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APOSTILA
A IMPORTÂNCIA DA FIBRA EFETIVA NA NUTRIÇÃO DE
BOVINOS DE CORTE EM CONFINAMENTO
A IMPORTÂNCIA DA FIBRA EFETIVA NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS DE
CORTE EM CONFINAMENTO
É comum haver casos de acidose subclínica, ou seja, aquela que existe, mas
não tem sintomas evidentes. Um bom indicativo de que ela pode estar
ocorrendo é o consumo de matéria seca muito variável (Owens et al., 1998) Na
determinação do nível mínimo de fibra na dieta dos bovinos de corte, é
importante que seja considerada a porção da fibra que efetivamente estimula a
ruminação. Para contornar situações em que a dieta tenha FDN desejável e
que esse, ainda sim, promova efetividade, foi criada a FDN fisicamente efetiva
(FDNfe).
Essa exigência para demais bovinos ficaria próximo a 15%. Mas, estes valores
podem ser muito variáveis, de acordo com o manejo da fazenda, maquinário
existente na propriedade, qualidade de fibra e uso de ionóforos. No gráfico
abaixo, é visto que, com a diminuição do FDN efetivo, temos um menor pH
ruminal, podendo chegar a níveis muito baixos de acordo com a dieta
fornecida.
QUALIDADE DA MISTURA
Para TMR’s (dieta total misturada) com alto teor de concentrado, bom manejo
de cocho e inclusão de ionóforos, é possível chegar a fornecer um mínimo de 5
a 8% de FDN efetivo. Estas ações previnem grandes variações de consumo e,
consequentemente, o aparecimento de distúrbios nutricionais relacionados à
acidose. A ideia é garantir que o pH ruminal não fique abaixo de 5,5, limite no
qual o animal diminui drasticamente a ingestão de matéria seca.
É importante salientar que este nível de FDN efetivo é muito baixo e só deve
ser utilizado em propriedades com alto nível de manejo. Caso contrário, é
preciso trabalhar com uma margem de segurança maior, elevando o teor de
FDN efetivo mínimo para 20%. Mantendo-o acima de 20%, a fermentação de
carboidratos estruturais e a eficiência microbiana são otimizadas, mantendo o
pH ruminal acima de 6,2 e maximizando a digestão da parede celular.
Mesmo em dietas consideradas de alto concentrado, são comuns valores da
ordem de 13 a 16% de FDN efetivo, devido à utilização de concentrados
fibrosos. Com manejo adequado de adaptação, leitura de cocho e utilização de
ionóforos, pode ser seguro trabalhar nestes níveis. O importante, então, para a
formulação da dieta, além de saber os ingredientes a serem usados e sua
quantidade, é conhecer, realmente, o manejo da propriedade e o maquinário
existente. Assim, é possível estimar o FDN efetivo mínimo a fim de trabalhar
com um nível máximo de segurança.
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