Você está na página 1de 26

FENÔMENOS DE TRANSPORTE

São os fenômenos que tratam da movimentação de uma


grandeza física de um ponto para outro do espaço.

O assunto fenômenos de transporte inclui três tópicos:

• dinâmica dos fluidos


• transferência de calor
• transferência de massa
APLICAÇÕES DE Engenharia Civil e Engenharia Elétrica – Engenharia Química – Engenharia de Produção
FENÔMENOS DE Arquitetura – constitui a importância nos constituem a base das – otimização dos
TRANSPORTE NA base do estudo de cálculos de dissipação operações unitárias. processos produtivos e
ENGENHARIA hidráulica e hidrologia e de potência em de transporte de
aplicações no conforto máquinas produtoras fluidos. Também nos
térmico em edificações. ou transformadoras de estudos de ciclo de vida
energia elétrica. dos produtos
industrializados.

Engenharia Sanitária e Engenharia Mecânica –


Ambiental – aplicações aplicações nos
ligadas à poluição processos de
ambiental. tratamento térmico, no
cálculo de máquinas
hidráulicas, são bases
fundamentais nos
processos de
transferência de calor
das máquinas térmicas
e frigoríficas, além de
aplicações na
Engenharia Aeronáutica
no desenvolvimento
aerodinâmico.
• A dinâmica dos fluidos envolve o transporte de momentum

• A transferência de calor lida com o transporte de energia

• A transferência de massa diz respeito ao transporte de massa de várias espécies


químicas

Gradiente Fluxo
Velocidade Momentum
Temperatura Calor
Concentração ou potencial químico Massa

Momentum é uma medida de massa em movimento: quanta massa há e em quanto


movimento. É geralmente dado o símbolo M.

Por definição, M=m⋅v


• Fluido é uma substância que não possui forma própria ( assume o
formato do recipiente ) e que, se em repouso, não resiste a tensões de
cisalhamento e se move ( deforma-se continuamente ).

• Tensão de Cisalhamento é a razão entre a o módulo da componente


tangencial da força é a área da superfície sobre a qual a força está
sendo aplicada.
• Mecânica – É a ciência que estuda o equilíbrio e o movimento dos corpos
sólidos, líquidos e gasosos, bem como as causas que provocam este
movimento.

• Mecânica dos Fluidos – É a ciência que estuda o comportamento físico


dos fluídos, assim como as leis que regem esse comportamento, tanto
com o fluido em repouso como em movimento.

Quando temos um fluido como meio atuante em algum sistema, o


conhecimento e desenvolvimento dos princípios básicos da mecânica dos
fluidos se fazem necessário.
• A estática dos fluidos: estuda os fluidos em estado de
equilíbrio em ausência de esforços cortantes.

• A dinâmica dos fluidos: estuda os fluidos em movimento


sujeitos a tensões de cisalhamento.
Exemplos de aplicações das bases de mecânica dos fluidos na
engenharia:

✓ O estudo do comportamento de um furacão;


✓ Os esforços em barragens;
✓ Lubrificação;
✓ Os corpos flutuantes, cascos de barcos, navios e aerobarcos;
✓ As maquinas hidráulicas;
✓ Ventilação;
✓ O fluxo de água através de canais e condutos;
✓ As ondas de pressão produzidas na explosão de uma bomba;
✓ As características aerodinâmicas de um avião;
✓ Projetos de submarinos e automóveis.
1. Bombeamento de líquidos
2. Escoamentos gravitatório de líquidos Operações com
3. Compressão e ventilação
4. Decantação
Transferência de
5. Centrifugação Quantidade de
6. Mistura de líquidos e líquido-gás
7. Movimentação de fluidos através de sólidos Movimento
porosos
8. Transportes pneumáticos e hidráulicos
9. Decantação de sólidos
10. Filtração
11. Fluxo a granel (sólidos particulados)
12. Peneiração
13. Moagem, trituração, desfibração de sólidos
14. Compactação de sólidos
Introdução a
Mecânica de
Fluidos
O estudo dos fluidos na condições de repouso é conhecido pelo nome de Estática
dos fluidos ou Hidrostática

Um fluido está em repouso quando não há velocidade diferente de zero em


nenhum de seus pontos.

Encontramos várias aplicações na engenharia como: em obras de


armazenamento de água, cálculos de esforços em barragens, sistemas de
comando hidráulico, cálculo de reações em comportas, cálculo de pistões de
válvulas de controle, manometria de coluna de fluido, etc
Equação da estática dos fluido

O equacionamento matemático nos fluidos em repouso


é obtido pelo equilíbrio das forças agindo sobre um
elemento de volume infinitesimal.
fg = peso específico
Superfícies genéricas com distribuição dinâmica (fluido escoando)

A determinação da distribuição de pressão sobre uma superfície no escoamento


de um fluido pertence ao domínio da dinâmica de fluidos.

Casos reais, bastante complexos, exigem o uso de simuladores computacionais


avançados para cálculo das pressões. Alternativamente, pode-se utilizar aparatos
experimentais para medir as pressões e as forças resultantes.

Exemplos típicos são as forças sobre estruturas (pontes, prédios etc.) sujeitas a
ventos ou correntes marítimas e fluviais, as forças aerodinâmicas sobre
automóveis e aviões e as forças hidrodinâmicas sobre o casco de embarcações.

Um caso muito interessante é o estudo dos efeitos do fluxo de ar sobre a trajetória


das bolas usadas em vários esportes - futebol, tênis, beisebol, golfe etc.
Linhas de fluxo: Um fluxo que se encontra em estado estacionário em seu
sentido pode ser visto como um conjunto de linhas de fluxo, ou seja, as
trajetórias de partículas suspensas imaginárias no fluido e carregadas por ele.

O escoamento é dito estacionário ou em regime permanente se qualquer


partícula do fluido, ao passar por A, B e C, o faz com velocidades
respectivamente iguais a VA, VB e VC.

Nesse tipo de escoamento, cada partícula que passar por um determinado ponto
seguirá a mesma trajetória das partículas precedentes que passaram por aqueles
pontos. Tais trajetórias são chamadas linhas de fluxo (ou de corrente).
Empuxo

Empuxo = Peso Específico do fluido x Volume deslocado

E E = g.Vd
[N] = [N / m3 ].[m3 ]
g
Vd
Denominada de empuxo hidrostático, esta força equivale exatamente ao peso
do fluido cujo volume está ocupado pelo corpo

Fe = ρgV
Princípio de Arquimedes

• Todo corpo imerso em


um fluido sofre ação de
uma força (empuxo)
verticalmente para cima,
cuja intensidade é igual
ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.
O rei Hieron II, após conquistar o poder de Siracusa, decidiu como consequência de sua bem sucedida façanha, colocar em um
certo templo uma coroa de ouro na qual homenagearia os deuses imortais. Ofereceu um prêmio pela execução do trabalho e
forneceu ao vencedor a quantidade de ouro necessária, devidamente pesada. Este, depois do tempo previsto, submeteu seu
trabalho, finalmente manufaturado, à aprovação do rei e, com uma balança, fez uma prova do peso da coroa. Quando Hieron
soube, através de uma denúncia, que certa quantidade de ouro havia sido retirada e substituída pelo equivalente em prata,
incorporada ao objeto votivo, furioso por haver sido enganado, mas não encontrando nenhum modo de evidenciar a fraude,
pediu a Arquimedes que refletisse sobre isto. E o acaso fez com que ele fosse se banhar com esta preocupação em mente e ao
descer à banheira, notou que, à medida que lá entrava, escorria para fora uma quantidade de água igual ao volume de seu
corpo. Isso lhe revelou o modo de resolver o problema: sem demora, ele saltou cheiro de alegria para fora da banheira e
completamente nu, tomou o caminho de sua casa, manifestando que voz alta para todos que havia encontrado o que procurava.
Pois em sua corrida não cessava de gritar, em grego: eurhca, eurhca (“Encontrei, encontrei”).
Assim encaminhado para sua descoberta, diz-se que ele fabricou dois blocos de mesmo peso, igual ao da coroa, sendo um de
ouro e outro de prata. Feito isso, encheu de água até a borda um grande vaso, no qual mergulhou o bloco de prata. Escoou-se
uma quantidade de água igual ao volume imerso no vaso. Assim, depois de retirado o corpo, ele colocou de volta a água que
faltava, medindo-a com um sextarius [ o que corresponde à uma medida de aproximadamente 0,547 litros, 1/6 de galão (unidade
volumétrica utilizada na época) ], de tal modo que o nível voltou à borda, como inicialmente. Ele encontrou assim o peso de prata
correspondente a uma quantidade determinada de água. Feita esta experiência, ele mergulhou, então, da mesma forma o corpo
de ouro no vaso cheio, e depois de retirá-lo fez então sua medida seguindo um método semelhante: partindo da quantidade de
água necessária, que não era igual e sim menor, encontrou em que proporção o corpo de ouro era menos volumoso do que o de
prata, quando tinham pesos iguais. Em seguida, depois de ter enchido o vaso e mergulhado desta vez a coroa na mesma água,
descobriu que havia escoado mais água para a coroa do que para o bloco de ouro de mesmo peso, e assim, partindo do fato de
que fluía mais água no caso da coroa do que no do bloco, inferiu por seu raciocínio a mistura de prata ao ouro e tornou
manifesto o furto do artesão.
O que faz um balão de ar quente voar ?

O Empuxo causado pela diferença


de massa específica entre o ar
aquecido e o ar atmosférico.

Você também pode gostar