemos pensar que a
divindade seja semelhante ao ouro, à prata, ou à pedra, esculpida pela arte e
pelo engenho do homem.”

Isa. 42:8, BJ: “Eu sou Iahweh; este é o meu nome! Não cederei a outrem
a minha glória, nem a minha honra aos ídolos [“coisas esculpidas”, Dy].”

Devemos venerar os “santos” como intercessores junto a Deus,


usando talvez imagens deles como ajuda em prestarmos adoração?

Atos 10:25, 26, JB: “No momento em que Pedro chegou, Cornélio veio a seu
encontro e, caindo-lhe aos pés, prostrou-se. Pedro, porém, o reergueu, dizendo:
184

‘Levanta-te. Eu também sou apenas um homem.’” (Visto que Pedro não


aprovou tal adoração quando estava presente em pessoa, será que nos
incentivaria a nos ajoelhar diante de sua imagem? Veja também Revelação
[Apocalipse] Rev. 19:10.)

João 14:6, 14, BJ: “Diz-lhe Jesus: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.’ ‘Se me pedirdes algo em meu
nome, eu o farei.’” (Jesus diz aqui claramente que só podemos chegar ao Pai
por intermédio dele e que nossos pedidos devem ser feitos em nome de Jesus.)

1 Tim. 2:5, BJ: “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os


homens um homem, Cristo Jesus.” (Não há margem aqui para outros
desempenharem o papel de mediador para os membros da congregação de
Cristo.)

Veja também as páginas 350, 351, sob o tópico “Santos”.

Será que os adoradores têm em mente


principalmente a pessoa representada pela
imagem, ou são algumas imagens consideradas
superiores a outras?

A atitude dos adoradores é um fator importante a considerar. Por quê?


Porque a diferença fundamental entre uma “imagem” e um “ídolo” é o uso que
se faz da imagem.

Na mente do adorador, será que uma imagem de uma pessoa tem mais
valor ou importância do que outra imagem da mesma pessoa? Se assim for, é a
imagem, e não a pessoa, que o adorador tem primariamente em mente. Por que
fazem as pessoas longas peregrinações para prestar culto em certos santuários?
Não é à própria imagem que atribuem poderes “milagrosos”? Por exemplo, na
obra Les Trois Notre-Dame de la Cathédrale de Chartres, do cônego Yves
Delaporte, informa-se-nos o seguinte a respeito de imagens de Maria na
catedral de Chartres, França: “Estas imagens, esculpidas, pintadas ou que
aparecem nos vitrais, não são de fama igual. . . . Apenas três delas são objeto de
verdadeira adoração: A Nossa Senhora da Cripta, a Nossa Senhora do Pilar e a
Nossa Senhora da ‘Belle Verrière’.” Mas se os adoradores tivessem em mente
em primeiro lugar, não a imagem, mas a pessoa, uma imagem seria considerada
tão boa quanto outra, não é verdade?
185

Como considera Deus as imagens que são objetos


de adoração?

Jer. 10:14, 15, BJ: “Todo ourives se envergonha dos ídolos, porque o que
ele fundiu é mentira, não há sopro neles! São vaidade, obra ridícula.”

Isa. 44:13-19, BJ: “O carpinteiro estende o cordel, esboça a imagem com


o giz, trabalha-a com a plaina e desenha com o compasso, dá-lhe a forma
humana, a beleza de um ser humano, a fim de que habite uma casa. Cortou
cedros, escolheu um terebinto e um carvalho, permitindo que crescessem
vigorosos entre as árvores da floresta; plantou um abeto que a chuva fez
crescer. Os homens o empregam para queimar; ele mesmo tomou dele para
aquecer-se; pôs-lhe fogo e assou pães. Com outra parte fez um deus e o adorou,
fabricou um ídolo e se prostrou diante dele. Uma metade ele queimou ao fogo;
com ela fez um assado, que come até saciar-se. Aquece-se ao fogo e diz: ‘Que
delícia! Aqueci-me e vi a luz.’ Com o resto faz um deus — o seu ídolo —,
prostra-se diante dele e o adora e lhe dirige súplicas, dizendo: ‘Salva-me,
porque tu és o meu deus.’ Eles nada sabem nem entendem, porque os seus olhos
são incapazes de ver e os seus corações não conseguem compreender. Nenhum
deles reflete, nenhum deles tem conhecimento ou inteligência para dizer: ‘A
metade queimei ao fogo, com ela assei pão sobre a brasa, assei carne e a comi;
com o resto fiz uma coisa abominável, e me prostrei diante de um pedaço de
lenha!’”

Eze. 14:6, BJ: “Assim diz o Senhor Iahweh: Voltai, desviai-vos dos
vossos ídolos imundos [“sórdidos”, NM], desviai os vossos rostos de todas as
vossas abominações.”

Eze. 7:20, BJ: “Da beleza dos seus enfeites fizeram um motivo de
orgulho. Com eles fizeram as suas imagens abomináveis — objetos detestáveis!
Eis por que vou reduzi-las a uma imundície [“lixo”, BV].”

Que sentimentos devemos ter quanto a quaisquer


imagens que porventura venerávamos antes?

Deut. 7:25, 26, MC: “Queimarás no fogo as imagens dos seus deuses; não
cederás, porém, à tentação de ficar com a prata e o ouro que as cobre porque
isso criaria a tua ruína, pois são uma abominação para o Senhor, teu Deus. Não
186

introduzas uma tal abominação na tua casa, porque serias entregue ao anátema:
a detestarás [“deves ter completa repugnância dele e absolutamente detestá-lo”,
NM].” (Embora o povo de Jeová não esteja autorizado hoje a destruir imagens
que pertencem a outros, esta ordem dada aos israelitas provê a norma quanto a
como devem ser consideradas quaisquer imagens em sua possessão que
porventura tenham venerado. Compare com Atos 19:19.)

1 João 5:21, BJ: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos [“falsos deuses”,


NTI].”

Eze. 37:23, MC: “Não se mancharão mais com os seus ídolos . . . eles
serão o meu povo e eu serei o seu Deus.”

Que efeito poderia ter sobre o nosso próprio futuro


o uso de imagens na adoração?

Deut. 4:25, 26, BJ: “[Se] vos corromperdes, fazendo uma imagem
esculpida qualquer [“ídolos de qualquer forma”, PIB; “alguma figura”, So],
praticando o que é mau aos olhos de Iahweh teu Deus, de modo a irritá-lo, eu
tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós: sereis . . .
completamente exterminados.” (O ponto de vista de Deus não mudou. Veja
Malaquias 3:5, 6.)

1 Cor. 10:14, 20, Fi: “Pelo que, meus caríssimos, fugi da idolatria. . . . As
coisas que sacrificam os gentios, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E
eu não quero que tenhais sociedade com os demônios.”

Rev. 21:8, BJ: “Quanto aos covardes, . . . aos infiéis, aos corruptos, aos
assassinos, aos impudicos, aos mágicos, aos idólatras e a todos os mentirosos, a
sua porção se encontra no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda
morte [nota ao pé da pág., “a morte eterna”].”

Sal. 115:4-8, BJ (segunda numeração de versículos; PIB): “Os ídolos


deles são prata e ouro, obras de mãos humanas: têm boca, mas não falam; têm
olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não
cheiram; têm mãos, mas não tocam; têm pés, mas não andam; não há um
murmúrio em sua garganta. Os que os fazem ficam como eles, todos aqueles
que neles confiam.”
187

Independência
Definição: Condição em que a pessoa não depende, ou afirma não depender, de
outros, que não está sujeita à direção ou à influência de tais. Os humanos,
dotados de livre-arbítrio, têm desejo natural de certa medida de independência.
Esse desejo, porém, quando levado ao extremo, gera a desobediência, até
mesmo a rebelião.

Quando as pessoas põem de lado as normas


bíblicas, será que realmente ganham liberdade?

Rom. 6:16, 23: “Não sabeis que, se persistirdes em vos apresentar a


alguém como escravos, para lhe obedecer, sois escravos dele, porque lhe
obedeceis, quer do pecado, visando a morte, quer da obediência, visando a
justiça? . . . O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a
vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Gál. 6:7-9: “Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois,
o que o homem semear, isso também ceifará; porque aquele que semeia visando
a sua carne, ceifará da carne corrupção, mas aquele que semeia visando o
espírito, ceifará do espírito vida eterna. Assim, não desistamos de fazer aquilo
que é excelente.”

Moralidade Sexual: “Quem pratica fornicação está pecando contra o seu


próprio corpo.” (1 Cor. 6:18) “Quem comete adultério com uma mulher . . .
arruína a sua própria alma.” (Pro. 6:32) (Quanto à homossexualidade, veja
Romanos 1:24-27.) (As relações sexuais ilícitas podem, na ocasião, parecer
agradáveis. Mas conduzem a doenças repugnantes, a gravidez indesejada, a
aborto, a ciúme, a consciência pesada, a distúrbios emocionais e certamente à
desaprovação de Deus, de quem depende nossa perspectiva de vida futura.)

Empreendimentos materialistas: “Os que estão resolvidos a ficar ricos


caem em tentação e em laço, e em muitos desejos insensatos e nocivos, que
lançam os homens na destruição e na ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de
toda sorte de coisas prejudiciais, e alguns, por procurarem alcançar este amor,
foram desviados da fé e se traspassaram todo com muitas dores.” (1 Tim. 6:9,
10) “Direi à minha alma: ‘Alma, tens muitas coisas boas acumuladas para
188

muitos anos; folga, come, bebe, regala-te.’ Mas Deus disse-lhe: ‘Desarrazoado,
esta noite te reclamarão a tua alma. Quem terá então as coisas que
armazenaste?’ Assim é com o homem que acumula para si tesouro, mas não é
rico para com Deus.” (Luc. 12:19-21) (As possessões materiais não trazem
felicidade duradoura. Os esforços para ganhar riquezas amiúde resultam em
famílias infelizes, perda da saúde, ruína espiritual.)

Abuso do álcool: “Quem tem ais? Quem tem apreensão? Quem tem
contendas? Quem tem preocupação? Quem tem ferimentos sem razão alguma?
Quem tem embaciamento dos olhos? Os que ficam muito tempo com o vinho,
os que entram para descobrir vinho misturado. No seu fim morde igual a uma
serpente e segrega veneno igual a uma víbora.” (Pro. 23:29, 30, 32) (A bebida
pode de início parecer ajudar a pessoa a esquecer seus problemas, mas não os
soluciona. Quando volta à sobriedade, os problemas ainda continuam, amiúde
acrescentados de outros. O abuso do álcool arruína o respeito próprio da pessoa,
bem como sua saúde, sua vida em família, sua relação com Deus.)

Abuso de drogas: Veja as páginas 127-133 sob “Drogas”.

Más associações: Se um bando de maus elementos lhe dissesse que


conhece um meio de obter muito dinheiro sem muito esforço, você se juntaria a
tais? “Não vás com eles no caminho. Retém teu pé da sua senda. Porque os seus
pés são os que correm para a pura maldade, e eles continuam a apressar-se para
derramar sangue.” (Pro. 1:10-19) Será que consideraria um amigo adequado
alguém que não é adorador de Jeová, mas que parece ser ótima pessoa? Siquém
era filho de um maioral cananeu, e a Bíblia diz que ele era “o mais honrado de
toda a casa de seu pai”, mas “tomou [a Diná], e deitou-se com ela e a
violentou”. (Gên. 34:1, 2, 19) Deve fazer diferença para você o fato de outras
pessoas não crerem nas verdades que aprendeu da Palavra de Deus? “Não sejais
desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Cor. 15:33)
Como Jeová se sentirá se escolher por amigos os que não amam a ele? O porta-
voz de Jeová disse a um rei de Judá que fez isso: “Por isso há indignação contra
ti da parte da pessoa de Jeová.” — 2 Crô. 19:1, 2.
189

Quem instou com humanos para que se


sentissem livres para fazer suas próprias
decisões sem levar em conta os mandamentos de Deus?

Gên. 3:1-5: “Ora, a serpente [usada por Satanás como porta-voz; veja
Revelação 12:9] . . . começou a dizer à mulher: ‘É realmente assim que Deus
disse, que não deveis comer de toda árvore do jardim?’ A isso a mulher disse à
serpente: ‘Do fruto das árvores do jardim podemos comer. Mas, quanto a comer
do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Não deveis comer
dele, não, nem deveis tocar nele, para que não morrais.”’ A isso a serpente disse
à mulher: ‘Positivamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no mesmo dia
em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente
sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.’”

Que espírito está movendo a pessoa que desconsidera


a vontade de Deus para satisfazer
desejos pessoais?

Efé. 2:1-3: “É a vós que Deus vivificou, embora estivésseis mortos nas
vossas falhas e pecados, nos quais andastes outrora segundo o sistema de coisas
deste mundo [do qual Satanás é o governante], segundo o governante da
autoridade do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Sim,
todos nós nos comportávamos outrora entre eles em harmonia com os desejos
de nossa carne, fazendo as coisas da vontade da carne e dos pensamentos, e
éramos por natureza filhos do furor, assim como os demais.”

Que atitudes independentes é de suma


importância que evitem os que
professam servir a Deus?

Pro. 16:18: “O orgulho vem antes da derrocada e o espírito soberbo antes


do tropeço.”

Pro. 5:12: “Terás de dizer: ‘Quanto odiei a disciplina e desrespeitou meu


coração até mesmo a repreensão!’” (Tal atitude pode conduzir uma pessoa a
sérios problemas, conforme mostra o contexto.)
190

Núm. 16:3: “Congregaram-se, pois, contra Moisés e Arão [a quem Jeová


estava usando quais superintendentes de seu povo], e disseram-lhes: ‘Já chega
de vós, pois a assembléia inteira, todos eles, são santos e Jeová está no seu
meio. Então, por que vos devíeis erguer acima da congregação de Jeová?’”
Judas 16: “Estes homens são resmungadores, queixosos de sua sorte na
vida, procedendo segundo os seus próprios desejos, e as suas bocas falam coisas
bombásticas, ao passo que admiram personalidades para o seu próprio
proveito.”
3 João 9: “Diótrefes, que gosta de ocupar o primeiro lugar entre eles, não
recebe nada de nós com respeito.”
Pro. 18:1: “Quem se isola procurará o seu próprio desejo egoísta;
estourará contra toda a sabedoria prática.”
Tia. 4:13-15: “Vinde agora, vós os que dizeis: ‘Hoje ou amanhã
viajaremos para esta cidade e passaremos ali um ano, e negociaremos e teremos
lucros’, ao passo que nem sabeis qual será a vossa vida amanhã. Porque sois
uma bruma que aparece por um pouco de tempo e depois desaparece. Devíeis
dizer, em vez disso: ‘Se Jeová quiser, havemos de viver e também de fazer isso
ou aquilo.’”

Quando o desejo de uma pessoa de obter independência a leva a imitar o


mundo de fora da congregação cristã, sob o controle de quem vem a estar? E
como considera Deus isto?

1 João 2:15; 5:19: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas no
mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” “O mundo
inteiro jaz no poder do iníquo.”

Tia. 4:4: “Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-
se inimigo de Deus.”

Inferno
Definição: A palavra “inferno” se encontra em muitas traduções da Bíblia. Nos
mesmos versículos, outras traduções rezam “a sepultura”, “o mundo dos
mortos”, e assim por diante. Outras versões da Bíblia simplesmente transliteram
as palavras da língua original, que são às vezes traduzidas por “inferno”; isto é,
191

expressam-nas com letras do nosso alfabeto, mas deixam as palavras sem


tradução. Que palavras são estas? A palavra hebraica she’óhl e seu equivalente
em grego haí·des não se referem a um lugar individual de sepultamento, mas à
sepultura comum da humanidade morta; também a palavra grega gé·en·na, que
é usada como símbolo da destruição eterna. Entretanto, tanto na cristandade
como em muitas religiões não-cristãs, ensina-se que o inferno é um lugar
habitado por demônios e onde os maus, após a morte, são castigados (e alguns
acreditam que sejam com tormentos).

Mostra a Bíblia que os mortos sofrem dor?

Ecl. 9:5, 10: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos,
porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . Tudo o que a tua mão
achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho,
nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol,* o lugar para
onde vais.” (Se não estão cônscios de nada, é óbvio que não sentem dor.)
(*“Seol”, “Xeol” ou “Cheol”, IBB, BJ, BMD; “a sepultura”, Al, So; “inferno”,
Dy; “região dos mortos”, MC.)

Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem
deveras os seus pensamentos.*” (*“Pensamentos”, Al, MC; “desígnios”, ALA;
“planos”, BJ.)

Será que a Bíblia indica que a alma sobrevive


à morte do corpo?

Eze. 18:4: “A alma* que pecar — ela é que morrerá.” (*“Alma”, Al, ALA,
IBB, So; “a pessoa”, BMD, ABV; “aquele”, BJ.)

“O conceito de ‘alma’, significando uma realidade puramente espiritual,


imaterial, distinta do ‘corpo’, . . . não existe na Bíblia.” — La Parole de Dieu
(Paris, 1960) de Georges Auzou, professor de Escrituras Sagradas, Seminário
de Rouen, França, p. 128.

“Embora a palavra hebraica nefesh [nas Escrituras Hebraicas] seja


freqüentemente traduzida por ‘alma’, seria inexato atribuir-lhe por inferência
um significado grego. Nunca se imagina que nefesh . . . atue de modo separado
do corpo. No Novo Testamento, a palavra grega psyche é amiúde traduzida por
‘alma’, mas neste caso tampouco se deve entender precipitadamente que tenha
o significado que lhe davam os filósofos gregos. Usualmente significa ‘vida’ ou
192

‘vitalidade’, ou, às vezes, ‘o ego’.” — The Encyclopedia Americana (1977),


Vol. 25, p. 236.

Que espécie de pessoas vão ao inferno bíblico?

Será que a Bíblia diz que os maus vão para o inferno?

Sal. 9:17, Al: “Os ímpios serão lançados no inferno* e todas as gentes que
se esquecem de Deus.” (*“Inferno”, 9:18 em So 36.a ed.; “túmulo”, So, 8.a ed.;
“região dos mortos”, CBC; “Seol”, IBB; “Xeol”, BJ; “Sheol”, VB, MC [9:18].)

Diz a Bíblia também que os bons vão ao inferno?

Jó 14:13, Dy: “[Jó orou:] Quem me dera isto: que me protegesses no


inferno,* e me escondesses até que passasse a tua ira, e me fixasses um tempo
em que te lembrarias de mim?” (O próprio Deus disse que Jó era “homem
inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal.” — Jó 1:8.)
(*“Sepultura”, Al; “região dos mortos”, CBC, “Xeol”, BJ; “Cheol”, BMD;
“Seol”, IBB, NM.)

Atos 2:25-27, PIB: “Davi . . . diz a seu respeito [de Jesus Cristo]: . . .
porque não abandonarás a minha alma no inferno,* nem deixarás que o teu
Santo experimente a decomposição.” (Não indica o fato de Deus não
‘abandonar’ Jesus no inferno que Jesus esteve no inferno, ou Hades, por pelo
menos algum tempo?) (*“Inferno”, ABV, “morte”, ALA; “mundo dos mortos”,
NTI; “região dos mortos”, BV; “Hades”, Al, BJ, VB, NM.)

Pode alguém sair algum dia do inferno bíblico?

Rev. 20:13, 14, Al: “Deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o
inferno* deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo
as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.” (Portanto,
os mortos serão livrados do inferno. Note também que o inferno não é o mesmo
que o lago de fogo, mas será lançado no lago de fogo.) (*“Inferno”, So, LR;
“região dos mortos”, BF; “o mundo dos mortos”, BLH; “Hades”, IBB, ABV,
MC, BJ, NM.)

Por que há confusão sobre o que a Bíblia diz a respeito do inferno?

“Muita confusão e compreensão errônea foram causadas pelo fato de os


193

primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o termo


hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena pela palavra inferno. A
simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições
revisadas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e
equívoco.” — The Encyclopedia Americana (1942), Vol. XIV, p. 81.

Os tradutores permitiram que suas crenças pessoais afetassem seu


trabalho, em vez de serem coerentes em verter as palavras da língua original.
Por exemplo: (1) A versão de Matos Soares, 36.a ed., traduziu she’óhl por
“inferno”, “terra”, “morte”, “habitação dos mortos”, “sepulcro”, “sepultura” e
transliterou uma vez por “cheol”; haí·des é também traduzido ali tanto por
“inferno” como por “habitação dos mortos”; gé·en·na também é traduzida por
“inferno”. (2) A versão A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz haí·des por
“inferno”, “morte”, “lugar onde estão os mortos” e “mundo dos mortos”. Mas,
além de traduzir haí·des por “inferno”, usa esta mesma tradução para gé·en·na.
(3) A tradução do Centro Bíblico Católico traduz haí·des por “inferno”, “região
dos mortos” e “morada subterrânea”. Traduz também gé·en·na por “inferno”,
além de transliterar gé·en·na por geena. O significado exato das palavras na
língua original fica assim obscurecido.

Há punição eterna para os ímpios?

Mat. 25:46, ALA: “Irão estes para o castigo eterno [“truncamento”, Int.;
grego, kó·la·sin], porém os justos para a vida eterna.” (The Emphatic Diaglott
reza “decepamento” em vez de “castigo”. Uma nota ao pé da página declara:
“Kolasin . . . deriva-se de kolazoo, que significa, 1. Decepar; como no
truncamento de ramos de árvores, podar. 2. Restringir, reprimir. . . . 3.
Castigar, punir. Extirpar alguém da vida, ou da sociedade, ou mesmo restringir,
é tido como castigo; — por conseguinte, surgiu este terceiro uso metafórico da
palavra. Adotou-se a primeira acepção, porque concorda melhor com a segunda
parte da sentença, preservando-se assim a força e a beleza da antítese. Os justos
vão para a vida, os ímpios para o decepamento, sendo cortados da vida, ou para
a morte. Veja 2 Tes. 1.9.”)

2 Tes. 1:9, ALA: “Sofrerão penalidade de eterna destruição,* banidos da


194

face do Senhor e da glória do seu poder.” (*“Ruína eterna”, BJ, NAB; “perdição
eterna”, CBC; “punição eterna na destruição”, Dy.)

Judas 7, Al: “Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades


circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles, e ido após outra
carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.” (O fogo que
destruiu Sodoma e Gomorra cessou de arder há milhares de anos. Mas o efeito
daquele fogo tem sido duradouro; essas cidades não foram reconstruídas. O
julgamento de Deus, porém, não foi meramente contra aquelas cidades, mas
também contra seus habitantes iníquos. O que lhes sucedeu serve de exemplo de
advertência. Em Lucas 17:29, Jesus diz que eles foram ‘destruídos’; Judas 7
mostra que a destruição foi eterna.)

Qual é o sentido do ‘tormento eterno’


mencionado em Revelação?

Rev. 14:9-11; 20:10, Al: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e
receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira
de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado
com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do
seu tormento [grego: ba·sa·ni·smoú] sobe para todo o sempre; e não têm
repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e
aquele que receber o sinal do seu nome.” “E o diabo, que os enganava, foi
lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e
de noite serão atormentados para todo o sempre.”

Que é o ‘tormento’ mencionado nesses textos? É digno de nota que em


Revelação 11:10 (Al) se faz menção de ‘profetas que atormentam os que
habitam sobre a terra’. Tal tormento resulta da exposição humilhante por meio
de mensagens que esses profetas proclamam. Em Revelação 14:9-11 (Al), diz-
se que os adoradores da simbólica “besta, e a sua imagem”, são ‘atormentados
com fogo e enxofre’. Isto não pode referir-se a tormento consciente após a
morte, porque “os mortos não sabem cousa nenhuma”. (Ecl. 9:5, Al) Então, o
que faz com que sintam tal tormento enquanto ainda vivos? É a proclamação
feita pelos servos de Deus de que os que adoram a “besta, e a sua imagem”,
sofrerão a segunda morte, que é representada pelo “lago de fogo e enxofre”. O
195

fumo, associado com a destruição deles no fogo, ascende para sempre, porque
tal destruição será eterna e jamais esquecida. Quando Revelação 20:10 diz que
o Diabo será ‘atormentado para todo o sempre’ no “lago de fogo e enxofre”, o
que significa isso? Revelação 21:8 (Al) diz claramente que o “lago que arde
com fogo e enxofre” significa “a segunda morte”. Portanto, ser o Diabo
‘atormentado’ ali para sempre significa que não haverá livramento para ele; ele
será mantido restrito para sempre, na realidade na morte eterna. Este uso da
palavra “tormento” (do grego bá·sa·nos) faz lembrar o emprego dessa palavra
em Mateus 18:34, onde a mesma palavra grega básica é aplicada a um
‘carcereiro’. — RS, AT, ED, NM.

O que é a ‘geena ardente’ mencionada por Jesus?

Faz-se 12 vezes menção de Geena nas Escrituras Gregas Cristãs. Cinco


vezes está diretamente associada com fogo. Alguns tradutores traduziram a
expressão grega gé·en·nan tou py·rós por “fogo do inferno” (Al, Ne), “inferno
de fogo” (Pe), “abismo de fogo” (AT) e “Geena do fogo” (PC).

Fundo histórico: O Vale de Hinom (Geena) ficava fora dos muros de


Jerusalém. Por algum tempo foi o lugar de adoração idólatra, incluindo
sacrifício de crianças. No primeiro século, a Geena era usada como incinerador
para o lixo de Jerusalém. Os corpos de animais mortos eram lançados no vale
para serem consumidos pelo fogo, ao qual se acrescentava enxofre para
alimentá-lo. Também os corpos de criminosos executados, considerados
indignos de sepultamento num túmulo memorial, eram lançados na Geena.
Assim, em Mateus 5:29, 30, Jesus falou a respeito de ser lançado ‘todo o corpo’
da pessoa na Geena. Ao cair o corpo dentro do fogo, que era constantemente
mantido aceso, tal corpo era consumido, mas se caísse numa saliência da
profunda ravina, sua carne em decomposição ficava infestada dos vermes ou
gusanos sempre presentes. (Mar. 9:47, 48) Pessoas com vida nunca eram
lançadas na Geena; portanto, não era um lugar de tormento consciente.

Em Mateus 10:28, Jesus avisou seus ouvintes a ‘temer aquele que pode destruir
na Geena tanto a alma como o corpo’. Que significa isso? Note que não se faz
menção aqui de tormento no fogo da Geena; antes, ele diz para ‘temer aquele
196

que pode destruir na Geena’. Fazendo referência à “alma” separadamente, Jesus


sublinha aqui que Deus pode destruir todas as perspectivas de vida de uma
pessoa; assim, não há esperança de ressurreição para tal pessoa. De modo que
as referências à ‘Geena de fogo’ têm o mesmo significado que o “lago de fogo”,
de Revelação 21:8, a saber, a destruição, “a segunda morte”.

Qual é o castigo pelo pecado, segundo a Bíblia?

Rom. 6:23: “O salário pago pelo pecado é a morte.”

Após a morte da pessoa, está ela ainda sujeita a


castigo adicional pelos seus pecados?

Rom. 6:7: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.”

Será que o tormento eterno dos maus é compatível


com a personalidade de Deus?

Jer. 7:31: “[Os judeus apóstatas] construíram os altos de Tofete, que está
no vale do filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e suas filhas,
coisa que não havia ordenado e que não me havia subido ao coração.” (Se
nunca veio ao coração de Deus, certamente ele não possui nem utiliza tal coisa
em escala maior.)

Ilustração: Que acharia de um genitor que segurasse a mão de seu filho


sobre o fogo para castigá-lo por causa de uma transgressão? “Deus é amor.” (1
João 4:8) Será que ele faria aquilo que um genitor humano com mente sã não
faria? Certamente que não!

Pelo que Jesus disse sobre o rico e o Lázaro,


ensinou Jesus o tormento após a morte dos que são maus?

É a narrativa, em Lucas 16:19-31, literal ou meramente uma ilustração


de outra coisa? A Bíblia de Jerusalém, numa nota ao pé da página, reconhece
que é uma “história-parábola, sem qualquer nexo histórico”. Se fosse tomada ao
pé da letra, significaria que os que gozam do favor divino caberiam todos no
seio de um só homem, Abraão; que a água na ponta do dedo duma pessoa não
seria evaporada pelo fogo do Hades; que uma mera gota de água traria alívio à
197

pessoa que ali estivesse sofrendo. Parece-lhe isso razoável? Se fosse literal,
entraria em choque com outras partes da Bíblia. Se a Bíblia fosse tão
contraditória, será que alguém que ama a verdade a usaria como base de sua fé?
Mas, acontece que a Bíblia não se contradiz.

Que significa essa parábola? O “homem rico” representava os fariseus.


(Veja o versículo 14 de Luc. 16.) O mendigo Lázaro representava o povo judeu
comum que era desprezado pelos fariseus, mas que se arrependeu e cujos
membros se tornaram seguidores de Jesus. (Veja Lucas 18:11; João 7:49;
Mateus 21:31, 32.) A morte deles também era simbólica, e representava uma
mudança de circunstâncias. Assim, os que outrora eram desprezados passaram a
ter uma posição de favor divino e os que anteriormente pareciam favorecidos
foram rejeitados por Deus, ao passo que eram atormentados pelas mensagens de
julgamento proferidas pelos que eles haviam desprezado. — Atos 5:33; 7:54.

Qual é a origem do ensinamento do


inferno de fogo?

Nas crenças da antiga Babilônia e Assíria “o mundo inferior . . . é


retratado como um lugar cheio de horrores, e é presidido por deuses e demônios
de grande força e ferocidade”. (The Religion of Babylonia and Assyria, Boston,
EUA, 1898, de Morris Jastrow, Jr., p. 581) Uma evidência antiga do aspecto
ardente do inferno da cristandade encontra-se na religião do antigo Egito. (The
Book of the Dead, New Hyde Park, N. I., EUA, 1960, com introdução por E. A.
Wallis Budge, pp. 144, 149, 151, 153, 161) O budismo, que data do 6.° século
AEC, com o tempo apresentou infernos tanto quentes como frios. (The
Encyclopedia Americana, 1977, Vol. 14, p. 68) Descobriu-se que gravuras do
inferno, representadas nas igrejas católicas na Itália, remontam a raízes etruscas.
— La civiltà etrusca (Milão, Itália, 1979), de Werner Keller, p. 389.
Mas as verdadeiras raízes desta doutrina que desonra a Deus são muito mais
profundas. O conceito hediondo associado com um inferno de tormento é uma
calúnia contra Deus e se origina do principal caluniador de Deus (o Diabo, cujo
nome significa “Caluniador”), a quem Jesus Cristo chamou de “pai da mentira”.
— João 8:44.
198

Iniqüidade
Definição: O que é moralmente muito mau. Amiúde denota o que na influência
é ofensivo, malévolo ou destrutivo.

Por que existe tanta iniqüidade?

A culpa não cabe a Deus. Ele deu à humanidade um começo perfeito, mas
os humanos preferiram desconsiderar os requisitos de Deus e decidir por si
mesmos o que é bom e o que é mau. (Deut. 32:4, 5; Ecl. 7:29; Gên. 3:5, 6) Ao
fazerem isso, vieram a estar sob a influência das iníquas forças sobre-humanas.
— Efé. 6:11, 12.

1 João 5:19: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.”

Rev. 12:7-12: “Irrompeu uma guerra no céu . . . o dragão e os seus anjos


batalhavam, mas ele não prevaleceu, nem se achou mais lugar para eles no céu.
Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado
Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada; ele foi
lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com
ele. . . . ‘Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da
terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele
tem um curto período de tempo.’” (Esses crescentes ais no mundo têm ocorrido
desde que Satanás foi lançado dos céus logo após o nascimento do Reino. Veja
o versículo 10 de Rev. 12.)

2 Tim. 3:1-5: “Sabe . . . isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos,
difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do
dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores,
sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados
de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma
forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder.”
(Esses são os frutos de séculos de apostasia da adoração verdadeira. Estas
condições se desenvolveram porque as pessoas que professavam ser religiosas
desconsideraram o que a Palavra de Deus diz realmente. Mostraram-se falsas
para com o poder do bem que a verdadeira devoção piedosa pode exercer na
vida da pessoa.)
199

Por que permite Deus isso?

Às vezes, pode parecer-nos que a melhor coisa seria simplesmente acabar


com todo aquele que é iníquo. Ansiamos ver o fim da iniqüidade, e, não
obstante, nós a temos sofrido por relativamente poucos anos em comparação
com o tempo em que tem existido a iniqüidade. Como não deve Jeová Deus
sentir-se? Por milhares de anos, as pessoas vêm lançando a culpa nele, até
mesmo o injuriando, pelas condições más que sofrem. Todavia, estas não são
causadas por ele, mas por Satanás e pelos homens iníquos. Jeová possui o poder
de destruir os maus. Certamente, deve haver boas razões pelas quais ele se tem
restringido. Se o modo de Jeová lidar com a situação é diferente do que nós
recomendaríamos, deve isso surpreender-nos? Ele tem muito mais experiência
do que o homem, e tem uma visão muito mais ampla da situação do que
qualquer homem. — Veja Isaías 55:8, 9; Ezequiel 33:17.

Não haveria maldade se Deus não tivesse dotado as criaturas inteligentes


do livre-arbítrio. Mas Deus nos deu a capacidade de escolher obedecer-lhe
porque o amamos ou escolher desobedecer-lhe. (Deut. 30:19, 20; Jos. 24:15)
Desejaríamos que fosse diferente? Se somos pais, o que nos faz sentir mais
felizes — quando nossos filhos nos obedecem porque nos amam, ou porque
lhes impomos a obediência? Deveria Deus ter forçado Adão a ser obediente?
Seríamos realmente mais felizes se vivêssemos num mundo em que fôssemos
forçados a obedecer a Deus? Antes de destruir este sistema iníquo, Deus dá
oportunidade às pessoas de demonstrarem se realmente desejam ou não viver
em harmonia com as suas leis justas. No seu tempo marcado, ele destruirá sem
falta os iníquos. — 2 Tes. 1:9, 10.

De modo sábio, ele dá tempo para aclarar questões vitais. (1) No Éden
foi desafiada a justeza e a retidão do governo de Jeová. (Gên. 2:16, 17; 3:1-5)
(2) Foi posta em dúvida a integridade de todos os servos de Deus, no céu e na
terra. (Jó 1:6-11; 2:1-5; Luc. 22:31) Deus poderia ter destruído os rebeldes
(Satanás, Adão e Eva) imediatamente, mas isso não teria aclarado as coisas.
Não se prova pela força que a causa de alguém é justa. As questões levantadas
eram de ordem moral. O fato de Deus dar tempo não era para provar algo a si
mesmo, mas para permitir que todas as criaturas dotadas de livre-arbítrio
vissem por si mesmas a péssima safra resultante da rebelião contra Seu
200

domínio, também para dar uma oportunidade de demonstrarem de que lado


estão pessoalmente nestes assuntos de suma importância. Uma vez aclaradas
essas questões, nunca mais se permitirá que alguém perturbe a paz. A boa
ordem, a harmonia e o bem-estar do universo inteiro dependem da santificação
do nome de Jeová, de ser ele tratado com genuína honra por todas as criaturas
inteligentes. (Veja também as páginas 355, 356, sob o tópico “Satanás, o
Diabo”.)

Ilustração: Se alguém fizesse uma acusação perante a comunidade inteira,


dizendo que você abusou de sua posição qual chefe de família, que seus filhos
estariam em melhor situação se eles próprios fizessem as decisões, sem
recorrerem a você, e que todos lhe obedecem por causa dos benefícios materiais
que lhes provê e não por amor, qual seria o melhor modo de aclarar essas
questões? Será que fuzilando o falso acusador se eliminariam da mente da
comunidade as acusações feitas? Em vez disso, que magnífica resposta seria se
você desse a seus filhos a oportunidade de serem testemunhas suas para
mostrarem que você é um chefe de família justo e amoroso, e que vivem com
você porque o amam! Se alguns de seus filhos, acreditando no seu adversário,
abandonassem o lar e arruinassem a vida deles por adotarem outro sistema de
vida, isso só faria com que os observadores honestos se convencessem de que
seus filhos estariam em melhor situação se tivessem seguido a sua orientação.

Beneficiamo-nos de alguma forma por Deus ter


permitido a iniqüidade até hoje?

2 Ped. 3:9: “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, conforme
alguns consideram a vagarosidade, mas ele é paciente convosco, porque não
deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o
arrependimento.” (Porque sua paciência se estendeu até os nossos dias, temos a
oportunidade de demonstrar nosso arrependimento e, em vez de fazermos
nossas próprias decisões sobre o que é bom e o que é mau, demonstrar que
desejamos submeter-nos ao seu justo domínio.)

Rom. 9:14-24: “Que diremos, então? Há injustiça da parte de Deus? Que


isso nunca se torne tal! . . . Se Deus, pois, embora tendo vontade de demonstrar
o seu furor e de dar a conhecer o seu poder, tolerou com muita longanimidade
201

os vasos do furor, feitos próprios para a destruição [isto é, ele tolerou a


existência das pessoas iníquas por determinado tempo], a fim de dar a conhecer
as riquezas de sua glória nos vasos de misericórdia, que ele preparou de
antemão para glória [isto é, ele empregaria esse tempo para estender
misericórdia a certas pessoas que estivesem em harmonia com o seu propósito],
a saber, nós, a quem ele chamou não somente dentre os judeus, mas também
dentre as nações, o que tem isso?” (De modo que Deus adiou a destruição dos
iníquos a fim de permitir tempo para a seleção de pessoas a quem ele
glorificaria com Cristo quais membros do Reino celestial. Foi injustiça a
alguém o fato de Deus fazer isso? Não; faz parte das medidas tomadas por
Jeová para abençoar pessoas de toda sorte que serão favorecidas com a
oportunidade de viverem para sempre numa terra paradísica. Veja Salmo 37:10,
11.)

Se Alguém Disser —

‘Por que permite Deus tal iniqüidade?’

Poderá responder: ‘É uma boa pergunta. Muitos servos fiéis de Deus


ficaram perturbados com a iniqüidade a sua volta. (Hab. 1:3, 13)’ Daí, talvez
possa acrescentar: (1) ‘Não se trata de indiferença da parte de Deus. Ele nos
assegura que fixou um tempo em que exigirá dos iníquos uma prestação de
contas. (Hab. 2:3)’ (2) ‘Mas o que se requer de nós para estarmos entre os
sobreviventes quando chegar esse tempo? (Hab. 2:4b; Sof. 2:3)’

Ou poderá dizer: ‘Alegro-me de que fez essa pergunta. Esse é um ponto


que desconcerta muitas pessoas de coração honesto. Tenho aqui algumas
informações muito úteis que respondem à sua pergunta. (Daí, leiam juntos
algumas das informações das páginas 199-201.)

‘Depois de todos esses anos, não creio que Deus


fará alguma coisa para mudar as coisas.’

Poderá responder: ‘Alegro-me de ouvir que acredita em Deus. É certamente


verdade que há muita iniqüidade, e começou muito antes do nosso tempo. Mas
já considerou isto . . .? (Use os pensamentos do parágrafo 1 da página 199, a
202

respeito do período de tempo em que Deus a tem suportado.)’

Ou poderá dizer: ‘Tenho certeza de que concordaria comigo se eu


dissesse que quem tem a capacidade de construir uma casa tem também,
certamente, a capacidade de limpá-la. . . . Visto que Deus criou a terra, não seria
difícil ele limpá-la. Por que esperou tanto tempo? Achei muito satisfatória esta
resposta. Diga-me o que pensa. (Daí, leiam juntos a matéria das páginas 199-
201.)’

Jeová
Definição: O nome pessoal do único Deus verdadeiro. Sua própria
autodesignação. Jeová é o Criador e, de direito, o Governante Soberano do
universo. “Jeová” é traduzido do Tetragrama hebraico, ‫יהוה‬, que significa “Ele
Causa que Venha a Ser”. Essas quatro letras hebraicas são representadas em
muitas línguas pelas letras JHVH ou YHWH.

Onde se encontra o nome de Deus nas


traduções da Bíblia que são hoje comumente usadas?

A Bíblia Sagrada traduzida por João F. de Almeida, na versão da


Imprensa Bíblica Brasileira: O Nome de Jeová aparece em Êxodo 6:2, 3. Veja
também Gênesis 22:14; Êxodo 17:15; Juízes 6:24; Ezequiel 48:35. (Mas se esta
e outras traduções empregam “Jeová” em diversos lugares, por que não ser
coerente em usá-lo em todos os lugares onde aparece o Tetragrama no texto
hebraico?)

Versão Normal Revisada (em inglês): Uma nota ao pé da página sobre


Êxodo 3:15 diz: “A palavra SENHOR, quando em letras maiúsculas, representa
o nome divino: YHWH.”

A Bíblia na Versão do Inglês de Hoje: Uma nota ao pé da página sobre


Êxodo 6:3 diz: “O SENHOR: . . . Onde o texto hebraico diz Yahweh,
transliterado tradicionalmente Jeová, esta tradução emprega SENHOR com
letras maiúsculas, seguindo o costume bem difundido nas versões em inglês.” O
203

mesmo faz a tradução Almeida, edição atualizada no Brasil.

A Bíblia Sagrada traduzida por João F. de Almeida, edição revista e


corrigida: O nome Jeová se encontra em Gênesis 15:2, 8; Êxodo 34:6; Salmo
83:18; Isaías 12:2. Veja também Jeremias 32:17; Ezequiel 34:30, 31; Amós 9:8.

Versão Brasileira: O nome Jeová (com a grafia Jehovah) é usado


coerentemente nas Escrituras Hebraicas nessa tradução, a partir de Gênesis 2:4.

Versão Douay (em inglês): Uma nota ao pé da página sobre Êxodo 6:3
diz: “Meu nome Adonai. O nome, que se acha no texto hebraico, é esse o mais
próprio nome de Deus, que significava seu ser eterno, auto-existente, (Êxod. 3,
14, Êxo. 3:14) que os judeus, por reverência, nunca pronunciam; mas, em seu
lugar, onde quer que ocorra na Bíblia, lêem Adonai, que significa o Senhor; e,
por conseguinte, colocam os pontos ou as vogais pertencentes ao nome Adonai,
junto às quatro letras daquele outro nome inefável, Iode, Hê, Vau, Hê. Por
conseguinte, alguns modernistas formularam o nome Jeová, desconhecido dos
antigos, quer judeus, quer cristãos; pois a verdadeira pronúncia do nome, que
consta no texto hebraico, pelo longo desuso, já foi praticamente perdida.” (É
interessante que The Catholic Encyclopedia [1913, Vol. VIII, p. 329] diz:
“Jeová, o nome próprio de Deus no Velho Testamento; por conseguinte, os
judeus o chamavam o nome por excelência, o grande nome, o nome ímpar.”)

Bíblia Sagrada traduzida por Matos Soares (8.a edição): Um comentário


ao pé da página sobre Êxodo 6:3 diz: “O meu nome Adonai. O texto hebreu diz:
O meu nome Javé ou Jeová. Adonai é como lêem os Hebreus para não
pronunciar o nome inefável Jeová.”

Bíblia Sagrada, tradução de Antônio P. de Figueiredo, Edição Barsa:


Uma nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14 diz: “Aquele que é: em hebraico
YHVH, que deve se pronunciar Javé, ficou sendo o nome próprio de Deus.”
Sobre Êxodo 6:3 diz: “O meu nome Adonai: o texto original traz ‘Javé’ . . . Os
judeus no entanto, passaram mais tarde a não mais pronunciá-lo, por medo de
enunciá-lo em vão, mas diziam em seu lugar ‘Adonai’, i.e. ‘meu Senhor’.”

A Bíblia de Jerusalém: O Tetragrama é traduzido Iahweh, a partir da


primeira ocorrência, em Gênesis 2:4.
204

Tradução do Novo Mundo: O nome Jeová é usado tanto nas Escrituras


Hebraicas como nas Gregas Cristãs nesta tradução, aparecendo 7.210 vezes.
Bíblia Sagrada, tradução dirigida pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma: O
nome é usado nas Escrituras Hebraicas na forma Javé. O mesmo se dá com a
tradução do Centro Bíblico Católico de São Paulo.

Bíblia Mensagem de Deus: O nome Javé (Jeová) aparece nas Escrituras


Hebraicas, também em notas ao pé da página sobre textos das Escrituras Gregas
Cristãs, começando com Mateus 1:21.

Diaglott Enfatizada (em inglês), de Benjamin Wilson: O nome Jeová


aparece em Mateus 21:9 e em outros 17 lugares nessa tradução das Escrituras
Gregas Cristãs.

The Holy Scriptures According to the Masoretic Text — A New


Translation, Sociedade Publicadora Judaica da América, Max Margolis, editor-
chefe: Em Êxodo 6:3, o Tetragrama hebraico aparece no texto em inglês.

Por que não usam muitas traduções


da Bíblia o nome pessoal de Deus ou
o usam poucas vezes?

O prefácio da Versão Normal Revisada (em inglês) explica: “Por dois


motivos a Comissão voltou ao emprego mais comum adotado na Versão Rei
Jaime: (1) a palavra ‘Jeová’ não representa exatamente qualquer forma do
Nome já usada em hebraico; e (2) o uso de qualquer nome próprio para o único
e exclusivo Deus, como se existissem outros deuses dos quais ele tinha de ser
distinguido, foi descontinuado no judaísmo antes da era cristã e é inteiramente
inapropriado para a fé universal da Igreja Cristã.” (Assim, o próprio conceito
deles sobre o que é apropriado tem servido de base para se tirar da Bíblia
Sagrada o nome pessoal de seu Autor Divino, cujo nome aparece no original
hebraico com mais freqüência do que qualquer outro nome ou título. Admitem
seguir o exemplo dos aderentes do judaísmo, de quem Jesus disse: “Invalidastes
a palavra de Deus por causa da vossa tradição.” — Mat. 15:6.)

Os tradutores que se sentiram obrigados a incluir o nome pessoal de Deus pelo


menos uma ou talvez algumas vezes no próprio texto, embora não o fizessem
205

toda vez que aparece no hebraico, seguiram evidentemente o exemplo de


William Tyndale, que incluiu o nome divino na sua tradução do Pentateuco,
publicada em 1530, rompendo assim com o costume de excluir totalmente o
nome.

Foi o nome Jeová usado pelos inspirados


escritores das Escrituras Gregas Cristãs?

Jerônimo, no quarto século, escreveu: “Mateus, também chamado Levi, e


que de publicano se tornou apóstolo, primeiro de tudo produziu um Evangelho
de Cristo na Judéia na língua e nos caracteres hebraicos, para o benefício dos da
circuncisão que haviam crido.” (De viris inlustribus, cap. III) Esse Evangelho
contém 11 citações diretas de trechos das Escrituras Hebraicas onde aparece o
Tetragrama. Não há motivo para se crer que Mateus não transcreveu as
passagens conforme estavam escritas no texto hebraico donde ele citou.

Outros escritores inspirados que contribuíram para compor as Escrituras


Gregas Cristãs citaram centenas de passagens da Septuaginta (versão dos
Setenta), uma tradução das Escrituras Hebraicas para o grego. Muitas dessas
passagens traziam o Tetragrama hebraico no próprio texto grego nas primeiras
cópias da Septuaginta. Em harmonia com a própria atitude de Jesus Cristo com
respeito ao nome de seu Pai, os discípulos de Jesus teriam conservado esse
nome nessas citações. — Compare com João 17:6, 26.

Em Journal of Biblical Literature, George Howard, da Universidade da


Geórgia, EUA, escreveu: “Sabemos que é um fato que os judeus de língua
grega continuaram a escrever ‫ יהוה‬nas suas Escrituras Gregas. Ademais, é
muitíssimo improvável que os primitivos cristãos judeus, conservadores, que
falavam a língua grega, mudassem essa prática. Embora em referências
secundárias a Deus usassem provavelmente as palavras [Deus] e [Senhor], teria
sido extremamente incomum eles excluírem o Tetragrama do próprio texto
bíblico. . . . Visto que o Tetragrama ainda era escrito nos exemplares da Bíblia
grega, que compunham as Escrituras da primitiva igreja, é razoável crer que os
escritores do N[ovo] T[estamento], ao citarem a Escritura, preservaram o
206

Tetragrama dentro do texto bíblico. . . . Mas, quando foi tirado do V[elho]


T[estamento] grego, foi também tirado das citações do V[elho] T[estamento]
feitas no N[ovo] T[estamento]. Assim, em alguma época por volta do início do
segundo século, o uso de sub-rogados [substitutos] deve ter excluído o
Tetragrama de ambos os Testamentos.” — Vol. 96, N.° 1, março de 1977, pp.
76, 77.

Qual é a forma correta do nome divino


— Jeová, Iahweh ou Javé?

Ninguém hoje pode saber com certeza como era pronunciado


originalmente em hebraico. Por que não? O hebraico bíblico era escrito
originalmente apenas com consoantes, sem vogais. Quando a língua era de uso
diário, os leitores proviam facilmente as devidas vogais. Com o tempo, porém,
os judeus chegaram a ter a idéia supersticiosa de que era errado dizer em voz
alta o nome pessoal de Deus, de modo que usavam expressões substitutas.
Séculos mais tarde, os eruditos judeus desenvolveram um sistema de pontos
para indicar que vogais usar ao se ler o hebraico antigo, mas puseram as vogais
das expressões substitutas em volta das quatro consoantes que representam o
nome divino. Assim, perdeu-se a pronúncia original do nome divino.

Muitos eruditos favorecem a grafia “Iahweh”, ou “Javé”, mas é incerta e


há desacordo entre eles. Por outro lado, “Jeová” (ou “Jehovah”, na grafia
antiga) é a forma desse nome que é mais prontamente reconhecida, pois tem
sido usada por séculos em português.

J. B. Rotherham, na Bíblia Enfatizada (em inglês) usou a forma Yahweh


em todas as Escrituras Hebraicas. Entretanto, mais tarde, em Studies in the
Psalms, usou a forma “Jehovah” (“Jeová”). Ele deu a seguinte explicação:
“JEHOVAH — O emprego desta forma inglesa do nome Memorial . . . na
presente versão do Saltério não provém de qualquer dúvida quanto à pronúncia
mais correta, como sendo Yahwéh; mas unicamente da evidência prática,
pessoalmente selecionada, do desejo de se manter em contato com o ouvido e o
olho públicos numa questão desta espécie, em que a coisa principal é o fácil
reconhecimento do nome Divino tencionado.” — (Londres, 1911), p. 29.
207

Após considerar várias pronúncias, o professor alemão Gustav Friedrich


Oehler concluiu: “Deste ponto em diante eu uso a palavra Jeová, porque, na
verdade, este nome agora se tornou mais comum no nosso vocabulário, e não
pode ser suplantado.” — Theologie des Alten Testaments, segunda edição
(Stuttgart, 1882), p. 143.

O jesuíta erudito Paul Joüon diz: “Nas nossas traduções, em vez da


(hipotética) forma Yahweh, temos usado a forma Jéhovah . . . que é a forma
literária convencional usada em francês.” — Grammaire de l’hébreu biblique
(Roma, 1923), nota ao pé da p. 49.

A maioria dos nomes muda até certo ponto quando passa de uma língua
para outra. Jesus nasceu judeu, e seu nome era talvez pronunciado Ye·shú·a‛ em
hebraico, mas os escritores inspirados das Escrituras cristãs não hesitaram em
usar a forma grega do nome, I·e·soús. Na maioria dos outros idiomas, a
pronúncia é ligeiramente diferente, mas usamos livremente a forma comum em
nossa língua. O mesmo se dá com outros nomes bíblicos. Como podemos, pois,
mostrar o devido respeito por Aquele a quem pertence o mais importante nome
dentre todos? Seria por nunca dizermos ou escrevermos o seu nome por não
sabermos exatamente como era pronunciado originalmente? Ou, antes, seria por
usarmos a pronúncia e a grafia que são comuns no nosso idioma, ao passo que
falamos bem Daquele a quem pertence o nome, bem como por nos
comportarmos quais adoradores dele de um modo que lhe traga honra?

Por que é importante conhecer e usar o


nome pessoal de Deus?

É íntimo de alguém cujo nome pessoal não conhece? Para as pessoas a


quem Deus é sem nome, ele amiúde é meramente uma força impessoal, não
uma pessoa real, não alguém que conhecem e a quem amam, ou com quem
possam conversar do fundo do coração por meio da oração. Se é que oram, suas
orações são mero ritual, uma repetição formalística de expressões decoradas.

Os verdadeiros cristãos têm a comissão, dada por Jesus Cristo, de fazer


discípulos de pessoas de todas as nações. Ao se ensinar a tais pessoas, como
208

seria possível identificar o verdadeiro Deus como sendo diferente dos deuses
falsos das nações? Unicamente pelo uso de Seu nome pessoal, conforme faz a
própria Bíblia. — Mat. 28:19, 20; 1 Cor. 8:5, 6.
Êxo. 3:15: “Deus disse . . . a Moisés: ‘Isto é o que deves dizer aos filhos
de Israel: “Jeová, o Deus de vossos antepassados, . . . enviou-me a vós.” Este é
o meu nome por tempo indefinido e este é o meu memorial por geração após
geração.’”

Isa. 12:4: “Agradecei a Jeová! Invocai o seu nome. Tornai conhecidas


entre os povos as suas ações. Fazei menção de que seu nome deve ser
sublimado.”

Eze. 38:17, 23: “Assim disse o Soberano Senhor Jeová: ‘ . . . E eu hei de


magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a conhecer aos olhos de muitas
nações; e terão de saber que eu sou Jeová.’”

Mal. 3:16: “Os que temiam a Jeová falaram um ao outro, cada um ao seu
companheiro, e Jeová prestava atenção e escutava. E começou-se a escrever
perante ele um livro de recordação para os que temiam a Jeová e para os que
pensavam no seu nome.”

João 17:26: “[Jesus orou a seu Pai:] Eu lhes [seus seguidores] tenho dado
a conhecer o teu nome e o hei de dar a conhecer, a fim de que o amor com que
me amaste esteja neles e eu em união com eles.”

Atos 15:14: “Simeão tem relatado cabalmente como Deus, pela primeira
vez, voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o
seu nome.”

Será que Jeová no “Velho Testamento” é Jesus


Cristo no “Novo Testamento”?

Mat. 4:10: “Jesus disse-lhe . . . : ‘Vai-te, Satanás! Pois está escrito: “É a


Jeová [“ao Senhor”, Al e outras], teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele
que tens de prestar serviço sagrado.”’” (Jesus obviamente não estava dizendo
que ele próprio devia ser adorado.)

João 8:54: “Jesus respondeu [aos judeus]: ‘Se eu glorificar a mim mesmo,
a minha glória não é nada. É meu Pai quem me glorifica, aquele que dizeis ser
vosso Deus.’” (As Escrituras Hebraicas identificam claramente Jeová como o
Deus que os judeus professavam adorar. Jesus não disse que ele próprio era
209

Jeová, mas que Jeová era seu Pai. Jesus tornou aqui bem claro que ele e
seu Pai eram pessoas distintas uma da outra.)

Sal. 110:1: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor [de Davi] é: ‘Senta-te


à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus
pés.’” (Em

Mateus 22:41-45, Jesus explicou que ele próprio era o “Senhor” de Davi,
mencionado neste salmo. Portanto, Jesus não é Jeová, mas é aquele a quem
foram dirigidas aqui as palavras de Jeová.)

Fil. 2:9-11: “Por esta mesma razão, também, Deus o enalteceu [a Jesus
Cristo] a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima
de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos
no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão, e toda língua reconheça
abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai. [So reza: “.
. . toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai.”
Fi e PC vertem de modo similar, mas uma nota ao pé da página da Fi
reconhece: “O grego reza: ‘e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor
para glória de Deus Pai’”, e PIB e BJ vertem deste modo.]” (Note que se mostra
aqui que Jesus Cristo é diferente de Deus, o Pai, e se sujeita a Ele.)

Como pode uma pessoa amar a Jeová se também


precisa temê-lo?

A Bíblia nos diz que devemos amar a Jeová (Luc. 10:27), bem como
temê-lo. (1 Ped. 2:17; Pro. 1:7; 2:1-5; 16:6) O temor salutar de Deus fará com
que tenhamos muito cuidado para não incorrermos no desagrado dele. Nosso
amor a Jeová nos motivará a desejar fazer as coisas que o agradem, a expressar
nosso apreço pelas incontáveis expressões de seu amor e de sua benignidade
imerecida.

Ilustrações: Um filho teme apropriadamente desagradar a seu pai, mas o


apreço por tudo o que seu pai faz por ele deve também mover o filho a
expressar genuíno amor pelo pai. O mergulhador pode dizer que ama o mar,
mas um temor sadio do mar faz com que compreenda que há certas coisas que
ele deve evitar fazer. Similarmente, nosso amor a Deus deve ser conjugado com
o temor sadio de fazer qualquer coisa que venha a incorrer no desagrado dele.
210

Jesus Cristo
Definição: O Filho unigênito de Deus, o único Filho produzido só por Jeová.
Este Filho é o primogênito de toda a criação. Por meio dele foram criadas todas
as outras coisas no céu e na terra. Ele é o segundo maior personagem do
universo. Foi este Filho que Jeová enviou à terra para dar sua vida como resgate
pela humanidade, abrindo assim a oportunidade de vida eterna para os
descendentes de Adão que exercessem fé. Este mesmo Filho, restabelecido à
glória celestial, governa agora como Rei, com autoridade para destruir todos os
iníquos e para executar o propósito original de seu Pai para com a terra. A
forma hebraica do nome Jesus significa “Jeová É Salvação”; Cristo é o
equivalente do hebraico Ma·shí·ahh (Messias), que significa “Ungido”.

Foi Jesus Cristo uma pessoa real, histórica?

A própria Bíblia é a principal evidência de que Jesus Cristo é uma pessoa


histórica. O registro dos Evangelhos não é uma narrativa vaga de eventos
ocorridos em algum período não especificado e numa localidade não indicada.
Diz claramente o período e o local de forma bem detalhada. A título de
exemplo, veja Lucas 3:1, 2, 21-23.

Josefo, historiador judeu do primeiro século, mencionou o apedrejamento


de “Tiago, irmão de Jesus que era chamado o Cristo”. (The Jewish Antiquities,
Josefo, Livro XX, seção 200) Uma referência direta e bem favorável a Jesus,
encontrada no Livro XVIII, seções 63, 64, tem sido questionada por alguns que
afirmam que esta deve ter sido ou acrescentada mais tarde ou floreada pelos
cristãos; mas, reconhece-se que o vocabulário e o estilo são basicamente os de
Josefo, e a passagem é encontrada em todos os manuscritos disponíveis.
Tácito, historiador romano que viveu durante a última parte do primeiro século
EC, escreveu: “Cristo, que no governo de Tibério foi condenado ao último
suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.” — Tácito (São Paulo, Brasil, 1957),
“Anais”, Vol. XXV, pp. 408, 409.

Com respeito a primitivas referências históricas não-cristãs a Jesus, The


New Encyclopædia Britannica declara: “Esses relatos independentes provam
que nos tempos antigos até mesmo os inimigos do cristianismo jamais
duvidaram da historicidade de Jesus, a qual foi disputada pela primeira vez, e
211

em bases inadequadas, por diversos autores no fim do século 18, durante o


século 19 e no início do século 20.” — (1976), Macropædia, Vol. 10, p. 145.

Foi Jesus Cristo simplesmente um homem bom?

É interessante que Jesus censurou certo homem que se dirigiu a ele pelo
título de “Bom Instrutor”, pois Jesus reconhecia, não a si mesmo, mas a seu Pai
como o padrão da bondade. (Mar. 10:17, 18) Entretanto, para estar à altura do
que as pessoas em geral querem dizer quando afirmam que alguém é bom, Jesus
certamente deve ter sido veraz. Deveras, até mesmo seus inimigos reconheciam
que ele o era. (Mar. 12:14) Ele próprio disse que tivera uma existência pré-
humana, que era Filho sem igual de Deus, que era o Messias, aquele cuja vinda
fora predita em todas as Escrituras Hebraicas. Ou ele era o que afirmava ser, ou
então era um grande impostor, mas nenhuma dessas opções dá margem ao
conceito de que ele era meramente um homem bom. — João 3:13; 10:36; 4:25,
26; Luc. 24:44-48.

Foi Jesus meramente um profeta cuja autoridade


era similar à de Moisés, Buda,
Maomé e outros líderes religiosos?

O próprio Jesus ensinou que ele era o Filho sem igual de Deus (João
10:36; Mat. 16:15-17), o predito Messias (Mar. 14:61, 62), que tivera existência
pré-humana no céu (João 6:38; 8:23, 58), que seria morto e depois ressuscitado
no terceiro dia, e após isso retornaria aos céus. (Mat. 16:21; João 14:2, 3) Eram
verídicas tais afirmações, e era ele assim realmente diferente de todos os demais
profetas verdadeiros de Deus, estando em nítido contraste com todos os
pretensos líderes religiosos? A verdade sobre este assunto se evidenciaria no
terceiro dia após sua morte. Ressuscitou-o Deus nessa ocasião dentre os mortos,
confirmando assim que Jesus Cristo falara a verdade e era deveras o Filho sem
igual de Deus? (Rom. 1:3, 4) Mais de 500 testemunhas viram realmente Jesus
vivo após sua ressurreição, e seus apóstolos fiéis foram testemunhas oculares
quando começou a ascender de volta aos céus e depois desapareceu de sua vista
numa nuvem. (1 Cor. 15:3-8; Atos 1:2, 3, 9) Tão plenamente convencidos
212

ficaram de que ele fora ressuscitado dentre os mortos, que muitos deles
arriscaram a vida para falar a outros sobre isso. — Atos 4:18-33.

Por que os judeus em geral não aceitaram a Jesus


como o Messias?

A Encyclopædia Judaica diz: “Os judeus do período romano criam que [o


Messias] seria suscitado por Deus para quebrar o jugo dos pagãos e governar
sobre um reino restaurado de Israel.” (Jerusalém, 1971, Vol. 11, col. 1407) Eles
queriam o livramento do jugo de Roma. A história judaica atesta que, à base da
profecia messiânica registrada em Daniel 9:24-27, havia judeus que esperavam
o Messias durante o primeiro século EC. (Luc. 3:15) Mas, essa profecia também
relacionava sua vinda com o ‘encerramento do pecado’, e Isaías, capítulo 53,
indicava que o próprio Messias morreria a fim de tornar isso possível. No
entanto, os judeus em geral não viam a necessidade de alguém morrer pelos
pecados deles. Acreditavam que desfrutavam uma condição justa perante Deus
à base de sua descendência de Abraão. A Rabbinic Anthology declara: “Tão
grande é o [mérito] de Abraão, que ele pode expiar todas as vaidades cometidas
e mentiras proferidas por Israel neste mundo.” (Londres, 1938, C. Montefiore e
H. Loewe, p. 676) Por rejeitarem a Jesus como Messias, os judeus cumpriram a
profecia que predizia a respeito dele: “Era desprezado, e por isso nenhum caso
fizemos dele.” — Isaías 53:3, So.

Antes de morrer, Moisés predisse que a nação se desviaria da adoração


verdadeira e que, em conseqüência disso, lhes sobreviria a calamidade. (Leia
Deuteronômio 31:27-29.) O livro de Juízes atesta que isto ocorreu repetidas
vezes. Nos dias do profeta Jeremias, a infidelidade nacional levou a nação ao
exílio em Babilônia. Por que permitiu Deus também que os romanos
destruíssem Jerusalém e seu templo em 70 EC? De que infidelidade foi a nação
culpada, de modo que Deus não a protegeu como fazia quando ela depositava
confiança nele? Foi pouco antes disso que ela rejeitou a Jesus como o Messias.

É Jesus Cristo na realidade Deus?

João 17:3, ALA: “[Jesus orou a seu Pai:] A vida eterna é esta: que te conheçam
213

a ti, o único Deus verdadeiro [“tu que és o único Deus verdadeiro”, BLH], e a
Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Note que Jesus referiu-se, não a si mesmo, mas
a seu Pai no céu como “o único Deus verdadeiro”.)

João 20:17, ALA: “Recomendou-lhe [a Maria Madalena] Jesus: ‘Não me


detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos,
e dize-lhes: subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.’”
(Portanto, para o ressuscitado Jesus, o Pai era Deus, assim como o Pai era Deus
para Maria Madalena. É interessante que não encontramos nenhuma vez nas
Escrituras o Pai dirigindo-se ao Filho como “meu Deus”.)

Veja também as páginas 403, 408, 409, sob o tópico “Trindade”.

Prova João 1:1 que Jesus é Deus?

João 1:1, ALA: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus [também BJ, BV, So, BMD, CBC].” NE reza: “O que Deus
era, a Palavra era.” Mo diz que “o Logos era divino”. AT e Sd dizem-nos que “a
Palavra era divina”. A tradução interlinear da ED reza “um deus era a Palavra”.
NM reza: “A Palavra era um deus”; NTIV usa a mesma fraseologia.

O que esses tradutores vêem no texto grego que induz alguns deles a
refrear-se de dizer que “o Verbo [“a Palavra”] era Deus”? O artigo definido (o)
aparece na frente da primeira ocorrência de the·ós (Deus), mas não na frente da
segunda ocorrência. A construção articular (quando o artigo aparece) do nome
indica identidade, personalidade, ao passo que um nome predicativo, no
singular, sem artigo e anteposto ao verbo (como está construída a sentença no
grego) indica qualidade de uma pessoa. Portanto, o texto não diz que a Palavra
(Jesus) era o mesmo que o Deus com quem estava, mas, antes, que o Verbo (a
Palavra) era semelhante a um deus, era divino, era um deus. (Veja a edição de
1984 da NM, com referências, p. 1579, em inglês.)

O que queria dizer o apóstolo João quando escreveu João 1:1? Queria
dizer que o próprio Jesus é Deus, ou talvez que Jesus é um só Deus com o Pai?
No mesmo capítulo 1, versículo 18 de Jo., João escreveu: “Deus nunca foi visto
por alguém [“nenhum homem”, KJ, Dy]. O Filho unigênito [“o deus unigênito”,
214

NM], que está no seio do Pai, este o fez conhecer.” (Al) Tinha algum humano
visto a Jesus Cristo, o Filho? Naturalmente que sim! Portanto, estava João
afirmando que Jesus era Deus? Obviamente não. No fim do seu Evangelho,
João resumiu os assuntos, dizendo: “Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, [não Deus, mas] o Filho de Deus.” — João 20:31,
ALA.

Prova a exclamação de Tomé em João 20:28


que Jesus é verdadeiramente Deus?

João 20:28 (ALA) reza: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”

Não há objeção a se referir a Jesus como “Deus”, se isto é o que Tomé


tinha em mente. Estaria em harmonia com a própria citação de Jesus dos
Salmos em que se dirige a palavra a homens poderosos, juízes, pelo termo
“deuses”. (João 10:34, 35, ALA; Sal. 82:1-6) Naturalmente, Cristo ocupa uma
posição bem mais elevada do que tais homens. Devido à singularidade da sua
posição em relação a Jeová, Jesus é mencionado em João 1:18 (NM) como “o
deus unigênito”. (Veja também ALA, VB.) Isaías 9:6 (ALA) também descreve
profeticamente Jesus como “Deus Forte”, mas não como o Deus Todo-
poderoso. Tudo isso está em harmonia com o fato de Jesus ser descrito em João
1:1 como “um deus”, ou “divino”. (NM, AT).

O contexto nos ajuda a tirar disto a conclusão correta. Pouco antes da


morte de Jesus, Tomé ouvira a oração de Jesus, na qual se dirigia a seu Pai
como “o único Deus verdadeiro”. (João 17:3, ALA) Após sua ressurreição, Jesus
enviou uma mensagem aos seus apóstolos, inclusive a Tomé, na qual dizia:
“Subo . . . para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17, ALA) Após registrar o
que Tomé disse quando realmente viu o ressuscitado Cristo e tocou nele, o
apóstolo João declarou: “Estes, porém, foram registrados para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.” (João 20:31, ALA) Portanto, se alguém concluiu, à base do que Tomé
exclamou, que o próprio Jesus é “o único Deus verdadeiro”, ou que Jesus é
“Deus Filho” trinitário, precisa reexaminar o que o próprio Jesus disse (v. 17 de
Jo. 20) e a conclusão claramente expressa pelo apóstolo João (v. 31 de Jo. 20).
215

Indica Mateus 1:23 que Jesus era Deus quando


estava na terra?

Mat. 1:23, ALA: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele
será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco [“Deus
está conosco”, BJ]).”

Ao anunciar o iminente nascimento de Jesus, afirmou o anjo de Jeová que


a criança seria o próprio Deus? Não, o anúncio foi: “Este será grande e será
chamado Filho do Altíssimo.” (Luc. 1:32, 35, ALA; grifo acrescentado.) E o
próprio Jesus nunca afirmou ser Deus, mas, antes, “Filho de Deus”. (João
10:36, ALA; grifo acrescentado.) Jesus foi enviado ao mundo por Deus; assim,
por meio deste Filho unigênito, Deus estava com a humanidade. — João 3:17;
17:8.

Não era incomum os nomes hebraicos incorporarem a palavra para Deus


ou até mesmo uma forma abreviada do nome pessoal de Deus. Por exemplo,
Eliata significa “Deus Veio”; Jeú significa “Jeová É Ele”; Elias significa “Meu
Deus É Jeová”. Mas, nenhum desses nomes insinuava que o possuidor fosse o
próprio Deus.

Qual é o significado de João 5:18?

João 5:18, ALA: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-
lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”

Foram os judeus incrédulos que raciocinaram que Jesus procurava fazer-


se igual a Deus por afirmar que Deus era seu Pai. Ao passo que se referia
apropriadamente a Deus como seu Pai, Jesus nunca afirmou ser igual a Deus.
Ele respondeu com franqueza aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo
que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o
Pai.” (João 5:19, ALA; veja também João 14:28; João 10:36.) Foram esses
judeus incrédulos, também, que afirmaram que Jesus violava o sábado, mas
também estavam errados quanto a isso. Jesus guardou a Lei com perfeição, e
declarou: “É lícito fazer bem, aos sábados.” — Mat. 12:10-12, ALA.

Será que o fato de se prestar adoração a Jesus prova que ele é Deus?

Em Hebreus 1:6, os anjos são instruídos a ‘adorar’ a Jesus, de acordo com as


216

traduções ALA, BJ, CBC, BV e So. NM diz “lhe prestem homenagem”. Em


Mateus 14:33, diz-se, segundo as versões ALA, So, que os discípulos de Jesus o
“adoraram”; outras traduções dizem que “mostraram-lhe reverência” (NAB),
“prostraram-se diante dele” (BJ), “prostraram-se-lhe aos pés” (Pe), “prestaram-
lhe então homenagem” (NM).

A palavra grega traduzida ‘adorar’ é pro·sky·né·o, que A Greek-English


Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature diz que
também era “usada para indicar o costume de prostrar-se diante duma pessoa e
beijar-lhe os pés, a orla da sua veste, o chão”. (Chicago, EUA, 1979, Bauer,
Arndt, Gingrich, Danker; 2.a ed. em inglês; p. 716) Este é o termo usado em
Mateus 14:33 para expressar o que os discípulos fizeram para com Jesus; em
Hebreus 1:6, para indicar o que os anjos devem fazer para com Jesus; em
Gênesis 22:5, na Septuaginta grega, para descrever o que Abraão fez para com
Jeová e em Gênesis 23:7 para descrever o que Abraão fez, em harmonia com o
costume da época, para com pessoas com quem fazia negócios; em 1 Reis 1:23,
na Septuaginta, para descrever a ação do profeta Natã ao se dirigir ao Rei Davi.

Em Mateus 4:10 (Al), Jesus disse: “Ao Senhor teu Deus adorarás [de
pro·sky·né·o], e só a ele servirás.” (Em Deuteronômio 6:13, donde Jesus está
evidentemente citando aqui, aparece o nome pessoal de Deus, o Tetragrama.)
Em harmonia com isso, devemos entender que é pro·sky·né·o, com atitude
especial do coração e da mente, que se deve prestar unicamente a Deus.

Provam os milagres realizados por Jesus


que ele é Deus?

Atos 10:34, 38, ALA: “Falou Pedro, dizendo: . . . Deus ungiu a Jesus de
Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte, fazendo o
bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.”
(Portanto, Pedro não concluiu dos milagres que observou, que Jesus era Deus,
antes, que Deus estava com Jesus. Compare com Mateus 16:16, 17.)

João 20:30, 31, ALA: “Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos
outros sinais [“milagres”, BLH, PIB] que não estão escritos neste livro. Estes,
porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
217

e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Portanto, a conclusão que
devemos corretamente tirar dos milagres é que Jesus é “o Cristo”, o Messias, “o
Filho de Deus”. A expressão “Filho de Deus” é bem diferente de “Deus-Filho”.)
Profetas pré-cristãos, tais como Elias e Eliseu, realizaram milagres similares aos
de Jesus. Contudo, isso certamente não prova que eles fossem Deus.

É Jesus o mesmo que Jeová no “Antigo


Testamento”?

Veja as páginas 208, 209, sob o tópico geral “Jeová”.

É crer em Jesus Cristo tudo o que se requer para


a salvação?

Atos 16:30-32, ALA: “Senhores, que é necessário que eu faça para me


salvar? [Paulo e Silas] disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e
a tua casa. E lhe pregavam a palavra do Senhor [“Deus”, CBC, ALA, também
nota ao pé da página de BJ e NE; “mensagem de Deus”, AT], e a todos os que
estavam em sua casa.” (Será que este homem ‘crer no Senhor Jesus’ era apenas
uma questão de ele afirmar sinceramente que acreditava? Paulo mostrou que se
requeria mais do que isso — a saber, conhecimento e aceitação da Palavra de
Deus, visto que Paulo e Silas passaram então a pregá-la ao carcereiro. Seria
genuína a crença duma pessoa em Jesus, se ela não adorasse o Deus a quem
Jesus adorava, se não aplicasse o que Jesus ensinou quanto ao tipo de pessoas
que seus discípulos deveriam ser, ou se não realizasse a obra que Jesus mandou
seus seguidores realizar? Não podemos ganhar a salvação por méritos próprios;
só é possível à base da fé no valor do sacrifício da vida humana de Jesus. Mas,
nossa vida precisa ser coerente com a fé que professamos, muito embora isso
possa envolver dificuldades. Jesus disse em Mateus 10:22, [ALA]: “Aquele . . .
que perseverar até ao fim, esse será salvo.”)

Teve Jesus uma existência celestial antes


de se tornar humano?

Col. 1:15-17, ALA: “Ele [Jesus] é a imagem do Deus invisível, o primogênito


218

de toda a criação . . . Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de
todas as coisas.”

João 17:5, ALA: “[Jesus disse em oração:] Glorifica-me, ó Pai, contigo


mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”
(Também João 8:23.)

Possui Jesus no céu seu corpo carnal?

1 Cor. 15:42-50, ALA: “Assim também é a ressurreição dos mortos.


Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. . . . Semeia-se corpo
natural, ressuscita corpo espiritual. . . . Pois assim está escrito: O primeiro
homem, Adão, foi feito ser vivente. O último Adão [Jesus Cristo, que foi
humano perfeito assim como Adão era no início], porém, é espírito vivificante.
. . . Isto afirmo, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus,
nem a corrupção herdar a incorrupção.” (Grifo acrescentado.)

1 Ped. 3:18, ALA: “Também Cristo morreu, uma única vez, . . . morto,
sim, na carne, mas vivificado no espírito [“no espírito”, BJ, IBB, BLH, PIB].”
(Veja as páginas 324, 325.)

Ilustração: Se um homem paga uma dívida por um amigo, mas daí toma
imediatamente de volta tal pagamento, obviamente a dívida perdura. De modo
similar, se, ao ser ressuscitado, Jesus tivesse reassumido seu corpo humano de
carne e sangue, o qual havia sido dado como sacrifício para pagar o preço do
resgate, que efeito teria tido isso sobre a provisão que fazia para aliviar os fiéis
da dívida do pecado?

É verdade que Jesus apareceu em forma física aos seus discípulos após
sua ressurreição. Mas, em certas ocasiões, por que de início eles não o
reconheceram? (Luc. 24:15-32; João 20:14-16) Certa ocasião, em benefício de
Tomé, Jesus apareceu com a evidência física das marcas de pregos nas suas
mãos e dum ferimento de lança no seu lado. Mas, como foi possível naquela
ocasião ele aparecer repentinamente no meio deles apesar de as portas estarem
trancadas? (João 20:26, 27) Jesus, evidentemente, materializou corpos nessas
ocasiões, assim como anjos fizeram no passado quando apareceram a humanos.
A eliminação do corpo físico de Jesus por ocasião de sua ressurreição não
representava problema para Deus. É interessante que, embora o corpo físico não
fosse deixado por Deus no túmulo (evidentemente para fortalecer a convicção
219

dos discípulos de que Jesus realmente havia sido ressuscitado), o linho em que
ele havia sido envolvido foi deixado; contudo, o ressuscitado Jesus sempre
aparecia inteiramente vestido. — João 20:6, 7.

É Jesus Cristo a mesma pessoa que o arcanjo


Miguel?

O nome deste Miguel ocorre apenas cinco vezes na Bíblia. A gloriosa


pessoa espiritual que leva esse nome é mencionada como “um dos primeiros
príncipes”, “o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo [o de Daniel]”,
e como “o arcanjo”. (Dan. 10:13; 12:1; Judas 9, ALA) Miguel significa: “Quem
É Semelhante a Deus?” O nome evidentemente designa Miguel como aquele
que toma a dianteira em defender a soberania de Jeová e em destruir os
inimigos de Deus.

Em 1 Tessalonicenses 4:16 (ALA), a ordem de Jesus Cristo para a


ressurreição começar é descrita como “a voz do arcanjo”, e Judas 9 diz que o
arcanjo é Miguel. Seria apropriado assemelhar a chamada dominante dada por
Jesus com a de alguém inferior a ele em autoridade? É, portanto, razoável que o
arcanjo Miguel seja Jesus Cristo. (É interessante que a expressão “arcanjo”
nunca é encontrada no plural nas Escrituras, dando assim a entender que há
apenas um.)

Com relação à ocasião em que Cristo receberia autoridade régia,


Revelação 12:7-12 diz que Miguel e seus anjos guerreariam contra Satanás e
lançariam este e seus anjos iníquos para fora do céu. Jesus é mais adiante
retratado como liderando os exércitos do céu na guerra contra as nações do
mundo. (Rev. 19:11-16) Não é razoável que Jesus também seja quem toma ação
contra aquele que é descrito como “governante deste mundo”, Satanás, o
Diabo? (João 12:31) Daniel 12:1 (ALA) associa o ‘levantar-se Miguel’ para agir
com autoridade com um “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que
houve nação até àquele tempo”. Isso certamente se enquadra no que ocorre com
as nações quando Cristo, qual executor celestial, age contra elas. Portanto, a
evidência indica que o Filho de Deus, antes de vir à terra, era conhecido como
Miguel, e também é conhecido por esse nome desde que retornou ao céu, onde
reside como o glorificado Filho espiritual de Deus.
220

Se Alguém Disser —
‘Vocês não acreditam em Jesus’.

Poderá responder: ‘Evidentemente você é uma pessoa que acredita em


Jesus. E o mesmo se dá comigo; do contrário eu não estaria à sua porta hoje.’
Daí, talvez possa acrescentar: ‘De fato, a importância da fé em Jesus é
destacada de maneira notável nas nossas publicações. (Mostre um capítulo
apropriado do livro que estiver oferecendo e use isto como base para a palestra,
salientando o papel dele qual Rei. Ou leia o que é declarado na página 2 de A
Sentinela, a respeito do objetivo da revista.)’

Ou poderá dizer: ‘Importa-se se eu lhe perguntar por que pensa assim?’

Outra possibilidade: ‘Pelo que parece, alguém lhe disse isso, mas devo
dizer que esse realmente não é o caso, pois temos fé muito forte em Jesus
Cristo.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Mas não acreditamos em tudo o
que as pessoas falam sobre Jesus. Por exemplo, alguns dizem que ele foi
simplesmente um homem bom, não o Filho de Deus. Não acreditamos nisso, e
você, acredita? . . . Não é isso o que a Bíblia ensina.’ (2) ‘E não acreditamos
nos ensinamentos de certos grupos que contradizem o que o próprio Jesus disse
sobre sua relação com seu Pai. (João 14:28) O Pai dele lhe deu autoridade para
governar, que influi na vida de todos nós hoje. (Dan. 7:13, 14)’

‘Aceita a Jesus como seu Salvador pessoal?’

Poderá responder: ‘A Bíblia diz claramente . . . (cite Atos 4:12).


Acredito nisso. Mas, aprendi também que há sérias responsabilidades
acompanhantes. Como se dá isso? Bem, se eu realmente creio em Jesus, então
não posso crer nele apenas quando isso parece conveniente.’ Daí, talvez possa
acrescentar: ‘A vida perfeita dele dada em sacrifício nos possibilita obter o
perdão de pecados. Mas, sei que também é vital prestar atenção às suas
instruções concernentes às nossas responsabilidades quais cristãos. (Atos 1:8;
Mat. 28:19, 20)’

Ou poderá dizer: ‘(Depois de confirmar que você realmente crê em Jesus qual
Salvador, não só de você mesmo, mas de todos os que exercem fé nele . . . ) É
221

importante reagirmos com apreço, não só pelo que ele fez no passado, mas
também pelo que ele faz atualmente. (Mat. 25:31-33)’

‘Eu aceitei a Jesus como meu Salvador pessoal.’

Poderá responder: ‘Fico contente de saber que crê em Jesus, pois há


muitos hoje que não dão atenção àquilo que Jesus fez por nós. Sem dúvida
conhece bem o texto de João 3:16, não conhece? . . . Mas, onde será que tais
pessoas viverão para sempre? Algumas estarão com Cristo, no céu. Mas indica
a Bíblia que todas as pessoas boas irão para lá? (Mat. 6:10; 5:5)’

Judeus

Definição: De acordo com o atual uso comum, o termo se refere às pessoas de


descendência hebraica e a outras convertidas ao judaísmo. A Bíblia também
chama atenção para o fato de que existem cristãos que são judeus em sentido
espiritual e que constituem “o Israel de Deus”.

São os judeus naturais da atualidade o povo


escolhido de Deus?

Essa é a crença de muitos judeus. A Encyclopaedia Judaica (Jerusalém,


1971, Vol. 5, col. 498) diz: “POVO ESCOLHIDO: termo usualmente
empregado para designar o povo de Israel; expressa o conceito de que o povo
de Israel goza de especial e exclusiva relação com a deidade universal. Esta tem
sido a idéia fundamental através da história do pensamento judaico.” — Veja
Deuteronômio 7:6-8; Êxodo 19:5.

Muitos na cristandade pensam da mesma forma. A coluna religiosa do


Journal and Constitution (22 de janeiro de 1983, p. 5-B), de Atlanta, EUA,
dizia: “Ao contrário do ensino secular das igrejas de que Deus ‘rejeitou seu
povo Israel’, substituindo-o pelo ‘novo Israel’, ele [Paul M. Van Buren, teólogo
da Universidade Temple, da Filadélfia, EUA] diz que as igrejas afirmam agora
que ‘o pacto entre Deus e o povo judeu é eterno. Esta surpreendente reversão
tem ocorrido entre protestantes e católicos, e em ambos os lados do Atlântico.’”
222

O jornal Times de Nova Iorque (6 de fevereiro de 1983, p. 42) acrescentava:


“‘Há uma fascinação da parte da direita evangélica com Israel e uma crença de
que tudo o que Israel faz precisa ser apoiado, porque Deus está do lado de
Israel’, disse Timothy Smith, professor de teologia da Universidade Johns
Hopkins, que é evangélico metodista.” Alguns na cristandade esperam a
conversão e a derradeira salvação de todo o Israel natural. Outros adotam o
conceito de que sempre houve um vínculo inseparável entre Deus e Israel,
concluindo assim que somente os gentios devem reconciliar-se com Deus
mediante Cristo.

Considere: Após o exílio babilônico, quando Israel foi restaurado na sua


terra o povo devia restabelecer a adoração verdadeira na sua terra concedida por
Deus. Um dos primeiros projetos empreendidos foi a reconstrução do templo de
Jeová em Jerusalém. Não obstante, desde a destruição de Jerusalém pelos
romanos no ano 70 EC, o templo jamais foi reconstruído. Em vez disso, no
local do antigo templo há uma mesquita muçulmana. Se os judeus, que afirmam
estar sob a Lei mosaica, estivessem atualmente em Jerusalém qual povo
escolhido de Deus, não teria sido reconstruído o Seu templo de adoração?

Mat. 21:42, 43: “Jesus disse-lhes [aos principais sacerdotes e aos anciãos
dos judeus em Jerusalém]: ‘Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que foi
rejeitada pelos construtores é a que se tem tornado a principal pedra angular.
Isto procede de Jeová e é maravilhoso aos nossos olhos”? É por isso que vos
digo: O reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza os
seus frutos.’”

Mat. 23:37, 38: “Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e


apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus
filhos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas! Mas
vós não o quisestes. Eis que a vossa casa vos fica abandonada.”

Será que o pacto de Deus com Abraão garante


que os judeus continuam sendo o povo escolhido de
Deus?

Gál. 3:27-29: “Todos vós, os que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de
Cristo. Não há nem judeu nem grego, não há nem escravo nem homem livre,
não há nem macho nem fêmea; pois todos vós sois um só em união com Cristo
223

Jesus. Além disso, se pertenceis a Cristo, sois realmente descendente de


Abraão, herdeiros com referência a uma promessa.” (Desse modo, do ponto de
vista de Deus, pertencer à linhagem de Abraão não é o fator determinante para
se fazer parte da descendência de Abraão.)

Converter-se-ão à fé em Cristo todos os judeus,


alcançando a salvação eterna?

Rom. 11:25, 26: “Não quero, irmãos, que sejais ignorantes deste segredo
sagrado, a fim de que não sejais discretos aos vossos próprios olhos: que a
obtusão das sensibilidades aconteceu em parte a Israel, até que tenha entrado o
pleno número de pessoas das nações, e desta maneira [“é assim que”, BLH;
“assim”, ALA, PIB; grego, hoú·tos] é que todo o Israel será salvo.” (Note que a
salvação de “todo o Israel” se dá, não mediante a conversão de todos os judeus,
mas pela ‘entrada’ de pessoas das nações gentias. Alguns tradutores vertem o
Ro 11 versículo 26 da seguinte forma: “E então, depois disso, o restante de
Israel será salvo.” Mas A Manual Greek Lexicon of the New Testament
[Edimburgo, Escócia, 1937, G. Abbott-Smith, p. 329] define hoú·tos com a
acepção de “desta maneira, assim, desse modo”.)

Para chegarmos a um entendimento correto do que se acha registrado em


Romanos 11:25, 26, precisamos considerar também o que foi dito antes em
Romanos: “Não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão aquela que a
é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua circuncisão é
a do coração, por espírito, e não por um código escrito.” (Rom. 2:28, 29) “Nem
todos os que procedem de Israel são realmente ‘Israel’.” — Rom. 9:6.

É necessário que os judeus tenham fé em Jesus


Cristo para serem salvos?

Isaías 53:1-12 predisse a morte do Messias que ‘levaria os pecados de


muitos e faria intercessão pelos transgressores’. Daniel 9:24-27 associou a
vinda do Messias e sua morte com ‘terminar o pecado e perdoar a iniqüidade’.
(JP) Ambas as passagens mostram que os judeus necessitavam tal intercessão e
perdão. Poderiam rejeitar o Messias e esperar ter a aprovação Daquele que o
enviou?
224

Atos 4:11, 12: “[A respeito de Jesus Cristo, o apóstolo Pedro foi movido
por espírito santo a dizer aos governantes e anciãos judeus de Jerusalém:] Esta é
‘a pedra que por vós, construtores, não foi levada em conta, que se tornou a
principal do ângulo’. Outrossim, não há salvação em nenhum outro, pois não há
outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual
tenhamos de ser salvos.” (Embora a nação do Israel natural não mais goze do
favor especial de Deus, há oportunidade para os judeus individuais, assim como
para pessoas de todas as nações, beneficiarem-se da salvação que se torna
possível por meio de Jesus, o Messias.)

Será que os acontecimentos atuais em Israel


são cumprimento da profecia bíblica?

Eze. 37:21, 22, JP: “Assim disse o Senhor DEUS: Eis que tomo os filhos
de Israel de entre as nações para onde foram, e ajuntá-los-ei de todo lado, e os
trarei à sua própria terra; e farei deles uma só nação na terra, sobre os montes de
Israel, e um só rei será rei sobre todos eles.” (Israel atualmente não é uma nação
sob o domínio de um rei da linhagem real de Davi. É uma república.)

Isa. 2:2-4, JP: “Há de acontecer no fim dos dias, que o monte da casa do
SENHOR há de ser estabelecido como o cume dos montes, e há de ser
enaltecido acima das colinas; e todas as nações afluirão a ele. E muitos povos
hão de ir e dizer: ‘Vinde, e subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de
Jacó; e Ele nos ensinará sobre os Seus caminhos e nós andaremos nas Suas
veredas.’ . . . E forjarão das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças,
podadeiras; nação não levantará espada contra nação, nem aprenderão mais a
guerra.” (Na Jerusalém atual, no lugar do antigo templo não há nenhuma “casa
do Deus de Jacó”, mas, em vez disso, uma mesquita muçulmana. E não há
nenhum esforço da parte de Israel ou de seus vizinhos no sentido de ‘forjarem
das suas espadas arados’. Para sua sobrevivência, dependem de seu preparo
militar.)

Isa. 35:1, 2, JP: “O ermo e a terra ressequida se alegrarão; e o deserto


jubilará e florescerá como a rosa. Florescerá abundantemente, e jubilará, sim
com alegria e canto; dar-se-lhe-á a glória do Líbano, a excelência do Carmelo e
225

de Sarom; verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus.” (Notáveis


projetos de reflorestamento e irrigação foram empreendidos com bom êxito em
Israel. Mas seus líderes não atribuem o crédito ao Senhor Deus. Conforme um
ex-primeiro ministro, David Ben-Gurion, disse: “Israel está determinado . . . a
vencer o deserto e fazê-lo florescer pelo poder da ciência e do espírito pioneiro,
e a transformar o país num baluarte da democracia.”)

Zac. 8:23; JP: “Naqueles dias há de acontecer que dez homens agarrarão,
dentre todas as línguas das nações, sim, agarrarão a aba da veste daquele que é
judeu, dizendo: Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco.” (A
que Deus se refere a profecia? No hebraico o Seu nome [‫יהוה‬, comumente
traduzido Jeová] aparece mais de 130 vezes só neste livro das Escrituras
Sagradas. Hoje em dia, quando alguém usa esse nome, será que as pessoas
concluem que ele é judeu? Não; pois durante séculos, a superstição fez com que
o povo judeu como um todo se refreasse de sequer pronunciar o nome pessoal
de Deus. O reavivamento do interesse religioso com relação ao Israel natural
atualmente não cumpre essa profecia.)

Como, devem, então, ser encarados os acontecimentos no Israel atual?


Meramente como parte da marcha dos acontecimentos globais preditos na
Bíblia. Estes incluem guerra, anarquia, o esfriamento do amor a Deus e o amor
ao dinheiro. — Mat. 24:7, 12; 2 Tim. 3:1-5.

Entre quem se cumprem hoje as profecias sobre a


restauração de Israel?

Gál. 6:15, 16: “Nem a circuncisão é alguma coisa nem a incircuncisão,


mas sim uma nova criação. E todos os que andarem ordeiramente segundo esta
regra de conduta, sobre estes haja paz e misericórdia, sim, sobre o Israel de
Deus.” (Portanto, não mais se conclui quem é “o Israel de Deus” à base de se
ele cumpre o requisito imposto a Abraão para que todos os varões em sua casa
se circuncidassem. Antes, conforme declarado em Gálatas 3:26-29, aqueles que
pertencem a Cristo e são filhos de Deus gerados pelo espírito é que ‘são
realmente descendente de Abraão’.)
226

Jer. 31:31-34: “‘Eis que vêm dias’, é a pronunciação de Jeová, ‘e eu vou


concluir um novo pacto com a casa de Israel e com a casa de Judá . . . E não
mais ensinarão, cada um ao seu companheiro e cada um ao seu irmão, dizendo:
“Conhecei a Jeová!” porque todos eles me conhecerão, desde o menor deles até
o maior deles’, é a pronunciação de Jeová.” (Este novo pacto foi feito com os
leais seguidores de Jesus Cristo a quem se estendeu a esperança da vida
celestial, e não com a nação do Israel natural. Ao instituir a Comemoração de
sua morte, Jesus deu a esses seguidores um copo de vinho e disse: “Este copo
significa o novo pacto em virtude do meu sangue.” [1 Cor. 11:25])

Rev. 7:4: “Ouvi o número dos selados: cento e quarenta e quatro mil,
selados de toda tribo dos filhos de Israel.” (No entanto, nos versículos
seguintes, mencionam-se a “tribo de Levi” e a “tribo de José”. Estas tribos não
eram incluídas nas listagens das 12 tribos do Israel natural. É de interesse notar
que, embora se diga que a selagem seria “de toda tribo”, as tribos de Dã e de
Efraim não são mencionadas. [Compare com Números 1:4-16.] Deve-se referir
aqui ao Israel espiritual de Deus, aos que, segundo mostra Revelação 14:1-3,
tomarão parte no reino celestial com Cristo.)

Heb. 12:22: “Vós vos chegastes a um Monte Sião e a uma cidade do Deus
vivente, a Jerusalém celestial, e a miríades de anjos.” (Desse modo, os
verdadeiros cristãos atentam para a “Jerusalém celestial”, não para a terrestre,
para o cumprimento das promessas de Deus.)

Línguas, Falar em
Definição: Habilidade especial concedida através do espírito santo a alguns
discípulos na primitiva congregação cristã que os capacitou a pregar ou de outra
forma a glorificar a Deus numa língua diferente da deles.

Diz a Bíblia que todos os que teriam o espírito


de Deus ‘falariam em línguas’?

1 Cor. 12:13, 30: “Deveras, todos nós fomos batizados por um só espírito em
227

um só corpo . . . Será que todos têm dons de curar? Será que todos falam em
línguas?” (Também 1 Coríntios 14:26.)

1 Cor. 14:5: “Ora, eu gostaria que todos vós falásseis em línguas, mas prefiro
que profetizeis. Deveras, quem profetiza é maior do que aquele que fala em
línguas, a menos que, de fato, traduza, para que a congregação receba
edificação.”

Será que a fala extática numa língua


que a pessoa nunca aprendeu prova que
ela tenha espírito santo?

Pode a habilidade de ‘falar em línguas’ vir de


outra fonte a não ser do verdadeiro Deus?

1 João 4:1: “Amados, não acrediteis em toda expressão inspirada [“todo


espírito”, IBB, Al], mas provai as expressões inspiradas para ver se se originam
de Deus.” (Veja também Mateus 7:21-23; 2 Coríntios 11:14, 15.)

Entre os que ‘falam em línguas’ hoje, acham-se os pentecostais e batistas,


também católicos romanos, episcopais, metodistas, luteranos e presbiterianos.
Jesus disse que o espírito santo ‘guiaria seus discípulos a toda a verdade’. (João
16:13) Será que os membros de cada uma dessas religiões acreditam que os
outros que também ‘falam em línguas’ foram guiados a “toda a verdade”?
Como poderia dar-se isso, visto que não estão todos de acordo? Que espírito é
que os habilita a ‘falar em línguas’?

Uma declaração conjunta do Fountain Trust e do Conselho Evangélico da


Igreja Anglicana admitiu: “Estamos cônscios de que também pode ocorrer um
fenômeno similar sob influência oculta/demoníaca.” (Gospel and Spirit, de abril
de 1977, publicado pelo Fountain Trust e pelo Conselho Evangélico da Igreja
Anglicana, p. 12.) O livro Religious Movements in Contemporary America
(editado por Irving I. Zaretsky e Mark P. Leone, citando L. P. Gerlach) relata
que no Haiti ‘falar em línguas’ é característico tanto da religião pentecostal
como da voduísta (semelhante à macumba). — (Princeton, N. J., EUA; 1974),
p. 693; veja também 2 Tessalonicenses 2:9, 10.
228

‘Fala-se em línguas’ hoje como falavam os


cristãos do primeiro século?

No primeiro século, os dons miraculosos do espírito, incluindo a


capacidade de ‘falar em línguas’, atestavam que o favor de Deus havia sido
transferido do sistema judaico de adoração para a recém-estabelecida
congregação cristã. (Heb. 2:2-4) Visto que se atingiu esse objetivo no primeiro
século, será necessário provar vez após vez a mesma coisa nos nossos dias?

No primeiro século, a habilidade de ‘falar em línguas’ deu impulso à obra


internacional de dar testemunho, comissionada por Jesus a seus seguidores.
(Atos 1:8; 2:1-11; Mat. 28:19) É assim que os que ‘falam em línguas’ usam
hoje essa capacidade?

No primeiro século, quando os cristãos ‘falavam em línguas’, o que


diziam tinha sentido para as pessoas que conheciam essas línguas. (Atos 2:4, 8)
Hoje em dia, não é verdade que ‘falar em línguas’ usualmente envolve um
acesso extático de emissão de sons ininteligíveis?

No primeiro século, segundo mostra a Bíblia, as congregações tinham de


limitar o ‘falar em línguas’ a duas ou três pessoas que fizessem isso em
qualquer das reuniões; tinham de fazer isso “cada um por sua vez”, e, se não
houvesse intérprete presente, tinham de manter-se calados. (1 Cor. 14:27, 28,
IBB) É isso que se faz hoje em dia?

Veja também as páginas 143, 144, sob o tópico “Espírito”.

Será que o espírito santo está orientando os carismáticos


a práticas que vão além do que se encontra nas Escrituras?

2 Tim. 3:16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para
ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a
fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente
equipado para toda boa obra.” (Se alguém afirma ter mensagem inspirada que
esteja em conflito com as revelações feitas pelo espírito de Deus, por meio de
Jesus e seus apóstolos, pode ela ser da mesma fonte?)

Gál. 1:8: “Mesmo que nós ou um anjo do céu vos declarássemos como boas
novas algo além [“diferente”, NTI] daquilo que vos declaramos como boas
229

novas, seja amaldiçoado.”

Será que o modo de vida dos membros das organizações


que são favoráveis a ‘falar em línguas’ dão
evidência de que têm o espírito de Deus?

Como grupo, manifestam de modo notável frutos do espírito tais como a


brandura e o autodomínio? São essas qualidades realmente evidentes às pessoas
que assistem às suas reuniões para adoração? — Gál. 5:22, 23.

Realmente “não fazem parte do mundo”? Por causa disso, dão plena
devoção ao Reino de Deus ou estão envolvidos nos assuntos políticos do
mundo? Permaneceram limpos de culpa de sangue em períodos de guerra?
Como grupo, têm excelente reputação porque evitam a conduta imoral do
mundo? — João 17:16; Isa. 2:4; 1 Tes. 4:3-8.

São os verdadeiros cristãos hoje identificados pela


capacidade de ‘falar em línguas’?

João 13:35: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor entre vós.”

1 Cor. 13:1, 8: “Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não


tiver amor, tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um címbalo que
retine. O amor nunca falha. Mas, quer haja dons de profetizar, serão eliminados;
quer haja línguas, cessarão.”

Jesus disse que o espírito santo viria sobre seus seguidores e que eles
seriam testemunhas dele até à parte mais distante da terra. (Atos 1:8) Ele lhes
ordenou: “Fazei discípulos de pessoas de todas as nações.” (Mat. 28:19)
Também predisse que ‘estas boas novas do reino seriam pregadas em toda a
terra habitada, em testemunho a todas as nações’. (Mat. 24:14) Quem hoje,
como grupo e individualmente, faz esse trabalho? Em harmonia com o que
Jesus disse, não deveríamos procurar isso como evidência de que certo grupo de
pessoas tem espírito santo?

O ‘falar em línguas’ tinha de continuar até chegar


o que é “perfeito”?

Em 1 Coríntios 13:8 faz-se referência a diversos dons miraculosos —


profecia, línguas e conhecimento. O versículo 9 de 1 Cor. 13 refere-se
230

novamente a dois desses dons — o conhecimento e a profecia — dizendo:


“Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos.” (Al) Ou, conforme
reza NTI: “Pois, tanto as nossas profecias como a nossa ciência são
imperfeitas.” Daí, o versículo 10 de 1 Cor. 13 diz: “Mas, quando vier o que é
perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.” (Al) A palavra “perfeito” é
traduzida do grego té·lei·on, que transmite a idéia do que é plenamente
desenvolvido, completo ou perfeito. ABV e NM a vertem aqui por “completo”.
Note que não é o dom de línguas que se diz ser “imperfeito”, “em parte”, ou
parcial. Diz-se isso da ‘profecia’ e do ‘conhecimento’. Em outras palavras,
mesmo com esses dons miraculosos, os primeiros cristãos só tinham
entendimento imperfeito ou parcial do propósito de Deus. Mas, quando as
profecias chegassem a se cumprir, quando o propósito de Deus se realizasse,
então viria “o que é perfeito”, ou completo. Portanto, esta não é uma
consideração sobre por quanto tempo o ‘dom de línguas’ continuaria.

Entretanto, a Bíblia indica deveras por quanto tempo o ‘dom de línguas’


seria parte da experiência cristã. Segundo a escrita, este dom e outros dons do
espírito foram sempre transmitidos às pessoas pela imposição das mãos dos
apóstolos de Jesus Cristo ou na presença deles. (Atos 2:4, 14, 17; 10:44-46;
19:6; veja também Atos 8:14-18.) Assim, após a morte deles e das pessoas que
deste modo haviam recebido os dons, tais dons miraculosos, resultantes da
operação do espírito de Deus, devem ter chegado ao seu fim. Tal conceito está
de acordo com o propósito desses dons, conforme expresso em Hebreus 2:2-4.

Não mostra Marcos 16:17, 18 (Al) que a capacidade


de ‘falar em novas línguas’ seria um sinal que
identificaria os crentes?

Deve-se notar que esses versículos fazem referência, não só a ‘falar em


novas línguas’, mas também a pegar nas serpentes e beber veneno mortífero.
Incentivam todos os que ‘falam em línguas’ a também praticar tais coisas?
Para comentários sobre os motivos pelos quais esses versículos não são aceitos
por todos os eruditos bíblicos, veja as páginas 105, 106, sob o tópico “Curas”.
231

Se Alguém Disser —
‘Acredita no dom de línguas?’

Poderá responder: ‘As Testemunhas de Jeová falam de fato muitas


línguas, mas não nos empenhamos em fala extática em “línguas
desconhecidas”. Mas, posso perguntar-lhe: Acredita que se “fala em línguas”
hoje como falavam os cristãos do primeiro século?’ Daí, talvez possa
acrescentar: ‘Eis alguns pontos de comparação que achei muito interessantes.
(Talvez possa usar a matéria da página 228.)’

Ou poderá dizer: ‘Acreditamos que os cristãos do primeiro século


“falavam em línguas” e isso preenchia definitivamente a necessidade naquele
tempo. Sabe qual era a necessidade?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1)
‘Servia de sinal de que Deus transferira seu favor do sistema judaico para a
recém-formada congregação cristã. (Heb. 2:2-4)’ (2) ‘Era um meio prático de
divulgar as boas novas em escala internacional num curto período. (Atos 1:8)’

Maria (mãe de Jesus)


Definição: A mulher escolhida por Deus e altamente favorecida que deu à luz a
Jesus. Há mais cinco Marias que são mencionadas na Bíblia. Esta era
descendente do Rei Davi, da tribo de Judá, e filha de Eli. Ela nos é apresentada
pela primeira vez na Bíblia quando era noiva de José, que também era da tribo
de Judá e descendente de Davi.

Que podemos aprender do registro bíblico


sobre Maria?

(1) A lição de se ter disposição para escutar o que Deus diz por
intermédio de seus mensageiros, mesmo que o que ouvimos nos perturbe de
início ou nos pareça impossível. — Luc. 1:26-37.

(2) Coragem para agir em harmonia com o que a pessoa vem a saber que
é a vontade de Deus, confiando nele plenamente. (Veja Lucas 1:38. Conforme
indicado em Deuteronômio 22:23, 24, graves conseqüências poderiam resultar a
232

uma moça judia, não casada, que se achasse grávida.)

(3) A disposição de Jeová de usar uma pessoa sem levar em conta a


posição dela na vida. — Compare Lucas 2:22-24 com Levítico 12:1-8.

(4) Dar importância aos interesses espirituais. (Veja Lucas 2:41; Atos
1:14. Não se exigia das esposas judias que acompanhassem o marido
anualmente na longa viagem até Jerusalém, por ocasião da páscoa, mas Maria
fazia isso.)

(5) Apreço pela pureza moral. — Luc. 1:34.

(6) Diligência em ensinar a Palavra de Deus a seus próprios filhos. (Isto


se revela por aquilo que Jesus fez aos 12 anos. Veja Lucas 2:42, 46-49.)

Era Maria realmente virgem quando deu à luz


a Jesus?

Lucas 1:26-31 (BMD) relata que foi a “uma virgem”, cujo nome era
Maria, que o anjo Gabriel levou as novas: “Conceberás e darás à luz um filho,
ao qual porás o nome de Jesus.” Nisso, o versículo 34 de Luc. 1 diz: “Maria
perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso? Pois sou virgem [“não conheço varão,
expressão semítica para designar a ausência das relações conjugais”, nota ao pé
da página da BMD; “não tenho relações com um homem”, NM].’” Mateus 1:22-
25 (BMD) acrescenta: “Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o
Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um
filho, ao qual será dado o nome de Emanuel, que quer dizer: ‘Deus conosco’.
Acordando do sono, José fez como lhe tinha ordenado o anjo do Senhor: tomou
consigo sua esposa. Mas ele não teve relações com ela até quando deu à luz um
filho a quem deu o nome de Jesus.”

É isso razoável? Certamente, não era impossível para o Criador, que


projetou os órgãos reprodutivos humanos, causar a fertilização de um óvulo no
ventre de Maria por meios sobrenaturais. De modo maravilhoso, Jeová
transferiu a força de vida e o padrão de personalidade de seu Filho celestial,
primogênito, para o ventre de Maria. A própria força ativa de Deus, seu espírito
santo, protegeu o desenvolvimento do menino no ventre de Maria, de modo que
o que nasceu foi um humano perfeito. — Luc. 1:35; João 17:5.
233

Permaneceu Maria virgem para sempre?

Mat. 13:53-56, BJ: “Quando Jesus acabou de proferir essas parábolas,


partiu dali e, dirigindo-se para a sua pátria, pôs-se a ensinar as pessoas que
estavam na sinagoga, de tal sorte que elas se maravilhavam e diziam: ‘De onde
lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Não
se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos [em grego: a·del·foí] Tiago, José,
Simão e Judas? E as suas irmãs [em grego: a·del·faí] não vivem todas entre
nós?’” (À base deste texto, concluiria que Jesus era o único filho de Maria, ou
que ela tinha outros filhos, bem como filhas?)

A New Catholic Encyclopedia (1967, Vol. IX, p. 337) admite, relativo às


palavras gregas a·del·foí e a·del·faí, empregadas em Mateus 13:55, 56, que estas
“têm o significado de irmãos e irmãs consangüíneos no mundo de língua grega
do tempo do evangelista, e, naturalmente, seriam entendidas neste sentido pelo
leitor grego. Perto do fim do 4.° século (c. 380), Helvídio, numa obra hoje
perdida, insistiu neste fato para atribuir a Maria outros filhos além de Jesus, a
fim de torná-la um modelo para as mães com família mais numerosa. S.
Jerônimo, motivado pela fé tradicional da Igreja na virgindade perpétua de
Maria, escreveu um tratado contra Helvídio (383 AD) em que desenvolveu uma
explicação . . . que ainda está em voga entre os eruditos católicos”.

Mar. 3:31-35, BJ: “Chegaram então a sua mãe e seus irmãos e, ficando do
lado de fora, mandaram chamá-lo. Havia uma multidão sentada em torno dele.
Disseram-lhe: ‘A tua mãe, os teus irmãos e as tuas irmãs estão lá fora e te
procuram.’ Ele replicou: ‘Quem é minha mãe e meus irmãos?’ E, percorrendo
com o olhar os que estavam sentados ao seu redor, disse: ‘Eis a minha mãe e os
meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.’”
(Faz-se aqui uma clara distinção entre os irmãos legítimos de Jesus e seus
irmãos espirituais, a saber, seus discípulos. Ninguém sustenta que a menção que
Jesus fez de sua mãe signifique outra coisa senão aquilo que está expresso. Há,
então, lógica em dizer que seus irmãos legítimos não eram realmente irmãos,
mas talvez primos? Quando se quer designar, não irmãos, mas parentes,
emprega-se outra palavra grega [syg·ge·nón], como em Lucas 21:16.)
234

Será que Maria era Mãe de Deus?

O anjo que lhe anunciou o vindouro nascimento miraculoso não disse que
o filho dela seria Deus. Disse ele: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e
o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do
Altíssimo. . . . O Santo que nascer será chamado Filho de Deus.” — Luc. 1:31-
35, BJ; grifo acrescentado.

Heb. 2:14, 17, BMD: “Visto como os filhos têm em comum o sangue e a
carne, o próprio Jesus também participou desta condição . . . Devia assemelhar-
se em tudo a seus irmãos.” (Mas, poderia ele “assemelhar-se em tudo a seus
irmãos” se tivesse sido Deus-homem?)

A New Catholic Encyclopedia diz: “Maria é realmente a mãe de Deus, se


se satisfizerem duas condições: que ela é realmente a mãe de Jesus e que Jesus é
realmente Deus.” (1967, Vol. X, p. 21) A Bíblia diz que Maria era mãe de
Jesus, mas será que Jesus era Deus? Foi no quarto século, muito tempo depois
de se completar a escrita da Bíblia, que a Igreja formulou a sua declaração sobre
a Trindade. (New Catholic Encyclopedia, 1967, Vol. XIV, p. 295; veja as
páginas 397, 398, sob o tópico “Trindade”.) Nessa ocasião, no Credo de Nicéia,
a Igreja se referia a Jesus Cristo como “o próprio Deus”. Após isso, no Concílio
de Éfeso, em 431 EC, Maria foi proclamada pela Igreja como The·o·tó·kos, que
significa “que deu à luz a Deus”, ou “Mãe de Deus”. Entretanto, nem essa
expressão nem a idéia disso se acha no texto de nenhuma tradução da Bíblia.
(Veja as páginas 212-217, sob “Jesus Cristo”.)

Foi a própria Maria concebida por sua mãe de modo


imaculado, sem o pecado original?

A New Catholic Encyclopedia (1967, Vol. VII, pp. 378-381) reconhece


com respeito à origem dessa crença: “. . . a Imaculada Conceição não é ensinada
explicitamente nas Escrituras . . . Os mais primitivos Pais da Igreja
consideravam Maria como santa, mas não absolutamente sem pecado. . . . É
impossível precisar uma data quando essa crença se tornou um artigo de fé,
mas, parece que, por volta do 8.° e do 9.° século, se tornou de aceitação geral. .
. . [Em 1854, o Papa Pio IX definiu o dogma] ‘que sustenta que a Santíssima
235

Virgem Maria foi preservada de toda a mácula do pecado original no primeiro


instante de sua Conceição’.” Esta crença foi confirmada pelo II Concílio do
Vaticano (1962-1965). — The Documents of Vatican II (Nova Iorque, 1966),
editado pelo jesuíta W. M. Abbott, p. 88.

A própria Bíblia diz: “Eis porque, como por meio de um só homem [Adão] o
pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram.” (Rom. 5:12, BJ; grifo acrescentado.)
Será que isso inclui Maria? A Bíblia relata que, segundo requeria a Lei mosaica,
40 dias depois do nascimento de Jesus, Maria ofereceu no templo, em
Jerusalém, uma oferta pelo pecado para se purificar da impureza. Ela também
herdara o pecado e a imperfeição de Adão. — Luc. 2:22-24; Lev. 12:1-8.

Ascendeu Maria ao céu com o seu corpo carnal?

Comentando a proclamação feita pelo Papa Pio XII, em 1950, que tornou
esse dogma um artigo oficial da fé católica, a New Catholic Encyclopedia
(1967, Vol. I, p. 972) diz: “Não há referência explícita à Assunção na Bíblia, no
entanto, o Papa insiste, no decreto da promulgação, que as Escrituras são o
derradeiro alicerce desta verdade.”

A própria Bíblia diz: “A carne e o sangue não podem herdar o Reino de


Deus, nem a corrupção herdar a incorruptibilidade.” (1 Cor. 15:50, BJ) Jesus
disse que “Deus é espírito”. Ao ser ressuscitado, Jesus se tornou novamente
espírito, agora “espírito que dá a vida”. Os anjos são espíritos. (João 4:24; 1
Cor. 15:45; Heb. 1:13, 14, BJ) Com que base bíblica se pode dizer que alguém
pode alcançar a vida celestial num corpo que precisa das condições físicas da
Terra para seu sustento? (Veja as páginas 324-327, sob “Ressurreição”.)

É certo dirigirmos orações a Maria qual intercessora?

Jesus Cristo disse: “Orai desta maneira: Pai nosso que estás nos céus . . .”
Ele disse também: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao
Pai a não ser por mim. . . . Se me pedirdes algo em meu nome, eu o farei.” —
Mat. 6:9; João 14:6, 14, BJ; grifo acrescentado.

São ouvidas as orações dirigidas ao Pai por intermédio de Jesus Cristo com
tanta compreensão e compaixão como se fossem dirigidas por intermédio de
236

alguém que passou pela experiência de ser mãe? Concernente ao Pai, a Bíblia
nos diz: “Como um pai é compassivo com seus filhos, Iahweh é compassivo
com aqueles que o temem; porque ele conhece a nossa estrutura, ele se lembra
do pó que somos nós.” Ele é “Deus de ternura e de piedade, lento para a cólera,
rico em amor e fidelidade”. (Sal. 103:13, 14; Êxo. 34:6, BJ) E a respeito de
Cristo está escrito: “Não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer
das nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com
exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com segurança do trono da graça
para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça, como ajuda oportuna.” —
Heb. 4:15, 16, BJ.

Está a veneração de imagens de Maria em harmonia


com o cristianismo da Bíblia?

Tal prática foi definitivamente incentivada pelo II Concílio do Vaticano


(1962-1965). “Este santíssimo Sínodo . . . admoesta todos os filhos da Igreja no
sentido de que o culto, especialmente o culto litúrgico, da Santíssima Virgem
seja generosamente promovido. Exorta que as práticas e os cultos de devoção a
ela sejam prezados, segundo tem recomendado a autoridade do ensino da Igreja
no decorrer dos séculos, e que aqueles decretos emitidos em épocas anteriores,
com respeito à veneração de imagens de Cristo, da Santíssima Virgem e dos
santos, sejam religiosamente observados.” —The Documents of Vatican II, pp.
94, 95.

Para obter a resposta da Bíblia, veja “Imagens”, nas páginas 182-186.

Dava-se honra especial a Maria na


congregação cristã do primeiro século?

O apóstolo Pedro não faz menção alguma dela nos seus escritos
inspirados. O apóstolo Paulo não usou o nome dela nas suas cartas inspiradas,
mas falou a respeito dela, dizendo simplesmente “uma mulher”. — Gál. 4:4.

Que exemplo deu o próprio Jesus ao referir-se a sua mãe?

João 2:3, 4, BJ, ed. ingl.: “Quando não tinham mais vinho [numa festa de
casamento em Caná], visto que o vinho provido para o casamento havia
237

acabado totalmente, a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm vinho.’ Jesus disse:
‘Mulher, por que recorrer a mim [“que nos importa a mim e a ti isso?”, So]?
Minha hora ainda não chegou.’” (Quando Jesus era criança, sujeitava-se a sua
mãe e a seu pai adotivo. Mas agora que tinha crescido, ele com gentileza, mas
firmemente, rejeitou a direção de Maria. Ela aceitou com humildade a
correção.)

Luc. 11:27, 28, BJ: “Enquanto ele [Jesus] assim falava, certa mulher
levantou a voz em meio à multidão e disse-lhe: ‘Felizes as entranhas que te
trouxeram e os seios que te amamentaram!’ Ele, porém, respondeu: ‘Felizes,
antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam.’” (Esta teria sido
certamente uma excelente oportunidade para Jesus prestar honra especial a sua
mãe, se isso fosse apropriado. Ele não fez isso.)

Quais são as origens históricas da


adoração de Maria?

Diz o sacerdote católico Andrew Greeley: “Maria é um dos mais


poderosos símbolos religiosos da história do mundo ocidental . . . O símbolo de
Maria vincula o Cristianismo diretamente com as religiões antigas das deusas-
mães.” — The Making of the Popes 1978 (EUA, 1979) p. 227.

É de interesse o local onde foi confirmado o ensinamento de que Maria é


Mãe de Deus. “O Concílio de Éfeso se reuniu na basílica da Theotokos em 431.
Ali, se é que em algum lugar, na cidade tão notória pela sua devoção a Ártemis,
ou Diana, conforme os romanos a chamavam, onde se diz que a sua imagem
caiu do céu, sob o abrigo do grande templo dedicado à Magna Mater desde 330
AC, e que continha, segundo a tradição, uma residência temporária de Maria,
dificilmente poderia deixar de ser sustentado o título de ‘mãe de Deus’.” — The
Cult of the Mother Goddess (Nova Iorque, 1959), E. O. James, p. 207.

Se Alguém Disser —
‘Acredita na Virgem Maria?’

Poderá responder: ‘As Escrituras Sagradas dizem claramente que a mãe


238

de Jesus Cristo era uma virgem, e acreditamos nisso. Deus era o Pai dele. O
filho que nasceu era realmente o Filho de Deus, exatamente como o anjo disse a
Maria. (Luc. 1:35)’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Mas já se perguntou
alguma vez por que era tão importante que Jesus nascesse assim? . . . Só assim
se poderia fornecer um resgate adequado que tornaria possível o nosso
livramento do pecado e da morte. — 1 Tim. 2:5, 6; depois talvez João 3:16.’

Ou poderá dizer: ‘Sim, acreditamos. Cremos em tudo o que as Escrituras


Sagradas dizem a respeito dela, e elas dizem positivamente que ela era virgem
ao dar à luz a Jesus. Acho também muito animadoras as outras coisas que nos
contam sobre Maria e as lições que podemos aprender dela. (Use a matéria nas
páginas 231, 232.)’

‘Vocês não acreditam na Virgem Maria.’

Poderá responder: ‘Sei que existem pessoas que não acreditam que foi
uma virgem que deu à luz o Filho de Deus. Mas, sim, nós acreditamos nisso.
(Abra um dos nossos livros numa parte que fala sobre este assunto e mostre
para o[a] morador[a].)’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Existe, porém, alguma
coisa mais de que precisamos para ganhar a salvação? . . . Note o que Jesus
disse em oração a seu Pai. (João 17:3)’

Missa
Definição: Segundo a Sagrada Congregação de Ritos da Igreja Católica
Romana, a Missa é “— Um sacrifício em que se perpetua o Sacrifício da Cruz;
— Um memorial da morte e ressurreição do Senhor, que disse ‘fazei isto em
minha memória’ (Lucas 22:19); — Um banquete sagrado em que, por meio da
comunhão do Corpo e do Sangue do Senhor, o Povo de Deus participa dos
benefícios do Sacrifício Pascal, renova a Nova Aliança que Deus fez com o
homem uma vez para sempre por meio do Sangue de Cristo, e com fé e
esperança prenuncia e antevê o banquete escatológico no reino do Pai,
proclamando a morte do Senhor ‘até a Sua vinda’.” (Eucharisticum Mysterium,
de 25 de maio de 1967) É o modo de a Igreja Católica fazer o que entende que
Jesus Cristo fez na Última Ceia.
239

Transformam-se realmente o pão e o vinho


no corpo e no sangue de Cristo?

Numa “Solene Profissão de Fé”, em 30 de junho de 1968, o Papa Paulo


VI declarou: “Cremos que, assim como o pão e o vinho consagrados pelo
Senhor na Última Ceia se transformaram no Seu Corpo e no Seu Sangue, que
haviam de ser oferecidos por nós na cruz, o pão e o vinho consagrados pelo
sacerdote são transformados no Corpo e no Sangue de Cristo entronizado
gloriosamente no céu, e Nós cremos que a misteriosa presença do Senhor, sob a
aparência desses elementos, que aos nossos sentidos, parecem depois da
Consagração iguais àquilo que eram antes, é uma presença verdadeira, real e
substancial. . . . Esta transformação misteriosa é mui apropriadamente chamada
pela Igreja de transubstanciação.” (Official Catholic Teachings — Christ Our
Lord, Wilmington, N.C., EUA; 1978, de Amanda G. Watlington, p. 411.)
Concordam as Escrituras Sagradas com essa crença?

O que queria Jesus dizer quando disse: “Isto é o


meu corpo”, “Isto é o meu sangue”?

Mat. 26:26-29, BJ: “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo-o


abençoado, partiu-o e, distribuindo-o aos discípulos, disse: ‘Tomai e comei, isto
é o meu corpo.’ Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lho dizendo:
‘Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é
derramado por muitos para remissão dos pecados. Eu vos digo: desde agora,
não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco beberei o
vinho novo no Reino do meu Pai.’”

Quanto às expressões “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, é


digno de nota o que se segue: Mo reza: “isto significa o meu corpo”, isto
significa o meu sangue”. (Grifo acrescentado.) NM reza similarmente. LEF
verte as expressões: “isto representa o meu corpo”, “isto representa o meu
sangue”. (Grifo acrescentado.) Tais versões estão de acordo com o que se diz no
contexto, no versículo 29 de Mat. 26, em várias edições católicas. So reza: “Não
beberei mais deste fruto da videira até àquele dia, em que o beberei de novo
convosco no reino de meu Pai.” (Grifo acrescentado.) BMD, LR, PC também
mostram que Jesus se referiu àquilo que estava no cálice como sendo “este fruto
240

da videira”, e isso foi depois de Jesus ter dito: “Isto é o meu sangue.”

Considere as expressões “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” à


luz de outra linguagem vívida usada nas Escrituras. Jesus também disse: “Eu
sou a luz do mundo”, “eu sou a porta das ovelhas”, “eu sou a verdadeira vide”.
(João 8:12; 10:7; 15:1, BJ) Nenhuma dessas expressões deram a entender uma
transformação milagrosa, não é fato?

Em 1 Coríntios 11:25 (BJ), o apóstolo Paulo escreveu concernente à


Última Ceia e expressou as mesmas idéias em palavras ligeiramente diferentes.
Em vez de citar a Jesus, como dizendo a respeito do cálice: “Bebei dele todos,
pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança”, verteu a frase do seguinte
modo: “Este cálice é a nova Aliança em meu sangue.” Ele certamente não
queria dizer que o cálice de alguma forma miraculosa se transformou na nova
aliança. Não é mais lógico concluir que o que se achava no cálice representava
o sangue de Jesus, por meio do qual foi validada a nova aliança?

Que queria Jesus dizer com o que falou em


João 6:53-57?

“Jesus lhes respondeu . . .: ‘Em verdade, em verdade, vos digo: se não


comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a
vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna
e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o
meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou e
eu vivo pelo Pai, também aquele que comer de mim viverá por mim.’” — João
6:53-57, BJ.

Deve-se entender que isto significa que eles deviam literalmente comer a
carne e beber o sangue de Jesus? Se assim fosse, Jesus estaria incentivando a
violar a Lei que Deus havia dado a Israel por intermédio de Moisés. Essa Lei
proibia o consumo de qualquer tipo de sangue. (Lev. 17:10-12) Ao invés de
advogar tal coisa, Jesus falou fortemente contra violar quaisquer dos requisitos
da Lei. (Mat. 5:17-19) Portanto, o que Jesus tinha em mente só podia ser comer
e beber em sentido figurativo, por se exercer fé no valor do seu perfeito
sacrifício humano. — Veja João 3:16; 4:14; 6:35, 40.
241

Instruiu Jesus seus discípulos a realizar,


não meramente uma comemoração de
sua morte, mas um rito que na verdade
renovaria seu sacrifício?

Segundo The Documents of Vatican II: “Na Última Ceia, na noite em que
foi traído, nosso Salvador instituiu o Sacrifício da Eucaristia de Seu Corpo e
Sangue. Fez isso para perpetuar o sacrifício da Cruz . . .” — (Nova Iorque,
1966), editado pelo jesuíta W. M. Abbott, p. 154; grifo acrescentado.
The Catholic Encyclopedia diz: “É intenção da Igreja que a Missa seja
considerada como ‘sacrifício verdadeiro e próprio’ . . . A principal fonte de
nossa doutrina, porém, é a tradição, que, desde os tempos mais primitivos,
declara o valor impetratório do Sacrifício da Missa.” — (1913), Vol. X, pp. 6,
17.

O próprio Jesus disse: “Fazei isto em minha memória.” (Luc. 22:19; 1


Cor. 11:24, BJ) Em Lucas 22:19, Kx e Dy rezam: “Fazei isto em comemoração
de mim.” ABV reza: “Comam dele para se lembrarem de Mim.” Jesus não disse
que o que ele fez na Última Ceia era um sacrifício de si mesmo ou que seus
discípulos haviam de renovar seu sacrifício.

Heb. 9:25-28, BJ: “Não foi para oferecer-se a si mesmo muitas vezes,
como o sumo sacerdote [judeu] que entra no Santuário cada ano com sangue de
outrem. Pois, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação
do mundo. Mas foi uma vez por todas, . . . que ele se manifestou para abolir o
pecado através do seu próprio sacrifício. E como é um fato que os homens
devem morrer uma só vez, depois do que vem o julgamento, do mesmo modo,
Cristo foi oferecido uma vez por todas.” (Grifo acrescentado.)

É tudo simplesmente “um mistério insondável”?

A Bíblia menciona de fato mistérios divinos, ou segredos sagrados. Mas


nenhum desses se conflita com as verdades bíblicas claramente expressas.
Concernente aos que colocam as suas tradições na frente das Escrituras, Jesus
disse: “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, quando disse: Este
povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim. Em vão me
prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos humanos.” — Mat. 15:7-9,
BJ.
242

Queria Jesus dizer que essa comemoração devia ser


observada talvez diária ou semanalmente?

Basic Catechism diz: “Os Deveres Especiais dos cristãos católicos”


incluem “participar da Missa todos os domingos e dias santos obrigatórios”.
(Boston, EUA, 1980, p. 21) “Os fiéis são de fato incentivados a participar da
Missa e da Comunhão com freqüência, até mesmo diariamente.” — The
Teaching of Christ — A Catholic Catechism for Adults, Edição Resumida
(Huntington, Ind., EUA; 1979), p. 281.

Será que todas as referências feitas na Bíblia a ‘partir o pão’ indicam que
a morte de Cristo estava sendo comemorada? (Atos 2:42, 46; 20:7, BJ) Jesus
‘partiu os pães’ quando foi distribuído alimento numa refeição mesmo antes da
Última Ceia. (Mar. 6:41; 8:6) O pão que os judeus comiam naquele tempo não
era o mesmo de hoje, ao qual muitas pessoas estão acostumadas. Quando o
comiam, amiúde o partiam ou arrancavam um pedaço.

Jesus não disse especificamente com que freqüência se devia observar a


Comemoração de sua morte. Entretanto, ele a instituiu na data da Páscoa
judaica, que foi substituída entre seus discípulos pela Comemoração da morte
de Cristo. A Páscoa era um evento anual, celebrado no dia 14 de nisã.
Similarmente, a Festividade dos Pães Ázimos, a Festividade das Semanas
(Pentecostes), a Festividade das Barracas, ou do Recolhimento, e o Dia da
Expiação, dos judeus, eram observados uma vez por ano.

Traz a celebração da Missa alívio às almas


do purgatório?

The Teaching of Christ — A Catholic Catechism for Adults diz: “A


palavra ‘purgatório’ não se acha na Bíblia, tampouco é a doutrina do purgatório
explicitamente ensinada ali. . . . As obras dos Padres têm muitas referências,
não só à existência do purgatório, mas também ao fato de que os fiéis falecidos
podem ser ajudados pelas orações dos vivos, especialmente pelo Sacrifício da
Missa.” — Pp. 347, 348.

Quanto à condição dos mortos, as Escrituras Sagradas dizem: “Os vivos


ao menos sabem que vão morrer, enquanto os mortos não sabem nada.” (Ecl.
9:5, BJ) “A alma [“pessoa”, BMD] que pecar, essa morrerá.” (Eze. 18:4, So)
(Veja também as páginas 244-247, sob o tópico “Morte”.)
243

Morte
Definição: A cessação de todas as funções vitais. Depois de parar a respiração,
os batimentos cardíacos e a atividade cerebral, a força de vida gradativamente
deixa de funcionar nas células do organismo. A morte é o oposto da vida.

Foi o homem criado por Deus para morrer?

Pelo contrário, Jeová avisou Adão contra a desobediência que conduziria


à morte. (Gên. 2:17) Mais tarde, Deus avisou Israel contra a conduta que
causaria até mesmo a morte prematura. (Eze. 18:31) Com o tempo, enviou seu
Filho para morrer a favor da humanidade, a fim de que aqueles que exercessem
fé nessa provisão usufruíssem a vida eterna. — João 3:16, 36.

O Salmo 90:10 diz que a duração da vida humana é comumente de 70 ou


80 anos. Esta era a situação quando Moisés o escreveu, mas não era assim
desde o princípio. (Compare com Gênesis 5:3-32.) Hebreus 9:27 diz que “está
reservado aos homens morrer uma vez para sempre”. Este também era o caso
quando foram escritas essas palavras. Mas tal não se dava antes de Deus
sentenciar o pecador Adão.

Por que envelhecemos e morremos?

Jeová criou o primeiro casal humano perfeito, com a perspectiva de viver


para sempre. Foram dotados de livre-arbítrio. Obedeceriam ao seu Criador
movidos pelo amor e pelo apreço por tudo o que ele fizera em favor deles?
Estavam plenamente capacitados para isso. Deus disse a Adão: “Quanto à
árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela,
porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” Usando uma
serpente qual porta-voz, Satanás induziu Eva a violar o mandamento de Jeová.
Adão não repreendeu sua esposa, mas uniu-se a ela em comer do fruto proibido.
Fiel à sua palavra, Jeová sentenciou Adão à morte, mas, antes de executar o
casal pecador, Jeová, misericordiosamente, permitiu que tivessem filhos. —
Gên. 2:17; 3:1-19; 5:3-5; compare com Deuteronômio 32:4 e Revelação 12:9.

Rom. 5:12, 17, 19: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o


244

pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se


espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado —. . . . Pela falha de
um só homem a morte reinou . . . Pela desobediência de um só homem muitos
foram constituídos pecadores.”
1 Cor. 15:22: “Em Adão todos morrem.”

Veja também o tópico geral “Destino”.

Por que morrem os bebês?

Sal. 51:5, BJ, ed. ingl.: “Sabes que nasci culpado, um pecador desde o
momento da concepção.” (Veja também Jó 14:4; Gênesis 8:21.)

Rom. 3:23; 6:23: “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus . . . O


salário pago pelo pecado é a morte.”

Deus não “tira” as criancinhas de seus pais, como se tem dito a alguns.
Embora a terra produza bastante alimento, os elementos políticos e comerciais
egoístas muitas vezes impedem a distribuição aos que estão em premente
necessidade, resultando em mortes por desnutrição. Algumas crianças morrem
em acidentes, assim como se dá com alguns adultos. Mas todos nós herdamos o
pecado; somos todos imperfeitos. Nascemos num sistema em que todos — tanto
os bons como os maus — por fim morrem. (Ecl. 9:5) Jeová, porém, ‘deseja’
juntar novamente as crianças a seus pais, por meio da ressurreição, e, por amor,
ele fez provisões para isso. — João 5:28, 29; Jó 14:14, 15, BJ; compare com
Jeremias 31:15, 16; Marcos 5:40-42.

Onde estão os mortos?

Gên. 3:19: “No suor do teu rosto comerás pão, até que voltes ao solo, pois
dele foste tomado. Porque tu és pó e ao pó voltarás.”

Ecl. 9:10: “Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio
poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento,
nem sabedoria no Seol [na “sepultura”, Al, So; no “mundo dos mortos”, TEV], o
lugar para onde vais.”

Qual é a condição dos mortos?

Ecl. 9:5: “Os viventes estão cônscios de que morrerão, os mortos, porém,
245

não estão cônscios de absolutamente nada.”

Sal. 146:4: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem
deveras os seus pensamentos [“pensamentos”, BMD, VB; “todos os seus
desígnios”, ALA; “planos”, BJ, BV].”

João 11:11-14: “‘Lázaro, nosso amigo, foi descansar, mas eu viajo para lá
para o despertar do sono.’ . . . Jesus disse-lhes francamente: ‘Lázaro morreu.’”
(Também Salmo 13:3.)

Há alguma parte do homem que continua viva


depois que o corpo morre?

Eze. 18:4: “A alma [“alma”, Al, IBB, So, Tr, VB, “homem”, BJ, ed. ingl.,
“pessoa”, BMD, TEV] que pecar — ela é que morrerá.”

Isa. 53:12: “Esvaziou a sua alma [“alma”, Al, BJ, VB; “vida”, BMD, TEV;
“a si mesmo”, PIB, Kx, NAB] até a própria morte.” (Compare com Mateus
26:38.)
Veja também os tópicos gerais “Alma” e “Espírito”.

Podem os mortos ajudar ou prejudicar os vivos?

Ecl. 9:6: “Seu amor, e seu ódio, e seu ciúme já pereceram, e por tempo
indefinido eles não têm mais parte em nada do que se tem de fazer debaixo do
sol.”
Isa. 26:14: “Eles estão mortos; não viverão. Impotentes na morte, não se
levantarão.”

Que dizer de relatos sobre a vida no além feitos por pessoas


que foram reanimadas depois de terem sido dadas como mortas?

Normalmente, depois que a pessoa pára de respirar e cessam os


batimentos cardíacos, demora vários minutos até que se inicie a cessação
gradual da força da vida nas células do organismo. Se o corpo for submetido ao
frio intenso, tal processo pode ser retardado por horas. Por esta razão, é, às
vezes, possível reanimar pessoas por meio da ressuscitação cardiopulmonar.
Tais pessoas sofreram o que é chamado de “morte clínica”, mas as células do
seu organismo ainda estavam vivas.

Muitos que foram reanimados após a “morte clínica” não se lembram de nada.
Outros contam que tiveram a sensação de estarem flutuando. Alguns afirmam
246

ter visto coisas belas; outros ficaram horrorizados com a experiência pela qual
passaram.

Existe uma explicação médica para quaisquer de


tais experiências?

O editor médico de The Arizona Republic, escreveu: “Quando a


excelência física está em seu ponto mais baixo, como sob anestesia, ou como
resultado de doença ou ferimento, o controle automático das funções do corpo
diminui concordemente. Assim, os neuro-hormônios e as catecolaminas do
sistema nervoso são liberados e lançados em quantidades não controladas. O
resultado disso, entre outras manifestações, é a alucinação, racionalizada após o
retorno à consciência, como tendo morrido e retornado à vida.” — Edição de 28
de maio de 1977, p. C-1; também a revista médica alemã Fortschritte der
Medizin, N.° 41, 1979; Psychology Today, de janeiro de 1981.

Mas não é o testemunho desses que foram reanimados confirmado pelas


pessoas cujos entes queridos falecidos lhes apareceram e lhes falaram?

Queira reler os textos já citados a respeito da condição dos mortos. O que


nos diz a Palavra da verdade de Deus sobre a condição dos mortos?

Quem é que deseja que os humanos acreditem de modo contrário?


Depois de Jeová ter avisado os nossos primeiros pais de que a desobediência
lhes acarretaria a morte, quem contradisse isso? “A serpente [usada por Satanás;
veja Revelação 12:9] disse à mulher: ‘Positivamente não morrereis.’” (Gên.
3:4) Mais tarde, é óbvio que Adão e Eva morreram. Assim, quem, logicamente,
foi que inventou a idéia de que uma parte espiritual do homem sobrevive à
morte do corpo? Conforme já vimos, não é isto o que a Palavra de Deus diz. A
lei de Deus dada ao antigo Israel condenava a prática de consultar os mortos,
classificando-a como ‘impura’ e “detestável”. (Lev. 19:31; Deut. 18:10-12; Isa.
8:19) Se simplesmente os vivos se estivessem comunicando com entes queridos
falecidos, será que um Deus de amor condenaria tal prática? Por outro lado, se
espíritos demoníacos estivessem fazendo-se passar pelos mortos e
desencaminhando a humanidade por lhes transmitir à mente impressões que
247

perpetuariam uma mentira, não seria amoroso da parte de Deus proteger seus
servos contra tal impostura? — Efé. 6:11, 12.

Por que as Testemunhas de Jeová não participam


dos costumes tradicionais de guardar luto?

O pesar por causa de um ente querido que morreu é normal


e pode-se, apropriadamente, expressar isso.

Após a morte de seu amigo íntimo, Lázaro, “Jesus entregava-se ao


choro”. (João 11:35) Às vezes, a morte de alguém causa extremo pesar aos
servos de Deus. — 2 Sam. 1:11, 12.

Contudo, por causa da esperança da ressurreição, diz-se aos cristãos:


“Não queremos que sejais ignorantes no que se refere aos que estão dormindo
na morte, para que não estejais pesarosos como os demais que não têm
esperança.” — 1 Tes. 4:13.

Os servos de Jeová não rejeitam todos os costumes relacionados com a morte.

Gên. 50:2, 3: “José ordenou aos seus servos, os médicos, que


embalsamassem seu pai . . . e levaram com ele quarenta dias inteiros, pois
levam costumeiramente tantos dias para o embalsamamento.”

João 19:40: “Tomaram . . . o corpo de Jesus e o envolveram com faixas,


junto com os aromas, do modo como os judeus costumam preparar para o
enterro.”

Os costumes que vão de encontro à Palavra de Deus


são evitados por aqueles que querem agradá-lo.

Certos costumes exibem publicamente o pesar da pessoa. No entanto,


Jesus disse: “Quando jejuardes [de pesar], parai de ficar com o rosto triste,
como os hipócritas, pois desfiguram os seus rostos para que pareça aos homens
que estão jejuando. Deveras, eu vos digo: Eles já têm plenamente a sua
recompensa. Mas tu, quando jejuares, unta a tua cabeça e lava o rosto, para que
não pareça aos homens que estás jejuando, mas ao teu Pai, que está em secreto;
então o teu Pai, que olha em secreto, te recompensará.” — Mat. 6:16-18.

Certos costumes refletem a crença de que o homem tem uma alma imortal que
248

sobrevive à morte do corpo, estando ela assim consciente daquilo que os vivos
estão fazendo. Mas, a Bíblia diz: “Os mortos . . . não estão cônscios de
absolutamente nada.” (Ecl. 9:5) Também: “A alma que pecar — ela é que
morrerá.” — Eze. 18:4.
Muitos costumes emanam da crença de que os mortos necessitam da
ajuda dos vivos, ou do temor de que podem prejudicar os vivos se não forem
apaziguados. No entanto, a Palavra de Deus mostra que os mortos não sentem
nem dor nem prazer. “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo, neste dia perecem
deveras os seus pensamentos.” (Sal. 146:4; veja também 2 Samuel 12:22, 23.)
“Seu amor, e seu ódio, e seu ciúme já pereceram, e por tempo indefinido eles
não têm mais parte em nada do que se tem de fazer debaixo do sol.” — Ecl. 9:6.

Se Alguém Disser —
‘É da vontade de Deus.’

Poderá responder: ‘É muito comum essa opinião. Mas achei proveitoso


pesquisar o que o próprio Deus diz sobre isso.’ Daí, talvez possa acrescentar:
(1) ‘(Leia Gênesis 2:17.) Se um pai acautela o filho de que, se fizer determinada
coisa, isto lhe custará a vida, diria que o pai quer que o filho faça tal coisa?’ (2)
‘Então, qual é realmente a vontade de Deus para a humanidade? Jesus disse:
“Esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que observa o Filho [isto é, que
percebe e reconhece que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus] e exerce fé
nele tenha vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:40)’

‘As pessoas irão sempre morrer.’

Poderá responder: ‘Certamente isso é o que tem acontecido com os


humanos até os nossos dias, não é um fato?’ Daí, talvez possa acrescentar:
‘Mas observe esta maravilhosa promessa feita por Deus em Revelação 21:3, 4
(ou Isaías 25:8).’

‘A pessoa morre quando chega a sua hora.’

Poderá responder: ‘Muita gente é dessa opinião. Sabia que muitos dos
antigos gregos tinham esse mesmo conceito? Eles acreditavam que havia três
249

deusas que decidiam a duração da vida que cada humano teria. A Bíblia, no
entanto, apresenta um conceito bem diferente sobre a vida.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘(Leia Eclesiastes 9:11.) Ilustração: Um pedaço de concreto
pode desprender-se dum prédio e cair sobre um pedestre. Será que Deus causou
isso? Se assim for, é justo acusar o dono do prédio de negligência? . . .
Conforme diz a Bíblia, foi um acontecimento não premeditado e imprevisto o
fato de estar o pedestre exatamente naquele lugar quando caiu o concreto.’ (2)
‘A Bíblia nos informa que evitando a má conduta protegemos a nossa vida.
(Pro. 16:17) Se tem filhos, tenho a certeza de que aplica esse princípio. Avisa-
os contra as coisas que podem resultar na perda da vida. O mesmo faz Jeová
hoje por toda a humanidade.’ (3) ‘Jeová sabe qual será o futuro. Por meio da
Bíblia ele nos informa como podemos usufruir uma vida muito mais longa do
que a daqueles que não fazem caso do que ele diz. (João 17:3; Pro. 12:28)’
(Veja também o tópico geral “Destino”.)

Mulheres
Definição: Pessoas adultas, do sexo feminino. A palavra para mulher em
hebraico é ’ish·sháh, que significa literalmente “homem fêmea”.

Será que a Bíblia rebaixa as mulheres ou se refere


a elas como se fossem pessoas inferiores?

Gên. 2:18: “Jeová Deus prosseguiu, dizendo: ‘Não é bom que o homem
continue só. Vou fazer-lhe uma ajudadora como complemento dele.’” (O
homem não é descrito aqui por Deus como sendo uma pessoa melhor do que a
mulher. Antes, Deus indicou que a mulher possuiria qualidades que
complementariam às do homem dentro do arranjo de Deus. Um complemento é
uma das duas partes que se complementam mutuamente. Assim, as mulheres
como grupo são notáveis em certas qualidades e habilidades; os homens, em
outras. Veja 1 Coríntios 11:11, 12.)

Gên. 3:16: “À mulher [Deus] disse: ‘ . . . terás desejo ardente de teu


marido, e ele te dominará.’” (Esta declaração depois de Adão e Eva terem
pecado não era para dizer o que os homens deviam fazer, mas o que Jeová
previu que fariam, já que o egoísmo se tornara parte da vida humana. Diversos
250

relatos bíblicos depois disso falam das situações muito infelizes que se
desenvolveram por causa de tal domínio por parte dos homens. Mas a Bíblia
não diz que Deus tenha aprovado tal conduta ou que seja um exemplo para
outros seguirem.

Será que o fato de se confiar a chefia aos homens


rebaixa as mulheres?

Estar sob chefia não é em si mesmo um rebaixamento. O arranjo de chefia


contribui para o manejo das coisas de modo ordeiro, e Jeová “não é Deus de
desordem, mas de paz”. (1 Cor. 14:33) Jesus Cristo está sob a liderança de
Jeová Deus, e ele tem grande satisfação nessa relação. — João 5:19, 20; 8:29; 1
Cor. 15:27, 28.

Foi também dada ao homem uma chefia relativa, especialmente na família


e na congregação cristã. Deus não deu ao homem autoridade absoluta sobre a
mulher; o homem precisa prestar contas a seu cabeça, Jesus Cristo, e a Deus
pelo modo como exerce tal chefia. (1 Cor. 11:3) Outrossim, ordena-se aos
maridos que ‘estejam amando as suas esposas como aos seus próprios corpos’ e
que ‘atribuam honra’ a suas esposas. (Efé. 5:28; 1 Ped. 3:7) As necessidades
sexuais do marido não são colocadas acima das de sua esposa no arranjo de
Deus para os casais. (1 Cor. 7:3, 4) O papel de uma esposa capaz, conforme
delineado na Bíblia, enfatiza seu valor para a família e para a comunidade.
Permite um campo amplo em que ela pode usar iniciativa ao passo que
demonstra apreço pela chefia de seu marido. (Pro. 31:10-31) A Bíblia ordena
aos filhos que honrem, não só a seu pai, mas também a sua mãe. (Efé. 6:1-3) Dá
também atenção especial a cuidar das necessidades das viúvas. (Tia. 1:27)
Assim, entre os verdadeiros cristãos, as mulheres podem encontrar grande
segurança, verdadeiro apreço para com elas como pessoas e satisfação pessoal
na sua atividade.

A dignidade da posição da mulher no arranjo de Deus é, outrossim,


indicada pelo fato de Jeová se referir à sua própria organização, composta de
criaturas espirituais que lhe são leais, como uma mulher, sua esposa, a mãe de
seus filhos. (Rev. 12:1; Gál. 4:26) Também, a congregação de Jesus Cristo,
ungida com espírito, é chamada de sua noiva. (Rev. 19:7; 21:2, 9) E do ponto
de vista espiritual, não há distinção entre homem e mulher no que diz respeito
aos que são chamados a participar com Cristo do Reino celestial. — Gál. 3:26-
28.
251

Devem as mulheres ser ministras?

Os encarregados da supervisão de uma congregação são descritos na


Bíblia como homens. Os 12 apóstolos de Jesus Cristo eram todos homens, e os
que foram designados mais tarde para serem superintendentes e servos
ministeriais nas congregações cristãs eram homens. (Mat. 10:1-4; 1 Tim. 3:2,
12) Aconselha-se às mulheres que ‘aprendam em silêncio com plena
submissão’ nas reuniões congregacionais, no sentido de que não suscitem
perguntas que contestem os homens na congregação. As mulheres devem ‘ficar
caladas’ em tais reuniões, se o que vão dizer demonstra falta de sujeição. (1
Tim. 2:11, 12; 1 Cor. 14:33, 34) Assim, embora as mulheres façam
contribuições valiosas à atividade da congregação, não há provisão para elas
presidirem ou tomarem a liderança, instruindo a congregação, quando homens
qualificados estão presentes.

Mas podem as mulheres ser pregadoras, proclamadoras, ministras das


boas novas, fora das reuniões de congregação? Em Pentecostes de 33 EC, o
espírito santo foi derramado tanto sobre homens como sobre mulheres. Como
explicação, o apóstolo Pedro citou Joel 2:28, 29, dizendo: “‘Nos últimos dias’,
diz Deus, ‘derramarei do meu espírito sobre toda sorte de carne, e vossos filhos
e vossas filhas profetizarão, e os vossos jovens terão visões e os vossos anciãos
terão sonhos; e até mesmo sobre os meus escravos e sobre as minhas escravas
derramarei naqueles dias do meu espírito, e eles profetizarão.’” (Atos 2:17, 18)
Da mesma forma hoje, as mulheres participam devidamente do ministério
cristão, pregando de casa em casa e dirigindo estudos bíblicos domiciliares. —
Veja também Salmo 68:11; Filipenses 4:2, 3.

Por que as mulheres cristãs cobrem a


cabeça em certas ocasiões?

1 Cor. 11:3-10: “A cabeça de todo homem é o Cristo; por sua vez, a


cabeça da mulher é o homem; por sua vez, a cabeça do Cristo é Deus. . . . Toda
mulher que orar ou profetizar com a sua cabeça descoberta envergonha sua
cabeça . . . Pois o homem não deve ter a cabeça coberta, visto ser imagem e
glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não
procede da mulher, mas a mulher do homem; e, ainda mais, o homem não foi
criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. É por isso que
252

a mulher deve ter um sinal de autoridade sobre a sua cabeça, por causa dos
anjos.” (Quando uma mulher cristã cobre a cabeça em ocasiões apropriadas, isto
é evidência de seu respeito pelo arranjo de chefia que foi instituído por Deus.
Cristo respeita a chefia teocrática; o homem e a mulher são também obrigados a
assim fazer. O primeiro homem, Adão, não foi produzido por nascimento de
uma mulher, mas foi criado por Deus. Ao criar Eva, Deus usou uma costela de
Adão como base, e Deus disse que ela havia de ser ajudadora de Adão. Assim,
ao homem, que foi feito primeiro, foi incumbida a posição de cabeça. O homem
não cobre a cabeça quando ‘ora ou profetiza’, porque, com respeito à chefia, o
homem é a ‘imagem de Deus’, não tendo cabeça terrestre em assuntos
relacionados com a família. Entretanto, se uma mulher ‘orar ou profetizar’ sem
cobrir a cabeça, mostrará desrespeito pela posição designada por Deus ao
homem e o envergonhará. Até mesmo os anjos, que são membros da
organização celestial de Jeová, assemelhada a uma esposa, observam o “sinal de
autoridade” usado pelas fiéis mulheres cristãs e são lembrados de sua própria
sujeição a Jeová.)

Quando é necessário uma mulher cobrir a cabeça?

Quando ‘ora ou profetiza’, conforme diz em 1 Coríntios 11:5. Isto não


significa que seja necessário ela cobrir a cabeça quando ora em particular ou
quando conversa com outros sobre profecias bíblicas. Contudo, deve cobrir a
cabeça, como sinal externo de seu respeito pela chefia do homem, ao cuidar de
assuntos relativos à adoração, que comumente seriam cuidados pelo seu
marido ou por outro homem. Se ela orar em voz alta em favor dela e de outros
ou dirigir um estudo bíblico formal, dando assim ensino, na presença de seu
marido, deve cobrir a cabeça, mesmo se ele não é da mesma crença dela. Mas,
visto que ela está autorizada por Deus a ensinar seus filhos, não precisa cobrir a
cabeça ao orar ou estudar com seus filhos menores não-dedicados em ocasiões
em que seu marido não está presente. Se, numa circunstância excepcional,
estiver presente um membro dedicado da congregação, do sexo masculino, ou
quando ela está acompanhada de um superintendente viajante em visita, então,
ao dirigir um estudo bíblico programado de antemão, ela deve cobrir a cabeça,
mas ele é quem deve fazer a oração.
253

É correto as mulheres usarem cosméticos ou jóias?


1 Ped. 3:3, 4: “Não seja o vosso adorno o trançado externo dos cabelos e
o uso de ornamentos de ouro ou o trajar de roupa exterior, mas, seja a pessoa
secreta do coração, na vestimenta incorruptível dum espírito quieto e brando,
que é de grande valor aos olhos de Deus.” (Significa isso que as mulheres não
devem usar ornamentos? Não significa isso de forma alguma; assim como é
óbvio que tampouco significa que ela não deva usar roupa exterior. Mas elas
são incentivadas aqui a ser equilibradas na sua atitude quanto a se arrumar e se
vestir, colocando ênfase primariamente sobre o adorno espiritual.)

1 Tim. 2:9, 10: “Desejo que as mulheres se adornem em vestido bem


arrumado, com modéstia e bom juízo, não com estilos de trançados dos cabelos,
e com ouro, ou pérolas, ou vestimenta muito cara, mas dum modo próprio das
mulheres que professam reverenciar a Deus, a saber, por intermédio de boas
obras.” (O que realmente conta com Deus — a aparência externa da pessoa ou a
condição do seu coração? Será que Deus se agradaria de uma mulher que não
usasse cosméticos nem jóias, mas que levasse vida imoral? Ou aprovaria ele
mulheres modestas e de bom juízo no seu uso de cosméticos e jóias, e que se
adornam principalmente de qualidades piedosas e conduta cristã? Jeová diz:
“Não como o homem vê é o modo de Deus ver, pois o mero homem vê o que
aparece aos olhos, mas quanto a Jeová, ele vê o que o coração é.” — 1 Sam.
16:7.)

Pro. 31:30: “O encanto talvez seja falso e a lindeza talvez seja vã; mas a
mulher que teme a Jeová é a que procura louvor para si.”

Mundo
Definição: “Mundo”, quando traduzido da palavra grega kó·smos, pode
significar (1) a humanidade como um todo, à parte de sua condição moral ou
proceder na vida, (2) a condição social em que a pessoa nasceu e na qual vive
ou (3) a massa da humanidade, à parte dos servos aprovados de Jeová. Alguns
tradutores da Bíblia têm transmitido impressões inexatas, empregando também
“mundo” como equivalente a termos gregos que significam “terra”, “terra
habitada” e “sistema de coisas”. A consideração que se segue focaliza a atenção
254

principalmente no terceiro dos significados de “mundo”, conforme enumerados


atrás.

Virá a ser destruído o mundo por meio de fogo?

2 Ped. 3:7: “Pela mesma palavra [de Deus], os céus e a terra que agora
existem estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia
do julgamento e da destruição dos homens ímpios.” (Note que os “homens
ímpios”, não a humanidade como um todo, é que serão destruídos. Do mesmo
modo, o versículo 6 de 2 Ped. 3 fala da destruição do “mundo” nos dias de Noé.
As pessoas iníquas foram destruídas, mas a terra permaneceu, bem como Noé,
que era temente a Deus, e sua família. Será que o “fogo” no vindouro dia de
julgamento há de ser literal, ou é símbolo da destruição completa? Que efeito
teria o fogo literal sobre corpos celestes literais já intensamente quentes, tais
como o sol e as estrelas? Para consideração adicional deste texto, veja as
páginas 380-382, sob “Terra”.)

Pro. 2:21, 22: “Os retos são os que residirão na terra e os inculpes são os
que remanescerão nela. Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e
quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.”

Quem governa este mundo — Deus ou Satanás?

Dan. 4:35: “[O Altíssimo Deus, Jeová] age segundo a sua própria vontade
entre o exército dos céus e os habitantes da terra. E não há quem lhe possa deter
a mão ou quem lhe possa dizer: ‘Que estás fazendo?’” (No mesmo teor,
Jeremias 10:6, 7 refere-se a Jeová como “Rei das nações”, porque ele é o Rei
Superlativo, aquele que pode chamar, e chamará, a prestação de contas a reis
humanos e às nações que eles governam. Como Criador da terra, Jeová é seu
Governante legítimo; ele nunca abdicou essa posição.)

João 14:30: “[Jesus disse:] O governante do mundo está chegando. E ele


não tem nenhum poder sobre mim.” (Este governante obviamente não é Jeová
Deus, cuja vontade Jesus sempre fez com lealdade. Este “governante do
mundo” tem de ser o “iníquo”, Satanás, o Diabo, em cujo poder “o mundo
inteiro jaz”, conforme declarado em 1 João 5:19. Embora a humanidade viva
num planeta que pertence a Deus, o mundo constituído pelos que não são servos
obedientes de Jeová está sob o controle de Satanás, porque esses lhe obedecem.
255

Os que de todo o coração se submetem ao domínio de Jeová não fazem parte de


tal mundo. Compare com 2 Coríntios 4:4.)

Rev. 13:2: “O dragão [Satanás, o Diabo] deu à fera seu poder e seu trono,
e grande autoridade.” (Uma comparação da descrição desta “fera” com Daniel 7
indica que ela representa o governo humano, não apenas um, mas o sistema
global do domínio político. Que Satanás é seu governante concorda com Lucas
4:5-7, também com Revelação 16:14, 16, onde se descreve que as expressões
demoníacas conduzem os governantes de toda a terra à guerra contra Deus no
Armagedom. O domínio de Satanás sobre o mundo é apenas tolerado por Deus
até chegar Seu tempo marcado para resolver a questão da sua soberania
universal posta em dúvida.)

Rev. 11:15: “Houve vozes altas no céu, dizendo: ‘O reino do mundo tornou-se
o reino de nosso Senhor [Jeová] e do seu Cristo.’” (Quando isso ocorreu em
1914, começaram os “últimos dias” do atual sistema iníquo. Apareceu uma
nova manifestação da soberania de Jeová, desta vez por meio de seu próprio
Filho qual Governante messiânico. Em breve, o mundo iníquo será destruído e
Satanás, seu governante espiritual iníquo, será lançado no abismo, não podendo
mais influenciar a humanidade.)

Qual é a atitude dos verdadeiros cristãos


para com o mundo e para com as pessoas que
fazem parte do mundo?

João 15:19: “Não fazeis [os seguidores de Jesus] parte do mundo, mas eu
vos escolhi do mundo.” (Assim, os verdadeiros cristãos não fazem parte da
massa da sociedade humana alienada de Deus. Cuidam de atividades humanas
normais, mas evitam atitudes, linguagem e conduta que caracterizam o mundo e
que estão em conflito com os caminhos justos de Jeová.) (Veja as páginas 260-
267 também 147-150.)

Tia. 4:4: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade
com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus.” (Visto que os cristãos são imperfeitos, podem às vezes
manchar-se com os contatos com o mundo. Mas, quando aconselhados à base
da Palavra de Deus, arrependem-se e corrigem os seus caminhos. Entretanto, se
256

alguns, por livre escolha, se aliarem com o mundo ou imitarem o espírito deste,
mostram que não mais são verdadeiros cristãos, mas se tornaram parte do
mundo que está em inimizade com Deus.)

Rom. 13:1: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não
há autoridade exceto por Deus; as autoridades existentes acham-se colocadas
por Deus nas suas posições relativas.” (Os que seguem este conselho não são
rebeldes que procuram derrubar governos do mundo. Sujeitam-se à autoridade
dos governantes políticos, obedecendo-lhes conquanto as exigências de tais
governantes não entrem em choque com os requisitos de Deus. Tais governos
foram previstos e preditos por Deus. Exercem autoridade, não porque ele os
tenha empossado, mas por permissão dele. No seu devido tempo, ele também os
destituirá.)

Gál. 6:10: “Enquanto tivermos tempo favorável para isso, façamos o que
é bom para com todos, mas especialmente para com os aparentados conosco na
fé.” (Portanto, os verdadeiros cristãos não se refreiam de fazer o bem a seus
semelhantes. Imitam a Deus, que faz brilhar o sol sobre os bons e sobre os
maus. — Mat. 5:43-48.)

Mat. 5:14-16: “Vós sois a luz do mundo. . . . Deixai brilhar a vossa luz
perante os homens, para que vejam as vossas obras excelentes e dêem glória ao
vosso Pai, que está nos céus.” (Para que outros dêem glória a Deus por causa do
que os cristãos fazem, é óbvio que os que são cristãos precisam ser testemunhas
ativas perante o mundo a respeito do nome e do propósito de Deus. É a essa
atividade que os verdadeiros cristãos dão ênfase primária.)

Que significam as atuais condições do mundo?


Veja o tópico “Últimos Dias”.

Nascer de novo
Definição: Nascer de novo envolve ser batizado em água (‘nascer da água’) e
ser gerado pelo espírito de Deus (‘nascer do espírito’), tornando-se assim filho
de Deus, com a perspectiva de ter parte no Reino de Deus. (João 3:3-5) Jesus
257

teve essa experiência, assim como a têm os 144.000 que são herdeiros com ele
do Reino celestial.

Por que é necessário que alguns cristãos


‘nasçam de novo’?

Deus propôs associar com Jesus Cristo no Reino


celestial um número limitado de humanos fiéis.

Luc. 12:32: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai
dar-vos o reino.”

Rev. 14:1-3: “Eu vi, e eis o Cordeiro [Jesus Cristo] em pé no monte Sião,
e com ele cento e quarenta e quatro mil . . . que foram comprados da terra.”
(Veja as páginas 84, 85, sob o tópico “Céu”.)

Os humanos não podem ir para os céus com corpo


de carne e sangue.

1 Cor. 15:50: “Digo isso, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o
reino de Deus, nem pode a corrupção herdar a incorrupção.”

João 3:6: “O que tem nascido da carne é carne, e o que tem nascido do
espírito é espírito.”

Apenas pessoas que ‘nasceram de novo’, tornando-se


assim filhos de Deus, podem ter parte no Reino celestial.

João 1:12, 13: “A tantos quantos o receberam [a Jesus Cristo], a estes deu
autoridade para se tornarem filhos de Deus, porque exerciam fé no seu nome; e
nasceram, não do sangue, nem da vontade carnal, nem da vontade do homem,
mas de Deus.” (“Tantos quantos o receberam” não significa todos os humanos
que depositaram fé em Cristo. Note a quem se faz referência, conforme indica o
versículo 11 de Jo. 1 [“os seus”, os judeus]. O mesmo privilégio é estendido a
outros dentre a humanidade, mas apenas a um “pequeno rebanho”.)

Rom. 8:16, 17: “O próprio espírito dá testemunho com o nosso espírito de


que somos filhos de Deus. Então, se somos filhos, somos também herdeiros:
deveras, herdeiros de Deus, mas co-herdeiros de Cristo, desde que soframos
juntamente, para que também sejamos glorificados juntamente.”
258

1 Ped. 1:3, 4: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para
uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, para uma herança incorruptível, e imaculada, e imarcescível. Ela está
reservada nos céus para vós.”

Que farão eles nos céus?

Rev. 20:6: “Serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele


durante os mil anos.”

1 Cor. 6:2: “Não sabeis que os santos julgarão o mundo?”

Pode uma pessoa que não ‘nasceu de novo’ ser


salva?

Rev. 7:9, 10, 17: “Depois destas coisas [depois de o apóstolo João ter
ouvido o número dos que haviam de ‘nascer de novo’, os que constituiriam o
Israel espiritual e estariam com Cristo nos céus; compare com Romanos 2:28,
29 e Gálatas 3:26-29] eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do
trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia
palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação
ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’ . . . ‘O Cordeiro
[Jesus Cristo], que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de
águas da vida.’”

Hebreus 11:39, 40, depois de alistar muitas pessoas de fé, dos tempos pré-
cristãos, diz: “Embora todos estes recebessem testemunho por intermédio de
sua fé, não obtiveram o cumprimento da promessa, visto que Deus previu algo
melhor para nós, a fim de que eles não fossem aperfeiçoados à parte de nós.” (A
quem se refere aqui por “nós”? Hebreus 3:1 mostra que são os “participantes da
chamada celestial”. As pessoas de fé, dos tempos pré-cristãos, pois, têm de ter
uma esperança de vida perfeita em outra parte sem ser o céu.)

Sal. 37:29: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para
todo o sempre.”

Rev. 21:3, 4: “Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele
residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles.
259

E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá
mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.”

É possível uma pessoa ter o espírito de Deus


e ainda assim não ter ‘nascido de novo’?

Com respeito a João, o batizador, o anjo de Jeová disse: “Será cheio de


espírito santo desde a madre de sua mãe.” (Luc. 1:15) E mais tarde Jesus disse:
“Entre os nascidos de mulheres não se levantou ninguém maior do que João
Batista; mas aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele [Por quê?
Porque João não estará nos céus e por isso não havia necessidade de ele ‘nascer
de novo’]. Mas, desde os dias de João Batista até agora [quando Jesus declarou
isto], o reino dos céus é o alvo para o qual os homens avançam
impetuosamente.” — Mat. 11:11, 12.

O espírito de Jeová tornou-se “ativo” em Davi e “falou” por intermédio


dele (1 Sam. 16:13; 2 Sam. 23:2), mas em parte alguma diz a Bíblia que ele
‘nasceu de novo’. Não era preciso ele ‘nascer de novo’, porque, conforme diz
Atos 2:34: “Davi não ascendeu aos céus.”

O que identifica atualmente as pessoas que têm o espírito de Deus?

Veja as páginas 143-145, sob o tópico geral “Espírito”.

Se Alguém Disser —
‘Eu nasci de novo.’

Poderá responder: ‘Isso significa que espera estar algum dia no céu com
Cristo, não é? . . . Já se perguntou o que os que vão para o céu farão ali?’ Daí,
talvez possa acrescentar: (1) ‘Serão reis e sacerdotes, que reinarão com Cristo.
(Rev. 20:6; 5:9, 10) Jesus disse que esses seriam apenas um “pequeno
rebanho”. (Luc. 12:32)’ (2) ‘Se eles são reis, tem de haver também súditos
sobre os quais irão governar. Quem serão esses? . . . Eis aqui alguns pontos que
achei muito interessantes quando se chamou minha atenção para eles. (Sal.
37:11, 29; Pro. 2:21, 22)’
260

‘Você já nasceu de novo?’

Poderá responder: ‘Noto que o que as pessoas querem dizer com ‘nascer
de novo’ não é sempre a mesma coisa. Poderia dizer-me o que entende por
‘nascer de novo’?’

Ou poderá dizer: ‘Deseja saber se aceitei a Jesus como meu Salvador e


se recebi espírito santo, é isso? Posso dizer-lhe que a minha resposta é sim; do
contrário eu não lhe estaria falando a respeito de Jesus.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Quando penso, porém, sobre a questão de alguém ter espírito
santo, noto que lamentavelmente não existe a evidência de tal espírito em
muitos que afirmam ser cristãos. (Gál. 5:22, 23)’ (2) ‘Gostaria de viver nesta
terra se todos refletissem essas qualidades piedosas? (Sal. 37:10, 11)’

Outra possibilidade: ‘Se com isso quer dizer: “Aceitou a Cristo como
seu Salvador?”, a resposta é sim. Todas as Testemunhas de Jeová fizeram isso.
Mas, para nós, nascer de novo envolve muito mais do que isso.’ Daí, talvez
possa acrescentar: (1) ‘Quando Jesus falou sobre nascer de novo, disse que
isso era necessário para alguém entrar no Reino de Deus, isto é, para fazer parte
do Reino de Deus, seu governo celestial. (João 3:5)’ (2) ‘A Bíblia mostra
também que muitas pessoas que fazem a vontade de Deus viverão aqui na terra,
quais súditos felizes desse Reino. (Mat. 6:10; Sal. 37:29)’

Uma sugestão adicional: Os que são da classe celestial poderão


responder: ‘Sim, nasci de novo. Mas a Bíblia acautela a todos a não ficarmos
seguros demais de nossa posição. Precisamos persistir em nos examinar para
termos a certeza de que estamos realmente fazendo o que Deus e Cristo
requerem de nós. (1 Cor. 10:12)’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Que
responsabilidade colocou Jesus sobre seus verdadeiros discípulos? (Mat. 28:19,
20; 1 Cor. 9:16)’

Neutralidade
Definição: A posição dos que não se colocam do lado de nenhum dos dois ou
mais partidos disputadores nem lhes dão apoio. É um fato da história antiga e
dos dias atuais que, em toda nação e em todas as circunstâncias, os verdadeiros
261

cristãos têm envidado esforços para manter completa neutralidade quanto aos
conflitos entre as facções do mundo. Não interferem no que os outros fazem no
que diz respeito a participarem em cerimônias patrióticas, servirem nas forças
armadas, unirem-se a partidos políticos, buscarem um cargo político ou
votarem. Mas eles próprios adoram unicamente a Jeová, o Deus da Bíblia;
dedicaram a vida sem reserva a ele e dão pleno apoio a Seu Reino.

Que textos bíblicos têm influído na atitude


dos cristãos para com a autoridade
dos governos seculares?

Rom. 13:1, 5-7: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores


[governantes], pois não há autoridade exceto por Deus . . . Há, portanto, uma
razão compulsiva para que estejais em sujeição, não somente por causa desse
furor, mas também por causa da vossa consciência. . . . Rendei a todos o que
lhes é devido, a quem exigir o imposto, o imposto; a quem exigir tributo, o
tributo; a quem exigir temor, tal temor; a quem exigir honra, tal honra.”
(Nenhum governo poderia existir sem a permissão de Deus. Qualquer que seja a
conduta individual dos em autoridade, os verdadeiros cristãos lhes têm
mostrado respeito por causa do cargo que ocupam. Por exemplo, qualquer que
seja o uso que os governos fazem do dinheiro de impostos, os adoradores de
Jeová têm feito pagamento honesto de seus impostos em troca dos serviços dos
quais todos puderam beneficiar-se.)

Mar. 12:17: “Jesus disse então: ‘Pagai de volta a César as coisas de César,
mas a Deus as coisas de Deus.’” (Portanto, os cristãos reconheceram sempre
que precisam não só “pagar de volta” o dinheiro na forma de impostos ao
governo secular, mas também cumprir as obrigações superiores que têm para
com Deus.)

Atos 5:28, 29: “[Um porta-voz da alta corte judaica] disse: ‘Nós vos [aos
apóstolos] ordenamos positivamente que não ensinásseis à base deste nome [de
Jesus Cristo], e, ainda assim, eis que enchestes Jerusalém com o vosso ensino, e
estais resolvidos a trazer sobre nós o sangue deste homem.’ Em resposta, Pedro
e os outros apóstolos disseram: ‘Temos de obedecer a Deus como governante
antes que aos homens.’” (Toda vez que há conflito direto entre as ordens dos
governantes humanos e os requisitos de Deus, os verdadeiros cristãos imitam o
262

exemplo dos apóstolos, colocando a obediência a Deus em primeiro lugar.)

Que textos bíblicos têm sempre influído na atitude


dos verdadeiros cristãos quanto à
participação na guerra carnal?

Mat. 26:52: “Jesus disse-lhe então: ‘Devolve a espada ao seu lugar, pois
todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.’” (Poderia haver uma
causa mais elevada pela qual lutar do que defender o Filho de Deus? Todavia,
Jesus indicou aqui que aqueles discípulos não deviam recorrer a armas de
guerra física.)

Isa. 2:2-4: “Na parte final dos dias terá de acontecer que o monte da casa
de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes . . . E ele
certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito
a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas
lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão
mais a guerra.” (Indivíduos dentre todas as nações precisam decidir
pessoalmente que proceder irão seguir. Os que acataram o julgamento de Jeová
dão evidência de que ele é o seu Deus.)

2 Cor. 10:3, 4: “Embora andemos na carne, não travamos combate


segundo o que somos na carne. Porque as armas de nosso combate não são
carnais, mas poderosas em Deus para demolir as coisas fortemente
entrincheiradas.” (Paulo declara aqui que nunca recorreu a armas físicas, tais
como fraude, linguagem altissonante ou armas carnais, para proteger a
congregação contra os ensinamentos falsos.)

Luc. 6:27, 28: “Eu [Jesus Cristo] digo a vós, os que estais escutando:
Continuai a amar os vossos inimigos, a fazer o bem aos que vos odeiam, a
abençoar os que vos amaldiçoam, a orar pelos que vos insultam.”

Não é verdade que Jeová permitiu que o antigo


Israel se empenhasse em guerra?

Jeová orientou o antigo Israel a usar campanhas militares para que esse
tomasse posse da terra que ele próprio propusera que seria a herança de Israel, e
a executar pessoas, cujas práticas depravadas e cujo desafio ao verdadeiro Deus
263

faziam com que Jeová as considerasse não mais dignas de viver. (Deut. 7:1, 2,
5; 9:5; Lev. 18:24, 25) Não obstante, mostrou-se misericórdia para com Raabe e
para com os gibeonitas, porque demonstraram ter fé em Jeová. (Jos. 2:9-13;
9:24-27) No pacto da Lei, Deus estabeleceu regras para as guerras que ele
aprovaria, estipulando isenções e o modo como tais guerras deviam ser
travadas. Eram verdadeiramente guerras santas de Jeová. Não é esse o caso das
guerras carnais de nação alguma hoje.

Com o estabelecimento da congregação cristã, veio a existir uma nova


situação. Os cristãos não estão sob a Lei mosaica. Os seguidores de Cristo
fariam discípulos de pessoas de todas as nações; de modo que os adoradores do
verdadeiro Deus se achariam com o tempo em todas essas nações. Entretanto,
qual é o objetivo dessas nações ao entrarem em guerra? É cumprir a vontade do
Criador de toda a terra, ou promover algum interesse nacionalista? Se os
verdadeiros cristãos numa nação fossem guerrear contra outra nação, estariam
lutando contra concrentes, contra pessoas que oraram pedindo ajuda ao mesmo
Deus que eles. Apropriadamente, Cristo orientou seus seguidores a largar a
espada. (Mat. 26:52) Ele mesmo, glorificado nos céus, empreenderia no futuro a
execução dos que desafiassem o verdadeiro Deus e a Sua vontade. — 2 Tes.
1:6-8; Rev. 19:11-21.

Quanto a servir nas forças armadas, o que revela


a história secular sobre a atitude dos primitivos
cristãos?

“Uma cuidadosa recapitulação de toda a informação disponível mostra


que, até o tempo de Marco Aurélio [imperador romano de 161 a 180 EC],
nenhum cristão se tornou soldado; e nenhum soldado, depois de tornar-se
cristão, permaneceu no serviço militar.” — The Rise of Christianity (Londres,
1947), de E. W. Barnes, p. 333.

“Nós os que estávamos cheios de guerra, e de matança mútua, e de toda


iniqüidade, transformamos, cada um, em toda a terra, nossas armas guerreiras
— nossas espadas, em relhas de arado, e nossas lanças, em instrumentos de
lavoura — e cultivamos a piedade, a justiça, a filantropia, a fé e a esperança,
que recebemos do próprio Pai por intermédio Daquele que foi crucificado.”
264

— Justino, o Mártir, em “Diálogo com o Judeu Trífon”, (2.° século EC), The
Ante-Nicene Fathers (Grand Rapids, Mich., EUA; reimpressão da edição de
1885 de Edimburgo, Escócia), editado por A. Roberts e J. Donaldson, Vol. I, p.
254.

“Negaram-se a tomar qualquer parte ativa na administração civil ou na


defesa militar do império. . . . era impossível que os cristãos, sem renunciarem
ao mais sagrado dever, pudessem assumir o caráter de soldados, de magistrados
ou de príncipes.” — History of Christianity (Nova Iorque, 1891), Edward
Gibbon, pp. 162, 163.

Que textos bíblicos sempre influíram na atitude


dos verdadeiros cristãos para com o envolvimento
nas questões e atividades políticas?

João 17:16: “Não fazem parte do mundo, assim como eu [Jesus] não faço
parte do mundo.”

João 6:15: “Jesus, portanto, sabendo que [os judeus] estavam para vir e
apoderar-se dele para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte,
sozinho.” Mais tarde, ele disse ao governador romano: “Meu reino não faz parte
deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam
lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu
reino não é desta fonte.” — João 18:36.

Tia. 4:4: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade
com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus.” (Por que é esta uma questão tão séria? Porque, conforme diz
1 João 5:19, “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. Em João 14:30, Jesus se
referiu a Satanás como “o governante do mundo”. Portanto, qualquer que seja a
facção mundana que alguém apóie, sob o controle de quem está ele realmente?)

Quanto ao envolvimento na política, o que relatam


os historiadores seculares sobre a atitude dos
que são conhecidos como cristãos primitivos?

“O primitivo cristianismo foi pouco entendido e foi considerado com pouco


favor pelos que governavam o mundo pagão. . . . Os cristãos recusavam-se a
participar em certos deveres dos cidadãos romanos. . . . Não aceitavam ocupar
265

cargos políticos.” — On the Road to Civilization, A World History (Filadélfia,


EUA, 1937), de A. Heckel e J. Sigman, pp. 237, 238.
“Os cristãos se mantinham alheios e separados do estado, como raça
sacerdotal e espiritual, e o cristianismo parecia capaz de influenciar a vida civil
apenas desse modo, sendo este, é preciso confessar, o mais puro, por
praticamente se esforçarem a incutir mais e mais o sentimento sagrado nos
cidadãos do estado.” — The History of the Christian Religion and Church,
During the Three First Centuries (Nova Iorque, 1848), de Augusto Neander,
traduzido do alemão por H. J. Rose, p. 168.

Que textos bíblicos sempre influíram na atitude


dos verdadeiros cristãos para com as cerimônias que envolvem
bandeiras e hinos nacionais?

1 Cor. 10:14: “Fugi da idolatria.” (Também Êxodo 20:4, 5.)

1 João 5:21: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.”

Luc. 4:8: “Em resposta, Jesus disse-lhe: ‘Está escrito: “É a Jeová, teu
Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço
sagrado.”’”
Veja também Daniel 3:1-28.

Têm realmente significado religioso tais símbolos


e cerimônias patrióticas?

“[O historiador] Carlton Hayes salientou há muito tempo que o rito do


culto da bandeira e do juramento nas escolas americanas é uma observância
religiosa. . . . E que estes ritos diários são religiosos foi por fim confirmado pelo
Supremo Tribunal, numa série de casos.” — The American Character (Nova
Iorque, 1956), D. W. Brogan, pp. 163, 164.

“As primitivas bandeiras eram quase que puramente de caráter religioso. .


. . O pendão nacional da Inglaterra, durante séculos — a cruz vermelha de S.
Jorge — era religioso; de fato, parece que sempre se procurou a ajuda da
religião para dar santidade às bandeiras nacionais, e a origem de muitas delas
pode ser verificada como remontando a um pendão sagrado.” — Encyclopædia
Britannica (1946), Vol. 9, p. 343.
266

“Em solenidade presidida pelo Vice-Presidente do [Superior] Tribunal


[Militar], foi, no dia 19 de novembro, reverenciada a Bandeira Nacional. . . .
Após o hasteamento o Senhor Ministro General de Exército Tristão de Alencar
Araripe, assim se expressou, sobre a efeméride: ‘. . . fizeram-se as bandeiras
uma divindade do fetichismo patriótico, que impõe culto . . . Cultua-se e
venera-se a bandeira . . . Cultua-se a bandeira, como se cultua a Pátria.’” —
Diário da Justiça (Capital Federal, Brasil), 16 de fevereiro de 1956, p. 1906.

Com referência às cerimônias patrióticas, que diz


a história secular sobre a atitude dos conhecidos
como cristãos primitivos?

Os cristãos negaram-se a . . . oferecer sacrifícios ao gênio do imperador


— o que hoje em dia equivale aproximadamente a negar-se a fazer continência
à bandeira ou a repetir o juramento de lealdade. . . . Pouquíssimos cristãos
abjuraram, embora geralmente se mantivesse para a conveniência deles um altar
com fogo na arena. Tudo o que o prisioneiro tinha de fazer era espalhar um
pouquinho de incenso sobre a chama, e ele recebia uma Certidão de Sacrifício e
era libertado. Explicava-se-lhe também cuidadosamente que ele não estava
adorando o imperador; reconhecia apenas o caráter divino do imperador como
chefe do estado romano. Ainda assim, quase não houve cristão que se
aproveitasse da oportunidade de escapar.” — Those About to Die (Nova Iorque,
1958), de D. P. Mannix, pp. 135, 137.

“O ato de adoração do imperador consistia em aspergir alguns grãos de


incenso ou algumas gotas de vinho sobre um altar que havia diante duma
imagem do imperador. Talvez, por estarmos tão afastados daquela situação, não
vemos neste ato nada de diferente de . . . erguer a mão numa continência à
bandeira ou diante dum famoso chefe de estado, uma expressão de cortesia,
respeito e patriotismo. É possível que muita gente, no primeiro século, pensasse
a mesma coisa sobre isso, mas não os cristãos. Eles encaravam o assunto inteiro
como adoração religiosa, reconhecendo o imperador como divindade, e, por
isso, como deslealdade a Deus e a Cristo, e recusavam-se a fazer isso.” — The
Beginnings of the Christian Religion (New Haven, Conn., EUA; 1958), de M.
F. Eller, pp. 208, 209.
267

Significa a neutralidade dos cristãos que


eles não estão interessados no bem-estar de
seus semelhantes?

Certamente que não. Bem conhecem e conscienciosamente procuram


aplicar a ordem reiteirada por Jesus: “Tens de amar o teu próximo como a ti
mesmo.” (Mat. 22:39) Também o conselho registrado pelo apóstolo Paulo:
“Façamos o que é bom para com todos, mas especialmente para com os
aparentados conosco na fé.” (Gál. 6:10) Estão convictos de que o melhor bem
que podem fazer ao próximo é dar-lhe as boas novas do Reino de Deus, que
solucionará permanentemente os problemas que a humanidade enfrenta, e abre
diante dos que as aceitam a maravilhosa perspectiva de vida eterna.

Oração
Definição: Comunicação adorativa, quer oralmente, quer em silêncio nos
próprios pensamentos da pessoa, com o verdadeiro Deus ou com deuses falsos.

Tem a impressão, como no caso de muitos, de que


não obtém resposta a suas orações?

A oração de quem está Deus disposto a ouvir?

Sal. 65:2; Atos 10:34, 35: “Ó ouvinte de oração, sim, a ti chegarão


pessoas de toda carne.” “Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que
o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.” (A nacionalidade, a cor da pele ou as
circunstâncias econômicas da pessoa não entram em conta neste assunto. Mas
as motivações do coração da pessoa e o modo como leva a sua vida, isso conta.)

Luc. 11:2: “Sempre que orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome.’”
(Dirige suas orações ao Pai, àquele cujo nome a Bíblia diz que é Jeová? Ou, ao
invés, dirige as suas orações aos “santos”?)

João 14:6, 14: “Jesus disse-lhe: ‘Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se pedirdes algo em meu nome, eu o
farei.’” (Ora em nome de Jesus Cristo, reconhecendo que, visto ser você uma
268

criatura humana pecaminosa, precisa da intercessão dele em seu favor?)

1 João 5:14: “Esta é a confiança que temos nele, que, não importa o que
peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (Para ter tal confiança, porém,
precisa primeiro conhecer a vontade de Deus. Daí, cuide de que seus pedidos
estejam em harmonia com ela.)

1 Ped. 3:12: “Os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos
estão atentos às súplicas deles; mas o rosto de Jeová é contra os que fazem
coisas más.” (Já tirou tempo para aprender o que Jeová diz por intermédio de
sua Palavra quanto a o que é justo e o que é mau?)

1 João 3:22: “Tudo o que pedimos recebemos dele, porque estamos


observando os seus mandamentos e estamos fazendo as coisas que são
agradáveis aos seus olhos.” (É realmente seu desejo agradar a Deus, e está
sinceramente procurando obedecer aos mandamentos dele que já conhece?)

Isa. 55:6, 7: “Buscai a Jeová enquanto pode ser achado. Chamai-o


enquanto mostra estar perto. Deixe o iníquo o seu caminho e o homem
prejudicial os seus pensamentos; e retorne ele a Jeová, que terá misericórdia
com ele, e ao nosso Deus, porque perdoará amplamente.” (Jeová, na sua
misericórdia, convida até mesmo pessoas que fizeram coisas más para que o
invoquem em oração. Mas, para que tenham a aprovação de Deus, precisam
arrepender-se sinceramente de seus caminhos e pensamentos errados e mudar
de proceder.)

O que pode tornar inaceitáveis a Deus as orações


da pessoa?

Mat. 6:5: “Quando orardes, não deveis ser como os hipócritas; porque
eles gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas largas, para
serem vistos pelos homens. Deveras, eu vos digo: Eles já têm plenamente a sua
recompensa.” (Também Lucas 18:9-14.)

Mat. 6:7: “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim
como fazem os das nações, pois imaginam que serão ouvidos por usarem de
muitas palavras.”

Pro. 28:9: “Quem desvia seu ouvido de ouvir a lei [de Deus] — até
mesmo sua oração é algo detestável.”
269

Miq. 3:4: “Naquele tempo clamarão a Jeová por socorro, mas ele não lhes
responderá. E naquele tempo esconderá deles a sua face, conforme a maldade
que praticaram nas suas ações.”

Tia. 4:3: “Pedis, e ainda assim não recebeis, porque estais pedindo com
propósito errado, para que o possais gastar nos vossos desejos ardentes de
prazer sensual.”

Isa. 42:8, Dy; Mat. 4:10, BJ: “Eu, o Senhor [“Iahweh”, BJ; “Jeová”, NM]:
este é o meu nome. Não darei a minha glória a outrem, nem o meu louvor a
coisas esculpidas.” “Ao Senhor teu Deus [“Jeová, teu Deus”, NM] adorarás e a
ele só prestarás culto.” (Também Salmo 115:4-8, ou Sal 113:4-8, segunda série
de números em So) (A oração é uma forma de adoração. Se orar diante de
coisas esculpidas, ou imagens, agradará isso a Deus?)

Isa. 8:19: “Caso vos digam: ‘Recorrei aos médiuns espíritas ou aos que
têm espírito de predição, que chilram e fazem pronunciações em voz baixa’,
não é a seu Deus que qualquer povo devia recorrer? Acaso se deve recorrer a
pessoas mortas a favor de pessoas vivas?”

Tia. 1:6, 7: “Persista ele em pedir com fé, em nada duvidando, pois quem
duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida pelo vento e agitada. De fato,
não suponha tal homem que há de receber algo de Jeová.”

Sobre que assuntos se deve orar apropriadamente?

Mat. 6:9-13: “Tendes de orar do seguinte modo: ‘[1] Nosso Pai nos céus,
santificado seja o teu nome. [2] Venha o teu reino. [3] Realize-se a tua vontade,
como no céu, assim também na terra. [4] Dá-nos hoje o nosso pão para este dia;
e [5] perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado
aos nossos devedores. E [6] não nos leve à tentação, mas livra-nos do iníquo.’”
(Note que o nome e o propósito de Deus devem receber prioridade.)

Sal. 25:4, 5: “Faze-me saber os teus próprios caminhos, ó Jeová; ensina-


me as tuas próprias veredas. Faze-me andar na tua verdade e ensina-me, pois tu
és o meu Deus de salvação.”

Luc. 11:13: “Se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos
270

filhos, quanto mais o Pai, no céu, dará espírito santo aos que lhe pedirem!”

1 Tes. 5:17, 18: “Orai incessantemente. Dai graças em conexão com


tudo.”

Mat. 14:19, 20: “[Jesus] tomou os cinco pães e os dois peixes, e, olhando
para o céu, proferiu uma bênção, e, depois de partir os pães, distribuiu-os entre
os discípulos, e os discípulos, por sua vez, entre as multidões. Todos comeram
assim e ficaram satisfeitos.”

Tia. 5:16: “Orai uns pelos outros.”

Mat. 26:41: “Mantende-vos vigilantes e orai continuamente, para que não


entreis em tentação.”

Fil. 4:6: “Não estejais ansiosos de coisa alguma, mas em tudo, por oração
e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus.”

Se Alguém Disser —
‘Ore junto comigo primeiro, depois fale sobre o
assunto que gostaria de falar.’

Poderá responder: ‘É bom saber que é uma pessoa que reconhece a


importância da oração. As Testemunhas de Jeová também oram regularmente.
Há, porém, algo que Jesus disse sobre quando e como orar que talvez lhe seja
novidade. Sabia que ele disse a seus discípulos que não fizessem orações em
público para mostrar aos outros que são pessoas devotas, que têm hábito de
orar? . . . (Mat. 6:5)’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Note o que ele passou a
dizer que devia ser o nosso principal interesse e o que deveria ocupar o primeiro
lugar em nossas orações. É isso que vim informar-lhe. (Mat. 6:9, 10)’

Ou poderá dizer: ‘Sei que representantes de alguns grupos religiosos


fazem isso. Mas as Testemunhas de Jeová não, porque Jesus instruiu seus
discípulos a fazer sua obra de pregação de outra forma. Em vez de dizer: “Ao
entrardes na casa, primeiro orai”, note o que ele disse, conforme se acha aqui
em Mateus 10:12, 13. . . . E veja aqui no versículo 7 de Mat. 10 sobre o que
deveriam falar. . . . Como pode esse Reino ajudar a pessoas como eu e você?
(Rev. 21:4)’
271

Organização
Definição: Associação ou sociedade de pessoas, cujos esforços são
coordenados para determinado trabalho ou propósito. Os membros de uma
organização são unidos por medidas administrativas e por diretrizes ou
requisitos. As pessoas que são testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová
entram na organização de Jeová como resultado de escolha pessoal, não por
nascimento nem compulsoriamente. Foram atraídas para a Sua organização
terrestre por causa dos ensinamentos e das práticas dela e porque desejam
participar no trabalho que ela faz.

Tem Jeová realmente uma organização


aqui na terra?

Para responder a essa pergunta, considere o seguinte:

Estão organizadas as criaturas celestiais de Deus, os anjos?

Dan. 7:9, 10: “Eu estava observando até que se colocaram uns tronos e o
Antigo de Dias se assentou. Sua vestimenta era branca como a neve e o cabelo
de sua cabeça era como pura lã. Seu trono era chamas de fogo; as rodas dele
eram fogo ardente. De diante dele corria e saía um rio de fogo. Mil vezes mil
lhe ministravam e dez mil vezes dez mil ficavam de pé logo diante dele.
Assentou-se o Tribunal e abriram-se livros.”

Sal. 103:20, 21: “Bendizei a Jeová, vós anjos seus, poderosos em poder,
cumprindo a sua palavra, por escutardes a voz da sua palavra. Bendizei a Jeová,
todos os exércitos seus, vós ministros seus, fazendo a sua vontade.” (Um
“exército” é um grupo organizado.)

Como transmitiu Deus instruções aos seus servos


na terra em tempos passados?

Quando os adoradores de Jeová eram poucos em número, ele dava


orientações a chefes de família como Noé e Abraão, e então eles agiam como
porta-vozes de Jeová para suas famílias. (Gên. 7:1, 7; 12:1-5) Quando Jeová
libertou os israelitas do Egito, deu-lhes orientações por intermédio de Moisés.
(Êxo. 3:10) Junto ao monte Sinai, Deus organizou o povo numa nação,
272

provendo leis e regulamentos para governar a forma de adoração e as relações


dos membros dessa nação uns com os outros. (Êxo. 24:12) Estabeleceu um
sacerdócio para que tomasse a liderança em assuntos de adoração e instruísse o
povo com respeito aos requisitos de Jeová; houve tempos em que ele suscitou
profetas para transmitirem ao povo a necessária exortação e aviso. (Deut. 33:8,
10; Jer. 7:24, 25) Assim, embora Jeová ouvisse as orações dos adoradores
individuais, proveu instrução para eles por intermédio de arranjo
organizacional.

Quando se aproximou o tempo para Jeová começar a unificar consigo


mesmo os verdadeiros adoradores por meio de Jesus Cristo, Deus o enviou à
terra para ser Seu porta-voz. (Heb. 1:1, 2) Depois, com o derramamento do
espírito santo em Pentecostes, no ano 33 EC, passou a existir a congregação
cristã. Depois de Jesus ter retornado aos céus, essa congregação se tornou o
arranjo de Jeová para instruir e para coordenar os esforços dos cristãos
individuais. Havia superintendentes para tomarem a liderança nas congregações
locais, e um corpo governante, central, fazia as necessárias decisões e ajudava a
coordenar as atividades. Claramente, Jeová trouxera à existência uma
organização na terra constituída de verdadeiros cristãos. — Atos 14:23; 16:4, 5;
Gál. 2:7-10.

Será que as obras físicas de criação, feitas por


Jeová, indicam que ele é um Deus de organização?

Isa. 40:26: “Levantai ao alto os vossos olhos e vede. Quem criou estas
coisas? Foi Aquele que faz sair o exército delas até mesmo por número,
chamando a todas elas por nome. Devido à abundância de energia dinâmica,
sendo ele também vigoroso em poder, não falta nem sequer uma delas.” (As
estrelas estão agrupadas em galáxias e se movem relacionadas umas com as
outras, mesmo que as características das estrelas individuais difiram. Os
planetas se movem com cronometragem precisa, em órbitas fixas. Os elétrons
que se encontram em todo átomo de todo elemento também têm suas órbitas. E
a estrutura de toda a matéria segue normas matemáticas que são tão coerentes
que foi possível aos cientistas predizer a existência de certos elementos antes de
realmente os descobrirem. Tudo isso dá evidência de extraordinária
organização.)
273

Mostra a Bíblia que os verdadeiros cristãos seriam


um povo organizado?

Mat. 24:14; 28:19, 20: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda
a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” “Ide,
portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as . . .
ensinando-as.” (Como se realizaria isso sem uma organização? Quando Jesus
treinou seus primeiros discípulos para esta obra, ele não lhes disse
simplesmente que cada qual fosse aonde quer que desejasse e partilhasse essa fé
como bem o quisesse. Ele os treinou, deu-lhes instruções e os enviou de modo
organizado. Veja Lucas 8:1; 9:1-6; 10:1-16.)

Heb. 10:24, 25: “Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos
ao amor e a obras excelentes, não deixando de nos ajuntar, como é costume de
alguns, mas encorajando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vedes chegar o
dia.” (Mas para onde dirigiria a pessoa os interessados de modo que pudessem
obedecer a este mandamento, se não houvesse uma organização com reuniões
regulares onde pudessem reunir-se?)

1 Cor. 14:33, 40: “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. . . . Que
todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo.” (O apóstolo Paulo
considerava aqui a atuação ordeira nas reuniões de congregação. A aplicação
deste conselho inspirado exige respeito pela organização.)

1 Ped. 2:9, 10, 17: “Mas vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação
santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’
daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. . . . Tende
amor à associação inteira dos irmãos.” (Uma associação de pessoas, cujos
empenhos são envidados para um determinado trabalho, é uma organização.)

São os fiéis servos de Deus simplesmente indivíduos


que estão espalhados nas várias igrejas da cristandade?

2 Cor. 6:15-18: “Que quinhão tem o fiel com o incrédulo? . . . ‘Portanto,


saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura’;
‘e eu vos acolherei’. ‘E eu serei pai para vós e vós sereis filhos e filhas para
mim’, diz Jeová, o Todo-poderoso.” (É realmente um servo fiel de Deus aquele
274

que continua a participar na adoração com os que mostram pelo seu modo de
vida que são realmente descrentes? Veja o tópico geral “Babilônia, a Grande”.)
1 Cor. 1:10: “Exorto-vos agora, irmãos, por intermédio do nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, que todos faleis de acordo, e que não haja entre vós
divisões, mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma
maneira de pensar.” (Essa união não existe entre as diversas igrejas da
cristandade.)

João 10:16: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas
também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só
rebanho, um só pastor.” (Visto que Jesus havia de trazer a tais para dentro de
“um só rebanho”, não é óbvio que não poderiam estar espalhadas nas religiões
da cristandade?)

Como pode ser identificada em nossos dias a organização visível de Jeová?

(1) Exalta realmente a Jeová como o único Deus verdadeiro,


magnificando o seu nome. — Mat. 4:10; João 17:3.

(2) Reconhece plenamente o papel vital de Jesus Cristo no propósito de


Jeová — qual vindicador da soberania de Jeová, o Agente Principal da vida, a
cabeça da congregação cristã, o empossado Rei messiânico. — Rev. 19:11-13;
12:10; Atos 5:31; Efé. 1:22, 23.

(3) Adere de perto à Palavra inspirada de Deus, baseando todos os seus


ensinamentos e todas as suas normas de conduta na Bíblia. — 2 Tim. 3:16, 17.

(4) Mantém-se separada do mundo. — Tia. 1:27; 4:4.

(5) Mantém um elevado nível de pureza moral entre seus membros,


porque o próprio Jeová é santo. — 1 Ped. 1:15, 16; 1 Cor. 5:9-13.

(6) Devota seus principais esforços à realização da obra que a Bíblia


predisse para os nossos dias, a saber, a pregação das boas novas do Reino de
Deus em todo o mundo, em testemunho. — Mat. 24:14.

(7) Não obstante as imperfeições humanas, seus membros cultivam e


produzem os frutos do espírito de Deus — amor, alegria, paz, longanimidade,
275

benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio — fazendo isso a tal ponto


que se destacam do mundo em geral. — Gál. 5:22, 23; João 13:35.

Como podemos mostrar respeito pela organização de Jeová?

1 Cor. 10:31: “Fazei todas as coisas para a glória de Deus.”

Heb. 13:17: “Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede
submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas.”

Tia. 1:22: “Tornai-vos cumpridores da palavra e não apenas ouvintes.”

Tito 2:11, 12: “[Manifestou-se] a benignidade imerecida de Deus, que traz


salvação a toda sorte de homens, instruindo-nos a repudiar a impiedade e os
desejos mundanos, e a viver com bom juízo, e justiça, e devoção piedosa.”

1 Ped. 2:17: “Tende amor à associação inteira dos irmãos.”

Paraíso
Definição: Na versão grega dos Setenta, da Bíblia, os tradutores usaram
apropriadamente o termo “paraíso” (pa·rá·dei·sos) com referência ao jardim do
Éden, porque era evidentemente um parque cercado. Depois do relato de
Gênesis, os textos bíblicos que falam de paraíso referem-se (1) ao próprio
jardim do Éden, ou (2) à terra como um todo, quando for transformada no
futuro numa condição semelhante à do Éden, ou (3) a condições espirituais
prósperas existentes entre os servos de Deus na terra, ou (4) a provisões no céu
que fazem lembrar o Éden.

Será que o “Novo Testamento” faz referência a um


futuro paraíso terrestre, ou isso se acha só no “Velho Testamento”?

Dividir a Bíblia em duas partes e julgar o valor das declarações, dependendo de


se estão no “Velho” ou no “Novo Testamento”, não é bíblico. Diz-se-nos em 2
Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar,
para repreender, para endireitar as coisas.” Romanos 15:4
276

refere-se às inspiradas Escrituras pré-cristãs, ao dizer: “Todas as coisas escritas


outrora foram escritas para a nossa instrução.” Portanto, a resposta certa a essa
pergunta tem de levar em consideração a Bíblia inteira.

Gênesis 2:8 declara: “Jeová Deus plantou um jardim [“parque”, Mo;


“paraíso”, So, Fi; pa·rá·dei·son, LXX] no Éden, do lado do oriente, e ali pôs o
homem [Adão] que havia formado.” Havia uma abundância variada e fascinante
de vida vegetal e animal. Jeová abençoou o primeiro casal humano e disse a
este: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende
em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura
vivente que se move na terra.” (Gên. 1:28) O propósito original de Deus para
toda a terra ser um paraíso povoado pelos que com apreço obedecem às suas
leis não deixará de se cumprir. (Isa. 45:18; 55:10, 11) Por isso, Jesus disse:
“Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” Essa é também
a razão pela qual ele ensinou seus discípulos a orar: “Nosso Pai nos céus,
santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como
no céu, assim também na terra.” (Mat. 5:5; 6:9, 10) Em harmonia com isso,
Efésios 1:9-11 explica o propósito de Deus de “ajuntar novamente todas as
coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra”. Hebreus 2:5 faz
menção da “vindoura terra habitada”. Revelação 5:10 menciona os que, quais
co-herdeiros com Cristo, “reinarão sobre a terra”. Revelação 21:1-5 e 22:1, 2
acrescentam deleitosas descrições das condições que existirão na “nova terra”,
que fazem a pessoa lembrar o Paraíso original no Éden com sua árvore da vida.
— Gên. 2:9.

Adicionalmente, Jesus usou a expressão grega pa·rá·dei·sos ao referir-se


ao futuro Paraíso terrestre. “Ele lhe disse [a um malfeitor que foi pregado na
estaca ao lado de Jesus e que expressou fé no vindouro reino de Jesus]:
‘Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.’” — Luc. 23:43.

Como podemos ter certeza do que Jesus queria


dizer com Paraíso na sua declaração ao malfeitor,
em Lucas 23:43?

Tratava-se de uma morada temporária para as


‘almas dos justos falecidos’, uma parte do Hades?

Qual é a origem desse conceito? The New International Dictionary of New


277

Testament Theology declara: “Com a infiltração da doutrina g[rega] da


imortalidade da alma, o paraíso se torna o lugar de morada dos justos durante o
estado intermediário.” (Grand Rapids, Mich., EUA; 1976, editado por Colin
Brown, Vol. 2, p. 761) Era comum entre os judeus quando Jesus estava na terra
esse conceito não-bíblico? O Dictionary of the Bible de Hastings indica que isso
é duvidoso. — (Edimburgo, Escócia, 1905), Vol. III, pp. 669, 670.

Mesmo que tal conceito fosse comum entre os judeus do primeiro século,
será que Jesus o apoiaria com a sua promessa ao malfeitor arrependido? Jesus
havia condenado vigorosamente os fariseus e escribas judeus por ensinarem
tradições que se conflitavam com a Palavra de Deus. — Mat. 15:3-9; veja
também o tópico geral “Alma”.

Jesus foi de fato ao Hades quando morreu, conforme indica Atos 2:30, 31.
(O apóstolo Pedro, ao fazer ali alusão ao Salmo 16:10, é citado usando Hades
como equivalente a Seol.) Mas a Bíblia em parte alguma diz que Seol/Hades ou
alguma parte dele seja um paraíso que proporciona prazer à pessoa. Antes,
Eclesiastes 9:5, 10 diz que os que estão ali “não estão cônscios de
absolutamente nada”.

Era o Paraíso de Lucas 23:43 o céu ou alguma


parte do céu?

A Bíblia não concorda com o conceito de que Jesus e o malfeitor tenham ido
para o céu no dia em que Jesus lhe falou. Jesus havia predito que, após ser
morto, não ressuscitaria senão no terceiro dia. (Luc. 9:22) Durante esse período
de três dias ele não estava no céu, pois após a sua ressurreição ele disse a Maria
Madalena: “Ainda não ascendi para junto do Pai.” (João 20:17) Foi 40 dias após
a ressurreição de Jesus que seus discípulos o viram elevar-se da terra e
desaparecer da vista deles ao começar a ascender aos céus. — Atos 1:3, 6-11.
O malfeitor não preencheu os requisitos para ir para o céu mesmo numa época
posterior. Ele não ‘nasceu de novo’ — não tendo sido nem batizado na água
nem gerado pelo espírito de Deus. O espírito santo não foi derramado sobre os
discípulos de Jesus senão 50 dias após a morte do malfeitor. (João 3:3, 5; Atos
2:1-4) No dia de sua morte, Jesus havia feito com ‘os que ficaram com ele nas
suas provações’ um pacto para um reino celestial. O malfeitor não tinha tais
antecedentes de fidelidade e não foi incluído. — Luc. 22:28-30.
278

O que indica que esse Paraíso é terrestre?

As Escrituras Hebraicas nunca levaram os judeus fiéis a esperar a


recompensa de vida celestial. Essas Escrituras indicavam a restauração do
Paraíso aqui na terra. Daniel 7:13, 14 predissera que, quando fossem dados o
“domínio, e dignidade, e um reino”, ao Messias, ‘todos os povos, grupos
nacionais e línguas o serviriam’. Esses súditos do Reino estariam aqui na terra.
Pelo que disse a Jesus, o malfeitor estava evidentemente expressando a
esperança de que Jesus se lembraria dele quando chegasse esse tempo.

Como estaria, então, Jesus com o malfeitor? Ressuscitando-o dentre os


mortos, fazendo provisões para as suas necessidades físicas e estendendo-lhe a
oportunidade de aprender os requisitos de Jeová para a vida eterna, e de
harmonizar-se com esses. (João 5:28, 29) Jesus viu na atitude arrependida e
respeitosa do malfeitor uma base para incluí-lo entre os bilhões que serão
ressuscitados para a vida terrestre e que terão a oportunidade de se provarem
dignos de viver para sempre no Paraíso.

Quando estará o malfeitor no Paraíso?

A pontuação usada pelo tradutor influi no entendimento de Lucas 23:43.


Não havia pontuação nos manuscritos gregos originais da Bíblia. The
Encyclopedia Americana (1956, Vol. XXIII, p. 16) diz: “Não há nenhuma
tentativa aparente de pontuação nos mais antigos manuscritos e inscrições dos
gregos.” Não foi senão no nono século EC que tal pontuação passou a ser
usada. Deve Lucas 23:43 rezar: “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no
paraíso” (CBC), ou ‘Em verdade te digo hoje: Estarás comigo no paraíso’? Os
ensinamentos de Cristo e o resto da Bíblia precisam ser a base para se
determinar isso, e não uma vírgula inserida no texto séculos depois de Jesus
dizer essas palavras.

The Emphasised Bible, traduzida por J. B. Rotherham, concorda com a


pontuação usada na Tradução do Novo Mundo, também a versão Trinitária (ed.
1883) em português, que reza: “Na verdade te digo hoje, que serás comigo no
Paraíso.” Numa nota ao pé da página sobre Lucas 23:43, o tradutor bíblico
alemão, L. Reinhardt, diz: “A pontuação atualmente usada [pela maioria dos
tradutores] neste versículo é indubitavelmente falsa e contraditória com o
inteiro modo de pensar de Cristo e do malfeitor. . . . [Cristo] certamente não
entendia que o paraíso fosse uma subdivisão do domínio dos mortos, mas, ao
279

contrário, a restauração de um paraíso na terra.”


Quando é que Jesus ‘entraria no seu reino’ e cumpriria o propósito de seu Pai de
fazer da terra um paraíso? O livro de Revelação, escrito cerca de 63 anos depois
de terem sido feitas as declarações registradas em Lucas 23:42, 43, indica que
esses eventos ainda ocorrerão no futuro. (Veja as páginas 110-113, sob “Datas”,
também o tópico geral “Últimos Dias”.)

Pecado
Definição: Literalmente, não atingir o alvo, segundo os textos hebraico e grego
da Bíblia. O próprio Deus fixa o “alvo” que suas criaturas inteligentes devem
atingir. Não atingir esse alvo é pecado, que também é injustiça ou
desregramento. (Rom. 3:23; 1 João 5:17; 3:4) Pecado é qualquer coisa que não
esteja em harmonia com a personalidade de Deus, suas normas, seus caminhos
e sua vontade, todos os quais são santos. Pode envolver conduta errada, deixar
de fazer o que se deve fazer, fala impiedosa, pensamentos impuros, ou desejos
ou motivos egoístas. A Bíblia faz distinção entre o pecado herdado e o pecado
intencional, entre um ato pecaminoso, do qual a pessoa se arrepende, e fazer do
pecado uma prática.

Como foi possível Adão pecar se era perfeito?

Sobre Adão ser perfeito, leia Gênesis 1:27, 31 e Deuteronômio 32:4.


Quando Jeová Deus declarou a respeito de sua criação terrestre, incluindo o
homem e a mulher, que tudo era “muito bom”, que queria dizer ele? Para
Alguém, cuja atividade é perfeita, dizer que o que tinha feito era “muito bom”,
deve ter estado à altura de suas normas perfeitas.

Será que a perfeição requeria que Adão e Eva fossem incapazes de fazer
o que é errado? Quem faz um robô espera que este faça exatamente o que ele
programou que fizesse. Mas um robô perfeito não seria um humano perfeito. As
qualidades consideradas essenciais não são as mesmas. Adão e Eva eram
humanos, não robôs. Deus deu à humanidade a capacidade de escolher entre o
certo e o errado, entre a obediência e a desobediência, para fazer decisões
morais.
280

Visto que foi assim que os humanos foram projetados, a incapacidade de fazer
tais decisões (e não uma decisão insensata) é que indicaria a imperfeição. —
Veja Deuteronômio 30:19, 20; Josué 24:15.

Para que Adão e Eva se qualificassem como tendo sido criados perfeitos,
precisavam ser corretas daí para frente todas as decisões deles? Isso
equivaleria a dizer que não tinham escolha. Mas Deus não os fez de tal modo
que a obediência deles fosse automática. Deus lhes concedeu a capacidade de
escolha, para que lhe obedecessem por amor. Ou, se permitissem que seu
coração se tornasse egoísta, tornar-se-iam desobedientes. O que lhe agrada mais
— quando alguém faz alguma coisa porque se sente forçado a fazê-la ou porque
ele quer fazê-la? — Veja Deuteronômio 11:1; 1 João 5:3.

Como podiam tais humanos perfeitos tornar-se egoístas, levando-os isso


a praticar atos de pecado? Embora criados perfeitos, seus corpos físicos não
continuariam a funcionar com perfeição se não fossem providos de alimento
adequado. Portanto, assim também, se deixassem sua mente alimentar-se de
pensamentos errados, isso causaria degradação moral, pecaminosidade. Tiago
1:14, 15 explica: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu
próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado.” No
caso de Eva, os desejos errados começaram a se desenvolver quando ela
escutou com interesse a Satanás, que usou uma serpente como porta-voz. Adão
cedeu quando sua esposa instou com ele para que se unisse a ela em comer do
fruto proibido. Em vez de rejeitarem os pensamentos errados, ambos
alimentaram desejos egoístas. O resultado foram atos pecaminosos. — Gên.
3:1-6.

Fazia o pecado de Adão parte do “plano de Deus”?

Veja a página 29 sob o tópico “Adão e Eva”, também a página 117, sob o
tópico “Destino”.

Existe realmente hoje tal coisa chamada “pecado”?

Ilustrações: Se um homem doente quebrasse o termômetro, provaria isso


que ele não tem febre? Se um ladrão dissesse não acreditar no que está escrito
nos códigos penais, será que isso o tornaria inocente de crime? Da mesma
281

forma, o fato de muitas pessoas não acreditarem que é necessário viver segundo
as normas da Bíblia não põe fim ao pecado. — Veja 1 João 1:8.
Algumas pessoas talvez escolham fazer o que a Palavra de Deus proíbe. Mas
isso não prova que a Bíblia seja errada. Gálatas 6:7, 8 adverte: “Não vos deixeis
desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso
também ceifará; porque aquele que semeia visando a sua carne, ceifará da carne
corrupção.” A epidemia de doenças sexualmente transmitidas, os lares
desfeitos, e assim por diante, dão evidência da veracidade daquilo que a Bíblia
diz. Deus fez o homem; Ele sabe o que nos trará felicidade duradoura; Ele nos
diz isso na Bíblia. Não há lógica em escutá-Lo? (Como evidência da existência
de Deus, veja o tópico “Deus”.)

Não se dá que muito daquilo que se chama pecado


é simplesmente o que é natural os humanos fazer?

É pecado o sexo? Será que Adão e Eva pecaram por terem relações
sexuais entre si? Não é isso que a Bíblia diz. Gênesis 1:28 declara que o próprio
Deus disse a Adão e Eva: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.”
Não envolveria isso relações sexuais entre eles? E o Salmo 127:3 diz que “os
filhos são uma herança da parte de Jeová”, “uma recompensa”. Deve-se notar
que Eva comeu do fruto proibido primeiro, fazendo isso quando estava sozinha;
só mais tarde ela deu uma parte a Adão. (Gên. 3:6) Obviamente, a árvore que
produziu o fruto proibido era uma árvore de verdade. O que a Bíblia proíbe não
são as relações sexuais normais entre marido e mulher, mas práticas tais como a
fornicação, o adultério, o homossexualismo e a bestialidade. Os maus frutos de
tais práticas mostram que a proibição é evidência de interesse amoroso da parte
Daquele que sabe como fomos feitos.

Gên. 1:27: “Deus passou a criar o homem [Adão] à sua imagem, à


imagem de Deus o criou.” (A coisa normal, portanto, era Adão refletir as
qualidades santas de Deus, aceitar com apreço a orientação de Deus. Falhar
nisso era não atingir o alvo, era pecar. Veja Romanos 3:23, também 1 Pedro
1:14-16.)

Efé. 2:1-3: “É a vós [cristãos] que Deus vivificou, embora estivésseis


282

mortos nas vossas falhas e pecados, nos quais andastes outrora segundo o
sistema de coisas deste mundo, segundo o governante da autoridade do ar, o
espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Sim, todos nós nos
comportávamos outrora entre eles em harmonia com os desejos de nossa carne,
fazendo as coisas da vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por
natureza filhos do furor, assim como os demais.” (Quais descendentes do
pecador Adão, nascemos no pecado. Desde o nascimento, a inclinação do nosso
coração é para o mal. Se não reprimirmos essas tendências erradas, poderemos
com o tempo ficar acostumados a tal modo de vida. Pode até parecer-nos
“normal”, porque outros à nossa volta fazem coisas similares. Mas a Bíblia
identifica o que é certo e o que é errado do ponto de vista de Deus, em razão de
como ele fez o homem e do seu propósito para a humanidade. Se escutarmos
nosso Criador e lhe obedecermos com amor, a vida terá riqueza de sentido que
nunca antes conhecemos e teremos um futuro eterno. Nosso Criador nos
convida calorosamente a provar isso e ver quão bom isso é. — Sal. 34:8.)

Como influi o pecado na relação da pessoa com Deus?

1 João 3:4, 8: “Todo aquele que pratica pecado está também praticando o
que é contra a lei, e assim o pecado é aquilo que é contra a lei. Quem estiver
praticando pecado origina-se do Diabo.” (Quão substancial é isso! Os que de
livre vontade escolhem um proceder de pecado, fazendo deste uma prática, são
considerados por Deus como criminosos. O proceder que escolheram é aquele
que o próprio Satanás seguiu primeiro.)

Rom. 5:8, 10: “Cristo [morreu] por nós enquanto éramos ainda pecadores.
. . . Quando éramos inimigos, ficamos reconciliados com Deus por intermédio
da morte de seu Filho.” (Note que os pecadores são mencionados como
inimigos de Deus. Quão sábio é, pois, tirarmos proveito da provisão que Deus
fez para a reconciliação com ele!)

1 Tim. 1:13: “Foi-me concedida misericórdia [diz o apóstolo Paulo],


porque eu era ignorante e agi com falta de fé.” (Mas, quando o Senhor lhe
mostrou o caminho certo, ele não deixou de segui-lo.)
283

2 Cor. 6:1, 2: “Cooperando com ele, também nós instamos convosco para
que não aceiteis a benignidade imerecida de Deus e desacerteis o propósito
dela. Pois ele diz: ‘Num tempo aceitável te ouvi e num dia de salvação te
ajudei.’ Eis que agora é o tempo especialmente aceitável. Eis que agora é o dia
de salvação.” (Agora é o tempo em que está disponível a oportunidade de
salvação. Deus não estenderá para sempre tal bondade imerecida para com
humanos pecaminosos. Portanto, é preciso tomarmos cuidado para não
desacertarmos o propósito disso.)

Como é possível nos livrarmos de nossa condição


pecaminosa?

Veja o tópico “Resgate”.

Profecia
Definição: Uma mensagem inspirada; uma revelação da vontade e dos
propósitos divinos. A profecia pode ser uma predição de algo por vir, um
ensinamento moral inspirado, ou uma expressão de uma ordem ou julgamento
divino.

Que predições registradas na Bíblia já se cumpriram?

Para obter exemplos, veja os tópicos gerais “Bíblia”, “Últimos Dias” e “Datas”,
também o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, páginas
343-346.

Quais são algumas profecias destacadas da Bíblia


que ainda estão para se cumprir?

1 Tes. 5:3: “Quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de


sobrevir instantaneamente a repentina destruição, assim como as dores de
aflição vêm sobre a mulher grávida, e de modo algum escaparão.”

Rev. 17:16: “Os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz
[Babilônia, a Grande] e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a
284

queimarão completamente no fogo.”

Eze. 38:14-19: “Tens de dizer a Gogue: ‘Assim disse o Soberano Senhor


Jeová: “Não o saberás tu naquele dia quando meu povo de Israel [espiritual]
morar em segurança? E hás de vir do teu lugar, das partes mais remotas do
norte, tu e muitos povos contigo . . .” “E terá de acontecer naquele dia, no dia
em que Gogue chegar ao solo de Israel”, é a pronunciação do Soberano Senhor
Jeová, “que meu furor me subirá no nariz. E terei de falar no meu fervor, no
fogo da minha fúria.”’”

Dan. 2:44: “O . . . reino [estabelecido por Deus] . . . esmiuçará e porá


termo a todos estes reinos [humanos], e ele mesmo ficará estabelecido por
tempos indefinidos.”

Eze. 38:23: “Eu hei de magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a


conhecer aos olhos de muitas nações; e terão de saber que eu sou Jeová.”

Rev. 20:1-3: “Eu vi descer do céu um anjo com a chave do abismo e uma
grande cadeia na mão. E ele se apoderou do dragão, a serpente original, que é o
Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. E lançou-o no abismo, e fechou e
selou este sobre ele, para que não mais desencaminhasse as nações até que
tivessem terminado os mil anos. Depois destas coisas terá de ser solto por um
pouco.”

João 5:28, 29: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que
fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas
ruins, para uma ressurreição de julgamento.”

Rev. 21:3, 4: “Ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus
está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o
próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não
haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas
anteriores já passaram.’”

1 Cor. 15:24-28: “A seguir, o fim, quando ele entregar o reino ao seu


Deus e Pai . . . Mas, quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o
próprio Filho também se sujeitará Àquele que lhe sujeitou todas as coisas, para
que Deus seja todas as coisas para com todos.”
285

Por que devem os cristãos estar profundamente


interessados nas predições da Bíblia?

Mat. 24:42: “Mantende-vos vigilantes, porque não sabeis em que dia virá
o vosso Senhor.”

2 Ped. 1:19-21: “Temos a palavra profética tanto mais assegurada [em


resultado do que ocorreu na transfiguração de Jesus]; e fazeis bem em prestar
atenção a ela . . . Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do
homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por
espírito santo.”

Pro. 4:18: “A vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais
até o dia estar firmemente estabelecido.”

Mat. 4:4: “O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada
pronunciação procedente da boca de Jeová.” (Isso inclui suas grandiosas
promessas proféticas.)

2 Tim. 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para


ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça.”
(Assim, a inteira Palavra escrita de Deus merece que a estudemos
diligentemente.)

Se Alguém Disser —
‘Vocês dão ênfase demais à profecia.
Tudo o que é necessário é aceitar Cristo
como Salvador e levar uma vida cristã correta.’

Poderá responder: ‘É certamente de suma importância reconhecer o


papel de Jesus Cristo. Sabia, porém, que uma das razões pelas quais os judeus
do primeiro século não o aceitaram foi por não terem dado suficiente atenção às
profecias?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘As profecias das Escrituras
Hebraicas haviam predito quando o Messias (Cristo) viria e o que ele faria. Mas
os judeus em geral não prestaram atenção àquilo que essas profecias diziam.
Tinham as suas próprias idéias sobre o que o Messias devia fazer, e em
resultado disso eles rejeitaram o Filho de Deus. (Veja a página 212, sob “Jesus
Cristo”.)’ (2) ‘Vivemos hoje no tempo em que Cristo começou a governar qual
Rei celestial e está separando as pessoas de todas as nações, visando dar-lhes
286

vida ou entregá-las à destruição. (Mat. 25:31-33, 46) Contudo, a maioria das


pessoas aguarda outra coisa.’

Ou poderá dizer: ‘Estou de acordo que é importante ser um bom cristão.


Mas seria eu um bom cristão se fizesse algumas das coisas que Jesus ensinou,
mas desconsiderasse o que ele disse que devemos pôr em primeiro lugar na
vida? . . . Note o que ele disse, conforme se acha escrito aqui em Mateus 6:33.’
Daí, talvez possa acrescentar: ‘Não é verdade que Jesus nos ensinou a orar
pedindo esse Reino, colocando-o até mesmo na frente do nosso pedido de
perdão à base de nossa fé nele qual Salvador? (Mat. 6:9-12)’

Purgatório
Definição: “Segundo o ensinamento da Igreja [Católica Romana], o estado, o
lugar, ou a condição no outro mundo . . . onde as almas dos que morrem na
graça, mas que ainda não estão livres de toda a imperfeição, fazem expiação
pelos pecados veniais não perdoados ou pelo castigo temporal devido a pecados
veniais e mortais que já foram perdoados e, por assim fazerem, são purificados
antes de entrarem no céu.” (New Catholic Encyclopedia, 1967, Vol. XI, p.
1034) Não é um ensinamento bíblico.

Em que se baseia o ensinamento do purgatório?

Depois de examinar o que os escritores católicos disseram sobre textos


como 2 Macabeus 12:39-45, Mateus 12:32 e 1 Coríntios 3:10-15, a New
Catholic Encyclopedia (1967, Vol. XI, p. 1034) admite: “Em última análise, a
doutrina católica do purgatório baseia-se na tradição, não na Escritura Sagrada.”
“A igreja se valeu da tradição para apoiar um meio-termo entre o céu e o
inferno.” — U.S. Catholic, março de 1981, p. 7.

Quanto à natureza do purgatório, que dizem os porta-vozes católicos?

“Muitos pensam que o sofrimento total no purgatório se identifica com a


287

consciência da postergação temporária da visão beatífica, embora o conceito


mais comum seja de que, além disso, há positivamente algum castigo . . . Na
Igreja Latina, tem-se geralmente mantido que esta dor é imposta pelo fogo real.
Isto, porém, não é essencial à crença no purgatório. Nem mesmo é certo. . . .
Mesmo que alguém, como no caso dos teólogos do Oriente, decida rejeitar a
idéia do sofrimento induzido pelo fogo, deve cuidar para não excluir do
purgatório todo o sofrimento positivo. Ainda assim há real aflição, tristeza,
angústia, vergonha de consciência e outras tristezas espirituais, capazes de
infligir verdadeira dor à alma. . . . A pessoa deve lembrar, de qualquer forma,
que, em meio aos sofrimentos dessas almas, elas gozam de grande alegria em
razão da certeza da salvação.” — New Catholic Encyclopedia (1967), Vol. XI,
pp. 1036, 1037.

“O que acontece no purgatório é incerto.” — U.S. Catholic, março de


1981, p. 9.

Será que a alma sobrevive à morte do corpo?

Eze. 18:4, So: “A alma [hebraico, né·fesh; “a pessoa”, BMD; “aquele”,


BJ] que pecar, essa morrerá.”

Tia. 5:20, So: “Aquele que reconduzir um pecador do erro do seu


caminho, salvará uma alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados.”
(Grifo acrescentado.) (Note que se fala aqui da morte da alma.)

Para mais pormenores, veja os tópicos “Alma” e “Morte”.

Exige-se punição adicional pelo


pecado após a morte da pessoa?

Rom. 6:7, BJ: “Quem morreu, ficou livre do pecado.” (MC: “Aquele que
morreu está absolvido do pecado.”)

Podem os mortos sentir alegria por confiarem


na perspectiva da salvação?

Ecl. 9:5, BJ: “Os vivos ao menos sabem que vão morrer, enquanto os mortos
não sabem nada.”

Isa. 38:18, BJ: “Não é o Xeol que te [Iahweh] louva, nem a morte que te
288

glorifica, pois já não esperam em tua fidelidade aqueles que descem à cova.”
(Portanto, como pode quem quer que seja gozar “de grande alegria em razão da
certeza da salvação”?)

Segundo a Bíblia, qual é o meio pelo qual


se obtém a purificação dos pecados?

1 João 1:7, 9, BJ: “Se caminhamos na luz como ele [Deus] está na luz,
estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo o pecado. Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo:
para perdoar nossos pecados e purificar-nos de toda injustiça [“toda a nossa má
ação é purgada”, Kx].”

Rev. 1:5, BJ: “Jesus Cristo . . . nos ama e . . . nos lavou de nossos pecados
com seu sangue.”

Raças da humanidade
Definição: Segundo empregado aqui, raça significa uma divisão da humanidade
que possui, em proporções características, certas combinações de traços físicos
que podem ser herdados e que são suficientes para destacar o grupo como um
tipo humano distinto. Deve-se notar, porém, que o fato de que as raças podem
casar-se entre si e reproduzir-se mostra que são na realidade uma só “espécie”,
sendo todas elas membros da família humana. Portanto, as várias raças são
meramente facetas de toda a variação possível na humanidade.

Donde se originaram as várias raças?

Gên. 5:1, 2; 1:28: “No dia em que Deus criou Adão, ele o fez à
semelhança de Deus. Macho e fêmea os criou. Depois os abençoou e os chamou
pelo nome de Homem [ou: Humanidade] no dia em que foram criados.” “Deus
os abençoou e Deus lhes disse: ‘Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a
terra.’” (Assim, toda a humanidade descende daquele primeiro casal humano,
Adão e Eva.)

Atos 17:26: “[Deus] fez de um só homem [Adão] toda nação dos homens, para
morarem sobre a superfície inteira da terra.” (Portanto, quaisquer que sejam as
289

raças que compõem determinada nação, elas descendem todas de Adão.)

Gên. 9:18, 19: “Os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, e Cã, e
Jafé. . . . Estes três foram os filhos de Noé e destes se dispersou toda a
população da terra.” (Depois de Deus destruir o mundo ímpio por meio do
dilúvio global nos dias de Noé, a nova população da terra, incluindo todas as
raças hoje conhecidas, desenvolveu-se da descendência dos três filhos de Noé e
as esposas desses.)

Eram Adão e Eva meramente pessoas alegóricas (fictícias)?

A Bíblia não apóia tal conceito; veja o tópico geral “Adão e Eva”.

Onde obteve Caim sua esposa,


se havia apenas uma família?

Gên. 3:20: “Adão chamou a sua esposa pelo nome de Eva, porque ela
havia de tornar-se a mãe de todos os viventes.” (Portanto, todos os humanos
haviam de ser descendentes de Adão e Eva.)

Gên. 5:3, 4: “Adão viveu cento e trinta anos. Tornou-se então pai dum
filho à sua semelhança, à sua imagem, e chamou-o pelo nome de Sete. E os dias
de Adão, depois de gerar Sete, vieram a ser oitocentos anos. Entrementes ele se
tornou pai de filhos e de filhas.” (Um dos filhos de Adão era Caim, e uma das
filhas de Adão deve ter-se tornado esposa de Caim. Naquele tempo da história
humana, quando os humanos ainda tinham notável saúde e vitalidade física,
conforme indica a longevidade deles, não eram grandes as probabilidades de
transmitirem defeitos em resultado do casamento com um parente próximo.
Depois de uns 2.500 anos da história humana, porém, quando já havia
deteriorado grandemente a condição física da humanidade, Jeová deu a Israel
leis que proibiam o incesto.)

Gên. 4:16, 17: “Caim foi embora de diante da face de Jeová e foi morar na terra
da Fuga [ou: Node] ao leste do Éden. Caim teve depois relações com a sua
esposa [“conheceu sua mulher”, isto é, em sentido íntimo, CBC; “coabitou
Caim com sua mulher”, ALA], e ela ficou grávida e deu à luz Enoque”. (Note
que Caim não conheceu sua esposa na terra para onde fugiu, como se ela
290

pertencesse a outra família. Antes, foi ali que ele teve relações sexuais com ela
para produzir um filho.)

Como se explica o desenvolvimento de várias


características raciais?

“Todos os homens que vivem hoje pertencem a uma única espécie, Homo
sapiens, e vieram de uma estirpe comum. . . . As diferenças biológicas entre os
seres humanos são em razão das diferenças na constituição hereditária e da
influência do meio ambiente sobre esse potencial genético. Na maioria dos
casos, essas diferenças se devem à interação dessas duas séries de fatores. . . .
As diferenças entre indivíduos de uma raça ou de uma população são amiúde
maiores do que as diferenças medianas entre as raças ou as populações.” — Um
grupo internacional de cientistas convocados pela UNESCO, citado em
Statement on Race (Nova Iorque, 1972, terceira ed.), Ashley Montagu, pp. 149,
150.

“Uma raça é simplesmente uma das aglomerações de genes parcialmente


isoladas em que se dividiu a espécie humana durante e depois de sua primitiva
dispersão geográfica. De modo geral, desenvolveu-se uma raça em cada uma
das cinco grandes regiões continentais da terra. . . . O homem realmente variou
geneticamente durante esta fase da história, e nós podemos medir e estudar os
resultados desta variação no que atualmente resta das antigas raças geográficas.
Conforme era de esperar, a variação parece estar correlacionada com o grau de
isolamento. . . . Quando ocorreu a formação de raças nos continentes, com a
segregação de milhares de populações em aglomerações isoladas de genes, em
todo o mundo, estabeleceram-se as diferenças da freqüência de genes que
vemos agora. . . . O paradoxo que nos confronta é que cada grupo de humanos
parece externamente ser diferente, no entanto, por baixo destas diferenças há
uma similaridade fundamental.” (Heredity and Human Life, Nova Iorque, 1963,
H. L. Carson, pp. 151, 154, 162, 163) (Assim, no início da história humana,
quando um grupo de pessoas ficou isolado de outros e o casamento era
contraído dentro desse grupo, acentuaram-se na sua descendência certas
combinações distintas de traços genéticos.)

Ensina a Bíblia que os negros são amaldiçoados?

Essa idéia se baseia no entendimento errado de Gênesis 9:25, onde Noé é citado
291

como tendo dito: “Maldito seja Canaã. Torne-se ele o escravo mais baixo de
seus irmãos.” Leia isso com atenção; não fala nada sobre a cor da pele. A
maldição era porque Canaã, filho de Cã, havia evidentemente praticado algum
ato chocante que merecia a maldição. Mas quem foram os descendentes de
Canaã? Não os negros, mas pessoas de pele clara que viviam ao leste do mar
Mediterrâneo. Por causa de suas práticas depravadas, seus ritos demoníacos, sua
idolatria e seus sacrifícios de crianças, vieram a estar sob condenação divina, e
Deus deu a Israel a terra ocupada pelos cananeus. (Gên. 10:15-19) Nem todos
os cananeus foram destruídos; a alguns se impôs trabalho forçado, em
cumprimento da maldição. — Jos. 17:13.

De qual dos descendentes de Noé vieram os negros? “Os filhos de Cus


[outro filho de Cã] foram Sebá, e Havilá, e Sabtá, e Raamá, e Sabteca.” (Gên.
10:6, 7) As referências feitas posteriormente na Bíblia a Cus são em geral
equivalentes à Etiópia. Sebá é mais tarde usado ao se fazer menção de outro
povo na parte oriental da África e evidentemente perto da Etiópia. — Isa. 43:3,
nota ao pé da página da NM, edição com Referências, em inglês.

São todos os humanos filhos de Deus?

Sermos filhos de Deus não é algo a que nós, humanos imperfeitos, temos
direito por nascença. Mas somos todos descendentes de Adão, que, quando foi
criado perfeito, era “filho de Deus”. — Luc. 3:38.

Atos 10:34, 35: “Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o
teme e que faz a justiça lhe é aceitável.”

João 3:16: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a
fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida
eterna.” (É necessário exercermos genuína fé nele para qualquer de nós
alcançarmos a espécie de relação com Deus que Adão perdeu. Tal privilégio
está aberto a pessoas de todas as raças.)

1 João 3:10: “Os filhos de Deus e os filhos do Diabo evidenciam-se pelo


seguinte fato: Todo aquele que não está praticando a justiça não se origina de
Deus, nem aquele que não ama seu irmão.” (Portanto, Deus não considera todos
os humanos seus filhos. Do ponto de vista espiritual, os que deliberadamente
292

praticam o que Deus condena têm ao Diabo como pai. Veja João 8:44. Todavia,
os cristãos verdadeiros refletem qualidades piedosas. Dentre esses, Deus
selecionou um número limitado de pessoas para reinarem com Cristo no céu.
Deus refere-se a esses como seus “filhos”. Para mais pormenores, veja o tópico
geral “Nascer de Novo”.

Rom. 8:19-21: “A expectativa ansiosa da criação está esperando a


revelação dos filhos de Deus. . . . A própria criação será também liberta da
escravização à corrupção e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.” (O
alívio para a humanidade virá quando os “filhos de Deus”, após receberem a
vida celestial, forem ‘revelados’ como tendo tomado ação positiva a favor da
humanidade, sob a direção de Cristo. Depois de os fiéis na terra [referidos por a
“criação” neste texto] terem atingido a perfeição humana e de terem
demonstrado lealdade inquebrantável a Jeová qual Soberano Universal, então
eles também gozarão da excelente relação de filhos de Deus. Pessoas de todas
as raças terão parte nisso.)

Será que pessoas de todas as raças chegarão a se


unir realmente algum dia quais irmãos e irmãs?

Aos que se tornariam seus verdadeiros discípulos, Jesus disse: “Todos vós
sois irmãos.” (Mat. 23:8) Mais tarde, ele acrescentou: “Por meio disso saberão
todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” — João 13:35.

Não obstante as imperfeições humanas, tal consciência de união era


realidade entre os primeiros cristãos. O apóstolo Paulo escreveu: “Não há nem
judeu nem grego, não há nem escravo nem homem livre, não há nem macho
nem fêmea; pois todos vós sois um só em união com Cristo Jesus.” — Gál.
3:28.

A fraternidade cristã, não estragada por distinções raciais, é uma realidade


entre as Testemunhas de Jeová no século 20. O escritor William Whalen disse
em U.S. Catholic: “Creio que uma das características mais belas [da
organização das Testemunhas de Jeová] tem sido sua norma tradicional de
igualdade racial.” Após fazer um estudo extensivo sobre as Testemunhas de
Jeová na África, o sociólogo Bryan Wilson, da Universidade de Oxford, disse:
“As Testemunhas são, talvez, o grupo que teve mais êxito do que qualquer
outro em eliminar de maneira rápida a discriminação tribal dentre seus
novatos.” Numa reportagem sobre uma assembléia internacional de
293

Testemunhas procedentes de 123 países, The New York Times Magazine dizia:
“As Testemunhas impressionaram os nova-iorquinos, não só por causa de seu
grande número, mas por causa de sua diversidade (incluem pessoas de todas as
rodas da vida), por sua desinibição racial (muitos dentre as Testemunhas são
negros) e por causa de seu comportamento pacífico e ordeiro.”

Em breve, o Reino de Deus destruirá o atual sistema ímpio de coisas,


incluindo a todos os que não amam genuinamente a Jeová Deus nem a seu
próximo. (Dan. 2:44; Luc. 10:25-28) A Palavra de Deus promete que os
sobreviventes serão pessoas “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”.
(Rev. 7:9) Atraídos uns aos outros pela adoração do verdadeiro Deus, pela fé
em Jesus Cristo e pelo amor mútuo, constituirão verdadeiramente uma família
humana unida.

Reencarnação
Definição: A crença de que a pessoa renasce numa ou mais existências
sucessivas, existências estas que podem ser como um humano ou um animal.
Usualmente, acredita-se que uma “alma” intangível renasce num outro corpo.
Não é ensinamento bíblico.

Será que uma estranha sensação de se estar


familiarizado com pessoas e lugares inteiramente
novos prova que a reencarnação seja realidade?

Já lhe aconteceu alguma vez confundir certo homem vivo ou certa mulher
viva com outro ou outra que também está vivo ou viva agora? Isso já aconteceu
com muitos. Por quê? Porque algumas pessoas têm os mesmos jeitos ou até
mesmo parecem ser quase idênticas. Portanto, a sensação de que conhece
determinada pessoa muito embora nunca a tenha visto antes realmente não
prova que a conhecia numa existência anterior, não é verdade?

Por que é que uma casa ou uma cidade lhe parece familiar se nunca esteve ali
antes? Será que é porque já viveu ali numa existência anterior? Muitas casas
são construídas segundo projetos similares. A mobília usada em cidades longe
umas das outras talvez tenha sido fabricada segundo modelos similares. E não é
294

verdade que as paisagens em alguns lugares amplamente separados são muito


parecidas? Portanto, sem recorrer à reencarnação, a sensação que tem de estar
familiarizado com tais é bem compreensível.

Será que recordações da vida em outro tempo,


em outro lugar, trazidas à tona, sob efeito da hipnose,
provam a reencarnação?

Quando a pessoa está hipnotizada, muitas informações gravadas na


memória podem ser trazidas à tona. Os hipnotizadores sondam o subconsciente.
Mas, como chegaram a estar ali essas recordações? Talvez tenha lido um livro,
visto um filme ou aprendido a respeito de certas pessoas na televisão. Se você
se colocou no lugar das pessoas sobre as quais ficou sabendo determinadas
coisas, isso pode ter-lhe causado uma vívida impressão, quase como se a
experiência fosse vivida por você. O que você de fato fez talvez tenha sido há
tanto tempo que já esqueceu, mas, estando hipnotizado, a experiência pode ser
relembrada, como se estivesse lembrando uma “outra existência”. Contudo, se
isso fosse verdade, não teriam todos tais recordações? Mas não são todos os que
as têm. É digno de nota que um número crescente de supremos tribunais de
estado nos Estados Unidos não aceitam depoimentos induzidos por hipnotismo.
Em 1980, o Supremo Tribunal de Minnesota, EUA, declarou que “o testemunho
mais hábil indica que nenhum entendido no assunto pode decidir se a memória
trazida à tona por meio de hipnose, ou qualquer parte dessa memória, é verdade
ou falsidade, ou confabulação — preenchendo as lacunas com a imaginação.
Tais resultados não são cientificamente fidedignos como sendo exatos.” (State
v. Mack, 292 N.W.2.° 764) A influência de sugestões feitas pelo hipnotizador à
pessoa hipnotizada é um fator nessa infidedignidade.

Contém a Bíblia evidência de crença na reencarnação?

Será que Mateus 17:12, 13 reflete crença na reencarnação?

Mat. 17:12, 13: “[Jesus disse:] ‘Elias já veio e não o reconheceram, mas
fizeram com ele o que quiseram. Do mesmo modo também o Filho do homem
está destinado a sofrer às mãos deles.’ Os discípulos perceberam então que lhes
295

falara de João Batista.”


Significava isso que João Batista era Elias reencarnado? Quando os
sacerdotes judeus perguntaram a João: “És tu Elias?” ele disse: “Não sou.”
(João 1:21) Que queria então Jesus dizer? Conforme o anjo de Jeová predissera,
João foi diante do Messias de Jeová “com o espírito e o poder de Elias, para
retornar os corações dos pais aos filhos e os desobedientes à sabedoria prática
dos justos, a fim de aprontar para Jeová um povo preparado.” (Luc. 1:17)
Portanto, João Batista cumpria a profecia, fazendo um trabalho como o do
profeta Elias. — Mal. 4:5, 6.

É a reencarnação indicada pelo relato de João 9:1, 2?

João 9:1, 2: “Ora, quando [Jesus] ia passando, viu um homem cego de


nascença. E seus discípulos perguntaram-lhe: ‘Rabi, quem pecou, este homem
ou os seus pais, de modo que nasceu cego?’”

É possível que esses discípulos tivessem sido influenciados pela crença


dos fariseus judaicos, que diziam que “apenas as almas dos homens bons são
removidas para outros corpos”? (Wars of the Jews, Josefo, Livro II, cap. VIII,
par. 14) É improvável, visto que a pergunta que fizeram não dá a entender que
eles julgassem que ele fosse um ‘homem bom’. É mais provável que, como
discípulos de Jesus, acreditassem nas Escrituras e sabiam que a alma morre.
Contudo, visto que até mesmo um bebê no ventre tem vida e foi concebido em
pecado, perguntavam-se talvez se tal nascituro poderia ter pecado, resultando
em cegueira. De qualquer forma, a resposta de Jesus não apoiou nem a
reencarnação nem a idéia de uma criança ainda no ventre de sua mãe pecar
antes de nascer. O próprio Jesus respondeu: “Nem este homem pecou, nem os
seus pais.” (João 9:3) Jesus sabia que, por sermos descendentes de Adão, há
uma herança de defeitos e imperfeições humanas. Aproveitando a situação para
magnificar a Deus, Jesus curou o homem cego.

Dá margem para a reencarnação o ensinamento bíblico a respeito da alma e


da morte?

Gênesis 2:7 diz: “Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a


296

soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma
vivente.” Note que o próprio homem era a alma; a alma não era imaterial,
separada e distinta do corpo. “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Eze.
18:4, 20) E fala-se de uma pessoa morta como “alma morta”. (Núm. 6:6) Na
morte, “sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os
seus pensamentos”. (Sal. 146:4) Portanto, quando alguém morre, a pessoa
inteira está morta; não há nada que permaneça vivo e que possa passar para
dentro de um outro corpo. (Para pormenores adicionais, veja os tópicos gerais
“Alma” e “Morte”.)

Ecl. 3:19: “Há um evento conseqüente com respeito aos filhos da


humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para eles o
mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro.” (Como no
caso dos humanos, nada sobrevive à morte de um animal. Não há nada que
possa passar a renascer num outro corpo.)

Ecl. 9:10: “Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio
poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento,
nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.” (Não é para dentro de um outro
corpo, mas ao Seol, a sepultura comum da humanidade, que os mortos vão.)

Quão diferente é a reencarnação


da esperança que a Bíblia apresenta?

Reencarnação: Segundo esta crença, quando alguém morre, a alma, o


“verdadeiro ego”, passa para uma existência melhor, se o indivíduo fez o bem e
levou uma vida correta, mas possivelmente passará a existir como animal, se os
seus antecedentes foram antes maus do que bons. Acredita-se que cada
renascimento traz o indivíduo de volta a este mesmo sistema de coisas, onde
enfrentará sofrimento adicional e por fim a morte. Os ciclos de renascimento
são considerados, a bem dizer, intermináveis. Será que é esse realmente o futuro
que o aguarda? Alguns crêem que o único meio de escape é extinguir todo o
desejo de coisas agradáveis aos sentidos. Para que é que escapam? Para aquilo
que alguns descrevem como sendo uma vida inconsciente.

Bíblia: Segundo a Bíblia, a alma é a inteira pessoa. Mesmo que alguém


297

tenha feito coisas más no passado, se se arrepender e mudar sua conduta, Jeová
Deus lhe perdoará. (Sal. 103:12, 13) Quando a pessoa morre, nada sobrevive. A
morte é como um sono profundo sem sonhos. Haverá uma ressurreição dos
mortos. Não se trata de reencarnação, mas de trazer de volta à vida a mesma
personalidade. (Atos 24:15) Para a maioria das pessoas, a ressurreição será para
vida na terra. Ela se dará depois de Deus pôr fim ao atual sistema iníquo. A
doença, o sofrimento, até mesmo a necessidade de morrer, se tornarão coisas do
passado. (Dan. 2:44; Rev. 21:3, 4) Parece-lhe tal esperança algo sobre o qual
gostaria de aprender mais, de examinar as razões para nela confiar?

Se Alguém Disser —
‘Eu creio na reencarnação.’

Poderá responder: ‘Espera que eventualmente resulte numa vida melhor,


é isso? . . . Diga-me, gostaria de viver num mundo como o que está descrito
aqui em Revelação 21:1-5?’

Ou poderá dizer: ‘Obrigado(a) por me dizer isso. Posso fazer-lhe uma


pergunta: Sempre acreditou nisso? . . . O que fez com que abandonasse as suas
crenças anteriores?’ (Daí, poderá talvez usar as idéias sob o tópico na página
296.)

Outra possibilidade: ‘Tenho gostado de conversar com outras pessoas


que têm essa crença. Posso perguntar-lhe: Por que acha que há necessidade de
reencarnação?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Lembra-se de todos os
pormenores de vidas anteriores que acredita ter tido? . . . Mas isso seria
necessário para a pessoa corrigir seus erros anteriores e tornar-se pessoa
melhor, não acha?’ (2) Se a pessoa diz que é bom o fato de esquecermos,
poderá perguntar: ‘Acha vantagem a pessoa ter no seu cotidiano uma memória
fraca? Daí, se a cada 70 anos, mais ou menos, esquecêssemos tudo o que
aprendemos, seríamos ajudados a melhorar nossa situação?’ (3) Se a pessoa
disser que só as pessoas melhores é que nascem de novo como humanos, poderá
perguntar: ‘Por que, então, as condições do mundo têm continuado a piorar? . . .
A Bíblia mostra como se dará a verdadeira melhora em nossos dias. (Dan.
2:44)’
298

Reino
Definição: O Reino de Deus é a expressão da soberania universal de Jeová para
com suas criaturas, ou o meio usado por ele para expressar tal soberania. Esse
termo é usado em especial para designar a manifestação da soberania de Deus,
mediante o governo régio encabeçado por seu Filho, Jesus Cristo. “Reino” pode
referir-se ao governo daquele que foi ungido para ser Rei ou ao domínio
terrestre sob esse governo celestial.

É o Reino de Deus um governo real?

Ou é, em vez disso, uma condição existente no


coração dos homens?

Luc. 17:21, IBB: “Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de
Deus está dentro de vós [também Fi, MC; mas “entre vós”, Al, PIB; “no meio
de vós”, CBC, LEB; “no vosso meio”, NM].” (Note que, conforme mostra o
versículo 20 de Luc. 17, Jesus estava falando aos fariseus, os quais também
denunciou como hipócritas, assim, é impossível que ele quisesse dizer que o
Reino estava no coração deles. Mas o Reino, representado por Cristo, estava no
meio deles. Assim, The Emphatic Diaglott reza: “A majestade régia de Deus
está entre vós.”)

Diz na verdade a Bíblia que o Reino de Deus


é um governo?

Isa. 9:6, 7, ALA: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo
[também ABV, IBB, VB; “domínio”, BJ; “domínio principesco”, NM] está sobre
os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo e venha paz
sem fim.”

Quem são os governantes no Reino?

Rev. 15:3: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o


Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade.”

Dan. 7:13, 14: “Aconteceu que chegou com as nuvens dos céus alguém
299

semelhante a um filho de homem [Jesus Cristo; veja Marcos 14:61, 62]; e ele
obteve acesso ao Antigo de Dias [Jeová Deus], e fizeram-no chegar perto
perante Este. E foi-lhe [a Jesus Cristo] dado domínio, e dignidade, e um reino,
para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem.”

Rev. 5:9, 10: “Foste [Jesus Cristo] morto e com o teu sangue compraste
pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles
um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre a terra.” (Em
Revelação 14:1-3 diz-se que o número desses que foram ‘comprados da terra’
para reinarem com o Cordeiro no Monte Sião celestial é de 144.000.)

Que efeito terá esse Reino sobre os governos humanos?

Dan. 2:44: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino
que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo.
Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido
por tempos indefinidos.”

Sal. 2:8, 9: “Pede-me, para que eu te dê nações por tua herança, e os


confins da terra por tua propriedade. Tu as quebrantarás com um cetro de ferro,
espatifá-las-ás como se fossem um vaso de oleiro.”

O que realizará o Reino de Deus?

Santificará o nome de Jeová e sustentará Sua soberania.


Mat. 6:9, 10: “Portanto, tendes de orar do seguinte modo: ‘Nosso
pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.’” (Mostra-se
aqui que a santificação do nome de Deus e a vinda do seu Reino estão
intimamente relacionadas.)

Eze. 38:23: “Eu hei de magnificar-me, e santificar-me, e dar-me a


conhecer aos olhos de muitas nações, e terão de saber que eu sou Jeová.”
(O nome de Deus será limpo de todo o vitupério; será tratado como santo
e merecedor de respeito, e todos os que viverem serão pessoas que
voluntariamente apóiam a soberania de Jeová, comprazendo-se em fazer a
300

Sua vontade. De tal santificação do nome de Jeová dependem a paz e o


bem-estar de todo o universo.)

Porá fim ao domínio tolerado de Satanás sobre o mundo.

Rev. 20:2, 3: “Ele [o Rei celestial, Jesus Cristo] se apoderou do


dragão, a serpente original, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil
anos. E lançou-o no abismo, e fechou e selou este sobre ele, para que não
mais desencaminhasse as nações até que tivessem terminado os mil anos.
Depois destas coisas terá de ser solto por um pouco.” (Assim a
humanidade será libertada da influência satânica que muito dificulta a
vida das pessoas que desejam fazer o que é correto. Terá acabado a
influência diabólica que tem sido responsável por atos de extrema
desumanidade, também a influência demoníaca que tem aterrorizado a
vida de muitos.)

Unificará toda a criação na adoração do único Deus verdadeiro.

Rev. 5:13; 15:3, 4: “E toda criatura que está no céu, e na terra, e


debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas neles, eu ouvi dizer: ‘Ao que
está sentado no trono [Jeová Deus] e ao Cordeiro [Jesus Cristo] seja a
bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre.’” “Grandes
e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o Todo-poderoso. Justos e
verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade. Quem realmente não
te temerá, Jeová, e glorificará o teu nome, porque só tu és leal? Pois virão
todas as nações e adorarão perante ti, porque os teus justos decretos foram
manifestos.”

Restaurará a relação harmoniosa entre Deus e a humanidade.

Rom. 8:19-21: “A expectativa ansiosa da criação [a humanidade]


está esperando a revelação dos filhos de Deus [a evidência de que os que
foram ressuscitados para a vida celestial junto com Jesus Cristo iniciaram
o seu domínio]. Porque a criação estava sujeita à futilidade, não de sua
própria vontade, mas por intermédio daquele que a sujeitou, à base da
esperança de que a própria criação [a humanidade em geral] será também
liberta da escravização à corrupção e terá a liberdade gloriosa dos filhos
de Deus.”
301

Livrará a humanidade de toda a ameaça de guerra.

Sal. 46:8, 9: “Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto
eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da
terra.”

Isa. 2:4: “Terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas
lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão
mais a guerra.”

Eliminará da terra os governantes corruptos e a opressão.

Sal. 110:5: “O próprio Jeová, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da


sua ira.”

Sal. 72:12-14: “[O Rei messiânico de Jeová] livrará ao pobre que clama
por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó
daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres.
Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso
aos seus olhos.”

Proverá fartura de alimento para toda a humanidade.

Sal. 72:16: “Virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos montes
haverá superabundância.”

Isa. 25:6: “Jeová dos exércitos há de fazer para todos os povos, neste
monte [no Monte Sião celestial, a sede do Reino de Deus, far-se-ão provisões
para seus súditos terrestres], um banquete de pratos bem azeitados, um banquete
de vinhos guardados com a borra, de pratos bem azeitados, cheios de tutano, de
vinhos guardados com a borra, filtrados.”

Removerá as doenças e as deficiências de toda sorte.

Luc. 7:22; 9:11: “Ide e relatai a João o que vistes e ouvistes: os cegos
estão recebendo visão, os coxos estão andando, os leprosos estão sendo
purificados e os surdos estão ouvindo, os mortos estão sendo levantados, os
pobres são informados das boas novas.” “Ele [Jesus Cristo] as recebeu
benevolamente, e começou a falar-lhes do reino de Deus e sarou os necessitados
de cura.” (Jesus demonstrou dessa forma o que ele, na qualidade de Rei
celestial, fará em favor da humanidade.)
302

Proverá moradias adequadas para todos.

Isa. 65:21, 22: “Hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar


vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não
plantarão e outro comerá.”

Garantirá emprego satisfatório para todos.

Isa. 65:23: “Não labutarão em vão, nem darão à luz para perturbação;
porque são a descendência composta dos abençoados por Jeová, e seus
descendentes com eles.”

Garantirá segurança e que não haverá mais nenhum risco para as pessoas ou
para as suas propriedades.

Miq. 4:4: “Realmente sentar-se-ão, cada um debaixo da sua videira e


debaixo da sua figueira, e não haverá quem os faça tremer; porque a própria
boca de Jeová dos exércitos falou isso.”

Sal. 37:10, 11: “Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá; e
estarás certamente atento ao seu lugar, e ele não existirá. Mas os próprios
mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.”

Fará prevalecer a retidão e a justiça.

2 Ped. 3:13: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a
sua promessa, e nestes há de morar a justiça.”

Isa. 11:3-5: “[O Rei messiânico] não julgará pelo que meramente parece
aos seus olhos, nem repreenderá simplesmente segundo a coisa ouvida pelos
seus ouvidos. E terá de julgar com justiça os de condição humilde e terá de dar
repreensão com retidão em benefício dos mansos da terra. . . . E a justiça terá de
mostrar ser o cinto de seus quadris, e a fidelidade, o cinto de seus lombos.”

Salvaguardará a humanidade de qualquer dano devido a forças naturais.

Mar. 4:37-41: “Levantou-se então uma violenta tempestade de vento e as


ondas abatiam-se sobre o barco, de modo que o barco estava ficando inundado.
. . . E ele [Jesus], acordando, censurou o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Cala-
te!’ E o vento cessou, e deu-se uma grande calmaria. . . . Mas eles sentiam um
303

temor incomum e diziam um ao outro: ‘Quem é realmente este, porque até


mesmo o vento e o mar lhe obedecem?’” (Assim, Cristo demonstrou o poder
que ele, qual Rei celestial, exercerá sobre as forças da natureza.)

Ressuscitará os mortos.

João 5:28, 29: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [a voz de Cristo, o
Rei] e sairão.”

Rev. 20:12: “Eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do


trono, e abriram-se rolos. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações [as
praticadas após sua ressurreição; compare com Romanos 6:7].”

Eliminará toda morte devida à herança do pecado adâmico.

Isa. 25:8: “Ele realmente tragará a morte para sempre, e o Soberano


Senhor Jeová certamente enxugará as lágrimas de todas as faces.”

Rev. 21:4: “Enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais
morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já
passaram.”

Proporcionará um mundo em que as pessoas terão genuíno amor entre si.

João 13:35: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos
[portanto, em condição de se tornarem associados com Jesus no Reino celestial,
ou súditos terrestres desse Reino], se tiverdes amor entre vós.”

Restabelecerá a relação harmoniosa entre os humanos


e os animais.

Isa. 11:6-9: “O lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o


próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado,
e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor
deles. E a própria vaca e a ursa pastarão; juntas se deitarão as suas crias. E até
mesmo o leão comerá palha como o touro. E a criança de peito há de brincar
sobre a toca da naja; e a criança desmamada porá realmente sua própria mão
304

sobre a fresta de luz da cobra venenosa. Não se fará dano, nem se causará ruína
em todo o meu santo monte.” (Também Isaías 65:25.)

Osé. 2:18: “Naquele dia certamente concluirei para eles um pacto em


conexão com o animal selvático do campo, e com a criatura voadora dos céus, e
com a coisa rastejante do solo, . . . e vou fazer que se deitem em segurança.”

Transformará a terra num paraíso.

Luc. 23:43: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.”

Sal. 98:7-9: “Troveje o mar e tudo o que o enche, o solo produtivo e os


que nele moram. Que os rios batam palmas; os próprios montes gritem todos
juntos em júbilo perante Jeová, pois ele chegou para julgar a terra. Julgará o
solo produtivo com justiça e os povos com retidão.”

Compare com Gênesis 1:28; 2:15; Isaías 55:11.

Quando haveria de começar o Reino de Deus


o seu domínio?

No primeiro século?

Col. 1:1, 2, 13: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, e
Timóteo, nosso irmão, aos santos [os que eram herdeiros do Reino celestial] . . .
Ele [Deus] nos livrou da autoridade da escuridão e nos [os santos, membros da
congregação cristã] transferiu para o reino do Filho do seu amor.” (Assim, na
realidade, Cristo começara a reinar sobre a congregação cristã no primeiro
século, antes da escrita dessa carta, porém o estabelecimento do Reino para
dominar sobre toda a terra estava ainda no futuro.)

1 Cor. 4:8: “Será que já estais cheios? Será que já estais ricos? Será que já
começastes a reinar sem nós? E eu bem que queria que já tivésseis começado a
reinar, para que nós também reinássemos convosco.” (Torna-se claro que o
apóstolo Paulo os reprova por raciocinarem erroneamente.)

Rev. 12:10, 12: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de


nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o
acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!
Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do
305

mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um
curto período de tempo.” (O estabelecimento do Reino de Deus é aqui
relacionado com o lançamento de Satanás fora do céu. Isto não se deu por
ocasião da rebelião no Éden, conforme se mostra em Jó, capítulos 1 e 2. O livro
de Revelação foi escrito em 96 EC, e Revelação 1:1 indica que trata de
acontecimentos ainda futuros.)

Será que a vinda do poder do Reino de Deus terá


de esperar a conversão do mundo?

Sal. 110:1, 2: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor [Jesus Cristo] é:


‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para
os teus pés.’ Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no
meio dos teus inimigos.’” (Isso mostra que haveria inimigos para subjugar; nem
todos se sujeitariam à sua regência.)

Mat. 25:31-46: “Quando o Filho do homem [Jesus Cristo] chegar na sua


glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E
diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim
como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. . . . E estes [os que não
demonstraram amor aos seus irmãos ungidos] partirão para o decepamento
eterno, mas os justos, para a vida eterna.” (Torna-se claro que nem todos os da
humanidade se converteriam antes da entronização de Cristo; nem todos se
revelariam justos.)

Indica a Bíblia a época em que o Reino começaria a dominar?

Veja as páginas 110-112, sob o tópico geral “Datas”, e as páginas 419-


424, sob “Últimos Dias”.

Se Alguém Disser —
‘Eu não vou alcançar esse tempo.’

Poderá responder: ‘Mas alguém vai alcançar, certo? . . . Será que


alguém chegaria a saber se a sua geração seria a que alcançaria isso? Os
próprios apóstolos de Jesus queriam saber isso, e a resposta que ele lhes
forneceu é muito significativa para nós hoje. (Mat. 24:3-14; Luc. 21:29-32)’
306

Ou poderá dizer: ‘Muitos pensam assim. Mas as Testemunhas de Jeová


têm a firme convicção, fundamentada na Bíblia, de que o Reino de Deus já está
reinando nos céus e que cabe a nós demonstrar se desejamos ou não continuar a
viver na terra debaixo do governo justo de Deus. Esta é a razão da minha visita
aqui hoje. Note o que se diz aqui em Mateus 25:31-33.’

Religião
Definição: Uma forma de adoração. Inclui um sistema de atitudes, crenças e
práticas religiosas; estas podem ser pessoais ou ensinadas por uma organização.
Usualmente, a religião envolve crença em Deus ou em diversos deuses; ou
considera os humanos, os objetos, os desejos ou as forças como objetos de
adoração. Grande parte da religião se baseia no estudo humano da natureza;
existe também religião revelada. Há religião verdadeira e falsa.

Por que existem tantas religiões?

Segundo recente cálculo, concluiu-se que há 10 religiões principais e


aproximadamente 10.000 seitas. Destas, umas 6.000 existem na África, 1.200
nos Estados Unidos e centenas em outros países.

Muitos fatores contribuíram para o desenvolvimento de novos grupos


religiosos. Há quem diga que as várias religiões representam todas elas modos
diferentes de apresentar a verdade religiosa. Mas, uma comparação de seus
ensinamentos e de suas práticas com a Bíblia indica, ao contrário, que a
diversidade de religiões se deve ao fato de que as pessoas passaram a seguir
homens em vez de escutarem a Deus. É digno de nota que, em grande parte, os
ensinamentos que têm em comum, mas que diferem da Bíblia, se originaram na
antiga Babilônia. (Veja as páginas 55, 56, sob o tópico “Babilônia, a Grande”.)

Quem é o instigador de tal confusão religiosa? A Bíblia identifica


Satanás, o Diabo, como “o deus deste sistema de coisas”. (2 Cor. 4:4) Ela nos
adverte que “as coisas sacrificadas pelas nações, elas sacrificam a demônios, e
307

não a Deus”. (1 Cor. 10:20) Quão sumamente importante é, pois, certificar-nos


de que estejamos realmente adorando o verdadeiro Deus, o Criador do céu e da
terra, e de que a nossa adoração agrade a ele!

São todas as religiões aceitáveis a Deus?

Juí. 10:6, 7: “Os filhos de Israel passaram novamente a fazer o que era
mau aos olhos de Jeová, e começaram a servir aos Baalins e às imagens de
Astorete, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sídon, e aos deuses de Moabe, e
aos deuses dos filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus. Assim abandonaram
a Jeová e não o serviram. Nisso se acendeu a ira de Jeová contra Israel.” (Se
uma pessoa adora qualquer coisa ou pessoa que seja a não ser o verdadeiro
Deus, o Criador do céu e da terra, é evidente que sua forma de adoração não é
aceitável a Jeová.)

Mar. 7:6, 7: “Ele [Jesus] lhes disse [aos fariseus e escribas judeus]: ‘Isaías
profetizou aptamente a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: “Este
povo honra-me com os lábios, os seus corações, porém, estão longe de mim. É
em vão que persistem em adorar-me, porque ensinam por doutrinas os
mandados de homens.”’” (Quem quer que seja que um grupo de pessoas
professe adorar, se tais se apegam a doutrinas de homens em vez de à Palavra
inspirada de Deus, a adoração que praticam é vã.)

Rom. 10:2, 3: “Eu lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não
segundo o conhecimento exato; pois, por não conhecerem a justiça de Deus,
mas buscarem estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.”
(As pessoas talvez tenham a Palavra escrita de Deus, mas lhes falta
conhecimento exato daquilo que está contido nela, porque não foram ensinadas
adequadamente. Talvez achem que têm zelo por Deus, mas talvez não estejam
fazendo o que ele requer. Tal adoração não agradará a Deus, não é verdade?)

É verdade que em toda religião há algo de bom?

A maioria das religiões ensina que não se deve mentir nem roubar, e
assim por diante. Mas será que basta isso? Gostaria de beber um copo de água
envenenada porque alguém lhe assegurou que a maior parte do que beberia era
água?
308

2 Cor. 11:14, 15: “O próprio Satanás persiste em transformar-se em anjo


de luz. Portanto, não é grande coisa se os ministros dele também persistem em
transformar-se em ministros da justiça.” (Acautela-se-nos aqui de que talvez
nem tudo o que se origina de Satanás pareça repelente. Um dos seus principais
métodos de enganar a humanidade tem sido a religião falsa de todos os tipos,
dando ele a alguns uma aparência justa.)

2 Tim. 3:2, 5: “Os homens [terão] uma forma de devoção piedosa,


mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder; e destes afasta-te.” (Apesar
de professarem publicamente amar a Deus, se as pessoas junto com as quais
presta adoração não aplicam sinceramente a Palavra dele em sua própria vida, a
Bíblia insta que se afaste da associação com tais.)

É correto abandonar a religião dos pais?

Se o que nossos pais nos ensinaram é realmente da Bíblia, devemos


apegar-nos a tal ensino. Mesmo que cheguemos a saber que as práticas e
crenças religiosas deles estão em desarmonia com a Palavra de Deus, nossos
pais merecem nosso respeito. Mas, que dizer se chegasse a saber que certo
hábito de seus pais é prejudicial à saúde e pode encurtar a vida da pessoa? Será
que os imitaria e incentivaria seus filhos a fazer isso, ou respeitosamente lhes
diria o que ficou sabendo? Do mesmo modo, o conhecimento da verdade bíblica
traz responsabilidade. Se possível, devemos dizer aos membros da nossa família
o que aprendemos. Precisamos tomar uma decisão: Amamos realmente a Deus?
Queremos realmente obedecer ao Filho de Deus? Para fazermos isso, talvez seja
necessário abandonarmos a religião de nossos pais de modo a aceitarmos a
adoração verdadeira. Certamente não será apropriado deixar que nossa devoção
a nossos pais seja maior do que nosso amor por Deus e por Cristo, não é
verdade? Jesus disse: “Quem tiver maior afeição pelo pai ou pela mãe do que
por mim, não é digno de mim; e quem tiver maior afeição pelo filho ou pela
filha do que por mim, não é digno de mim.” — Mat. 10:37.

Jos. 24:14: “Agora, temei a Jeová e servi-o sem defeito e em verdade, e


removei os deuses a que vossos antepassados serviram do outro lado do Rio e
no Egito, e servi a Jeová.” (Não significava isso deixarem a religião de seus
309

antepassados? Para servirem a Jeová de modo aceitável, tinham de se desfazer


de quaisquer imagens usadas em tal religião e purificar seus corações de
qualquer desejo de tais coisas.)

1 Ped. 1:18, 19: “Sabeis que não foi com coisas corruptíveis, com prata
ou ouro, que fostes livrados da vossa forma infrutífera de conduta, recebida por
tradição de vossos antepassados. Mas foi com sangue precioso, como o de um
cordeiro sem mácula nem mancha, sim, o de Cristo.” (Portanto, os primitivos
cristãos se afastaram dessas tradições de seus antepassados, tradições estas que
nunca lhes poderiam dar vida eterna. A gratidão pelo sacrifício de Cristo fez
com que fossem zelosos em se desfazer de qualquer coisa que tornasse sua vida
infrutífera, faltando-lhe real significado, por não honrarem a Deus. Não
devemos nós ter também a mesma atitude?)

Qual é o ponto de vista da Bíblia sobre o


interconfessionalismo?

Como considerou Jesus os líderes religiosos que pretendiam ser justos,


mas que desrespeitavam a Deus? “Jesus disse-lhes: ‘Se Deus fosse o vosso Pai,
vós me amaríeis, pois procedi de Deus e aqui estou. Nem tampouco vim de
minha própria iniciativa, mas Este me enviou. . . . Vós sois de vosso pai, o
Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi homicida quando
começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade.
Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é
mentiroso e o pai da mentira. Porque eu, por outro lado, digo a verdade, vós não
me acreditais. . . . É por isso que não escutais, porque não sois de Deus.’” —
João 8:42-47.

Demonstraria lealdade a Deus e a seus justos princípios se seus servos


incluíssem na irmandade religiosa os que praticam o que Deus condena ou os
que toleram tais práticas? “[Cessai] de ter convivência com qualquer que se
chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou
beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . Nem
fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para
propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens, nem ladrões,
310

nem gananciosos, nem beberrões, nem injuriadores, nem extorsores herdarão o


reino de Deus.” (1 Cor. 5:11; 6:9, 10) “Todo aquele que quiser ser amigo do
mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tia. 4:4) “Ó vós amantes de Jeová, odiai
o que é mau. Ele guarda as almas dos que lhe são leais.” — Sal. 97:10.

2 Cor. 6:14-17: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois,
que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz
com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que
quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem o templo de Deus com
os ídolos? . . . ‘“Portanto, saí do meio deles e separai-vos”, diz Jeová, “e cessai
de tocar em coisa impura”’; ‘“e eu vos acolherei”’.”

Rev. 18:4, 5: “Ouvi outra voz saída do céu dizer: ‘Saí dela, povo meu, se
não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber
parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se
lembrou dos atos injustos dela.’” (Para pormenores, veja o tópico geral
“Babilônia, a Grande”.)

É necessário pertencer a uma religião


organizada?

A maioria das organizações religiosas produziram frutos maus. Não é o


fato de que os grupos estão organizados que é mau. Mas muitas delas
promovem formas de adoração que se baseiam em ensinamentos falsos e são
em grande parte ritualísticas, em vez de promoverem orientação espiritual
genuína; têm sido usadas mal para controlarem a vida das pessoas para fins
egoístas; ficaram excessivamente interessadas em fazer coletas de dinheiro e em
belos locais de adoração, em vez de nos valores espirituais; seus membros são
amiúde hipócritas. Obviamente, ninguém que ame a justiça desejará pertencer a
uma organização assim. Mas a religião verdadeira é um contraste animador a
tudo isso. Não obstante, para cumprir os requisitos bíblicos, precisa estar
organizada.

Heb. 10:24, 25: “Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao
amor e a obras excelentes, não deixando de nos ajuntar, como é costume de
alguns, mas encorajando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vedes chegar o
311

dia.” (Para executar essa ordem bíblica, tem de haver reuniões cristãs que
possamos freqüentar de modo constante. Tal arranjo nos incentiva a expressar
amor para com outros, não nos preocupando apenas com nós mesmos.)

1 Cor. 1:10: “Exorto-vos agora, irmãos, por intermédio do nome de nosso


Senhor Jesus Cristo, que todos faleis de acordo, e que não haja entre vós
divisões, mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma
maneira de pensar.” (Tal união nunca seria conseguida se as pessoas não se
reunissem, se não se beneficiassem do mesmo programa de alimento espiritual
e se não respeitassem a agência por meio da qual se provê tal instrução. Veja
também João 17:20, 21.)

1 Ped. 2:17: “Tende amor à associação inteira dos irmãos.” (Inclui isso
apenas os que talvez se reúnam para adoração em determinado lar particular?
De forma alguma; é uma irmandade internacional, conforme indicam Gálatas
2:8, 9 e 1 Coríntios 16:19.)

Mat. 24:14: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra
habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Para que todas
as nações recebam a oportunidade de ouvir essas boas novas, a pregação precisa
ser feita de modo ordeiro, com adequada supervisão. O amor a Deus e ao
próximo tem feito com que pessoas em toda a terra unam seus esforços para
fazer essa obra.)

Veja também o tópico geral “Organização”.

Será que o que realmente conta é amar o próximo?

Não resta dúvida a respeito disso, tal amor é importante. (Rom. 13:8-10) Mas
ser cristão envolve mais do que simplesmente ser bondoso para com o próximo.
Jesus disse que seus verdadeiros discípulos se destacariam pelo amor pelos
concrentes. (João 13:35) A importância disso é acentuada repetidas vezes na
Bíblia. (Gál. 6:10; 1 Ped. 4:8; 1 João 3:14, 16, 17) Entretanto, Jesus mostrou
que ainda mais importante do que isso é o nosso amor pelo próprio Deus, o que
é mostrado pela nossa obediência a seus mandamentos. (Mat. 22:35-38; 1 João
5:3) Para demonstrarmos tal amor, precisamos estudar e aplicar a Palavra de
Deus e nos reunir com conservos de Deus para adoração.
312

É a relação pessoal com Deus a coisa realmente


importante?

É certamente importante. A mera assistência aos serviços religiosos de


modo formalístico não pode tomar o lugar dessa relação. Mas precisamos tomar
cuidado. Por quê? No primeiro século, havia pessoas que pensavam que tinham
boa relação com Deus, mas Jesus lhes mostrou que estavam muito enganadas.
(João 8:41-44) O apóstolo Paulo escreveu a respeito de pessoas que
evidentemente tinham zelo no que concernia à sua fé e é claro que pensavam
que tinham boa relação com Deus, mas não entendiam o que realmente se
requeria delas para terem a aprovação de Deus. — Rom. 10:2-4.

Poderíamos ter boa relação pessoal com Deus se déssemos pouca


importância a seus mandamentos? Um destes é que devemos reunir-nos
regularmente com concrentes. — Heb. 10:24, 25.

Basta lermos pessoalmente a Bíblia?

É verdade que muitas pessoas podem aprender bastante lendo


pessoalmente a Bíblia. Se seu motivo for aprender a verdade a respeito de Deus
e de seus propósitos, o que fazem é muitíssimo elogiável. (Atos 17:11) Mas,
para sermos honestos com nós próprios, será que entenderemos o pleno
significado de tudo sem nenhuma ajuda? A Bíblia fala a respeito de certo
homem que tinha uma posição elevada, mas que era suficientemente humilde
para reconhecer que precisava de ajuda para entender as profecias da Bíblia.
Essa ajuda foi fornecida por um membro da congregação cristã. — Atos 8:26-
38; compare com outras referências a Filipe em Atos 6:1-6; 8:5-17.

Naturalmente, se uma pessoa lê a Bíblia, mas não a aplica em sua vida,


isso pouco proveito lhe traz. Se crer nela e agir em conformidade, irá associar-
se com os servos de Deus em reuniões regulares de congregação. (Heb. 10:24,
25) Unir-se-á a eles também em falar das “boas novas” com outras pessoas. —
1 Cor. 9:16; Mar. 13:10; Mat. 28:19, 20.

Como pode a pessoa saber qual é a religião


certa?

(1) Em que se baseiam os seus ensinamentos? Procedem de Deus, ou


313

em grande parte dos homens? (2 Tim. 3:16; Mar. 7:7) Pergunte, por exemplo:
Onde na Bíblia se ensina que Deus é uma Trindade? Onde diz ela que a alma
humana é imortal?

(2) Considere se ela torna conhecido o nome de Deus. Jesus disse em


oração a Deus: “Tenho feito manifesto o teu nome aos homens que me deste do
mundo.” (João 17:6) Ele declarou: “É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é
somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.” (Mat. 4:10) Será que a sua
religião lhe ensinou que ‘é a Jeová que tem de adorar’? Chegou a conhecer a
Pessoa identificada por esse nome — seus propósitos, suas atividades, suas
qualidades — de modo a sentir que confiantemente pode aproximar-se dele?

(3) Demonstra-se verdadeira fé em Jesus Cristo? Isto envolve apreciar


o valor do sacrifício da vida humana de Jesus e de sua posição hoje como Rei
celestial. (João 3:36; Sal. 2:6-8) Tal apreço se demonstra pela obediência a
Jesus — pela participação pessoal e zelosa na obra que ele comissionou a seus
seguidores. A verdadeira religião infunde uma fé que é acompanhada de obras.
— Tia. 2:26.

(4) É em grande parte ritualística, uma formalidade, ou é um modo


de vida? Deus desaprova fortemente a religião que é mero formalismo. (Isa.
1:15-17) A verdadeira religião defende a norma bíblica da moralidade e da
linguagem pura, em vez de acompanhar sem firmeza as tendências populares. (1
Cor. 5:9-13; Efé. 5:3-5) Seus membros refletem os frutos do espírito de Deus
em sua vida. (Gál. 5:22, 23) Portanto, os que aderem à verdadeira religião
podem ser identificados porque sinceramente se esforçam em aplicar as normas
da Bíblia em sua vida, não só nos seus locais de reunião, mas na sua vida em
família, no seu trabalho secular, na escola e na recreação.

(5) Têm os seus membros realmente amor uns pelos outros? Jesus
disse: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor
entre vós.” (João 13:35) Tal amor transpõe as barreiras raciais, sociais e
nacionais, unindo pessoas em genuína fraternidade. Tão forte é esse amor que
as distingue como sendo verdadeiramente diferentes. Quando as nações entram
em guerra, quem são os que têm suficiente amor pelos seus irmãos cristãos de
314

outros países de modo a recusar pegar em armas para os matar? Assim fizeram
os primitivos cristãos.

(6) Está realmente separada do mundo? Jesus disse que seus


verdadeiros seguidores ‘não fariam parte do mundo’. (João 15:19) Para
adorarmos a Deus do modo como ele aprova é preciso que nos mantenhamos
“sem mancha do mundo”. (Tia. 1:27) Pode-se dizer isso das religiões cujos
clérigos e outros membros se imiscuem na política, ou cuja vida gira em grande
parte em torno de desejos materialistas e carnais? — 1 João 2:15-17.

(7) São seus membros testemunhas ativas a respeito do Reino de


Deus? Jesus predisse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a
terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat.
24:14) Que religião está realmente proclamando o Reino de Deus como a
esperança da humanidade em vez de incentivar as pessoas a voltar-se para o
governo humano em busca de solução de seus problemas? Será que a sua
religião equipou você para participar nessa atividade, e para fazer isso de casa
em casa, conforme Jesus ensinou seus apóstolos a fazer? — Mat. 10:7, 11-13;
Atos 5:42; 20:20.

Crêem as Testemunhas de Jeová que a religião


delas é a única verdadeira?

Veja as páginas 388, 389, sob “Testemunhas de Jeová”.

Por que é que algumas pessoas têm fé e outras não?

Veja o tópico geral “Fé”.

Se Alguém Disser —

‘Não tenho interesse em religião.’

Poderá responder: ‘Isso não me surpreende. Muitas pessoas têm a


mesma opinião. Permita-me perguntar-lhe: Pensou sempre assim?’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Uma das coisas que me impressionou foi descobrir que
quase nenhuma das principais doutrinas ensinadas nas igrejas hoje se encontra
315

na Bíblia. (Talvez possa usar o que se acha nas páginas 388, 389 sob
“Testemunhas de Jeová”, com ênfase especial no Reino. A título de contraste,
apresente o que as Testemunhas de Jeová crêem, segundo esboçado nas páginas
384, 385.)’

Veja também as páginas 16, 17.

‘Há muita hipocrisia na religião.’

Poderá responder: ‘Concordo. Muitos pregam uma coisa e fazem outra.


Mas, pergunto-lhe: O que acha da Bíblia? (Sal. 19:7-10)’

‘Eu levo uma vida correta. Não faço mal a


ninguém. Para mim, em questão de religião, isso
basta.’

Poderá responder: ‘Visto que diz que leva uma vida correta,
evidentemente tem prazer na vida, não é? . . . Gostaria de viver nas condições
descritas aqui em Revelação 21:4? . . . Note o que João 17:3 diz que é
necessário para a pessoa ter parte nisso.’

Veja também a página 311.

‘Não me interessa a religião organizada.


Eu creio que o que vale é a pessoa ter uma
relação pessoal com Deus.’

Poderá responder: ‘Sua observação me interessa. Teve sempre esse


conceito? . . . Já fez parte de algum grupo religioso no passado? . . . (Daí, talvez
possa usar a matéria das páginas 310-312.)’

‘Eu não aceito tudo o que se ensina na minha


igreja, mas não vejo motivo de mudar para outra.
Prefiro trabalhar em prol do melhoramento
dentro da minha igreja.’

Poderá responder: ‘Agradeço-lhe por me dizer isso. Tenho certeza que


concordará que o que realmente é importante para todos nós é termos a
aprovação de Deus, não acha?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Deus dá a
todos nós algo sério em que pensar, aqui em Revelação 18:4, 5. . . . Mesmo que
316

nós pessoalmente não pratiquemos as coisas erradas, a Bíblia mostra que


levamos parte da culpa se apoiamos essas organizações. (Veja também o tópico
geral “Babilônia, a Grande”.)’ (2) (Talvez possa usar também a matéria das
páginas 312-314.) (3) ‘Deus procura pessoas que amam a verdade, e ele as está
ajuntando para adoração unida. (João 4:23, 24)’

‘Todas as religiões são boas; cada um tem


a sua religião.’

Poderá responder: ‘Vejo que evidentemente é de mentalidade aberta.


Contudo, reconhece também que todos nós precisamos da orientação que a
Palavra de Deus provê, e não é por isso que tem uma religião?’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Aqui em Mateus 7:13, 14 a Bíblia nos provê uma
orientação muito valiosa, nas palavras de Jesus. (Leia.) . . . Por que é assim?’

Veja também as páginas 307, 308.

‘Conquanto a pessoa creia em Jesus, não importa


realmente a que igreja ela pertence.’

Poderá responder: ‘Não resta dúvida de que é de suma importância crer


em Jesus. E suponho que com isso quer dizer aceitar tudo o que ele ensinou.
Sem dúvida observou, como eu observei, que muitos que se dizem cristãos
realmente não vivem à altura do que esse nome representa.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Note o que Jesus disse aqui em Mateus 7:21-23.’ (2) ‘Há um
futuro maravilhoso para os que têm suficiente interesse em procurar saber qual
é a vontade de Deus e daí fazê-la. (Sal. 37:10, 11; Rev. 21:4)’

‘Que faz você pensar que há apenas uma


religião certa?’

Poderá responder: ‘Sem dúvida, há pessoas sinceras em quase todas as


religiões. Mas o que realmente conta é o que a Palavra de Deus diz. Quantas fés
verdadeiras menciona ela? Note o que está escrito aqui em Efésios 4:4, 5.’ Daí,
talvez possa acrescentar: (1) ‘Isto está de acordo com o que outros textos
317

dizem. (Mat. 7:13, 14, 21; João 10:16; 17:20, 21)’ (2) ‘Portanto, o desafio que
temos de enfrentar é identificar essa religião. Como podemos fazer isso?
(Talvez possa usar a matéria nas páginas 312-314.)’ (3) Veja também o que se
acha nas páginas 384, 385 sob o tópico “Testemunhas de Jeová”.)

‘Eu simplesmente leio a minha Bíblia em casa e


faço minhas orações a Deus, pedindo
entendimento.’

Poderá responder: ‘Já conseguiu ler a Bíblia inteira?’ Daí, talvez possa
acrescentar: ‘Ao prosseguir na leitura, notará algo muito interessante em
Mateus 28:19, 20. . . . Isto é importante, porque mostra que Cristo usa outros
humanos para nos ajudar a entender o que está envolvido em ser um verdadeiro
cristão. Em harmonia com isso, as Testemunhas de Jeová oferecem visitar as
pessoas nos seus lares por mais ou menos uma hora semanalmente, de modo
gratuito, para uma consideração bíblica. Posso tomar alguns minutos para lhe
mostrar como fazemos isso?’

Veja também a página 312.

‘Acho que religião é um assunto pessoal.’

Poderá responder: ‘Essa é uma opinião comum hoje em dia, e quando as


pessoas não estão realmente interessadas na mensagem da Bíblia, nós passamos
para outras casas, sem nos abater. Mas sabia que a razão de eu vir fazer-lhe esta
visita é que foi isso que Jesus instruiu seus seguidores a fazer? . . . (Mat. 24:14;
28:19, 20; 10:40)’

Resgate
Definição: Um preço pago para comprar algo de volta ou conseguir o
livramento de alguma obrigação ou circunstância indesejável. O mais
importante preço de resgate é o do sangue derramado de Jesus Cristo. Pagando
o valor desse resgate no céu, Jesus abriu o caminho para que a descendência de
Adão fosse libertada do pecado e da morte que todos herdamos por causa do
pecado de nosso primeiro pai, Adão.
318

Como foi a morte de Jesus Cristo diferente da de outros que se tornaram


mártires?

Jesus era um homem perfeito. Nasceu sem ser maculado pelo pecado, e
conservou essa perfeição por toda a sua vida. “Ele não cometeu pecado.” Era
“imaculado, separado dos pecadores”. — 1 Ped. 2:22; Heb. 7:26.

Era o Filho sem igual de Deus. O próprio Deus atestou isso audivelmente
desde os céus. (Mat. 3:17; 17:5) Este Filho vivia antes no céu; por intermédio
dele, Deus trouxera à existência todas as outras pessoas e coisas criadas no
inteiro universo. Para executar a Sua vontade, Deus transferira miraculosamente
a vida desse Filho para o ventre de uma moça virgem, para que ele nascesse
como humano. Para sublinhar que se tornara realmente um humano, Jesus
referia a si mesmo como Filho do homem. — Col. 1:15-20; João 1:14; Luc.
5:24.

Ele não era impotente diante de seus executores. Disse ele: “Entrego a
minha alma . . . Ninguém a tirou de mim, mas eu a entrego de minha própria
iniciativa.” (João 10:17, 18) Recusou pedir forças angélicas para intervirem em
seu favor. (Mat. 26:53, 54) Embora se permitisse a homens iníquos executar
seus planos para que fosse morto, sua morte foi verdadeiramente sacrificial.

Seu sangue derramado tem valor para prover livramento a outros. “O


Filho do homem veio, não para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar
a sua alma como resgate em troca de muitos.” (Mar. 10:45) Portanto, sua morte
foi muito mais do que um martírio por recusar transigir nas suas crenças.

Veja também a página 87, sob o tópico “Comemoração”.

Por que era necessário que o resgate fosse


provido do modo como foi, para
que pudéssemos ter vida eterna?

Rom. 5:12: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no


mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a
todos os homens, porque todos tinham pecado.” (Não importa quão
corretamente vivamos, somos todos pecadores desde que nascemos. [Sal. 51:5]
319

Não há meio de obtermos por merecimento o direito de viver para sempre.)

Rom. 6:23: “O salário pago pelo pecado é a morte.”

Sal. 49:6-9: “Aqueles que confiam nos seus meios de subsistência e que
se jactam da abundância das suas riquezas, nenhum deles pode de modo algum
remir até mesmo um irmão, nem dar a Deus um resgate por ele, (e o preço de
redenção da alma deles é tão precioso, que cessou por tempo indefinido,) que
ele ainda assim viva para sempre e não veja a cova.” (Nenhum humano
imperfeito pode prover os meios de livrar outro do pecado e da morte. Seu
dinheiro não pode comprar a vida eterna, e sua alma deposta na morte, sendo de
qualquer forma o salário que há de pagar, devido ao pecado, não tem valor para
livrar ninguém.)

Por que é que Deus não decretou simplesmente


que, embora Adão e Eva devessem morrer por causa
de sua rebelião, toda a descendência deles que
obedecesse a Deus poderia viver para sempre?

Porque Jeová “ama a justiça e o juízo”. (Sal. 33:5; Deut. 32:4; Jer. 9:24)
Portanto, o modo como ele lidou com a situação sustentou sua justiça, cumpriu
as exigências da justiça absoluta e, ao mesmo tempo, magnificou seu amor e
sua misericórdia. Como se dá isso?

(1) Adão e Eva não procriaram filhos antes de pecarem, de modo que
nenhum deles nasceu perfeito. Toda a descendência de Adão foi gerada no
pecado, e o pecado conduz à morte. Se Jeová tivesse simplesmente
desconsiderado isso, teria negado suas próprias normas de justiça. Deus não
poderia fazer isso e tornar-se assim cúmplice da injustiça. Ele não se esquivou
dos requisitos da justiça absoluta; de modo que nenhuma criatura inteligente
pode legitimamente achar defeito nisto. — Rom. 3:21-26.

(2) Sem desconsiderar os requisitos da justiça, como se poderia fazer


provisão para livrar os descendentes de Adão que demonstrassem obediência
amorosa a Jeová? Se um humano perfeito morresse sacrificialmente, a justiça
poderia permitir que essa vida perfeita provesse a cobertura dos pecados dos
que com fé aceitassem essa provisão. Visto que o pecado de um homem (de
Adão) causara que a inteira família humana fosse pecadora, o sangue
derramado de outro humano perfeito (com efeito, um segundo Adão), sendo de
320

valor correspondente, pôde equilibrar a balança da justiça. Visto Adão ser


pecador deliberado, não pôde beneficiar-se; mas, já que a penalidade que toda a
humanidade tinha de pagar pelo pecado seria paga assim por outra pessoa, a
descendência de Adão podia ser libertada. Mas, não existia tal humano perfeito.
A humanidade jamais poderia cumprir as exigências da justiça absoluta.
Portanto, como expressão de maravilhoso amor e por elevado preço pessoal, o
próprio Jeová fez essa provisão. (1 Cor. 15:45; 1 Tim. 2:5, 6; João 3:16; Rom.
5:8) O Filho unigênito de Deus estava disposto a fazer a sua parte. Deixando
humildemente sua glória celestial e tornando-se um humano perfeito, Jesus
morreu em favor da humanidade. — Fil. 2:7, 8.

Ilustração: Um chefe de família pode tornar-se criminoso e ser


condenado à morte. Seus filhos podem ficar sem recursos e irremediavelmente
endividados. Talvez seu bondoso avô intervenha em favor deles, fazendo
provisão por intermédio de um filho que vive com ele para que sejam pagas as
dívidas e se lhes abra a possibilidade de uma nova vida. Naturalmente, para que
os filhos se beneficiem, precisam aceitar o arranjo, e o avô talvez requeira,
razoavelmente, certas coisas como garantia de que os netos não imitarão o
proceder do pai.

A quem se aplicou primeiro o mérito do sacrifício


de Jesus, e com que objetivo?

Rom. 1:16: “[As] boas novas [a respeito de Jesus Cristo e seu papel no
propósito de Jeová] . . . são, de fato, o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que tem fé, primeiro para o judeu, e também para o grego.” (O convite
de se beneficiar da provisão de salvação por intermédio de Cristo foi estendido
primeiro aos judeus, daí aos não-judeus.)

Efé. 1:11-14: “Em união com [Cristo] também somos [os judeus,
incluindo o apóstolo Paulo] designados herdeiros [Herdeiros de quê? Do Reino
celestial], . . . a fim de que servíssemos para o louvor da sua glória, nós os que
temos sido os primeiros a esperar no Cristo. Mas vós também [cristãos tirados
das nações gentias, como o eram muitos em Éfeso] esperastes nele, depois de
terdes ouvido a palavra da verdade, as boas novas acerca da vossa salvação. Por
meio dele, também, depois de terdes crido, fostes selados com o prometido
321

espírito santo, que é penhor antecipado da nossa herança, com o propósito de


livrar por meio dum resgate a propriedade do próprio Deus, para o seu glorioso
louvor.” (Essa herança, conforme indicada em 1 Pedro 1:4, está reservada nos
céus. Revelação 14:1-4 indica que os que participam dela são 144.000 em
número. Junto com Cristo, estes servirão quais reis e sacerdotes sobre a
humanidade por 1.000 anos, durante os quais se cumprirá o propósito de Deus
para com a terra: que seja um paraíso povoado por descendentes perfeitos do
primeiro casal humano.)

Que outras pessoas se beneficiam hoje em dia


do sacrifício de Jesus?

1 João 2:2: “Ele [Jesus Cristo] é um sacrifício propiciatório pelos nossos


pecados [os do apóstolo João e de outros cristãos ungidos pelo espírito],
contudo, não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro [outros
da humanidade, aqueles cuja perspectiva de vida eterna na terra se tornou assim
possível].”

João 10:16: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas
também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só
rebanho, um só pastor.” (Estas “outras ovelhas” passam a estar sob o cuidado
amoroso de Jesus Cristo, enquanto o restante do “pequeno rebanho” dos
herdeiros do Reino ainda se encontra na terra; assim as “outras ovelhas” podem
associar-se com os herdeiros do Reino como parte do “um só rebanho”. Todos
eles gozam de muitos dos mesmos benefícios do sacrifício de Jesus, mas não de
modo idêntico, porque têm destinos diferentes.)

Rev. 7:9, 14: “Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que
nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas . .
. ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes
compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.’” (Portanto, os
membros desta grande multidão estão vivos quando começa a grande
tribulação, e têm uma posição limpa perante Deus porque exercem fé no
resgate. A justiça que lhes é atribuída em resultado disso lhes é suficiente para
serem preservados com vida na terra através da grande tribulação.)
322

Que bênçãos futuras serão usufruídas em resultado do resgate?

Rev. 5:9, 10: “Cantam um novo cântico, dizendo: ‘Digno és [o Cordeiro,


Jesus Cristo] de tomar o rolo e de abrir os seus selos, porque foste morto e com
o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e
nação, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre
a terra.’” (O resgate foi um fator essencial em abrir o caminho para a vida
celestial para os que governarão com Cristo. Em breve, todos os governantes do
novo governo da terra estarão nos seus tronos celestiais.)

Rev. 7:9, 10: “Eis uma grande multidão, que nenhum homem podia
contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e
diante do Cordeiro [Jesus Cristo, que morreu como cordeiro sacrificial],
trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam
com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no
trono, e ao Cordeiro.’” (A fé no sacrifício de Cristo é um fator essencial para a
sobrevivência desta grande multidão à grande tribulação.)

Rev. 22:1, 2: “E ele me mostrou um rio de água da vida, límpido como


cristal, correndo desde o trono de Deus e do Cordeiro, pelo meio de sua rua
larga. E deste lado do rio e daquele lado havia árvores da vida, produzindo doze
safras de frutos, dando os seus frutos cada mês. E as folhas das árvores eram
para a cura das nações.” (Assim, a aplicação do valor do sacrifício do Cordeiro
de Deus, Jesus Cristo, faz parte importante da provisão feita por Deus para
curar a humanidade de todos os efeitos do pecado, e possibilitá-la a usufruir a
vida eterna.)

Rom. 8:21: “A própria criação [a humanidade] será também liberta da


escravização à corrupção e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.”

O que se requer de nós para que


tiremos benefício duradouro do sacrifício
perfeito de Jesus?

João 3:36: “Quem exerce fé no Filho tem vida eterna; quem desobedece
ao Filho não verá a vida, mas o furor de Deus permanece sobre ele.”
323

Heb. 5:9: “Depois de [Jesus Cristo] ter sido aperfeiçoado, tornou-se


responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem.”

O que revela a provisão do resgate


sobre o que Deus sente pela humanidade?

1 João 4:9, 10: “Por meio disso é que se manifestou o amor de Deus em
nosso caso, porque Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que
ganhássemos a vida por intermédio dele. O amor é neste sentido, não que nós
tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou e enviou seu Filho como
sacrifício propiciatório pelos nossos pecados.”

Rom. 5:7, 8: “Dificilmente morrerá alguém por um justo; deveras, por um


homem bom, talvez, alguém ainda se atreva a morrer. Mas Deus recomenda a
nós o seu próprio amor, por Cristo ter morrido por nós enquanto éramos ainda
pecadores.”

Que efeito deve esta provisão ter sobre como


fazemos uso de nossa vida?

1 Ped. 2:24: “Ele mesmo levou os nossos pecados no seu próprio corpo,
no madeiro, a fim de que acabássemos com os pecados e vivêssemos para a
justiça.” (Em vista de tudo o que Jeová e seu Filho fizeram para nos purificar do
pecado, devemos procurar diligentemente vencer nossas tendências
pecaminosas. Deve ser completamente impensável fazermos intencionalmente
qualquer coisa que sabemos ser pecado!)

Tito 2:13, 14: “Cristo Jesus . . . se entregou por nós, a fim de nos livrar de
toda sorte de coisa que é contra a lei e purificar para si mesmo um povo
peculiarmente seu, zeloso de obras excelentes.” (O apreço por esta maravilhosa
provisão deve mover-nos a ter zelosa parte nessas obras que Cristo designou a
seus verdadeiros seguidores.)

2 Cor. 5:14, 15: “O amor de Cristo nos compele, porque foi isso o que
julgamos, que um só homem morreu por todos; de modo que, então, todos
tinham morrido; e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivessem
mais para si mesmos, mas para aquele que morreu por eles e foi levantado.”
324

Ressurreição
Definição: A·ná·sta·sis, a palavra grega traduzida por “ressurreição”, significa
literalmente “ficar de pé de novo”, e refere-se a levantar-se da morte. A
expressão mais completa “ressurreição dos (dentre os) mortos” é usada
repetidas vezes nas Escrituras. (Mat. 22:31; Atos 4:2; 1 Cor. 15:12) Em
hebraico é techiyáth ham·me·thím, que significa “revivificação dos mortos”.
(Mat. 22:23, nota ao pé da página da edição com referências da NM em inglês.)
A ressurreição envolve a reativação do padrão de vida da pessoa, padrão de
vida este que Deus guarda em sua memória. Segundo a vontade de Deus para
com o indivíduo, a pessoa será restaurada, quer num corpo humano, quer num
corpo espiritual, e ainda assim conservará sua identidade pessoal, tendo a
mesma personalidade e memórias que tinha quando morreu. A provisão da
ressurreição dos mortos é uma expressão magnífica da bondade imerecida de
Jeová; demonstra sua sabedoria e seu poder e é um meio pelo qual se cumprirá
seu propósito original para com a terra.

É a ressurreição o reencontro de uma alma


imaterial com o corpo físico?

Para que isso fosse possível, os humanos teriam de ter, naturalmente, uma
alma imaterial que pudesse separar-se do corpo físico. A Bíblia não ensina isso.
Tal idéia foi tomada da filosofia grega. O ensinamento bíblico a respeito da
alma é apresentado nas páginas 32-35. Para evidência quanto à origem da
crença da cristandade na alma imaterial, imortal, veja a página 36.

Foi Jesus ressuscitado num corpo de carne, e tem


ele agora no céu um corpo assim?

1 Ped. 3:18: “Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um
justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas
vivificado no espírito [“pelo Espírito”, Al; “no espírito”, IBB, BJ, PIB].” (Ao
ser ressuscitado dentre os mortos, Jesus foi produzido com um corpo espiritual.
No texto grego, as palavras “carne” e “espírito” são usadas para contrastar uma
da outra e ambas estão no dativo; portanto, se um tradutor verter “pelo espírito”
325

deverá também coerentemente dizer “pela carne”, ou, se disser “na carne”,
deverá também dizer “no espírito”.)

Atos 10:40, 41: “Deus ressuscitou a Este [Jesus Cristo] no terceiro dia e
lhe concedeu tornar-se manifesto, não a todo o povo, mas a testemunhas
designadas de antemão por Deus.” (Por que é que outros não o viram também?
Porque ele era criatura espiritual, e, quando materializou corpos carnais para se
tornar visível, como anjos no passado haviam feito, ele fez isso só na presença
de seus discípulos.)

1 Cor. 15:45: “Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem, Adão,
tornou-se alma vivente.’ O último Adão [Jesus Cristo, que era perfeito como
Adão o era ao ser criado] tornou-se espírito vivificante.”

Qual é o significado de Lucas 24:36-39 com respeito ao


corpo em que Jesus foi ressuscitado?

Luc. 24:36-39: “Enquanto [os discípulos] ainda falavam destas coisas, ele
mesmo estava em pé no meio deles e disse-lhes: ‘Paz seja convosco.’ Mas,
visto que estavam apavorados e tinham ficado amedrontados, imaginavam ver
um espírito. De modo que lhes disse: ‘Por que estais aflitos e por que é que se
levantam dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés, que sou
eu mesmo; apalpai-me e vede, porque um espírito não tem carne e ossos assim
como observais que eu tenho.’”

Os humanos não podem ver espíritos, de modo que os discípulos


evidentemente pensaram que estavam vendo uma aparição ou uma visão.
(Compare com Marcos 6:49, 50.) Jesus lhes assegurou que não se tratava de
uma aparição; eles podiam ver seu corpo de carne e podiam tocar nele, sentindo
os ossos; também comeu na presença deles. Similarmente, anjos no passado se
materializaram para serem vistos pelos homens; comeram e alguns até mesmo
se casaram e geraram filhos. (Gên. 6:4; 19:1-3) Depois de ressuscitar, Jesus não
apareceu sempre no mesmo corpo de carne (talvez para reforçar na mente deles
o fato de que ele era então espírito), e, assim, ele não foi reconhecido
imediatamente nem mesmo pelos seus associados íntimos. (João 20:14, 15;
21:4-7) Entretanto, aparecendo-lhes repetidamente em corpos materializados e,
daí, dizendo e fazendo coisas que eles identificariam com o Jesus que eles
326

conheciam, fortaleceu-lhes a fé no fato de que ele havia realmente ressuscitado


dentre os mortos.

Se os discípulos tivessem visto Jesus realmente no corpo que ele possui


agora no céu, Paulo não teria mencionado mais tarde que o glorificado Cristo é
“a representação exata do seu próprio ser [de Deus]”, porque Deus é Espírito e
nunca foi visto em carne. — Heb. 1:3; compare com 1 Timóteo 6:16.
A leitura dos relatos dos aparecimentos de Jesus após a ressurreição nos ajuda a
entendê-los corretamente, se guardarmos em mente 1 Pedro 3:18 e 1 Coríntios
15:45, citados nas páginas 324, 325.

Veja também as páginas 218, 219, sob “Jesus Cristo”.

Quem será ressuscitado para ter parte com


Cristo na vida celestial, e o que farão eles ali?

Luc. 12:32: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai
dar-vos o reino.” (Este não inclui todos os que exerceram fé; o número é
limitado. Há uma finalidade para esse estar nos céus.)

Rev. 20:4, 6: “Eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes


dado poder para julgar. . . . Feliz e santo é todo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas
serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.”

Veja também as páginas 80-86, sob o tópico “Céu”.

Terão por fim os ressuscitados para a vida celestial


corpos físicos glorificados no céu?

Fil. 3:20, 21: “O Senhor Jesus Cristo . . . remodelará o nosso corpo


humilhado para ser conforme ao seu corpo glorioso, segundo a operação do
poder que ele tem.” (Significa isso que é o corpo de carne que será finalmente
glorificado nos céus? Ou significa que, em vez de terem um corpo humilde de
carne, serão revestidos dum glorioso corpo espiritual, ao serem ressuscitados
para a vida celestial? Deixemos que o seguinte texto bíblico responda.)

1 Cor. 15:40, 42-44, 47-50: “Há corpos celestes e corpos terrestres; mas a
glória dos corpos celestes é de uma sorte e a dos corpos terrestres é de sorte
327

diferente. Assim também é a ressurreição dos mortos. . . . Semeia-se corpo


físico, é levantado corpo espiritual. . . . O primeiro homem [Adão] é da terra e
feito de pó; o segundo homem [Jesus Cristo] é do céu. Assim como é aquele
feito de pó, assim são também esses feitos de pó; e assim como é o celestial,
assim são também esses que são celestiais. E assim como temos levado a
imagem daquele feito de pó, levaremos também a imagem do celestial. No
entanto, digo isso, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de
Deus.” (Não há margem aqui para misturar as duas sortes de corpos ou para
levar para o céu um corpo carnal.)

Como demonstrou Jesus o que significará


a ressurreição para a humanidade em geral?

João 11:11, 14-44: “[Jesus disse a seus discípulos:] ‘Lázaro, nosso amigo,
foi descansar, mas eu viajo para lá para o despertar do sono.’ . . . Jesus disse-
lhes francamente: ‘Lázaro morreu.’ . . . Quando Jesus chegou, achou que
[Lázaro] já estava quatro dias no túmulo memorial. . . . Jesus disse-lhe [a Marta,
irmã de Lázaro]: ‘Eu sou a ressurreição e a vida.’ . . . Clamou com voz alta:
‘Lázaro, vem para fora!’ O homem que estivera morto saiu com os pés e as
mãos amarrados com faixas, e o seu semblante enrolado num pano. Jesus disse-
lhes: ‘Soltai-o e deixai-o ir.’” (Se Jesus tivesse chamado a Lázaro de volta de
um estado de beatitude numa outra vida, não teria sido nenhuma bondade. Mas
o fato de Jesus levantar a Lázaro de um estado sem vida foi bondade tanto para
ele como para suas irmãs. Lázaro passou a ser novamente um humano vivente.)

Mar. 5:35-42: “Vieram alguns homens da casa do presidente da sinagoga


e disseram: ‘Tua filha morreu! Por que incomodar ainda o instrutor?’ Mas
Jesus, ouvindo a palavra falada, disse ao presidente da sinagoga: ‘Não temas,
apenas exerce fé.’ . . . Tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os com ele, e
entrou onde estava a menina. E, tomando a mão da menina, disse-lhe: ‘Talita
cumi’, que, traduzido, significa: ‘Donzela, digo-te: Levanta-te!’ E a donzela
levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos de idade. E
eles ficaram logo fora de si com grande êxtase.” (Quando a ressurreição geral
328

ocorrer na terra durante o Reino milenar de Cristo, sem dúvida muitos milhões
de pais e sua descendência ficarão extremamente alegres quando forem
reunidos.)

Que perspectivas há para os que serão


ressuscitados para a vida na terra?

Luc. 23:43: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (A


terra inteira será transformada num paraíso sob o domínio de Cristo qual Rei.)

Rev. 20:12, 13: “Eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante


do trono, e abriram-se rolos. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações. . .
. Foram julgados individualmente segundo as suas ações.” (O fato de se abrirem
rolos indica evidentemente um tempo de instrução sobre a vontade divina, em
harmonia com Isaías 26:9. O fato de se abrir “o rolo da vida” indica que há
oportunidade aos que seguem tal instrução para que seus nomes sejam escritos
nesse rolo. Estará diante deles a perspectiva de vida eterna em perfeição
humana.)

Veja também as páginas 299-304, sob “Reino”.

Serão alguns ressuscitados simplesmente para


que se pronuncie julgamento contra eles, sendo em
seguida entregues à segunda morte?

Qual é o significado de João 5:28, 29? Diz ali: “Todos os que estão nos
túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para
uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição
de julgamento.” O que Jesus disse aqui precisa ser entendido à luz da revelação
posterior que ele deu a João. (Veja Revelação 20:12, 13, citado acima.) Tanto
os que fizeram boas coisas como os que antes fizeram coisas ruins serão
“julgados individualmente segundo as suas ações”. Que ações? Se adotássemos
a idéia de que as pessoas seriam condenadas à base de ações na sua vida
passada, isso não se harmonizaria com Romanos 6:7: “Aquele que morreu foi
absolvido do seu pecado.” Tampouco haveria lógica em ressuscitar pessoas
simplesmente para serem destruídas. Portanto, em João 5:28, 29a, Jesus estava
329

indicando a ressurreição no futuro; daí, no restante do versículo 29 de Jo. 5,


disse qual seria o resultado depois de serem soerguidas à perfeição humana e de
serem julgadas.

Que indica Revelação 20:4-6 quanto aos que serão


ressuscitados na terra?

Rev. 20:4-6: “Eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes


dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo
testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus . . . E
passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos. (Os demais mortos não
passaram a viver até terem terminado os mil anos.) Esta é a primeira
ressurreição. Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus
e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.”

Usam-se parêntesis na NM e CBC para ajudar o leitor a relacionar o que


segue à declaração parentética com o que a precede. Conforme claramente
expresso, não são “os demais mortos” que participam da primeira ressurreição.
Essa ressurreição é para os que reinarão com Cristo por mil anos. Significa isso
que não haverá outros dentre a humanidade que viverão durante os mil anos a
não ser os que reinarão no céu com Cristo? Não; porque se esse fosse o caso,
significaria que não haveria ninguém a favor de quem serviriam quais
sacerdotes, e seu domínio seria um globo desolado.

Quem são então “os demais mortos”? São todos os dentre a humanidade
que morreram em resultado do pecado adâmico e os que, embora sobreviventes
da grande tribulação ou os que venham a nascer durante o Milênio, precisam ser
livrados dos efeitos mortíferos de tal pecado. — Compare com Efésios 2:1.

Em que sentido não ‘passam a viver’ até terem terminado os mil anos?
Isso não significa sua ressurreição. Esta expressão “passaram a viver” envolve
muito mais do que meramente existirem quais humanos. Significa atingirem a
perfeição humana, livre de todos os efeitos do pecado adâmico. Note que a
referência a isso no versículo 5 de Rev. 20 ocorre imediatamente após o
versículo precedente dizer que os que estarão no céu “passaram a viver”. No
caso deles, significa uma vida livre de todos os efeitos do pecado; são até
330

mesmo favorecidos de modo especial com a imortalidade. (1 Cor. 15:54) Com


respeito aos “demais mortos”, deve, pois, significar a plenitude da vida em
perfeição humana.

Quem são os que estarão incluídos na ressurreição


terrestre?

João 5:28, 29: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [a voz de Jesus] e
sairão.” (A palavra grega traduzida “túmulos memoriais” não é o plural de
tá·fos [sepultura, um lugar individual de sepultamento] nem de haí·des
[sepulcro de modo geral, o sepulcro comum da humanidade morta], mas é o
plural no dativo de mne·meí·on [túmulo recordativo, memorial]. Coloca ênfase
na preservação da memória da pessoa falecida. Não aqueles cuja memória foi
apagada na Geena por causa de pecados imperdoáveis, mas as pessoas
lembradas por Deus serão ressuscitadas com a oportunidade de vida eterna. —
Mat. 10:28; Mar. 3:29; Heb. 10:26; Mal. 3:16.)

Atos 24:15: “Eu tenho esperança para com Deus . . . de que há de haver
uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” (Tanto os que viveram em
harmonia com os caminhos justos de Deus como as pessoas que, por
ignorância, fizeram coisas injustas irão ressuscitar. A Bíblia não responde a
todas as nossas perguntas sobre se certos indivíduos específicos que morreram
vão ressuscitar. Mas podemos confiar que Deus, que conhece todos os fatos,
agirá de modo imparcial, usando de justiça temperada com misericórdia, que
não desconsidera suas normas justas. Compare com Gênesis 18:25.)

Rev. 20:13, 14: “O mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades


entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas
ações. E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a
segunda morte, o lago de fogo.” (Portanto, aqueles cuja morte foi causada pelo
pecado adâmico serão ressuscitados, quer tenham sido enterrados no mar, quer
no Hades, o túmulo comum terrestre da humanidade morta.)

Veja também o tópico geral “Salvação”.


331

Se bilhões hão de ressuscitar dentre os mortos,


onde morarão todos eles?

Uma estimativa muito liberal do número de pessoas que já viveram na


terra é de 20.000.000.000. Conforme vimos, nem todos esses serão
ressuscitados. Mas, mesmo supondo que todos o fossem, haveria amplo espaço.
A superfície da terra é atualmente de cerca de 147.600.000 quilômetros
quadrados de terra. Se se reservasse metade disso para outros fins, restariam
ainda cerca de 3.700 metros quadrados por pessoa, que podem prover mais do
que o suficiente alimento. A raiz do problema da atual falta de alimento não é
que a terra não possa produzir suficiente alimento, mas, antes, é a rivalidade
política e a ganância comercial.

Veja também a página 383, sob o tópico “Terra”.

Sábado
Definição: Sábado vem do hebraico sha·váth, que significa “descansar, cessar,
desistir”. O sistema sabático, prescrito na Lei mosaica, incluía um dia sabático
semanal, também certo número de especificados dias adicionais durante o ano,
bem como o sétimo ano e o qüinquagésimo ano. O sábado semanal dos judeus,
o sétimo dia da semana calendar deles, é desde o pôr-do-sol, na sexta-feira, até
o pôr-do-sol, no sábado. Muitos cristãos professos têm guardado
tradicionalmente o domingo como o dia de descanso e de culto; outros aderem
ao dia reservado no calendário judaico.

Têm os cristãos a obrigação de guardar


um dia de sábado semanal?

Êxo. 31:16, 17: “Os filhos de Israel têm de guardar o sábado, a fim de
celebrar o sábado nas suas gerações. É um pacto por tempo indefinido [“pacto
perpétuo”, IBB]. É um sinal entre mim e os filhos de Israel por tempo
indefinido.” (Note que a guarda do sábado era um sinal entre Jeová e Israel; não
seria assim se todos os demais estivessem sob a obrigação de guardar o sábado.
A palavra hebraica vertida aqui “perpétuo” em IBB é ‛oh·lám, que significa
332

basicamente um período de tempo que, do ponto de vista do presente, é


indefinido ou escondido da vista, mas de longa duração. Pode significar para
sempre, mas não necessariamente. Em Números 25:13, a mesma palavra
hebraica se aplica ao sacerdócio, que mais tarde terminou, segundo Hebreus
7:12.)

Rom. 10:4: “Cristo é o fim da Lei, para que todo aquele que exercer fé
possa ter justiça.” (A guarda do sábado fazia parte dessa Lei. Deus usou a
Cristo para pôr fim àquela Lei. Alcançar alguém a justiça perante Deus depende
da sua fé em Cristo, não da guarda do sábado semanal.) (Também Gálatas 4:9-
11; Efésios 2:13-16.)

Col. 2:13-16: “[Deus] nos perdoou bondosamente todas as nossas falhas e


apagou o documento manuscrito que era contra nós, que consistia em decretos e
que estava em oposição a nós . . . Portanto, nenhum homem vos julgue pelo
comer ou pelo beber, ou com respeito a uma festividade ou à observância da lua
nova ou dum sábado.” (Se uma pessoa que estava sob a Lei mosaica fosse
julgada culpada de profanar o sábado, tinha de ser apedrejada até à morte pela
inteira congregação, segundo Êxodo 31:14 e Números 15:32-35. Muitos que
argumentam a favor de se guardar o sábado têm motivos de se alegrar de que
não estamos debaixo dessa Lei. Conforme indicado no texto bíblico citado aqui,
para alguém ter uma condição de aprovação perante Deus não mais precisa
seguir o requisito de guardar o sábado dado a Israel.)

Como é que o domingo veio a ser o dia principal de


adoração para muitos na cristandade?

Embora Cristo fosse ressuscitado no primeiro dia da semana (hoje


chamado domingo), não há instrução na Bíblia para se reservar esse dia da
semana como sagrado.

“A retenção do antigo nome pagão de ‘Dies Solis’, ou ‘Sunday’


[‘domingo’, em inglês, significando ‘dia do sol’] para o festival cristão,
semanal, é, em grande parte, devido à união do sentimento pagão e [o assim
chamado] cristão, à base da qual o primeiro dia da semana foi recomendado por
Constantino [num edito em 321 EC] a seus súditos, tanto pagãos como cristãos,
como o ‘dia venerável do Sol’. . . . Foi o seu modo de harmonizar as
discordantes religiões do Império sob uma instituição comum.” — Lectures on
the History of the Eastern Church (Nova Iorque, 1871), de A. P. Stanley, p.
291.
333

Foi a ordem de guardar o sábado dada a


Adão, tornando-a assim obrigatória a toda a
sua descendência?

Jeová Deus passou a descansar de suas obras de criação material,


terrestre, depois de preparar a terra para a habitação humana. Isto está declarado
em Gênesis 2:1-3. Mas, nada nos escritos da Bíblia diz que Deus tenha
orientado Adão a guardar o sétimo dia de cada semana como um sábado.

Deut. 5:15: “Tens de lembrar-te de que te [Israel] tornaste escravo na terra


do Egito e que Jeová, teu Deus, passou a fazer-te sair de lá com mão forte e
braço estendido. É por isso que Jeová, teu Deus, te mandou observar o dia de
sábado.” (Jeová relaciona aqui o dar ele a lei do sábado com a libertação de
Israel da escravidão no Egito, não com eventos no Éden.)

Êxo. 16:1, 23-29: “Toda a assembléia dos filhos de Israel chegou


finalmente ao ermo de Sim . . . no dia quinze do segundo mês depois da sua
saída da terra do Egito. . . . [Moisés] lhes disse: ‘É o que Jeová falou. Amanhã
haverá a observância sabática dum santo sábado para Jeová. . . . Seis dias haveis
de apanhá-lo [o maná], mas o sétimo dia é um sábado. Não se formará nele.’ . . .
Jeová disse a Moisés: . . . ‘Notai o fato de que Jeová vos deu o sábado.’” (Antes
disso, demarcavam-se semanas de sete dias cada uma, mas esta é a primeira
menção que se faz da observância dum sábado.)

É a Lei mosaica dividida em parte “cerimonial”


e parte “moral”, e está em vigor a “lei moral”
(os Dez Mandamentos) para os cristãos?

Fez Jesus referência à Lei de tal modo que indicasse divisão dela em
duas partes?

Mat. 5:17, 21, 23, 27, 31, 38: “Não penseis que vim destruir a Lei ou os
Profetas. Não vim destruir, mas cumprir.” Note agora o que Jesus incluiu nos
seus comentários adicionais. “Ouvistes que se disse aos dos tempos antigos:
‘Não deves assassinar [Êxo. 20:13; o Sexto Mandamento]’ . . . Se tu, pois,
trouxeres a tua dádiva ao altar [Deut. 16:16, 17; não faz parte dos Dez
Mandamentos] . . . Ouvistes que se disse: ‘Não deves cometer adultério [Êxo.
20:14; o Sétimo Mandamento].’ Outrossim, foi dito: ‘Quem se divorciar de sua
334

esposa, dê-lhe certificado de divórcio [Deut. 24:1; não faz parte dos Dez
Mandamentos].’ Ouvistes que se disse: ‘Olho por olho e dente por dente [Êxo.
21:23-25; não faz parte dos Dez Mandamentos].’” (Portanto, Jesus misturou
referências aos Dez Mandamentos com referências a outras partes da Lei, sem
fazer distinção entre eles. Devemos nós diferenciá-los?)

Quando se perguntou a Jesus: “Instrutor, qual é o maior mandamento na


Lei?” será que ele isolou os Dez Mandamentos? Ao contrário, replicou: “‘Tens
de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a
tua mente.’ Este é o maior e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois
mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mat. 22:35-40) Se alguns se
apegarem aos Dez Mandamentos (Deut. 5:6-21), dizendo que são obrigatórios
aos cristãos, mas que o resto não é, não estão realmente rejeitando o que Jesus
disse (citando de Deut. 6:5; Lev. 19:18) sobre quais são os maiores
mandamentos?

Quando a Bíblia menciona que a Lei mosaica


terminou, diz ela diretamente que os Dez Mandamentos
estavam incluídos naquilo que chegou ao fim?

Rom. 7:6, 7: “Agora fomos exonerados da Lei, porque morremos para


com aquilo que nos segurava . . . O que diremos, então? É a Lei pecado? Que
nunca se torne tal! Realmente, eu não teria chegado a conhecer o pecado, se não
fosse a Lei; e, por exemplo, eu não teria conhecido a cobiça, se a Lei não
dissesse: ‘Não deves cobiçar.’” (Aqui, imediatamente depois de escrever que os
cristãos judeus haviam sido “exonerados da Lei”, que exemplo da Lei cita
Paulo? O Décimo Mandamento, mostrando assim que estava incluído na Lei da
qual eles foram exonerados.)

2 Cor. 3:7-11: “Se o código que administra a morte e que foi gravado com
letras em pedras veio a existir em glória, de modo que os filhos de Israel não
podiam fitar atentamente os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do
seu rosto, glória que havia de ser eliminada, por que não deve a administração
do espírito ser com muito mais glória? . . . Pois, se aquilo que havia de ser
eliminado foi introduzido com glória, muito mais glória teria aquilo que
permanece.” (Menciona-se aqui um código que foi “gravado com letras em
335

pedras”, e diz-se que “os filhos de Israel não podiam fitar atentamente os olhos
no rosto de Moisés” na ocasião em que lhes foi entregue. Que descreve isso?
Êxodo 34:1, 28-30 mostra que isto foi quando lhes foram entregues os Dez
Mandamentos; estes eram os mandamentos gravados em pedra. Obviamente
estes estão incluídos no que o texto diz aqui que “havia de ser eliminado”.)

Será que a eliminação da Lei mosaica, incluindo


os Dez Mandamentos, dá a entender que se tira
toda a restrição moral?

De forma alguma; muitas das normas de moral estabelecidas nos Dez


Mandamentos foram expressas novamente nos livros inspirados das Escrituras
Gregas Cristãs. (Contudo, não se expressou novamente a lei do sábado.) Mas,
não importa quão boa uma lei seja, enquanto as inclinações para o pecado
dominarem os desejos de uma pessoa, haverá violação da lei. Entretanto, com
respeito ao novo pacto, que substituiu o pacto da Lei, Hebreus 8:10 diz: “‘Pois,
este é o pacto que celebrarei com a casa de Israel depois daqueles dias’, diz
Jeová. ‘Porei as minhas leis na sua mente e as escreverei nos seus corações. E
eu me tornarei seu Deus e eles é que se tornarão meu povo.’” Quanto mais
eficazes são essas leis do que as gravadas em tábuas de pedra!

Rom. 6:15-17: “Cometeremos pecado porque não estamos debaixo de lei,


mas debaixo de benignidade imerecida? Que isso nunca aconteça! Não sabeis
que, se persistirdes em vos apresentar a alguém como escravos, para lhe
obedecer, sois escravos dele, porque lhe obedeceis, quer do pecado, visando a
morte, quer da obediência, visando a justiça? Mas, graças a Deus que éreis
escravos do pecado, mas vos tornastes obedientes de coração àquela forma de
ensino a que fostes entregues.” (Veja também Gálatas 5:18-24.)

Que sentido tem para os cristãos


o sábado semanal?

Há “um descanso sabático” do qual os cristãos participam diariamente.


Hebreus 4:4-11 diz: “Num lugar [Gênesis 2:2] ele [Deus] disse do sétimo dia o
336

seguinte: ‘E Deus descansou no sétimo dia de todas as suas obras’, e


novamente, neste lugar [Salmo 95:11]: ‘Não entrarão no meu descanso.’
Portanto, visto que resta que alguns entrem nele, e os a quem se declararam
primeiro as boas novas não entraram, por causa de desobediência, ele especifica
novamente certo dia, por dizer, depois de tanto tempo, no salmo de Davi
[Salmo 95:7, 8]: ‘Hoje’, assim como já foi dito: ‘Hoje, se escutardes a sua
própria voz, não endureçais os vossos corações.’ Pois, se Josué os tivesse
conduzido a um lugar de descanso, Deus não teria depois falado de outro dia.
De modo que resta um descanso sabático para o povo de Deus. Porque o
homem que entrou no descanso de Deus descansou também das suas próprias
obras, assim como Deus das suas. Façamos, portanto, o máximo para entrar
naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de
desobediência.”

Insta-se com os cristãos aqui para que descansem de quê? Das “suas
próprias obras”. Que obras? Obras por meio das quais procuravam antes
mostrar-se justos. Não mais crêem que podem ganhar a aprovação de Deus e a
vida eterna seguindo certas regras e observâncias. Esse foi o erro dos judeus
sem fé, que, por ‘buscarem estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à
justiça de Deus’. (Rom. 10:3) Os verdadeiros cristãos reconhecem que todos
nós nascemos pecadores e que é só pela fé no sacrifício de Cristo que uma
pessoa pode ter uma posição justa perante Deus. Esforçam-se em levar a sério
todos os ensinamentos do Filho de Deus e pô-los em prática. Aceitam
humildemente os conselhos e as repreensões provenientes da Palavra de Deus.
Isto não quer dizer que pensam que desta forma podem ganhar à base de mérito
próprio a aprovação de Deus; ao invés, o que fazem é expressão de seu amor e
de sua fé. Por tal proceder na vida, evitam o “exemplo de desobediência” da
nação judaica.

O “sétimo dia”, mencionado em Gênesis 2:2, não era apenas um dia de 24


horas. (Veja a página 98, debaixo do tópico “Criação”.) Similarmente, o
“descanso sabático”, no qual os verdadeiros cristãos participam, não se limita a
um dia de 24 horas. Por exercerem fé e obedecerem ao conselho bíblico, eles o
usufruem diariamente, e farão isso especialmente no novo sistema de Deus.
337

Há um descanso “sabático” de mil anos no futuro


para a humanidade.

Mar. 2:27, 28: “[Jesus] prosseguiu assim a dizer-lhes: ‘O sábado veio à


existência por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; portanto,
o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado.’”

Jesus sabia que Jeová instituíra o sábado como sinal entre Deus e Israel, e
que se destinava a trazer-lhes alívio de suas labutas. Jesus sabia também que a
sua própria morte proveria a base para que a Lei mosaica fosse posta de lado
como tendo tido cumprimento nele. Ele reconhecia que a Lei, com o requisito
do sábado, era “uma sombra das boas coisas vindouras”. (Heb. 10:1; Col. 2:16,
17) Com relação a essas “boas coisas” há um “sábado” do qual ele há de ser
Senhor.

Qual Senhor dos senhores, Cristo governará toda a terra por mil anos.
(Rev. 19:16; 20:6; Sal. 2:6-8) Enquanto estava na terra, Jesus realizou
misericordiosamente algumas das suas mais surpreendentes obras de cura no
sábado, demonstrando assim a espécie de alívio que ele trará a pessoas de todas
as nações durante seu Reino milenar. (Luc. 13:10-13; João 5:5-9; 9:1-14) Os
que reconhecem o verdadeiro significado do sábado terão oportunidade de
também se beneficiar desse descanso “sabático”.

Se Alguém Disser —
‘Os cristãos precisam guardar o sábado.’

Poderá responder: ‘Posso perguntar por que pensa assim?’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Não acha que o que a Bíblia diz é que deve
definitivamente orientar nosso modo de pensar sobre o assunto? . . . Há alguns
textos bíblicos que achei muito úteis sobre esse assunto. Permita-me mostrar-
lhe. (Use então partes apropriadas da matéria nas páginas precedentes.)’

‘Por que vocês não guardam o sábado?’

Poderá responder: ‘Minha resposta depende de que sábado tem em


mente. Sabia que a Bíblia fala sobre mais de um sábado? . . . Deus deu leis
sabáticas aos judeus. Mas, sabia que a Bíblia fala de uma espécie diferente de
338

sábado que os cristãos precisam guardar?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1)
‘Não guardamos um dia da semana como dia sabático, porque a Bíblia diz que
esse requisito “havia de ser eliminado”. (2 Cor. 3:7-11; veja comentários a
respeito disso nas páginas 334, 335.)’ (2) ‘Mas há um sábado que guardamos,
sim, regularmente. (Heb. 4:4-11; veja as páginas 335, 336.)’

Salvação
Definição: Preservação ou livramento do perigo ou da destruição. Tal
livramento pode ser das mãos de opressores ou perseguidores. Para todos os
verdadeiros cristãos, Jeová provê, por meio de seu Filho, o livramento do atual
sistema iníquo de coisas, bem como a salvação da escravidão ao pecado e à
morte. Para uma grande multidão de servos fiéis de Jeová que vivem durante os
“últimos dias”, a salvação incluirá serem preservados através da grande
tribulação.

Irá Deus, na sua grande misericórdia, por fim


salvar toda a humanidade?

Indica 2 Pedro 3:9 que haverá salvação universal? Este diz: “Não retarda
o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é
longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça [“não quer que
ninguém seja destruído”, BLH], senão que todos cheguem ao arrependimento.”
(ALA) É o desejo misericordioso de Deus que todos os descendentes de Adão se
arrependam, e ele generosamente fez provisão para o perdão de pecados dos
que se arrependem. Mas ele não força ninguém a aceitar essa provisão.
(Compare com Deuteronômio 30:15-20.) Muitos a rejeitam. São como alguém
que se está afogando e repele o salva-vidas que lhe é lançado por alguém que
deseja socorrê-lo. Deve-se notar, porém, que a alternativa ao arrependimento
não é a eternidade no fogo do inferno. Conforme mostra 2 Pedro 3:9, os que
não se arrependem perecerão, ou serão “destruídos”. O versículo 7 de 2 Ped. 3
(ALA) fala também da “destruição dos homens ímpios”. Não há aqui a idéia de
salvação universal. — Veja também o tópico geral “Inferno”.
339

Será que 1 Coríntios 15:22 prova que todos os humanos por fim serão
salvos? Este texto diz: “Assim como em Adão todos morrem, assim também
todos serão vivificados em Cristo.” (ALA) Conforme indicado nos versículos
circundantes, o que se considera aqui é a ressurreição. Quem são os que serão
ressuscitados? Todos aqueles cuja morte se deve ao pecado adâmico (veja o
versículo 21 de 1 Cor 15), mas que também não cometeram as transgressões
intencionais indicadas em Hebreus 10:26-29. Assim como Jesus foi
ressuscitado do Hades (Atos 2:31), também todos os outros que estão no Hades
serão ‘vivificados’ por meio da ressurreição. (Rev. 1:18; 20:13) Ganharão todos
estes a salvação eterna? Essa oportunidade lhes será aberta, mas nem todos
aproveitarão isso, conforme indica João 5:28, 29, que mostra que o resultado
para alguns será o “julgamento” adverso.

Que dizer de textos como Tito 2:11, que fala da “salvação a todos os
homens”, segundo a versão Al? Outros textos, tais como João 12:32, Romanos
5:18 e 1 Timóteo 2:3, 4, dão uma idéia similar na Al, ALA, BLH, NTI, etc. As
expressões gregas vertidas “todos” nesses versículos são formas infletidas da
palavra pas. Conforme indicado no Expository Dictionary of New Testament
Words, de Vine (Londres, 1962, Vol. I, p. 46), pas pode também significar
“toda espécie ou variedade”. Portanto, nos versículos acima, em vez de “todos”,
poderia ser usada a expressão “toda espécie de”; ou “toda sorte de”, como se faz
na NM. Qual é o certo — “todos” ou a idéia transmitida por “toda sorte de”?
Bem, qual é o modo de verter que também está em harmonia com o resto da
Bíblia? O último. Considere Atos 10:34, 35; Revelação 7:9, 10; 2
Tessalonicenses 1:9. (Note: Outros tradutores também reconhecem este sentido
da palavra grega, conforme se vê do modo como a verteram em Mateus 5:11 —
“todo tipo de”, BMD, BLH; “toda espécie de”, LR; “toda a sorte de”, BF.)

Existem textos bíblicos que mostram definitivamente


que alguns nunca serão salvos?

2 Tes. 1:9, ALA: “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da


face do Senhor e da glória do seu poder.” (Grifo acrescentado.)
Rev. 21:8, ALA: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos
abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos
340

os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a
saber, a segunda morte.”

Mat. 7:13, 14, IBB: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e
espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos
são os que a encontram.”

Uma vez que uma pessoa está salva, está salva


para sempre?

Judas 5, Al: “Quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto,
que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu
depois os que não creram.” (Grifo acrescentado.)

Mat. 24:13, Al: “Aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Assim, a
salvação final da pessoa não é determinada no momento em que começa a
depositar fé em Jesus.)

Fil. 2:12, ALA: “Como sempre obedecestes, não só na minha presença,


porém muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com
temor e tremor.” (Isto foi dirigido aos “santos” em Filipos, conforme declarado
em Filipenses 1:1. Paulo instou com eles para que não ficassem excessivamente
confiantes, mas que compreendessem que a salvação final deles ainda não
estava assegurada.)

Heb. 10:26, 27, ALA: “Se vivermos deliberadamente em pecado, depois


de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício
pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo
vingador prestes a consumir os adversários.” (Assim, a Bíblia não apóia a idéia
de que, não importa que pecado a pessoa cometa depois de estar “salva”, não
perderá sua salvação. Ela incentiva fidelidade. Veja também Hebreus 6:4-6,
onde se mostra que mesmo uma pessoa ungida com espírito santo pode perder a
esperança de salvação.)

É preciso algo mais do que fé para


se ganhar a salvação?

Efé. 2:8, 9, ALA: “Pela graça [“benignidade imerecida”, NM] sois salvos,
341

mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que
ninguém se glorie.” (A inteira provisão de salvação é uma expressão da
benignidade imerecida de Deus. Não há meio de um descendente de Adão
poder ganhar a salvação de per si, não importa quão nobres sejam as suas obras.
A salvação é uma dádiva da parte de Deus, conferida aos que depositam fé no
valor expiatório de pecados do sacrifício de seu Filho.)

Heb. 5:9, ALA: “[Jesus] tornou-se o Autor da salvação eterna para todos
os que lhe obedecem.” (Grifo acrescentado.) (Está isto em contradição com a
declaração de que os cristãos são ‘salvos mediante a fé’? Não, de forma alguma.
A obediência simplesmente demonstra que sua fé é genuína.)

Tia. 2:14, 26, ALA: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que
tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Porque, assim
como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (A
pessoa não ganha por mérito próprio a salvação mediante suas obras. Mas, todo
aquele que tiver genuína fé terá obras que a acompanham — obras de
obediência aos mandamentos de Deus e de Cristo, obras que demonstram sua fé
e seu amor. Sem tais obras, a sua fé está morta.)

Atos 16:30, 31, Al: “Senhores, que é necessário que eu faça para me
salvar? E eles [Paulo e Silas] disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás
salvo, tu e a tua casa.” (Se esse homem e a sua casa creram realmente, será que
não agiram em harmonia com a sua crença? Certamente que sim.)

Se Alguém Disser —
‘Já estou salvo.’

Poderá responder: ‘Alegro-me de saber isso, porque significa que


acredita em Jesus Cristo. A obra em que estou participando foi o que Jesus
comissionou seus seguidores a fazer, isto é, falar aos outros sobre o
estabelecimento do seu Reino. (Mat. 24:14)’ Daí, talvez possa acrescentar:
(1) ‘O que é esse Reino? Que significará a vinda deste para o mundo? (Dan.
2:44)’ (2) ‘Que condições haverá aqui na terra sob esse governo celestial? (Sal.
37:11; Rev. 21:3, 4)’

Ou poderá dizer: ‘Então, aprecia o que o apóstolo Pedro disse, aqui em


342

Atos 4:12, não é? . . . Já se perguntou por meio de quem foi o nome de Jesus
dado a nós para que nele depositemos fé? Daí, talvez possa acrescentar: (1)
‘O próprio Jesus nos informa. (João 17:3)’ (2) ‘Note que Jesus disse que ele
tornou conhecido o nome de seu Pai. (João 17:6) Qual é o nome pessoal Dele?
Que associações isso lhe faz lembrar? (Êxo. 3:15; 34:5-7)’

‘Já está salvo?’

Poderá responder: ‘Até agora, estou. Digo isso porque conheço também
o conselho da Bíblia para não ficarmos excessivamente confiantes em nossa
posição. Conhece esse texto? (1 Cor. 10:12)’ Daí, talvez possa acrescentar:
‘Qual é a razão disso? A pessoas que haviam nascido de novo e que tinham a
esperança da vida no céu (Heb. 3:1), o apóstolo Paulo escreveu . . . (Heb. 3:12-
14) É aumentando no conhecimento da Palavra de Deus que fortalecemos nossa
fé.’

Ou poderá dizer: ‘Eu poderia responder-lhe dizendo simplesmente Sim.


Mas sabia que a Bíblia fala sobre mais de uma salvação? Por exemplo, já
considerou o significado de Revelação 7:9, 10, 14? . . . Portanto, haverá pessoas
que serão salvas através da vindoura grande tribulação, para viverem aqui
mesmo na terra. (Mat. 5:5)’

‘Aceita Jesus como seu Salvador pessoal?’

Veja as páginas 220, 221, debaixo do tópico “Jesus Cristo”.

‘Vocês dizem que apenas 144.000 serão salvos.’

Poderá responder: ‘Estou contente que tocou nesse assunto, assim


poderei dizer-lhe o que realmente cremos. A salvação está à disposição de
tantas pessoas quantas demonstrarem verdadeira fé na provisão que Deus fez
por meio de Jesus. Mas a Bíblia diz que apenas 144.000 irão para o céu para
estarem com Cristo. Já viu isso na Bíblia? . . . Acha-se aqui em Revelação 14:1,
3.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘O que farão eles no céu? (Rev. 20:6)’
(2) ‘É óbvio que reinarão sobre alguém. Sobre quem? . . . (Mat. 5:5; 6:10)’
343

Sangue
Definição: Um fluido verdadeiramente maravilhoso que circula no sistema
vascular dos humanos e da maioria dos animais multicelulares, fluido este que
supre nutrientes e oxigênio, drena os produtos residuais e desempenha um papel
importante em proteger o organismo contra infecção. O sangue está tão
estreitamente relacionado com os processos da vida que a Bíblia diz que “a
alma da carne está no sangue”. (Lev. 17:11) Jeová, qual Fonte da vida, forneceu
instruções definidas quanto ao uso que se pode fazer do sangue.

Ordena-se aos cristãos que ‘se abstenham de sangue’.

Atos 15:28, 29: “Pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos [o corpo
governante da congregação cristã] não vos acrescentar nenhum fardo adicional,
exceto as seguintes coisas necessárias: de persistirdes em abster-vos de coisas
sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas [ou: abatidas sem se
deixar escoar o sangue], e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente
destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” (Neste texto, o comer sangue é
igualado à idolatria e à fornicação, coisas em que não devemos desejar
empenhar-nos.)

Pode-se comer a carne dos animais, mas não o


sangue.

Gên. 9:3, 4: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de
alimento. Como no caso da vegetação verde, deveras vos dou tudo. Somente a
carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer.”

Todo animal usado para alimento deve ser sangrado devidamente. Um


animal estrangulado ou que morre numa armadilha, ou que seja encontrado
depois de estar morto, não serve como alimento. (Atos 15:19, 20; compare com
Levítico 17:13-16.) De modo similar, todo alimento ao qual se acrescentou
sangue integral ou até mesmo alguma fração de sangue não deve ser
consumido.

Unicamente o uso sacrificial de sangue é que foi


aprovado por Deus.

Lev. 17:11, 12: “A alma da carne está no sangue, e eu mesmo o pus para vós
344

sobre o altar para fazer expiação pelas vossas almas, porque é o sangue que faz
expiação pela alma nele. Foi por isso que eu disse aos filhos de Israel:
‘Nenhuma alma vossa deve comer sangue e nenhum residente forasteiro que
reside no vosso meio deve comer sangue.’” (Todos aqueles sacrifícios de
animais, sob a Lei mosaica, prefiguravam o único sacrifício de Jesus Cristo.)

Heb. 9:11-14, 22: “Quando Cristo veio como sumo sacerdote . . . ele
entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com
o seu próprio sangue, de uma vez para sempre, e obteve para nós um livramento
eterno. Pois, se o sangue de bodes e de touros, e as cinzas duma novilha,
aspergidos sobre os aviltados, santifica até à purificação da carne, quanto mais
o sangue do Cristo, o qual, por intermédio dum espírito eterno, se ofereceu a
Deus sem mácula, purificará as nossas consciências de obras mortas, para que
prestemos serviço sagrado ao Deus vivente? . . . A menos que se derrame
sangue, não há perdão.”

Efé. 1:7: “Mediante ele [Jesus Cristo] temos o livramento por meio de
resgate, por intermédio do sangue desse, sim, o perdão de nossas falhas,
segundo as riquezas de sua benignidade imerecida.”

Como entendiam os que afirmavam ser cristãos


nos primeiros séculos EC as ordens da Bíblia
com respeito ao sangue?

Tertuliano (c. 160-230 EC): “Corai de vergonha pelos vossos modos


desnaturais, diante dos cristãos. Nós nem mesmo temos o sangue de animais em
nossas refeições, pois estas consistem em alimentos comuns. . . . Nos
julgamentos dos cristãos, vós [romanos pagãos] lhes ofereceis chouriços cheios
de sangue. Estais convictos, naturalmente, de que a própria coisa com a qual
tentais fazê-los desviar-se do caminho correto lhes é ilícita. Como é, então, que,
quando estais confiantes de que ficarão horrorizados diante do sangue dum
animal, credes que se deliciarão ansiosamente com o sangue humano?” —
Tertulian, Apologetical Works, and Minucius Felix, Octavius (Nova Iorque,
1950), traduzido por Emily Daly, p. 33.

Minúcio Félix (terceiro século EC): “Evitamos tanto o sangue humano


345

que não usamos o sangue nem mesmo dos animais comestíveis em nossa
alimentação.” — The Ante-Nicene Fathers (Grand Rapids, Mich., EUA; 1956),
editado por A. Roberts e J. Donaldson, Vol. IV, p. 192.

Transfusões de Sangue
Será que a proibição bíblica inclui sangue
humano?

Sim, e os primeiros cristãos entenderam assim. Atos 15:29 diz para


‘persistir em abster-se de sangue’. Não diz meramente abster-se de sangue
animal. (Compare com Levítico 17:10, onde se proíbe comer “qualquer espécie
de sangue”.) Tertuliano (que escreveu em defesa das crenças dos primitivos
cristãos) declarou: “O interdito do ‘sangue’, nós entenderemos como sendo (um
interdito) ainda mais do sangue humano.” — The Ante-Nicene Fathers, Vol.
IV, p. 86.

É uma transfusão realmente o mesmo que comer


sangue?

Num hospital, quando um paciente não consegue alimentar-se pela boca,


ele é alimentado endovenosamente. Ora, será que alguém que jamais poria
sangue em sua boca, mas que aceitasse sangue por meio de transfusão, estaria
realmente obedecendo à ordem de ‘persistir em abster-se de sangue’? (Atos
15:29) A título de comparação, considere o caso de um homem a quem o
médico dissesse que precisa abster-se de álcool. Estaria ele obedecendo à
ordem, se deixasse de beber álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado
diretamente nas veias?

No caso de um paciente que recusa sangue,


há tratamentos alternativos?

Com freqüência, uma simples solução salina, a solução de Ringer e o


dextrano podem ser usados como expansores do volume do plasma, e estes
estão disponíveis em quase todos os hospitais modernos. Na verdade, os riscos
acompanhantes do uso de transfusões de sangue são evitados pelo uso dessas
substâncias. O Canadian Anaesthetists’ Society Journal (de janeiro de 1975, p.
346

12) diz: “Os riscos da transfusão de sangue são as vantagens dos substitutos do
plasma: evitar a infecção bacteriana ou viral, as reações transfusionais e a
sensibilização ao fator Rh.” As Testemunhas de Jeová não têm objeção
religiosa ao uso de expansores do plasma que não contenham sangue.

Na verdade, as Testemunhas de Jeová se beneficiam de tratamento


médico melhor devido a não aceitarem sangue. Certo médico, escrevendo para
o American Journal of Obstetrics and Gynecology (de 1.° de junho de 1968, p.
395), reconheceu: “Não resta dúvida de que a situação em que [o cirurgião]
opera sem a possibilidade duma transfusão tende a melhorar a sua técnica
cirúrgica. É um pouco mais ativo quanto a pinçar cada vaso que sangre.”

Todo tipo de cirurgia pode ser realizado com sucesso sem transfusão de
sangue. Isto inclui cirurgias cardíacas a céu aberto, cirurgias cerebrais,
amputação de membros e a extirpação total de órgãos cancerosos. Escrevendo
para o New York State Journal of Medicine (de 15 de outubro de 1972, p. 2527),
o dr. Philip Roen disse: “Nós não temos hesitado em realizar todo e qualquer
processo cirúrgico indicado em face da proscrita reposição de sangue.” O dr.
Denton Cooley, do Instituto de Cardiologia do Texas, EUA, disse: “Ficamos tão
impressionados com os resultados obtidos [do uso de expansores do plasma que
não contêm sangue] com as Testemunhas de Jeová que começamos a usar tal
processo com todos os nossos pacientes cardíacos.” (Union de San Diego,
EUA, de 27 de dezembro de 1970, p. A-10) “Cirurgias cardíacas ‘sem sangue’,
a céu aberto, originalmente desenvolvidas para membros adultos da seita das
Testemunhas de Jeová, porque a sua religião proíbe transfusões de sangue,
foram agora adaptadas com segurança para serem utilizadas em procedimentos
cardiológicos delicados, em bebês e crianças.” — Cardiovascular News, de
fevereiro de 1984, p. 5.

Se Alguém Disser —
‘Vocês deixam seus filhos morrer porque recusam
transfusões de sangue. Acho isso horrível.’

Poderá responder: ‘Mas nós realmente lhes permitimos transfusões —


347

da espécie mais segura. Aceitamos o tipo de transfusões que não acarretam o


risco de coisas tais como AIDS, hepatite, malária e doença de Chagas.
Desejamos o melhor tratamento para nossos filhos, assim como tenho certeza
de que todo pai ou toda mãe que tem amor o desejaria.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Quando se perde muito sangue, a maior necessidade é
restabelecer o volume de líquido. Sem dúvida sabe que nosso sangue é na
realidade composto de mais de 50 por cento de água; além disso, há os glóbulos
vermelhos e brancos, e assim por diante. Quando a perda de sangue é
considerável, o próprio corpo lança grandes reservas de glóbulos brancos no
sistema e acelera a produção de novos glóbulos. Mas há necessidade do volume
do líquido. Expansores do volume do plasma que não contenham sangue podem
ser usados para preencher essa carência, e esses nós aceitamos.’ (2) ‘Os
expansores do volume do plasma têm sido usados em milhares de pessoas, com
excelentes resultados.’ (3) ‘Ainda mais importante do que isso para nós é o que
a própria Bíblia diz, em Atos 15:28, 29.’

Ou poderá dizer: ‘Compreendo o seu ponto de vista. Acho que está


imaginando seu próprio filho nessa situação. Como pais, não faríamos tudo o
que fosse possível para o bem-estar do nosso filho? Portanto, se pessoas como
você e eu recusássemos alguma espécie de tratamento médico para nossos
filhos, teria de haver certamente uma razão bem forte para isso.’ Daí, talvez
possa acrescentar: (1) ‘Acha que há pais que se deixariam influenciar por
aquilo que a Palavra de Deus diz, em Atos 15:28, 29?’ (2) ‘Portanto, surge a
pergunta: Temos suficiente fé para fazer o que Deus ordena?’

‘Vocês não acreditam em transfusões de sangue.’

Poderá responder: ‘Os jornais têm publicado artigos sobre certas


situações em que se pensava que as Testemunhas morreriam se não aceitassem
sangue. É isso que tem em mente? . . . Por que adotamos essa posição?’ Daí,
talvez possa acrescentar: (1) ‘Ama sua esposa (seu marido) o suficiente a
ponto de estar disposto(a) a arriscar sua vida por ela (ele)? . . . Há também os
que arriscam a vida pela pátria, e são considerados heróis, não é verdade?
Existe, porém, alguém que é maior do que qualquer pessoa ou coisa aqui na
348

terra, e esse é Deus. Arriscaria a sua vida porque o ama e por lealdade ao Seu
domínio?’ (2) ‘A questão aqui realmente é de lealdade a Deus. É a Palavra de
Deus que nos ordena a abster-nos de sangue. (Atos 15:28, 29)’

Ou poderá dizer: ‘Há muitas coisas que são hoje um tanto corriqueiras e
que as Testemunhas de Jeová evitam — por exemplo, mentir, adulterar, roubar,
fumar e, conforme mencionou, fazer uso do sangue. Por quê? Porque
governamos a nossa vida pela Palavra de Deus.’
Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Sabia que a Bíblia é que diz que devemos
‘abster-nos de sangue’? Gostaria de mostrar-lhe isso. (Atos 15:28, 29)’ (2)
‘Talvez se lembre de que Deus disse a nossos primeiros pais, Adão e Eva, que
podiam comer de toda árvore no Éden, exceto de uma. Mas eles
desobedeceram, comeram do fruto proibido e perderam tudo. Que tolice! Hoje,
naturalmente, não há nenhuma árvore com fruto proibido. Mas, depois do
Dilúvio dos dias de Noé, Deus estabeleceu novamente uma única proibição para
a humanidade. Dessa vez tinha que ver com o sangue. (Gên. 9:3, 4)’ (3)
‘Portanto, a questão real é: Temos fé em Deus? Se lhe obedecermos, temos
diante de nós a perspectiva da vida eterna em perfeição sob seu Reino. Mesmo
se morrermos, ele nos garante uma ressurreição.’

‘O que fará se um médico disser: “Morrerá se não


tomar transfusão”?’

Poderá responder: ‘Se a situação for realmente tão grave, poderá o


médico garantir que o paciente não morrerá se tomar sangue?’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Mas há alguém que pode restituir a vida à pessoa, e esse é
Deus. Não acha que, quando a pessoa enfrenta a morte, seria uma péssima
decisão dar as costas a Deus, violando a sua lei? Eu tenho realmente fé em
Deus. E você? A sua Palavra promete a ressurreição para os que depositam fé
no seu Filho. Acredita nisso? (João 11:25)’

Ou poderá dizer: ‘Isso talvez signifique que ele pessoalmente não saiba tratar
do caso sem o uso de sangue. Quando possível, procuramos pô-lo em contato
com um médico que já tem a experiência necessária, ou então procuramos outro
médico.’
349

Santos
Definição: Segundo o ensinamento católico romano, os santos são os que
morreram e estão agora com Cristo no céu, sendo reconhecidos pela Igreja pela
sua notável santidade e virtude. O artigo de fé de Trento diz que os santos
devem ser invocados quais intercessores junto a Deus, e que tanto as relíquias
como as imagens dos santos devem ser veneradas. Outras religiões também
invocam a ajuda dos santos. Algumas religiões ensinam que todos os seus
membros são santos e isentos de pecado. A Bíblia faz muitas referências a
santos. Diz que os 144.000 seguidores de Cristo, ungidos pelo espírito, são
santos.

Ensina a Bíblia que alguém precisa


atingir a glória celestial antes de ser
reconhecido como santo?

A Bíblia definitivamente faz menção de santos que estão nos céus. Fala-se
de Jeová como sendo “o Santo [grego, há·gi·on]”. (1 Ped. 1:15, 16; veja
Levítico 11:45.) Jesus Cristo é descrito como “o Santo [há·gi·os] de Deus”,
quando estava na terra, e como “o Santo [há·gi·os]” no céu. (Mar. 1:24; Rev.
3:7, BJ) Os anjos também são “santos”. (Atos 10:22, BJ) O mesmo termo
básico no grego original é aplicado a um número considerável de pessoas na
terra.

Atos 9:32, 36-41, BJ: “Pedro, que percorria todas essas regiões, foi ter
também com os santos [ha·gí·ous] que habitavam em Lida. Havia em Jope,
entre os discípulos, uma mulher chamada Tabita [que morrera] . . . [Pedro]
voltando-se para o corpo, disse: ‘Tabita, levanta-te.’ Ela abriu os olhos,
cravando-os em Pedro, e sentou-se. Pedro estendeu-lhe a mão e levantou-a.
Chamou os santos e as viúvas, e a apresentou a eles viva.” (Claramente, estes
santos ainda não estavam nos céus, tampouco apenas um indivíduo notável
como Pedro era considerado santo.)

2 Cor. 1:1; 13:12, BJ: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de
Deus, e Timóteo, o irmão, à Igreja de Deus que está em Corinto, assim como a
todos os santos [ha·gí·ois] que se encontram na Acaia inteira.” “Saudai-vos
mutuamente com o ósculo santo. Saúdam-vos todos os santos.” (Todos esses
primitivos cristãos que foram purificados pelo sangue de Cristo e reservados
para o serviço de Deus quais prospectivos co-herdeiros com Cristo foram
350

mencionados como santos. O serem reconhecidos como santos obviamente não


foi deixado para depois de sua morte.)

É bíblico orar aos “santos” para agirem


quais intercessores junto a Deus?

Jesus Cristo disse: “Rezai, pois, assim: Pai nosso, que estais nos céus, . .
.” Portanto, as orações devem ser dirigidas ao Pai. Jesus também disse: “Eu sou
o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se
pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei.” (Mat. 6:9; João 14:6, 14, MC)
Assim, Jesus excluiu a idéia de que qualquer outro pudesse desempenhar o
papel de intercessor. O apóstolo Paulo acrescentou com respeito a Cristo:
“Aquele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, aquele que está à direita de
Deus e que intercede por nós.” “É capaz de salvar totalmente aqueles que, por
meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive para sempre para
interceder por eles.” (Rom. 8:34; Heb. 7:25, BJ) Se realmente desejamos que
nossas orações sejam ouvidas por Deus, não seria sábio aproximar-nos de Deus
do modo como a sua Palavra orienta? (Veja também as páginas 235, 236, sob o
tópico “Maria”.)

Efé. 6:18, 19, BJ: “Vigiai com toda perseverança e súplica por todos os
santos. Orai também por mim, para que, quando eu abrir os meus lábios, me
seja dada a palavra para anunciar com ousadia o mistério do evangelho.” (Grifo
acrescentado.) (Dá-se aqui incentivo para que se ore pelos santos, mas não a
eles, nem por intermédio deles. A New Catholic Encyclopedia, de 1967, Vol.
XI, p. 670, reconhece: “Usualmente, no N[ovo] T[estamento], toda oração,
tanto a particular como a oração pública litúrgica, é dirigida a Deus, o Pai,
mediante Cristo.”)

Rom. 15:30, BJ: “Eu vos peço, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo, e
pelo amor do Espírito, que luteis comigo, nas orações que fazeis a Deus por
mim.” (O apóstolo Paulo, ele próprio um santo, pediu a concristãos, que
também eram santos, que orassem por ele. Mas, note que Paulo não dirigiu suas
orações aos que eram santos com ele, tampouco as orações deles a favor dele
substituíram a intimidade pessoal que o próprio Paulo tinha com o Pai por meio
da oração. Compare com Efésios 3:11, 12, 14.)
351

Como deve ser considerado o costume de venerar


relíquias e imagens de “santos”?

A New Catholic Encyclopedia admite: “É, assim, em vão procurar


justificativa para o culto de relíquias no Velho Testamento; tampouco se dá
muita atenção a relíquias no Novo Testamento. . . . [O ‘pai’ da Igreja] Orígenes
parece ter considerado essa prática um sinal pagão de respeito a um objeto
material.” — (1967), Vol. XII, pp. 234, 235.

É digno de nota que Deus enterrou a Moisés, e nenhum humano jamais


descobriu onde foi sua sepultura. (Deut. 34:5, 6) Mas Judas 9 nos informa que o
arcanjo Miguel disputou com o Diabo acerca do corpo de Moisés. Por quê? O
propósito de Deus de lhe dar destino de tal forma que humanos não o
encontrassem foi claramente expresso. Será que o Adversário queria levar
humanos a encontrar a pista daquele corpo para que o pudessem exibir e talvez
torná-lo objeto de veneração?

Sobre a veneração de imagens de “santos”, veja o tópico geral “Imagens”.

Por que são os “santos” católicos retratados


com auréolas?

A New Catholic Encyclopedia reconhece: “O atributo mais comum,


aplicado a todos os santos, é o nimbo (nuvem), um círculo luminoso em volta
da cabeça do santo. Tem origem pré-cristã, e encontram-se exemplos na arte
helenística de inspiração pagã; a auréola foi usada, conforme isso se evidencia
em mosaicos e em moedas, em semideuses e divindades, tais como Netuno,
Júpiter, Baco, e em especial Apolo (deus do sol).” — (1967), Vol. XII, p. 963.

The New Encyclopædia Britannica diz: “Na arte helenística e romana, o


deus-sol Hélio e os imperadores romanos amiúde aparecem com coroas de
raios. Por causa de sua origem pagã, a forma foi evitada na arte cristã primitiva,
mas um simples nimbo circular foi adotado pelos imperadores cristãos para
seus bustos oficiais. Desde meados do 4.° século, Cristo também é mostrado
com este atributo imperial . . . não foi senão a partir do 6.° século que a auréola
se tornou costumeira para a Virgem Maria e outros santos.” — (1976),
Micropædia, Vol. IV, p. 864.
352

É correto misturar o cristianismo com simbolismo pagão?

“Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas? Que acordo entre
Cristo e Beliar [Belial; Satanás]? Que relação entre o fiel e o incrédulo? Que há
de comum entre o templo de Deus e os ídolos? Ora, nós é que somos o templo
do Deus vivo . . . Portanto, saí do meio de tal gente, e afastai-vos, diz o Senhor.
Não toqueis o que seja impuro, e eu vos acolherei. Serei para vós um pai, e
sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso.” — 2 Cor. 6:14-18,
BJ.

Podem todos os membros de um grupo religioso


ser santos e assim estar isentos do pecado?

É certamente verdade que todos os que compunham a congregação cristã


do primeiro século eram santos. (1 Cor. 14:33, 34; 2 Cor. 1:1; 13:12, BJ, Al)
São descritos como os que receberam “a remissão dos pecados” e foram
“santificados” por Deus. (Atos 26:18; 1 Cor. 1:2, Al) Todavia, não pretendiam
estar livres de todo pecado. Nasceram quais descendentes do pecador Adão. Tal
herança amiúde representava para eles uma luta para fazerem o que era certo,
conforme o apóstolo Paulo reconheceu humildemente. (Rom. 7:21-25) E o
apóstolo João disse diretamente: “Se dissermos que não temos pecado nenhum,
a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” (1 João 1:8, ALA)
Portanto, ser santo no sentido em que é empregado esse termo com respeito aos
verdadeiros seguidores de Cristo não significa que na carne estejam livres de
todo pecado.
Quanto a se todos os verdadeiros cristãos hoje são santos, tendo diante de
si a perspectiva da vida celestial, veja as páginas 82-86.

Se Alguém Disser —
‘Acredita nos santos?’

Poderá responder: ‘Quais tem em mente?’ Se a pessoa disser Maria e/ou


os apóstolos, poderá acrescentar: (1) ‘Sim, eles são mencionados na
Escrituras Sagradas, e eu acredito no que está escrito nelas. Estou, porém
especialmente interessado naquilo que eles fazem hoje e como isso influi em
353

nós, não está também? . . . Encontrei algo muito interessante a respeito deles
nas Escrituras Sagradas, e gostaria de lhe mostrar. (Rev. 5:9, 10)’ (2) ‘Como
será a vida debaixo de tal governo? (Rev. 21:2-4)’

Ou poderá dizer: (Se você pertenceu outrora à religião católica): ‘Por


muitos anos eu guardava os dias santificados e orava regularmente aos santos.
Mas, depois, li algo nas Escrituras Sagradas que me fez reconsiderar o que eu
fazia. Permita-me mostrar-lhe isso. (Veja a página 350.)’

Satanás, o Diabo
Definição: A criatura espiritual que é o principal adversário de Jeová Deus e de
todos os que adoram o verdadeiro Deus. O nome Satanás foi-lhe dado por ele
resistir a Jeová. Satanás é também conhecido por Diabo, visto ser o principal
caluniador de Deus. Satanás é descrito como a serpente original, evidentemente
por usar ele uma serpente no Éden para enganar a Eva, e, por este motivo,
“serpente” veio a significar “enganador”. No livro de Revelação, o simbolismo
de um dragão devorador é também aplicado a Satanás.

Como podemos saber se tal pessoa espiritual


existe realmente?

A Bíblia é a principal fonte de evidência. Ele é mencionado ali repetidas


vezes por nome (Satanás, 52 vezes e Diabo, 33 vezes). O testemunho de uma
testemunha ocular quanto à existência de Satanás está também registrado ali.
Quem foi essa testemunha ocular? Jesus Cristo, que vivia no céu antes de vir à
terra, repetidas vezes se referiu a esse iníquo por nome. — Luc. 22:31; 10:18;
Mat. 25:41.

O que a Bíblia diz sobre Satanás, o Diabo, tem sentido. O mal que a
humanidade sofre está muito desproporcional à maldade dos humanos
envolvidos. A explicação que a Bíblia dá sobre a origem de Satanás e de suas
atividades esclarece a razão por que, não obstante o desejo da maioria de viver
em paz, a humanidade tem sido flagelada pelo ódio, pela violência e pela guerra
por milhares de anos, e por que isto chegou a tal ponto que existe hoje a ameaça
da destruição de toda a humanidade.
354

Se o Diabo realmente não existisse, aceitar o que a Bíblia diz sobre ele
não traria benefícios duradouros à pessoa. Em muitos casos, porém, pessoas que
antes mexiam com o ocultismo ou que pertenciam a grupos que praticavam o
espiritismo contam que se sentiam nessa época muitíssimo angustiadas por
ouvirem “vozes” do além, estando “possessas” de seres sobre-humanos, etc.
Obtiveram verdadeiro alívio quando ficaram sabendo o que a Bíblia diz sobre
Satanás e seus demônios, puseram em prática os conselhos bíblicos de evitar
práticas espíritas, e buscaram a ajuda de Jeová em oração. — Veja as páginas
137-142, sob o tópico “Espiritismo”.

Crer que Satanás existe não significa aceitar a idéia de que tem chifres,
um rabo comprido e um forcado, e que assa as pessoas num inferno de fogo. A
Bíblia não faz essa descrição de Satanás. Isso é produto da imaginação de
artistas medievais que eram influenciados por representações do deus
mitológico grego Pã e pela obra Inferno, escrita pelo poeta italiano Dante
Alighieri. Ao contrário de ensinar um inferno de fogo, a Bíblia diz claramente
que “os mortos . . . não estão cônscios de absolutamente nada”. — Ecl. 9:5.

É Satanás talvez apenas o mal dentro das pessoas?

Jó 1:6-12 e 2:1-7 falam sobre conversações entre Jeová Deus e Satanás.


Se Satanás fosse o mal dentro de uma pessoa, o mal nesse caso teria de estar
dentro de Jeová. Mas isso está em total desacordo com o que a Bíblia nos diz a
respeito de Jeová que é Aquele “em quem não há injustiça”. (Sal. 92:15; Rev.
4:8) É digno de nota que o texto hebraico usa a expressão has·Sa·tán (o
Satanás) nos relatos em Jó, indicando que tal referência é feita àquele que se
destaca em resistir a Deus. — Veja também Zacarias 3:1, 2, nota ao pé da
página da NM, edição com referências, em inglês.

Lucas 4:1-13 conta que o Diabo procurou tentar Jesus a fazer a vontade
dele. A narrativa relata declarações feitas pelo Diabo e as respostas de Jesus.
Foi Jesus ali tentado pelo mal dentro de si mesmo? Tal conceito não se
harmoniza com a descrição bíblica de Jesus, como sendo sem pecado. (Heb.
7:26; 1 Ped. 2:22) Embora em João 6:70 se empregue a palavra grega
di·á·bo·lós para descrever um caráter mau que se desenvolvera em Judas
Iscariotes, em Lucas 4:3 emprega-se a expressão ho di·á·bo·los (o Diabo),
designando assim uma determinada pessoa.
355

Será que culpar o Diabo é apenas um meio empregado


no esforço de escapar da responsabilidade
pelas condições más?

Alguns culpam o Diabo pelo que eles próprios fazem. Em contraste, a


Bíblia mostra que os humanos amiúde são culpados em grande parte do mal que
sofrem, quer às mãos de outros humanos, quer como resultado de sua própria
conduta. (Ecl. 8:9; Gál. 6:7) Contudo, a Bíblia não nos deixa na ignorância
quanto à existência e os ardis do inimigo sobre-humano que trouxe tanta aflição
à humanidade. Mostra como podemos livrar-nos do controle dele.

Donde veio Satanás?

Todas as obras de Jeová são perfeitas; ele não é o autor da injustiça; de


modo que ele não criou ninguém mau. (Deut. 32:4; Sal. 5:4) Aquele que se
tornou Satanás era originalmente um filho espiritual perfeito de Deus. Quando
Jesus disse que o Diabo “não permaneceu na verdade”, indicou que outrora ele
estava “na verdade”. (João 8:44) Mas, assim como se dá com todas as criaturas
inteligentes de Deus, este filho espiritual foi dotado de livre-arbítrio. Ele abusou
da liberdade de escolha, permitiu que sentimentos de altivez se desenvolvessem
no seu coração e começou a desejar que se lhe prestasse a adoração que
pertencia unicamente a Deus, de modo que induziu Adão e Eva a escutar a ele,
em vez de obedecer a Deus. Assim, pelo seu proceder, ele se fez Satanás, que
significa “adversário”. — Tia. 1:14, 15; veja também as páginas 279, 280, sob o
tópico “Pecado”.

Por que não destruiu Deus a Satanás imediatamente após ele ter-se
rebelado?

Sérias coisas foram questionadas por Satanás: (1) A justeza e a retidão da


soberania de Jeová. Estava Jeová retendo da humanidade uma liberdade que
contribuiria para a felicidade dela? Será que a capacidade de a humanidade
dirigir ela mesma seus assuntos com bom êxito e a preservação de sua vida
dependiam realmente da obediência a Deus? Foi Jeová desonesto ao dar uma lei
que declarava que a desobediência conduziria à morte? (Gên. 2:16, 17; 3:3-5)
Portanto, tinha Jeová realmente o direito de governar? (2) A integridade para
356

com Jeová da parte de criaturas inteligentes. Em razão do desvio de Adão e


Eva, surgiu a pergunta: Será que os servos de Jeová lhe obedeciam realmente
por amor ou poderia dar-se que todos eles abandonariam a Deus para seguir a
liderança de Satanás? Esta última questão foi adicionalmente desenvolvida por
Satanás nos dias de Jó. (Gên. 3:6; Jó 1:8-11; 2:3-5; veja também Lucas 22:31.)
Essas questões não poderiam ser resolvidas pela mera execução dos rebeldes.

Não que Deus precisasse provar alguma coisa para si mesmo, mas, para
que essas questões nunca mais perturbassem a paz e o bem-estar do universo,
Jeová permitiu amplo tempo para que fossem resolvidas sem nenhuma sombra
de dúvida. Que Adão e Eva morreram após a desobediência a Deus ficou
evidente no devido tempo. (Gên. 5:5) Havia, porém, mais coisas em questão.
Assim, Deus vem permitindo tanto a Satanás como aos humanos que tentem
toda forma de governo criado por eles próprios. Nenhum governo trouxe
felicidade duradoura. Deus deixou a humanidade ir ao extremo na busca de
modos de vida que desconsideram as Suas normas justas. Os frutos falam por si
mesmos. Conforme diz a Bíblia verazmente: “Não é do homem que anda o
dirigir o seu passo.” (Jer. 10:23) Ao mesmo tempo, Deus tem dado a seus
servos a oportunidade de provarem sua lealdade a ele por meio de atos de
obediência por amor, e isso em face de engodos e perseguição instigados por
Satanás. Jeová exorta seus servos, dizendo: “Sê sábio, filho meu, e alegra meu
coração, para que eu possa replicar àquele que me escarnece.” (Pro. 27:11) Os
que revelam ser fiéis recebem grandes benefícios agora e têm a perspectiva de
vida eterna com perfeição, vida esta que usarão para fazer a vontade de Jeová,
cuja personalidade e caminhos amam genuinamente.

Quão poderoso elemento é Satanás no


mundo de hoje?

Jesus Cristo referiu-se a ele como “o governante do mundo”, a quem a


humanidade em geral obedece, seguindo as suas instigações de desprezar os
requisitos de Deus. (João 14:30; Efé. 2:2) A Bíblia também o chama de “o deus
deste sistema de coisas”, que é honrado pelas práticas religiosas dos que se
apegam a este sistema de coisas. — 2 Cor. 4:4; 1 Cor. 10:20.
357

Procurando tentar a Jesus Cristo, o Diabo “o levou . . . para cima e lhe


mostrou todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo; e o Diabo
disse-lhe: ‘Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles, porque me foi
entregue e a dou a quem eu quiser. Se tu, pois, fizeres um ato de adoração
diante de mim, tudo será teu.’” (Luc. 4:5-7) Revelação 13:1, 2 mostra que
Satanás dá ‘poder, trono e grande autoridade’ ao sistema político global de
governo. Daniel 10:13, 20 revela que Satanás tem tido príncipes demoníacos
sobre os principais reinos da terra. Efésios 6:12 menciona a tais como
constituindo ‘governos, autoridades, governantes mundiais desta escuridão,
forças espirituais iníquas nos lugares celestiais’.
Não é de admirar que 1 João 5:19 diga: “O mundo inteiro jaz no poder do
iníquo.” Mas seu poder é apenas por um período limitado, e é só por tolerância
da parte de Jeová, que é o Deus Todo-poderoso.

Por quanto tempo se permitirá que Satanás


desencaminhe a humanidade?

Para evidência de que vivemos nos últimos dias do iníquo sistema de


coisas de Satanás, veja as páginas 110-113, sob “Datas” e o tópico geral
“Últimos Dias”.

A provisão de alívio da influência iníqua de Satanás é assim descrita


simbolicamente: “Eu vi descer do céu um anjo com a chave do abismo e uma
grande cadeia na mão. E ele se apoderou do dragão, a serpente original, que é o
Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. E lançou-o no abismo, e fechou e
selou este sobre ele, para que não mais desencaminhasse as nações até que
tivessem terminado os mil anos. Depois destas coisas terá de ser solto por um
pouco.” (Rev. 20:1-3) E depois? “O Diabo que os desencaminhava foi lançado
no lago de fogo e enxofre.” (Rev. 20:10) Que significa isso? Revelação 21:8
responde: “Este significa a segunda morte.” Satanás terá desaparecido para
sempre!

Será que o fato de Satanás ser ‘lançado no abismo’


significa que ele ficará retido por 1.000 anos numa
terra desolada sem que haja ninguém para tentar?

Algumas pessoas citam Revelação 20:3 (transcrito na página 357) em


358

apoio desta idéia. Dizem que o “abismo”, ou “abismo insondável” (ABV),


representa a terra num estado de desolação. Será que é assim? Revelação 12:7-
9, 12 (ABV) mostra que algum tempo antes de Satanás ser lançado no abismo
ele é “expulso” do céu, sendo jogado para a terra, onde ele causa crescentes
males à humanidade. Portanto, quando Revelação 20:3 (ABV) diz que Satanás é
‘jogado dentro do abismo insondável’, com certeza ele não é deixado
simplesmente onde já está — de modo invisível, mas restringido à vizinhança
da terra. É removido para longe dali, “de modo que ele não podia mais enganar
as nações até que os mil anos tivessem terminado”. Note que Revelação 20:3
diz que, no fim dos mil anos, quem é solto do abismo é Satanás, não as nações.
Quando Satanás for solto, as pessoas que antes constituíam essas nações já
estarão presentes.

Isaías 24:1-6 e Jeremias 4:23-29 (ALA) são às vezes mencionados em


apoio dessa crença. Esses textos dizem: “Eis que o SENHOR devasta e desola a
terra . . . A terra será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o
SENHOR é quem proferiu esta palavra.” “Olhei para a terra, e ei-la sem forma
e vazia . . . Olhei, e eis que não havia homem nenhum . . . Pois assim diz o
SENHOR: Toda a terra será assolada; todas as cidades ficam desamparadas, e já
ninguém habita nelas.” Que significam essas profecias? Tiveram seu primeiro
cumprimento em Jerusalém e a terra de Judá. Na execução do julgamento
divino, Jeová permitiu que os babilônios devastassem aquela terra. Com o
tempo, foi deixada totalmente desolada e desabitada. (Veja Jeremias 36:29.)
Mas Deus não despovoou naquele tempo o globo inteiro, tampouco o fará
agora. (Veja as páginas 379-382, sob “Terra”, também o tópico geral “Céu”.)
Entretanto, ele desolará completamente tanto o correspondente moderno da
Jerusalém infiel, a saber, a cristandade, que difama o nome de Deus pela sua
conduta impiedosa, como todo o resto da organização visível de Satanás.

Em vez de se tornar um ermo desolado, a terra inteira, durante o Reinado


de mil anos de Cristo, e enquanto Satanás está no abismo, se tornará um
paraíso. (Veja “Paraíso”.)
359

Sexo
Definição: As características de criaturas terrestres que servem como meio de
reprodução pela interação de dois genitores. As diferenças entre os sexos
masculino e feminino têm efeitos de grande alcance sobre a vida humana. Visto
que o próprio Deus é a Fonte da vida e visto que os humanos devem refletir
suas qualidades, a capacidade de transmitir vida por meio de relações sexuais
precisa ser tratada com grande respeito.

Ensina a Bíblia que é pecado ter relações


sexuais?

Gên. 1:28: “Deus os abençoou [a Adão e Eva] e Deus lhes disse: ‘Sede
fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.’” (Não requeria o cumprimento
dessa ordem divina que tivessem relações sexuais? Não era pecado fazer isso, e
sim estava em harmonia com o propósito de Deus de povoar a terra. Alguns
pensam que o ‘fruto proibido’ no Éden foi talvez uma referência simbólica a
uma restrição ou até mesmo uma proibição da parte de Deus a terem Adão e
Eva relações sexuais. Mas isso contradiz a ordem de Deus citada acima.
Contradiz também o fato de que, embora Adão e Eva comessem do fruto
proibido no Éden, a primeira menção que se faz de terem tido relações sexuais
foi depois de serem expulsos de lá. — Gên. 2:17; 3:17, 23; 4:1.)

Gên. 9:1: “Deus prosseguiu abençoando Noé e seus filhos e dizendo-lhes:


‘Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.’” (Esta bênção adicional,
junto com a reexpressa ordem divina de procriarem, foi dada depois do Dilúvio
global dos dias de Noé. Não mudara o conceito de Deus sobre as relações
sexuais lícitas.)

1 Cor. 7:2-5: “Por causa da prevalência da fornicação, tenha cada homem


a sua própria esposa e tenha cada mulher o seu próprio marido. O marido renda
à esposa o que lhe é devido; mas, faça a esposa também o mesmo para com o
marido. . . . Não vos priveis um ao outro disso, exceto por consentimento
mútuo, por um tempo designado, . . . a fim de que Satanás não vos tente pela
vossa falta de comedimento.” (Mostra-se assim que o que é errado é a
fornicação, não as relações sexuais corretas entre marido e esposa.)
360

É errado ter relações sexuais antes do casamento?

1 Tes. 4:3-8: “Isto é o que Deus quer . . . que vos abstenhais de


fornicação; que cada um de vós saiba obter posse do seu próprio vaso em
santificação e honra, não em cobiçoso apetite sexual, tal como também têm as
nações que não conhecem a Deus; que ninguém vá ao ponto de prejudicar e de
usurpar os direitos de seu irmão neste assunto, pois Jeová é quem exige punição
por todas estas coisas, assim como vos dissemos de antemão e também vos
demos testemunho cabal. Pois Deus nos chamou, não com uma concessão para
a impureza, mas em conexão com a santificação. Assim, pois, quem mostra
falta de consideração, não desconsidera o homem, mas a Deus, que pôs em vós
o seu espírito santo.” (A palavra grega por·neí·a, traduzida “fornicação”, refere-
se a relações sexuais entre pessoas não casadas, também a relações
extramaritais da parte de pessoas casadas.)

Efé. 5:5: “Nenhum fornicador, nem pessoa impura, nem pessoa


gananciosa — que significa ser idólatra — tem qualquer herança no reino do
Cristo e de Deus.” (Isto não significa que alguém que no passado foi fornicador
não possa gozar das bênçãos do Reino de Deus, mas precisa deixar esse modo
de vida para ter a aprovação de Deus. Veja 1 Coríntios 6:9-11.)

Aprova a Bíblia viver juntos como marido e


esposa sem casamento legal?

Veja as páginas 73-75, sob o tópico “Casamento”.

Que diz a Bíblia sobre o homossexualismo?

Rom. 1:24-27: “Deus, em harmonia com os desejos dos seus corações,


entregou-os à impureza, para que os seus corpos fossem desonrados entre si . . .
Deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas
trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza; e,
igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram
violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para com os outros,
machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a
plena recompensa, que se devia ao seu erro.”
361

1 Tim. 1:9-11: “A lei é promulgada, não para o justo, mas para os que são
contra a lei e os indisciplinados, ímpios e pecadores, . . . fornicadores, homens
que se deitam com machos, . . . e qualquer outra coisa que haja em oposição ao
ensino salutar, segundo as gloriosas boas novas do Deus feliz.” (Compare com
Levítico 20:13.)

Judas 7: “Sodoma e Gomorra, e as cidades em volta delas, . . . tendo ido


após a carne para uso desnatural, são postas diante de nós como exemplo de
aviso por sofrerem a punição judicial do fogo eterno.” (O nome Sodoma se
tornou a base para a palavra “sodomia”, que designa usualmente uma prática
homossexual. Veja Gênesis 19:4, 5, 24, 25.)

Qual é a atitude dos verdadeiros cristãos para


com os que têm antecedentes de homossexualismo?

1 Cor. 6:9-11: “Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem


homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com
homens . . . herdarão o reino de Deus. E, no entanto, isso é o que fostes alguns
de vós. Mas vós fostes lavados, mas vós fostes santificados, mas vós fostes
declarados justos no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de
nosso Deus.” (Quaisquer que sejam os antecedentes das pessoas, se
abandonarem agora suas anteriores práticas impuras, seguirem as normas justas
de Jeová e exercerem fé na sua provisão para o perdão de pecados por meio de
Cristo, podem gozar de uma condição limpa perante Deus. Depois de se
corrigirem, poderão ser acolhidas na congregação cristã.)

Os verdadeiros cristãos sabem que, mesmo os desejos errados


profundamente arraigados, incluindo os que talvez tenham uma base genética
ou que envolvam causas físicas, ou fatores ambientais, não são invencíveis para
pessoas que realmente desejam agradar a Jeová. Algumas pessoas são por
natureza muito emotivas. Talvez no passado tenham soltado a rédea a acessos
de ira; mas, o conhecimento da vontade de Deus, junto com o desejo de lhe
agradar e a ajuda de seu espírito as habilitam a desenvolver autodomínio.
Alguém talvez seja alcoólico, mas, com motivação correta, pode refrear-se de
beber e assim evitar tornar-se bêbedo. Assim também, alguém talvez se sinta
fortemente atraído a outros do mesmo sexo, mas, seguindo o conselho da
362

Palavra de Deus, pode permanecer puro, refreando-se de práticas homossexuais.


(Veja Efésios 4:17-24.) Jeová não permite que continuemos a pensar que a
conduta errada realmente não faz diferença; ele nos avisa bondosa, mas
firmemente sobre as conseqüências e provê ajuda abundante aos que desejam
‘desnudar-se da velha personalidade com as suas práticas e revestir-se da nova
personalidade’. — Col. 3:9, 10.

É porventura o conceito bíblico sobre o sexo


antiquado e desnecessariamente restritivo?

1 Tes. 4:3-8: “Isto é o que Deus quer, . . . que vos abstenhais de


fornicação . . . Assim, pois, quem mostra falta de consideração, não
desconsidera o homem, mas a Deus, que pôs em vós o seu espírito santo.” (O
conceito bíblico sobre o sexo não é simplesmente algo que foi desenvolvido por
certas pessoas que viveram há muitos anos. Procede do Criador da humanidade;
esclarece o que se requer de alguém para que obtenha a aprovação dele; provê
também orientação que contribui para a estabilidade das famílias e para o
relacionamento sadio e feliz fora da família. Os que seguem esse conselho
resguardam a si mesmos de profundas marcas emocionais e de doenças
repugnantes que acompanham a conduta imoral. O conselho da Bíblia é muito
atual em satisfazer as necessidades dos que desejam ter uma consciência limpa
perante Deus e uma vida livre de frustração desnecessária.)

Se Alguém Disser —
‘Qual é a sua atitude para com o homossexualismo?’

Poderá responder: ‘É o conceito expresso aqui na Bíblia. Eu creio que o que


ela diz é mais importante do que a opinião de qualquer humano, porque nos
transmite o que o Criador da humanidade pensa. (1 Cor. 6:9-11) Notará que
alguns dos que se tornaram cristãos praticavam antes o homossexualismo. Mas,
por causa de seu amor a Deus, e com a ajuda de Seu espírito, mudaram.’

Ou poderá dizer: ‘Ao responder a isso, posso adiantar-lhe que tenho


363

notado que muitas pessoas que acham que não se deve atribuir nenhum estigma
ao modo de vida homossexual não acreditam que a Bíblia seja a Palavra de
Deus. Posso perguntar-lhe o que acha da Bíblia?’ Se a pessoa diz que crê na
Bíblia, talvez possa acrescentar: ‘O homossexualismo não é uma questão
nova. A Bíblia apresenta o conceito imutável de Jeová Deus em linguagem bem
clara. (Talvez possa usar a matéria das páginas 360, 361.)’ Se a pessoa
expressar dúvidas sobre a existência de Deus ou sobre a Bíblia, poderia
acrescentar: ‘Se não houvesse Deus, logicamente não teríamos de prestar
contas a ele e, portanto, poderíamos viver como bem quiséssemos. Portanto, a
questão real é: Existe Deus e devo minha existência a ele [também, talvez: É a
Bíblia inspirada por Deus]? (Use idéias das páginas 120-126 ou 63-73.)’

Sofrimento
Definição: A experiência pela qual uma pessoa passa estando com dor ou
angústia. O sofrimento pode ser físico, mental ou emocional. Muitas coisas
podem causar sofrimento; por exemplo, os danos em resultado da guerra e da
ganância comercial, fatores hereditários adversos, doença, acidentes,
“calamidades naturais”, coisas indelicadas ditas ou feitas por outros, pressões
demoníacas, o conhecimento de uma calamidade iminente ou a própria
insensatez da pessoa. Consideraremos aqui o sofrimento resultante dessas várias
causas. Contudo, a pessoa pode também sofrer por ser sensível aos apuros dos
outros ou afligir-se vendo uma conduta impiedosa.

Por que permite Deus o sofrimento?

A quem cabe realmente a culpa?


A culpa de grande parte do sofrimento cabe aos humanos. Eles
travam as guerras, cometem crimes, poluem o meio ambiente, amiúde
empreendem negócios motivados pela ganância, ao invés de se
preocuparem com o próximo, e, às vezes, entregam-se a hábitos que
sabem que podem ser prejudiciais à sua saúde. Ao fazerem tais coisas,
prejudicam a outros e a si mesmos. Seria de esperar que os humanos
fossem imunes às conseqüências de seus atos? (Gál. 6:7; Pro. 1:30-33)
364

É razoável culpar a Deus por essas coisas que os próprios humanos fazem?

Satanás e seus demônios também têm parte na culpa. A Bíblia revela que
muito do sofrimento se deve à influência dos espíritos maus. O sofrimento pelo
qual muitas pessoas culpam a Deus não vem de forma alguma dele. — Rev.
12:12; Atos 10:38; veja também as páginas 355, 356, sob o tópico “Satanás, o
Diabo”.

Como é que começou o sofrimento? Um exame das causas focaliza a


atenção nos nossos primeiros pais humanos, Adão e Eva. Jeová Deus os criou
perfeitos e os colocou num ambiente paradísico. Se tivessem obedecido a Deus,
nunca teriam ficado doentes nem morrido. Poderiam gozar da vida humana
perfeita para sempre. O sofrimento não fazia parte do propósito de Jeová para a
humanidade. Mas Jeová disse claramente a Adão que o contínuo usufruto
daquilo que Ele lhes havia dado dependia da obediência. Obviamente, tinham
de respirar, comer, beber e dormir para continuarem a viver. E tinham de
guardar os requisitos morais de Deus para gozarem da vida plenamente e serem
favorecidos com tal vida para sempre. Mas, escolheram seguir seu próprio
caminho, fixar suas próprias normas sobre o que é bom e o que é mau, e assim
se desviaram de Deus, o Dador da Vida. (Gên. 2:16, 17; 3:1-6) O pecado
conduziu à morte. Foi quais pecadores que Adão e Eva produziram filhos, e não
puderam transmitir a seus filhos aquilo que não mais possuíam. Todos
nasceram no pecado, com inclinações para o mal, com fraquezas que podiam
acarretar-lhes doenças, com uma herança de pecado que com o tempo resultaria
em morte. Visto que todos na terra hoje nasceram no pecado, todos nós
sofremos de vários modos. — Gên. 8:21; Rom. 5:12.

Eclesiastes 9:11 diz que “o tempo e o imprevisto” também pesam naquilo


que nos sobrevém. Podemos sofrer dano, não porque o Diabo o cause
diretamente, ou porque algum humano o faça, mas por nos encontrarmos por
acaso em determinado lugar no momento errado.

Por que não faz Deus alguma coisa para aliviar


a humanidade? Por que devemos todos nós sofrer
por aquilo que Adão fez?

Na Bíblia, Deus nos diz como podemos evitar muito sofrimento. Ele
365

proveu os melhores conselhos sobre a vida. Quando aplicados, isto dá sentido à


nossa vida, resulta em vida feliz em família, coloca-nos em íntima associação
com pessoas que realmente se amam mutuamente, bem como nos resguarda de
práticas que podem trazer muito sofrimento físico desnecessário. Se
desconsiderarmos essa ajuda, será justo culparmos a Deus pela dificuldade que
trazemos sobre nós próprios e sobre os outros? — 2 Tim. 3:16, 17; Sal. 119:97-
105.

Jeová fez provisão para pôr fim a todo o sofrimento. Ele criou o primeiro
casal humano perfeito, e com amor fez toda a provisão, de modo que a vida
fosse agradável para eles. Quando deliberadamente deram as costas a Deus,
tinha Deus obrigação de intervir para proteger os filhos deles dos efeitos
daquilo que seus pais haviam feito? (Deut. 32:4, 5; Jó 14:4) Conforme bem
sabemos, pessoas casadas podem ter as alegrias que acompanham a procriação
de filhos, mas têm também responsabilidades. As atitudes e as ações dos pais
influem nos filhos. Contudo, Jeová, como expressão de maravilhosa
benignidade imerecida, enviou seu próprio Filho muito amado à terra para que
desse a sua vida em resgate, a fim de prover alívio aos dentre a descendência de
Adão que com apreço exercessem fé nessa provisão. (João 3:16) Em resultado,
está aberta a todas as pessoas que vivem hoje a oportunidade de obterem o que
Adão perdeu — a vida humana perfeita, livre de sofrimento, numa terra
paradísica. Que provisão generosa é esta!

Veja também as páginas 318-320, sob “Resgate”.

Mas por que permitiria um Deus de amor que o


sofrimento continuasse por tanto tempo?

Temos sido beneficiados por ele ter permitido isso até agora? “Jeová não
é vagaroso com respeito à sua promessa, conforme alguns consideram a
vagarosidade, mas ele é paciente convosco, porque não deseja que alguém seja
destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” (2 Ped. 3:9) Se
Deus tivesse executado imediatamente a Adão e Eva, após terem pecado,
nenhum de nós existiria hoje. Certamente não desejaríamos isso. Além disso, se
Deus tivesse em algum tempo posterior destruído todos os pecadores, nós não
teríamos nascido. O fato de Deus ter permitido que este mundo pecaminoso
existisse até agora concedeu-nos a oportunidade de estarmos vivos e de
366

aprendermos Seus caminhos, para fazermos as necessárias mudanças em nossa


vida e tirarmos partido de Suas provisões amorosas de vida eterna. O fato de
Jeová ter-nos concedido esta oportunidade é evidência de grande amor da parte
dele. A Bíblia mostra que Deus tem um tempo marcado para destruir este
sistema iníquo, e fará isso em breve. — Hab. 2:3; Sof. 1:14.

Deus pode desfazer, e desfará, todo o dano que possa sobrevir a seus
servos neste sistema de coisas. Não é Deus que está causando o sofrimento.
Mas, por meio de Jesus Cristo, Deus ressuscitará os mortos, curará os
obedientes de todas as suas enfermidades, erradicará todo o vestígio do pecado
e até mesmo fará com que a anterior aflição desapareça de nossa mente. — João
5:28, 29; Rev. 21:4; Isa. 65:17.

O tempo que passou tem sido necessário para resolver as questões


suscitadas no Éden. Para pormenores, veja as páginas 355, 356, também 199-
201.

Ansiamos pessoalmente obter alívio. Mas, quando Deus tomar ação,


deverá ser a favor de todos os que amam o que é justo, não apenas de alguns.
Deus não é parcial. — Atos 10:34.

Ilustrações: Não é verdade que um genitor que tem amor permite que seu
filho seja submetido a uma operação dolorosa por causa dos resultados
benéficos que podem resultar disso? Não é também verdade que “soluções
rápidas” para enfermidades dolorosas são com freqüência apenas superficiais?
Muitas vezes, há necessidade de mais tempo para eliminar a causa.

Por que não perdoou Deus a Adão, evitando assim


o terrível sofrimento pelo qual a humanidade tem
passado?

Teria isso realmente impedido o sofrimento ou, ao invés, teria tornado


Deus responsável por esse? Que acontece quando um pai simplesmente não se
importa com o erro consciente de seus filhos, ao invés de adotar firmes medidas
disciplinares? Os filhos amiúde se envolvem primeiro numa forma de erro e
depois noutra, e grande parte da responsabilidade recai sobre o pai.

Assim também, se Jeová perdoasse a Adão o seu pecado deliberado, Deus


367

se tornaria realmente um cúmplice do erro. Isso de forma alguma melhoraria as


condições na terra. (Compare com Eclesiastes 8:11.) Outrossim, teria causado o
desrespeito por Deus da parte de seus filhos angélicos e teria significado não
haver base real para esperança de coisa alguma melhor. Mas, essa situação
nunca poderia acontecer, porque a justiça é o alicerce inalterável do governo de
Jeová. — Sal. 89:14.

Por que permite Deus que nasçam crianças com


graves deficiências físicas e mentais?

Deus não causa essas deficiências. Ele criou o primeiro casal humano
perfeito, com a habilidade de produzir filhos perfeitos segundo a sua própria
semelhança. — Gên. 1:27, 28.

Foi de Adão que herdamos o pecado. Essa herança traz consigo o


potencial de deficiências físicas e mentais. (Rom. 5:12; para mais pormenores,
veja a página 364.) Essa herança de pecado está conosco desde o momento em
que fomos concebidos no ventre. Foi por isso que o Rei Davi escreveu: “Em
pecado me concebeu minha mãe.” (Sal. 51:5) Se Adão não tivesse pecado, só
haveria características desejáveis a transmitir. (Para comentários sobre João 9:1,
2, veja a página 295.)

Os genitores podem prejudicar sua prospectiva prole — por exemplo, por


meio de abuso de drogas ou por fumarem durante a gravidez. Naturalmente, não
é em todo e qualquer caso que a mãe ou o pai é responsável por deficiências
congênitas ou pela saúde precária do filho.

Jeová, por amor, estende aos filhos os benefícios do sacrifício de resgate


de Cristo. Por consideração aos pais que fielmente servem a Deus, ele considera
santos a seus filhos pequenos. (1 Cor. 7:14) Isto faz com que os pais tementes a
Deus sejam cuidadosos quanto à sua própria posição perante Deus, devido a seu
interesse amoroso pela sua prole. Aos jovens suficientemente grandes para
exercerem fé e demonstrarem obediência aos mandamentos de Deus, Jeová
estende o privilégio de terem uma condição aprovada quais servos seus. (Sal.
119:9; 148:12, 13; Atos 16:1-3) É digno de nota que Jesus, que era a imagem
perfeita de seu Pai, mostrou interesse especial no bem-estar dos pequeninos, até
mesmo ressuscitando uma criança. Certamente, continuará a fazer isso qual Rei
368

messiânico. — Mat. 19:13-15; Luc. 8:41, 42, 49-56.

Por que permite Deus “calamidades naturais”,


que causam grandes danos à propriedade e à vida
das pessoas?

Deus não está causando os terremotos, os furacões, as enchentes, as secas


e as erupções vulcânicas que tão amiúde aparecem nas notícias hoje em dia. Ele
não usa essas coisas para castigar certas pessoas. Em grande parte, tais coisas
são causadas pelas forças da natureza que estão em operação desde a criação da
terra. A Bíblia predisse grandes terremotos e escassez de víveres para os nossos
dias, mas isso não significa que Deus ou Jesus sejam responsáveis por tais,
assim como um meteorologista não é responsável pelo tempo que ele prevê.
Visto que estas coisas ocorrem junto com todas as outras coisas preditas no
sinal composto da conclusão deste sistema de coisas, fazem parte da evidência
de que estão próximas as bênçãos do Reino de Deus. — Luc. 21:11, 31.

Amiúde recai pesada responsabilidade sobre os humanos pelo dano


causado. De que modo? Mesmo quando se dá amplo aviso, muitos se recusam a
abandonar a área de perigo ou deixam de tomar as devidas precauções. — Pro.
22:3; compare com Mateus 24:37-39.

Deus pode controlar essas forças naturais. Ele deu poder a Jesus Cristo
para que acalmasse uma tempestade no Mar da Galiléia, como exemplo do que
Ele fará pela humanidade debaixo de Seu Reino messiânico. (Mar. 4:37-41)
Adão, dando as costas a Deus, rejeitou tal intervenção divina a favor de si e de
sua descendência. Aqueles a quem se conceder vida durante o Reino messiânico
de Cristo gozarão de tal cuidado amoroso, a espécie de cuidado que só um
governo empossado por Deus pode proporcionar. — Isa. 11:9.

Será que as pessoas que sofrem adversidade estão


sendo punidas por Deus por serem más?

Os que violam as normas piedosas de vida sofrem de fato os efeitos maus.


(Gál. 6:7) Às vezes, colhem logo os frutos amargos. Em outros casos, parecem
prosperar por longo tempo. Em contraste, Jesus Cristo, que nunca fez nada de
369

errado, foi cruelmente maltratado e morto. Portanto, neste sistema de coisas, a


prosperidade não deve ser considerada prova da bênção de Deus, tampouco
deve a adversidade ser considerada prova de seu desagrado.

Quando Jó perdeu seus bens e foi acometido de uma doença repugnante,


isso não se deu por ser ele desaprovado por Deus. A Bíblia diz claramente que
cabia a Satanás a responsabilidade disso. (Jó 2:3, 7, 8) Mas, os companheiros
que foram visitar Jó argumentaram que a condição triste de Jó devia ser prova
de que ele havia feito algo iníquo. (Jó 4:7-9; 15:6, 20-24) Jeová os repreendeu,
dizendo: “Minha ira se acendeu contra ti . . . pois não falastes a verdade a meu
respeito assim como fez meu servo Jó.” — Jó 42:7.

Os iníquos podem, com efeito, prosperar por um pouco. Asafe escreveu:


“Fiquei invejoso dos jactanciosos, vendo a própria paz dos iníquos. Não estão
nem mesmo na desgraça do homem mortal, e não são afligidos como os outros
homens. Motejam e falam do que é mau; falam sobre a defraudação em estilo
elevado. Eis que estes são os iníquos que são tranqüilos indefinidamente.
Aumentaram os seus meios de subsistência.” — Sal. 73:3, 5, 8, 12.

Virá o dia de prestar contas a Deus. Naquele tempo, punirá os iníquos,


destruindo-os para sempre. Provérbios 2:21, 22 diz: “Os retos são os que
residirão na terra e os inculpes são os que remanescerão nela. Quanto aos
iníquos, serão decepados da própria terra; e quanto aos traiçoeiros, serão
arrancados dela.” Então, os justos, muitos dos quais sofreram adversidade,
gozarão de saúde perfeita e terão uma parte ampla na abundância dos produtos
da terra.

Se Alguém Disser —
‘Por que permite Deus todo esse sofrimento?’

Poderá responder: ‘Esse é um assunto que preocupa profundamente a


todos nós. Posso perguntar-lhe o que o fez mencionar isso hoje?’ Daí, talvez
possa acrescentar: (1) ‘(Use matéria das páginas 363-366.)’ (2) ‘(Cite outros
textos bíblicos que apresentem o alívio da situação específica que trouxe
sofrimento à pessoa envolvida.)’

Ou poderá dizer (se a preocupação da pessoa forem as injustiças no


mundo): ‘A Bíblia mostra por que existem hoje essas condições. (Ecl. 4:1; 8:9)
370

Sabia que mostra também o que Deus vai fazer para nos trazer alívio? (Sal.
72:12, 14; Dan. 2:44)’

Outra possibilidade: ‘Evidentemente, é alguém que acredita em Deus.


Crê que Deus é amor? . . . Crê que ele é sábio e todo-poderoso? . . . Então, ele
deve ter boas razões para permitir o sofrimento. A Bíblia mostra quais são essas
razões. (Veja as páginas 363-366.)’

Sonhos
Definição: Os pensamentos ou as imagens mentais de uma pessoa durante o
sono. A Bíblia menciona sonhos naturais, sonhos da parte de Deus e sonhos que
envolvem adivinhação. — Jó 20:8; Núm. 12:6; Zac. 10:2.

Têm os sonhos em nossos tempos significado


especial?

Que descobriram os pesquisadores a respeito dos


sonhos?

“Toda pessoa sonha”, diz The World Book Encyclopedia (1984, Vol. 5, p.
279). “A maioria dos adultos sonham por cerca de 100 minutos durante oito
horas de sono.” Portanto, sonhar é uma experiência normal dos humanos.

Disse o dr. Allan Hobson, da Escola de Medicina de Harvard: “São


estímulos ambíguos que podem ser interpretados de qualquer maneira que um
terapeuta esteja predisposto a interpretar. Mas o seu significado está nos olhos
do observador — não no próprio sonho.” Ao relatar isto, a seção “Science
Times” em The New York Times acrescentava: “Na escola que dá grande valor
aos sonhos, há muitos métodos de encontrar a mensagem psicológica de um
sonho, cada qual refletindo diferentes conceitos teóricos. Um freudiano
encontrará uma espécie de significado num sonho, ao passo que um adepto de
Jung encontrará outro, e um terapeuta gestaltista encontrará ainda outro
significado. . . . Mas o conceito de que os sonhos têm qualquer significado
psicológico tem sofrido veemente ataque dos neurocientistas.” — 10 de julho
de 1984, p. C12.
371

Podem os sonhos que parecem transmitir conhecimento


especial proceder de outra fonte a não ser de Deus?

Jer. 29:8, 9: “Assim disse Jeová dos exércitos . . .: ‘Não vos enganem os
vossos profetas que estão no vosso meio, nem os vossos adivinhos, e não
escuteis os seus sonhos que estão sonhando. Pois “é em falsidade que vos
profetizam em meu nome. Não os enviei”, é a pronunciação de Jeová.’”

O Harper’s Bible Dictionary nos informa: “Os babilônios tinham


tamanha confiança nos sonhos que na véspera de importantes decisões dormiam
nos templos, aguardando conselho. Os gregos que desejavam instrução sobre
saúde dormiam nos santuários de Asclépio [cujo emblema era uma serpente], e
os romanos, nos templos de Serápis [às vezes associado com uma serpente
enroscada]. Os egípcios preparavam livros elaborados para a interpretação de
sonhos.” — (Nova Iorque, 1961), de Madeleine Miller e J. Lane Miller, p. 141.

No passado, Deus fez uso de sonhos para dar avisos,


instruções e profecias, mas está ele dirigindo
seu povo deste modo hoje?

Há referências a tais sonhos que se originaram de Deus em Mateus 2:13,


19, 20; 1 Reis 3:5; Gênesis 40:1-8.

Heb. 1:1, 2: “Deus, que há muito, em muitas ocasiões e de muitos modos


[incluindo sonhos], falou aos nossos antepassados por intermédio dos profetas,
no fim destes dias nos falou por intermédio dum Filho [Jesus Cristo, cujos
ensinamentos estão registrados na Bíblia].”

1 Cor. 13:8: “Quer haja dons de profetizar [e às vezes Deus

2 Tim. 3:16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para
ensinar . . . a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente,
completamente equipado para toda boa obra.”

1 Tim. 4:1: “No entanto, a pronunciação inspirada diz definitivamente que


nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção
a desencaminhantes pronunciações [às vezes transmitidas por meio de sonhos]
inspiradas e a ensinos de demônios.”
372

Sucessão apostólica
Definição: A doutrina de que os 12 apóstolos têm sucessores aos quais tem sido
passada autoridade por designação divina. Na Igreja Católica Romana, diz-se
que os bispos como grupo são sucessores dos apóstolos, e afirma-se que o papa
é o sucessor de Pedro. Sustenta-se que os pontífices de Roma vêm logo depois
de Pedro, ocupando a posição e exercendo as funções deste, a quem, segundo se
diz, Cristo deu a primazia de autoridade sobre a Igreja inteira. Não é
ensinamento bíblico.

Era Pedro a “rocha” sobre a qual a igreja


foi edificada?

Mat. 16:18, BJ: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela.”
(Note no contexto [vv. 13, 20 de Mat. 16] que o assunto em pauta se centraliza
na identidade de Jesus.)

Quem é que os apóstolos Pedro e Paulo entenderam


ser a “rocha”, a “pedra angular”?

Atos 4:8-11, BJ: “Pedro, repleto do Espírito Santo, respondeu: ‘Chefes do


povo e anciãos, . . . é pelo nome de Jesus Cristo Nazareno, aquele que vós
crucificastes, e que Deus ressuscitou de entre os mortos, é por seu nome e por
nenhum outro que este homem está curado, diante de vós. É ele a pedra que
vós, os construtores, rejeitastes, e que se tornou a pedra angular.”

1 Ped. 2:4-8, BJ: “Chegai-vos a ele [o Senhor Jesus Cristo] . . . Do


mesmo modo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício
espiritual. . . . Com efeito, nas Escrituras se lê: Eis que ponho em Sião uma
pedra angular, eleita e preciosa; quem nela crê não será confundido. Isto é, para
vós que credes ela será um tesouro precioso, mas para os que não crêem, a
pedra que os edificadores rejeitaram, essa tornou-se a pedra angular e uma
pedra de tropeço e rocha de escândalo.”

Efé. 2:20, BJ: “Estais edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, do qual é Cristo Jesus a pedra angular.”
373

Qual era a crença de Agostinho (considerado santo


pela Igreja Católica)?

“No mesmo período de meu sacerdócio, escrevi também um livro contra a


carta de Donato . . . Numa passagem neste livro, eu disse sobre o Apóstolo
Pedro: ‘Sobre ele, tal como sobre uma pedra, a Igreja foi edificada.’ . . . Mas sei
que com muita freqüência, posteriormente, expliquei do seguinte modo o que o
Senhor disse: ‘Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja’, isto
deve ser entendido que foi edificada sobre Aquele a quem Pedro confessou: ‘Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo’, de modo que Pedro, chamado segundo essa
pedra, representava a pessoa da Igreja que é edificada sobre esta pedra, e
recebeu ‘as chaves do reino do céu’. Pois: ‘Tu és Pedro’, e não ‘Tu és a pedra’,
foi-lhe dito. Mas ‘a pedra era Cristo’, e Simão, que confessou aquele a quem
também a Igreja inteira confessa, era chamado Pedro.” — The Fathers of the
Church — Saint Augustine, the Retractations (Washington, D.C., EUA; 1968),
tradução de Mary I. Bogan, Livro I, p. 90.

Consideravam os outros apóstolos que Pedro tinha primazia entre eles?

Luc. 22:24-26, BJ: “Houve também uma discussão entre eles [os
apóstolos]: Qual seria o maior? Jesus lhes disse: ‘Os reis das nações as
dominam, e os que as tiranizam são chamados Benfeitores. Quanto a vós, não
deverá ser assim.’” (Se Pedro fosse a “rocha” ou a “pedra”, haveria dúvida
quanto a qual deles “seria o maior”?)

Visto que Jesus Cristo, a cabeça da congregação,


está vivo, precisa ele de sucessores?

Heb. 7:23-25, BJ: “Os outros tornaram-se sacerdotes [em Israel] em


grande número, porque a morte os impedia de permanecer. Ele [Jesus Cristo],
porém, visto que permanece para a eternidade, possui um sacerdócio imutável.
Por isso é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam
de Deus, visto que ele vive para sempre para interceder por eles.”

Rom. 6:9, BJ: “Sabendo que Cristo, uma vez ressuscitado entre os
mortos, já não morre.”

Efé. 5:23, BJ: “Cristo é cabeça da Igreja.”


374

Que eram as “chaves” confiadas a


Pedro?

Mat. 16:19, BJ, em inglês: “Eu te darei as chaves do reino dos céus: o que
ligares na terra será considerado ligado nos céus; o que desligares na terra será
considerado desligado nos céus.”

Em Revelação (Apocalipse), Jesus fez referência


a uma chave simbólica usada por ele próprio para
abrir privilégios e oportunidades a humanos.

Rev. 3:7, 8, BJ: “Assim diz o Santo, o Verdadeiro, aquele que tem a
chave de Davi, o que abre e ninguém mais fecha, e fechando, ninguém mais
abre . . . pus à tua frente uma porta aberta que ninguém poderá fechar.”

Pedro usou as “chaves” que lhe foram confiadas


para abrir (a judeus, samaritanos, gentios) a oportunidade
de receberem o espírito de Deus, a fim de
entrarem no Reino dos céus.

Atos 2:14-39, BJ: “Pedro, de pé com os Onze, ergueu a voz e assim lhes
falou: ‘Homens da Judéia e habitantes todos de Jerusalém . . . Deus constituiu
Senhor e Cristo, a esse Jesus que vós crucificastes.’ Ouvindo isto, sentiram o
coração transpassado e perguntaram a Pedro e aos apóstolos: ‘Irmãos, que
devemos fazer?’ Pedro respondeu: ‘Convertei-vos, e seja cada um de vós
batizado em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos pecados, e recebereis,
então, o dom do Espírito Santo. A promessa é, de fato, para vós, assim como
para os vossos filhos e para todos aqueles que estão longe, todos quantos forem
chamados por Deus nosso Senhor.’”

Atos 8:14-17, BJ: “Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ao saberem


que a Samaria acolhera a palavra de Deus, para lá enviaram Pedro e João. Estes
desceram, pois, para junto dos samaritanos e oravam por eles, a fim de que
recebessem o Espírito Santo. Porque ainda não viera sobre nenhum deles; mas
somente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Impunham-lhes,
pois, as mãos, e eles recebiam o Espírito Santo.” (O versículo 20 de Atos 8
indica que Pedro é quem tomou a dianteira nessa ocasião.)

Atos 10:24-48, BJ: “No outro dia, entrou em Cesaréia. Cornélio [um
375

gentio incircunciso] os esperava . . . Pedro tomou a palavra . . . Enquanto Pedro


falava, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam.”

Será que os céus esperavam até Pedro fazer as


decisões e daí seguiam a sua liderança?

Atos 2:4, 14, PIB: “Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram
a falar em outras línguas, segundo o Espírito Santo lhes concedia que se
exprimissem. Pedro, então [depois de Cristo, a cabeça da congregação, tê-los
estimulado por meio de espírito santo], tendo acorrido com os onze, ergueu a
voz, dizendo.” (Veja o versículo 33 de Atos 2.)

Atos 10:19, 20, BJ: “O Espírito lhe disse [a Pedro]: ‘Eis que aí estão
alguns homens à tua procura. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles sem
hesitação [à casa de Cornélio, o gentio], porque fui eu que os enviei.’”

Compare com Mateus 18:18, 19.

É Pedro o juiz quanto a quem é digno de entrar no


Reino?

2 Tim. 4:1, BJ: “Cristo Jesus . . . há de vir julgar os vivos e os mortos.”

2 Tim. 4:8, BJ: “Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me


dará o Senhor [Jesus Cristo], justo Juiz, naquele Dia; e não somente a mim, mas
a todos os que tiverem esperado com amor a sua Aparição.”

Esteve Pedro em Roma?

Em nove versículos das Escrituras Sagradas se faz referência a Roma;


nenhum destes diz que Pedro esteve ali. Primeira Pedro 5:13 mostra que ele
esteve em Babilônia. Seria uma referência a Roma de um modo oculto? Estar
em Babilônia era em conformidade com a sua designação de pregar aos judeus
(segundo indicado em Gálatas 2:9), visto que havia em Babilônia uma grande
população judaica. A Encyclopaedia Judaica (Jerusalém, 1971, Vol. 15, col.
755), falando sobre a produção do Talmude Babilônico, faz referência às
“grandes academias de Babilônia”, do judaísmo, durante a Era Comum.
376

Foi reconstituída uma lista ininterrupta


de sucessores desde Pedro até os papas
dos tempos atuais?

O jesuíta John McKenzie, quando era professor de teologia em Notre


Dame, escreveu: “Não existe evidência histórica para a inteira cadeia de
sucessão de autoridade eclesiástica.” — The Roman Catholic Church (Nova
Iorque, 1969), p. 4.

A New Catholic Encyclopedia admite: “ . . . a escassez de documentos


deixa muita coisa obscura sobre o primitivo desenvolvimento do episcopado . . .
” — (1967), Vol. I, p. 696.

As alegações de nomeação divina


não significam nada se os que as
fazem não obedecem a Deus nem a Cristo.

Mat. 7:21-23, BJ: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará
no Reino dos Céus, mas sim, aquele que pratica a vontade de meu Pai que está
nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome
que profetizamos e em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que
fizemos muitos milagres?’ Então, sem rodeios, eu lhes direi: ‘Nunca vos
conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.’”

Veja também Jeremias 7:9-15.

Será que os professos sucessores dos apóstolos


se apegaram aos ensinamentos e às práticas de
Jesus Cristo e de seus apóstolos?

Um Dicionário Católico (em inglês) declara: “A Igreja Romana é


apostólica, porque sua doutrina é a fé antigamente revelada aos Apóstolos, fé
que ela protege e explica, sem lhe acrescentar ou tirar coisa alguma.” (Londres,
1957, W. E. Addis e T. Arnold, p. 176) Concordam com isso os fatos?

Identidade de Deus.

“A Trindade é o termo empregado para expressar a doutrina central da religião


cristã.” — The Catholic Encyclopedia (1912), Vol. XV, p. 47.
377

“Nem a palavra Trindade, nem a doutrina explícita, como tal, aparecem


no Novo Testamento . . . A doutrina desenvolveu-se gradualmente com o
decorrer de vários séculos, enfrentando muitas controvérsias.” — The New
Encyclopædia Britannica (1976), Micropædia, Vol. X, p. 126.

“Há o reconhecimento da parte dos exegetas e dos teólogos bíblicos,


inclusive um sempre crescente número de católicos romanos, de que não se
deve falar de trinitarismo no Novo Testamento sem séria qualificação. Há
também o reconhecimento estreitamente paralelo da parte dos historiadores do
dogma e dos teólogos sistemáticos de que, quando a pessoa fala de um
trinitarismo não qualificado, passou do período das origens cristãs para,
digamos, o último quadrante do 4.° século.” — New Catholic Encyclopedia
(1967), Vol. XIV, p. 295.

Celibato dos clérigos.

O Papa Paulo VI, na sua encíclica Sacerdotalis Caelibatus (Celibato


Sacerdotal, 1967), endossou o celibato como requisito para os clérigos, mas
admitiu que “o Novo Testamento, que preserva o ensinamento de Cristo e dos
Apóstolos . . . não exige abertamente o celibato dos ministros sagrados . . .
Jesus Mesmo não tornou isso um requisito preliminar na Sua escolha dos Doze,
tampouco o fizeram os Apóstolos para os que presidiam sobre as primeiras
comunidades cristãs.” — The Papal Encyclicals 1958-1981 (Igreja de Falls,
Va., EUA; 1981), p. 204.

1 Cor. 9:5, NAB: “Não temos o direito de nos casar com uma mulher
crente, assim como os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?”
(“Cefas” é um nome aramaico dado a Pedro; veja João 1:42. Veja também
Marcos 1:29-31, onde se menciona a sogra de Simão, ou Pedro.)

1 Tim. 3:2, Dy: “É necessário, pois, que um bispo seja . . . marido de uma
só esposa [“que se tenha casado uma só vez”, MC].”

Antes da era cristã, o budismo requeria que seus sacerdotes e monges fossem
celibatários. (History of Sacerdotal Celibacy in the Christian Church, Londres,
1932, quarta ed., revisada, de Henry C. Lea, p. 6) Mesmo em data anterior, as
ordens mais elevadas do sacerdócio babilônico tinham de praticar o celibato,
378

segundo a obra The Two Babylons, de A. Hislop. — (Nova Iorque, 1943), p.


219.

1 Tim. 4:1-3, BJ: “O Espírito diz expressamente que nos últimos tempos
alguns renegarão a fé, dando atenção a espíritos sedutores e a doutrinas
demoníacas . . . eles proibirão o casamento.”

Manter-se separado do mundo.

O Papa Paulo VI, ao dirigir a palavra nas Nações Unidas em 1965, disse:
“Os povos da terra voltam-se para as Nações Unidas como sendo a última
esperança de concórdia e de paz; Nós presumimos apresentar aqui, junto com o
seu tributo de honra e de paz, também o Nosso próprio tributo.” — The Pope’s
Visit (Nova Iorque, 1965), Reportagem Especial de Time-Life, p. 26.

João 15:19, BJ: “[Jesus Cristo disse:] Se fôsseis do mundo, o mundo


amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo e minha escolha vos
separou do mundo, o mundo, por isso, vos odeia.”

Tia. 4:4, MC: “Ignorais que a amizade do mundo é inimizade contra


Deus?”

O emprego de armas de guerra.

O historiador católico E. I. Watkin escreve: “Dolorosa como seja tal


admissão, não podemos, nos interesses duma falsa edificação ou de lealdade
desonesta, negar ou desconsiderar o fato histórico de que os bispos apoiaram
constantemente todas as guerras travadas pelo governo de seu país. De fato, não
sei de um único caso em que uma hierarquia nacional tenha condenado
qualquer guerra como injusta . . . Qualquer que seja a teoria oficial, na prática,
os Bispos católicos, em tempos de guerra, têm seguido a norma de que ‘meu
país sempre está certo’.” — Morals and Missiles (Londres, 1959), editado por
Charles S. Thompson, pp. 57, 58.

Mat. 26:52, MC: “Jesus disse-lhe: ‘Põe a tua espada na bainha, pois todos
quantos se servirem da espada, pela espada morrerão.’”

1 João 3:10-12, MC: “Nisto é que se conhecem os filhos de Deus e os


filhos do demônio: Todo aquele que . . . não ama seu irmão, não é de Deus. . . .
379

Que nos amemos uns aos outros. Não seja como Caim que era do maligno, e
matou seu irmão.”
À luz do que precede, será que os que afirmam ser sucessores dos
apóstolos têm ensinado e praticado realmente o que Cristo e seus apóstolos
ensinaram e praticaram?

Terra
Definição: O termo “terra” é empregado na Bíblia em mais de um sentido.
Usualmente, associamo-lo ao próprio planeta, que Jeová generosamente dotou
de tal forma que pudesse sustentar a vida humana, visando tornar a nossa vida
ricamente satisfatória. Deve-se compreender, porém, que o termo “terra” pode
também ser empregado em sentido figurado, referindo-se, por exemplo, às
pessoas que vivem neste planeta, ou a uma sociedade humana que possui certas
características.

Será o planeta Terra destruído numa guerra nuclear?

Que mostra a Bíblia que é o propósito de Deus com respeito à terra?

Mat. 6:10: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu,
assim também na terra.”

Sal. 37:29: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para
todo o sempre.”

Veja também Eclesiastes 1:4; Salmo 104:5.

Não obstante, visto que as nações mostram pouca


consideração pelo propósito de Deus, há a possibilidade
de que arruínem completamente a terra de

modo que não possa ser habitada?


Isa. 55:8-11: “[A pronunciação de Jeová é:] Assim como os céus são mais altos
do que a terra, assim os meus caminhos são mais altos do que os vossos
caminhos, e os meus pensamentos, do que os vossos pensamentos. . . . Minha
palavra . . . não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em
que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.”
380

Isa. 40:15, 26: “Eis que [do ponto de vista de Jeová Deus] as nações são
como uma gota dum balde; e foram consideradas como a camada fina de pó na
balança. . . . ‘Levantai ao alto os vossos olhos e vede [o sol, a lua e os bilhões
de estrelas]. Quem criou estas coisas? Foi Aquele que faz sair o exército delas
até mesmo por número, chamando a todas elas por nome. Devido à abundância
de energia dinâmica, sendo ele também vigoroso em poder, não falta nem
sequer uma delas.’” (A energia nuclear desenvolvida pelas nações é temível aos
homens. Mas bilhões de estrelas empregam a energia nuclear numa escala que
está além de nossa capacidade de compreensão. Quem criou e controla todos
esses corpos celestes? Não pode Ele impedir que as nações usem suas armas
nucleares de um modo que impedisse o Seu propósito? Que Deus faria isso está
ilustrado no fato de destruir ele o poder militar do Egito, quando Faraó
procurou impedir o livramento de Israel. — Êxo. 14:5-31.)

Rev. 11:17, 18: “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso,


Aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste
a reinar. Mas as nações ficaram furiosas, e veio teu próprio furor e o
tempo designado para . . . arruinar os que arruínam a terra.”

Irá o próprio Deus destruir a terra por fogo?

Será que 2 Pedro 3:7, 10 (Al) apóia essa idéia? “Os céus e a terra que
agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam
para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição [“destruição”, ALA] dos homens
ímpios. . . . O dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão
com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras
que nela há, se queimarão [“serão queimadas”, So; “serão consumidas”, PIB;
“se tornarão manifestas”, NAB; “serão expostas”, NE; “serão descobertas”, VB,
NM].” (Note: O Códice Sinaítico e o MS Vaticano 1209, ambos do 4.° século
EC, rezam “serão descobertas”. Manuscritos posteriores, o Códice Alexandrino,
do 5.° século, e a recensão de Clementino da Vulgata, do século 16, rezam
“serão queimadas”.)

Será que Revelação (Apocalipse) Rev. 21:1 (Al) indica que o nosso
planeta será destruído? “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o
381

primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.”

Para que seja correta, a explicação destes versículos


precisa concordar com o contexto e com o
resto da Bíblia.

Se esses textos (2 Pedro 3:7, 10 e Revelação 21:1) significam que o


planeta Terra, literal, será consumido por fogo, então os céus literais (as estrelas
e outros corpos celestes) também serão destruídos por fogo. Tal conceito literal,
porém, entra em conflito com a garantia contida em textos tais como Mateus
6:10, Salmo 37:29 e Sal. 104:5, também Provérbios 2:21, 22. Além do mais,
que efeito teria o fogo no sol e nas estrelas já intensamente quentes? Portanto, o
termo “terra” nos textos acima citados precisa ser entendido em sentido
diferente.

Em Gênesis 11:1, Primeiro Reis 2:1, 2, Primeiro Crônicas 16:31, Salmo


96:1, etc., o termo “terra” é empregado em sentido figurado, referindo-se à
humanidade, à sociedade humana. Pode ser esse o caso em 2 Pedro 3:7, 10 e em
Revelação 21:1?

Note que, no contexto, em 2 Pedro 3:5, 6 (também 2 Ped 2:5, 9), faz-se
um paralelismo com o Dilúvio dos dias de Noé, em que a sociedade humana
iníqua foi destruída, mas Noé e sua família, bem como o próprio globo, foram
preservados. Da mesma forma, em 2 Pedro 3:7, diz-se que os que serão
destruídos são os “homens ímpios”. O conceito de que “terra” aqui se refere à
sociedade humana ímpia concorda plenamente com o resto da Bíblia, conforme
ilustrado pelos textos acima citados. É essa simbólica “terra”, ou a sociedade
humana iníqua, que será “descoberta”; isto é, Jeová a queimará, consumindo
como que por fogo, tirando todo o disfarce, expondo a iniqüidade da sociedade
humana ímpia e mostrando que é digna de destruição total. Essa iníqua
sociedade humana é também “a primeira terra” mencionada em Revelação 21:1
(Al).

Coerentemente, a expressão de Jesus em Lucas 21:33 (“céu e terra


passarão, mas . . .”) precisa ser entendida à luz da declaração paralela em Lucas
16:17 (“mais fácil é passarem céu e terra do que . . . ”), ambas enfatizando
382

simplesmente a impossibilidade das situações apresentadas. — Veja também


Mateus 5:18.

Serão os justos levados para o céu,


retornando depois à terra após
terem sido destruídos os iníquos?

Será que Revelação 21:2, 3 apóia essa idéia? Diz: “Vi também a cidade
santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como
noiva adornada para seu marido. Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer:
‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles
serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles.’” (Será que o fato de que
Deus “residirá” com a humanidade e “estará” com eles” significa que se tornará
um Ser carnal? Isso não pode ser, porque Jeová disse a Moisés: “Homem algum
pode ver-me e continuar vivo.” [Êxo. 33:20] Coerentemente, pois, os membros
da Nova Jerusalém não retornarão à terra quais seres físicos. Em que sentido,
então, poderá Deus ‘estar com’ a humanidade e como haverá de ‘descer do céu’
a Nova Jerusalém? Não resta dúvida de que se acha uma indicação disso em
Gênesis 21:1, que diz que Deus “visitou” a Sara, abençoando-a com um filho na
sua velhice. Êxodo 4:31 nos informa que Deus “visitava” Israel, enviando
Moisés qual libertador. Lucas 7:16 diz que, por meio do ministério de Jesus,
Deus “visitou” o seu povo. [Todos de Al e ALA] Outras traduções usam a
expressão Deus “voltou a sua atenção” para o seu povo [NM] ou ‘mostrou
interesse’ por eles [NE]. Portanto, Revelação 21:2, 3 só pode significar que
Deus ‘visitará’ ou estará com a humanidade, por meio da Nova Jerusalém
celestial, através da qual sobrevirão bênçãos aos humanos obedientes.)

Pro. 2:21, 22, Al: “Os retos habitarão a terra, e os sinceros [“inculpes”,
NE] permanecerão nela. Mas os ímpios serão arrancados da terra e os aleivosos
serão dela exterminados.” (Note que não diz que os inculpes retornarão à terra,
e sim que “permanecerão nela”.)

Será que mudou o propósito original de Deus


para com a terra?

Gên. 1:27, 28: “Deus passou a criar o homem à sua imagem, à imagem de
383

Deus o criou; macho e fêmea os criou. Ademais, Deus os abençoou e Deus lhes
disse: ‘Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende
em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda a criatura
vivente que se move na terra.’” (Assim, Deus indicou seu propósito de que a
terra ficasse cheia da descendência de Adão e Eva quais zeladores de um
paraíso global. Será que Deus, o Criador, depois de ter projetado
magnificamente esta terra para a habitação do homem, tornando-a ímpar entre
todos os planetas que o homem já examinou com seus telescópios e suas naves
espaciais, simplesmente abandonou seu propósito, deixando-o para sempre sem
completar por causa do pecado de Adão?)

Isa. 45:18: “Assim disse Jeová, o Criador dos céus, Ele, o verdadeiro
Deus, o Formador da terra e Aquele que a fez, Aquele que a estabeleceu
firmemente, que não a criou simplesmente para nada, que a formou mesmo para
ser habitada: ‘Eu sou Jeová, e não há outro.’” (Veja também Isaías 55:10, 11.)

Se ninguém jamais vai morrer na


Nova Ordem de Deus, como é que
todos caberão na terra?

Seja lembrado que, quando Deus expressou seu propósito para com a
terra, ele disse: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.” (Gên.
1:28) Deus deu ao homem a faculdade de procriação, e, quando o seu propósito
neste respeito se cumprir, Ele pode fazer cessar a procriação na terra.

Que espécie de pessoas será favorecida


por Deus com vida sem fim na terra?

Sof. 2:3: “Procurai a Jeová, todos os mansos da terra, que tendes


praticado a Sua própria decisão judicial. Procurai a justiça, procurai a mansidão.
Provavelmente sereis escondidos no dia da ira de Jeová.”

Sal. 37:9, 11: “Os que esperam em Jeová são os que possuirão a terra. . . .
Os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de
paz.”
384

Testemunhas de Jeová
Definição: A sociedade cristã mundial de pessoas que dão ativamente
testemunho sobre Jeová Deus e Seus propósitos para com a humanidade.
Baseiam suas crenças unicamente na Bíblia.

Que crenças das Testemunhas de Jeová as colocam à parte como diferentes


das outras religiões?

(1) A Bíblia: As Testemunhas de Jeová crêem que a Bíblia inteira é a


inspirada Palavra de Deus, e, em vez de aderirem a uma crença baseada na
tradição humana, apegam-se à Bíblia como base para todas as suas crenças.

(2) Deus: Adoram a Jeová como o único Deus verdadeiro e falam de


modo desinibido a outros a respeito Dele e de Seus propósitos amorosos para
com a humanidade. Qualquer pessoa que testemunhe publicamente sobre Jeová
é geralmente identificada como pertencente ao grupo indiviso — “Testemunhas
de Jeová”.

(3) Jesus Cristo: Crêem, não que Jesus Cristo seja parte de uma
Trindade, mas que, conforme diz a Bíblia, é o Filho de Deus, o primeiro das
criações de Deus; que teve existência pré-humana e que sua vida foi transferida
dos céus para o ventre de uma virgem, Maria; que sua vida humana perfeita,
oferecida em sacrifício, torna possível a salvação com a perspectiva de vida
eterna para aqueles que exercerem fé; que Cristo atua na qualidade de Rei sobre
toda a terra, desde 1914, detendo autoridade divinamente concedida.

(4) O Reino de Deus: Crêem que o Reino de Deus é a única esperança


para a humanidade; que se trata de um governo real; que em breve destruirá o
atual sistema iníquo de coisas, incluindo todos os governos humanos, e
produzirá um novo sistema em que prevalecerá a justiça.

(5) A vida celestial: Crêem que 144.000 cristãos ungidos com espírito
santo compartilharão com Cristo o seu Reino celestial, reinando junto com ele.
Não crêem que o céu seja a recompensa para todos os “bons”.

(6) A terra: Crêem que o propósito original de Deus para com a terra será
cumprido; que a terra será completamente povoada por adoradores de Jeová e
que estes poderão usufruir vida eterna em perfeição humana; que até mesmo os
385

mortos serão ressuscitados para terem a oportunidade de compartilhar essas


bênçãos.

(7) A morte: Crêem que os mortos não estão cônscios de absolutamente


nada; que não sentem nem dor nem prazer em algum domínio espiritual; que
não existem senão na memória de Deus, assim, a esperança deles de vida futura
depende da ressurreição dentre os mortos.

(8) Os últimos dias: Crêem que vivemos atualmente, a partir de 1914,


nos últimos dias do presente sistema iníquo de coisas; que alguns dos que viram
os acontecimentos de 1914 verão também a destruição total do atual mundo
iníquo; que os que amam a justiça sobreviverão numa terra purificada.

(9) À parte do mundo: Esforçam-se seriamente em não ser parte do


mundo, conforme Jesus disse se daria com seus seguidores. Demonstram
genuíno amor cristão ao próximo, mas não participam na política nem nas
guerras de nação alguma. Provêem às necessidades materiais de sua família,
mas evitam a busca ávida de coisas materiais e fama pessoal, também entregar-
se excessivamente aos prazeres, coisas pelas quais se empenha este mundo.

(10) Aplicam o conselho da Bíblia: Crêem que é importante aplicar hoje


o conselho da Palavra de Deus, no dia-a-dia — no lar, na escola, nos negócios,
na congregação. A pessoa pode tornar-se Testemunha de Jeová, não importa
qual tenha sido o seu passado, desde que abandone práticas condenadas pela
Palavra de Deus e aplique seu conselho piedoso. Mas, se alguém, depois disso,
se tornar praticante de adultério, fornicação, homossexualismo, abuso de
drogas, embriaguez, mentiras ou roubo, será desassociado da organização.
(A listagem acima apresenta em suma algumas das crenças importantes das
Testemunhas de Jeová, mas de modo algum engloba todos os pontos em que
suas crenças diferem das de outros grupos. A base bíblica para as crenças acima
poderá ser encontrada no Índice deste livro.)

São as Testemunhas de Jeová uma religião


americana?

Advogam o Reino de Deus, não o sistema político, econômico ou social


de alguma nação deste velho mundo.

É verdade que as Testemunhas de Jeová tiveram nos tempos modernos o


seu início nos Estados Unidos. A localização de sua sede mundial naquele país
386

contribuiu para tornar possível a impressão e a expedição de publicações


bíblicas para a maior parte do mundo. Mas as Testemunhas não preferem uma
nação a outra; acham-se em quase todas as nações e têm sedes em muitas partes
da terra para supervisionar sua atividade nessas áreas.

Considere: Jesus, sendo judeu, nasceu na Palestina, mas o cristianismo


não é uma religião palestina, concorda? O lugar do nascimento humano de
Jesus não é o fator mais importante a considerar. O que Jesus ensinava
originava-se de seu Pai, Jeová Deus, que lida de modo imparcial com pessoas
de todas as nações. — João 14:10; Atos 10:34, 35.

Como é financiada a obra das Testemunhas


de Jeová?

Por meio de contribuições voluntárias, como acontecia com os primitivos


cristãos. (2 Cor. 8:12; 9:7) Jamais se faz coleta em suas reuniões; nunca se
solicita dinheiro do público. As contribuições pelas publicações bíblicas são
para cobrir os custos de impressão e expedição.

As Testemunhas não são pagas para ir de casa em casa nem para oferecer
publicações bíblicas nas ruas. O amor a Deus e ao próximo as motiva a falar
sobre as amorosas provisões de Deus para a humanidade.

A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, EUA,


sociedade jurídica de caráter religioso, usada pelas Testemunhas de Jeová, foi
constituída em 1884 de acordo com a Lei das Associações Não Lucrativas da
Comunidade de Pensilvânia, EUA. Assim, por lei, ela não pode ser, e não é,
uma empresa lucrativa, tampouco indivíduos fazem lucro por meio desta
sociedade. O estatuto da Sociedade declara: “Ela [a Sociedade] não visa
pecúnia ou lucro, quer de forma incidental, quer de outra, a seus membros,
diretores ou dirigentes.”

São as Testemunhas de Jeová uma seita ou um culto?

Há os que definem seita como um grupo que se desagregou de uma religião


estabelecida. Outros aplicam o termo a um grupo que segue determinado líder
ou mestre humano. O termo geralmente é aplicado de forma depreciativa. As
387

Testemunhas de Jeová não são uma ramificação de alguma igreja, mas entre
elas há pessoas procedentes de todas as rodas da vida e de muitas formações
religiosas. Não consideram nenhum humano como seu líder, mas unicamente
Jesus Cristo.

Culto é uma religião dita não-ortodoxa ou que enfatiza a devoção de acordo


com rituais prescritos. Muitos cultos seguem um líder humano vivo, e é comum
seus adeptos viverem em grupos, apartados do resto da sociedade. O padrão do
que é ortodoxo, contudo, deve ser a Palavra de Deus, e as Testemunhas de
Jeová aderem estritamente à Bíblia. Sua adoração é um modo de vida, não uma
devoção ritualística. Não seguem um humano nem se isolam do resto da
sociedade. Vivem e trabalham no meio de outras pessoas.

Há quanto tempo existe a religião das


Testemunhas de Jeová?

Segundo a Bíblia, a linhagem de testemunhas de Jeová remonta ao fiel


Abel. Hebreus 11:4-12:1 diz: “Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício de
maior valor do que Caim . . . Pela fé Noé, depois de receber aviso divino de
coisas ainda não observadas, mostrou temor piedoso . . . Pela fé Abraão, quando
chamado, obedeceu, saindo para um lugar que estava destinado a receber em
herança . . . Pela fé Moisés, quando cresceu, negou-se a ser chamado filho da
filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter
o usufruto temporário do pecado . . . Assim, pois, visto que temos a rodear-nos
uma tão grande nuvem de testemunhas, ponhamos também de lado todo peso e
o pecado que facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira
que se nos apresenta.”

Com respeito a Jesus Cristo, a Bíblia diz: “Estas coisas diz o Amém, a
testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.” De quem era ele
testemunha? Ele próprio disse ter manifestado o nome de seu Pai. Ele foi a
principal testemunha de Jeová. — Rev. 3:14; João 17:6.

É interessante notar que alguns judeus perguntaram se a atividade de


Jesus Cristo representava “um novo ensino”. (Mar. 1:27) Mais tarde, alguns
gregos pensaram que o apóstolo Paulo estava introduzindo um “novo ensino”.
(Atos 17:19, 20) Era novo para os ouvidos dos que ouviam esse ensino, mas o
388

importante é que era a verdade, estando em plena harmonia com a Palavra de


Deus.

A história moderna das Testemunhas de Jeová iniciou-se com a formação


de um grupo de estudo bíblico em Allegheny, Pensilvânia, EUA, nos
primórdios da década de 1870. No começo, eram conhecidas apenas como
Estudantes da Bíblia, mas, em 1931, adotaram o nome bíblico de Testemunhas
de Jeová. (Isa. 43:10-12) Suas crenças e seus métodos não são novos, são antes
uma restauração do cristianismo do primeiro século.

Crêem as Testemunhas de Jeová que a sua


religião é a única que é certa?

A Bíblia não concorda com o conceito moderno de que existem muitas


maneiras aceitáveis de se adorar a Deus. Efésios 4:5 diz que há “um só Senhor,
uma só fé”. Jesus declarou: “Estreito é o portão e apertada a estrada que conduz
à vida, e poucos são os que o acham. . . . Nem todo o que me disser: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai,
que está nos céus.” — Mat. 7:13, 14, 21; veja também 1 Coríntios 1:10.

Repetidas vezes as Escrituras referem-se ao conjunto dos ensinos cristãos


verdadeiros como a “verdade”, e o cristianismo é mencionado como o
“caminho da verdade”. (1 Tim. 3:15; 2 João 1; 2 Ped. 2:2) Em razão de as
Testemunhas de Jeová basearem na Bíblia todas as suas crenças, normas de
conduta e procedimentos organizacionais, sua fé na própria Bíblia como sendo
a Palavra de Deus lhes dá a convicção de que possuem realmente a verdade.

Assim, sua posição não é egotística, mas demonstra confiança na Bíblia


como o padrão certo pelo qual se pode avaliar a religião a que a pessoa
pertence. Não são egocêntricas, antes, têm vivo desejo de partilhar suas crenças
com outros.

Não seguem também a Bíblia as outras religiões?

Muitas a usam até certo ponto. Mas será que realmente ensinam e
praticam o que está contido nela? Considere: (1) Removeram da maioria de
suas versões da Bíblia o nome do verdadeiro Deus, isso milhares de vezes. (2)
A doutrina da Trindade, seu conceito sobre o próprio Deus, foi tomada
emprestada a fontes pagãs e desenvolvida na sua forma atual séculos após ter
389

sido completada a escrita da Bíblia. (3) Sua crença na imortalidade da alma


humana como base para a vida além-túmulo não é bíblica; tem raízes na antiga
babilônia. (4) O tema da pregação de Jesus era o Reino de Deus, e ele enviou
seus discípulos para que fossem falar pessoalmente a outros sobre este Reino;
contudo, as igrejas hoje raramente mencionam esse Reino e os membros delas
não estão realizando a obra de pregar “estas boas novas do reino”. (Mat. 24:14)
(5) Jesus disse que seus verdadeiros seguidores poderiam ser facilmente
identificados pelo seu amor abnegado de uns para com os outros. Dá-se isso
com as religiões da cristandade, quando as nações entram em guerra? (6) A
Bíblia diz que os discípulos de Cristo não seriam parte do mundo, e avisa que
quem quer que deseje ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus; mas as
igrejas da cristandade e seus membros estão profundamente envolvidos nos
assuntos políticos das nações. (Tia. 4:4) Em vista de tais antecedentes, pode-se
dizer com sinceridade que elas aderem realmente à Bíblia?

Como chegam as Testemunhas de Jeová à sua explicação da Bíblia?

Um fator-chave é que as Testemunhas de Jeová realmente crêem que a


Bíblia é a Palavra de Deus e que o ensinamento nela contido é para a nossa
instrução. (2 Tim. 3:16, 17; Rom. 15:4; 1 Cor. 10:11) Desse modo, não
recorrem a argumentos filosóficos para se esquivarem às declarações claras de
verdade nela contidas, nem para justificarem o modo de vida de pessoas que
abandonaram as normas de moral da Bíblia.

Para mostrarem o significado da linguagem simbólica encontrada na


Bíblia, deixam que a própria Bíblia forneça a explicação, ao invés de
apresentarem suas teorias quanto ao seu significado. (1 Cor. 2:13) Indicações
quanto ao significado de termos simbólicos são geralmente encontradas em
outros trechos da Bíblia. (Como exemplo, veja Revelação 21:1; daí, para o
significado de “mar”, leia Isaías 57:20. Para identificar “o Cordeiro”,
mencionado em Revelação 14:1, veja João 1:29 e 1 Pedro 1:19.)

Quanto ao cumprimento de profecias, aplicam o que Jesus disse sobre


estarmos alertas aos acontecimentos que correspondem àquilo que foi predito.
(Lucas 21:29-31; compare com 2 Pedro 1:16-19.) Conscienciosamente apontam
390

esses acontecimentos e chamam a atenção para o que a Bíblia indica que eles
significam.

Jesus disse que teria na terra um “escravo fiel e discreto” (seus seguidores
ungidos considerados como um grupo), por meio do qual proveria alimento
espiritual aos que constituem a família da fé. (Mat. 24:45-47) As Testemunhas
de Jeová reconhecem esse arranjo. Como os cristãos do primeiro século,
recorrem ao corpo governante dessa classe do “escravo” para resolverem
questões difíceis — não à base da sabedoria humana, mas do seu conhecimento
da Palavra de Deus e de Seus tratos com Seus servos, e com a ajuda do espírito
de Deus, pelo qual oram fervorosamente. — Atos 15:1-29; 16:4, 5.

Por que razão tem havido mudanças, através dos


anos, nos ensinos das Testemunhas de Jeová?

A Bíblia mostra que Jeová habilita Seus servos a entender Seu propósito
de maneira progressiva. (Pro. 4:18; João 16:12) Assim sendo, os profetas que
foram divinamente inspirados para escrever partes da Bíblia não entendiam o
significado de tudo o que escreveram. (Dan. 12:8, 9; 1 Ped. 1:10-12) Os
apóstolos de Jesus Cristo viam que havia muita coisa que não entendiam
naquela época. (Atos 1:6, 7; 1 Cor. 13:9-12) A Bíblia mostra que haveria um
grande aumento de conhecimento da verdade no “tempo do fim”. (Dan. 12:4) O
conhecimento maior amiúde requer ajustes no modo de pensar da pessoa. As
Testemunhas de Jeová se dispõem, humildemente, a fazer tais ajustes.

Por que pregam as Testemunhas de Jeová


de casa em casa?

Jesus predisse para o nosso tempo esta obra: “Estas boas novas do reino
serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e
então virá o fim.” Ele instruiu também o seguinte aos seus seguidores: “Ide . . .
e fazei discípulos de pessoas de todas as nações.” — Mat. 24:14; 28:19.

Quando Jesus enviou seus primitivos discípulos, orientou-os para que


fossem aos lares das pessoas. (Mat. 10:7, 11-13) O apóstolo Paulo disse com
391

respeito ao seu ministério: “Não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse
proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa.” — Atos
20:20, 21; veja também Atos 5:42.

A mensagem que as Testemunhas proclamam envolve a vida das pessoas;


querem ter o cuidado de não desperceber ninguém. (Sof. 2:2, 3) Suas visitas são
motivadas pelo amor — primeiro a Deus, também ao próximo.

Uma conferência de líderes religiosos na Espanha observou o seguinte:


“Talvez [as igrejas] sejam excessivamente negligentes naquilo que constitui
precisamente a maior preocupação das Testemunhas — a visita aos lares, que
cai dentro da metodologia apostólica da primitiva igreja. Enquanto que as
igrejas, não em poucas ocasiões, se limitam a construir seus templos, a tocar os
sinos para chamar as pessoas e a pregar dentro de seus locais de adoração, [as
Testemunhas] seguem a tática apostólica de ir de casa em casa e de aproveitar
toda ocasião para testemunhar.” — El Catolicismo, Bogotá, Colômbia, 14 de
setembro de 1975, p. 14.

Mas por que visitam as Testemunhas de Jeová


repetidamente até mesmo os lares das pessoas que
não são da mesma fé?

Elas não impõem a sua mensagem a outros. Mas sabem que as pessoas se
mudam para novas residências e que as circunstâncias delas mudam. Talvez
hoje a pessoa esteja ocupada demais para ouvir; em outra ocasião talvez tenha
prazer de tomar tempo para ouvir. Um membro da família pode não ter
interesse, mas outros talvez o tenham. As próprias pessoas mudam; problemas
sérios na vida podem conscientizar a pessoa da necessidade espiritual. — Veja
também Isaías 6:8, 11, 12.

Por que são as Testemunhas de Jeová perseguidas


e se fala contra elas?

Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabeis que me odiou antes de odiar a vós.
Se vós fizésseis parte do mundo, o mundo estaria afeiçoado ao que é seu.
Agora, porque não fazeis parte do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por
esta razão o mundo vos odeia.” (João 15:18, 19; veja também 1 Pedro 4:3, 4.) A
Bíblia mostra que o mundo inteiro está sob o controle de Satanás; ele é o
392

principal instigador da perseguição. — 1 João 5:19; Rev. 12:17.

Jesus disse também a seus discípulos: “Sereis pessoas odiadas por todos,
por causa do meu nome.” (Mar. 13:13) A palavra “nome” nesse contexto
significa o que Jesus é oficialmente, o Rei messiânico. A perseguição sobrevém
porque as Testemunhas de Jeová colocam os mandamentos dele acima dos de
qualquer governante terreno.

Se Alguém Disser —
‘Por que vocês não se empenham em atividades
que contribuam para tornar o mundo
(a comunidade) um lugar melhor para se viver?’

Poderá responder: ‘As condições na comunidade lhe são obviamente


importantes, também o são para mim. Permita-me perguntar-lhe: Na sua
opinião, qual o problema que deveria estar entre os primeiros a receber
atenção?’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Por que acha que isso se tornou uma
necessidade tão premente? . . . Obviamente, medidas imediatas para sanar o
problema podem ser benéficas, mas estou certo de que concordará que
gostaríamos de ver melhora a longo prazo. É assim que nós, Testemunhas de
Jeová, consideramos esse assunto. (Explique o que fazemos para ajudar as
pessoas a aplicar os princípios bíblicos em sua vida, a fim de atingirem a raiz do
problema em base individual; também, o que o Reino de Deus fará, e por que
este resolverá permanentemente o problema para a humanidade.)’

Ou poderá dizer: ‘(Depois de abranger alguns dos pontos da resposta


precedente . . . ) Alguns contribuem para o melhoramento da comunidade com
fundos; outros fazem isso oferecendo voluntariamente seus préstimos. As
Testemunhas de Jeová contribuem de ambas as maneiras. Permita-me explicar.’
Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Para ser Testemunha de Jeová, a pessoa
precisa conscienciosamente pagar seus impostos; isto provê fundos para o
governo suprir os serviços necessários.’ (2) ‘Não nos restringimos a isso, mas
visitamos as pessoas nos seus lares, oferecendo-lhes cursos bíblicos gratuitos.
Quando se familiarizam com o conteúdo da Bíblia, aprendem a aplicar os
princípios da Bíblia e, portanto, a lidar com os seus problemas.’
393

Outra possibilidade: ‘Alegro-me de que suscitou essa questão. Muitos


nunca perguntam para saber o que as Testemunhas estão realmente fazendo
com respeito aos assuntos comunitários. Naturalmente, existe mais de uma
maneira de prestar ajuda.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Alguns fazem
isso formando instituições — hospitais, asilos para os idosos, centros de
reabilitação de toxicômanos, e assim por diante. Há outros que se dispõem a ir
diretamente às casas das pessoas para oferecer a necessária assistência que
estiverem em condições de prestar. É isso que as Testemunhas de Jeová fazem.’
(2) ‘Temos observado que existe uma coisa que pode mudar todo o conceito da
pessoa sobre a vida, e isto é o conhecimento daquilo que a Bíblia indica ser o
objetivo real da vida, e daquilo que o futuro nos reserva.’

Uma sugestão adicional: ‘Aprecio que suscitou esta pergunta. Não é um


fato que gostaríamos de ver as condições melhorar? Diga-me, o que acha das
atividades do próprio Jesus Cristo? Diria que era prático o método que ele usava
para ajudar as pessoas? . . . Nós nos esforçamos em seguir o exemplo dele.’

‘Os cristãos têm de ser testemunhas de


Jesus, não de Jeová.’

Poderá responder: ‘Este é um ponto interessante. E tem razão de que


temos a responsabilidade de ser testemunhas de Jesus. Esta é a razão por que o
papel de Jesus no propósito de Deus é enfatizado em nossas publicações.
(Talvez queira usar um livro atual ou uma revista para demonstrar isso.) Mas
talvez não tenha pensado no seguinte. (Rev. 1:5) . . . Jesus era “a Testemunha
Fiel” de quem? (João 5:43; 17:6) . . . Não deixou Jesus um exemplo para
imitarmos? . . . Por que é tão importante chegar a conhecer tanto a Jesus como a
seu Pai? (João 17:3)’

Tradução do Novo Mundo


Definição: Tradução das Escrituras Sagradas feita diretamente do hebraico,
aramaico e grego para o inglês atual por uma comissão de testemunhas ungidas
de Jeová. Tais expressaram o seguinte com respeito à obra: “Os tradutores que
temem e amam o Autor divino das Escrituras Sagradas sentem de modo
394

especial a responsabilidade para com Ele, no sentido de transmitir Seus


pensamentos e Suas declarações do modo mais exato possível. Sentem também
a responsabilidade para com os pesquisadores leitores da tradução moderna, que
dependem da Palavra inspirada do Deus Altíssimo para a sua salvação eterna.”
Esta tradução foi originalmente publicada em partes, desde 1950 até 1960.
Edições em outras línguas se basearam na tradução em inglês.

Em que se baseia a “Tradução do Novo Mundo”?

Usou-se como base para a tradução das Escrituras Hebraicas o texto da


Biblia Hebraica, de Rudolf Kittel, edições de 1951-1955. A revisão de 1984 da
Tradução do Novo Mundo, em inglês, teve o benefício da atualização, em
harmonia com a Biblia Hebraica Stuttgartensia de 1977. Adicionalmente, os
Rolos do Mar Morto, e numerosas traduções antigas em outras línguas foram
consultadas. Para as Escrituras Gregas Cristãs, usou-se primariamente o texto
grego mestre de 1881, preparado por Westcott e Hort, mas diversos outros
textos mestres foram consultados, bem como numerosas versões antigas em
outros idiomas.

Quem foram os tradutores?

Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia doou os


direitos autorais da tradução realizada, ela pediu que seus membros
permanecessem no anonimato. A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados de Pensilvânia, EUA, tem honrado seu pedido. Os tradutores não
buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das
Escrituras Sagradas.

Com o passar dos anos, outras comissões de tradução adotaram o mesmo


conceito. Por exemplo, na sobrecapa da Edição com Referências (1971) da New
American Standard Bible diz: “Não usamos o nome de nenhum erudito para
referência ou recomendações, porque cremos que a Palavra de Deus deve
destacar-se no seu mérito.”

É realmente uma tradução erudita?

Visto que os tradutores preferiram ficar no anonimato, a pergunta não


395

pode ser respondida aqui em termos da formação cultural deles. A tradução tem
de ser avaliada pelos seus próprios méritos.

Que espécie de tradução é? Em primeiro lugar, é uma tradução precisa,


bastante literal, dos idiomas originais. Não se trata de livre paráfrase, em que os
tradutores omitem pormenores que consideram não importantes e acrescentam
idéias que crêem ser úteis. Como ajuda aos estudantes, várias edições provêem
extensas notas ao pé da página, mostrando variantes de tradução, onde as
expressões podem legitimamente ser vertidas de várias maneiras, também uma
lista de antigos manuscritos específicos em que certos modos de traduzir se
baseiam.

Alguns versículos talvez não rezem do mesmo modo como os a que a


pessoa está acostumada. Qual a tradução certa? Os leitores são convidados a
examinar o apoio de manuscritos citados ao pé das páginas na edição com
Referências da Tradução do Novo Mundo, a ler as explicações dadas no
apêndice e a comparar a tradução com uma variedade de outras traduções.
Observarão geralmente que alguns outros tradutores também viram a
necessidade de expressar o assunto de modo similar.

Por que é o nome Jeová usado nas Escrituras Gregas Cristãs?

Seja notado que a Tradução do Novo Mundo não é a única Bíblia que faz
isso. O Nome Divino aparece em traduções das Escrituras Gregas Cristãs para o
hebraico em passagens onde se fazem transcrições diretamente das inspiradas
Escrituras Hebraicas. The Emphatic Diaglott (1864) contém o nome Jeová 18
vezes. Versões das Escrituras Gregas Cristãs, em pelo menos 38 outros idiomas,
também usam uma forma vernacular do nome divino.

A ênfase que Jesus Cristo colocou sobre o nome de seu Pai indica que ele
o usou pessoalmente sem restrição. (Mat. 6:9; João 17:6, 26) Segundo
Jerônimo, do quarto século EC, o apóstolo Mateus escreveu seu Evangelho
primeiro em hebraico, e esse Evangelho faz numerosas citações de passagens
das Escrituras Hebraicas em que consta o nome divino. Outros dentre os
escritores das Escrituras Gregas Cristãs citaram da Septuaginta (versão dos
Setenta) grega (uma tradução das Escrituras Hebraicas para o grego, iniciada
396

aproximadamente em 280 AEC), cujas cópias antigas continham o nome divino


em caracteres hebraicos, conforme mostram os fragmentos reais que foram
preservados.

O professor George Howard, da Universidade da Geórgia, EUA,


escreveu: “Visto que o Tetragrama [as quatro letras hebraicas para o nome
divino] ainda era escrito nos exemplares da Bíblia grega, que compunha as
Escrituras da primitiva igreja, é razoável crer que os escritores do N[ovo]
T[estamento], ao citarem a Escritura, preservaram o Tetragrama dentro do texto
bíblico.” — Journal of Biblical Literature, março de 1977, p. 77.

Por que faltam aparentemente alguns versículos?

Esses versículos, que se encontram em algumas traduções, não constam


nos mais antigos manuscritos disponíveis da Bíblia. Uma comparação com
outras traduções modernas, como The New English Bible e a Bíblia de
Jerusalém, esta última uma versão católica, mostra que outros tradutores
também reconheceram que os versículos em questão não fazem parte da Bíblia.
Em alguns casos, foram tirados de outra parte da Bíblia e acrescentados ao texto
copiado por um escriba.

Se Alguém Disser —
‘Vocês têm a sua própria Bíblia.’

Poderá responder: ‘Que tradução da Bíblia possui? É a . . . (mencione


diversas na sua língua)? Sabe, há muitas traduções.’ Daí, talvez possa
acrescentar: ‘Terei prazer em usar qualquer tradução que preferir. Mas talvez
se interesse em saber por que gosto especialmente da Tradução do Novo
Mundo. É porque é em linguagem moderna e compreensível, também porque os
tradutores se apegaram bem de perto àquilo que se acha nos idiomas originais
da Bíblia.’

Ou poderá dizer: ‘Pelo que me diz, acredito que deve ter uma Bíblia em
sua casa. Que tradução da Bíblia usa? . . . Gostaria de apanhá-la?’ Daí, talvez
possa acrescentar: ‘Qualquer que seja a tradução que usarmos, Jesus frisou,
para todos nós, em João 17:3, a coisa importante a ter em mente, conforme pode
ver aqui na sua própria Bíblia. . . .’
397

Outra possibilidade: ‘Há muitas traduções da Bíblia. Nossa Sociedade


nos incentiva a usar uma variedade delas para fazermos comparações e para
ajudarmos os estudantes a entender o verdadeiro sentido das Escrituras.
Conforme talvez saiba, a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico, aramaico
e grego. Portanto, somos gratos pelo que os tradutores fizeram para vertê-la em
nossa língua. Que tradução da Bíblia usa?’

Uma sugestão adicional: ‘Evidentemente é uma pessoa que gosta da


Palavra de Deus. Portanto, tenho certeza de que se interessa em saber qual é
uma das grandes diferenças entre a Tradução do Novo Mundo e outras versões.
Tem a ver com o nome da pessoa mais importante mencionada nas Escrituras.
Sabe quem é essa pessoa?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Sabia que seu
nome pessoal aparece na Bíblia original em hebraico umas 7.000 vezes — mais
do que qualquer outro nome?’ (2) ‘Que diferença faz se usamos o nome pessoal
de Deus ou não? Bem, será que tem amigos realmente íntimos cujo nome não
sabe? . . . Se desejamos ter uma relação pessoal com Deus, é importante de
início conhecermos o nome dele. Note o que Jesus disse em João 17:3, 6. (Sal.
83:18)’

Trindade
Definição: A doutrina fundamental das religiões da cristandade. Segundo o
Credo de Atanásio, há três pessoas divinas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo),
sendo cada um destes, alegadamente, eterno, todo-poderoso, não sendo nenhum
maior ou menor do que o outro, sendo cada um deles, alegadamente, Deus, e,
não obstante, juntos um só Deus. Outras afirmações sobre esse dogma
sublinham que estas três “Pessoas” não são entes separados e distintos, mas três
formas nas quais existe a essência divina. Assim, alguns trinitários enfatizam
sua crença de que Jesus Cristo é Deus ou de que Jesus e o Espírito Santo são
Jeová. Não é ensinamento bíblico.

Qual é a origem da doutrina da Trindade?

The New Encyclopædia Britannica diz: “Nem a palavra Trindade, nem a


doutrina explícita, como tal, aparecem no Novo Testamento, e nem Jesus ou
seus seguidores tencionaram contradizer o Shema do Velho Testamento: ‘Ouve,
398

ó Israel: O Senhor, nosso Deus, é um só Senhor’ (Deut. 6:4). . . . A doutrina


desenvolveu-se gradualmente com o decorrer dos séculos, enfrentando muitas
controvérsias. . . . Por volta do fim do 4.° século . . . a doutrina da Trindade
tomou substancialmente a forma que desde então tem conservado.” — (1976),
Micropædia, Vol. X, p. 126.

A New Catholic Encyclopedia diz: “A formulação de ‘um só Deus em três


Pessoas’ não foi solidamente estabelecida, de certo não plenamente assimilada
na vida cristã e na sua profissão de fé, antes do fim do 4.° século. Mas, é
precisamente esta formulação que tem a primeira reivindicação ao título o
dogma da Trindade. Entre os Pais Apostólicos, não havia nada, nem mesmo
remotamente, que se aproximasse de tal mentalidade ou perspectiva.” —
(1967), Vol. XIV, p. 299.

Em The Encyclopedia Americana lemos: “O cristianismo derivou-se do


judaísmo, e o judaísmo era estritamente unitário [cria que Deus é uma só
pessoa]. O caminho que levou de Jerusalém a Nicéia dificilmente foi em linha
reta. O trinitarismo do quarto século de forma alguma refletiu com exatidão o
primitivo ensino cristão sobre a natureza de Deus; foi, ao contrário, um desvio
deste ensinamento.” — (1956), Vol. XXVII, p. 294L.

Segundo o Nouveau Dictionnaire Universel: “A trindade platônica, que


em si é meramente um rearranjo de trindades mais antigas, que remontam aos
povos anteriores, parece ser a trindade filosófica racional de atributos que
deram origem às três hipóstases ou pessoas divinas ensinadas pelas igrejas
cristãs. . . . O conceito deste filósofo grego [Platão, do 4.° século AEC] sobre a
trindade divina . . . pode ser encontrado em todas as religiões [pagãs] antigas.”
— (Paris, 1865-1870), editado por M. Lachâtre, Vol. 2, p. 1467.

O jesuíta John L. McKenzie, no seu Dictionary of the Bible, diz: “A


trindade de pessoas dentro da unidade de natureza é definida em termos de
‘pessoa’ e de ‘natureza’, que são termos filosóficos gr[egos]; na realidade, esses
termos não aparecem na Bíblia. As definições trinitárias surgiram em resultado
de longas controvérsias, em que estes termos e outros, tais como ‘essência’ e
‘substância’, foram erroneamente aplicados a Deus por alguns teólogos.” —
(Nova Iorque, 1965), p. 899.

Embora, conforme reconhecem os trinitários, nem a


palavra “Trindade” nem a declaração do dogma da
399

Trindade se encontrem na Bíblia, será que se


encontram ali os conceitos englobados nesse dogma?

Ensina a Bíblia que o “Espírito Santo” é uma


pessoa?

Alguns textos individuais que mencionam o espírito santo (“Espírito


Santo”, Al) talvez pareçam indicar uma personalidade. Por exemplo, fala-se do
espírito santo como ajudador (grego, pa·rá·kle·tos; “Consolador”, Al;
“Auxiliador”, BLH) que ‘ensina’, ‘dá testemunho’, ‘fala’ e ‘ouve’. (João 14:16,
17, 26; 15:26; 16:13) Mas outros textos dizem que pessoas ficaram ‘cheias’ de
espírito santo, que algumas delas foram ‘batizadas’ ou ‘ungidas’ com esse
espírito. (Luc. 1:41; Mat. 3:11; Atos 10:38) Estas últimas referências feitas ao
espírito santo definitivamente não se coadunam com uma pessoa. Para entender
o que a Bíblia como um todo ensina, estes textos todos precisam ser
considerados. Qual é a conclusão razoável? A de que os primeiros textos
citados aqui empregam uma figura de linguagem, personificando o espírito
santo de Deus, sua força ativa, assim como a Bíblia personifica também a
sabedoria, o pecado, a morte, a água e o sangue. (Veja também as páginas 142,
143, sob o tópico “Espírito”.)

As Escrituras Sagradas nos dão o nome pessoal do Pai — Jeová. Elas nos
informam que o Filho é Jesus Cristo. Mas, em parte alguma das Escrituras se dá
um nome pessoal ao espírito santo.

Atos 7:55, 56 relata que Estêvão recebeu uma visão do céu, onde viu
“Jesus em pé à direita de Deus”. Mas não diz ter visto o espírito santo. (Veja
também Revelação 7:10; 22:1, 3.)

A New Catholic Encyclopedia admite: “A maioria dos textos do N[ovo]


T[estamento] revela o espírito de Deus como sendo algo, não alguém; isto se vê
especialmente no paralelismo entre o espírito e o poder de Deus. (1967, Vol.
XIII, p. 575) Diz também: “Os apologistas [escritores cristãos gregos do
segundo século] falavam com demasiada hesitação do Espírito; pode-se adiantar
até certo ponto que o fizeram de modo impessoal demais.” — Vol. XIV, p. 296.

Concorda a Bíblia com os que ensinam que o Pai e


o Filho não são pessoas separadas e distintas?

Mat. 26:39, ALA: “Adiantando-se um pouco, [Jesus Cristo] prostrou-se


400

sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai: Se possível, passe de mim este
cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.” (Se o Pai e o
Filho não fossem pessoas distintas, essa oração não teria sentido. Jesus estaria
orando a si mesmo, e a sua vontade teria sido forçosamente a vontade do Pai.)

João 8:17, 18, ALA: “[Jesus respondeu aos fariseus judaicos:] Na vossa lei
está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim
mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.” (Portanto, Jesus
falou definitivamente de si mesmo como uma pessoa separada e distinta do
Pai.)

Veja também as páginas 208, 209, sob “Jeová”.

Ensina a Bíblia que todos os que se diz que fazem


parte da Trindade são eternos, que nenhum deles
teve começo?

Col. 1:15, 16, ALA: “Ele [Jesus Cristo] é a imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação; pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus
e sobre a terra.” Em que sentido é Jesus Cristo “o primogênito de toda a
criação”? (1) Os trinitários dizem que “primogênito” aqui significa primário, o
mais excelente, o mais distinto; assim, seria de entender que Cristo não faz
parte da criação, mas que é o mais distinto em relação com os que foram
criados. Se assim for, e se a doutrina da Trindade é verdadeira, por que não se
diz que o Pai e o espírito santo são também o primogênito de toda a criação?
Mas a Bíblia aplica esta expressão unicamente ao Filho. Segundo o significado
costumeiro de “primogênito”, indica que Jesus é o mais velho da família dos
filhos de Jeová. (2) Antes de Colossenses 1:15, a expressão “primogênito”
ocorre mais de 30 vezes na Bíblia, e em todos os casos em que é aplicado a
criaturas viventes, tem o mesmo significado — o primogênito faz parte do
grupo. “O primogênito de Israel” é um dos filhos de Israel; “o primogênito de
Faraó” é um da família de Faraó; “os primogênitos dos animais” são eles
próprios animais. O que faz com que alguns atribuam, então, um significado
diferente a “primogênito” em Colossenses 1:15? O emprego bíblico, ou a
crença à qual já se apegaram e para a qual procuram prova? (3) Será que
Colossenses 1:16, 17 (ALA) exclui Jesus de ter sido criado, ao dizer “nele foram
criadas todas as cousas . . . tudo foi criado por meio dele e para ele”? A palavra
401

grega traduzida aqui por “todas” é pán·ta, forma flexionada de pas. Em Lucas
13:2, ALA traduz isso por “todos os outros”; BV “os demais”; HR diz “todos os
mais”. (Veja também Lucas 21:29 na BLH e Filipenses 2:21 na PIB.) Em
harmonia com todas as outras coisas que a Bíblia diz a respeito do Filho, a NM
atribui o mesmo sentido a pán·ta em Colossenses 1:16, 17, de modo que reza,
em parte, “mediante ele foram criadas todas as outras coisas . . . Todas as
outras coisas foram criadas por intermédio dele e para ele”. Assim, indica-se
que ele é um ser criado, faz parte da criação produzida por Deus.

Rev. 1:1; 3:14, ALA: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu . . .
Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas cousas diz o Amém, a
testemunha fiel e verdadeira, o princípio [grego, ar·khé] da criação de Deus.”
(Al, So, BMD, NM e outras vertem de modo similar.) É correta essa tradução?
Alguns adotam a idéia de que se quer dizer que o Filho era ‘o principiador da
criação de Deus’, que ele era a sua ‘fonte real’. Mas o Greek-English Lexicon,
de Liddell e Scott, alista “princípio” como o primeiro sentido de ar·khé.
(Oxford, Inglaterra, 1968, p. 252) A conclusão lógica é que aquele citado em
Revelação 3:14 é uma criação, a primeira das criações de Deus, e teve
princípio. (Compare com Provérbios 8:22, onde, conforme muitos
comentaristas concordam, se faz referência ao Filho como sabedoria
personificada. Segundo IBB, BMD e BJ, diz-se que aquele que fala ali foi
“criado”.)

Profeticamente, Miquéias 5:2 (Al) fala a respeito do Messias, cujas


“saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. So reza:
“cuja geração é desde o princípio, desde os dias da eternidade.” Faz isso com
que ele seja igual a Deus? É digno de nota que, em vez de dizer “eternidade”,
BMD (5:1) traduz do hebraico por “dias antigos”, PIB, “dias mais remotos”;
NM, “dias do tempo indefinido”. À luz de Revelação 3:14, que se considerou
acima, Miquéias 5:2 não prova que Jesus não teve começo.

Ensina a Bíblia que nenhum dos que se diz estarem


incluídos na Trindade é maior ou menor do
que o outro, que todos são iguais, que todos são
todo-poderosos?

Mar. 13:32, ALA: “A respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem
os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.” (Naturalmente, não seria
402

assim se o Pai, o Filho e o Espírito Santo fossem coiguais em um só Deus. E se,


conforme alguns sugerem, o Filho estivesse impedido de saber, em razão de sua
natureza humana, surge a pergunta: Por que é que o Espírito Santo não sabe?)

Mat. 20:20-23, IBB: “A mãe dos filhos de Zebedeu . . . [disse a Jesus]:


Concede que estes meus dois filhos se sentem, um à tua direita e outro à tua
esquerda, no teu reino. Jesus, porém, replicou: . . . O meu cálice certamente
haveis de beber; mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda, não me
pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles para quem está preparado por meu
Pai.” (Quão estranho, se, segundo se afirma, Jesus é Deus! Estava Jesus
respondendo aqui meramente segundo a sua “natureza humana”? Se, segundo
dizem os trinitários, Jesus era realmente “Deus-homem” — ambos, isto é, Deus
e homem, não um ou outro — seria, na verdade, lógico recorrer ele a tal
explicação? Não mostra Mateus 20:23, ao contrário, que o Filho não é igual ao
Pai, que o Pai reservou para si certas prerrogativas?)

Mat. 12:31, 32, ALA: “Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos
homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém
proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas
se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste
mundo nem no porvir.” (Se o Espírito Santo fosse uma pessoa e fosse Deus,
este texto estaria contradizendo terminantemente a doutrina da Trindade, pois
significaria de alguma forma que o Espírito Santo é maior do que o Filho. Ao
invés, o que Jesus disse mostra que o Pai, de quem é o “Espírito”, é maior do
que Jesus, o Filho do homem.)

João 14:28, ALA: “[Jesus disse:] Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que


eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.”

1 Cor. 11:3, ALA: “Quero . . . que saibais ser Cristo o cabeça de todo
homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo.”
(Claramente, pois, Cristo não é Deus, e Deus é superior a Cristo. Deve-se notar
que isto foi escrito em cerca de 55 EC, uns 22 anos depois de Jesus voltar ao
céu. Portanto, a verdade expressa aqui aplica-se à relação de Deus e de Cristo
nos céus.)

1 Cor. 15:27, 28, ALA: “Todas as cousas [Deus] sujeitou debaixo dos seus
pés [de Jesus]. E quando diz que todas as cousas lhe estão sujeitas, certamente
403

exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as cousas lhe
estiverem sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas
as cousas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.”
Tanto a palavra hebraica Shad·daí como a palavra grega Pan·to·krá·tor são
traduzidas “Todo-poderoso”. Ambas as palavras no idioma original são
repetidamente aplicadas a Jeová, o Pai. (Êxo. 6:3; Rev. 19:6) Nenhuma dessas
expressões é jamais aplicada, quer ao Filho, quer ao espírito santo.

Ensina a Bíblia que cada um dos que se diz serem


parte da Trindade é Deus?

Jesus disse em oração: “Pai, . . . a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:1-3,
ALA; grifo acrescentado.) (A maioria das traduções usa aqui a expressão “o
único Deus verdadeiro” com referência ao Pai. NE reza “que somente tu és
verdadeiramente Deus”. Pode alguém ser “o único Deus verdadeiro”, “somente
[ele ser] verdadeiramente Deus”, se houver mais dois outros que são Deus no
mesmo grau que ele? Quaisquer outros referidos por “deuses” devem ser ou
falsos ou meramente um reflexo do verdadeiro Deus.)

1 Cor. 8:5, 6, ALA: “Ainda que há também alguns que se chamem deuses,
quer no céu, ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores,
todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as cousas e para
quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as cousas, e
nós também por ele.” (Aqui o Pai é apresentado como o “um só Deus” dos
cristãos e como estando numa classe distinta de Jesus Cristo.)

1 Ped. 1:3, ALA: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Repetidas vezes, mesmo após a ascensão de Jesus aos céus, as Escrituras se
referem ao Pai como “o Deus” de Jesus Cristo. Em João 20:17, após a
ressurreição de Jesus, ele próprio falou a respeito do Pai como “meu Deus”.
Mais tarde, quando estava no céu, segundo registrado em Revelação 3:12, ele
usou novamente a mesma expressão. Mas nunca se diz na Bíblia que o Pai se
refira ao Filho como “meu Deus”, tampouco o Pai ou o Filho se referem ao
espírito santo como “meu Deus”.)

Para comentários sobre textos bíblicos usados por alguns no empenho de


404

provar que Cristo é Deus, veja as páginas 212-217, sob o tópico “Jesus Cristo”.
Em Theological Investigations, o jesuíta Karl Rahner admite: “Θεός [Deus] até
agora nunca é usado para o Espírito”, e: “ο θεός [literalmente, o Deus] nunca é
usado no Novo Testamento para se falar do πνεῦμα ἅγιον [espírito santo]”. —
(Baltimore, Md., EUA; 1961), traduzido do alemão, Vol. I, pp. 138, 143.

Será que quaisquer dos textos bíblicos


usados pelos trinitários em apoio
de sua crença provêem base sólida
para esse dogma?

A pessoa que realmente procura conhecer a verdade a respeito de Deus


não vai pesquisar a Bíblia na esperança de encontrar um texto que possa
interpretar como se enquadrando naquilo que já crê. Desejará saber o que a
própria Palavra de Deus diz. Talvez encontre algumas passagens que acha que
podem ser entendidas de mais de uma forma, mas, quando essas são
comparadas com outras declarações bíblicas sobre o mesmo assunto, o
significado de tais passagens se torna claro. Deve-se notar, já de início, que a
maioria dos textos usados como “prova” da Trindade menciona na realidade
apenas duas pessoas, não três; portanto, mesmo que a explicação trinitária dos
textos fosse correta, tais textos não provariam que a Bíblia ensina a Trindade.
Considere o seguinte:

(A menos que se indique outra fonte, todos os textos citados na parte que
se segue são da ALA.)

Textos em que um título que pertence a Jeová é aplicado a Jesus Cristo ou


que se afirma que é aplicado a Jesus.

Alfa e Ômega: A quem pertence corretamente este título? (1) Em


Revelação 1:8, diz-se que pertence a Deus, o Todo-poderoso. No versículo 11
de Rev. 1, segundo Tr, ed. 1883, esse título é aplicado àquele cuja descrição
subseqüente revela ser Jesus Cristo. Mas os eruditos reconhecem que a
referência ao Alfa e Ômega, ou “o A e o Z”, na By, no versículo 11 de Rev. 1, é
espúria e, portanto, não aparece nas versões Al, ALA, BJ, So, PIB. (2) Muitas
traduções de Revelação para o hebraico reconhecem que aquele que é descrito
no versículo 8 de Rev. 1 é Jeová, de modo que restauram ali o nome pessoal de
405

Deus. Veja NM, edição com referências, de 1984, em inglês. (3) Revelação
21:6, 7 indica que os cristãos que são vencedores espirituais serão ‘filhos’
daquele conhecido como o Alfa e o Ômega. Referente aos cristãos ungidos pelo
espírito, nunca se diz isso da sua relação com Jesus Cristo. Jesus falou a
respeito deles como seus ‘irmãos’. (Heb. 2:11; Mat. 12:50; 25:40) Mas esses
‘irmãos’ de Jesus são mencionados como “filhos de Deus”. (Gál. 3:26; 4:6) (4)
Em Revelação 22:12, BLH insere o nome Jesus, de modo que se faz com que a
referência a Alfa e Ômega no versículo 13 de Rev. 22 pareça aplicar-se a Jesus.
Mas o nome Jesus não aparece ali no grego, e outras traduções não o incluem.
(5) Em Revelação 22:13, diz-se também que o Alfa e o Ômega é “o primeiro e
o último”, expressão esta que é aplicada a Jesus, em Revelação 1:17, 18.
Similarmente, a expressão “apóstolo” é aplicada tanto a Jesus Cristo como a
certos de seus seguidores. Mas será que isso prova que sejam a mesma pessoa
ou que sejam de posição igual? (Heb. 3:1) De modo que a evidência leva à
conclusão de que o título “Alfa e Ômega” se aplica ao Deus Todo-poderoso, o
Pai, não ao Filho.

Salvador: Repetidas vezes as Escrituras mencionam Deus como Salvador.


Em Isaías 43:11, Deus até mesmo diz: “Fora de mim não há salvador.” Visto
que Jesus também é mencionado como Salvador, são Deus e Jesus a mesma
pessoa? De forma alguma. Tito 1:3, 4 fala de “Deus, nosso Salvador”, e depois
dos dois, de “Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador”. Portanto, ambas as
pessoas são os salvadores. Judas 25 mostra a relação, dizendo: “Deus, nosso
Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso.” (Grifo acrescentado.) (Veja
também Atos 13:23.) Em Juízes 3:9, a mesma palavra hebraica (moh·shí·a‛,
vertida “salvador” ou “libertador”) que é usada em Isaías 43:11 é aplicada a
Otniel, um juiz de Israel, mas isso certamente não fez com que Otniel fosse
Jeová, não é verdade? Uma leitura de Isaías 43:1-12 mostra que o Isa. 43
versículo 11 significa que só Jeová é Aquele que proveu a salvação, ou
libertação, a Israel; essa salvação não veio de nenhum dos deuses das nações
circunvizinhas.

Deus: Em Isaías 43:10, Jeová diz: “Antes de mim deus nenhum se


formou e depois de mim nenhum haverá.” Significa isso que, porque Jesus
Cristo é profeticamente chamado de “Deus forte”, em Isaías 9:6, Jesus é
forçosamente Jeová? Novamente, o contexto responde que Não! Nenhuma das
406

nações gentias idólatras formou um deus antes de Jeová, porque ninguém


existiu antes de Jeová. Tampouco formariam num tempo futuro um deus real,
vivo, que pudesse profetizar. (Isa. 46:9, 10) Mas isso não quer dizer que Jeová
jamais causasse que existisse alguém que fosse corretamente mencionado como
sendo um deus. (Sal. 82:1, 6; João 1:1, NM) Em Isaías 10:21, Jeová é
mencionado como sendo “Deus forte”, assim como Jesus o é em Isaías 9:6; mas
só Jeová é chamado “Deus Todo-poderoso”. — Gên. 17:1.
Se se encontrar um título ou uma frase descritiva em mais de um lugar nas
Escrituras, não se deve jamais concluir precipitadamente que tem de referir-se
sempre à mesma pessoa. Tal raciocínio levaria à conclusão de que
Nabucodonosor era Jesus Cristo, porque ambos foram chamados de “rei dos
reis” (Dan. 2:37; Rev. 17:14); e de que os discípulos de Jesus eram na verdade
Jesus Cristo, porque tanto os discípulos como ele foram chamados “a luz do
mundo”. (Mat. 5:14; João 8:12) Devemos sempre considerar o contexto e
quaisquer outras ocorrências na Bíblia onde aparece a mesma expressão.

Passagens das Escrituras Hebraicas, que claramente


se aplicam a Jeová, mas que os inspirados
escritores bíblicos aplicaram a Jesus Cristo.

Por que é que João 1:23 cita Isaías 40:3 e o aplica àquilo que João, o
Batizador, fez ao preparar o caminho para Jesus Cristo, quando o assunto em
consideração em Isaías 40:3 é a preparação do caminho diante de Jeová?
Porque Jesus representou a seu Pai. Ele veio no nome de seu Pai e tinha a
garantia de que seu Pai estava sempre com ele, pois fazia as coisas que
agradavam a seu Pai. — João 5:43; 8:29.

Por que Hebreus 1:10-12 cita o Salmo 102:25-27 e o aplica ao Filho,


quando o salmo diz ser este dirigido a Deus? Porque o Filho é aquele por meio
de quem Deus executou suas obras de criação descritas aqui pelo salmista.
(Veja Colossenses 1:15, 16; Provérbios 8:22, 27-30.) Seja notado que em
Hebreus 1:5b se cita de 2 Samuel 7:14, e isto é aplicado ao Filho de Deus.
Embora esse texto tenha a sua primeira aplicação a Salomão, a aplicação
posterior dele a Jesus Cristo não significa que Salomão e Jesus sejam a mesma
pessoa. Jesus é “maior do que Salomão” e executa uma obra prefigurada por
Salomão. — Luc. 11:31.
407

Textos bíblicos que mencionam juntos o Pai, o


Filho e o Espírito Santo.

Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:14 são exemplos disso. Nenhum desses


textos diz que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais, coeternos ou que
todos são Deus. A evidência bíblica, já apresentada nas páginas 400-404,
argumenta contra atribuir por inferência tais idéias a esses textos.

A Cyclopedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature, de


McClintock e Strong, embora defenda a doutrina da Trindade, reconhece o
seguinte a respeito de Mateus 28:18-20: “Este texto, porém, considerado
isoladamente, não provaria de modo decisivo nem a personalidade dos três
sujeitos mencionados, nem sua igualdade ou divindade.” (Reimpressão de
1981, Vol. X, p. 552) Com respeito a outros textos que também mencionam os
três juntos, esta Cyclopedia admite que, considerados isoladamente, são
“insuficientes” para provar a Trindade. (Compare com 1 Timóteo 5:21, onde
Deus e Cristo e os anjos são mencionados juntos.)

Textos das Escrituras Hebraicas em que nomes no


plural são aplicados a Deus.

Em Gênesis 1:1 o título “Deus” é traduzido de ’Elo·hím, que é plural em


hebraico. Os trinitários interpretam que isto indica a Trindade. Explicam
também que Deuteronômio 6:4 (ALA) dá a entender a unidade dos membros da
Trindade, dizendo: “O SENHOR nosso Deus [traduzido de ’Elo·hím] é o único
SENHOR.”

O plural aqui do nome em hebraico é o plural majestático ou de


excelência. (Veja o Dicionário Bíblico da NAB, Edição de St. Joseph, p. 330,
em inglês; também a New Catholic Encyclopedia, de 1967, Vol. V, p. 287.)
Não dá a idéia de pluralidade de pessoas numa deidade. Nesse mesmo estilo,
quando em Juízes 16:23 se faz referência ao falso deus Dagom, emprega-se
uma forma do título ’elo·hím; o verbo acompanhante está no singular, o que
indica que se refere a apenas um deus. Em Gênesis 42:30, fala-se de José como
“senhor” (’adho·néh, o plural majestático) do Egito.

O idioma grego não possui ‘plural majestático ou de excelência’.


Portanto, em Gênesis 1:1, os tradutores da LXX empregaram ho The·ós (Deus,
no singular) como equivalente a ’Elo·hím. Em Marcos 12:29, onde se reproduz
408

uma resposta de Jesus em que ele citou Deuteronômio 6:4, emprega-se


similarmente o singular ho The·ós, em grego.

Em Deuteronômio 6:4, o texto hebraico contém duas vezes o Tetragrama, e,


portanto, deve rezar mais adequadamente: “Jeová, nosso Deus, é um só Jeová.”
(NM) A nação de Israel, a quem isto foi dito, não acreditava na Trindade. Os
babilônios e os egípcios adoravam tríades de deuses, mas esclareceu-se a Israel
que Jeová é diferente.

Textos dos quais a pessoa pode tirar mais de uma


conclusão, dependendo da tradução da Bíblia que for usada.

Se uma passagem pode ser gramaticalmente traduzida de mais de um


modo, qual é a tradução certa? Aquela que estiver de acordo com o resto da
Bíblia. Se uma pessoa desconsidera outras partes da Bíblia e alicerça sua crença
numa versão favorita de determinado versículo, então aquilo que crê reflete na
realidade, não a Palavra de Deus, mas as suas próprias idéias e talvez as de
outro humano imperfeito.

João 1:1, 2:

ALA reza: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.” (Al, So, BJ, IBB usam
fraseologia similar.) Entretanto, NM reza: “No princípio era a Palavra, e a
Palavra estava com o Deus, e a Palavra era um deus. Este estava no princípio
com o Deus.”

Que tradução de João 1:1, 2 está de acordo com o contexto? João 1:18
(ALA) diz: “Ninguém jamais viu a Deus.” O versículo 14 de Jo. 1 diz
claramente que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós . . . vimos a sua
glória”. Também, os versículos 1, 2 de Jo. 1 dizem que no princípio ele estava
“com Deus”. Pode alguém estar com uma pessoa e ao mesmo tempo ser essa
pessoa? Em João 17:3, Jesus dirige-se ao Pai, dizendo que este é o “único Deus
verdadeiro”; portanto, Jesus, como “um deus”, meramente reflete as qualidades
divinas de seu Pai. — Heb. 1:3.

Está de acordo com as regras da gramática grega a tradução “um deus”?


Alguns livros de referência argumentam fortemente que o texto grego deve ser
traduzido: “O Verbo era Deus.” Mas nem todos concordam com isso. Philip B.
Harner, no seu artigo “Substantivos Predicativos Anartros Qualificativos:
Marcos 15:39 e João 1:1”, disse que cláusulas tais como a de João 1:1, “com
409

um predicativo anartro precedendo ao verbo, têm primariamente sentido


qualificativo. Indicam que o logos tem a natureza de theos.” Ele sugere: “A
cláusula poderia talvez ser traduzida: ‘o Verbo tinha a mesma natureza de
Deus.’” (Journal of Biblical Literature, 1973, pp. 85, 87) Assim, neste texto, o
fato de a palavra the·ós, na sua segunda ocorrência, estar sem o artigo definido
(ho) e de estar colocado antes do verbo, na sentença, é de importância no grego.
É interessante notar que os tradutores que insistem em verter João 1:1: “O
Verbo era Deus”, não hesitam em usar o artigo indefinido (um, uma) na sua
tradução de outras passagens onde ocorre um substantivo predicativo anartro
singular antes do verbo. Assim, em João 6:70, tanto a BJ como o NTI se
referem a Judas Iscariotes como “um demônio”, e em João 9:17 descrevem
Jesus como “um profeta”.

O jesuíta John L. McKenzie diz no seu Dictionary of the Bible: “João 1:1
deve ser rigorosamente traduzido ‘o verbo estava com o Deus [= o Pai], e o
verbo era um ser divino’.” — (Os colchetes são dele. Publicado com o nihil
obstat e o imprimatur.) (Nova Iorque, 1965), p. 317.

Em harmonia com o acima, AT reza: “o Verbo era divino”; Mo: “o Logos


era divino”; NTIV: “o verbo era um deus”. Ludwig Thimme, na sua tradução
alemã, o expressa do seguinte modo: “E Deus de alguma sorte era a Palavra.”
Referir-se ao Verbo, ou Palavra, (que se tornou Jesus Cristo) como “um deus” é
coerente com o uso desse termo no resto das Escrituras. Por exemplo, no Salmo
82:1-6, os juízes humanos em Israel foram referidos como “deuses” (em
hebraico, ’elohím; em grego, the·oí, em João 10:34) porque eram representantes
de Jeová e tinham de falar da Sua lei.

Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p.


1579, em inglês.

João 8:58:

ALA reza: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes


que Abraão existisse, eu sou [grego, e·gó ei·mí].” (IBB, So, MC, CBC, BV
rezam todas “eu sou”, algumas versões até mesmo empregam letras maiúsculas
para dar a idéia de título. Assim, procuram ligar essa expressão com a de Êxodo
3:14, onde, segundo algumas de tais versões, Deus se refere a si mesmo pelo
título “Eu Sou”.) Entretanto, na NM, a última parte de João 8:58 reza: “Antes de
410

Abraão vir à existência, eu tenho sido.” (A mesma idéia é transmitida pela


fraseologia de ABV e NTV.)

Que tradução concorda com o contexto? A pergunta dos judeus (versículo


57 de Jo. 8) à qual Jesus respondeu tinha que ver com a idade, não com a
identidade. A resposta de Jesus logicamente tinha que ver com a sua idade, com
a extensão de sua existência. É interessante notar que não se faz jamais esforço
de aplicar e·gó ei·mí ao espírito santo como título.

Diz A Grammar of the Greek New Testament in the Light of Historical


Research, de A. T. Robertson: “O verbo [ei·mí] . . . Às vezes expressa
existência qual predicado, assim como qualquer outro verbo, como em [e·gó
ei·mí] (Jo. 8:58).” — Nashville, Tenn., EUA; 1934, p. 394.

Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp.


1582, 1583, em inglês.

Atos 20:28:

So reza: “Atendei a vós mesmos e a todo o rebanho, sobre que o Espírito


Santo vos constituiu bispos, para governardes a Igreja de Deus, que ele adquiriu
com o seu próprio sangue.” (Al, CBC, IBB usam fraseologia similar.) Mas, na
NM, a parte final do versículo reza: “com o sangue do seu próprio [Filho]”. (BJ
reza de modo similar. Também BLH, BF, BMD rezam “por meio do sangue do
seu próprio Filho”.)

Que tradução(ões) concorda(m) com 1 João 1:7, que diz: “O sangue de


Jesus, seu Filho [de Deus], purifica-nos de todo o pecado”? (Veja também
Revelação 1:4-6.) Segundo expresso em João 3:16, enviou Deus a seu Filho
unigênito, ou ele próprio veio como homem, para que tenhamos vida? Não foi o
sangue de Deus, mas o de seu Filho que foi derramado.

Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p.


1580, em inglês.

Romanos 9:5:

BJ reza: “Aos quais pertencem os patriarcas, e dos quais descende o Cristo,


segundo a carne, que é, acima de tudo, Deus bendito pelos séculos! Amém.”
(Al, So rezam de modo similar.) Mas, na NM, a parte final do versículo reza:
“de quem procedeu o Cristo segundo a carne: Deus, que é sobre todos, seja
bendito para sempre. Amém”. (ABV, NTV usam fraseologia similar à da NM.)
411

Diz este versículo que Cristo é “acima de tudo” e que, por conseguinte, é Deus?
Ou refere-se a Deus e a Cristo como pessoas distintas e diz que Deus é “acima
de tudo”? Que tradução de Romanos 9:5 concorda com Romanos 15:5, 6, que
primeiro distingue Deus de Cristo Jesus e daí insta com os leitores para que
‘glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’? (Veja também 2
Coríntios 1:3 e Efésios 1:3.) Considere o que se segue em Romanos, capítulo 9.
Os versículos 6-13 de Rom. 9 mostram que o cumprimento do propósito de
Deus não depende da herança segundo a carne, mas da vontade de Deus. Os
versículos 14-18 de Rom. 9 fazem referência à mensagem de Deus a Faraó,
segundo registrada em Êxodo 9:16, para sublinhar o fato de que Deus é acima
de tudo. Nos versículos 19-24 de Rom. 9 a superioridade de Deus é ilustrada
adicionalmente por meio de uma analogia com um oleiro e os vasos de barro
que ele faz. Quão apropriada é, pois, a expressão no versículo 5 de Rom. 9 :
“Deus, que é sobre todos, seja bendito para sempre. Amém”! — NM.

The New International Dictionary of New Testament Theology diz: “Rom.


9:5 é contestado. . . . Seria fácil e perfeitamente possível em sentido lingüístico
aplicar essa expressão a Cristo. O versículo, então, rezaria: ‘Cristo, que é Deus
sobre todos, bendito para sempre. Amém.’ Mesmo assim, Cristo não seria
absolutamente igualado a Deus, mas apenas descrito como sendo de natureza
divina, pois a palavra theos está sem artigo. . . . A explicação muito mais
provável é que essa declaração é uma doxologia dirigida a Deus.” — (Grand
Rapids, Mich., EUA; 1976), traduzido do alemão, Vol. 2, p. 80.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp. 1580,
1581, em inglês.

Filipenses 2:5, 6:

ALA reza: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em


Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como
usurpação o ser igual a Deus.” (So usa fraseologia semelhante. IBB reza: “não
considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar”.) Mas, na NM, a
parte final dessa passagem reza: “o qual, embora existisse em forma de Deus,
não deu consideração a uma usurpação [grego, har·pagmón], a saber, que
devesse ser igual a Deus”. (RS, NE, TEV, NAB transmitem a mesma idéia.)

Que idéia concorda com o contexto? O Fil. 2 versículo 5 aconselha os


cristãos a imitar a Cristo no assunto considerado aqui. Poderiam eles ser
412

instados a não considerar o “ser igual a Deus” como “uma usurpação”, mas um
direito que lhes cabe? Certamente que não! Mas podem imitar aquele que “não
deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus”.
(NM) (Compare com Gênesis 3:5.) Esta última tradução concorda também com
o próprio Jesus Cristo, que disse: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28.

The Expositor’s Greek Testament diz: “Não conseguimos encontrar nenhuma


passagem onde [har·pá·zo], ou qualquer palavra derivada dela [incluindo
har·pag·món], tem o sentido de ‘ter posse’, ‘reter’. Parece significar
invariavelmente ‘apoderar-se’, ‘arrancar violentamente’. Portanto, não se pode
transformar o verdadeiro sentido de ‘apossar-se’ para um totalmente diferente,
para o de ‘apegar-se’.” — (Grand Rapids, Mich., EUA; 1967), editado por W.
Robertson Nicoll, Vol. III, pp. 436, 437.

Colossenses 2:9

Al reza: “Nele [Cristo] habita corporalmente toda a plenitude da divindade


[grego, the·ó·te·tos].” (Uma idéia similar é transmitida nas versões IBB, BJ, So,
MC.) Todavia, NM reza: “É nele que mora corporalmente toda a plenitude da
qualidade divina.” (BLH reza “natureza de Deus”, em vez de “Divindade”.
Compare com 2 Pedro 1:4.)

Admite-se que nem todos dão a mesma interpretação a Colossenses 2:9.


Mas o que está de acordo com o resto da carta inspirada aos colossenses?
Possuía Cristo em si algo que era dele por ser ele Deus e parte de uma
Trindade? Ou é “a plenitude” que reside nele algo que veio a ser dele por causa
da decisão de outra pessoa? Colossenses 1:19 (Al, So) diz que toda a plenitude
residia em Cristo porque “foi do agrado do Pai” que assim fosse. Ne diz que “o
Pai quis”.

Considere o contexto imediato de Colossenses 2:9: No versículo 8 de Col.


2, os leitores são advertidos para não serem desencaminhados pelos que
ensinam filosofia e tradições humanas. Diz-se-lhes também que em Cristo
“todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”, e insta-se
com eles para que ‘andem nele’, sejam “nele radicados e edificados, e
confirmados na fé”. (Versículos 3, 6, 7 de Col. 2. É nele, e não nos originadores
ou instrutores de filosofia humana, que reside uma “plenitude” preciosa. Dizia o
apóstolo Paulo ali que a “plenitude” que estava em Cristo fez com que Cristo
413

fosse o próprio Deus? Não segundo Colossenses 3:1, onde se diz que Cristo está
“assentado à direita de Deus”. — Veja ALA, IBB, BJ, So.
Segundo o Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott, the·ó·tes (a forma
nominativa, da qual the·ó·te·tos se derivou) significa “divindade, natureza
divina”. (Oxford, Inglaterra, 1968, p. 792) O fato de Jesus ser verdadeiramente
“divindade”, ou de “natureza divina”, não faz com que ele como Filho de Deus
seja coigual e coeterno com o Pai, assim como o fato de todos os humanos
fazerem parte da “humanidade” ou da “natureza humana” não faz com que
sejam coiguais ou todos da mesma idade.

Tito 2:13:

IBB reza: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da


glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” (ABV, PIB, BJ usam
fraseologia similar.) Entretanto, NM reza: “ao passo que aguardamos a feliz
esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e do Salvador de nós,
Cristo Jesus.” (NAB traduz de modo similar.)

Que tradução concorda com Tito 1:4, que faz menção de “Deus Pai e de
Cristo Jesus nosso Salvador”? Embora as Escrituras também se refiram a Deus
como Salvador, este texto faz claramente distinção entre ele e Cristo Jesus,
aquele por meio de quem Deus provê a salvação.

Alguns argumentam que Tito 2:13 indica que Cristo é tanto Deus como
Salvador. É interessante notar que ALA, ABV, PIB, BJ vertem Tito 2:13 de tal
forma que pode ser interpretado como dando margem a esse conceito, mas não
seguem a mesma regra na tradução de 2 Tessalonicenses 1:12. Henry Alford,
em The Greek Testament, diz: “Eu sugeriria que [uma tradução que claramente
diferencia Deus e Cristo, em Tito 2:13] satisfaz todos os requisitos gramaticais
da sentença: que isto é tanto estrutural como contextualmente mais provável e
está mais de acordo com o modo de escrever do Apóstolo.” — (Boston, EUA,
1877), Vol. III, p. 421.

Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp.


1581, 1582, em inglês.

Hebreus 1:8:

IBB reza: “Do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos
séculos.” (Al, ALA, ABV, BJ, So, BMD vertem de modo similar.) Todavia, NM
414

reza: “Com referência ao Filho: ‘Deus é o teu trono para todo o sempre.’” (AT,
Mo, TC, By transmitem a mesma idéia.)

Que tradução está em harmonia com o contexto? Os versículos


precedentes dizem que Deus está falando, não que se esteja falando a ele; e o
versículo seguinte usa a expressão “Deus, o teu Deus”, mostrando que aquele a
quem se fala não é o Deus Altíssimo, mas é adorador desse Deus. Hebreus 1:8
cita do Salmo 45:6, que originalmente foi dirigido a um rei humano de Israel.
Obviamente, o escritor bíblico deste salmo não pensava que esse rei humano
fosse o Deus Todo-poderoso. Antes, o Salmo 45:6, na MC, diz: “O teu trono,
como o trono de Deus.” (BJ [versículo 7] diz: “Teu trono é de Deus.”) Diz-se
que Salomão, que é bem provavelmente o rei a quem o Salmo 45 foi dirigido
originalmente, se sentou “no trono de Jeová”. (1 Crô. 29:23, NM) Em harmonia
com o fato de que Deus é o “trono”, ou a Fonte e o Sustentador da realeza de
Cristo, Daniel 7:13, 14 e Lucas 1:32 mostram que Deus lhe confere tal
autoridade.

Hebreus 1:8, 9 cita do Salmo 45:6, 7, relativo ao qual o erudito bíblico B.


F. Westcott diz: “A LXX. admite dois modos de verter: [ho the·ós] pode ser
considerado um vocativo em ambos os casos (Teu trono, ó Deus, . . . portanto,
ó Deus, Teu Deus . . . ) ou pode ser considerado o sujeito (ou o predicado) no
primeiro caso (Deus é Teu Trono, ou Teu trono é Deus . . . ), e um aposto de [ho
the·ós sou] no segundo caso, (Portanto, Deus, o Teu Deus . . . ) . . . É bem
improvável que [’Elo·hím] no original fosse dirigido ao rei. A conclusão a que
se chega, pois, é contra a crença de que [ho the·ós] seja um vocativo na LXX.
Assim, de modo geral, parece melhor adotar na primeira oração a tradução:
Deus é Teu trono (ou: Teu trono é Deus), isto é, ‘Teu reino funda-se em Deus, a
Rocha inabalável’.” — The Epistle to the Hebrews (Londres, 1889), pp. 25, 26.

1 João 5:7, 8:

Al reza: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o


Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o
Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (So também inclui
esta passagem trinitária.) Entretanto, NM não inclui as palavras “no céu: o Pai, a
Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na
415

terra.” (PIB, BV, CBC, LR também excluem a passagem trinitária.)


A respeito desta passagem trinitária, o crítico textual F. H. A. Scrivener
escreveu: “Não precisamos hesitar em declarar a nossa convicção de que as
palavras controvertidas não foram escritas por São João: que foram
originalmente transpostas da margem para as cópias latinas na África, onde
haviam sido colocadas como nota explicativa pia e ortodoxa referente ao
versículo 8 de 1 João 5 : que, do latim, penetraram em dois ou três códices
gregos posteriores, e daí no texto impresso em grego, lugar a que não tinham
nenhum direito.” — A Plain Introduction to the Criticism of the New Testament
(Cambridge, 1883, terceira ed.), p. 654.

Uma nota ao pé da página da BJ diz que “o texto dos vv. 7-8 de 1 João 5
[a passagem trinitária] está acrescido na Vulg. de um inciso . . . ausente nos
antigos mss. gregos, nas antigas versões e nos melhores mss. da Vulg., e que
parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.” — Edições
Paulinas de 1981, S. Paulo, Brasil, p. 1597.

A obra A Bíblia Explicada diz: “Nos versículos 7, 8 de 1 João 5 devemos


omitir as seguintes palavras: “No céu, o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e
estes três são um. E três são os que testificam na terra”, por não se
encontrarem nos melhores manuscritos.” — S. E. McNair (Casa Publ. Assembl.
Deus, Rio de Janeiro, Brasil, 1985), p. 489.

Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p.


1580, em inglês.

Outros textos que os trinitários dizem que expressam


elementos do seu dogma.

Note que o primeiro destes textos se refere apenas ao Filho; o outro a


ambos, o Pai e o Filho; nem um nem outro menciona o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, tampouco diz que constituem um só Deus.

João 2:19-22:

Pelo que Jesus disse aqui, queria ele dizer que ressuscitaria a si próprio
dentre os mortos? Significa isso que Jesus é Deus, visto que Atos 2:32 diz: “A
este Jesus Deus ressuscitou”? De forma alguma. Tal ponto de vista estaria em
conflito com Gálatas 1:1, que atribui a ressurreição de Jesus ao Pai, não ao
Filho. Mediante uma expressão similar, em Lucas 8:48, Jesus é citado dizendo a
416

uma mulher: “A tua fé te salvou.” Curou ela a si própria? Não; foi o poder de
Deus, por intermédio de Cristo, que a curou porque ela tinha fé. (Luc. 8:46;
Atos 10:38) Da mesma forma, Jesus, pela sua perfeita obediência como homem,
proveu a base moral para que o Pai o ressuscitasse dentre os mortos,
reconhecendo assim a Jesus como Filho de Deus. Por causa de seu proceder fiel
na vida, podia-se dizer corretamente que Jesus foi ele próprio responsável pela
sua ressurreição.

Diz A. T. Robertson em Word Pictures in the New Testament: “Relembre


[João] 2:19 onde Jesus disse: ‘E em três dias o levantarei.’ Ele não queria dizer
que ressuscitaria a si próprio dentre os mortos independente do Pai como agente
ativo (Rom. 8:11).” — (Nova Iorque, 1932), Vol. V, p. 183.

João 10:30:

Ao dizer: “Eu e o Pai somos um”, queria Jesus dizer que eles eram iguais?
Alguns trinitários dizem que sim. Mas, em João 17:21, 22, Jesus orou a respeito
de seus seguidores: “A fim de que todos sejam um”, e acrescentou: “para que
sejam um, como nós o somos”. Usou a mesma palavra grega (hen) para “um”
em todos estes casos. Obviamente, os discípulos de Jesus não se tornam todos
parte da Trindade. Mas participam sim da união de propósito com o Pai e com o
Filho, a mesma espécie de união que une Deus e Cristo.

Em que posição coloca a crença da Trindade


os que se apegam a ela?

Coloca-os numa posição muito perigosa. É incontestável a evidência de


que o dogma da Trindade não se encontra na Bíblia, tampouco está em
harmonia com o que a Bíblia ensina. (Veja as páginas precedentes.) Apresenta
uma imagem flagrantemente deturpada do verdadeiro Deus. Contudo, Jesus
Cristo disse: “Vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura
para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o
adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23, 24) Assim, Jesus tornou claro
que aqueles cuja adoração não é “em verdade”, que não está em harmonia com
a verdade apresentada na própria Palavra de Deus, não são “verdadeiros
adoradores”. Jesus disse aos líderes religiosos judaicos do primeiro século: “Por
417

causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus. Hipócritas! bem


profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios;
o seu coração, porém, está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando
doutrinas que são preceitos de homens.” (Mat. 15:6-9, IBB) Isso se aplica com
força igual aos dentro da cristandade hoje que ensinam tradições humanas em
preferência às verdades claras da Bíblia.

Quanto à Trindade, o Credo de Atanásio diz (em português) que cada um


dos membros é “imenso” (ilimitado). Os que ensinam essa doutrina amiúde
dizem que é um “mistério”. Obviamente tal Deus trinitário não é aquele que
Jesus tinha em mente quando disse: “Adoramos o que conhecemos.” (João
4:22, IBB) Conhece realmente o Deus que adora?

Cada um de nós confronta-se com perguntas sérias: Será que amamos


sinceramente a verdade? Queremos realmente uma relação aprovada com Deus?
Nem todos amam genuinamente a verdade. Muitos colocam a aprovação de
seus parentes e amigos acima do amor à verdade e a Deus. (2 Tes. 2:9-12; João
5:39-44) Mas, conforme Jesus disse numa oração fervorosa a seu Pai celestial:
“Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus
verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3, NM) E o Salmo
144:15 declara verazmente: “Feliz o povo cujo Deus é Jeová!” — NM.

Quando Alguém Diz —


‘Acredita na Trindade?’

Poderá responder: ‘Essa é uma crença muito popular em nossos dias.


Mas sabia que não foi isso que Jesus e seus discípulos ensinaram? Portanto,
adoramos Aquele a quem Jesus mandou adorar.’ Daí, talvez possa
acrescentar: (1) ‘Quando Jesus ensinava, eis o mandamento que ele disse que
era o maior . . . (Mar. 12:28-30).’ (2) ‘Jesus nunca pretendeu ser igual a Deus.
Ele disse . . . (João 14:28).’ (3) ‘Nesse caso, qual é a origem da doutrina da
Trindade? Note o que enciclopédias bem conhecidas dizem sobre isso. (Veja as
páginas 397, 398.)’

Ou poderá dizer: ‘Não, não creio. Olhe, há textos bíblicos que eu nunca
consegui harmonizar com essa crença. Eis um deles. (Mat. 24:36) Talvez o
possa explicar-me.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Se o Filho é igual ao
418

Pai, como é que o Pai sabe coisas que o Filho não sabe?’ Se responderem que
isso se dava apenas com respeito à sua natureza humana, então pergunte: (2)
‘Mas por que é que o espírito santo não sabe?’ (Se a pessoa mostrar interesse
sincero pela verdade, mostre-lhe o que as Escrituras dizem realmente sobre
Deus. (Sal. 83:18; João 4:23, 24)’

Outra possibilidade: ‘Nós acreditamos sim em Jesus Cristo, mas não na


Trindade. Por quê? Porque acreditamos no que o apóstolo Pedro acreditava
sobre Cristo. Note o que ele disse . . . (Mat. 16:15-17).’

Uma sugestão adicional: ‘Noto que nem toda pessoa tem a mesma coisa
em mente ao se referir à Trindade. Talvez eu possa responder melhor à sua
pergunta se eu souber o que quer dizer com isso.’

Daí, talvez possa acrescentar: ‘Obrigado pela explicação. Mas eu creio


só no que a Bíblia ensina. Viu alguma vez a palavra “Trindade” na Bíblia? . . .
(Recorra à concordância na sua Bíblia.) Mas é Cristo mencionado na Bíblia? . .
. Sim, e nós cremos nele. Note que aqui na concordância, debaixo de “Cristo”,
uma das referências feitas é a de Mateus 16:16. (Leia.) É nisso que creio.’

Ou poderá responder: (se a pessoa chamar atenção especial para João


1:1): ‘Conheço esse versículo. Em algumas traduções da Bíblia, diz-se que
Jesus é “Deus”, e em outras que ele é “um deus”. Por que se dá isso?’ (1) ‘Será
que é porque o versículo seguinte diz que ele estava “com Deus”?’ (2) ‘Será
também por causa do que está escrito aqui em João 1:18?’ (3) ‘Já se perguntou
se o próprio Jesus adora alguém como Deus? (João 20:17)’

‘Acredita na divindade de Cristo?’

Poderá responder: ‘Sim, certamente que creio. Mas talvez eu não tenha
em mente a mesma coisa que você tem ao se referir à “divindade de Cristo”.’
Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Por que digo isso? Bem, em Isaías 9:6,
Jesus Cristo é descrito como “Deus Poderoso”, mas unicamente seu Pai é
mencionado na Bíblia como Deus Todo-poderoso.’ (2) ‘E note que em João
17:3 Jesus fala de seu Pai como “o único Deus verdadeiro”. Portanto, no
máximo, Jesus é apenas um reflexo do verdadeiro Deus.’ (3) ‘O que se requer
de nossa parte para agradarmos a Deus? (João 4:23, 24)’
419

Últimos dias
Definição: A Bíblia usa a expressão “últimos dias” para se referir ao período
concludente que conduz à execução decretada por Deus que assinala o fim de
um sistema de coisas. O sistema judaico, com a adoração que girava em torno
do templo de Jerusalém, conheceu seus últimos dias entre 33 e 70 EC. O que
aconteceu então ilustrava o que ocorreria de modo grandemente intensificado e
em escala global numa época em que todas as nações se confrontariam com a
execução do julgamento decretado por Deus. O atual sistema iníquo de coisas,
que se estende mundialmente, entrou nos seus últimos dias em 1914, e alguns
da geração que vivia então estarão também presentes para observar seu fim
completo na “grande tribulação”.

O que indica que vivemos hoje nos


“últimos dias”?

A Bíblia descreve eventos e condições que marcam este importante


período. O “sinal” é composto, sendo constituído de muitas evidências; assim,
seu cumprimento requer que todos os aspectos do sinal estejam claramente em
evidência durante uma única geração. Os vários aspectos do sinal estão
registrados em Mateus, capítulos 24, 25, Marcos 13 e Lucas 21; há pormenores
adicionais em 2 Timóteo 3:1-5, 2 Pedro 3:3, 4 e Revelação 6:1-8. Como
ilustração, consideraremos algumas partes destacadas do sinal.

“Nação se levantará contra nação e reino contra


reino.” (Mat. 24:7)

A guerra tem arruinado a vida na terra por milhares de anos. Travaram-se


guerras internacionais e guerras dentro das nações. Mas, começando em 1914,
travou-se a primeira guerra mundial. Não foi apenas um conflito entre dois
exércitos no campo de batalha. Pela primeira vez, todas as principais potências
entraram em guerra. Nações inteiras — incluindo populações civis — foram
mobilizadas em apoio dos empenhos de guerra. Estima-se que até o fim da
guerra 93 por cento da população do mundo ficou envolvida. (Com respeito à
importância histórica do ano de 1914, veja as páginas 424, 425.)

Conforme predito em Revelação 6:4, ‘foi tirada da terra a paz’. Assim, o


mundo tem continuado a estar num estado de comoção desde 1914. A Segunda
420

Guerra Mundial foi travada entre 1939 e 1945. Segundo o reformado almirante
Gene La Rocque, até 1982 houve mais 270 guerras desde 1945. Mais de 100
milhões de pessoas foram mortas em guerra durante este século. Também,
segundo a edição de 1982 de World Military and Social Expenditures, havia
naquele ano 100 milhões de pessoas empenhadas direta ou indiretamente em
atividades militares.

É preciso mais do que isso para cumprir este aspecto da profecia? Há


dezenas de milhares de armas nucleares já posicionadas para uso imediato.
Destacados cientistas disseram que, se as nações usassem apenas uma fração do
seu arsenal nuclear, a civilização e possivelmente a inteira espécie humana seria
destruída. Mas não é isso que a profecia bíblica indica que acontecerá.

“Haverá escassez de víveres . . . num lugar após


outro.” (Mat. 24:7)

Houve muitas vezes fome na história humana. Até que ponto foi atingido
pela fome o século 20? A guerra mundial causou grande fome em toda a parte
da Europa e da Ásia. A África tem sido castigada pela seca, resultando em
extensiva escassez de víveres. Em fins de 1980, a Organização para
Alimentação e Agricultura estimou que 450 milhões de pessoas passavam fome
a ponto de inanição, e um bilhão de pessoas não tinham o suficiente para comer.
Destes, uns 40 milhões por ano morrem — em alguns anos até 50 milhões —
por falta de alimentação.

Há alguma coisa diferente nesses casos de falta de alimentação?


Revelação 6:6 indica que uma pequena quantidade de gêneros alimentícios
básicos, como o trigo ou a cevada, seria vendida pelo salário de um dia (um
denário; veja Mateus 20:2), mas os suprimentos de produtos, como o azeite de
oliva e o vinho, usados pelos abastados, não seriam danificados. De modo que,
aparentemente, haveria muitos que sofreriam escassez ao passo que outros
poderiam ainda obter o que desejassem. Esta situação não mais se restringe a
um lugar, mas é global. Em 1981, The New York Times relatava: “A melhora
nos padrões de vida e a crescente demanda de alimentos em todo o mundo têm
pressionado os preços dos alimentos, tornando mais difícil para os países mais
pobres importar os alimentos necessários.” Em muitos países a produção de
421

alimento, até mesmo com a ajuda da ciência moderna, não pôde manter o passo
com o aumento da população total. Os entendidos em alimentação hoje em dia
não vêem uma solução real para o problema.

“Haverá grandes terremotos.” (Luc. 21:11)

É verdade que houve grandes terremotos em séculos passados; outrossim,


os cientistas, com seu equipamento sensível, detectam agora mais de um milhão
de terremotos por ano. Mas não há necessidade de instrumentos especiais para
que as pessoas saibam quando há um terremoto grande.

Tem realmente havido um número significante de terremotos grandes


desde 1914? Com dados obtidos do Centro Nacional de Dados Geofísicos de
Boulder, Colorado, EUA, suplementados por um número de obras de referência
de alto padrão, fez-se uma classificação em 1984, que incluía apenas terremotos
que mediam 7,5 ou mais na escala de Richter, ou que resultaram na destruição
de propriedades no valor de cinco milhões de dólares americanos ou mais, ou
que causaram 100 ou mais mortes. Calculou-se que houve 856 de tais
terremotos durante os 2.000 anos antes de 1914. O mesmo cálculo mostrou que
em apenas 69 anos, após 1914, houve 605 terremotos assim. Isso significa que,
em comparação com os 2.000 anos prévios, a média por ano tem sido 20 vezes
maior desde 1914.

“Num lugar após outro, pestilências.” (Luc. 21:11)

No fim da primeira guerra mundial a gripe espanhola se alastrou em volta


do globo, dizimando mais de 20 milhões de vidas e num ritmo sem paralelo na
história das doenças. Não obstante os avanços da ciência médica, todo ano um
pesado tributo é cobrado pelo câncer, pelas doenças cardíacas, pelas numerosas
doenças sexualmente transmitidas, pela esclerose múltipla, malária,
oncocercose (cegueira do rio) e doença de Chagas.

‘Aumento do que é contra a lei, acompanhado do esfriamento do amor da


maioria.’ (Mat. 24:11, 12)

Um destacado criminologista diz: “A coisa que salta à vista quando você


examina o crime em escala mundial é o aumento alastrante e persistente em
422

toda a parte. As exceções que existem a isso destacam-se em esplêndido


isolamento, e podem ser em breve tragadas pela maré crescente.” (The Growth
of Crime, Nova Iorque, 1977, Sir Leon Radzinowicz e Joan King, pp. 4, 5) O
aumento é real; não se trata meramente de melhor estatística. É verdade que nas
gerações passadas houve também criminosos, mas nunca antes o crime esteve
tão alastrado como agora. As pessoas em idade avançada sabem disso por
experiência própria.

O que é contra a lei, mencionado na profecia, inclui o desacato às


conhecidas leis de Deus, o colocar a pessoa a si própria, em vez de a Deus,
como centro em torno do qual gravita a sua vida. Em resultado de tal atitude, o
índice de divórcios sobe vertiginosamente, o sexo fora do casamento e o
homossexualismo são amplamente aceitos, e dezenas de milhões de abortos são
realizados anualmente. Esse desregramento está conjugado (em Mateus 24:11,
12) com a influência dos falsos profetas, que põem de lado a Palavra de Deus a
favor de seus próprios ensinamentos. Seguir as filosofias deles em vez de acatar
a Bíblia contribui para um mundo sem amor. (1 João 4:8) Leia a descrição desse
mundo em 2 Timóteo 3:1-5.

“Os homens ficando desalentados de temor e na


expectativa das coisas que vêm sobre a terra
habitada.” (Luc. 21:25, 26)

“O fato é que hoje a maior emoção singela que domina nossas vidas é o
medo”, dizia o U.S. News & World Report. (11 de outubro de 1965, p. 144)
“Nunca antes esteve a humanidade tão temerosa como agora”, noticiava a
revista alemã Hörzu. — N.° 25, 20 de junho de 1980, p. 22.

Muitos fatores contribuem para esta atmosfera global de temor: os crimes


violentos, o desemprego, a instabilidade econômica por estarem tantas nações
desesperadamente endividadas, a poluição mundial do meio ambiente, a falta de
fortes laços de amor nas famílias e o sentimento esmagador de que a
humanidade enfrenta um iminente perigo de aniquilação nuclear. Lucas 21:25
menciona ‘sinais no sol, na lua e nas estrelas, e rugido dos mares’ em conexão
com a angústia sentida pelas nações. O levantar do sol amiúde causa, não uma
expectativa feliz, mas temor daquilo que o dia poderá trazer; quando a lua e as
423

estrelas brilham, o temor do crime faz com que as pessoas se tranquem dentro
de casa. No século 20, mas não antes, os aviões e os mísseis têm sido usados
para enviar destruição que chove dos céus. Os submarinos que levam
carregamentos mortíferos de mísseis percorrem furtivamente os mares, estando
um só desses submarinos munido para aniquilar 160 cidades. Não é de admirar
que as nações estejam em angústia!

‘Os verdadeiros seguidores de Cristo seriam objeto


de ódio de todas as nações por causa de seu nome.’
(Mat. 24:9)

Essa perseguição não se dá por se meterem na política, mas ‘por causa do


nome de Jesus Cristo’, porque seus seguidores o aceitam como o Rei
messiânico de Jeová, porque obedecem a Cristo antes que a qualquer
governante terrestre, porque aderem lealmente a seu Reino e não se envolvem
nos assuntos dos governos humanos. Conforme atesta a história dos dias atuais,
as Testemunhas de Jeová têm sofrido tal perseguição em todas as partes da
terra.

‘Pregação destas boas novas do reino em toda a


terra habitada, em testemunho.’ (Mat. 24:14)

A mensagem que seria pregada é que o Reino de Deus às mãos de Jesus


Cristo já começou a dominar nos céus, que em breve porá fim ao inteiro sistema
iníquo de coisas, que, sob o seu domínio, a humanidade será levada à perfeição
e a terra se tornará um paraíso. Essas boas novas estão sendo pregadas hoje em
mais de 200 países e grupos de ilhas, até as partes mais distantes da terra. As
Testemunhas de Jeová devotam centenas de milhões de horas a essa atividade
anualmente, fazendo visitas repetidas de casa em casa, a fim de que se dê a toda
pessoa possível a oportunidade de ouvir.

O que indicam todos esses eventos dos “últimos dias”?

Luc. 21:31, 32: “Quando virdes estas coisas ocorrer, sabei que está próximo o
reino de Deus [isto é, o tempo em que esse reino destruirá o atual mundo iníquo
e ele próprio assumirá o pleno controle dos assuntos da terra]. Deveras, eu vos
digo: Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram.”
(A “geração” que estava viva no começo do cumprimento do sinal em 1914 está
424

agora bem avançada em idade. O tempo que resta deve ser muito curto. As
condições mundiais fornecem toda a indicação de que este é o caso.)

Por que dizem as Testemunhas de Jeová que foi


em 1914 que começaram os “últimos dias”?

O ano de 1914 é marcado pela profecia bíblica. Para pormenores sobre a


cronologia, veja as páginas 110-112, sob o tópico geral “Datas”. A exatidão da
data é demonstrada pelo fato de que as condições mundiais preditas que
marcariam este período existem desde 1914, exatamente conforme se
predissera. Os fatos apresentados acima ilustram isso.

Como consideram os historiadores seculares o


ano de 1914?

“Em retrospecto, do ponto de observação do presente, vemos hoje


claramente que o irrompimento da Primeira Guerra Mundial introduziu o
‘Tempo de Tribulação’ do século vinte — no termo expressivo usado pelo
historiador britânico Arnold Toynbee — do qual nossa civilização de modo
algum conseguiu sair. Direta ou indiretamente, todas as convulsões do último
meio século remontam a 1914.” — The Fall of the Dynasties: The Collapse of
the Old Order (Nova Iorque, 1963), de Edmond Taylor, p. 16.

“Os da geração da Segunda Guerra Mundial, minha geração, pensarão


sempre sobre o seu conflito como a grande linha moderna divisória de
mudança. . . . Deve-se-nos permitir nossa vaidade, nosso encontro pessoal com
a história. Mas devemos saber que, em termos sociais, uma mudança muito
mais decisiva veio com a Primeira Guerra Mundial. Foi então que os sistemas
políticos e sociais, há séculos em consolidação, se desfizeram — às vezes em
questão de semanas. E outros foram permanentemente transformados. Foi na
Primeira Guerra Mundial que foram perdidas as antigas convicções absolutas. .
. . A Segunda Guerra Mundial continuou, aumentou e firmou essa mudança. Em
termos sociais, a Segunda Guerra Mundial foi a última batalha da Primeira
Guerra Mundial.” — The Age of Uncertainty (Boston, EUA, 1977), John K.
Galbraith, p. 133.

“Já se passou meio século, mas a marca que a tragédia da Grande Guerra [a
425

Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914] deixou no corpo e na alma


das nações não desapareceu . . . A magnitude física e moral desta experiência
penosa era tal, que nada ficou o mesmo que antes. A sociedade na sua inteireza:
sistemas de governo, fronteiras nacionais, leis, forças armadas, relações entre
estados, também ideologias, a vida familiar, fortunas, posições, relações
pessoais — tudo foi mudado de alto a baixo. . . . A humanidade finalmente
perdeu seu equilíbrio, nunca mais o recuperando, até o dia de hoje.” — General
Charles de Gaulle, num discurso em 1968 (Le Monde, 12 de nov. de 1968, p. 9).

Restará alguém vivo na terra depois do fim do


atual sistema mundial?

Sim, definitivamente. O fim do atual sistema global virá, não como


resultado de matança indiscriminada numa guerra nuclear, mas numa grande
tribulação que inclui “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Rev.
16:14, 16) Essa guerra não destruirá a terra, tampouco levará toda a
humanidade à ruína.

Mat. 24:21, 22: “Então haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu
desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo. De
fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por
causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” (Portanto, alguma
“carne”, alguma gente dentre a humanidade, sobreviverá.)

Pro. 2:21, 22: “Os retos são os que residirão na terra e os inculpes são os
que remanescerão nela. Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e
quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.”

Sal. 37:29, 34: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela
para todo o sempre. Espera em Jeová e guarda seu caminho, e ele te exaltará
para tomares posse da terra. Quando os iníquos forem decepados, tu o verás.”

Por que permite Deus que decorra tanto tempo


antes de destruir os maus?

2 Ped. 3:9: “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, conforme
426

alguns consideram a vagarosidade, mas ele é paciente convosco, porque não


deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o
arrependimento.”

Mar. 13:10: “Em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas
novas.”

Mat. 25:31, 32, 46: “Quando o Filho do homem [Jesus Cristo] chegar na
sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E
diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim
como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E estes [que não reconhecem os
irmãos espirituais de Cristo como representantes do próprio Rei] partirão para o
decepamento eterno, mas os justos, para a vida eterna.”

Veja também as páginas 355, 356 e 199-201.

Se Alguém Disser —
‘As condições não estão piores hoje; sempre
houve guerras, fomes, terremotos, crimes.’

Poderá responder: ‘Entendo por que pensa assim. Já nascemos num


mundo em que essas coisas são notícias diárias. Mas os historiadores explicam
que há algo drasticamente diferente com respeito ao século 20. (Leia as citações
nas páginas 424, 425.)’

Ou poderá dizer: ‘Não é meramente o fato de haver guerras, fomes,


terremotos e crimes que é significativo. Sabia que o sinal que Jesus deu é um
sinal composto?’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Ele não disse que qualquer
único evento desses em si só provaria que estamos nos “últimos dias”. Mas,
quando o sinal inteiro está em evidência, isso é significativo — e especialmente
quando aparece em escala global e começa num ano fixado pela cronologia
bíblica.’ (Veja as páginas 419-424, também as páginas 110-112.)

‘Como sabe se uma geração futura não se


enquadrará na profecia até mesmo melhor do que a atual?’

Poderá responder: ‘Essa é uma pergunta interessante, e a resposta sublinha o


fato de que vivemos realmente nos “últimos dias”. De que modo? Bem, parte do
427

sinal dado por Jesus envolve guerra entre nações e reinos. Mas o que
aconteceria hoje se o cumprimento do sinal exigisse que esperássemos outra
guerra total que deflagrasse entre as superpotências? Tal guerra deixaria poucos
sobreviventes, se é que deixaria algum. Portanto, como vê, o propósito de Deus,
de haver sobreviventes, indica que vivemos agora muito perto do fim deste
velho sistema.’

Ou poderá dizer: ‘Combinar esses eventos mundiais com esta profecia é


como combinar uma impressão digital com a da pessoa a quem ela pertence.
Não haverá outra pessoa com a mesma impressão. Da mesma forma, o padrão
dos eventos que começaram em 1914 não se repetirá numa geração futura.’ Daí,
talvez possa acrescentar: (1) ‘Tudo o que é preciso para compor o sinal está
claramente em evidência.’ (2) ‘Certamente, não desejamos ser como as pessoas
nos dias de Noé. (Mat. 24:37-39)’

‘O fim não virá nos nossos dias.’

Poderá responder: ‘Mas acredita que Deus irá interferir algum dia, não é
mesmo?’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘O único modo de qualquer de
nós poder saber quando isso se dará é por Ele tornar tal informação disponível a
nós. Ora, Jesus disse claramente que nenhum homem sabe o dia ou a hora, mas
ele descreveu sim em pormenores as coisas que aconteceriam durante a geração
em que ocorreria.’ (2) ‘Essa descrição tem a ver com eventos que você
pessoalmente conhece. (Se possível, considere pormenores do sinal, usando os
fatos apresentados nas páginas precedentes.)’

‘Eu não me preocupo com essas coisas;


vivo só o presente.’

Poderá responder: ‘É certamente bom não ficar demasiadamente


preocupado com o futuro. Mas todos nós procuramos planejar as coisas na vida
de modo a protegermos a nós e a nossos entes queridos. É prático um
planejamento realístico. A Bíblia mostra que há coisas maravilhosas à frente, e
somos sábios se planejamos tirar proveito delas. (Pro. 1:33; 2 Ped. 3:13)’
428

‘Não fico pensando em todas essas condições ruins; gosto de ser otimista
sobre o futuro.’

Poderá responder: ‘É interessante observar que Jesus disse que haveria


boa razão para seus seguidores serem otimistas hoje em dia. (Luc. 21:28, 31)’
Daí, talvez possa acrescentar: ‘Note, contudo, que ele não lhes disse que
fechassem os olhos para os acontecimentos do mundo e fossem felizes. Ele
disse que seu otimismo seria bem fundamentado; seria por entenderem o
significado dos eventos mundiais e saberem qual seria o resultado.’

Vida
Definição: Uma condição ativa que distingue as plantas, os animais, os
humanos e os seres espirituais dos objetos inanimados. As coisas vivas, físicas,
têm geralmente a capacidade de crescimento, metabolismo, reação a estímulos
externos e reprodução. A vegetação tem vida ativa, mas não como uma alma
que possui sentidos. Nas almas terrestres, animais e humanas, há tanto a força
ativa de vida para animá-las como o fôlego que sustém essa força de vida.

A vida, no pleno sentido da palavra, conforme é aplicada a pessoas


inteligentes, é a existência perfeita com o direito a ela. A alma humana não é
imortal. Mas para os fiéis servos de Deus há a perspectiva de vida eterna em
perfeição — para muitos, na terra, e para um “pequeno rebanho”, nos céus,
quais herdeiros do Reino de Deus. Concede-se também aos membros da classe
do Reino, ao serem ressuscitados para a vida no domínio espiritual, a
imortalidade, uma qualidade de vida que não precisa ser sustentada por
nenhuma coisa criada.

Qual é o propósito da vida humana?

O que é fundamental quanto ao propósito de nossa vida é o


reconhecimento da Fonte da vida.
Se a vida fosse produto do acaso irracional, nossa existência seria forçosamente
sem propósito, e não haveria um futuro seguro para o qual planejar. Mas Atos
17:24, 25, 28 nos informa: “O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele . . .
dá a todos vida, e fôlego, e todas as coisas. Pois, por meio dele temos vida, e
429

nos movemos, e existimos.” Revelação 4:11, que é dirigido a Deus, acrescenta:


“Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder,
porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua
vontade.” (Veja também as páginas 120-126, sob o tópico geral “Deus”.)

Um proceder na vida que entra em conflito com os requisitos do Criador


e com sua orientação para a felicidade resulta em frustração.
Gálatas 6:7, 8 adverte: “Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa.
Pois, o que o homem semear, isso também ceifará; porque aquele que semeia
visando a sua carne, ceifará da carne corrupção.” — Também Gálatas 5:19-21.
(Veja também o tópico geral “Independência”.)

A herança do pecado de Adão impede aos humanos ter hoje pleno


usufruto da vida conforme Deus propôs no início.
Romanos 8:20 declara que, em resultado do julgamento divino após o pecado
de Adão, “a criação [a humanidade] estava sujeita à futilidade”. Paulo escreveu
a respeito de sua própria situação como humano pecaminoso, dizendo: “Eu sou
carnal, vendido sob o pecado. Pois o bem que quero, não faço, mas o mal que
não quero, este é o que pratico. Eu realmente me deleito na lei de Deus segundo
o homem que sou no íntimo, mas observo em meus membros outra lei
guerreando contra a lei da minha mente e levando-me cativo à lei do pecado
que está nos meus membros. Homem miserável que eu sou!” — Rom. 7:14, 19,
22-24.

Encontramos a maior felicidade possível agora, e nossa vida assume


riqueza de sentido, quando aplicamos os princípios bíblicos e colocamos em
primeiro lugar o fazer a vontade de Deus.
Não enriquecemos a Deus servindo-o; ele nos ensina “a tirar proveito”. (Isa.
48:17) A Bíblia aconselha: “Tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre
bastante para fazer na obra do Senhor sabendo que o vosso labor não é em vão
em conexão com o Senhor.” — 1 Cor. 15:58.

A Bíblia nos apresenta a perspectiva de vida eterna em perfeição se


depositarmos fé nas provisões de Jeová para a vida e se andarmos nos seus
caminhos. Tal esperança é solidamente fundamentada; não levará a
desapontamento; a atividade em harmonia com essa esperança pode encher
430

nossa vida de um verdadeiro significado mesmo agora. — João 3:16; Tito 1:2; 1
Ped. 2:6.

Foram os humanos feitos simplesmente para


viver poucos anos e depois morrer?

Gên. 2:15-17: “Jeová Deus passou a tomar o homem [Adão] e a


estabelecê-lo no jardim do Éden, para que o cultivasse e tomasse conta dele. E
Jeová Deus deu também esta ordem ao homem: ‘De toda árvore do jardim
podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e
do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres,
positivamente morrerás.’” (Deus falou aqui da morte, não como circunstância
inevitável, mas como aquilo que resultaria do pecado. Ele instou com Adão que
a evitasse. Compare com Romanos 6:23.)

Gên. 2:8, 9: “Jeová Deus plantou um jardim no Éden, do lado do oriente,


e ali pôs o homem que havia formado. Jeová Deus fez assim brotar do solo toda
árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no
meio do jardim.” (Após o pecado de Adão, o casal humano foi expulso do
Éden, para evitar que eles comessem da árvore da vida, segundo Gênesis 3:22,
23. Portanto, parece que, se Adão permanecesse obediente a seu Criador, Deus
com o tempo lhe permitiria comer dessa árvore em símbolo de ter ele sido
provado digno de viver para sempre. A presença da árvore da vida no Éden
indicava essa perspectiva.)

Sal. 37:29: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para
todo o sempre.” (Esta promessa torna claro que o propósito básico de Deus com
respeito à terra e à humanidade não mudou.)

Veja também a página 243, sob o tópico geral “Morte”.

Mas, no nosso próprio caso hoje, será que a vida


era para ser uma breve existência, muitas vezes
marcada de sofrimentos?

Rom. 5:12: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no


mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a
todos os homens, porque todos tinham pecado.” (Isso é o que todos nós
herdamos, não porque Deus propusesse isso, mas por causa do pecado de
Adão.) (Veja também o tópico geral “Destino”.)
431

Jó 14:1: “O homem, nascido de mulher, é de vida curta e está


empanturrado de agitação.” (Em grande parte isto caracteriza a vida neste
imperfeito sistema de coisas.)

Entretanto, mesmo nessas circunstâncias, nossa vida pode ser ricamente


compensadora, cheia de sentido. Veja a matéria nas páginas 428, 429, sobre o
propósito da vida humana.

É a vida na terra apenas uma passagem onde se é


testado para ver quem irá para o céu?

Veja as páginas 80-86, sob o tópico geral “Céu”.

Temos uma alma imortal que continua a viver após a morte do corpo carnal?

Veja as páginas 32-36, sob o tópico geral “Alma”.

Em que base pode alguém esperar ter mais


do que sua atual breve existência humana?

Mat. 20:28: “O Filho do homem [Jesus Cristo] não veio para que se lhe
ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de
muitos.”

João 3:16: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a
fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida
eterna.”

Heb. 5:9: “Depois de [Jesus Cristo] ter sido aperfeiçoado, tornou-se


responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem.” (Também
João 3:36.)

Como se realizarão as perspectivas de vida futura?

Atos 24:15: “Eu tenho esperança para com Deus, esperança que estes mesmos
homens também alimentam, de que há de haver uma ressurreição tanto de justos
como de injustos.” (Isto incluirá pessoas que fielmente serviram a Deus no
passado, bem como o grande número dos que nunca chegaram a ter suficiente
conhecimento sobre o verdadeiro Deus de modo a poderem aceitar ou rejeitar
seus caminhos.)

João 11:25, 26: “Jesus disse-lhe [à irmã do homem cuja vida mais tarde ele
restaurou]: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que
432

morra, viverá outra vez; e todo aquele que vive e exerce fé em mim nunca
jamais morrerá. Crês isso?’” (Portanto, além da esperança da ressurreição, Jesus
apresentou algo mais às pessoas que estivessem vivas quando sobreviesse o fim
do atual mundo mau. Os com esperança de serem súditos terrestres do Reino de
Deus têm a perspectiva de sobreviver e de nunca jamais morrer.)

Há na constituição do corpo humano alguma


evidência que indique que foi projetado
para viver para sempre?

Reconhece-se amplamente que a capacidade do cérebro humano


ultrapassa em muito o uso que fazemos dele no atual período de nossa vida,
quer vivamos até 70, quer até 100 anos de idade. A Encyclopædia Britannica
declara que o cérebro humano “é dotado de consideravelmente maior potencial
do que se consegue utilizar no período de vida duma pessoa”. (1976, Vol. 12, p.
998) O cientista Carl Sagan declara que o cérebro humano poderia reter
informações que “preencheriam cerca de vinte milhões de volumes, tantos
quantos os existentes nas maiores bibliotecas do mundo”. (Cosmos, 1980, p.
278) Com respeito à capacidade de “sistema de arquivo” do cérebro humano, o
bioquímico Isaac Asimov escreveu que é “perfeitamente capaz de absorver
qualquer quantidade de saber e memória que o ser humano possa lançar sobre
ele — e também um bilhão de vezes mais do que esta quantidade”. — The New
York Times Magazine, de 9 de outubro de 1966, p. 146. (Por que foi o cérebro
humano dotado de tal capacidade, se não havia de ser usada? Não é razoável
que humanos, com a capacidade infinita de aprendizagem, foram realmente
projetados para viver para sempre?)

Há vida em outros planetas?

The New York Times informa: “A busca de vida inteligente em outras


partes do universo . . . começou há 25 anos . . . A tarefa tremenda, que envolve
a exploração de centenas de bilhões de estrelas, até agora não produziu
evidência clara de que exista vida além da Terra.” — 2 de julho de 1984, p. A1.
433

The Encyclopedia Americana diz: “Nenhum outro planeta [fora do nosso


sistema solar] foi definitivamente detectado. Mas, para cada planeta que talvez
exista fora do sistema solar, há uma possibilidade de que a vida começou e
evoluiu numa civilização avançada.” (1977, Vol. 22, p. 176) (Conforme
transparece nesta declaração, não seria o caso de que a grande motivação na
extremamente dispendiosa busca de descobrir vida no espaço sideral seja o
desejo de encontrar prova para a teoria da evolução, de encontrar alguma
evidência de que o homem não foi criado por Deus e, por conseguinte, não está
sujeito a prestar contas a Ele?)

A Bíblia revela que a vida nesta terra não é a única forma de vida que
existe. Há seres que são espíritos — Deus e os anjos — que são muitíssimo
superiores ao homem, em inteligência e em poder. Já se comunicaram com a
humanidade, explicando a origem da vida e qual é a solução dos tremendos
problemas que o mundo enfrenta. (Veja os tópicos gerais “Bíblia” e “Deus”.)

Volta de Cristo
Definição: Antes de deixar a terra, Jesus Cristo prometeu voltar. Estão
associados com essa promessa emocionantes eventos relacionados com o Reino
de Deus. Deve-se notar que há uma diferença entre vinda e presença. Assim, ao
passo que a vinda de uma pessoa (que tem a ver com sua chegada ou seu
retorno) ocorre em determinado momento, a presença de tal pessoa pode
prolongar-se desse ponto em diante por um período de anos. A Bíblia usa
também a palavra grega ér·kho·mai (que significa “vir”), ao referir-se ao fato de
Jesus dirigir a sua atenção para uma importante tarefa, num tempo específico
durante a sua presença, a saber, o seu trabalho qual executor nomeado por
Jeová na guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso.

Será que os eventos associados com a presença de


Cristo ocorrem num tempo muito breve ou num
período de anos?

Mat. 24:37-39: “Assim como eram os dias de Noé, assim será a presença
434

[“vinda”, ALA, BLH; “presença”, Yg, Ro, ED; grego, pa·rou·sí·a] do Filho do
homem. Porque assim como eles eram naqueles dias antes do dilúvio, comendo
e bebendo, os homens casando-se e as mulheres sendo dadas em casamento, até
o dia em que Noé entrou na arca, e não fizeram caso, até que veio o dilúvio e os
varreu a todos, assim será a presença do Filho do homem.” (Os eventos dos
“dias de Noé” que são descritos aqui ocorreram por um período de muitos anos.
Jesus comparou a sua presença com o que ocorreu naquele tempo.)

A palavra grega pa·rou·sí·a é usada em Mateus 24:37. Significa


literalmente “estar ao lado”. O Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott
(Oxford, Inglaterra, 1968) dá como primeira definição de pa·rou·sí·a “presença,
de pessoas”. O sentido da palavra é claramente indicado em Filipenses 2:12,
onde Paulo contrasta sua presença (pa·rou·sí·a) com sua ausência (a·pou·sí·a).
Por outro lado, em Mateus 24:30, onde se fala de o “Filho do homem vir nas
nuvens do céu, com poder e grande glória”, na qualidade de executor nomeado
por Jeová na guerra do Armagedom, emprega-se a palavra grega er·khó·me·non.
Alguns tradutores usam ‘vinda’ para ambas as palavras gregas, mas os que são
mais cuidadosos transmitem a diferença de sentido entre as duas.

Voltará Cristo de modo visível aos olhos humanos?

João 14:19: “Mais um pouco e o mundo não me observará mais, mas vós
[os fiéis apóstolos de Jesus] me observareis, porque eu vivo e vós vivereis.”
(Jesus havia prometido a seus apóstolos que voltaria e os levaria consigo para o
céu. Eles o poderiam ver, porque seriam criaturas espirituais como ele é. Mas o
mundo não o veria mais. Compare com 1 Timóteo 6:16.)

Atos 13:34: “[Deus] o [a Jesus] ressuscitou dentre os mortos, destinado a


nunca mais voltar à corrupção.” (Os corpos humanos são por natureza
corruptíveis. É por isso que 1 Coríntios 15:42, 44 usa a palavra “corrupção”
numa construção paralela com “corpo físico”. Jesus nunca mais terá tal corpo.)
435

João 6:51: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste
pão, viverá para sempre; e, de fato, o pão que eu hei de dar é a minha carne a
favor da vida do mundo.” (Uma vez que o deu, Jesus não o toma de volta. Ele
não priva assim a humanidade dos benefícios do sacrifício de sua vida humana
perfeita.)

Veja também as páginas 50, 51, sob “Arrebatamento”.

Que significa vir Jesus “da mesma maneira” em


que ascendeu para o céu?

Atos 1:9-11: “Enquanto [os apóstolos de Jesus] olhavam, foi elevado e


uma nuvem o arrebatou para cima, fora da vista deles. E, enquanto fitavam os
olhos no céu, durante a partida dele, eis que havia também dois homens em
roupas brancas em pé ao lado deles, e estes disseram: ‘Homens da Galiléia, por
que estais parados aí olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi
acolhido em cima, no céu, virá assim da mesma maneira em que o observastes
ir para o céu.’” (Note que isto diz “da mesma maneira”, não com o mesmo
corpo. Qual foi a “maneira” de sua ascensão? Conforme mostra o versículo 9 de
Atos 1, ele desapareceu da vista, sendo a sua partida observada apenas pelos
seus discípulos. O mundo em geral não ficou ciente do que aconteceu. O
mesmo se daria com a volta de Cristo.)

Que significa ele ‘vir com as nuvens’ e ‘todo olho o


ver’?

Rev. 1:7: “Eis que ele vem com as nuvens e todo olho o verá, e aqueles
que o traspassaram; e todas as tribos da terra baterão em si mesmas de pesar por
causa dele.” (Também Mateus 24:30; Marcos 13:26; Lucas 21:27.)

O que é indicado por “nuvens”? Invisibilidade. Quando um avião está


numa densa nuvem ou acima das nuvens, as pessoas na terra geralmente não o
vêem, embora possam ouvir o barulho dos motores. Jeová disse a Moisés:
“Chego a ti numa nuvem escura.” Moisés não viu Deus, mas aquela nuvem
indicava a presença invisível de Jeová. (Êxo. 19:9; veja também Levítico 16:2;
Números 11:25.) Se Cristo fosse aparecer visivelmente nos céus, é óbvio que
nem “todo olho” o veria. Se ele aparecesse sobre a Austrália, por exemplo, não
436

seria visível na Europa, nem na África e nem nas Américas, não é mesmo?

Em que sentido ‘todo olho o verá’? No sentido de que as pessoas


discernirão à base dos eventos na terra que ele está presente invisivelmente.
Também, com referência à vista que não é física, João 9:41 diz: “Jesus disse
[aos fariseus]: ‘Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas agora dizeis: “Nós
vemos.” Vosso pecado permanece.’” (Compare com Romanos 1:20.) Após a
volta de Cristo, algumas pessoas mostram fé; reconhecem o sinal de sua
presença. Outras rejeitam a evidência, mas, quando Cristo entrar em ação, qual
executor nomeado por Deus, para exterminar os iníquos, mesmo estes
discernirão pela manifestação de seu poder que a destruição não procede dos
homens, mas de Deus. Saberão o que está acontecendo, porque foram avisados
com antecedência. Por causa do que lhes sobrevém, ‘baterão em si mesmos de
pesar’.

Quem são os “que o traspassaram”? Literalmente, os soldados romanos


fizeram isso por ocasião da execução de Jesus. Mas já há muito estão mortos.
Portanto, isto se refere forçosamente a pessoas que similarmente maltratam, ou
‘traspassam’, os verdadeiros seguidores de Cristo durante os “últimos dias”. —
Mat. 25:40, 45.

Pode-se realmente dizer que uma pessoa ‘veio’ ou


que está ‘presente’ se ela não for visível?

O apóstolo Paulo falou sobre ele estar “ausente em corpo, mas presente
em espírito” com a congregação em Corinto. — 1 Cor. 5:3.

Jeová falou sobre ele ‘descer’ e confundir a língua dos construtores da


torre de Babel. (Gên. 11:7) Ele disse também que iria “descer” a fim de livrar
Israel da escravidão do Egito. E Deus assegurou a Moisés: “Minha própria
pessoa irá junto” para conduzir Israel para a Terra Prometida. (Êxo. 3:8; 33:14)
Mas nenhum humano jamais viu a Deus. — Êxo. 33:20; João 1:18.

Quais são alguns eventos com os quais a


Bíblia associa a presença de Cristo?

Dan. 7:13, 14: “Aconteceu que chegou com as nuvens dos céus alguém
437

semelhante a um filho de homem [Jesus Cristo]; e ele obteve acesso ao Antigo


de Dias [Jeová Deus], e fizeram-no chegar perto perante Este. E foi-lhe dado
domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e
línguas o servissem.”

1 Tes. 4:15, 16: “Nós vos dizemos pela palavra de Jeová o seguinte: que
nós, os viventes, que sobrevivermos até a presença do Senhor, de modo algum
precederemos os que adormeceram na morte; porque o próprio Senhor descerá
do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de
Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro.”
(Portanto, os que haveriam de reinar com Cristo seriam ressuscitados para estar
com ele no céu — primeiro, os que morreram nos anos já passados e depois, os
que morreriam após a volta do Senhor.)

Mat. 25:31-33: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com


ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão
ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor
separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à
sua esquerda.”

2 Tes. 1:7-9: “A vós, os que sofreis tribulação, alívio junto conosco, por
ocasião da revelação do Senhor Jesus desde o céu, com os seus anjos
poderosos, em fogo chamejante, ao trazer vingança sobre os que não conhecem
a Deus e os que não obedecem às boas novas acerca de nosso Senhor Jesus.
Estes mesmos serão submetidos à punição judicial da destruição eterna de
diante do Senhor e da glória da sua força.”

Luc. 23:42, 43: “Ele [o malfeitor compassivo que foi pregado na estaca ao
lado de Jesus] prosseguiu a dizer: ‘Jesus, lembra-te de mim quando entrares no
teu reino.’ E ele lhe disse: ‘Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no
Paraíso.’” (Sob o governo de Jesus, toda a terra se tornará um paraíso; os
mortos que estão na memória de Deus serão ressuscitados com a oportunidade
de usufruírem para sempre uma vida perfeita na terra.)

Veja também as páginas 419-424, sob o tópico “Últimos Dias”.


438

Índice
Este Índice não alista todos os aspectos de cada assunto principal. Para
localizar outros pormenores, procure debaixo do(s) tópico(s) geral(is) nas
páginas precedentes e leia os subtópicos.

Apostasia, 41-44
Abismo, Satanás retido no, 357, 358 atitude para com apóstatas, 43
Aborto, 25, 26 sinais identificadores, 41-43
Abraão, esposas, 75 Apóstolos, Pedro a “rocha”?, 372-374
Adão e Eva, 27-29 perdão de pecados, 91, 92
casamento, 74 Arcanjo, Jesus Cristo, 219
céu o destino deles?, 80 Armagedom, 10, 44-48
pecado, como foi possível, 279, 280 identificado, 44, 45
pecado — “planejado” por Deus?, 29, 117 onde travado, 45, 46
pessoas históricas, 27, 28, 157 sobreviventes, 47
por que sofremos por aquilo que Adão fez, Arrebatamento, 49-54
364-367 Associações, más, 188
resgate para a descendência, 319, 320 Astrologia, 56, 57, 119, 120, 168, 169
Adivinhação, jogos, 140, 141 Auréola, 351, 352
Adoração, cruz, 102
de humanos, 150 Babilônia, astrologia, 56, 57, 119, 120
de Jesus, 215, 216 cidade antiga, 54, 55
nem toda aprovada por Deus, 307 confissão, 92
toda a criação unida, 300 cruz, 100, 101
uso de imagens, 56, 182-186, 236, 351 influência religiosa hoje, 55-57
Adversidade, punição da parte de Deus?, Pedro em Babilônia, 375
368, 369 sonhos, 371
Alfa e Ômega, 404, 405 tríades de deuses, 56
Alimento, abundância sob o Reino, 301 Babilônia, a Grande, identificada, 54-58
carne de animal, 343 urgente fugir, 58
Alma, diferente de espírito, 35 Bandeiras, conceito cristão, 265, 266
imortalidade — origem da crença, 36, 246 Batismo, com espírito santo, 61, 63
morte, 34, 191, 287, 288 com fogo, 62, 63
o que é, 32-34 imersão em água, 59-61
reencarnação, 293-297 “pelos mortos”, 61, 62
ressurreição, 324 Bebês, batismo, 60
Amor, ao próximo, 311 defeitos congênitos, 367, 368
esfria-se, 421, 422 morte, 244
falta no mundo, 9 Bebidas alcoólicas, efeitos do abuso, 188
sinal da verdadeira religião, 313, 314 maconha em contraste, 130
violado o de Deus pelo Armagedom?, 48 Bens, ostentação, 149
Animais, almas, 33, 34 vida dominada pelo desejo de, 149
harmonia com os humanos, 303, 304 Bíblia, 63-73
sangrá-los para uso como alimento, 343 evidências de inspiração, 65-68
Aniversário natalício, 37-39 fidedignidade das traduções, 68, 69, 394, 395
Ano-novo, celebrações, 171, 172 não basta ler pessoalmente, 312, 317
Antepassados, amá-los enquanto estão Bondade, 9, 10
vivos, 30, 31 Budista, dar testemunho a, 21
mensagens da parte dos mortos?, 31, 245-247
mortos, não podem ajudar nem prejudicar
ninguém, 29, 30
Anticristo, 39, 40 Caim, esposa, 289, 290
439
Calamidades, por que Deus permite origem da matéria-prima, 98
calamidades “naturais”, 368 similaridades na estrutura, 97
Carismáticos, 103, 104, 226-229 tempo envolvido, 98
Casamento, como melhorar, 78, 79 Crianças: Veja “Filhos”.
divórcio, 76, 77 Crime, 10, 11
entre irmão e irmã, 77, 78 aumento é real, 421, 422
poligamia, 75, 76 Cristãos, como identificar verdadeiros, 105,
registrar por lei, 73, 74 106,
relações sexuais antes, 360 229, 312-314
separação, 76 testemunhas a favor de Jeová e de Jesus, 393
Castigo: Veja “Punição”. Cronologia, ‘tempos designados das nações,
Celibato, 377, 378 110-112
Céu, 79-86 Cruz, morte de Jesus, 99, 100
arrebatamento, 49-54 origem da cruz da cristandade, 100, 101
corpo de Maria, 235 veneração, 102
corpos das pessoas no céu, 51, 218, 324-327 Culto, por que as Testemunhas não são, 386,
número dos que vão para o céu, 84, 85 387
o Senhor ‘desce do céu’, 50 Curas, 103-107
paraíso, 275-277 milagrosas — pelo espírito de Deus hoje?,
por que alguns vão para o céu, 86, 326 103-107
quando cristãos são levados para o céu, 49- perigo por meios espíritas, 106, 107, 139
53
quem vai para lá, 80-82, 84, 85 Datas, cálculo de 1914, 110-112
retornarão à terra os que são levados aos idade das pessoas pré-diluvianas, 109, 110
céus?, 53, 382 métodos científicos de datação, 108, 109
Chaves do Reino, 374, 375 Decisões, confiando na astrologia, 119, 120
Chefia, 250 desconsiderando a vontade de Deus, 148-
Ciência, Bíblia na frente das descobertas dos 150, 189
cientistas, Demônios, espiritismo, 137-142, 354
67, 68 influência sobre nações, 48, 179, 357
crença em Deus, 120, 121 responsabilidade pela iniqüidade, 198
crença na criação, 94-96 tomam forma humana?, 141
desacordo de conceitos sobre evolução, 150- Desânimo, 133-137
152 Destino, 113-120, 248, 249
Clérigos e leigos, distinção entre, 56 predestinado “o dia da morte”?, 113, 114
Cobrir a cabeça, por que necessário, 251, tudo “a vontade de Deus”?, 114, 115
252 tudo predito e predestinado por Deus?, 115-
Comemoração, data, 89, 90 119
emblemas, 87, 88 Deus, 10
freqüência, 89, 90, 242 Jesus na qualidade de um deus, 125, 212-214
participantes, 88 nome de — onde se encontra nas traduções
significado, 87, 88 da Bíblia,
Comunidade, atitude das Testemunhas 202-206
sobre melhorar, 392, 393 pessoa real, 122, 123
Confissão, 90-94 prova da existência, 120-122, 126
Conversão, judeus, 223, 224 sem começo, 123, 124
Reino não espera conversão do mundo, 305 “único Deus verdadeiro”, 125, 403
Corpo humano, evidência da criação, 96 (Veja também “Jeová”.)
projetado para viver para sempre, 432 Dez Mandamentos, terminaram, 334, 335
Corrupção, alívio permanente, 179, 180
Cosméticos, usados pelas mulheres, 253 Dia, duração do dia criativo, 98, 155
Criação, 94-98 Dia das Mães, 173
crença na, no mundo científico, 94-96 Dia de São Valentim, 173
440
Dia dos Namorados, 173 por que nem todos a possuem, 164, 165
Diabo, 353-358 Felicidade, 14, 80, 81, 178, 179
Divórcio, 76, 77 Feriados, 167-174
Doença, cura pela fé, 103-105 Dia das Mães, 173
cura permanente, 107, 133, 134, 301 Dia de São Valentim, 173
Dons do espírito, por que concedidos, 106 Dia dos Namorados, 173
Drogas, efeitos, 129-132 em memória dos “espíritos dos mortos”, 172,
fumo, 130-132 173
livrar-se, 132, 133 feriados nacionais, 174
maconha, 129, 130, 132 Natal, 167-170
princípios bíblicos, 127, 128, 130-132 Páscoa (da cristandade), 171
Filhos, 12
Emprego, Reino proverá, 11, 180, 181, 302 batismo de bebês, 60
Encorajamento, 133-137 conceito de Deus sobre nascituros, 25
Esaú, predestinado?, 117, 118 defeitos congênitos, 367, 368
Escassez de víveres, últimos dias, 420, 421 filhos de Deus, 291, 292
Espiritismo, 137-142 no Armagedom, 47
drogas, 128 transfusões de sangue, 346, 347
é possível falar com os mortos?, 137-139 Filhos de Deus, 257, 291, 292
livrar-se da influência, 141, 142 Filosofia, 174-177
qual o dano em consultar espíritas?, 139, 140 Fogo, batismo com, 62, 63
Espírito, batismo, 61, 63 terra destruída por fogo?, 380-382
como identificar os que têm espírito santo, Fogo do inferno, origem da crença, 197
143, 144, 146, Fome, nos últimos dias, 420, 421, 426
226, 227, 259 Fósseis, evolução, 152-154
força ativa da vida — o que acontece na Fumo, 130-133
morte, Futuro, o que a Bíblia prediz, 12, 115, 116,
35, 145, 146 283, 284, 299-304
força ativa de Deus, 142, 143, 399, 404 por que não recorrer ao espiritismo, 140
Espírito do Mundo, características, 147-150
Espírito santo: Veja “Espírito”. Geena, 195, 196
Esposa, mais de uma?, 75, 76 Genética, chave para evolução?, 154
posição num lar cristão, 250 Governo, 178-182
Estaca, morte de Jesus, 99, 100 atitude dos cristãos para com o secular, 265,
Estrelas, astrologia, 56, 57, 119, 120 266
estrela que guiou astrólogos a Herodes, 168, por que o governo humano não satisfaz, 178-
169 180
Evolução, 150-158 Reino de Deus, 180-182, 298, 299
científica?, 151 Grande multidão, esperança terrestre, 85,
desacordo entre cientistas, 151, 152 86
documentação fóssil, 152-154 sobrevive à grande tribulação, 52
figuras de “homens-macacos”, 154, 155 Grande tribulação, sobreviventes, 52, 425
métodos de datação, 108, 109 Guerra, Armagedom, 44-48
mutações, 154 conceito cristão, 262-264
usada por Deus?, 96, 97, 157 guerra nuclear, 44, 379, 380
Igreja Católica, 378, 379
Fala, extática, 227 Israel antigo, 262, 263
linguagem abusiva, 149, 150 livrar-se da guerra, 12, 301
Falsos Profetas, 158-163 últimos dias, 419, 420
Testemunhas de Jeová?, 163
Família, 12, 78, 79 Hades, 191, 193, 276, 277
Fé, 164-167 Hindu, dar testemunho a, 22
como se obtém, 165, 166 Hinos, conceito cristão, 265, 266
não basta só fé, 166, 167, 340, 341 Homossexualismo, 360-363
441
Iahweh, Jeová, Iahweh ou Javé?, 206, 207 Jesus Cristo, 210-221
“Imaculada Conceição”, de Maria, 234, 235 comemoração de sua morte, 86-90, 241
Imagens, 182-186 corpo na ressurreição, 218, 219, 324-326
ajudas na adoração?, 183 divindade, 418
babilônicas, 56 ensinamentos superiores, 176, 177
de “santos”, 183, 184, 351 eventos associados com a presença, 419-424,
imagem ou ídolo?, 182-185 433, 434,
Maria, 236 436, 437
Imersão, 59 Jeová não é nome de, 208, 209
Imortalidade, almas humanas não são morte, 318
imortais, 29, 30, 34, meramente um homem bom?, 211
244, 245 morte numa estaca ou numa cruz?, 99, 100
origem da crença da cristandade, 36 nascido de uma virgem, 232
Independência, atitudes a evitar, 189, 190 “o último Adão”, 28, 319, 320
liberdade real sem as normas da Bíblia?, 187- pessoa histórica, 210, 211
189 por que muitos judeus não aceitaram, 212
Inferno, 190-197 ‘primogênito da criação’, 400, 401
geena, 195, 196 realeza, 110-112, 304, 305
quem vai para lá, 192 “rocha” ou “pedra”, 372, 373
rico e Lázaro, 196, 197 sacrifício de resgate, 317-323, 343, 344
‘tormento eterno’, em Revelação, 194, 195 Salvador, 217, 220, 221, 285, 286, 405
Iniqüidade, 164, 165, 198-202 textos das Escrituras Hebraicas que se
adversidade, punição da parte de Deus?, 368, referem a Jeová e que
369 são aplicados a Jesus, 406
por que depois do estabelecimento do Reino, títulos de Jeová aplicados a, 404-406
112 um deus, não o Deus, 213, 214, 408, 409
por que Deus permite, 199-201 “vir em uma nuvem”, 50, 51, 435, 436
por que há tanta, 198 Jogos, que envolvem adivinhação, 140
prova de que não existe Deus?, 121, 122 Jóias, usadas pelas mulheres, 253
responsabilidade pela, 117, 198 Judas Iscariotes, predestinado?, 118
Injustiça, 13, 135, 136 Judeus, 221-226
Inspiração, evidência na Bíblia, 65-68 identidade dos 144.000, 84, 85
Interconfessionalismo, 309, 310 povo escolhido?, 221-223
Israel, cumprimento de profecias rejeição de Jesus como Messias, 212
bíblicas, 224-226 testemunho aos, 22, 23
espiritual, 225, 226 Julgamento, ressurreição de, 328, 329
Justiça, 181, 302
Jacó, esposas, 75
predestinado?, 117, 118 Lei Mosaica, “cerimonial” e “moral”, 333,
Jeová, 202-209 334
Iahweh, Javé ou Jeová?, 206, 207 terminou, 334, 335
importância do nome, 207, 208 Línguas, falar em, 226-231
nome de Jesus no “Velho Testamento”?, 208, dom duraria por quanto tempo?, 229, 230
209 prova que a pessoa tem espírito santo?, 226-
nome nas Escrituras Gregas Cristãs, 205, 229
206, 395, 396
nome — onde se encontra em várias Bíblias, Luto, pelos mortos, 247, 248
202-204 Maconha, 129, 130, 132
santificação de seu nome, 299, 300
“Mãe de Deus”, Maria, 234
sem começo, 123, 124
Magia, 56, 57
único Deus verdadeiro, 125, 403, 405, 406,
Maldição, raça negra?, 290, 291
408, 409
Malfeitor, promessa de Paraíso, 276-279
(Veja também “Deus”.)
Maria (mãe de Jesus), 231-238
442
adoração, 236, 237 cosméticos e jóias, 253
concebida imaculadamente?, 234, 235 ministras, 251
de corpo de carne para o céu?, 235 Mundo, 253-256
“Mãe de Deus”?, 234 atitude dos cristãos para com o, 255, 256,
oração a Maria, 235, 236 267, 314, 385
virgem, 232, 233, 237, 238 conversão, 305
Materialismo, 149, 187, 188 envolvimento religioso, 57, 378
Médiuns espíritas, mensagens procedentes fim do, 112, 113, 254
dos mortos, governante, 254, 255, 356, 357
31, 138, 139 resguardar-se do espírito do, 147-150
Medo: veja “Temor”. significado das condições, 64, 419-424
Messias, por que judeus rejeitaram a Jesus, sobreviventes do fim, 425
212 Mutações, evolução, 154
Miguel, identificado, 219
Milagres, atuais, 103-105, 159, 160 Nascer de Novo, 256-260
de Jesus, 216, 217, 301-303 por que necessário, 257, 258
1914, conceito dos historiadores seculares, salvo se não?, 258, 259
424, 425 tem espírito santo se não?, 259
estabelecido o Reino, 110-112 Natal, 167-170
144.000, número literal, 85 Negros, maldição sobre Canaã, 290, 291
só judeus naturais?, 84, 85 Neutralidade, 260-267
únicos a serem salvos?, 342 bandeiras e hinos, 265, 266
Ministras, mulheres, 251 envolvimento político, 264, 265
Missa, alívio às almas do purgatório?, 242 guerra carnal, 262-264
freqüência, 242 Nuvens, ‘arrebatados nas nuvens’, 49, 50
sacrifício da, 238 Jesus “vir em uma nuvem”, 50, 51, 435, 436
transubstanciação, 239, 240 Obras, em harmonia com a fé, 166, 167,
Moradia, 11, 180, 302 340, 341
Morte, 14, 243-249 Opressão, alívio permanente, 179, 180
adâmica, eliminada, 303 O que é contra a lei, últimos dias, 421, 422
alma, 34, 191 Oração, 267-270
conceito babilônico, 56 a Maria, 235, 236
costumes de luto, 247, 248 a “santos”, 350
diferente a morte de Jesus, 318 orações de quem Deus ouve, 267, 268
esperança da ressurreição, 134, 303, 326-330 pessoas cujas orações são inaceitáveis, 268,
o que Deus propusera?, 243, 248, 430 269
predeterminado o dia?, 113, 114, 248, 249 sobre assuntos apropriados, 269, 270
punição após?, 193-197 Organização, 271-275
relacionada com o fumo, 131, 132 como identificar a organização visível de
relatos sobre “outra vida”, 245-247 Deus, 274, 275
Mortos, batismo pelos, 61, 62 evidência de que Deus tem, 271-274
condição, 191, 244, 245, 287, 288 necessária?, 310-312
falar com, 31, 137-139, 246, 247 Orgulho, 148
feriados em memória dos, 172, 173
não podem ajudar nem prejudicar os vivos,
29, 30 Paraíso, 275-279
onde estão, 244 malfeitor no Paraíso, 276-279
ressurreição, 134, 303, 326-331 terrestre, 275, 276, 304
Muçulmano, dar testemunho a, 23, 24 Páscoa, (da cristandade), 171
Mulheres, a Bíblia não as trata como pessoas Paz, 12, 301
inferiores, Pecado, como é possível no caso de criatura
249, 250 perfeita,
cobrir a cabeça, 251, 252 279, 280
443
confissão, 93, 94
de Adão, “planejado” por Deus?, 29, 117 Raças da humanidade, 288-293
efeito sobre a relação com Deus, 282, 283 origem dos negros, 290, 291
existe pecado hoje em dia?, 280, 281 origem em comum, 27, 288, 289
Maria, sem pecado?, 234, 235 razões das características, 290
perdão, 60, 61, 91, 92 Rebelião, 148, 149
purificar-se do, 60, 61, 288 Reencarnação, 293-297
santos isentos do?, 352 diferente da esperança bíblica, 296, 297
voluntário, 91, 94, 279 estranha sensação de se estar familiarizado
Pedra, Cristo, não Pedro, 372, 373 com pessoas e
Pedro, ‘chaves do reino’, 374, 375 lugares, 293, 294
papas não são sucessores, 376 evidência da, na Bíblia?, 294-296
“pedra”?, 372, 373 Reino, 13, 298-306
Roma ou Babilônia?, 375 “chaves do reino”, 374, 375
Perdão, apóstolos autorizados a perdoar, 91, governo, 298, 299
92 o que realizará, 299-304
Perseguição, encorajamento para suportar, os que reinam com Cristo, 84-86, 257, 258
134, 135 tempo do estabelecimento, 110-112, 304-306
por que as Testemunhas são perseguidas, testemunho, 314, 423
391, 392 Religião, 306-317
Pesar, pela morte de um ente querido, 247 abandonar a religião dos pais, 308, 309
Pestilência, últimos dias, 421 Babilônia, a Grande, 54-58
Planetas, vida em outros?, 432, 433 como identificar a certa, 312-314
Poligamia, 75, 76 em todas há algo de bom?, 307, 308, 316
Política, atitude dos cristãos, 264, 265 interconfessionalismo, 309, 310
envolvimento religioso, 57 o que coloca as Testemunhas de Jeová à
Prazeres, em busca de, 127, 128, 149 parte como diferentes,
Predestinação, Adão, 117 384, 385
cristãos, 118, 119 organizada, 310-312
“é a vontade de Deus”, 114, 115 por que existem tantas religiões, 306, 307
Jacó e Esaú, 117, 118 só uma religião certa, 316, 317, 388, 389
Judas Iscariotes, 118 Relíquias, veneração, 351
(Veja também “Destino”.) Resgate, 317-323
Preexistência, 79 benefícios para quem e por quê, 320-322
Presciência: veja “Destino”. como a morte de Jesus foi diferente, 318
Presença, de Cristo, 419-424, 433-437 filhos, 367, 368
Presságios, 140 por que é necessário, 318-320
Profecia, 115, 116, 283-286 que efeito sobre como levamos a vida?, 323
ainda por se cumprir, 283, 284 Ressurreição, 324-331
cumprimentos, 65-67, 110-112, 181, 419-424 celestial, 326, 327
por que interessar-se profundamente, 285 contraste com reencarnação, 296, 297
Profetas, identificação dos verdadeiros e dos corpo de Jesus na ressurreição, 218, 219,
falsos, 324-326
158-162 terrestre, 327-331
Punição, adversidade é punição da parte de
Deus?, 368, 369
após a morte?, 287
punição eterna, 193-196
Purgatório, 286-288
base do ensino, 286, 287
missa para os no, 242
444
Revolução, 179, 180 Soberania, questão, 199, 200, 355, 356
Rico e Lázaro, parábola, 196, 197 Reino sustenta a de Jeová, 299, 300
Rocha, Cristo, não Pedro, 372, 373 Sofrimento, 13, 363-370
crianças com defeitos congênitos, 367
Sábado, 331-338 culpa pelo, 114, 115, 363, 364
que sentido tem para cristãos, 335-337 o que Deus propôs?, 430, 431
semanal, para cristãos?, 331, 332 por que Deus permite, 363-370
Sabedoria, humana, 175-177 prova de que não há Deus?, 121, 122
verdadeira, 174, 175 Sonhos, 370, 371
Salomão, esposas, 75, 76 Sucessão apostólica, 372-379
Salvação, 338-342 “chaves do reino”, 374, 375
judeus, 223, 224 lista de sucessão, 376
para os que não ‘nasceram de novo’?, 258, Pedro a “rocha”?, 372, 373
259 Pedro em Roma?, 375
requisitos, 217, 319, 320, 340, 341
só para 144.000?, 342 Tabaco, 130-133
uma vez salvo, salvo para sempre?, 340 Temor, de Jeová, 209
universal?, 338-340 dos mortos, 30
Salvador, últimos dias, 422, 423
Jeová, 405 “Tempos designados das nações”
Jesus Cristo, 220, 221, 285, 286, 405 como se calculam, 110-112
Sangue, 343-348 Terra, 379-383, 384, 385
alternativas de transfusões de sangue, 345, evidência de criação, 95
346 formato do planeta, 68
transfusões de sangue em crianças, 346, 347 futuro Paraíso, 275-279, 304
uso de sangue humano, 345 globo permanecerá para sempre, 44, 379-382
Santos, 349-353 habitantes — retornarão do céu?, 52, 382
auréolas, 351 se ninguém morrer, onde viverão todos?,
imagens e relíquias, 183, 184, 351 331, 383
livres de todo o pecado?, 352 sobreviventes na, após fim do mundo iníquo,
orar aos, 350 52, 425
Satanás, o Diabo, arregimenta as nações vida eterna na, 83, 84
para o Armagedom, 48 Terremotos, por que Deus permite, 368
deus deste sistema, 356, 357 últimos dias, 421, 426
governante do mundo, 356, 357 Testemunhas de Jeová, 384-393
lançado fora do céu, 112, 357, 358 a única religião certa?, 388, 389
lançado no abismo, 357, 358 começos, 387, 388
origem, 355 como a obra é financiada, 386
por que se permitiu que permanecesse, 355, correções de conceito, 162, 163, 390
356 crenças que as distinguem, 384, 385
responsável pela iniqüidade, 198 não são falsos profetas, 163
uma pessoa espiritual, 353-355 por que perseguidas, 391, 392
Saul, falou com “Samuel” por meio da religião americana?, 385, 386
médium espírita, 138 Testemunho, 41, 42, 314, 423
Segurança, 12, 302 a favor de Jeová e de Jesus, 393
Seitas, 41, 386, 387 de casa em casa, 390, 391
Seol, 191, 193 ‘Tormento eterno’, 193-196
Separação, marital, 76 em Revelação, 194, 195
Serpente, falou com Eva, 28 rico e Lázaro, 196, 197
Sexo, 187, 359-363 Tradução do Novo Mundo, 393-397
conceito da Bíblia, 359, 360 nome Jeová nas Escrituras Gregas Cristãs,
homossexualismo, 360-363 395, 396
pré-nupcial, 360 tipo de tradução, 393-396
445

tradutores, 394 União, toda a criação, em adoração, 300


versículos que aparentemente faltam, 396 todas as raças, 292, 293
Traduções, fidedignidade da Bíblia, 68, 69, Universo, origem, 67, 68
394, 395
quando versões da Bíblia diferem, 408
Verdade, verdade absoluta, 71, 72, 175
Transfusões, abster-se de sangue, 343-345 Versão Almeida, 72, 73
tratamentos alternativos, 345, 346 Versículos, da Bíblia — por que parece que
Trindade, 397-418 faltam, 396
fornecem base sólida os textos usados pelos Vida, 428-433
trinitários?, aborto, 25, 26
404-416 desrespeito pela, 127, 130-132
origem do ensinamento, 56, 376, 377, 397, efeitos que o resgate deve ter em nossa, 323
398 em outros planetas?, 432, 433
posição dos que aderem a ela, 416, 417 objetivo, 14, 64, 428, 429
são bíblicos os conceitos básicos contidos vida eterna, 14, 83, 84, 88, 89, 318-320, 431,
nesse dogma?, 432
398-404 Violência, 149, 150
Virgem, Maria, 232, 233
Últimos dias, 13, 419-428 Volta de Cristo, 433-437
agora em progresso, 419-424, 426, 427 invisível, 434-437
começo, em 1914, 424, 425 presença, 433, 434, 436, 437
por que prolongados por tanto tempo, 425,
426
Textos amiúde mal aplicados
Gênesis Mateus 2:19-22 415 1 Coríntios
1:1 407 1:23 215 5:18 215 13:8-10 229, 230
9:25 290, 291 10:28 195 5:28, 29 328, 330 15:22 339
Êxodo 16:18 372 6:53-57 88, 89, 240 15:29 61
21:22, 23 25 17:12, 13 294 8:58 409 2 Coríntios
25:46 193 9:1, 2 295 13:14 407
Deuteronômio
26:26-29 239 10:30 416
6:4 407 Efésios
28:19 407 12:32 339
1 Samuel 1:4, 5 119
Marcos 20:21-23 91
28:3-20 138 Filipenses
16:17, 18 105, 230 20:28 214
Eclesiastes 2:5, 6 411
Lucas Atos
3:1, 2 113 2:9-11 209
16:19-31 196 1:9-11 435
12:7 35 3:20, 21 326
17:21 298 16:30-32 217
Isaías Colossenses
21:27 50 20:28 410
24:1-6 358 1:15-17 400
21:33 381 Romanos
43:10 405 2:9 412
23:43 277 5:18 339
43:11 405 1 Tessalonicenses
24:36-39 325 8:14-17 82
Jeremias 4:13-18 49
João 8:28, 29 118
4:23-29 358 9:5 410 1 Timóteo
1:1 213, 408
Miquéias 11:25, 26 223 2:3, 4 339
1:12, 13 82, 257
5:2 401
1:23 406
446

Tito
2:11 339
2:13 413
Hebreus
1:6 215
1:8 413
1:10-12 406
1 Pedro
3:18 324
3:19, 20 81
4:6 81
2 Pedro
3:7 254, 380
3:9 338
1 João
5:7, 8 414
Revelação
1:7 435
1:8 404
1:11 404
3:14 401
5:10 86
7:4-8 84
7:9, 10 85
14:9-11 194
20:3 357
20:4-6 329
20:10 194
21:1 381
21:2, 3 382
21:6, 7 405
22:12, 13 405

Você também pode gostar