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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Dossier de estágio
Iniciação à Prática Profissional

Mestrado em Ensino de Física e de Química no 3° Ciclo do Ensino Básico e no Ensino


Secundário.

Marcelo Dumas Hahn


MAIO DE 2018

Estágio realizado na Escola Secundária de Valongo sob a supervisão da orientadora cooperante


Professora Maria Isabel Reis.
Índice
1. Dossier de estágio – Informações gerais ................................................................................... 2
2. Regências................................................................................................................................... 2
2.1. Introdução .......................................................................................................................... 2
2.2. Física – 9° ano ..................................................................................................................... 3
2.2.1 Planos de aula .............................................................................................................. 3
2.2.2. Atividade Práticas ...................................................................................................... 52
2.2.3. Questões selecionadas para o teste.......................................................................... 73
2.3. 9° ano – Química .............................................................................................................. 75
2.3.1 Planos de aula ............................................................................................................ 75
2.3.2 Atividade prática ...................................................................................................... 138
2.3.3. Questões selecionadas para o teste........................................................................ 141
2.4. 11° ano – Física ............................................................................................................... 145
2.4.1. Planos de aula ......................................................................................................... 145
2.4.2. Atividades práticas .................................................................................................. 249
2.4.3. Questões selecionadas para o teste........................................................................ 258
2.5. 11° ano - Química .......................................................................................................... 268
2.5.1. Planos de Aula ......................................................................................................... 268
2.5.1. Atividade de Simulação Computacional.................................................................. 385
2.5.3. Questões selecionadas para o teste........................................................................ 400
3. Visita de estudos ................................................................................................................... 406
4. Atividades extracurriculares.................................................................................................. 407
4.1. Aulas de apoio ao 9° ano ................................................................................................ 407
4.2. Aulas de apoio ao 11° ano .............................................................................................. 411
5. Reflexão autocrítica............................................................................................................... 415

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1. Dossier de estágio – Informações gerais

Este dossier de estágio é da autoria de Marcelo Dumas Hahn e foi produzido no âmbito da
unidade curricular Iniciação à Prática Profissional do Mestrado em Ensino de Física e de
Química no 3º ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. Este documento foi concebido
para descrever de forma sucinta o estágio realizado durante o ano letivo 2017/2018 na Escola
Secundária de Valongo, sob a orientação da professora Maria Isabel Reis.

2. Regências

2.1. Introdução

As regências ministradas durante a Iniciação à Prática Profissional foram integradas nas turmas
de 9° e 11° anos de escolaridade, atribuídos à orientadora cooperante, professora Maria Isabel
Reis, da Escola Secundária de Valongo.

No total foram lecionadas 33 aulas de 45 minutos, sendo 6 aulas a componente de física do 9°


ano, 10 aulas na componente de física do 11° ano, 6 aulas na componente de química do 9°
ano e 11 aulas na componente de química do 11° ano.

2
2.2. Física – 9° ano
2.2.1 Planos de aula

PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 24/01/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 46 e 47 Duração: 90 minutos

Domínio: Movimentos e forças

Subdomínio: Forças e fluidos

Metas curriculares:

4.1 Indicar que um fluido é um material que flui: líquido ou gás.


4.2 Concluir, com base nas Leis de Newton, que existe uma força vertical dirigida
para cima sobre um corpo quando este flutua num fluido (impulsão) e medir o
valor registado num dinamómetro quando um corpo nele suspenso é imerso num
líquido.
4.5 Relacionar as intensidades do peso e da impulsão em situações de flutuação
ou de afundamento de um corpo.

Conteúdos:

3
Massa volúmica e densidade: propriedades do material.
Massa volúmica de diversos materiais.
Massa volúmica como critério de flutuação ou submersão.
Características dos fluidos.
Impulsão.
Peso aparente de um corpo submerso.

Sumário:

Massa volúmica, densidade, fluidos e impulsão.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.
Demonstrativo.

Recursos e materiais:

Água
Apresentação em PowerPoint.
Areia
Barra de ferro
Berlindes
Balão de ar
Corpo para suspender no dinamómetro
Dinamómetro
Tina

4
Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (3 minutos)

1.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida com algum tópico anterior.
Se necessário, esclarecer quaisquer dúvidas.

1.2. Apresentar o sumário da aula

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Perguntar aos alunos por que grandes e pesados navios flutuam enquanto
pequenos e leves berlindes afundam. E debater sobre as possíveis repostas.

2.2. Realizar uma demonstração experimental mostrando que um berlinde afunda


em água mas que dez berlindes dentro de um balão de ar só irão afundar,
dependendo do volume do balão de ar.

2.3. Relembrá-los do conceito de massa volúmica e densidade de um corpo


(sólido, líquido ou gasoso). Lembrá-los que a massa volúmica caracteriza as
substâncias (figura 1).

2.4. Mostrar como é possível determinar a massa volúmica de um sólido com


forma geométrica conhecida ou que afunda em água (figuras 2 e 3).

2.5. Utilizar uma barra de ferro e areia para mostrar que se colocarmos a barra de
ferro sobre a areia e agitarmos o recipiente, a barra de ferro tende a ir para o
fundo. Isto é explicado porque a massa volúmica do ferro é superior a massa
volúmica da areia.

2.6. Explicar também que a litosfera “flutua” sobre outras camadas mais interiores
(figura 4).

5
2.7. Anunciar que isto também ocorre com líquidos imiscíveis. Aquele com menor
massa volúmica ficará por cima (figura 5).

2.8. Dizer que líquidos são fluidos assim como os gases definir, então, o que são
fluidos.

2.9. Perguntar quem já foi à praia ou à piscina e discutir o fato de que quando
estamos dentro da água parecemos mais leves. Perguntar se isto realmente
acontece ou se é apenas impressão.

2.10. Discutir com os alunos as possíveis respostas e proceder a uma


demonstração experimental.

2.11. Utilizar um dinamómetro e verificar o peso de um corpo. Mergulhar o corpo


em água e verificar a nova leitura no dinamómetro.

2.12. Estimular os alunos a concluir que todo o corpo imerso num fluido sofre
uma força vertical e para cima realizada pelo fluido chamada de impulsão. Assim,
os corpos imersos num fluido possuem um peso aparente menor do que o seu
peso no ar.

2.13. Explicar que a impulsão é uma força vertical, de baixo para cima e que esta
pode ser maior, menor ou igual ao peso de um determinado corpo. Mostrar,
então, as várias situações possíveis.

2.14. Mencionar que corpos no ar também sofrem uma impulsão do ar, mas que
esta é muito pequena e, por isso, desprezável.

2.15. Formalizar matematicamente a escrita da impulsão como sendo o valor do


peso de um objeto no ar menos o peso aparente dele (I = Par - Paparente).

3. Conclusão da aula (7 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Avisar que eles têm como tarefa realizar uma atividade de simulação
computacional que está disponível no moodle, e entrega-los a folha de respostas
para a atividade.
6
3.3. Discutir com eles a atividade laboratorial que será realizada na próxima aula.

3.4. Constante ao tempo disponível, pedir que eles façam os exercícios 1, 2 e 3 do


manual escolar (páginas 118 e 119).

4. Observações:

Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

Figura 3

7
Figura 4

Figura 5

8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
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PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 26/01/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 48 Duração: 45 minutos

Domínio: Movimentos e forças

Subdomínio: Forças e fluidos

Objetivo geral:

Determinar experimentalmente a massa volúmica de líquidos, relacionando este


valor com o declive de uma reta num gráfico massa por volume.

Metas específicas:

1. Determinar a massa volúmica de um líquido.


2. Construir o gráfico da massa de um líquido em função do seu volume.
3. Concluir que o declive deste gráfico é a massa volúmica do líquido.
4. Verificar que, quando os líquidos são imiscíveis, aquele com menor massa
volúmica fica por cima.

Conteúdos:

Massa volúmica de líquidos.


Gráfico massa em função do volume.
Determinação experimental da massa volúmica de um líquido.

20
Sumário:

Atividade laboratorial: Determinação da massa volúmica de líquidos.

Método:

Ativo.

Recursos e materiais:

Água
Álcool etílico
Balança digital
Gobelé (200 mL)
Óleo de cozinha
Provetas (50 mL)
Vareta de vidro

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (3 minutos)

1.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida com relação a atividade que
será realizada.

1.2. Apresentar o sumário da aula.

21
2. Corpo da aula (40 minutos)

2.1. Avisar aos alunos que eles devem pegar o material que precisam utilizar para
realizar a atividade laboratorial.

2.2. Pedir que os alunos realizem a atividade laboratorial de acordo como o


protocolo disponível em anexo.

3. Conclusão da aula (2 minutos)

3.1. Caso eles não tenham arrumado o material utilizado, pedir que arrumem.

3.2. Relembrar aos alunos que eles têm como tarefa, para a próxima aula, realizar
uma atividade de simulação computacional que está disponível no moodle.

4. Observações:

22
Anexo 1 – Protocolo da atividade laboratorial

Massa volúmica de líquidos

As marés negras dizem respeito à poluição dos mares e


zonas litorais por grandes manchas de hidrocarbonetos
(petróleo e derivados), os quais representam cerca de 10%
do total anual da poluição dos oceanos. Assim, constituem
verdadeiras catástrofes ecológicas, com efeitos
devastadores e persistentes, difíceis de mitigar.

Questão-problema: Quais as consequências da lavagem dos grandes petroleiros no


alto mar?

1. Material

Água Álcool etílico Balança digital Gobelé (200 mL)


Óleo de cozinha Provetas (50 mL) Vareta de vidro

2. Procedimento
2.1. Colocar uma proveta sobre a balança e tará-la.
2.2. Com o auxílio da vareta de vidro, adicionar aproximadamente 10 mL de água (ou álcool
etílico ou óleo de cozinha) na proveta que se encontra sobre a balança. (Cada grupo deve
utilizar um líquido diferente e, no final, os resultados devem ser partilhados)
2.3. Registar a massa e o volume medidos.
2.4. Adicionar aproximadamente mais 10 mL de água (ou álcool etílico ou óleo de cozinha).
2.5. Repetir este procedimento até perfazer um volume de aproximadamente 50 mL.
2.6. Deixar a proveta contendo o líquido utilizado em local seguro.

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3. Registo e observações

Líquido utilizado:

Massa / g

Volume / mL

4. Questões a serem respondidas


4.1. Utilize os dados obtidos anteriormente e construa um gráfico.

Lembrem-se:
Utilize uma escala adequada para o gráfico
Qual é o eixo da variável independente
Qual é o eixo da variável dependente
Quais são as unidades de medidas
Não ligue os pontos, e sim trace a melhor reta entre
eles!

4.2. Qual o significado físico do declive da reta ajustada entre os pontos?


_________________________________________________________________________________
4.3. Compartilhe o resultado com os outros grupos e complete as informações:

𝜌á𝑔𝑢𝑎 = ____________ ; 𝜌á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = ____________ ; 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = ____________ ;

4.4. Se vertermos para um gobelé o óleo e depois vertermos a água, o que acontecerá?
_________________________________________________________________________________

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4.5. Se vertermos o álcool sobre o óleo, o que acontecerá?
_________________________________________________________________________________

5. Atividade em grande grupo: quem fica por cima?


5.1. Observe o professor verter para um gobelé vazio o óleo, depois a água e em seguida o
álcool. Faça o registo do que se observa e justifique o ocorrido fazendo uso do conceito de
massa volúmica e líquidos imiscíveis.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5.2. O que podemos concluir sobre a questão problema?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

25
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 31/01/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 49 e 50 Duração: 90 minutos

Domínio: Movimentos e forças

Subdomínio: Forças e fluidos

Metas curriculares:

4.3 Verificar a lei de Arquimedes numa atividade laboratorial e aplicar essa lei em
situações do dia a dia.
4.4 Determinar a intensidade da impulsão a partir da massa ou do volume de
líquido deslocado (usando a definição de massa volúmica) quando um corpo é
nele imerso.
4.5 Relacionar as intensidades do peso e da impulsão em situações de flutuação
ou de afundamento de um corpo.
4.6 Identificar os fatores de que depende a intensidade da impulsão e interpretar
situações de flutuação ou de afundamento com base nesses fatores.

Conteúdos:

Impulsão.
Peso aparente de um corpo submerso.
Lei de Arquimedes.
Fatores que influenciam a impulsão.

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Sumário:

Lei de Arquimedes.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.
Demonstrativo.

Recursos e materiais:

Água
Apresentação em PowerPoint.
Balança digital
Corpo para suspender no dinamómetro
Dinamómetro
Kitasato
Proveta
Tina
Simulação computacional “Impulsão”: https://phet.colorado.edu/sims/density-
and-buoyancy/buoyancy_pt.html

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

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1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Recolher a folha de respostas do exercício que deve ser entregue.

1.2. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida com algum tópico anterior.
Se necessário, esclarecer quaisquer dúvidas.

1.3. Apresentar o sumário da aula

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Realizar uma breve revisão do conteúdo discutido na última aula teórica, em
especial, como a força peso e a força de impulsão se relacionam em diversas
situações (figuras 1, 2 e 3).

2.2. Contar a lenda de como Arquimedes solucionou um problema que lhe foi
proposto.

2.3. Introduzir a Lei de Arquimedes e realizar uma demonstração experimental


para a sua verificação.

2.4. Para a demonstração, iremos mergulhar uma massa de aproximadamente


239 g, cujo volume é de aproximadamente 27,4 cm3. Inicialmente, colocar uma
proveta sobre uma balança digital e tará-la. Em seguida, utilizar um dinamómetro
para verificar o peso total da massa. Depois, mergulhar a massa num kitasato
previamente cheio de água. Recolher a água deslocada com a proveta e verificar a
nova medição no dinamómetro. Voltar a colocar a proveta sobre a balança digital
e inferir o peso de água deslocada. Concluir que o peso de água deslocada é
“igual” à impulsão que a massa mergulhada na água sofre (figuras 4 e 5).

2.5. Medir o volume de água na proveta para mostrar como se pode determinar o
peso de água deslocada utilizando a equação: P = mg = ρVg.

2.6. Apresentar aos alunos uma simulação computacional chamada “Impulsão”


para discutir com eles quais fatores devem afetar a impulsão sobre um corpo
(figura 6).

2.7. Concluir com eles que o valor da impulsão depende apenas do volume
submerso do corpo e da massa volúmica do fluido no qual o corpo se encontra.
28
2.8. Relembrá-los que o próximo laboratório servirá para a avaliação sumativa.
Entregá-los a folha do próximo laboratório e explicar o que é proposto que eles
façam e de que maneira eles serão avaliados.

2.9. Resolver no quadro algumas questões relacionadas à impulsão.

2.10. Consoante ao tempo, pedir que eles façam os exercícios das páginas 119 e
120 do manual escolar.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado ou sobre a próxima atividade laboratorial.

4. Observações:

29
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

30
Figura 3

Figura 4

31
Figura 5

Figura 6

32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 02/02/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 51 Duração: 45 minutos

Domínio: Movimentos e forças

Subdomínio: Forças e fluidos

Objetivo geral:

Utilizar a Lei de Arquimedes para resolver um problema.

Metas específicas:

1. Aplicar a Lei de Arquimedes no laboratório.


2. Determinar a massa volúmica de um sólido.
3. Comparar a massa volúmica encontrada com um valor tabelado.

Conteúdos:

Lei de Arquimedes.
Massa volúmica de sólidos.
Determinação experimental da massa volúmica de um sólido.

Sumário:

45
Atividade laboratorial: Aplicação da Lei de Arquimedes para resolver um
problema.

Método:

Ativo.

Recursos e materiais:

Água
Balança digital
Blocos de um material desconhecido
Dinamómetro
Fio inextensível
Gobelés
Kitasato
Provetas

Avaliação:

Durante a atividade laboratorial:

Avaliação formativa e sumativa (critérios de avaliação em anexo), com o auxílio de


uma grelha, por meio de observação.

Após a atividade laboratorial:

Avaliação formativa e sumativa (critérios de avaliação em anexo), por meio de um


relatório escrito.

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1. Início da aula (3 minutos)

1.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida com relação a atividade que
será realizada.

1.2. Apresentar o sumário da aula.

2. Corpo da aula (40 minutos)

2.1. Avisar aos alunos que eles devem pegar o material que eles achem adequado
para realizar a atividade laboratorial.

3. Conclusão da aula (2 minutos)

3.1. Caso eles não tenham arrumado o material utilizado, pedir que arrumem.

3.2. Relembrar aos alunos que eles têm como tarefa, realizar o relatório desta
atividade.

4. Observações:

47
Anexo 1 – Protocolo da atividade laboratorial

Físico-Química

Lei de Arquimedes

De acordo com uma lenda famosa, Hierão, rei de Siracusa, pediu a Arquimedes para descobrir
se a sua coroa, alegadamente de ouro, não teria impurezas de prata. Enquanto pensava numa
forma de solucionar o problema nos banhos públicos (comuns naquela época), Arquimedes
reparou que a quantidade de água que transbordava da banheira correspondia ao volume do
seu corpo. Feliz por ter encontrado uma forma de resolver o problema, saiu a correr nu pela
rua em direção à casa gritando: “Eureka! Eureka!”, que em grego significa "descobri".
Arquimedes terá realizado esta experiência de deslocação de volume usando um recipiente
cheio de água até ao rebordo e depois medindo o volume de água derramado. Consta-se que
terá conduzido esta experiência com pedaços de ouro e de prata de igual massa. Como o ouro
tem uma densidade superior, o volume do ouro é inferior, ou seja, ao colocar o pedaço de
ouro dentro do recipiente menos quantidade de água foi derramada. Depois de medir os
volumes de água que representam os volumes do ouro, da prata e da coroa, Arquimedes
conseguiu determinar as suas densidades relativas, através da seguinte relação
𝑚
matemática: 𝜌 = .
𝑉

A densidade da coroa apresentava um valor entre 10,5 e 19,3 gramas por centímetro cúbico
(g/cm3), que são as densidades da prata e do ouro, respetivamente. Isto significa que a coroa
não era feita de ouro maciço e o ourives foi executado.
Archimedes to Hawking: Laws of science and the great minds behind them,
texto adaptado de Clifford Pickover (2008, pp. 45-46 ) e retirado de:
http://www.casadasciencias.org/cc/redindex.php?idart=303&gid=40188042

Questão-problema: Os professores da escola secundária de Valongo


encomendaram alguns blocos de cobre puro, mas suspeitam que talvez tenham
sido enganados. Como podem descobrir se os blocos são realmente de cobre puro?

1. Questões pré-laboratoriais
48
1.1. Cite e explique sucintamente uma maneira de determinar a massa volúmica de
um objeto cuja forma geométrica é irregular.
1.2. Quando um objeto sólido é submerso em água e desloca 4,0 cm3 de água, o que
podemos concluir sobre o seu volume?

1.3. Observe a imagem e determine a massa volúmica, em g/cm3, do objeto.

1.4. Observe a lista de materiais disponíveis abaixo.

- Água

- Balança digital

- Provetas

- Blocos de um material desconhecido

49
- Dinamómetro

- Fio inextensível

- Gobelés

- Kitasato

1.4.1. Utilizando os materiais disponíveis (não precisa utilizar todos), preveja de que
maneira pode proceder num laboratório para responder à questão-problema. Discuta
a sua proposta com o seu grupo.

2. Atividade laboratorial

Cada grupo deverá:

- Escolher um dos blocos (identificados pelas letras A, B, C e D).

- Selecionar o material que deseja utilizar para descobrir se o bloco selecionado


realmente é de cobre puro, ou não.

- Realizar medições e registar os dados para posteriormente preparem um relatório


on-line que deverá estar pronto até o dia 02/02/2018, quinta-feira.

A atividade laboratorial será avaliada segundo os seguintes critérios e contará 60% do


total da atividade:

- Preparação do trabalho antes da atividade (0 – 2 valores).

- Seleção e uso do material (0 – 2 valores).

- Comportamento (0 – 2 valores).

- Autonomia na execução (0 – 2 valores).

- Envolvimento na atividade (0 – 2 valores).

50
0 - Insuficiente 1 - Suficiente 2 - Bom

3. Atividade pós-laboratorial

Cada aluno deverá inscrever-se na plataforma on-line Padlet (https://padlet.com). É


possível selecionar a língua portuguesa nas configurações da conta.

O próximo passo é juntar-se a um PADLET:

O link para o Padlet é: https://padlet.com/isabel_reis/Relatorio_9C.

O relatório da atividade deverá ser constituído por:

- Introdução (0 – 2 valores).

- Material utilizado (0 – 2 valores).

- Estratégia utilizada para a resolução do problema e a sua execução experimental (0


- 2 valores).

- Registo e tratamento dos dados (0 – 2 valores).

- Conclusão obtida e resposta à questão-problema com a devida justificação (0 – 2


valores).

A nota do relatório contará para 40% do total da atividade.

0 - Insuficiente 1 - Suficiente 2 – Bom

51
2.2.2. Atividade Práticas

Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Distância, tempo, rapidez média e suas medições


“Todo o mundo me conhece e sabe que a cada
nova época procuro novas motivações, penso
no meu legado e em como quero ser
recordado.”

Usain Bolt – detentor dos recordes do mundo dos


100 metros (9,58 s) e dos 200 metros (19,19 s).

Questões-problema:

 Como podes avaliar a rapidez média com que te deslocas ao longo de


um percurso?
 Qual a rapidez média de Bolt em Berlim (2009), quando bateu o
recorde do mundo dos 100 m?

1. Material

1.1. Diversos instrumentos de medição de comprimento, por exemplo:

Régua milimétrica
Régua centimétrica
Fita métrica
Corda com comprimento definido
Passos
Pés

Diversos instrumentos de medição de tempo, por exemplo:

52
Cronómetro
Telemóvel
Relógio

2. Procedimento

2.1. Escolhe um instrumento de medição e determina o comprimento do


campo de jogos. Regista o valor.

2.2. Escolhe um outro instrumento de medição e mede a largura do


campo de jogos. Regista o valor.

3. Para pensar e responder

3.1. Será que é possível determinar a rapidez média de um colega a


correr pelo campo de jogos conhecendo somente a distância que ele
percorreu? Se sim, explica como é possível. Se não, do que necessitas
para determinar a rapidez média?

Dica: observa as imagens!

3.2. Depois de pensar e responder, apresenta a tua solução à professora.

4. Para calcular

53
4.1. Escolhe um ou mais integrantes do grupo e determina a rapidez
média dele nos seguintes trajetos:

Ir de uma ponta a outra no campo de jogos


Dar uma volta completa em torno do campo de jogos

5. Para discutir em grande grupo

5.1. Compara os valores obtidos nas diferentes medições e discute com os


colegas e a professora se faz diferença a quantidade de casas decimais
que são apresentadas nas medidas.

5.2. Compara as trajetórias dos percursos efetuados.

5.3. Compara as respostas às questões-problema.

54
Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Gráficos velocidade-tempo - aceleração


Utiliza um sensor de ultrassom para verificar como é o gráfico da velocidade de uma
bola que cai a partir do repouso em função o tempo.

O grupo “Stores” realizou esta mesma experiência e obtiveram os seguintes


resultados:

t/s v / ms-1
0,00 0,00
0,05 0,50
0,10 1,01
0,15 1,52
0,20 1,99
0,25 2,56
0,30 2,95
0,35 3,42
0,40 3,89
0,45 4,25
0,50 5,02

Utiliza os dados da tabela acima e constrói o gráfico na folha de papel milimétrico


dada. Segue as seguintes instruções:

1. Observa os dados da tabela e escolhe se queres utilizar a folha de papel


milimétrico na vertical ou na horizontal.

2. Escolhe uma escala adequada que seja compatível com o tamanho do papel
milimétrico e com os dados fornecidos na tabela.

55
3. Indica quais grandezas estão a ser representadas em cada eixo assim como a suas
respetivas unidades.

4. Marca os pontos apresentados na tabela no gráfico.

Atenção: Não ligues os pontos! Em física não é correto ligar os pontos experimentais
num gráfico. Quando é sabido que duas grandezas apresentam uma relação linear
entre si, deve-se procurar traçar a melhor reta que passa entre os pontos.

5. Utiliza a reta traçada para determinar o quanto a velocidade da bola variou nos
∆𝑣
seguintes intervalos de tempo e em seguida calcula a razão ∆𝑡
.

5.1. [t0; tf] 5.2. [t1; t2] 5.3. [t1 ; tf]

t0 = 0 s t1 = t2 = tf = 0,50 s
v0 = 0 m/s v1 = v2 = vf =

∆𝑣 ∆𝑣 ∆𝑣
= = =
∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡

6. Os valores encontrados são parecidos com algum valor já conhecido previamente


por ti? Qual?

Para casa: Desafio

Um dos desenhos animados mais assistidos no mundo foi o “Dragon Ball” e suas
posteriores sequências. Neste universo animado existem as chamadas “esferas do

56
dragão” que, além de darem o nome à série, são bolas laranjas cristalinas que podem
invocar o Deus Dragão “Shenlong”. O problema de conseguir reuni-las é que por vezes
espalham-se por todo o universo. Não foi o caso desta vez, pois elas espalharam-se
“apenas” pelo nosso sistema solar.

Felizmente, para cada uma das sete esferas, foi possível determinar como a sua
velocidade variou em função do tempo. Utiliza as informações disponíveis abaixo,
para fazer um gráfico da velocidade em função do tempo. Em que planeta se
encontra cada uma?

Faz uma pesquisa na internet se necessário, para descobrir onde estão as esferas do
dragão.

v / v / v / v /
t/s t/s t/s t/s
ms-1 ms-1 ms-1 ms-1
0 2,8 0 3,0 0 2,0 0 0,1
0,2 5,6 0,2 3,9 0,2 2,1 0,2 1,7
0,4 8,6 0,4 4,5 0,4 2,2 0,4 3,4
0,6 11,5 0,6 5,1 0,6 2,3 0,6 5,2
0,8 14,2 0,8 5,8 0,8 2,4 0,8 7,2
1,0 17,3 1,0 6,8 1,0 2,5 1,0 9,0

v / v / v /
t/s t/s t/s
ms-1 ms-1 ms-1
0 0,2 0 4,2 0 3,1
0,2 5,1 0,2 4,4 0,2 4,8
0,4 10,4 0,4 4,5 0,4 7,3
0,6 15,8 0,6 4,9 0,6 9,7
0,8 21,0 0,8 5,3 0,8 12,1
1,0 26,2 1,0 5,7 1,0 14,1

57
Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

3ª Lei de Newton – Pares ação-reação

1. Dinamómetros são instrumentos para medir forças. O tipo mais usual é


constituído por uma mola cuja deformação varia linearmente com a
intensidade da força que a produz (lei de Hooke). Dois dinamómetros estão
montados sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa, presos entre si e o
último preso à parede, conforme mostra a figura a seguir.

Quando um corpo de massa m é suspenso por um fio de massa desprezável,


preso à extremidade do dinamómetro, a força que este indica é de 1 N.

1.1. Determina a massa m.

1.2. Qual o valor que indicará o outro dinamómetro?

1.3. Com os materiais disponíveis, monta um sistema equivalente para


verificares a tua resposta.

3. A Terceira Lei de Newton relaciona um par de forças chamados “ação” e


“reação”. Utiliza uma corda para prenderes dois dinamómetros de 10 N como
mostra a figura.

3.1. Segura um dos dinamómetros com uma mão e pede ao teu colega para
segurar o outro dinamómetro sem puxá-lo. Com cuidado, puxa para ti o teu
dinamómetro e compara o valor que ele marca com o do teu colega.
58
3.2. Sempre com muito cuidado ao puxar o dinamómetro, para não o estragar,
verifica a marcação dos dois dinamómetros à medida que eles são puxados.

3.3. Representa as forças exercidas por vetores, escolhendo uma escala


adequada.

59
Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Massa volúmica de líquidos

As marés negras dizem respeito à poluição dos mares e


zonas litorais por grandes manchas de hidrocarbonetos
(petróleo e derivados), os quais representam cerca de 10%
do total anual da poluição dos oceanos. Assim, constituem
verdadeiras catástrofes ecológicas, com efeitos
devastadores e persistentes, difíceis de mitigar.

Questão-problema: Quais as consequências da lavagem dos grandes petroleiros no


alto mar?

1. Material

Água Álcool etílico Balança digital Gobelé (200 mL)


Óleo de cozinha Provetas (50 mL) Vareta de vidro

2. Procedimento
2.1. Colocar uma proveta sobre a balança e tará-la.
2.2. Com o auxílio da vareta de vidro, adicionar aproximadamente 10 mL de água (ou álcool
etílico ou óleo de cozinha) na proveta que se encontra sobre a balança. (Cada grupo deve
utilizar um líquido diferente e, no final, os resultados devem ser partilhados)
2.3. Registar a massa e o volume medidos.
2.4. Adicionar aproximadamente mais 10 mL de água (ou álcool etílico ou óleo de cozinha).
2.5. Repetir este procedimento até perfazer um volume de aproximadamente 50 mL.
2.6. Deixar a proveta contendo o líquido utilizado em local seguro.

60
3. Registo e observações

Líquido utilizado:

Massa / g

Volume / mL

4. Questões a serem respondidas


4.1. Utilize os dados obtidos anteriormente e construa um gráfico.

Lembrem-se:
Utilize uma escala adequada para o gráfico
Qual é o eixo da variável independente
Qual é o eixo da variável dependente
Quais são as unidades de medidas
Não ligue os pontos, e sim trace a melhor reta entre
eles!

4.2. Qual o significado físico do declive da reta ajustada entre os pontos?


_________________________________________________________________________________
4.3. Compartilhe o resultado com os outros grupos e complete as informações:

𝜌á𝑔𝑢𝑎 = ____________ ; 𝜌á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = ____________ ; 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = ____________ ;

4.4. Se vertermos para um gobelé o óleo e depois vertermos a água, o que acontecerá?
_________________________________________________________________________________

61
4.5. Se vertermos o álcool sobre o óleo, o que acontecerá?
_________________________________________________________________________________

5. Atividade em grande grupo: quem fica por cima?


5.1. Observe o professor verter para um gobelé vazio o óleo, depois a água e em seguida o
álcool. Faça o registo do que se observa e justifique o ocorrido fazendo uso do conceito de
massa volúmica e líquidos imiscíveis.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5.2. O que podemos concluir sobre a questão problema?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

62
Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Lei de Arquimedes

De acordo com uma lenda famosa, Hierão, rei de Siracusa, pediu a Arquimedes para
descobrir se a sua coroa, alegadamente de ouro, não teria impurezas de prata. Enquanto
pensava numa forma de solucionar o problema nos banhos públicos (comuns naquela
época), Arquimedes reparou que a quantidade de água que transbordava da banheira
correspondia ao volume do seu corpo. Feliz por ter encontrado uma forma de resolver o
problema, saiu a correr nu pela rua em direção à casa gritando: “Eureka! Eureka!”, que
em grego significa "descobri".
Arquimedes terá realizado esta experiência de deslocação de volume usando um
recipiente cheio de água até ao rebordo e depois medindo o volume de água derramado.
Consta-se que terá conduzido esta experiência com pedaços de ouro e de prata de igual
massa. Como o ouro tem uma densidade superior, o volume do ouro é inferior, ou seja,
ao colocar o pedaço de ouro dentro do recipiente menos quantidade de água foi
derramada. Depois de medir os volumes de água que representam os volumes do ouro, da
prata e da coroa, Arquimedes conseguiu determinar as suas densidades relativas, através
𝑚
da seguinte relação matemática: 𝜌 = 𝑉 .

A densidade da coroa apresentava um valor entre 10,5 e 19,3 gramas por centímetro
cúbico (g/cm3), que são as densidades da prata e do ouro, respetivamente. Isto significa
que a coroa não era feita de ouro maciço e o ourives foi executado.
Archimedes to Hawking: Laws of science and the great minds behind them,
texto adaptado de Clifford Pickover (2008, pp. 45-46 ) e retirado de:
http://www.casadasciencias.org/cc/redindex.php?idart=303&gid=40188042

Questão-problema: Os professores da escola secundária de Valongo


encomendaram alguns blocos de cobre puro, mas suspeitam que talvez tenham
sido enganados. Como podem descobrir se os blocos são realmente de cobre puro?

1. Questões pré-laboratoriais
63
1.1. Cite e explique sucintamente uma maneira de determinar a massa volúmica de
um objeto cuja forma geométrica é irregular.
1.2. Quando um objeto sólido é submerso em água e desloca 4,0 cm3 de água, o que
podemos concluir sobre o seu volume?

1.3. Observe a imagem e determine a massa volúmica, em g/cm3, do objeto.

1.4. Observe a lista de materiais disponíveis abaixo.

- Água

- Balança digital

- Provetas

- Blocos de um material desconhecido

64
- Dinamómetro

- Fio inextensível

- Gobelés

- Kitasato

1.4.1. Utilizando os materiais disponíveis (não precisa utilizar todos), preveja de que
maneira pode proceder num laboratório para responder à questão-problema. Discuta
a sua proposta com o seu grupo.

2. Atividade laboratorial

Cada grupo deverá:

- Escolher um dos blocos (identificados pelas letras A, B, C e D).

- Selecionar o material que deseja utilizar para descobrir se o bloco selecionado


realmente é de cobre puro, ou não.

- Realizar medições e registar os dados para posteriormente preparem um relatório


on-line que deverá estar pronto até o dia 02/02/2018, quinta-feira.

A atividade laboratorial será avaliada segundo os seguintes critérios e contará 60% do


total da atividade:

- Preparação do trabalho antes da atividade (0 – 2 valores).

- Seleção e uso do material (0 – 2 valores).

- Comportamento (0 – 2 valores).

- Autonomia na execução (0 – 2 valores).

- Envolvimento na atividade (0 – 2 valores).

65
0 - Insuficiente 1 - Suficiente 2 - Bom

3. Atividade pós-laboratorial

Cada aluno deverá inscrever-se na plataforma on-line Padlet (https://padlet.com). É


possível selecionar a língua portuguesa nas configurações da conta.

O próximo passo é juntar-se a um PADLET:

O link para o Padlet é: https://padlet.com/isabel_reis/Relatorio_9C.

O relatório da atividade deverá ser constituído por:

- Introdução (0 – 2 valores).

- Material utilizado (0 – 2 valores).

- Estratégia utilizada para a resolução do problema e a sua execução experimental (0


- 2 valores).

- Registo e tratamento dos dados (0 – 2 valores).

- Conclusão obtida e resposta à questão-problema com a devida justificação (0 – 2


valores).

A nota do relatório contará para 40% do total da atividade.

0 - Insuficiente 1 - Suficiente 2 – Bom

66
Simulação computacional – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Guião da simulação “Densidade”


A simulação está disponível online no seguinte endereço:

https://phet.colorado.edu/sims/density-and-buoyancy/density_pt_BR.html

acesso: 10/01/2018

1. Antes de iniciar a interação com a simulação computacional, recorde o que foi trabalhado:
como definimos a massa volúmica de um objeto?

2. Aceda à simulação disponível no endereço web anteriormente indicado ou abra-a a partir do


computador caso o download já tenha sido feito.

3. No ecrã inicial, há muitas informações. Observe a figura abaixo e altere para “Tijolo”.

3.1 Qual é a massa desse objeto?


______________________________________________________________
67
3.2 Qual é o seu volume?
____________________________________________________________________

3.3 Qual é a massa volúmica dele?


_____________________________________________________________

3.4 Qual é a unidade utilizada para a massa volúmica neste caso?


____________________________________

3.5 Com o conhecimento da massa de um objeto e do seu volume, podemos calcular


diretamente a sua massa volúmica. Efetue esse cálculo e verifique se o resultado é condizente
com o valor mostrado na simulação.

4. Altere agora o valor da massa do tijolo mudando a posição do triângulo verde, indicado pela
seta verde ou, inserindo um novo valor no local indicado pela seta vermelha, como mostra a
figura abaixo.

4.1 Qual é o novo valor escolhido para a massa?


__________________________________________________

68
4.2 O volume do bloco foi automaticamente alterado?
_____________________________________________

4.3 Qual é o novo valor do volume do tijolo?


_____________________________________________________

4.4 O que aconteceu com a massa volúmica do tijolo?


______________________________________________

4.5 Utilizando esses novos valores para a massa e para o volume, verifique qual é a massa
volúmica dele. Registe esse valor.
__________________________________________________________________________

5. Verifique na simulação que também é possível alterar o valor do volume procedendo de uma
forma equivalente ao que foi explicado anteriormente para a massa do bloco tijolo.

5.1 Quando se aumenta o volume do tijolo, o que é que acontece com a respetiva massa?

5.2 O que é que acontece com a massa do tijolo quando diminuímos o volume?

5.3 O que é que aconteceu com a massa volúmica do tijolo ao longo dessas mudanças?

6. Altere a massa do tijolo para o valor inicial de 6,00 kg.

6.1 Clique sobre o tijolo e mantenha pressionado o botão esquerdo do rato para poder movê-
lo.

6.2 Retire-o da água.

6.3 Qual é o valor indicado para o volume de água? _________________________________

6.4 Coloque novamente o tijolo dentro da água.

6.5 Qual é o novo valor para o volume de água? ____________________________________

6.6 Qual é o volume de água deslocada pelo tijolo? ___________________________________

69
6.7 Se utilizarmos a massa de 6,00 kg e o volume de água deslocada, qual é o valor
encontrado? Explicite os cálculos.

6.8 Nesta situação, caracterize o vetor impulsão que atua sobre o tijolo (Determine a
intensidade, a direção e o sentido do vetor impulsão).

7. Explore a simulação para tentar encontrar uma forma de calcular a massa volúmica do bloco
de madeira por meio da massa e o volume de água deslocada.

7.1 O que foi preciso fazer com o bloco para que o seu volume total fosse descoberto?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

70
8. Clique em "Mistério" como mostra a seta vermelha. Use a balança, indicada pela seta azul,
para descobrir a massa volúmica de cada um dos cinco blocos (A, B, C, D e E), compare com
possíveis materiais que podem ser encontrados na tabela (seta laranja) e preencha a tabela:

Massa
Bloco Massa Volume Material
volúmica

71
9. Proponha uma ou mais formas de como proceder experimentalmente para medir a massa
volúmica de objetos que flutuam em água.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

72
2.2.3. Questões selecionadas para o teste

7. A hidroterapia é um recurso da fisioterapia que utiliza as propriedades da água na


prevenção e no tratamento de diversas patologias. As indicações mais comuns são
lombalgias, artrose, hérnia de disco, AVC, paralisia cerebral, lesões traumáticas,
como entorses, fraturas, luxações, pré e pós-operatórios, entre outros. Uma grande
vantagem da reabilitação na água é a diminuição do peso corporal, que permite uma
maior liberdade de movimento, possibilitando trabalhar grandes grupos musculares
em amplitudes e direções diferentes de forma segura.
Com base nessas informações, é correto afirmar que essa diminuição do peso
corporal aparente se deve
A) à impulsão, que é uma força vertical direcionada para baixo.
B) à impulsão, que é uma força vertical direcionada para cima.
C) à diminuição da massa do corpo por ele estar imerso num fluido.
D) à diminuição da massa do corpo devido às diferentes densidades da água e do
corpo.

8. Suspendeu-se um bloco de metal num dinamómetro e este indicou 3,0 N. Em


seguida, mergulhou-se o bloco num copo completamente cheio de água e colocado
dentro de uma tina. Mediu-se a água que transbordou do copo, obtendo-se 100 g.

8.1. Qual é o peso da água deslocada pelo bloco de metal?


8.2. Qual é a intensidade da impulsão que atuou no bloco de metal?
8.3. Qual é o peso aparente do bloco de metal após ele ter sido mergulhado na água?

Critério de correção

7. (B) …………………………………………………………………………………. 3 pontos

8.1 …………………………………………………………………………............... 5 pontos


O aluno converte 100 g para 0,100 kg
O aluno calcula o peso da água deslocada: P = 0,100 x 10 = 1,0 N

73
8.2 …………………………………………………………………………............... 5 pontos
O aluno relaciona o valor da impulsão com o peso do líquido deslocado: I = 1,0 N

8.3 …………………………………………………………………………............... 5 pontos


O aluno equaciona: Pap = P – I = 3,0 – 1,0 = 2,0 N

74
2.3. 9° ano – Química

2.3.1 Planos de aula

PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 09/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 70 e 71 Duração: 90 minutos

Domínio: Classificação dos materiais

Subdomínio: Estrutura atómica

Metas curriculares:

1.1 Identificar marcos importantes na história do modelo atómico.


1.2 Descrever o átomo como o conjunto de um núcleo (formado por protões e
neutrões) e de eletrões que se movem em torno do núcleo.
1.3 Relacionar a massa das partículas constituintes do átomo e concluir que é no
núcleo que se concentra quase toda a massa do átomo.
1.4 Indicar que os átomos dos diferentes elementos químicos têm diferente
número de protões.
1.5 Definir número atómico (Z) e número de massa (A).
1.6 Concluir qual é a constituição de um certo átomo, partindo dos seus número
atómico e número de massa, e relacioná-la com a representação simbólica AZX.

75
1.8 Interpretar a carga de um ião como o resultado da diferença entre o número
total de eletrões dos átomos ou grupo de átomos que lhe deu origem e o número
dos seus eletrões.
1.9 Representar iões monoatómicos pela forma simbólica AZX n+ ou AZX n− .

Conteúdos:

Evolução do modelo atómico.


Massa dos átomos e núcleo atómico.
Número atómico e número de massa: elementos químicos e número de protões.
Constituição dos átomos e representação simbólica.
Representação simbólica de iões.
Carga de iões monoatómicos.

Sumário:

Constituição e massa dos átomos. Modelos atómicos e sua evolução histórica.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em PowerPoint.
Animação computacional: “A escala do universo”: http://htwins.net/scale2/
Simulação computacional “Monte um átomo”:
https://phet.colorado.edu/sims/html/build-an-atom/latest/build-an-
atom_pt_BR.html

76
Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (3 minutos)

1.1. Em diálogo com os alunos, começar por perguntar o que eles se lembram de
terem estudado no 8º ano em química.

1.2. Relembrá-los que eles já aprenderam que a matéria é constituída por átomos
e que estes estão na base da constituição das moléculas e dos iões (figura 1).

2. Corpo da aula (84 minutos)

2.1. Recordar a impossibilidade de observar os átomos diretamente, por serem


muito pequenos, tendo de se recorrer a microscópios especiais (figuras 2A, 2B e
2C).

2.2. Questioná-los sobre a constituição dos átomos. Em seguida, se necessário,


conduzir os alunos à compreensão de que os átomos são constituídos pelo núcleo
(protões e neutrões) e pela nuvem eletrónica (eletrões) (figura 3).

2.3. Enfatizar que num átomo, o número de protões e eletrões são iguais. Sendo
estes eletricamente neutros.

2.4. Perguntar aos alunos se eles acham que a constituição atómica descrita
anteriormente foi sempre descrita desta maneira. Apresentar, então, a evolução
dos modelos atómicos, em especial, os modelos de Dalton, Thomson, Rutherford,
Bohr e o modelo da nuvem eletrónica (figura 4).

2.5. Apresentar a definição para o raio atómica que será utilizada, enfatizando o
fato de existirem diversas maneiras de definir o raio atómico.

77
2.6. Apresentar um exercício sobre a evolução dos modelos atómicos aos alunos e
pedir que eles resolvam primeiro mentalmente e em seguida oralmente.

2.7. Apresentar a representação simbólica de um átomo e definir número atómico


(Z) e número de massa (A). Exemplificar a representação simbólica de três
elementos distintos (figuras 5A, 5B e 5C).

2.8. Perguntar aos alunos se eles sabem o motivo do número de massa do átomo
não depender da quantidade de eletrões. Justificar, então, que a massa do eletrão
é desprezável quando comparada com a massa do protão ou do neutrão.
Apresentar, então, uma tabela com os valores das massas do eletrão, protão e
neutrão (figura 6).

2.9. Projetar dois exercícios sobre a representação simbólica dos átomos e pedir
que eles resolvam individualmente. Na sequência, proceder para a resolução do
mesmo.

2.10. Apresentar a representação simbólica de um ião, assim como definir o que


são catiões e aniões. Em seguida, apresentar duas imagens (figuras 7 e 8) para
demonstrar a perda (ou ganho de eletrões). Chamar a atenção dos alunos que a
mudança de carga provém de uma mudança na quantidade de eletrões e que a
carga nuclear permanece inalterada.

2.11. Utilizar a simulação “Monte um átomo” para realizar uma síntese do que foi
estudado na aula (figura 9).

2.12. Consoante ao tempo, realizar um exercício de aplicação sobre a


representação dos átomos e iões.

3. Conclusão da aula (3 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que os alunos realizem os exercícios 1, 2, 3 e 4 da página 205 e 206 do


manual escolar em casa.

78
4. Observações:

4.1. A alínea 2.11 não foi realizada. Ela será utilizada na próxima aula como forma
de relembrar aos alunos o conteúdo estudado.

79
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figuras 2A, 2B e 2C

A B C

Figura 3

80
Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7
81
Figura 8

Figura 9

82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 11/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 72 e 73 Duração: 90 minutos

Domínio: Classificação dos materiais

Subdomínio: Estrutura atómica

Metas curriculares:

1.7 Explicar o que é um isótopo e interpretar o contributo dos vários isótopos


para o valor da massa atómica relativa do elemento químico correspondente.

Metas específicas:

1. Determinar a abundância relativa (%) de cada “isótopo” (tipo de feijão).


2. Calcular massa média de cada feijão.
3. Determinar a massa atómica relativa do elemento Feijão.

Conteúdos:

Isótopos.
Massa atómica relativa.

102
Sumário:

Isótopos e massa atómica relativa.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.
Ativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em PowerPoint.
Vídeo: “Evolução do modelo atómico”
Simulação computacional “Monte um átomo”:
https://phet.colorado.edu/sims/html/build-an-atom/latest/build-an-
atom_pt_BR.html
Simulação computacional “Isótopos e Massa Atômica”:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/isotopes-and-atomic-mass
Balança digital
Grãos de feijões (branco, vermelho/encarnado e catarino/rajado)
Ficha da atividade prática

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

103
1. Início da aula (10 minutos)

1.1. Perguntar se há alguma dúvida referente a aula passada.

1.2. Realizar uma breve revisão sobre o que foi estudado na última aula. Projetar
um vídeo sobre a evolução dos modelos atómicos. Relembrá-los da representação
simbólica de um átomo e de um ião.

1.3. Utilizar a simulação “Monte um átomo” para realizar uma revisão do


conteúdo estudado na última aula.

2. Corpo da aula (75 minutos)

2.1. Introduzir o conceito de isótopos aos alunos. Em seguida, exemplificar


utilizando uma imagem dos isótopos do hidrogénio (figura 1).

2.2. Definir, então, o que são isótopos e pedir a ajuda oral dos alunos na
realização de um exemplo.

2.3.Dizer que alguns isótopos podem ser instáveis e radioativos, mas deixar claro
que nem todos são assim. Aproveitar e mostrar a utilização do carbono-14 para a
datação de restos fósseis (figura 2).

2.4. Relembrar os alunos do conceito de massa atómica unificada para introduzir a


ideia da massa dos átomos. Definir que o padrão é a duodécima parte da massa
do átomo de carbono-12, a que se atribui o valor unitário da massa atómica, 1 u.

2.5. Introduzir, então, o conceito de massa relativa do átomo (figura 3).

2.6. Apresentar uma tabela mostrando a massa isotópica do nitrogénio-14 e do


nitrogénio-15, porém escondendo a abundância relativa de cada isótopo.
Perguntar aos alunos qual deveria ser o valor da massa relativa do nitrogénio.

2.7. Mostrar que na tabela periódica que eles podem consultar no manual escolar,
a massa atómica relativa do nitrogénio é igual 14,01 e instigar que eles tentem
chegar a alguma conclusão sobre este fato, quando comparado com as massas
isotópicas do nitrogénio-14 (14,003 u) e nitrogénio-15 (15,000 u).

2.8. Anunciar então que quando um elemento tem isótopos, a massa atómica
relativa do elemento corresponde a uma média das massas relativas dos seus
isótopos, que tem em conta as suas abundâncias na natureza.
104
2.9. Utilizar os próprios dados da tabela para demonstrar como calcular a massa
atómica relativa do nitrogénio (figura 4).

2.10. Apresentar uma fórmula matemática para generalizar a massa atómica


relativa quando um determinado elemento possui mais de dois isótopos.

2.11. Consoante ao tempo, apresentar a simulação “Isótopos e Massa Atômica”


para clarificar alguns conceitos e realizar um exemplo para determinar a massa
atómica relativa.

2.12. Começar a atividade prática descrita no anexo 2 (40 minutos).

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que os alunos realizem os exercícios 5, 6 e 7 da página 206 do manual


escolar em casa.

4. Observações:

105
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figuras 2

Figura 3

Figura 4

106
107
Anexo 2 – Atividade prática

Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Massa atómica relativa

Os isótopos são átomos do mesmo elemento com o mesmo número atómico e número de
massa diferente, ou seja, têm o mesmo número de protões e eletrões mas diferem no
número de neutrões.
Os isótopos têm elevada importância na nossa vida embora não nos apercebamos disso. Têm
grande utilidade na indústria, medicina e outras áreas.
O isótopo carbono 12 ( 126𝐶 ) foi adotado como referência para unidade padrão da massa
atómica, o isótopo carbono 14 ( 146𝐶 ) é usado na datação radiométrica.
Por exemplo, o elemento Krípton tem um isótopo, 36𝐾𝑟 ,
81
que é utilizado na medicina e serve
para realizar exames cardíacos.
Isótopos radioativos como o Cobalto-60 e o Césio-137 são usados no tratamento do cancro.
O isótopo Am-241 é empregado em alguns tipos detetores de incêndio, e como fonte de raios
gama e neutrões que podem ser usados em radiografia.
Embora alguns sejam altamente perigosos na sua forma natural, quando usados
adequadamente, podem mesmo salvar vidas, pois a diferença entre o veneno e a cura é a
quantidade.

Adaptado de: https://anossavolta.blogs.sapo.pt/1326.html

Introdução: Se os átomos fossem tão grandes quanto os grãos, eles poderiam ser
classificados, contados e pesados. Nesta atividade, a analogia é feita entre átomos e
feijões de diferentes tipos representando diferentes isótopos do mesmo elemento.

Objetivo: ilustrar a relação entre massa isotópica, abundância isotópica e massa


atómica relativa.

108
Problema: Pegue uma amostra contendo vários tipos diferentes de feijão. Cada tipo
de feijão representa um isótopo do elemento “Feijão”, cujo símbolo químico será
representado por Fj. Cada feijão individual representa um átomo do elemento Fj. O
seu trabalho é determinar:

-a abundância relativa (%) de cada isótopo

-a massa média de cada feijão

-a massa atómica relativa do elemento Feijão

1. Material

Balança digital

Feijões de diversos tipo

2. Procedimento

2.1. Obtenha uma amostra com os grãos de feijão misturados.

2.2. Separe os “isótopos” do Feijão.

2.3. Conte o número de “isótopos” separados. Registe o valor.

2.4. Determine a massa de cada grupo de isótopos. Registe o valor.

2.5. Determine a massa média de cada isótopo. Registe o valor.

3. Registo e observações
“Isótopo” 1 “Isótopo” 2 “Isótopo” 3
Nome do “isótopo”

109
Número de “isótopos”
na amostra
Massa da amostra
“isotópica”

4. Questões a serem respondidas


4.1. Por que usamos a massa atómica relativa de um átomo e não usamos simplesmente a
massa de cada isótopo?

4.2. Qual é o número total de “átomos” na amostra de “Feijão”?

4.3. Qual é a massa total dos “átomos” da amostra?

4.4. Determine a abundância “isotópica” da amostra. Apresente os cálculos.

4.5. Determine a massa média de cada “isótopo”. Apresente os cálculos.

4.6. Determine a massa atómica relativa do “elemento Feijão”.

110
111
112
113
114
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117
118
119
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 9º Turma: C Data 13/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 74 e 75 Duração: 90 minutos

Domínio: Classificação dos materiais

Subdomínio: Estrutura atómica

Metas curriculares:

1.10 Associar a nuvem eletrónica de um átomo isolado a uma forma de


representar a probabilidade de encontrar eletrões em torno do núcleo e indicar
que essa probabilidade é igual para a mesma distância ao núcleo, diminuindo com
a distância.
1.11 Associar o tamanho dos átomos aos limites convencionados da sua nuvem
eletrónica.
1.12 Indicar que os eletrões de um átomo não têm, em geral, a mesma energia e
que só determinados valores de energia são possíveis.
1.13 Indicar que, nos átomos, os eletrões se distribuem por níveis de energia
caraterizados por um número inteiro.
1.14 Escrever as distribuições eletrónicas dos átomos dos elementos (Z ≤ 20) pelos
níveis de energia, atendendo ao princípio da energia mínima e às ocupações
máximas de cada nível de energia.
1.15 Definir eletrões de valência, concluindo que estes estão mais afastados do
núcleo.
1.16 Indicar que os eletrões de valência são responsáveis pela ligação de um
átomo com outros átomos e, portanto, pelo comportamento químico dos
elementos.

120
1.17 Relacionar a distribuição eletrónica de um átomo (Z ≤ 20) com a do respetivo
ião mais estável.

Conteúdos:

Níveis de energia e distribuição eletrónica: tamanho do átomo e probabilidade de


encontrar eletrões.
Níveis de energia.
Princípio de energia mínima.
Distribuições eletrónicas de átomos e iões.
Eletrões de valência.
Atomos e iões mais estáveis.
Sumário:

Níveis de energia e distribuição eletrónica.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em PowerPoint.

121
Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Perguntar se há alguma dúvida referente a aula passada.

1.2. Realizar uma breve revisão sobre o que foi estudado na última aula. Se
necessário, discutir rapidamente com os alunos o resultado da atividade prática
que eles realizaram.

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Relembrar o conceito da nuvem eletrónica, que é uma forma de representar a


distribuição contínua de carga elétrica negativa existente em torno do núcleo
(figura 1).

2.2. Apresentar um gráfico (figura 2) para ajudar os alunos a compreender que a


nuvem eletrónica é uma forma de representar a probabilidade de encontrar
eletrões em torno do núcleo, diminuindo quando aumenta a distância ao núcleo.

2.3.Projetar a questão 1 do manual escolar (página 211) para que os alunos a


resolvam.

2.4. Trabalhar o conceito “tamanho dos átomos” deixando claro para os alunos
que não se pode associar o tamanho do átomo com número de eletrões que eles
possuem. Há átomos com mais eletrões, que são maiores, sendo também maiores
as suas nuvens eletrónicas (figura 3), mas também há átomos com mais eletrões,
que são menores, porque há maior atração entre núcleos (+) e eletrões (–), sendo
menores as suas nuvens eletrónicas (figura 4).
122
2.5. Apresentar uma figura ilustrativa com o raio atómico dos diferentes
elementos (figura 5).

2.6. Introduzir o conceito de distribuição eletrónica clarificando que nem todos os


eletrões dos átomos não têm todos a mesma energia encontrando-se distribuídos
por níveis de energia, assim como caracterizar os níveis de energia.

2.7. Explicar o princípio da energia mínima e exemplificar para o caso do


nitrogénio e para o magnésio.

2.8. Propor um exercício para que eles façam a distribuição eletrónica do potássio
e de alguns outros elementos.

2.9. Explicar que os eletrões de valência são os eletrões do último nível de energia
e que são os que estão, em média, mais afastados do núcleo.

2.10. Atentar ao fato que os eletrões de valência também são os responsáveis


pelo comportamento químico dos elementos e pelas ligações entre os átomos
para formar moléculas.

2.11. Projetar um exercício sobre o tema para que eles resolvam.

2.12. Introduzir o tema “estabilidade química” dizendo que há muitos átomos que
se transformam em iões para que a sua nuvem eletrónica passe a ficar com o
número máximo de eletrões de valência, 2 no primeiro nível ou 8 nos restantes
níveis, tornando-se mais estáveis.

2.13. Indicar que esta é a configuração para os gases nobres e, por isso, eles são
pouco reativos.

2.14. Apresentar a distribuição eletrónica do hélio e do néon para exemplificar e,


em seguida, apresentar a distribuição eletrónica do O2-, assim como do Na+.

2.15. Pedir que os alunos façam um exercício sobre o tema.

123
3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que os alunos realizem os exercícios 2, 3, 4, 5, 6 e 7 das páginas 212 e


213 do manual escolar em casa.

4. Observações:

124
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figuras 2

Figura 3

125
Figura 4

Figura 5

126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
2.3.2 Atividade prática

Atividade prática – 9º ano (2017/18)

Físico-Química

Massa atómica relativa

Os isótopos são átomos do mesmo elemento com o mesmo número atómico e número de
massa diferente, ou seja, têm o mesmo número de protões e eletrões mas diferem no
número de neutrões.
Os isótopos têm elevada importância na nossa vida embora não nos apercebamos disso. Têm
grande utilidade na indústria, medicina e outras áreas.
O isótopo carbono 12 ( 126𝐶 ) foi adotado como referência para unidade padrão da massa
atómica, o isótopo carbono 14 ( 146𝐶 ) é usado na datação radiométrica.
Por exemplo, o elemento Krípton tem um isótopo, 36𝐾𝑟 ,
81
que é utilizado na medicina e serve
para realizar exames cardíacos.
Isótopos radioativos como o Cobalto-60 e o Césio-137 são usados no tratamento do cancro.
O isótopo Am-241 é empregado em alguns tipos detetores de incêndio, e como fonte de raios
gama e neutrões que podem ser usados em radiografia.
Embora alguns sejam altamente perigosos na sua forma natural, quando usados
adequadamente, podem mesmo salvar vidas, pois a diferença entre o veneno e a cura é a
quantidade.

Adaptado de: https://anossavolta.blogs.sapo.pt/1326.html

Introdução: Se os átomos fossem tão grandes quanto os grãos, eles poderiam ser
classificados, contados e pesados. Nesta atividade, a analogia é feita entre átomos e
feijões de diferentes tipos representando diferentes isótopos do mesmo elemento.

Objetivo: ilustrar a relação entre massa isotópica, abundância isotópica e massa


atómica relativa.

138
Problema: Pegue uma amostra contendo vários tipos diferentes de feijão. Cada tipo
de feijão representa um isótopo do elemento “Feijão”, cujo símbolo químico será
representado por Fj. Cada feijão individual representa um átomo do elemento Fj. O
seu trabalho é determinar:

-a abundância relativa (%) de cada isótopo

-a massa média de cada feijão

-a massa atómica relativa do elemento Feijão

1. Material

Balança digital

Feijões de diversos tipo

2. Procedimento

2.1. Obtenha uma amostra com os grãos de feijão misturados.

2.2. Separe os “isótopos” do Feijão.

2.3. Conte o número de “isótopos” separados. Registe o valor.

2.4. Determine a massa de cada grupo de isótopos. Registe o valor.

2.5. Determine a massa média de cada isótopo. Registe o valor.

3. Registo e observações
“Isótopo” 1 “Isótopo” 2 “Isótopo” 3
Nome do “isótopo”
Número de “isótopos”
na amostra

139
Massa da amostra
“isotópica”

4. Questões a serem respondidas


4.1. Por que usamos a massa atómica relativa de um átomo e não usamos simplesmente a
massa de cada isótopo?

4.2. Qual é o número total de “átomos” na amostra de “Feijão”?

4.3. Qual é a massa total dos “átomos” da amostra?

4.4. Determine a abundância “isotópica” da amostra. Apresente os cálculos.

4.5. Determine a massa média de cada “isótopo”. Apresente os cálculos.

4.6. Determine a massa atómica relativa do “elemento Feijão”.

140
2.3.3. Questões selecionadas para o teste

1. Desde que se descreveu pela primeira vez o átomo como partícula indivisível até
ao modelo da nuvem eletrónica, um grande caminho foi percorrido no conceito
de modelo atómico.

1.1. Considerando o modelo atómico atual, indica:

1.1.1. a zona responsável pelo tamanho do átomo; _______________________

1.1.2. a zona onde se concentra praticamente toda a massa do átomo;


_______________

1.1.3. a zona onde é provável encontrar os eletrões. _____________________

1.2. O átomo é eletricamente neutro; no entanto, é constituído por algumas


partículas com carga elétrica.

1.2.1. Como se designam as partículas constituintes do núcleo do átomo? Qual


a sua carga?
___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

1.2.2. Explica por que razão o átomo é eletricamente neutro.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Considera o quadro, em que as letras A, B, C e D representam genericamente


algumas partículas, mas não correspondem a símbolos químicos.

Espécie química Número atómico Número de neutrões Número de eletrões


141
A 17 19 17
B 17 18 17
C 8 7 8
D 11 11 10
2.1. Identifica e representa simbolicamente os isótopos.
________________________________

2.2. Qual a carga nuclear da partícula D? _______________

2.3. Qual a carga da nuvem eletrónica da partícula D? ______________

3. O urânio enriquecido é um componente crítico usado como fonte de energia


nuclear, podendo também ser usado para fins militares, na produção de armas
nucleares. O urânio enriquecido é urânio cujo teor de urânio-235 foi aumentado,
através de um processo de separação de isótopos.

Considera a tabela que se segue onde se indicam as massas isotópicas e


abundâncias relativas de cada isótopo do urânio.

Número atómico Número de massa Massa isotópica Abundância


(Z) (A) relativa relativa
92 234 234,11 0,008%
92 235 235,11 0,7%
92 238 238,11 99,292%

3.1. Explica por que motivo o valor da massa atómica relativa do urânio
deverá ser praticamente igual ao valor da massa do isótopo urânio-238.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Considera as espécies químicas 17Cl e 17Cl–. Assinala a única opção correta.

142
(A) O ião Cl– tem mais um protão que o átomo de Cl.

(B) As espécies Cl e Cl– têm igual número de eletrões de valência.

(C) O ião Cl– é mais estável que o átomo Cl.

(D) As espécies Cl e Cl– são isótopos.

5. Observa a tabela seguinte, onde as partículas representadas são átomos.


Nº de
Representação Nº de Nº de Nº de Distribuição
Nome eletrões de
simbólica protões eletrões neutrões eletrónica
valência

23
Sódio Na 11

Flúor 10 2–7

5.1. Completa a tabela.

5.2. Qual a carga do ião que cada um dos átomos tende a formar? Escreve as
respetivas distribuições eletrónicas.

Sódio: ____________________ Flúor: ____________________

Critérios de correção

1.1. Nuvem eletrónica. (3 pontos); Núcleo. (3 pontos); Nuvem eletrónica. (2


pontos)

1.2.1 Protão (carga elétrica +1), neutrão (sem carga elétrica). (5 pontos)

1.2.2. Um átomo é eletricamente neutro, assim número de eletrões é igual ao


número de protões. (5 pontos)

143
36 35
2.1. 17A e 17B (4+4 pontos)

2.2. (4 pontos) +11

2.3. (4 pontos) -10

3.1. Pois a sua abundância é extremamente superior à abundâncias dos seus isótopos.
(10 pontos)

4. (C) (6 pontos)

5.1. (16 pontos)

Nº de Nº de Distribuiçã Nº de
Representaçã Nº de
Nome protõe eletrõe o eletrões de
o simbólica neutrões
s s eletrónica valência

Sódio 23
11Na 11 11 12 2–8–1 1

Flúor 19
9F 9 9 10 2–7 7

5.2. Sódio (Na): +1; 2 – 8 (4 pontos)

Flúor (F): -1; 2 – 8 (4 pontos)

144
2.4. 11° ano – Física

2.4.1. Planos de aula

PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 31/10/2017

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 45, 46 e 47 Duração: 135 minutos

Domínio: Mecânica

Subdomínio: Forças e movimentos

Metas curriculares:

3.1 Determinar a aceleração de um grave a partir do gráfico velocidade-tempo de


um movimento real, obtendo a equação das velocidades (regressão linear), e
concluir que o movimento é uniformemente variado (retardado na subida e
acelerado na descida).

3.2 Interpretar gráficos posição-tempo e velocidade-tempo para movimentos


retilíneos uniformemente variados.

3.3 Interpretar e aplicar as equações do movimento uniformemente variado


conhecidas a resultante das forças e as condições iniciais (velocidade e posição
iniciais).

3.4 Concluir, a partir das equações de movimento, que o tempo de queda de


corpos em queda livre, com as mesmas condições iniciais, é independente da
massa e da forma dos corpos.

145
3.8 Interpretar gráficos posição-tempo e velocidade-tempo em situações de
movimento retilíneo e uniforme e estabelecer as respetivas expressões analíticas
a partir das condições iniciais.

3.9 Construir, para movimentos retilíneos uniformemente variados e uniformes, o


gráfico posição-tempo a partir do gráfico velocidade-tempo e da posição inicial.

3.10 Interpretar movimentos retilíneos em planos inclinados ou horizontais,


aplicando as Leis de Newton e obtendo as equações do movimento, ou analisando
o movimento do ponto de vista energético.

Conteúdos:

Movimento retilíneo uniforme.


Movimento retilíneo uniformemente variado.
Equações do movimento retilíneo uniformemente variado e uniforme.
Gráficos posição-tempo, velocidade-tempo e aceleração-tempo.
Lançamento vertical e queda livre.
Aplicação das Leis da dinâmica de Newton a movimentos em planos horizontais
ou inclinados.

Sumário:

Gráficos posição-tempo e velocidade-tempo para um movimento retilíneo e


uniforme. Gráficos posição-tempo, velocidade-tempo e aceleração-tempo para
um movimento retilíneo uniformemente variado. Equações do movimento
uniforme e do movimento uniformemente variado. Lançamento vertical e
movimento de queda livre. Aplicação das leis da dinâmica de Newton e análise do
movimento do ponto de vista energético.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

146
Recursos e materiais:

Vídeo-abertura Forças e movimentos.


Apresentação em PowerPoint.
Análise de um lançamento vertical com o Tracker.

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (10 minutos)

1.1. Perguntar o que foi estudado na última aula e fazer uma breve revisão dos
conceitos chaves.

1.2. Perguntar se há dúvidas em algum exercício do manual escolar ou ficha de


trabalho.

1.3. Mostrar o sumário da aula.

1.4. Apresentar o novo capítulo a ser estudado: Forças e movimentos

1.5. Apresentar o vídeo-abertura Forças e movimentos para ilustrar o que será


estudado neste capítulo.

2. Corpo da aula (115 minutos)

147
2.1. Pedir a ajuda dos alunos para relembrar como pode-se calcular o
deslocamento de um móvel a partir de um gráfico v(t) (figura 1) e justificar com o
auxílio de uma imagem (figura2).

2.2. Caracterizar o movimento retilíneo uniforme e questionar os alunos o que


significa ter uma velocidade positiva ou negativa. A partir de um gráfico v(t)
(figura 3), deduzir a equação 𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡.

2.3. Enfatizar que o cálculo do deslocamento a partir de um gráfico v(t) não


permite conhecer a condição inicial da partícula. Ou seja, x0 pode ser positivo,
negativo ou zero. Relembrá-los que declive de x(t) corresponde a componente
escalar da velocidade (figura 4).

2.4. Apresentar dois exercícios sobre o movimento uniforme e, depois resolve-los


no quadro.

2.5. Caracterizar o movimento retilíneo uniformemente variado e a partir do


gráfico a(t) (figura 5) obter a equações de movimento 𝑣(𝑡) = 𝑣0 + 𝑎𝑡. Enfatizar
que, em princípio, o valor de v0 é desconhecido, podendo este ser maior, menor
ou igual a zero (figura 6).

2.6. Utilizar o gráfico v(t) para obter de duas maneiras diferentes (figuras 7 e 8) a
1
equação 𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2 . Citar que a posição inicial x0 é desconhecida,
2

salvo quando há informação adicional e que a concavidade da parábola está


relacionada com a aceleração ser positiva ou negativa (figura 9).

2.7. Mostrar aos alunos que as equações do movimento retilíneo uniforme são
um caso particular das equações do movimento retilíneo uniformemente variado
quando a aceleração é nula. Mostrar também como as equações aparecem no
formulário do Exame Nacional (figura 10). Concluir que o tempo de queda de
corpos em queda livre, com as mesmas condições iniciais, é independente da
massa e da forma dos corpos, como já visto anteriormente.

148
2.8. Pedir que os alunos tentem resolver a questão 2 do Grupo V da 1ª Fase do
Exame Nacional de 2017. Na sequência, corrigir a questão.

2.9. Perguntar aos alunos o que eles imaginam que significa dizer que um
movimento é uniformemente acelerado ou uniformemente retardado. Após
breve discussão, explicar (ou concluir) que no movimento uniformemente
acelerado o módulo da velocidade sempre aumenta. Mostrar, então, possíveis
gráficos de v(t) e x(t) (figura 11). Para o caro do gráfico x(t) fazer referências ao
declive em cada ponto, enfatizando a sua relação com a velocidade.

2.10. Utilizar a mesma estratégia da alínea anterior para explicar sobre o


movimento uniformemente retardado (figura 12).

2.11. Explicar que há sempre a possibilidade de um movimento ser


uniformemente retardado e depois uniformemente acelerado. Avisar que na
sequência um movimento deste tipo será analisado. Apresentar, então, possíveis
gráficos de v(t) e x(t) (figura 13).

2.12. Utilizar o Tracker para fazer a análise de um lançamento vertical. A análise


dos dados já foi previamente realizada pelo professor. A ideia é discutir com os
alunos o que se altera nas equações do movimento quando mudamos o
referencial assim como poder acompanhar estas mudanças nos gráficos v(t) e x(t)
em tempo real. Pedir que os alunos escolham onde e como desejam colocar o
referencial. Aproveitar este momento para explicar como determinar a aceleração
de um grave a partir do gráfico velocidade-tempo de um movimento real,
obtendo a equação das velocidades (regressão linear) e concluir que o movimento
é uniformemente variado (retardado na subida e acelerado na descida). Caso o
Tracker não funcione, no final da apresentação encontram-se imagens
previamente feitas que podem ser utilizadas para discutir alguns casos
previamente selecionados (figuras 14 – 21).

2.13. Após a análise do lançamento do grave, perguntar aos alunos se eles


conseguem pensar num caso em que o movimento começa acelerado e depois

passa para retardado? Debater com eles as respostas e apresentar duas possíveis
soluções: a bolinha saltitona e um móvel que acelera e depois freia (figuras 22 e
23).
149
2.14. Apresentar um exercício e dar entre 5 e 10 minutos para que eles resolvam
em pequenos grupos (mínimo de 2, máximo de 4 pessoas). Após este tempo,
resolver a questão no quadro.

2.15. Pedir que eles vejam a questão resolvida 1 (página 79) e a questão resolvida
2 (página 91) e que façam os exercícios 2, 5, 7, 9, 15 e 25.

3. Conclusão da aula (10 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que eles terminem os exercícios em casa caso ainda não os tenham
terminado.

3.3 Solicitar aos alunos que leiam as páginas 82, 83 e 84 em casa.

4. Observações:

O plano de aula não foi cumprido na sua totalidade devido à sua extensão e às
perguntas feitas pelos alunos no decorrer da aula. Assim, os itens 2.13, 2.14 e 3.3
serão abordados numa aula posterior. Com relação aos itens 2.15 e 3.2, solicitou-
se que eles realizassem os exercícios 2, 5, 7 e 9 fora da sala de aula.

150
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

Figura 3

151
Figura 4

Figura 5

Figura 6

152
Figura 7

Figura 8

153
Figura 9

Figura 10

Figura 11

154
Figura 12

Figura 13

155
Figura 14

Figura 15

156
Figura 16

Figura 17

Figura 18

157
Figura 19

Figura 20

158
Figura 21

Figura 22

159
Figura 23

160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
176
177
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 07/11/2017

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 50, 51 e 52 Duração: 135 minutos

Domínio: Mecânica

Subdomínio: Forças e movimentos

Objetivo geral:

Relacionar a velocidade e o deslocamento num movimento uniformemente


retardado e determinar a aceleração e a resultante das forças de atrito.

Metas específicas:

1. Justificar que o movimento do bloco que desliza sobre um plano horizontal,


acabando por parar, é uniformemente retardado.

2. Obter a expressão que relaciona o quadrado da velocidade e o deslocamento


de um corpo com movimento uniformemente variado a partir das equações da
posição e da velocidade em função do tempo.

3. Concluir que num movimento uniformemente retardado, em que o corpo


acaba por parar, o quadrado da velocidade é diretamente proporcional ao
deslocamento, e interpretar o significado da constante de proporcionalidade.

4. Medir massas, comprimentos, tempos, distâncias e velocidades.

178
5. Construir o gráfico do quadrado da velocidade em função do deslocamento,
determinar a equação da reta de regressão e calcular a aceleração do
movimento.

6. Determinar a resultante das forças de atrito que atuam sobre o bloco a partir
da Segunda Lei de Newton.

Conteúdos:

Resultante de forças sobre um corpo. Segunda Lei de Newton. Velocidade e


aceleração. Movimento retilíneo uniformemente retardado e equações do
movimento.

Sumário:

AL 1.3. Movimento uniformemente retardado: velocidade e deslocamento.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.
Ativo.

Recursos e materiais:

Animação Laboratorial AL 1.3: Forças nos movimentos retilíneos acelerado e


uniforme.
Apresentação em PowerPoint.
Análise de um vídeo com o Tracker.
Balança digital.
Rampa com parte inclinada e parte horizontal.
Bloco de madeira com tira opaca.

179
Cronómetro digital.
Célula fotoelétrica.
Suporte universal.
Craveira.
Régua

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, preparação da atividade
laboratorial, participação e realização das tarefas propostas.

1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Perguntar o que foi estudado na última aula e perguntar se há dúvidas em


algum tópico estudado previamente.

1.2. Mostrar o sumário da aula.

2. Corpo da aula (125 minutos)

2.1. Discutir com os alunos as questões pré-laboratoriais que se encontram na página 94 do


manual escolar (Figuras 1 – 5).

2.2. Na questão pré-laboratorial 5., deduzir no quadro a equação 𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑥, partindo
das equações horárias para o movimento uniformemente variado.

2.3. Na questão pré-laboratorial 6., focar no significado físico do declive da reta que melhor se
ajusta aos pontos do gráfico 𝑉02 (∆𝑥) (Figura 6).

2.4. Apresentar o vídeo “Animação Laboratorial AL 1.3: Forças nos movimentos retilíneos
acelerado e uniforme”.

180
2.5. Perguntar aos alunos se alguém tem alguma dúvida com relação à atividade experimental
e com o que é pedido. Pedir a ajuda dos alunos para construir uma tabela no quadro que
contenha as informações relevantes para realizar a atividade experimental (Figura 7).

2.6. Avisar aos alunos que, devido só existir uma rampa para a realização da atividade
experimental, os grupos farão as medições experimentais em turnos. Um dos grupos que não
estiver a realizar as medições, fará uma ficha de trabalho teórica (Anexo 2) relacionada com a
atividade enquanto o outro grupo utilizará um guião para desenvolver uma atividade com o
Tracker (Anexo 3).

2.7. Cada grupo terá aproximadamente 25 minutos para realizar a atividade proposta e ao final
deste tempo, passará para um outra atividade. Eles poderão utilizar um computador e um
programa adequado (como o Excel) caso assim o desejarem para tratar os dados.

2.8. A ordem com a qual os grupos realizarão as atividades foram devidamente pensadas,
levando-se em consideração o perfil que cada grupo apresentou nas outras atividades
laboratoriais.

2.9. Caso ainda tenha algum tempo de sobra, pedir que os grupos comecem a responder as
questões pós-laboratoriais da página 95 do manual escolar.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Relembrar aos alunos que eles devem trazer para a próxima aula os dados tratados, assim
como responder às questões pós-laboratoriais da página 95 do manual escolar.

4. Observações:

181
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

Figura 3

182
Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7

183
Anexo 2 - Questões complementares da AL1.3
Para estudar experimentalmente o movimento uniformemente retardado, um grupo
de alunos realizou a montagem esquematizada na figura em baixo.

O bloco de massa 120,68 g é largado na rampa, percorrendo nesta uma distância d1


e, depois, desliza num plano horizontal até parar.

Colocaram na superfície superior do bloco uma tira opaca estreita, de 1,0 cm de


largura, registando o tempo de passagem, ∆t, da tira opaca numa fotocélula, numa
posição em que o bloco se já encontrava no plano horizontal. Mediram, também, a
distância percorrida, d2, entre essa posição e a de paragem do bloco, tendo como
referência a tira opaca (distância de travagem).

Repetiram o procedimento largando o bloco de cinco marcas diferentes da rampa.


Para cada uma dessas cinco marcas, repetiram três vezes a largada do bloco,
determinando para cada marca os valores mais prováveis do tempo de passagem da
tira opaca pela fotocélula e da distância de travagem d2.

1. Caracterize o tipo de movimento do bloco enquanto ele está a descer a rampa e


depois que ele atinge o plano horizontal.

2. Qual é a condição a que as forças de atrito exercidas sobre o bloco no plano


horizontal devem obedecer para que o movimento do bloco seja uniformemente
retardado?

184
3. Como pode-se determinar a velocidade do bloco ao passar pela fotocélula? Que
aproximações devem ser feitas?

4. Selecione a opção que pode corresponder ao esboço do gráfico da distância d da


tira opaca à fotocélula em função do tempo t.

5. De que maneira a concavidade do gráfico escolhido acima se relaciona com a


aceleração o bloco?

6. Um grupo de alunos obteve os resultados registados na tabela seguinte. Complete


as lacunas que faltam.

̅𝒅̅̅𝟐̅/ m -1 2 2 -2
d1 / cm d2 / cm t / ms ̅̅̅/ ms
∆𝒕 v/ms v /m s
7,9 28,91
15,0 7,3 30,97 0,342
8,2 27,89
17,6 21,11
30,0 17,5 19,43 0,487
16,8 21,11
27,7 17,05
40,0 28,4 16,90 0,587
28,0 17,21
32,1 15,07
50,0 30,9 16,59 0,628
30,2 16,12

185
55,7 12,71
60,0 53,6 13,13 0,783
54,3 12,46

7. Qual é o significado físico do declive de uma reta ajustada ao gráfico V2 função Δx?

8. Como é possível obter a força resultante que atua sobre o bloco no plano
horizontal?

186
Anexo 3 - Atividade com o Tracker – Roteiro de exploração

1. Localize o arquivo “VideoAL1.3” no “desktop” do computador.

2. Abra o vídeo citado acima no Tracker.

3. Escolha o intervalo de visualização do vídeo que deseja trabalhar:

4. Acrescente os eixos para determinar o referencial de coordenadas desejado:

5. Adicione um bastão de calibração:

5.1. No vídeo há uma régua centimétrica que é colocada na frente da rampa. O


tamanho total dela é de 50,5 cm, mas ela está pouco visível. Caso ache mais
conveniente, o tamanho total da rampa é e 2,0 m.

6. Adicione uma nova massa pontual:

7. Carregue na tecla “shift” e no botão esquerdo do rato para começar a marcar os


pontos ou então carregue nas teclas “ctrl” + “shift” em simultâneo e pressione o
botão esquerdo do rato para realizar as marcações automáticas.

8. Obtenha os gráficos x função de t e v função de t.


187
Questões:

1. Com base no gráfico x(t), determine o intervalo de tempo em que o movimento é


uniformemente acelerado e o intervalo de tempo em que o movimento é
uniformemente retardado. Justifique sua resposta de duas maneiras diferentes.

2. Determine o deslocamento total efetuado pelo bloco no plano horizontal.

3. Utilize o gráfico v(t) para determinar a velocidade do bloco quando ele atinge o
plano horizontal.

4. Sobre o gráfico v(t), pressione o botão direito do rato e escolha a opção “Analisar”
e na sequência, escolha a opção “Analisar” e depois “Ajustar”.

4.1. Ajuste uma reta entre o instante final e o instante em que o bloco começa o
movimento no plano horizontal. Qual o significado físico do declive desta reta?

5. Sabendo-se que a massa do bloco é de 101,0 g, determine a força resultante que


atuou sobre ele na parte horizontal.

6. Para este mesmo aparato experimental, largou-se o bloco de madeira de diversas


alturas diferentes, tendo-se obtido os seguintes resultados:

V0 xi xf
0,361 0,369 0,429
188
0,590 0,503 0,698
0,814 0,606 0,838
1,131 0,820 1,213
1,379 1,054 1,687

6.1. Determine a aceleração média e a força resultante que atua no bloco de


madeira na parte horizontal fazendo uso de uma regressão linear e compare o
resultado com aquele encontrado em 4. e 5..

189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 08/11/2017

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 53 e 54 Duração: 90 minutos

Domínio: Mecânica

Subdomínio: Forças e movimentos

Metas curriculares:

3.2 Interpretar gráficos posição-tempo e velocidade-tempo para movimentos


retilíneos uniformemente variados.

3.3 Interpretar e aplicar as equações do movimento uniformemente variado


conhecidas a resultante das forças e as condições iniciais (velocidade e posição
iniciais).

3.10 Interpretar movimentos retilíneos em planos inclinados ou horizontais,


aplicando as Leis de Newton e obtendo as equações do movimento, ou analisando
o movimento do ponto de vista energético.

Conteúdos:

Movimento retilíneo uniformemente variado.


Equações do movimento retilíneo uniformemente variado e uniforme.
Aplicação das Leis da dinâmica de Newton a movimentos em planos horizontais
ou inclinados.

199
Sumário:

Questões pós-laboratoriais da AL 1.3. Resolução de exercício sobre a AL 1.3.


Movimentos uniformemente acelerados e retardados. Movimentos retilíneos em
planos inclinados e horizontais.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em PowerPoint.
Folha de excel.

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (5 minutos)

200
1.1. Perguntar aos alunos se eles realizaram a tarefa proposta: tratar os dados
laboratoriais e responder às questões pós-laboratoriais da página 95 do manual
escolar.

1.2. Perguntar se há dúvidas em alguma questão e, caso haja, responder às


perguntas.

1.3. Mostrar o sumário da aula.

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Perguntar aos alunos quais foram os objetivos principais da última atividade
laboratorial. Caso a resposta apresentada por eles seja insuficiente, relembra-los
que a atividade experimental tinha como objetivo geral relacionar a velocidade e
o deslocamento num movimento uniformemente retardado e determinar a
aceleração e a resultante das forças de atrito.

2.2. Pedir que um aluno voluntário insira numa folha de “excel”, previamente
preparada, os resultados encontrados na última atividade laboratorial. Esta folha
gerará automaticamente um gráfico V2(Δx) assim como uma reta que melhor se
ajusta aos pontos experimentais.

2.3. A medida que o aluno insere os dados na folha, pedir que os alunos
respondam às questões pós-laboratoriais (página 95 do manual escolar)
oralmente.

2.4. Em especial, na questão 2., questionar os alunos o significado físico do valor


do declive da reta ajustada e, caso necessário, relembra-los que o valor do declive
equivale ao dobro da componente escalar da aceleração média com relação ao
eixo dos xx.

2.5. Para a questão 3., lembrar que a resposta também está relacionada com o
declive da reta previamente ajustada.

2.6. Após terminar as questões pós-laboratoriais e consoante ao tempo utilizado


até o momento, pedir que outro grupo insira os seus dados obtidos na folha
previamente preparada para efeito de comparação.

201
2.7. Pedir que os alunos realizem, individualmente, a questão 37 da página 103
do manual escolar (7 - 10 minutos).

2.8. Recorrer a uma resolução em powerpoint para acelerar o processo de


correção, mas sempre que necessário ir ao quadro realizar algum cálculo que não
tenha ficado claro para eles ou retirar alguma outra úvida não prevista.

2.9. Relembra-los que tínhamos visto previamente um exemplo de movimento


uniformemente retardado e que passava para uniformemente acelerado, como
era o caso de um grave a ser lançado para cima. Perguntar se eles conseguem dar
um ou mais exemplos de movimentos que começam acelerados e passam a
retardados.

2.10. Explicar que o bloco de madeira utilizado na última atividade laboratorial


apresentava este comportamento (Figura 1). Além disso a bola saltitona também
pode ser utilizada como exemplo no momento antes e após a colisão com o chão
(Figura 2).

2.11. Apresentar uma questão exemplo e pedir que eles tentem resolver (5 – 7
minutos). Após este tempo, pedir que os alunos ajudem a resolver a questão no
quadro.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que eles façam os exercícios 25 e 43 do manual escolar e que leiam as
páginas 82, 83 e 84 para a próxima aula.

3.3. Avisar que se alguém desejar, poderá fazer a análise de um vídeo que está
disponível em https://www.dropbox.com/s/j8nz7k98r07vyzu/Baloes.MP4?dl=0.
Este vídeo está relacionado com o tema da próxima aula. Nenhum guião estará
disponível (em princípio), pois neste momento deseja-se saber se caso alguém
tente, já consegue fazer a análise de forma autónoma, recorrendo somente ao

202
conhecimento adquirido com a ferramenta e guiões utilizados para outras
atividades com o Tracker que estão disponíveis no Moodle.

4. Observações:

4.1. Na última aula, referente a atividade laboratorial AL 1.3, verificou-se que


alguns alunos não estavam a registar corretamente o número de algarismos
significativos quando efetuavam a leitura numa régua ou fita métrica. Assim,
acrescentou-se algumas imagens no final da apresentação em powerpoint para
melhor trabalhar este tópico caso haja tempo disponível (Figuras 3 – 6).

4.2. O item 2.6. não foi implementado com sucesso total. O primeiro aluno a
preencher a folha de excel levou um tempo além do esperado e ainda o fez
contendo algumas imprecisões. Foi sugerido, então, que outro aluno desenhasse
o gráfico obtido na atividade laboratorial no quadro. Uma possível forma e
remediar este problema no futuro é simplificar a folha de excel cabendo ao aluno
preencher menos espaços. Outra precaução a ser tomada é possuir uma folha de
excel previamente preparada caso erros similares ocorram.

4.3. O item 2.7. não foi implementado com sucesso total. Os alunos demostraram
grandes dificuldades na resolução da questão e ultrapassavam o tempo previsto
para realizá-la. Foi então apresentada a solução das alíneas a) e b) e requisitado
que as alíneas c) e d) fossem feitas em casa.

4.4. Tendo em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos na questão 37 do


manual escolar, uma nova estratégia foi empregada para o item 2.11. Ao invés de
apresentar o enunciado e pedir que eles tentassem resolver o exercício para só
então corrigi-lo, foi solicitado aos alunos que eles lessem o enunciado em
conjunto e anotassem as informações contidas no enunciado em seus respetivos
cadernos. Na sequência, mostrou-se o que se pedia na alínea 1.1 do exercício. Foi
dado um tempo para que eles pensassem e tentassem resolver o exercício.
Entretanto, as dúvidas relacionadas que surgiam foram respondidas. Em seguida,
mostrou-se, passo a passo, a resolução da alínea 1.1 e os alunos puderam
compará-la com o que eles fizeram e eventualmente tirar mais algumas dúvidas.

203
Só então, em conjunto, todos passaram para a alínea 1.2, onde a estratégia
descrita acima foi utilizada novamente.

4.5. A aula começou com atraso de quase 10 minutos pois a sala de aula ainda
estava ocupada com alunos de uma outra turma que estavam a realizar um teste.

204
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

205
Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

206
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 10/11/2017

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 55 e 56 Duração: 90 minutos

Domínio: Mecânica

Subdomínio: Forças e movimentos

Metas curriculares:

3.5 Interpretar os gráficos posição-tempo e velocidade-tempo do movimento de


um corpo em queda vertical com resistência do ar apreciável, identificando os
tipos de movimento: retilíneo acelerado (não uniformemente) e retilíneo
uniforme.

3.6 Definir velocidade terminal num movimento de queda com resistência do ar


apreciável e determinar essa velocidade a partir dos gráficos posição-tempo ou
velocidade-tempo de um movimento real por seleção do intervalo de tempo
adequado.

3.7 Concluir, a partir do gráfico velocidade-tempo, como varia a aceleração e a


resultante das forças ao longo do tempo no movimento de um paraquedista,
relacionando as intensidades das forças nele aplicadas, e identificar as
velocidades terminais.

Conteúdos:

Movimento retilíneo de queda com resistência do ar apreciável. Movimento


variado não uniforme.

218
Sumário:

Movimento retilíneo de queda com resistência do ar apreciável.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em PowerPoint.
Simulação Lançamento na vertical com resistência do ar desprezável (Seção
Interativa)
Tracker
Vídeo de dois balões de ar caindo.

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (5 minutos)

219
1.1. Perguntar aos alunos se eles realizaram os exercícios que ficaram para casa e
verificar se há dúvidas, em especial a questão 37 da página 103 do manual
escolar.

1.2. Apresentar a resolução da questão 37 citada acima.

1.3. Perguntar se alguém assistiu ao vídeo dos balões caindo. Caso alguém tenha
visto, debater brevemente alguns pontos como: eles chagam juntos ao solo? Por
que será que isto ocorre?

1.4. Mostrar o sumário da aula.

2. Corpo da aula (75 minutos)

2.1. Apresentar rapidamente o vídeo dos balões a cair para todos os alunos e
mostrar os gráficos x(t) e v(t) dos balões (Figura 1). Discutir brevemente por que
um cai mais rapidamente do que o outro.

2.2. Mencionar um vídeo visto anteriormente onde há a queda de dois graves


(Figura 2) que caem em simultâneo e debater a diferença entre os casos. Ressaltar
que devemos levar em consideração a resistência do ar quando for necessário.

2.3. Questiona-los, então, de que forma eles julgam que a resistência do ar age
sobre um paraquedista: antes de abrir o paraquedas e depois de abri-lo. Enunciar,
que a resistência do ar opõe-se ao movimento, depende da forma do corpo e
aumenta com a velocidade.

2.4. Apresentar uma animação de um paraquedista a saltar de um avião, que foca


na força de resistência do ar que age sobre o paraquedista em vários momentos
do seu salto, tanto antes, quanto depois dele abrir o paraquedas.

2.5. Voltar a explicar, em detalhes, tudo o que acontece com o movimento de um


paraquedista antes e depois da abertura do paraquedas.

2.6. Apresentar o gráfico velocidade-tempo do movimento o paraquedista,


explicitando o que acontece à velocidade dele em vários intervalos de tempo
(Figuras 3 – 7).
220
2.7. Discutir, então, o gráfico posição-tempo do paraquedista nos mesmos
intervalos de tempo mencionados anteriormente (Figuras 8 – 11).

2.8. Explicar aos alunos por meio de uma questão resolvida, como é possível
determinar a velocidade terminal de um corpo sujeito à resistência do ar a partir
de um gráfico posição-tempo (Figura 13).

2.9. Propor, então, o seguinte problema: “Se não existir resistência do ar, um
corpo que é lançado para cima, tem tempos iguais de subida e descida. Caso
exista a resistência o ar, o corpo leva mais tempo a subir, a descer ou tempo de
descida é o mesmo tempo de subida?”.

2.10. Propor que eles façam, oralmente, uma questão adaptada do exame
nacional, sobre a velocidade de um paraquedista.

2.11. Pedir que eles em grupos (2 a 4 alunos) resolvam as questões 20 e 21 das


páginas 99 e 100 do manual escolar.

2.12. Caso ainda tenha-se tempo, debater as duas questões solicitadas


anteriormente em grande grupo e, eventualmente, pedir que eles façam
exercícios previamente pedidos que ainda não tenham sido feitos, ou caso já os
tenham feitos, requisitar que façam o exercício 26 da página 101 do manual
escolar.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar aos alunos se eles têm alguma dúvida pendente sobre o conteúdo
estudado.

3.2. Pedir que eles façam os exercícios 38, 39 e 42 das páginas 104 e 105 do
manual escolar em casa para a próxima aula.

3.3. Solicitar que eles utilizem o Tracker para determinar a velocidade terminal
dos balões para o vídeo previamente disponibilizado.

221
4. Observações:

222
Anexo 1 – Figuras
Figura 1

Figura 2

223
Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6
224
Figura 7

Figura 8

Figura 9

225
Figura 10

Figura 11

Figura 12

226
Figura 13

227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
2.4.2. Atividades práticas

Atividade prática – 11º ano (2017/18)

Físico-Química

Distância, tempo, rapidez média e suas medições


“Todo o mundo me conhece e sabe que a cada
nova época procuro novas motivações, penso
no meu legado e em como quero ser
recordado.”

Usain Bolt – detentor dos recordes do mundo dos


100 metros (9,58 s) e dos 200 metros (19,19 s).

Questões-problema:

 Como podes avaliar a rapidez média com que te deslocas ao longo de


um percurso?
 Qual a rapidez média de Bolt em Berlim (2009), quando bateu o
recorde do mundo dos 100 m?

1. Material

1.1. Diversos instrumentos de medição de comprimento, por exemplo:

Régua milimétrica
Régua centimétrica
Fita métrica
Corda com comprimento definido
Passos
Pés

Diversos instrumentos de medição de tempo, por exemplo:

249
Cronómetro
Telemóvel
Relógio

2. Procedimento

2.1. Escolhe um instrumento de medição e determina o comprimento do


campo de jogos. Regista o valor.

2.2. Escolhe um outro instrumento de medição e mede a largura do


campo de jogos. Regista o valor.

3. Para pensar e responder

3.1. Será que é possível determinar a rapidez média de um colega a


correr pelo campo de jogos conhecendo somente a distância que ele
percorreu? Se sim, explica como é possível. Se não, do que necessitas
para determinar a rapidez média?

Dica: observa as imagens!

3.2. Depois de pensar e responder, apresenta a tua solução à professora.

4. Para calcular

250
4.1. Escolhe um ou mais integrantes do grupo e determina a rapidez
média dele nos seguintes trajetos:

Ir de uma ponta a outra no campo de jogos


Dar uma volta completa em torno do campo de jogos

5. Para discutir em grande grupo

5.1. Compara os valores obtidos nas diferentes medições e discute com os


colegas e a professora se faz diferença a quantidade de casas decimais
que são apresentadas nas medidas.

5.2. Compara as trajetórias dos percursos efetuados.

5.3. Compara as respostas às questões-problema.

251
Atividade complementar da AL1.2 – 11º ano (2017/18)

Físico-Química

Roteiro de exploração

1. Aceda ao link https://www.dropbox.com/s/xn8jlt1nrpixnsx/AL1.2.MP4?dl=0 e faça


o download do vídeo disponibilizado.

2. Abra o vídeo citado acima no Tracker (o download pode ser feito em


https://physlets.org/tracker/ .

3. Escolha o intervalo de visualização do vídeo que deseja trabalhar:

4. Acrescente os eixos para determinar o referencial de coordenadas desejado:

5. Adicione um bastão de calibração:

5.1. No vídeo uma régua centimétrica é colocada na frente do trilho. O espaçamento


entre cada traço é de 1 cm, mas você deve escolher a calibração de forma a
minimizar os erros.

6. Adicione uma nova massa pontual:

252
7. Carregue na tecla “shift” e no botão esquerdo do rato para começar a marcar os
pontos ou então carregue nas teclas “ctrl” + “shift” em simultâneo e pressione o
botão esquerdo do rato para realizar as marcações automáticas.

8. Obtenha o gráfico v função de t e sobre ele pressione o botão direito do rato.


Escolha a opção “Analisar”.

9. Na nova janela, selecione a opção “Analisar” e depois “Ajustar”.

10. Escolha o ajuste linear, assim como a região em que deseja fazer a regressão
linear.

Questões:

1. O que represente o declive da reta tangente a um ponto num gráfico x função de


t? E num gráfico v função de t?

2. De acordo com o gráfico v função de t, o que podemos dizer sobre as forças


dissipativas que atuam sobre o carrinho após o peso que o puxa ter encostado no
chão?

3. Determine a aceleração do carrinho durante o intervalo e tempo em que ele tinha


um movimento acelerado.

4. Sabendo que a massa do “pesinho” que puxa o carrinho é de 35,0 g, determine a


massa do carrinho.

5. Qual deve ser a aceleração do “pesinho” que puxa o carro?

253
6. Repita os passos 6. em diante do roteiro de exploração para determinar a
aceleração do “pesinho”.

7. O resultado encontrado na questão anterior está em acordo com a sua previsão


feita anteriormente? Justifique.

254
Atividade complementar da AL1.3 – 11º ano (2017/18)

Físico-Química

Roteiro de exploração

1. Localize o arquivo “VideoAL1.3” no “desktop” do computador.

2. Abra o vídeo citado acima no Tracker.

3. Escolha o intervalo de visualização do vídeo que deseja trabalhar:

4. Acrescente os eixos para determinar o referencial de coordenadas desejado:

5. Adicione um bastão de calibração:

5.1. No vídeo há uma régua centimétrica que é colocada na frente da rampa. O


tamanho total dela é de 50,5 cm, mas ela está pouco visível. Caso ache mais
conveniente, o tamanho total da rampa é e 2,0 m.

6. Adicione uma nova massa pontual:

255
7. Carregue na tecla “shift” e no botão esquerdo do rato para começar a marcar os
pontos ou então carregue nas teclas “ctrl” + “shift” em simultâneo e pressione o
botão esquerdo do rato para realizar as marcações automáticas.

8. Obtenha os gráficos x função de t e v função de t.

Questões:

1. Com base no gráfico x(t), determine o intervalo de tempo em que o movimento é


uniformemente acelerado e o intervalo de tempo em que o movimento é
uniformemente retardado. Justifique sua resposta de duas maneiras diferentes.

2. Determine o deslocamento total efetuado pelo bloco no plano horizontal.

3. Utilize o gráfico v(t) para determinar a velocidade do bloco quando ele atinge o
plano horizontal.

4. Sobre o gráfico v(t), pressione o botão direito do rato e escolha a opção “Analisar”
e na sequência, escolha a opção “Analisar” e depois “Ajustar”.

4.1. Ajuste uma reta entre o instante final e o instante em que o bloco começa o
movimento no plano horizontal. Qual o significado físico do declive desta reta?

5. Sabendo-se que a massa do bloco é de 101,0 g, determine a força resultante que


atuou sobre ele na parte horizontal.

256
6. Para este mesmo aparato experimental, largou-se o bloco de madeira de diversas
alturas diferentes, tendo-se obtido os seguintes resultados:

V0 xi xf
0,361 0,369 0,429
0,590 0,503 0,698
0,814 0,606 0,838
1,131 0,820 1,213
1,379 1,054 1,687

6.1. Determine a aceleração média e a força resultante que atua no bloco de


madeira na parte horizontal fazendo uso de uma regressão linear e compare o
resultado com aquele encontrado em 4. e 5..

257
2.4.3. Questões selecionadas para o teste

Grupo II

Considere um sistema paraquedista + paraquedas em queda vertical.

1. Na figura abaixo, está representado o gráfico do módulo da velocidade, v, desse


sistema, de massa 100 kg, em função do tempo, t, de queda, nos primeiros 60 s
do movimento.

Considere que o sistema paraquedista + paraquedas pode ser representado pelo seu
centro de massa (modelo da partícula material).

1.1. Em qual dos intervalos de tempo seguintes, a resultante das forças que
atuaram no sistema paraquedista + paraquedas teve o sentido contrário ao
do movimento do sistema?

258
(A) [0; 10] s (B) [25; 35] s (C) [36; 39] s (D) [45; 60] s

1.2. Qual foi a intensidade da força resultante sobre o sistema paraquedista +


paraquedas, no intervalo de tempo [15; 30] s?

1.3. No intervalo de tempo [45; 60] s, o sistema paraquedista + paraquedas

(A) esteve parado.

(B) moveu-se com uma aceleração de módulo 10 m s-2.

(C) percorreu 150 m.

(D) não esteve sujeito à ação de forças.

1.4. Conclua sobre a variação da intensidade da força de resistência do ar que


atuou no sistema paraquedista + paraquedas, no intervalo de tempo [0;15]
s.

Apresente num texto a fundamentação da conclusão solicitada, abordando os


aspetos seguintes:

• identificação e caracterização, quanto ao sentido, das forças que atuaram


no sistema paraquedista + paraquedas, no intervalo de tempo considerado;

• explicação, com base no gráfico da figura do enunciado, da variação do


módulo da aceleração do sistema, no intervalo de tempo considerado, e
referência à consequente variação da intensidade da resultante das forças que
atuaram no sistema;

259
• conclusão sobre a variação da intensidade da força de resistência do ar, no
intervalo de tempo considerado.

2. Uma bola de 0,10 kg é lançada verticalmente para cima. Admita que a resistência
do ar é desprezável e que a componente escalar da posição, y, da bola em
relação a um determinado referencial unidimensional Oy, cuja origem está no
solo, varia com o tempo, t, de acordo com a equação onde K é uma constante a
ser determinada.

𝑦 = 18 + 9,0 𝑡 + 𝐾 𝑡 2 (𝐒𝐈)

2.1. Qual é o valor de K em m s-2?

(A) -10 (B) -5,0 (C) 5,0 (D) 10

2.2. A componente escalar, segundo o referencial Oy considerado, da velocidade,


vy, da bola varia com o tempo, t, de acordo com a equação

(A) 𝑣𝑦 = 18 + 10 𝑡
(B) 𝑣𝑦 = −18 + 5,0 𝑡
(C) 𝑣𝑦 = 9,0 − 5,0 𝑡
(D) 𝑣𝑦 = 9,0 − 10 𝑡

2.3. Determine a distância percorrida pela bola desde o seu lançamento até o
momento em que ela chega ao solo. Apresente todas as etapas de resolução.

Atividade Laboratorial

Para estudar experimentalmente o movimento uniformemente retardado, um grupo


de alunos realizou a montagem esquematizada na figura em baixo.

260
O bloco de massa 120,68 g é largado na rampa, percorrendo nesta uma distância, d1,
e, depois, desliza num plano horizontal até parar. Colocaram na superfície superior
do bloco uma tira opaca estreita que mediram com uma craveira. Registaram o
tempo de passagem, t, da tira opaca numa fotocélula, numa posição em que o
bloco se já encontrava no plano horizontal. Mediram, também, com uma régua, a
distância percorrida, d2, entre essa posição e a de paragem do bloco, tendo como
referência a tira opaca (distância de travagem). Repetiram o procedimento largando
o bloco de cinco marcas diferentes da rampa. Para cada uma dessas cinco marcas,
repetiram três vezes a largada do bloco, determinando para cada marca os valores
mais prováveis do tempo de passagem da tira opaca pela fotocélula e da distância de
travagem, d2. Os resultados obtidos pelo grupo de alunos foram registados na tabela
seguinte.

d1/ cm d2/ cm t/ ms


17,60 21,11
30 17,50 19,43
16,80 21,11
27,70 17,05
40 28,40 16,90
28,00 17,21
32,10 15,07
50 30,90 16,59
30,20 16,12

1. Os alunos mediram a largura da tira opaca com uma craveira. O resultado da


medição é o que mostra a figura seguinte.

261
1.1. Indique o valor da largura da tira opaca medido pelos alunos.

1.2. Os alunos poderiam também ter medido a largura da tira


opaca com a régua que utilizaram para medir a distância
d2. Indique, justificando, qual das medições é mais exata.

2. Para uma distância, d1, de 30 cm, o valor médio para a distância d2 foi:

A) (17,3  0,1) cm
B) (17,30  0,05) cm
C) (17,30  0,01) cm
D) (17,3  0,5) cm

3. Determine a velocidade do bloco quando passa na célula fotoelétrica quando


é largado a uma distância, d1, de 30 cm. Apresente todas as etapas de
resolução.

4. O gráfico seguinte mostra a relação entre a distância percorrida pelo bloco


sobre o plano horizontal desde a célula fotoelétrica até que se imobiliza (d2) e
o quadrado da velocidade (v2) com que ele passa na célula fotoelétrica.

262
A equação de Torricelli traduz, analiticamente, a relação que foi verificada
graficamente através da equação: v2 = 2a  d2 onde a representa a aceleração a que
o bloco ficou sujeito.

4.1. Calcule a aceleração a que o corpo ficou sujeito durante o seu percurso
no plano horizontal.

4.2. Calcule a força resultante a que o corpo ficou sujeito nesse trajeto.

4.3. Se a velocidade do bloco ao passar na fotocélula no início do plano


horizontal duplicar, a distância de travagem, d2 …

A) aumenta √2 vezes.
B) aumenta 22 vezes.
C) diminui √2 vezes.
D) diminui 22 vezes.

Critérios de correção

Grupo II

1.1. Versão 1 – (C) ………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

1.2. Fr = 0 ……………………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

1.3. Versão 1 – (C) ………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

1.4. ……………………………………………………………………………………………………………………………… 10 pontos

A resposta integra os tópicos de referência seguintes ou outros de conteúdo


equivalente:

263
A) No sistema paraquedista + paraquedas, atuam a força gravítica, que tem o
sentido do movimento (ou tem sentido de cima para baixo), e a força de
resistência do ar, que tem o sentido contrário ao do movimento (ou tem sentido
de baixo para cima).
B) [O gráfico mostra que, no intervalo de tempo [0; 15] s,] o módulo da
aceleração do sistema diminui, uma vez que o declive da tangente à curva v – t é
cada vez menor (ou a taxa temporal de variação da velocidade é cada vez
menor), pelo que a intensidade da resultante das forças que atuam no sistema
diminui.
C) [Sendo a força gravítica constante,] conclui-se que a intensidade da força de resistência do
ar aumenta [no intervalo de tempo considerado].

Níveis Descritores de desempenho Pontuação


A resposta integra os três tópicos de referência com organização
6 10
coerente dos conteúdos e linguagem científica adequada.
A resposta integra os três tópicos de referência com falhas na
5 organização dos conteúdos ou na utilização da linguagem 8
científica.
A resposta integra apenas os tópicos de referência A e B com
4 organização coerente dos conteúdos e linguagem científica 6
adequada.
A resposta integra apenas os tópicos de referência A e B com falhas
3 na organização dos conteúdos ou na utilização da linguagem 4
científica.
A resposta integra apenas o tópico de referência A ou apenas o
2 2
tópico de referência B com linguagem científica adequada.
A resposta integra apenas o tópico de referência A ou apenas o
1 tópico de referência B com falhas na utilização da linguagem 1
científica.

2.1. Versão 1 – (B) ………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

2.2. Versão 1 – (D) ………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

2.3. ………………………………………………………………………………………….…………………………………… 15 pontos

Etapas de resolução:

A) Cálculo do tempo de subida:

𝑣𝑦 = 9,0 − 10 𝑡
264
0 = 9,0 − 10𝑡 ⇔ 𝑡 = 0,9 𝑠 (4 pontos)

B) Determinar a distância percorrida na subida:

𝑦 = 18 + 9,0 𝑡 − 5,0 𝑡 2

𝑦(0,9) = 22,05 𝑚

∆𝑆1 = 22,05 − 18 = 4,05 𝑚 (4 pontos)

C) Determinar a distância percorrida na descida:

∆𝑆2 = 22,05 𝑚 (4 pontos)

D) Determinar a distância total

∆𝑆𝑇 = 4,05 + 22,05 = 26,1 𝑚 (3 pontos)

OU

A) Cálculo do tempo de subida

𝑣𝑦 = 9,0 − 10 𝑡

0 = 9,0 − 10𝑡 ⇔ 𝑡 = 0,9 𝑠 (3 pontos)

B) Determinar o tempo em que a bola chega ao solo (equação do movimento)

𝑦 = 18 + 9,0 𝑡 − 5,0 𝑡 2 = 0

9±√92 −4×5×(−18) 9±√441 9±21


𝑡= = = = 3,0 𝑠 (3 pontos)
2×5 10 10

C.1) Determinar a velocidade com que a bola chega ao solo

𝑣𝑦 = 9,0 − 10 𝑡

265
𝑣(3,0 ) = 9,0 − 30 = −21 𝑚 𝑠 −1 (3 pontos)

OU

C.2) Determinar a velocidade com que a bola chega ao solo (conservação de energia)

0,10 × (−9)2 0,10 × 𝑣𝑓 2


+ 0,10 × 10 × 18 =
2 2

𝑣𝑓 = √81 + 360 = √441 = ±21 = −21 𝑚 𝑠 −1 (3 pontos)

D) Construir o gráfico v(t)

(3 pontos)

E) Determinar os deslocamentos a partir da área do gráfico

0,9×9,0 2,1×(−21) 8,1+44,1


∆𝑆𝑇 = |∆𝑥1 | + |∆𝑥2 | = | 2
|+| 2
| = 2
= 26,1 𝑚 (3 pontos)

Atividade Laboratorial

1.1. 1,43 cm ou 14,3 mm …………………………………………………………………………………………… 5 pontos


266
1.2. A medição com a craveira é mais exata pois possui uma incerteza menor (0,1
mm) quando comparada com a incerteza da régua milimétrica (0,5 mm). …… 5 pontos

2. Versão 1 – (B) ………………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

3. ………………………………………………………………………………………………………………………………… 10 pontos

Etapas de resolução

𝐿 1,43 × 10−2
𝑣= = = 0,696 𝑚 𝑠 −1
∆𝑡 20,55 × 10−3

𝑉2 1 1,054
4.1. 2𝑎 = ⇔ 𝑎 = "declive" = = 0,527 𝑚 𝑠 −2 ……………………………………… 10 pontos
𝑑 2 2

4.2. 𝐹𝑟 = 𝑚. 𝑎 = 0,12068 × 0,527 = 0,0636 = 6,36 × 10−2 𝑁 …………………………… 10 pontos

4.3. Versão 1 – (D) ……………………………………………………………………………………………………… 5 pontos

267
2.5. 11° ano - Química

2.5.1. Planos de Aula

PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 11/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 165 e 166 Duração: 90 minutos

Domínio: Reações em sistemas aquosos

Subdomínio: Reações ácido-base

Metas curriculares:

1.3 Relacionar quantitativamente a concentração hidrogeniónica de uma solução


e o seu valor de pH.
1.4 Caracterizar a autoionização da água fazendo referência às espécies químicas
envolvidas nesta reação e à sua extensão.
1.5 Relacionar a extensão da reação da autoionização da água com o produto
iónico da água, identificando-o com a constante de equilíbrio para essa reação.
1.6 Relacionar as concentrações do ião H3O+ e do ião OH− resultantes da
autoionização da água.
1.7 Prever, com base no Princípio de Le Châtelier, o efeito da variação da
temperatura na autoionização da água.

268
1.8 Relacionar as concentrações dos iões H3O+ e OH−, bem como os valores de pH
e pOH, para soluções ácidas, básicas e neutras.

Conteúdos:

Autoionização da água.
Produto iónico da água.
Relação entre as concentrações de H3O+ e de OH–.
Efeito da temperatura na autoionização da água.
Escala de Sorensen.

Sumário:

Autoionização da água. Produto iónico da água. Relação entre as concentrações


de H3O+ e de OH–.
Método:

Expositivo
Interrogativo

Recursos e materiais:

Apresentação em Powerpoint
Simulação computacional (https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/ph-scale)
Animação: Autoionização da água

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas

269
1. Início da aula (3 minutos)

1.1. Perguntar o que foi trabalhado na última aula e se há alguma dúvida em


algum tópico ou conceito visto anteriormente.

2. Corpo da aula (82 minutos)

2.1. Indicar que a água apresenta uma pequena condutividade elétrica o que
significa que na água pura existem alguns iões.

2.2. Revisar que esse iões são o hidrónio ou oxónio, H3O+, e o ião hidróxido, OH–.

2.3. Recordar que a presença do H3O+ e do OH– com o processo de autoionização


da água, uma reação que ocorre entre moléculas de água líquida.

2.4. Referir, novamente, que esta reção é muito pouco extensa, mas que em
qualquer solução aquosa existem iões H3O+ e OH– devido à autoionização da água.

2.5. Indicar que a basicidade da solução aquosa de amoníaco, NH3, deve-se à


formação de OH– durante a reação de ionização, resultando num aumento da
concentração deste ião relativamente à concentração do mesmo ião em água
pura.

2.6. Ressaltar que numa solução aquosa de amoníaco também ocorre a


autoionização da água, existindo em equilíbrio as seguintes espécies: NH3, H2O,
NH4+, OH– e H3O+.

2.7. Rever o conceito de produto iónico da água e defini-lo como sendo Kw =


|H3O+|e × |OH–|e. Apresentar o seu valor para a temperatura de 25 °C.

2.8. Projetar uma imagem (figura 1) para explicar que, em água pura, sempre que
se forma um ião H3O+ forma-se também um ião OH–, de acordo com a
estequiometria da reação, o que significa que a concentração de iões H3O+ é
sempre igual à concentração de iões OH–.

270
2.9. Definir o conceito de pOH, relacionando-o com o conceito de pH. Utilizar a
explicação anterior para mostrar que, em água pura, a qualquer temperatura,
[H3O+] = [OH–] (figura 2).

2.10. Concluir, então, que para uma solução neutra a igualdade |OH-|e =|H3O+|e =
√𝐾w se verifica. Em seguida, demonstrar que para o caso da temperatura ser de
25 °C, obtém-se, para a água pura, o valor pH = pOH = 7.

2.11. Apresentar uma imagem com a escala de Sorensen e diversos objetos do


dia-a-dia localizados em sua escala (figura 3).

2.12. Utilizar as conclusões anteriores para chegar ao resultado de que, à 25 °C,


pH + pOH = 14.

2.13. Generalizar para qualquer temperatura que o caráter ácido, neutro ou


básico de uma solução, é dado pela comparação entre concentração
hidrogeniónica, [H3O+], com a concentração do ião hidróxido, [OH–]. Atestar,
então que a relação |H3O+|e × |OH–|e = Kw é válida para qualquer solução aquosa
(figura 4).

2.14. Apresentar duas imagens (figuras 5 e 6) para resumir as relações entre as


concentrações dos iões H3O+ e OH– para soluções acidas, neutras e básicas, validas
para qualquer temperatura .

2.15. Questioná-los se eles acham que é possível existir uma solução aquosa com
pH menor do que zero ou superior a 14.

2.16. Apresentar uma questão de aplicação para que eles resolvam, e corrigi-la
logo em seguida.

2.17. Utilizar a simulação “Escala de pH” e a animação “Autoionização da água”


para fazer uma síntese do conteúdo estudado até o momento.

2.18. Trabalhar de que maneira a temperatura afeta na autoionização da água e


propor que os alunos resolvam uma questão relacionada com este tema.

2.19. Consoante ao tempo, pedir que os alunos resolvam os exercícios 8, 9, 10, 11,
13, 14 e 15 do manual escolar, páginas 110 e 111.

271
3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar se há alguma dúvida pendente sobre o conteúdo estudado.

4. Observações:

272
Anexo 1 – Figuras

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

273
Figura 5

Figura 6

274
275
276
277
278
279
280
281
282
283
284
285
286
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 11/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 167 e 168 Duração: 90 minutos

Domínio: Reações em sistemas aquosos

Subdomínio: Reações ácido-base

Metas curriculares:

1.9 Explicitar os significados de ionização (de ácidos e algumas bases) e de


dissociação de sais (incluindo hidróxidos), diferenciando ionização de dissociação.
1.10 Explicar o que é um par conjugado ácido-base, dando exemplos de pares
conjugados ácido-base.
1.11 Interpretar o significado de espécie química anfotérica.

Conteúdos:

Ácidos e bases em solução aquosa.


Ionização de ácidos e bases.
Dissociação de bases.
Pares conjugados ácido-base.
Espécies anfotéricas.

287
Sumário:

Ácidos e bases em solução aquosa, ionização de ácidos e bases, pares conjugados


ácido-base, espécies anfotéricas e dissociação de bases.

Método:

Expositivo
Interrogativo

Recursos e materiais:

Apresentação em Powerpoint
Animação: Ionização de ácidos e bases e dissociações de bases

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas

1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Perguntar o que foi trabalhado na última aula e se há alguma dúvida em


algum exercício ou conceito visto anteriormente.

1.2. Relembrar que o pH de uma solução está relacionado com a concentração do


ião hidrónio e que em água pura à 25 °C, pH = pOH.

2. Corpo da aula (80 minutos)

288
2.1. Indicar que a dissolução de certas substâncias na água, ou em soluções
aquosas, pode causar uma variação da concentração de H3O+, ou seja, pode
provocar alterações no valor de pH de um meio.

2.2. Recordá-los que numa reação ácido-base de Brønsted e Lowry ocorre a


transferência de protões, H+, isto é, troca protónica entre o ácido e a base de
Brønsted e Lowry.

2.3. Relembrá-los que eletrólitos são substâncias que originam, iões quando
dissolvidas em água, sendo a solução aquosa resultante boa condutora da
corrente elétrica.

2.4. Se a substância dissolvida em água for um composto molecular, ocorrerá o


fenómeno de ionização. Exemplificar o caso do amoníaco (NH3) (figuras 1 e 2).
Caso seja perguntado o que ocorre quando uma substância iónica é dissolvida em
água, indicar que ocorre a dissociação e que este fenómeno será estudado mais à
frente.

2.5. Indicar que a basicidade da solução aquosa de amoníaco, NH3, deve-se à


formação de OH– durante a reação de ionização, resultando num aumento da
concentração deste ião relativamente à concentração do mesmo ião em água
pura.

2.6. Ressaltar que numa solução aquosa de amoníaco também ocorre a


autoionização da água, existindo em equilíbrio as seguintes espécies: NH3, H2O,
NH4+, OH– e H3O+.

2.7. Exemplificar, então, que quando o cloreto de hidrogénio (HCl) é dissolvido em


água (figuras 3 e 4) ele sofre ionização e que como consequência, o pH da solução
diminui.

2.8. Projetar uma questão-exemplo para os alunos responderem oralmente sobre


o tema estudado até o momento.

2.9. Pedir que os alunos resolvam dois exercícios que serão projetados.

2.10. Introduzir o tema “pares conjugados ácido-base” mostrando a reação do


amoníaco com a água (figura 5).

289
2.11. Generalizar a reação ácido-base para o caso de um ácido HA e uma base B,
indicando a formação dos pares conjugados ácido-base.

2.12. Definir que um par conjugado ácido-base é constituído por um ácido e uma
base que diferem apenas num protão, H+. E que numa reação ácido-base de
Brønsted e Lowry, existem sempre dois pares conjugados ácido-base.

2.13. Apresentar uma questão-exemplo sobre o tema e, logo em seguida, um


exercício para os alunos resolverem.

2.14. Introduzir o tema “espécies anfotéricas” relembrando aos alunos que a água
funciona como ácido na ionização do NH3 e como base na ionização do HCℓ, e que
ela também apresenta este comportamento na sua autoionização. Indicar que
neste último, os pares conjugados ácido-base são H2O/OH– e H3O+/H2O.

2.15. Definir, então, que o comportamento anfotérico é o comportamento de


uma espécie química que pode atuar como ácido ou como base, dependendo da
espécie com a qual reaja.

2.16. Introduzir o tema “dissociação de bases” indicando que a dissolução de


substâncias moleculares em água é qualitativamente diferente da dissolução de
substâncias iónicas, por serem formadas por unidades estruturais diferentes.

2.17. Informar que quando um composto iónico é dissolvido em água, devido a


interações entre as moléculas de água e os iões do sal, a sua estrutura iónica é
destruída, ocorrendo a separação dos iões que ficam, assim, em solução aquosa.

2.18. Apresentar um vídeo sobre o tema ionização de ácidos e bases e


dissociações de bases como forma de sintetizar o conteúdo e realizar uma revisão.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Apresentar uma questão-exemplo para que os alunos resolvam.

3.2. Consoante ao tempo, pedir que os alunos realizem os exercícios 19, 20, 22,
23, 24, 25 e 26 do manual escolar, página 112.

290
4. Observações:

4.1. A atividade de simulação que seria apresentada na aula seguinte foi


apresentada nesta.

4.2. O vídeo sobre o tema “ionização de ácidos e bases” não foi apresentado. Ele
será apresentado na aula seguinte.

291
Anexo 1 – Figuras

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

292
293
294
295
296
297
298
299
300
301
302
303
304
305
306
307
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 13/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 169 e 170 Duração: 90 minutos

Domínio: Reações em sistemas aquosos

Subdomínio: Reações ácido-base

Metas curriculares:

1.12 Escrever equações químicas que representam reações de ionização de um


ácido, ou de uma base, e as respetivas expressões das constantes de acidez ou de
basicidade.
1.13 Relacionar os valores das constantes de acidez de diferentes ácidos (ou as
constantes de basicidade de diferentes bases) com a extensão das respetivas
ionizações.
1.14 Explicar por que razão as soluções de ácidos fracos têm valores de pH mais
elevados do que os das soluções de ácidos fortes de igual concentração.
1.15 Determinar o pH de soluções de ácidos (ou bases) fortes a partir da respetiva
concentração e vice-versa.
1.16 Determinar concentrações de equilíbrio das espécies químicas envolvidas na
ionização de ácidos monopróticos fracos (ou de bases) a partir do pH, constante
de acidez (ou basicidade) e estequiometria da reação.
1.17 Relacionar as constantes de acidez e de basicidade para um par conjugado
ácido-base.
Conteúdos:

Ácidos e bases em solução aquosa.


Constante de acidez e basicidade.
308
Força relativa de ácidos e bases.

Sumário:

Ácidos e bases em solução aquosa: constante de acidez e basicidade. Força


relativa de ácidos e bases.

Método:

Expositivo
Interrogativo

Recursos e materiais:

Apresentação em Powerpoint
Simulação computacional: Soluções Ácido-Base
https://phet.colorado.edu/sims/html/acid-base-solutions/latest/acid-base-
solutions_pt_BR.html
Vídeo: Ácidos e bases

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas

1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Perguntar se há a necessidade de rever algum conceito estudado


anteriormente que ainda não esteja claro.

309
1.2. Avisar que eles devem preparar a atividade laboratorial para a próxima aula.

1.3. Relembrá-los do conceito da extensão das reações e como a constante de


equilíbrio era determinada.

1.4. Apresentar um vídeo com o tema “ácidos e bases” como forma de rever o
conteúdo trabalhado na última aula.

1.5. Rever o conceito da constante de equilíbrio.

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Projetar a equação que descreve a ionização do ácido nítrico em solução


aquosa e utilizá-la como exemplo para explicar o que é a extensão da reação.
Introduzir, então, o conceito da constate de acidez.

2.2. Deixar claro que a água é usada como solvente e, por isso, o valor da sua
concentração é omitido na expressão da constante de equilíbrio Ka.

2.3. Anunciar que a reação de ionização do HNO3 é muito extensa, podendo


considerar-se completa, ou seja, todas as moléculas de ácido se ionizam.

2.4. Concluir, então que o valor da constante de acidez para a reação de ionização
do ácido nítrico é muito elevado, indicando que a ionização é muito extensa, e,
por isso, diz-se que o ácido nítrico é um ácido forte.

2.5. Apresentar uma tabela com alguns ácidos fortes (figura 1).

2.6. Fazer uma análise análoga à anterior, porém agora para o ácido acético.
Mencionar, porém, que quando o ácido acético, CH3COOH, se dissolve em água
apenas algumas moléculas são ionizadas.

2.7. Assim, concluir que o valor da constante de acidez para a reação de ionização
do ácido acético é muito pequeno, indicando que a ionização é pouco extensa.
Diz-se que o ácido acético é um ácido fraco.

2.8. Apresentar uma tabela com alguns ácidos fracos (figura 2).

2.9. Clarificar que quanto maior for a constante de acidez, mais extensa é a
ionização do ácido em água e mais forte é o ácido e que um ácido forte ioniza-se
completamente enquanto um ácido fraco ioniza-se parcialmente.
310
2.10. Generalizar a expressão da constante de acidez para um ácido monoprótico
[A− ]e ×[H3 O+ ]e
fraco HA: K a = [HA]e
.

2.11. Apresentar uma questão-exemplo e pedir que eles a resolvam.

2.12. Apresentar o hidróxido de potássio como uma base forte que se dissocia
completamente em água. Apresentar uma tabela contendo a informação de que o
hidróxido de sódio e o hidróxido de bário também são bases fortes.

2.13. Apresentar o amoníaco como uma base fraca e que quando é dissolvido em
água apenas algumas moléculas se ionizam. Apresentar a constante de
basicidade, Kb, para o amoníaco e dizer que o valor da constante de basicidade
para a reação de ionização do amoníaco é muito pequeno, indicando que a
ionização é pouco extensa e que ele é uma base fraca.

2.14. Anunciar que recorrendo aos valores de Ka ou de Kb, e à estequiometria da


reação de ionização (ou de dissociação) do ácido ou da base, pode determinar-se
a concentração das várias espécies químicas em equilíbrio numa solução aquosa.

2.15. Apresentar uma tabela (figura 3) contento algumas bases fracas e seus
respetivos valores para Kb.

2.16. Generalizar a expressão da constante de basicidade para uma base fraca


[BH+ ]e ×[OH− ]e
monoprótica B: Kb = .
[ B] e

2.17. Projetar uma questão-exemplo e pedir que os alunos resolvam a questão.

2.18. Anunciar que as constantes de acidez e de basicidade fornecem indicação


sobre a extensão da ionização, permitindo classificar os ácidos e as bases como
fortes ou fracos. Assim, se pode concluir que a força relativa dos ácidos permite
explicar, por exemplo, a diferença no valor do pH de soluções de ácidos fortes e
de ácidos fracos de igual concentração.

2.19. Comparar o pH de um ácido forte (ácido nítrico) com um ácido fraco (ácido
acético) no caso em que eles tenham a mesma concentração inicial.

311
2.20. Chegar ao resultado que soluções de ácidos fracos têm valores de pH mais
elevados do que as soluções de ácidos fortes de igual concentração.

2.21. Anunciar, então, que quando os ácidos ou as bases são fracos, a ionização
(ou dissociação) em água é incompleta e o pH da solução depende da
concentração da solução, da estequiometria da reação e também da constante de
acidez, Ka, ou de basicidade, Kb.

2.22. Utilizar o ácido acético para mostrar que o produto entre o Ka de um ácido e
o Kb da sua base conjugada é igual ao Kw. Em seguida, generalizar o resultado
para o caso de um ácido genérico HA e sua base conjugada A-.

2.23. Mostrar uma tabela que que relaciona alguns ácidos com suas bases
conjugadas e as forças relativas.

2.24. Concluir que quanto mais forte for um ácido, mais fraca será a sua base
conjugada, e vice-versa e que a relação entre Ka e Kb é de proporcionalidade
inversa (figura 4).

2.25. Utilizar a simulação Soluções Ácido-Base para rever e ilustrar os conceitos


estudados.

2.26. Relembrar aos alunos o trabalho que eles deverão realizar utilizando a
simulação computacional acima mencionada (anexo 2).

2.27. Consonante ao tempo, pedir que os alunos resolvam os exercícios 22, 29, 32,
34, 37, 38, 41, 42, 43, 44 e 50 do manual escolar (páginas 113 e 114).

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Perguntar se existe alguma dúvida pendente.

3.2. Pedir que eles terminem os exercícios em casa, caso ainda não os tenham,
terminado.

4. Observações:

312
4.1. O vídeo “Ácidos e bases” não funcionou no momento da aula, tendo sido
feito, então, uma revisão de acordo com o que os alunos lembravam de ter
estudado nas últimas aulas.

313
Anexo 1 – Figuras

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

314
Anexo 2 - Simulação computacional – Determinação do Ka de um ácido
fraco.

11º ano (2017/18) - Física e Química A

Objetivos:

Pretende-se com esta simulação computacional:

Promover a integração de uma visão macroscópica (atividade laboratorial) e


microscópica (acessível através da simulação computacional) para promover um
melhor entendimento de como os ácidos e bases se comportam em soluções aquosas.

Determinar o Ka de um ácido fraco (HA) em solução aquosa quando:

i) A força relativa do ácido é suficientemente baixa para que seja possível


considerar que |HA|e ≈ |HA|inicial, porém, a sua concentração inicial não é
demasiadamente pequena e, por isso, considera-se que todo o H3O+ em
solução é proveniente do ácido.

ii) A força relativa do ácido já é consideravelmente elevada, de forma que


não é possível considerar que |HA|e ≈ |HA|inicial. Além disso, a sua
concentração inicial não é demasiadamente pequena e, por isso,
considera-se que todo o H3O+ em solução é proveniente do ácido.

Instruções gerais:

315
Para aceder à simulação “Soluções Ácido-Base”:

visite o endereço:

https://phet.colorado.edu/sims/html/acid-base-solutions/latest/acid-base-
solutions_pt_BR.html

e escolha a opção “Minha solução”.

No ecrã inicial é possível ver:

Uma solução aquosa de um ácido fraco: A equação química que traduz a reação
ocorrida entre o ácido e a água é:

Um medidor digital de pH que


pode ser inserido na solução:

Na parte da direita existem 3 menus: “Solução”, “Ver”, “Recursos” e um botão para


reiniciar a simulação com os parâmetros iniciais.

316
No menu “Solução” é possível selecionar se na solução existirá um ácido ou uma base,
a concentração inicial (em mol/L) assim como se será um ácido (ou base) forte ou
fraco. No caso de se optar por um ácido (ou base) fraco, ainda é possível controlar a
sua força relativa.

No menu “Ver” a opção “Moléculas” aparece automaticamente


selecionada. Embora seja possível escolher outras opções, recomenda-se que esta seja
a opção selecionada ao longo da simulação, porque recorrendo a uma representação
microscópica da solução ela dará a ideia das proporções entre a quantidade de ácido
presente na solução e a quantidade de ácido ionizado de acordo com sua
concentração inicial e força relativa.

A opção “Solvente” permite visualizar as moléculas de água na solução,


mas poderá permanecer desseleccionada.

A opção “Gráfico” permite visualizar as concentrações das espécies


químicas no equilíbrio. Esta opção é muito importante pois permite visualizar
informações que não são imediatamente acessíveis durante uma atividade
laboratorial. Em vários momentos da simulação computacional será sugerido que
selecione esta opção.

A opção “Ocultar” esconde a reação química entre o ácido (HA) e a água


(H2O) que está a ocorrer na solução aquosa.

317
No menu “Recursos” é possível escolher entre:

Lâmpada, pilha, e
Uma fita universal
elétrodos, para testar a
Um medidor digital de pH indicadora de pH
condutividade da solução

Para que os objetivos desta atividade sejam alcançados, deve-se utilizar o medidor
digital de pH, uma vez que ele é o instrumento de medida com maior exatidão para a
leitura do pH da solução.

À direita de tudo, aparece o botão que permite reiniciar a simulação a partir das
condições iniciais, pré-definidas, para o sistema simulacional.

Parte 1 – Ácido com baixa força relativa: a aproximação


|HA|equilíbrio ≈ |HA|inicial é válida.

Introdução teórica:

Um ácido fraco (HA) pode ser definido como um ácido que, em solução aquosa, tem
uma ionização parcial e pouco extensa, cuja equação química é representada por:

HA(aq) + H2 O(l) ⇌ A− (aq) + H3 O+ (aq)


|A− |e |H3 O+ |
e
A constante de acidez de um ácido fraco é dada por: K a = |HA|e
.

Se a concentração inicial do ácido não for muito baixa (maior ou igual a 0,01 mol / L),
pode-se admitir ainda que todo o hidrónio (H3O+) presente na solução é proveniente
do ácido, caso contrário, deve-se levar em consideração os efeitos da autoionização da
água que fornece o ião hidrónio à solução.

318
2H2 O(l) ⇌ OH − (aq) + H3 O+ (aq)

Assim, pode-se concluir que mesmo para um ácido fraco, se a sua concentração inicial
não for demasiadamente pequena, todo o hidrónio presente na solução é proveniente
deste ácido e, por isso, conclui-se que |H3 O+ |e = |A− |e .

Uma vez que pH = −log(|H3 O+ |) e |H3 O+ | = 10−pH , obtém-se:


2 2
|H3 O+ |e (10−pH )
Ka = |HA|e
= |HA|e
.

Há dois casos possíveis agora:

1. No primeiro, considera-se que o ácido é fraco o suficiente para que a sua


concentração no equilíbrio seja aproximadamente igual à sua concentração inicial.
2 2
(10−pH ) (10−pH )
Desta forma, K a = |HA|e
= |HA| .
inicial

Ou seja, conhecendo-se a concentração inicial do ácido e medindo o seu pH é possível


determinar a sua constante de acidez.

2. No segundo, não se pode considerar que a sua concentração no equilíbrio seja


aproximadamente igual à sua concentração inicial. Este caso será trabalhado
posteriormente.

Questões antes da interação com a simulação computacional:

Comece por responder as seguintes perguntas:

1. Explique o que diferencia um ácido de uma base, de acordo com a teoria de


Brønsted-Lorwry.

2. Indique qual é a diferença entre um ácido forte e um ácido fraco.

319
3. Observe as imagens A e B, ambas representando ácidos fracos diferentes, porém
com a mesma concentração inicial.

a) Identifique as moléculas que se encontram representadas nas duas soluções.

b) Explicite o significado da lupa e da fundo azul no interior do recipiente.

c) Indique, justificando, qual das imagens representa um ácido mais fraco.

4. Selecione a opção correta:

(A) A água é um reagente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e |H2 O|e

(B) A água é um solvente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e |H2 O|e

(C) A água é um solvente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e

320
(D) A água é um reagente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =
|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e

5. De que maneira o Ka de um ácido se relaciona com a sua força relativa?

(A) Quanto mais forte for o ácido, menor será o valor do seu Ka.

(B) Quanto mais forte for o ácido, maior será o valor do seu Ka.

(C) Só é possível relacionar a força relativa de um ácido com o valor do seu Ka


caso o Kb da sua base conjugada seja conhecida.

(D) Não é possível relacionar a força relativa de um ácido com o valor do seu Ka.

6. Considerando que todo o H3O+ é proveniente do ácido HA e supondo que a


concentração no equilíbrio do ácido (|HA|e) é igual a concentração inicial do ácido
(|HA|i), mostre que a constante de acidez Ka do ácido pode ser escrita como:
2
(10−pH )
Ka = |HA|i
.

7. O que é preciso conhecer de um ácido monoprótico fraco para determinar o seu Ka?

(A) É preciso conhecer a sua concentração exata no equilíbrio |HA|e, o seu pH e


a |H3O+|e.

(B) É necessário medir experimentalmente a |HA|i e |HA|e, assim como


conhecer |H3O+|e.

(C) Basta conhecer a |HA|i e o seu pH.

(D) Basta conhecer a |HA|e e o seu pH.

321
8. Considere as informações presentes nas alíneas (A), (B), (C), e (D) e os sistemas de
eixos (I), (II), (III) e (IV).

(A) Variável independente: |HA|i ; variável dependente: 10-pH.

(B) Variável independente: |HA|i ; variável dependente: (10-pH)2.

(C) Variável independente: 10-pH ; variável dependente: |HA|i.

(D) Variável independente: (10-pH)2 ; variável dependente: |HA|i.

a) Faça as associações corretas entre as alíneas (A), (B), (C) e (D) e os sistemas de eixos
(I), (II), (III) e (IV) que as descrevem.

b) Justifique qual das associações deve ser escolhida para, com base nela e por meio
de um ajuste gráfico linear, determinar o Ka de um ácido fraco

Questões e interação com a simulação computacional:

Atenda às informações de natureza operacional que se seguem, e que


pretendem orientar a sua interação com a simulação computacional.
Intercaladamente, encontrará questões às quais deve procurar

322
responder.

9. Na simulação, no menu “Solução”:

a) escolha a opção ácido fraco e a concentração inicial 0,010 mol/L;

b) no menu “Ver” selecione “Gráfico” ;

c) deslize o botão que controla a força relativa dos ácidos.

Questão 9.1: Indique, justificando brevemente, até qual ponto (A, B, ou C) é possível
fazer a aproximação: |HA|e ≈ |HA|i.

10. Ajuste, aproximadamente, a força relativa do ácido na posição indicada pela letra B
na figura anterior.

Questão 10.1: Preveja de que maneira a |HA|e se compara com |HA|i a medida que a
concentração inicial do ácido aumenta.

Na simulação, aumente a concentração inicial do ácido de forma intercalada, conforme


a figura abaixo, e verifique como |HA|e se relaciona com |HA|i.

Questão 10.2: A sua previsão feita na questão 2.1 estava correta? De acordo com a
simulação, como |HA|e se compara com |HA|i?

11. Carregue no botão para reiniciar a simulação.

323
12. Mantenha a concentração inicial em 0,010 mol/L e escolha
uma força relativa para o ácido que se adeque à condição
|HA|e ≈ |HA|i. Faça um desenho na figura abaixo que
represente, aproximadamente, a força relativa escolhida.

13. Mergulhe o medidor digital de pH na solução e meça o seu pH. Registe na tabela os
valores da concentração inicial do ácido e do pH.

|HA|e / mol L-1 pH

14. Sem alterar a força relativa do ácido, meça o pH para as seguintes concentrações
(em mol/L): 0,050 ; 0,100 ; 0,500 e 1,000. Registe os valores na tabela anterior.

Questão 14.1: Utilize uma calculadora gráfica ou um programa que permita construir o
gráfico referente aos dados obtidos na alínea anterior (por exemplo Excel) para
determinar o Ka do ácido. Apresente a equação da reta encontrada.

15. Carregue no botão para reiniciar a simulação.

16. Altere a força relativa do ácido como mostra a figura.

17. Repita os procedimentos anteriores que achar necessário para obter as


informações necessárias para construir o gráfico que permite determinar o Ka deste
ácido. Registe os dados necessários numa tabela apropriada.

324
Questão 17.1: A partir do gráfico encontrado, o que se pode concluir com relação ao
ajuste linear?

Parte 2 - Ácido fraco cuja aproximação |HA|e ≈ |HA|i não é válida.

Introdução teórica:

No início da atividade anterior (alíneas 9 até 14), considerou-se que o ácido era fraco o
suficiente para que a sua concentração no equilíbrio fosse aproximadamente igual à
sua concentração inicial. Porém, na alínea 16., quando a força relativa do ácido foi
aumentada, os resultados que se seguiram não foram satisfatórios, pois a aproximação
|HA|e ≈ |HA|i não era mais válida.

Observe a imagem reproduzida a partir da simulação nas condições da alínea 16. e


verifique que a concentração do ácido no equilíbrio difere significativamente da sua
concentração inicial.

325
2
(10−pH )
Neste caso, a equação K a = |HA|i
, não pode ser utilizada.

Felizmente, para resolver este problema a solução é relativamente simples. Basta


conhecer a concentração do ácido no equilíbrio. Porém, no laboratório não temos
como saber a concentração do ácido no equilíbrio diretamente e, por isso, acabamos
por inferir este valor a partir do pH medido da solução.

Uma vez que nenhum reagente está a ser adicionado, o volume da solução é constante
e, por isso, basta preparar uma tabela com as seguintes informações das
concentrações:

|HA| |A− | |H3 O+ |


No início
Variação
No equilíbrio
Nota: quando o volume não é constante, deve-se trabalhar com o número de moles ao invés das
concentrações.

Supondo que no início a concentração do ácido HA seja Ci, pode dizer-se que o ácido
ainda não se ionizou e, portanto, |H3 O+ |inicial = |A− |inicial = 0.

No equilíbrio, parte do ácido está ionizado e, por isso, a concentração de HA é dado


por Ci – x, onde x está relacionado com a quantidade de ácido ionizado.

Uma vez que todo o hidrónio na solução é proveniente do ácido ionizado, podemos
dizer que |H3 O+ | = x. Desta forma, conclui-se, também que |A− | = x.

A tabela acima pode ser agora preenchida:

|HA| |A− | |H3 O+ |


No início Ci 0 0
Variação –x +x +x
No equilíbrio Ci – x x x

326
2
|A− |e |H3 O+ | x.x x2 (10−pH )
e
Assim, pode-se escrever K a = |HA|e
= C −x = C −x = C −10−pH , pois como visto
i i i

anteriormente, x = |H3 O+ | = 10 −pH


.

Questões depois da interação com a simulação computacional.

2
(10−pH )
18. Utilize os dados obtidos na alínea 17. em conjunto com a expressão K a = C −10−pH ,
i
para determinar o Ka do ácido.

Questão 18.1: Apresente a equação da reta obtida e o valor para o Ka.

19. Compare o gráfico obtido na alínea 18. com o gráfico encontrado na alínea 17.
Questão 19.1: Indique qual deles pode ser ajustado por uma reta, justificando o
motivo do ajuste linear não servir para os dois.

Exploração adicional

Responda às questões abaixo. Se necessário, manipule a simulação


computacional para obter as respostas.

20. Svante Arrhenius concluiu em sua pesquisa


que as soluções aquosas ácidas e básicas são
boas condutoras de eletricidade. Indique quais
os fatores que afetam a intensidade do brilho
de uma lâmpada colocada numa solução aquosa
ácida ou básica. Caso tenha utilizado a
simulação para obter a resposta, indique o
procedimento utilizado.

327
21. Associe cada uma das equações químicas (I, II, III e IV) abaixo com uma imagem (A,
B, C e D).

(I) B + H2 O ⇌ BH + + OH −

(II) HA + H2 O → A− + H3 O+

(III) HA + H2 O ⇌ A− + H3 O+

H2 O
(IV) M(OH) → M + + OH −

22. Quais os fatores que influenciam o pH de um ácido forte em solução aquosa?

(A) Apenas a sua concentração inicial.

(B) Apenas a sua força relativa.

(C) A sua concentração inicial e a sua força relativa.

(D) A sua concentração inicial e a concentração do solvente.

23. É possível um ácido fraco ter um pH menor do que um ácido forte? Justifique. Caso
tenha utilizado a simulação para obter a resposta, indique o procedimento utilizado.

24. É possível uma base fraca ter um pH maior do que uma base forte? Justifique. Caso
tenha utilizado a simulação para obter a resposta, indique o procedimento utilizado.

328
25. Relacione as duas colunas abaixo de maneira a indicar corretamente o(s) fator(es)
que influencia(m) o pH dos ácidos e das bases.

(A) Fator(es) que influencia(m) o pH (I) Apenas a sua concentração inicial.


de um ácido forte.
(B) Fator(es) que influencia(m) o pH (II) Apenas a sua força relativa.
de um ácido fraco.
(C) Fator(es) que influencia(m) o pH (III) A sua concentração inicial e a sua
de uma base forte. força relativa.
(D) Fator(es) que influencia(m) o pH
de uma base forte.

26. No ambiente simulacional, a água atua como solvente. De que maneira a sua
concentração se altera à medida que:

a) A reação ocorre.

b) A força do ácido ou da base aumenta.

c) A concentração inicial do ácido ou da base aumenta

329
330
331
332
333
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336
337
338
339
340
341
342
343
344
345
~

346
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 17/04/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 171, 172 e 173 Duração: 135 minutos

Domínio: Reações em sistemas aquosos

Subdomínio: Reações ácido-base

Atividade Laboratorial 2.1. Constante de acidez

Objetivo Geral:

Determinar uma constante de acidez de um ácido fraco monoprótico por medição


do pH de uma solução aquosa de concentração conhecida desse ácido.

Metas curriculares:

1. Medir os valores de pH das soluções, para uma mesma temperatura.


2. Determinar o valor da constante de acidez a partir do pH e da concentração
inicial de cada uma das soluções.
3. Comparar os valores obtidos da constante de acidez com valores tabelados e
avaliar os resultados.
1.15 Determinar o pH de soluções de ácidos (ou bases) fortes a partir da respetiva
concentração e vice-versa.
1.16 Determinar concentrações de equilíbrio das espécies químicas envolvidas na
ionização de ácidos monopróticos fracos (ou de bases) a partir do pH, constante
de acidez (ou basicidade) e estequiometria da reação.
347
Conteúdos:

Ácidos e bases em solução aquosa.


Constante de acidez.

Sumário:

AL 2.1: Constante de acidez.

Método:

Expositivo
Interrogativo
Ativo

Recursos e materiais:

Apresentação em Powerpoint
Manual escolar (protocolo páginas 103 e 104, adaptado)
Ácido acético (diferentes concentrações)
Água destilada
Gobelés
Medidor de pH
Termómetro
Animação: AL 2.1: Constante de acidez

Avaliação:

348
Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do
comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas

1. Início da aula (45 minutos)

1.1. Perguntar se há alguma dúvida pendente. Em seguida, apresentar um


exercício sobre a ionização do ácido acético como forma de rever os conteúdos da
última aula.

1.2. Debater com os alunos as questões pré-laboratoriais da página 103 do


manual escolar e verificar se eles possuem dúvidas ou sugestão com relação a
atividade. Acrescentar algumas perguntas, como por exemplo:

- Se fosse para determinar a constante de basicidade de uma base fraca, o


procedimento experimental seria análogo?

- Por que não há uma atividade experimental no nosso programa para


determinar a constante de acidez de um ácido forte?

- De que maneira a temperatura pode influenciar nos resultados?

1.3. Apresentar a animação “AL 2.1: Constante de acidez”.

1.4. Avisar que o protocolo a ser seguido será ligeiramente alterado: ao invés de
cada grupo realizar medições para três concentrações diferentes, cada grupo
medirá para apenas uma concentração e os resultados serão trocados.

1.5. Avisar que o medidor de pH precisa ser calibrado e ensiná-los como calibrá-lo.
Além disso, avisar sobre a importância de limpar e secar a ponta do medidor de
pH após o uso.

1.6. Pedir que os alunos calculem, a partir da constante de acidez do ácido acético
tabelada (Ka = 1,8 x 10-5), qual deveria a ser o valor teórico do pH a ser medido
nas situações em que se aproxima a concentração do ácido acético no equilíbrio
por sua concentração inicial e quando esta aproximação não é feita.

349
2. Corpo da aula (45 minutos)

2.1. Realizar a AL de acordo com o protocolo discutido com os alunos atentando


às seguintes modificação:

2.1.1. Cada grupo trabalhará com uma concentração diferente de


ácido acético.

2.1.2. Ao final, os grupos trocarão informações sobre os resultados


encontrados.

2.1.3. Calcular o valor teórico do pH e comparar o resultado com o


medido experimentalmente.

2.2. Pedir que os alunos arrumem o material utilizado deixando as bancadas da


maneira que eles encontraram.

3. Conclusão da aula (45 minutos)

3.1. Pedir que os alunos respondam às questões pós-laboratoriais.

3.2. Discutir, em grande grupo, as questões pós-laboratoriais.

3.3. Consoante ao tempo, pedir que eles façam algum exercício do manual escolar
que eles ainda não tenham feito.

4. Observações:

350
351
352
353
354
355
356
357
358
PLANO DE AULA

Escola Secundária de Valongo

Disciplina: Física e Química A Ano letivo: 11º Turma: CT1 Data 18/05/2018

Professor: Marcelo Dumas Hahn Aula(s) nº: 197 e 198 Duração: 90 minutos

Domínio: Reações em sistemas aquosos

Subdomínio: Soluções e equilíbrio de solubilidade

Metas curriculares:

3.4 Definir solubilidade em termos de concentração de solução saturada e de


massa de soluto dissolvido em 100 g de solvente.
3.5 Classificar as soluções de um dado soluto em não saturadas, saturadas e
sobressaturadas, com base na respetiva solubilidade, a uma determinada
temperatura.
3.6 Interpretar gráficos de solubilidade em função da temperatura.
3.7 Identificar o equilíbrio químico que se estabelece entre um sal e uma sua
solução saturada como um equilíbrio químico heterogéneo, designando-o por
equilíbrio de solubilidade.
3.8 Escrever equações químicas que traduzem equilíbrios de solubilidade e
escrever as correspondentes expressões da constante de produto de solubilidade.

Conteúdos:

Solubilidade de sais em água.


Solubilidade.
359
Efeito da temperatura na solubilidade.
Solução não saturada, saturada e sobressaturada.
Equilíbrio químico e solubilidade de sais.
Constante do produto de solubilidade.

Sumário:

Solubilidade de sais em água e equilíbrio químico de sais.

Método:

Expositivo.
Interrogativo.

Recursos e materiais:

Apresentação em Powerpoint.
Video: Solução sobressaturada de acetato de sódio:
https://www.youtube.com/watch?v=XSGvy2FPfCw

Avaliação:

Avaliação formativa, com o auxílio de uma grelha, por meio de observação do


comportamento dos alunos com relação à aula, participação e realização das
tarefas propostas.

1. Início da aula (5 minutos)

1.1. Perguntar o que foi trabalhado na última aula e se há alguma dúvida em


algum exercício ou conceito visto anteriormente.

360
1.2. Lembrá-los que eles devem preparar a atividade laboratorial AL 2.4 para a
próxima aula.

1.3. Revisar o conceito de solubilidade visto na última aula.

2. Corpo da aula (80 minutos)

2.1. Discutir com os alunos que conhecendo as unidades estruturais dos sais,
aniões e catiões, pode prever-se a sua solubilidade em água. Apresentar uma
tabela (figura 1) contendo alguns sais muito solúveis em água.

2.2. Em seguida, apresentar uma tabela (figura 2) contendo alguns sais pouco
solúveis em água.

2.3. Questioná-los de que maneira a temperatura deve influenciar a solubilidade


de um soluto sólido. Chegar a conclusão de que a solubilidade de um soluto sólido
em água depende do soluto e também da temperatura.

2.4. Utilizar um gráfico (figura 3) para analisar a dependência da solubilidade de


diversos solutos com a temperatura.

2.5. Concluir, então que a solubilidade pode aumentar ou diminuir com o


aumento da temperatura, apresentando alguns exemplos e elucidar, brevemente,
um possível motivo para o comportamento anómalo do Sulfato de sódio.

2.6. Introduzir os conceitos de solução insaturada e solução saturada,


comparando a concentração do soluto com a sua solubilidade.

2.7. Perguntar aos alunos o que eles imaginam que seja uma solução
sobressaturada e, caso tenham errado, apresentar a definição correta. Enfatizar
que uma solução sobressaturada é uma solução instável, em que facilmente o
excesso de soluto precipita, até a solução ficar apenas saturada.

2.8. Projetar uma questão-exemplo para os alunos responderem oralmente.

2.9. Pedir que os alunos resolvam um exercício que será projetado.

2.10. Apresentar o gráfico de uma curva de solubilidade e indicar as regiões que


representam as soluções insaturadas, saturadas e sobressaturadas.
361
2.11. Apresentar uma questão para que os alunos respondam oralmente.

2.12. Introduzir o tema “constante do produto de solubilidade” utilizando o


cloreto de prata em solução aquosa como exemplo. Definir, então, que equilíbrio
heterogéneo ou equilíbrio de solubilidade é o equilíbrio químico que se
estabelece numa solução saturada, entre o sal por dissolver e os iões desse sal em
solução.

2.13. Perguntar aos alunos como eles acham que podemos definir o produto de
solubilidade. Relembrá-los, se necessário, da constante de equilíbrio, constante
de acidez, etc.

2.14. Indicar que a constante de equilíbrio é o produto dos valores numéricos das
concentrações dos iões do sal existentes na solução saturada (expressos em mol
dm-3), estando cada valor de concentração elevado ao coeficiente
estequiométrico respetivo.

2.15. Apresentar, então, a expressão matemática para a constante do produto de


solubilidade.

2.16. Pedir que os alunos façam outros dois exemplos e, então, generalizar a
expressão da constante do produto de solubilidade para um sal qualquer da
forma CcAa.

2.17. Apresentar uma tabela (figura 4) contendo os valores da constante do


produto de solubilidade para alguns sais para explicar que a possibilidade de
formação de precipitados pode ser interpretada com base nas concentrações dos
iões presentes numa solução e nos valores dos produtos de solubilidade.

2.18. Utilizar, também, o quociente da reação de solubilidade, Qc, para avaliar se


há saturação, ou não, de um determinado sal em solução.

2.19. Apresentar um gráfico (figura 5) para mostrar a evolução de um sistema


heterogéneo para diferentes Valores de Qc.

2.20. Consoante ao tempo, apresentar um vídeo de uma solução sobressaturada


de acetato de sódio.

2.21. pedir que os alunos resolvam os exercícios 15, 16 a) e b) somente, 17, 18 e


19 do manual escolar páginas 172 e 173.
362
2.22. Consoante ao tempo, começar a corrigí-los.

3. Conclusão da aula (5 minutos)

3.1. Pedir que os alunos terminem em casa os exercícios que ainda não
terminaram..

4. Observações:

363
Anexo 1 – Figuras

Figura 1

Figura 2

Figura 3

364
Figura 4

Figura 5

365
366
367
368
369
370
371
372
373
374
375
376
377
378
379
380
381
382
383
384
2.5.1. Atividade de Simulação Computacional

11º ano (2017/18) - Física e Química A

Objetivos:

Pretende-se com esta simulação computacional:

Promover a integração de uma visão macroscópica (atividade laboratorial) e


microscópica (acessível através da simulação computacional) para promover um
melhor entendimento de como os ácidos e bases se comportam em soluções aquosas.

Determinar o Ka de um ácido fraco (HA) em solução aquosa quando:

i) A força relativa do ácido é suficientemente baixa para que seja possível


considerar que |HA|e ≈ |HA|inicial, porém, a sua concentração inicial não é
demasiadamente pequena e, por isso, considera-se que todo o H3O+ em
solução é proveniente do ácido.

ii) A força relativa do ácido já é consideravelmente elevada, de forma que


não é possível considerar que |HA|e ≈ |HA|inicial. Além disso, a sua
concentração inicial não é demasiadamente pequena e, por isso,
considera-se que todo o H3O+ em solução é proveniente do ácido.

385
Instruções gerais:

Para aceder à simulação “Soluções Ácido-Base”:

visite o endereço:

https://phet.colorado.edu/sims/html/acid-base-solutions/latest/acid-base-
solutions_pt_BR.html

e escolha a opção “Minha solução”.

No ecrã inicial é possível ver:

Uma solução aquosa de um ácido fraco: A equação química que traduz a reação
ocorrida entre o ácido e a água é:

Um medidor digital de pH que


pode ser inserido na solução:

Na parte da direita existem 3 menus: “Solução”, “Ver”, “Recursos” e um botão para


reiniciar a simulação com os parâmetros iniciais.

386
No menu “Solução” é possível selecionar se na solução existirá um ácido ou uma base,
a concentração inicial (em mol/L) assim como se será um ácido (ou base) forte ou
fraco. No caso de se optar por um ácido (ou base) fraco, ainda é possível controlar a
sua força relativa.

No menu “Ver” a opção “Moléculas” aparece automaticamente


selecionada. Embora seja possível escolher outras opções, recomenda-se que esta seja
a opção selecionada ao longo da simulação, porque recorrendo a uma representação
microscópica da solução ela dará a ideia das proporções entre a quantidade de ácido
presente na solução e a quantidade de ácido ionizado de acordo com sua
concentração inicial e força relativa.

A opção “Solvente” permite visualizar as moléculas de água na solução,


mas poderá permanecer desseleccionada.

A opção “Gráfico” permite visualizar as concentrações das espécies


químicas no equilíbrio. Esta opção é muito importante pois permite visualizar
informações que não são imediatamente acessíveis durante uma atividade
laboratorial. Em vários momentos da simulação computacional será sugerido que
selecione esta opção.

A opção “Ocultar” esconde a reação química entre o ácido (HA) e a água


(H2O) que está a ocorrer na solução aquosa.

No menu “Recursos” é possível escolher entre:

Uma fita universal Lâmpada, pilha, e


Um medidor digital de pH
indicadora de pH elétrodos, para testar a
387
condutividade da solução

Para que os objetivos desta atividade sejam alcançados, deve-se utilizar o medidor
digital de pH, uma vez que ele é o instrumento de medida com maior exatidão para a
leitura do pH da solução.

À direita de tudo, aparece o botão que permite reiniciar a simulação a partir das
condições iniciais, pré-definidas, para o sistema simulacional.

Parte 1 – Ácido com baixa força relativa: a aproximação


|HA|equilíbrio ≈ |HA|inicial é válida.

Introdução teórica:

Um ácido fraco (HA) pode ser definido como um ácido que, em solução aquosa, tem
uma ionização parcial e pouco extensa, cuja equação química é representada por:

HA(aq) + H2 O(l) ⇌ A− (aq) + H3 O+ (aq)


|A− |e |H3 O+ |
e
A constante de acidez de um ácido fraco é dada por: K a = |HA|e
.

Se a concentração inicial do ácido não for muito baixa (maior ou igual a 0,01 mol / L),
pode-se admitir ainda que todo o hidrónio (H3O+) presente na solução é proveniente
do ácido, caso contrário, deve-se levar em consideração os efeitos da autoionização da
água que fornece o ião hidrónio à solução.

2H2 O(l) ⇌ OH − (aq) + H3 O+ (aq)

388
Assim, pode-se concluir que mesmo para um ácido fraco, se a sua concentração inicial
não for demasiadamente pequena, todo o hidrónio presente na solução é proveniente
deste ácido e, por isso, conclui-se que |H3 O+ |e = |A− |e .

Uma vez que pH = −log(|H3 O+ |) e |H3 O+ | = 10−pH , obtém-se:


2 2
|H3 O+ |e (10−pH )
Ka = |HA|e
= |HA|e
.

Há dois casos possíveis agora:

1. No primeiro, considera-se que o ácido é fraco o suficiente para que a sua


concentração no equilíbrio seja aproximadamente igual à sua concentração inicial.
2 2
(10−pH ) (10−pH )
Desta forma, K a = |HA|e
= |HA| .
inicial

Ou seja, conhecendo-se a concentração inicial do ácido e medindo o seu pH é possível


determinar a sua constante de acidez.

2. No segundo, não se pode considerar que a sua concentração no equilíbrio seja


aproximadamente igual à sua concentração inicial. Este caso será trabalhado
posteriormente.

Questões antes da interação com a simulação computacional:

Comece por responder as seguintes perguntas:

1. Explique o que diferencia um ácido de uma base, de acordo com a teoria de


Brønsted-Lorwry.

2. Indique qual é a diferença entre um ácido forte e um ácido fraco.

389
3. Observe as imagens A e B, ambas representando ácidos fracos diferentes, porém
com a mesma concentração inicial.

a) Identifique as moléculas que se encontram representadas nas duas soluções.

b) Explicite o significado da lupa e da fundo azul no interior do recipiente.

c) Indique, justificando, qual das imagens representa um ácido mais fraco.

4. Selecione a opção correta:

(A) A água é um reagente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e |H2 O|e

(B) A água é um solvente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e |H2 O|e

(C) A água é um solvente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =


|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e

390
(D) A água é um reagente e o Ka do ácido pode ser calculado por: K a =
|A− |e |H3 O+ |
e
|HA|e

5. De que maneira o Ka de um ácido se relaciona com a sua força relativa?

(A) Quanto mais forte for o ácido, menor será o valor do seu Ka.

(B) Quanto mais forte for o ácido, maior será o valor do seu Ka.

(C) Só é possível relacionar a força relativa de um ácido com o valor do seu Ka


caso o Kb da sua base conjugada seja conhecida.

(D) Não é possível relacionar a força relativa de um ácido com o valor do seu Ka.

6. Considerando que todo o H3O+ é proveniente do ácido HA e supondo que a


concentração no equilíbrio do ácido (|HA|e) é igual a concentração inicial do ácido
(|HA|i), mostre que a constante de acidez Ka do ácido pode ser escrita como:
2
(10−pH )
Ka = |HA|i
.

7. O que é preciso conhecer de um ácido monoprótico fraco para determinar o seu Ka?

(A) É preciso conhecer a sua concentração exata no equilíbrio |HA|e, o seu pH e


a |H3O+|e.

(B) É necessário medir experimentalmente a |HA|i e |HA|e, assim como


conhecer |H3O+|e.

(C) Basta conhecer a |HA|i e o seu pH.

(D) Basta conhecer a |HA|e e o seu pH.

391
8. Considere as informações presentes nas alíneas (A), (B), (C), e (D) e os sistemas de
eixos (I), (II), (III) e (IV).

(A) Variável independente: |HA|i ; variável dependente: 10-pH.

(B) Variável independente: |HA|i ; variável dependente: (10-pH)2.

(C) Variável independente: 10-pH ; variável dependente: |HA|i.

(D) Variável independente: (10-pH)2 ; variável dependente: |HA|i.

a) Faça as associações corretas entre as alíneas (A), (B), (C) e (D) e os sistemas de eixos
(I), (II), (III) e (IV) que as descrevem.

b) Justifique qual das associações deve ser escolhida para, com base nela e por meio
de um ajuste gráfico linear, determinar o Ka de um ácido fraco

Questões e interação com a simulação computacional:

Atenda às informações de natureza operacional que se seguem, e que


pretendem orientar a sua interação com a simulação computacional.
Intercaladamente, encontrará questões às quais deve procurar

392
responder.

9. Na simulação, no menu “Solução”:

a) escolha a opção ácido fraco e a concentração inicial 0,010 mol/L;

b) no menu “Ver” selecione “Gráfico” ;

c) deslize o botão que controla a força relativa dos ácidos.

Questão 9.1: Indique, justificando brevemente, até qual ponto (A, B, ou C) é possível
fazer a aproximação: |HA|e ≈ |HA|i.

10. Ajuste, aproximadamente, a força relativa do ácido na posição indicada pela letra B
na figura anterior.

Questão 10.1: Preveja de que maneira a |HA|e se compara com |HA|i a medida que a
concentração inicial do ácido aumenta.

Na simulação, aumente a concentração inicial do ácido de forma intercalada, conforme


a figura abaixo, e verifique como |HA|e se relaciona com |HA|i.

Questão 10.2: A sua previsão feita na questão 2.1 estava correta? De acordo com a
simulação, como |HA|e se compara com |HA|i?

393
11. Carregue no botão para reiniciar a simulação.

12. Mantenha a concentração inicial em 0,010 mol/L e escolha


uma força relativa para o ácido que se adeque à condição
|HA|e ≈ |HA|i. Faça um desenho na figura abaixo que
represente, aproximadamente, a força relativa escolhida.

13. Mergulhe o medidor digital de pH na solução e meça o seu pH. Registe na tabela os
valores da concentração inicial do ácido e do pH.

|HA|e / mol L-1 pH

14. Sem alterar a força relativa do ácido, meça o pH para as seguintes concentrações
(em mol/L): 0,050 ; 0,100 ; 0,500 e 1,000. Registe os valores na tabela anterior.

Questão 14.1: Utilize uma calculadora gráfica ou um programa que permita construir o
gráfico referente aos dados obtidos na alínea anterior (por exemplo Excel) para
determinar o Ka do ácido. Apresente a equação da reta encontrada.

15. Carregue no botão para reiniciar a simulação.

16. Altere a força relativa do ácido como mostra a figura.

394
17. Repita os procedimentos anteriores que achar necessário para obter as
informações necessárias para construir o gráfico que permite determinar o Ka deste
ácido. Registe os dados necessários numa tabela apropriada.

Questão 17.1: A partir do gráfico encontrado, o que se pode concluir com relação ao
ajuste linear?

Parte 2 - Ácido fraco cuja aproximação |HA|e ≈ |HA|i não é válida.

Introdução teórica:

No início da atividade anterior (alíneas 9 até 14), considerou-se que o ácido era fraco o
suficiente para que a sua concentração no equilíbrio fosse aproximadamente igual à
sua concentração inicial. Porém, na alínea 16., quando a força relativa do ácido foi
aumentada, os resultados que se seguiram não foram satisfatórios, pois a aproximação
|HA|e ≈ |HA|i não era mais válida.

Observe a imagem reproduzida a partir da simulação nas condições da alínea 16. e


verifique que a concentração do ácido no equilíbrio difere significativamente da sua
concentração inicial.

395
2
(10−pH )
Neste caso, a equação K a = |HA|i
, não pode ser utilizada.

Felizmente, para resolver este problema a solução é relativamente simples. Basta


conhecer a concentração do ácido no equilíbrio. Porém, no laboratório não temos
como saber a concentração do ácido no equilíbrio diretamente e, por isso, acabamos
por inferir este valor a partir do pH medido da solução.

Uma vez que nenhum reagente está a ser adicionado, o volume da solução é constante
e, por isso, basta preparar uma tabela com as seguintes informações das
concentrações:

|HA| |A− | |H3 O+ |


No início
Variação
No equilíbrio
Nota: quando o volume não é constante, deve-se trabalhar com o número de moles ao invés das
concentrações.

Supondo que no início a concentração do ácido HA seja Ci, pode dizer-se que o ácido
ainda não se ionizou e, portanto, |H3 O+ |inicial = |A− |inicial = 0.

396
No equilíbrio, parte do ácido está ionizado e, por isso, a concentração de HA é dado
por Ci – x, onde x está relacionado com a quantidade de ácido ionizado.

Uma vez que todo o hidrónio na solução é proveniente do ácido ionizado, podemos
dizer que |H3 O+ | = x. Desta forma, conclui-se, também que |A− | = x.

A tabela acima pode ser agora preenchida:

|HA| |A− | |H3 O+ |


No início Ci 0 0
Variação –x +x +x
No equilíbrio Ci – x x x

2
|A− |e |H3 O+ | x.x x2 (10−pH )
e
Assim, pode-se escrever K a = |HA|e
= C −x = C −x = C −10−pH , pois como visto
i i i

anteriormente, x = |H3 O+ | = 10−pH .

Questões depois da interação com a simulação computacional.

2
(10−pH )
18. Utilize os dados obtidos na alínea 17. em conjunto com a expressão K a = C −10−pH ,
i
para determinar o Ka do ácido.

Questão 18.1: Apresente a equação da reta obtida e o valor para o Ka.

19. Compare o gráfico obtido na alínea 18. com o gráfico encontrado na alínea 17.
Questão 19.1: Indique qual deles pode ser ajustado por uma reta, justificando o
motivo do ajuste linear não servir para os dois.

397
Exploração adicional

Responda às questões abaixo. Se necessário, manipule a simulação


computacional para obter as respostas.

20. Svante Arrhenius concluiu em sua pesquisa


que as soluções aquosas ácidas e básicas são
boas condutoras de eletricidade. Indique quais
os fatores que afetam a intensidade do brilho
de uma lâmpada colocada numa solução aquosa
ácida ou básica. Caso tenha utilizado a
simulação para obter a resposta, indique o
procedimento utilizado.

21. Associe cada uma das equações químicas (I, II, III e IV) abaixo com uma imagem (A,
B, C e D).

(I) B + H2 O ⇌ BH + + OH −

(II) HA + H2 O → A− + H3 O+

(III) HA + H2 O ⇌ A− + H3 O+

H2 O
(IV) M(OH) → M + + OH −

22. Quais os fatores que influenciam o pH de um ácido forte em solução aquosa?

(A) Apenas a sua concentração inicial.

398
(B) Apenas a sua força relativa.

(C) A sua concentração inicial e a sua força relativa.

(D) A sua concentração inicial e a concentração do solvente.

23. É possível um ácido fraco ter um pH menor do que um ácido forte? Justifique. Caso
tenha utilizado a simulação para obter a resposta, indique o procedimento utilizado.

24. É possível uma base fraca ter um pH maior do que uma base forte? Justifique. Caso
tenha utilizado a simulação para obter a resposta, indique o procedimento utilizado.

25. Relacione as duas colunas abaixo de maneira a indicar corretamente o(s) fator(es)
que influencia(m) o pH dos ácidos e das bases.

(A) Fator(es) que influencia(m) o pH (I) Apenas a sua concentração inicial.


de um ácido forte.
(B) Fator(es) que influencia(m) o pH (II) Apenas a sua força relativa.
de um ácido fraco.
(C) Fator(es) que influencia(m) o pH (III) A sua concentração inicial e a sua
de uma base forte. força relativa.
(D) Fator(es) que influencia(m) o pH
de uma base forte.

26. No ambiente simulacional, a água atua como solvente. De que maneira a sua
concentração se altera à medida que:

a) A reação ocorre.

b) A força do ácido ou da base aumenta.

c) A concentração inicial do ácido ou da base aumenta

399
2.5.3. Questões selecionadas para o teste

Grupo I

1. A água pura apresenta uma baixa condutividade elétrica o que significa que nela
existem alguns iões. Esses iões são provenientes da autoionização da água, que
pode ser descrita pela seguinte equação química:

2 H2O (l) ⇌ H3O+ (aq) + OH– (aq)

Na tabela seguinte apresentam-se os valores do pH de água pura para diversas


temperaturas.

T/ ºC pH
0 7,48
10 7,27
25 7,00
50 6,63
60 6,51
100 6,13

1.1. Com base na tabela, conclua se a reação de autoionização da água é


endotérmica ou exotérmica.

Apresente num texto a fundamentação da conclusão solicitada, abordando


os aspetos seguintes:

 identificação da relação entre o pH e o produto iónico da água;


 explicação, com base no princípio de Le Châtelier, de que maneira
a variação de temperatura afeta o equilíbrio;
 conclusão se a reação de autoionização da água é endotérmica ou
exotérmica.

400
1.2. Determine o produto iónico da água a 60 ºC. Apresente todas as etapas de
resolução.

1.3. À temperatura de 10 ºC, o valor de pH + pOH da água é igual a:

(A) 1,00 x 10-14 (B) 14,00 (C) 7,27 x 10-14 (D) 14,54

1.4. Comente brevemente a seguinte afirmação, indicando se ela é verdadeira


ou falsa:

“É possível observar que a água pura adquire um caráter básico a


temperaturas inferiores à 25 °C e um caráter ácido a temperaturas
superiores à 25 °C.”

2. A piridina consiste num composto heterocíclico sendo utilizada na síntese de


produtos farmacêuticos e pesticidas. A 25 ºC, o pH de uma solução aquosa de
piridina,
C5H5N (aq), de concentração 0,10 mol dm-3 é cerca de 9,0. A equação química
que traduz o equilíbrio ácido-base que se estabelece é a seguinte:

C5H5N (aq) + H2O (l) ⇌ C5H5NH+ (aq) + OH– (aq)

2.1. Selecione a opção que contém, para este equilíbrio, aos pares conjugados
ácido-base.

(A) C5H5N / OH– e H2O / C5H5NH+

(B) C5H5N / C5H5NH+ e H2O / OH–

(C) C5H5NH+ / C5H5N e H2O / OH–

(D) C5H5NH+ / C5H5N e H2O / H3O+

401
2.2. Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.

No equilíbrio referido, a concentração de iões OH– é…

(A) 1,0 × 10-9 mol dm-3.

(B) 1,0 × 10-5 mol dm-3.

(C) 1,0 × 10-8 mol dm-3.

(D) 1,0 × 10-6 mol dm-3.

2.3. Determine a constante de basicidade, Kb, da piridina. Apresente todas as


etapas de resolução.

3. O amoníaco, NH3, é uma matéria-prima muito utilizada na indústria química,


nomeadamente, no fabrico de ácido nítrico, HNO3. O amoníaco é uma substância
que se dissolve em água dando origem a uma solução básica. A constante de
basicidade de NH3 (aq) é 1,8 x 10-5, a 25 ºC.

A reação de ionização do NH3, com a água, pode ser representada por:

NH3 (aq) + H2O (l) ⇌ NH4+ (aq) + OH– (aq)

3.1. Qual das seguintes expressões numéricas permite calcular a constante de


acidez do ácido conjugado de NH3 (aq), a 25 ºC?

1,0×10−14 1,0×10−7 1,0 1,8×10−5


(A) (B) (C) (D)
1,8×10−5 1,8×10−5 1,8×10−5 1,0×10−14

402
3.2. A espécie C5H5N (aq) é uma base mais fraca do que a espécie NH3 (aq), que
por sua vez é uma base mais fraca do que a espécie OH– (aq). Com base
nesta informação, indique quais são os respetivos ácidos conjugados e
ordene-os por ordem crescente de força relativa.

Critérios de Correção

Grupo I

1.1. ……………………………………………………………………………………………………………… 16 pontos

A resposta deve apresentar os seguintes tópicos

A) Verifica-se [,a partir da tabela,] que o pH diminui à medida que a temperatura


aumenta, o que significa que [H3O+] aumenta com a temperatura. Assim, Kw aumenta
à medida que a temperatura aumenta.

B) Assim, verifica-se que o aumento da temperatura favorece a reação no sentido


direto, caracterizando uma reação endotérmica de acordo com o Princípio de Le
Châtelier.

C) Conclui-se, então, que a reação de autoionização da água é endotérmica.

Níveis Descritores de desempenho Pontuação


A resposta integra os três tópicos de referência com
6 organização coerente dos conteúdos e linguagem científica 16
adequada.
A resposta integra os três tópicos de referência com falhas na
5 organização dos conteúdos ou na utilização da linguagem 14
científica.
A resposta integra apenas os tópicos de referência A e B com
4 organização coerente dos conteúdos e linguagem científica 11
adequada.
A resposta integra apenas os tópicos de referência A e B com
3 falhas na organização dos conteúdos ou na utilização da 8
linguagem científica.

403
A resposta integra apenas o tópico de referência A ou apenas
2 5
o tópico de referência B com linguagem científica adequada.
A resposta integra apenas o tópico de referência A ou apenas
1 o tópico de referência B com falhas na utilização da 3
linguagem científica.

1.2. ……………………………………………………………………………………………………………………… 12
pontos

A resolução deve apresentar as seguintes etapas:

A) (4 pontos) Cálculo da concentração hidrogeniónica a partir do pH ([H3O+] = 3,1 x


10-7 mol dm-3).

B) (4 pontos) Relação: [H3O+] = [OH-]

C) (4 pontos) Cálculo do produto iónico da água à 60 °C (Kw = [H3O+] x [OH-] =


9,55 x 10-14).

1.3. Versão 1 – (D); Versão 2 – (B) ………………………………………………………………… 8 pontos

1.4. ……………………………………………………………………………………………………………… 12 pontos

A resolução deve apresentar as seguintes etapas

A) (4 pontos) Indicação de que a afirmação é falsa

B) (4 pontos) Indicação de que a [H3O+] = [OH-] na água pura.

C) (4 pontos) Identificação da água pura como uma substância neutra.

2.1. Versão 1 – (C); Versão 2 – (B) …………………………………………………………………… 8 pontos

2.2. Versão 1 – (B); Versão 2 – (D) ………………………………………………………………… 8 pontos

404
2.3. ………………………………………………………………………………………………………………… 12 pontos

A resolução deve apresentar as seguintes etapas

A) (4 pontos) Identificação que [C5H5NH+] = [OH-]

B) (4 pontos) Utilização [C5H5NH+] = [OH-] = 1,0 × 10-5 mol dm-3 da questão anterior.
Caso o aluno tenha encontrado um outro valor para [OH-], levar em consideração os
cálculos utilizando o valor encontrado.

OU

B) (4 pontos) Determinação novamente da [OH-] a partir do valor do pH no


enunciado.

C) (4 pontos) cálculo de Kb = [C5H5NH+]e x [OH-]e / [C5H5N]e = 1,0 x 10-9

3.1. Versão 1 – (A); Versão 2 – (B) ………………………………………………………………… 8 pontos

3.2. ……………………………………………………………………………………………………………… 8 pontos

A resolução deve apresentar as seguintes etapas

A) (4 pontos) Identificação dos respetivos ácidos conjugados (C5H5NH+, NH4+ e H2O).

B) (4 pontos) Ordenamento por ordem crescente (H2O, NH4+, C5H5NH+)

405
3. Visita de estudos

406
4. Atividades extracurriculares

4.1. Aulas de apoio ao 9° ano

Aulas de apoio para os alunos do 9° C, com conteúdos diversos.

407
408
409
410
4.2. Aulas de apoio ao 11° ano

Aulas de apoio para os alunos do 11° CT1, com conteúdos diversos.

411
412
413
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5. Reflexão autocrítica

Ao final deste ano letivo, posso fazer uma análise do processo de ensino e
aprendizagem que passei na Escola Secundária de Valongo.

Para começar, considero que a experiência foi muito interessante e enriquecedora, tanto
no nível pessoal, quanto profissional, mesmo já tendo experiência profissional de
docência de física.

Considero que é possível dividir o estágio em duas etapas distintas. A primeira, entre o
início do ano letivo e meados de janeiro, em que, tanto no 9º ano quanto no 11º ano, a
disciplina ministrada era física. Até este momento ainda estava no conforto da minha
experiência realizando um estágio numa área em que e já trazia anos de experiência.
Ainda assim, vários aspetos foram novos para mim. Toda a parte laboratorial e
atividades práticas (incluindo a utilização do software Tracker) abriram os horizontes
para formas de ensino até então desconhecidas para mim. Nesse momento, faço um
primeiro agradecimento à orientadora de estágio, professora Maria Isabel Reis por me
estimular a criar atividades práticas para os alunos e ao orientador, professor Paulo
Simeão Carvalho, por me apoiar e estimular a criar atividades envolvendo o Tracker.

Em termos dos conteúdos teóricos de física, apesar de não ser nenhuma novidade para
mim, a forma como foi abordado foi novo. Então, posso dizer que, sem dúvida, essa
parte inicial me transformou num profissional mais qualificado e com mais experiência.

A segunda etapa do estágio, que começa após meados de Janeiro, refere-se ao momento
no qual me senti um “verdadeiro estagiário” pela primeira vez em vários anos. Fui
defrontado com a necessidade de ensinar conteúdos de química, sendo que esta
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disciplina sempre foi um grande desafio na minha vida de estudante. Para superar as
dificuldades que eu sempre tive, dediquei tempo e esforço para estudar continuamente o
conteúdo de química abordado no ensino básico e secundário, com ênfase, claro, na
parte referente ao 11º ano.

Todo este esforço se provou válido e satisfatório pois acho que consegui ministrar
minhas regências de maneira clara e cientificamente correta, demonstrando
conhecimento e segurança perante aquilo que deveria ser ensinado. Aliás, isto não
aconteceu somente nas regências. Dediquei quase todas as sextas-feiras de tarde (a
partir do início de novembro), entre 14:20 e 16:00 para estar com os alunos do 11º ano e
entre 16:00 e 17:00 para estar com os alunos do 9º ano para que eles pudessem tirar
dúvidas daquilo que desejassem.

O apoio ao 9º ano foi orientado por mim no sentido de abordar os conteúdos que eu
considerava mais apropriados a serem revistos. Não obstante, eles podiam perguntar
qualquer assunto relacionado a temas de física e de química. Já com os alunos do 11º
ano, eu estava disponível para esclarecer quaisquer dúvidas relativamente a qualquer
conteúdo da disciplina.

Apesar que estas aulas de apoio não fazem parte do currículo obrigatório do estagiário,
acho que elas devem ser estimuladas entre os mesmos, pois considero que é uma
excelente forma praticar e dar experiência aos novos profissionais em situações que
muitas vezes encontrarão em sala de aula quando um aluno possui dúvidas que não
estavam previstas na preparação inicial do professor. Além disso, é dando explicação de
questões aos alunos que aprendemos quais são suas as dúvidas mais frequentes, como
eles pensam sobre determinados temas e que formas de explicar são mais eficientes. É
claro que não existe uma regra geral para todos os casos, mas, certamente, ao longo dos
anos é possível perceber padrões recorrentes nas dúvidas e nas formas mais eficazes de
explicar certos conceitos.
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Acho que consegui desenvolver com empenho e dedicação as tarefas que me foram
propostas ao longo do estágio, indo, em alguns casos, além daquilo que era esperado de
mim, talvez pelo fato de eu ser uma pessoa extremamente crítica para comigo e com os
outros, tentando sempre alcançar o meu melhor possível. Considero também que os
objetivos do estágio foram alcançados com sucesso, deixando para trás esta etapa e me
preparando para novos desafios referentes à carreira de professor.

Tenho certeza que este meu desempenho não seria possível caso eu não tivesse três
excelentes (e muito pacientes) orientadores, professora Maria Isabel Reis, professora
Carla Susana Morais e professor Paulo Simeão Carvalhos, aos quais deixo claro minha
imensa gratidão.

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