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Índice ............................................................................................................................. 1
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2
PLANIFICAÇÃO ....................................................................................................... 11
5. REFLEXÃO .............................................................................................................. 19
6. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 20
Para a elaboração desta tarefa de investigação, (tendo por base o modelo dos 5 E’s de
Bybee (Bybee, et al. 2004), (envolver, explorar, explicar, elaborar e avaliar)), optei por
escolher um conteúdo do 3º ciclo do ensino básico (9º ano), nomeadamente do domínio das
forças e movimento, mais concretamente as forças que se opõem ao movimento, no caso –
Força da resistência do ar.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A disciplina de Físico-Química no Ensino Básico visa, de entre vários aspetos,
desenvolver uma compreensão geral e alargada das principais ideias e estruturas
explicativas da Física e da Química, bem como da metodologia da Ciência (Aprendizagens
Essenciais (9.º Ano | Básico | Físico-Química), 2018, p. 1).
Como já foi dito anteriormente, a proposta didática conseguida é destinada a alunos
do 9.º ano de escolaridade, pensada para a disciplina de Físico-Química e pode ser
e que, para isso, os alunos são conduzidos a questionar, ponderar e apurar o seu
pensamento crítico.
Parte I
Objetivos de
aprendizagem
1. Incentivar a
reflexão sobre
situações de
conhecimento
1 Identifica a questão apresentada? científico
R: Quem cairá primeiro, a bola ou a pena?
Dificuldades: Poderão ter dificuldades em identificar a questão em
causa na imagem. O professor deverá estar atento e, se necessário,
ajudá-los a decifrar o problema colocado.
Parte I
5 min Resposta esperada: O professor deverá estar atento ao Avaliar se o grupo:
Q1.Identifica a questão
Quem cairá primeiro, a bola ou a visitar cada grupo e, se necessário, Funciona enquanto grupo
apresentada? pena? ajudá-los a decifrar o problema (organização/troca de ideias) Tenta
colocado, “o que vêm na imagem?”; encontrar uma resposta antes de
Possíveis dificuldades: “Qual a dúvida apresentada pela o cão?” questionar o professor
identificar a questão em causa na
imagem.
Q2.Formula uma hipótese 10 min Resposta esperada: O professor deverá estar atento ao visitar Avaliar se o grupo é capaz de
para dar resposta a essa A bola cairá primeiro porque tem os grupos e, se necessário, orientá-los de formular uma hipótese com o
questão maior massa forma a chegarem à formulação de uma objetivo de encontrar soluções para
hipótese. “O que é uma hipótese?”; o estudo em questão
Possíveis dificuldades: “Conseguem pensar nalguma que
Os alunos poderão ter dificuldades responda à questão que vocês colocaram
em contextualizar o problema anteriormente?”
sugerido pela imagem. Poderão
confundir conceitos, como peso e
massa..
Experimentação
(Explore)
Q3.Tendo em conta o
material que se encontra à 50 min
vossa disposição:
Q3.1. Planifiquem uma
Resposta esperada:
atividade que vos permita
comprovar (ou não) a vossa Escolher um estojo e uma folha de
hipótese. papel.
Largar o estojo e uma das folhas,
da mesma altura e no mesmo
instante.
O professor deverá estar atento, Promover a autonomia e desafiar o
Verificar qual dos objetos chega
questionando como está a decorrer a aluno a resolver um problema,
primeiro ao chão
atividade e, se necessário, orientá-los: onde irá ter que pensar desde
Fazer o mesmo, mas agora com a
Q3.2. Realizem a atividade “Então e se experimentarem, por como manusear os materiais até ao
folha amarrotada procedimento;
exemplo, com uma folha e um estojo?” “É
Fomentar o espírito de grupo;
importante que sejam largados da
Possíveis dificuldades 3.1 e 3.2: Realizar uma atividade laboratorial
mesma altura e no mesmo instante,
O que é planear? Onde escrever? que represente uma situação
certo?”; “Então e agora? Será que se possível de ser demonstrada num
Escolher os objetos e em
alterarem alguma coisa na forma de um contexto do dia a dia;
perceber que vão ter de
dos objetos, acontece o mesmo?”; “Qual
modificar a forma da folha de
a alteração mais adequada a fazer para
papel para verificarem o impacto
efetuarmos esta experiência?”; “Então
da resistência do ar na queda dos
experimentem lá repetir a experiência,
corpos; Perceber que os objetos
mas agora com a folha de papel
têm de ser largados à mesma
amarrotada em forma de bola!”
altura; Perceber que, numa das
O professor deve questionar e
situações, têm de modificar a verificar como está a decorrer a
forma da folha de papel, atividade
nomeadamente amachucá-la
para obter uma forma esférica;
Caso surjam várias sugestões
dentro do grupo, optar por qual é
a correta;
Q3.3. Registem o que Resposta esperada: O professor deve orientar os alunos, de Promover e incentivar a boa a
observaram Quando largamos o estojo e a acordo com as questões que vão sendo prática de recolha de dados, perante
colocadas, de forma que consigam as observações realizadas
folha de papel sem estar proceder corretamente ao registo do
amarrotada, o estojo chegou observado.
primeiro ao chão do que a folha.
Quando largamos o estojo e a
folha de papel amarrotada, ambos
os corpos chegaram praticamente
ao mesmo tempo.
Possíveis dificuldades:
O que registar. “Registamos no
protocolo?” “Registamos todos os
elementos ou basta um?”
10 min Possíveis dificuldades: O professor deve esclarecer os alunos Apelar à criatividade e imaginação
Parte II (explicar Saber o que pesquisar, como que esta parte da atividade (Parte II) deve do aluno. Desenvolver a
Vai mais além… o que se pesquisar, onde pesquisar. ser realizada no decorrer da semana e capacidade de “pensar mais além”.
pretende Relacionar os conceitos. registada no padlet, cujo QRCode é Desenvolver a capacidade de
(Elaborate) na parte Identificar apenas informação fornecido. O professor pode esclarecer argumentação científica. Promover
II e III) relevante. Sintetizar a informação como se trabalha no padlet e como se usa a interdisciplinaridade e o uso das
recolhida. Organizar as suas ideias. o QR Code novas tecnologias. Incentivar a
Elaborar e colocar em prática um comunicação. Promover a
“role play”. -Alguns alunos discussão coletiva. Contribuir para
poderão sentir-se pouco à a partilha de experiências entre os
vontade e ansiosos devido à elementos da turma. Este exercício
dinâmica desta atividade adapta-se perfeitamente à
(encenação/filmagem). Fatores realização de uma DAC entre a
como a timidez e falta de disciplina de Português (como
autoconfiança podem dificultar o fazer uma entrevista), Educação
trabalho dentro do grupo, mas se Artística - oficina de teatro
(encenação), TIC e Ciências Físico-
bem orientado, poderá Químicas. O que se pretende com
transformar-se num fator este exercício é, ao mesmo tempo
dinamizador e libertador desses que aborda um acontecimento
medos iniciais que alguns poderão científico, dar espaço à imaginação
sentir. Dificuldades em usar o e criatividade dos alunos.
padlet ou um QR Code
Parte III
Uma curiosidade… Uma curiosidade…
Para refletir Estabelecer uma ponte de
(Evaluate) conceitos entre a física clássica e a
física moderna, sem menosprezar
uma em detrimento da outra,
mostrando que existe uma relação
1. de interdependência entre as duas,
uma vez que para se entender a
segunda é preciso ter-se um
grande domínio da primeira (Ponto
de vista entre Aristóteles e
Galileu).
Adaptado de Roback, P., Chance, B., Legler, J., & Moore, T. (2006). Applying japanese lesson study principles to an upper-level undergraduate
statistics course. Journal of Statistics Education, 14(2). https://doi.org/10.1080/10691898.2006.11910580
REFLEXÃO
Durante a realização deste trabalho, passei por várias dificuldades, sendo a maior de
todas, a minha luta interna contra as ideias que tenho pré-concebidas, após vários anos de
experiência em ensino, toda ela construída em moldes completamente diferentes dos que
me foram apresentados na UC DFQII.
Frequentei a antiga licenciatura em ensino da física e da química, variante química e a
maneira como na altura o ensino da FQ era abordado é completamente diferente desta que
me é apresentada agora. Juntando a isso os já longos anos de experiência em ensino fizeram
com que tivesse alguma resistência inicial, em acreditar naquilo que me estava a ser pedido
para a realização deste trabalho, nomeadamente em apresentar uma atividade de
investigação, onde é suposto o aluno realizar a mesma sem a comum e habitual “receita” ...
Eu pensava, “mas como eu vou fazer isto sem lhes dar praticamente nenhumas instruções?!”,
“eles não vão conseguir fazer!”. Com essa certeza em mente, foram muitos os avanços e
recuos; primeiro na escolha da tarefa e, posteriormente, na estruturação da mesma nos
moldes que me eram pedidos.
Esta tarefa tinha de ser concebida, tendo por base o modelo dos 5 E’s de Bybee (Bybee, et
al. 2004), (envolver, explorar, explicar, elaborar e avaliar)) e, de acordo com Bybee (2000),
o filósofo Dewey considerava que a ciência estava a ser apresentada aos alunos como um
conhecimento pronto, sendo os conteúdos de aprendizagem leis e factos. Tornava-se, assim,
fundamental que lhes fosse proporcionado mais oportunidades de desenvolverem trabalho
laboratorial, uma vez que seria necessário terem, como cidadãos pertencentes a uma
sociedade democrática, uma postura de questionamento, observando o seu meio social e
tomando uma participação ativa na sociedade (Bybee & DeBoer, 1994). Ora, quando comecei
a perceber realmente o contexto daquilo que me era pedido, a “nuvem” por cima da minha
cabeça, começou a desvanecer-se! Para que isso acontecesse, contribuíram muito as aulas
de IPPII com a professora Mónica Batista e com a professora Teresa Conceição, bem como e
principalmente, as orientações da professora Iva Martins (uma vez que estou a fazer DFQII
em RA) que me fizeram começar a pensar fora da realidade a que estava habituada e que
estava tão vinculada no meu conceito acerca do ensino das ciências…
Então, novos horizontes se abriram, e percebi realmente o quão importante é os alunos
pensarem por si, questionarem, pesquisarem, sentirem a necessidade de encontrar
respostas para as questões que lhe são apresentadas, indo à busca das mesmas pelos seus
próprios meios e sentirem essa necessidade MESMO e não só porque lhes foi pedido. Claro
que o professor tem aqui um papel fundamental, pois cabe-lhe a ele encontrar formas de
envolver o aluno na problemática, criando estímulos para o levar a interessar-se pelo tema
(engage) e consequentemente levá-lo a querer procurar respostas, podendo e devendo
orientá-lo sempre que necessário, mas de forma que o aluno siga o seu caminho na busca
das respostas, mas pelos seus próprios meios (explore). Esta fase é extremamente
importante e o sucesso da mesma implica que o aluno consiga de forma positiva encontrar
BIBLIOGRAFIA