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Nampula
2013
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Nampula
2013
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Índice
Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------------5
Actividades de aprendizagem------------------------------------------------------------------------------30
Leituras obrigatórias-----------------------------------------------------------------------------------------31
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Actividades de aprendizagem------------------------------------------------------------------------------49
Leituras obrigatórias----------------------------------------------------------------------------------------50
momentos históricos---------------------------------------------------------------------------------------63
no Moçambique independente-----------------------------------------------------------------------------63
b) Objectivos do SNE---------------------------------------------------------------------------------------65
c) Princípios do SNE----------------------------------------------------------------------------------------65
4. 3 Reforma curricular-----------------------------------------------------------------------------------66
4. 3. 1 Conceitos---------------------------------------------------------------------------------------------66
Actividades de aprendizagem------------------------------------------------------------------------------72
Leituras obrigatórias----------------------------------------------------------------------------------------73
Bibliografia---------------------------------------------------------------------------------------------------74
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Introdução
A Pedagogia e uma ciência que surgiu a partir das reflexões feitas a cerca de educação em
diferentes momentos de desenvolvimento da humanidade, nisto ao falar da pedagogia pressupõe
falar das práticas educativas no que concerne ao que ensinar e como ensinar. A pedagogia como
um conjunto de conhecimentos sistematizados que investiga a natureza e finalidade de educação,
proporciona condições metodológicas da acção educativa. A educação é um processo de
formação de personalidade do homem para vida.
A cadeira de fundamentos de Pedagogia é do tipo nuclear, que deve levar ao aluno a adquirir
habilidades, na planificação do processo pedagógico, reflectir sobre o pensamento pedagógico e o
seu carácter prático. Neste caso pretendem explicar o significado da pedagogia e seu objecto de
estudo, compreender as categorias da pedagogia, distinguir os factores que contribuem para a
formação da personalidade, analisar criticamente a prática da educação em Moçambique em
diferentes momentos históricos e avaliar a prática educativa no contexto das tendências actuais
em Moçambique.
Este trabalho faz uma abordagem dos conteúdos relativos a cadeira de fundamentos de
pedagogia, de formas a facilitar ao professor assim como aos alunos a ter conhecimentos sobre a
cadeira e reflectir em conjunto sobre o processo educativo.
Os conteúdos estão organizados sob forma de unidades temáticas com os respectivos sumários.
Cada unidade temática contém questões de reflexão e recomendações bibliográficas para facilitar
a actividade do aluno e melhor aprofundamento e compreensão dos conteúdos.
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Cont Est
Objectivos específicos:
Sumário:
Antes de falarmos da própria pedagogia, vamos primeiro, procurar saber o seu ponto de
referência, que é o homem. Visto que, quem criou a pedagogia, assim como outras ciências é o
homem. E como ser social, reprodutivo, é visto dentro do contexto educativo.
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O problema educativo, assim como pedagógico, é universal. Surgem em todos povos e em todas
civilizações. Portanto, as primeiras práticas educativas pertenceram ás comunidades primitivas.
Primeiramente entendidas por acções, manifestações culturais que foram tomando o rumo de
acções, actos e práticas educativas.
Segundo G. Landsheere, (1) a cultura gera a educação; (2) a educação inicia a geração jovem na
cultura dos mais velhos; (3) a geração jovem transforma a cultura original numa cultura nova
(com carácter progressiva, divergente). Quer dizer, desde o surgimento da humanidade, o homem
se preocupou em ensinar a geração jovem para assimilar, conservar a cultura, e este por sua vez,
interessada em transformar.
As bases do surgimento da pedagogia, as fontes literárias dão mérito a Grécia antiga. Um dos
sinais de prática pedagógica diz respeito o acompanhar dos escravos aos filhos dos senhores
patrões, daquela altura, para os locais de recreação, desporto, e de educação de infância.
Estes escravos que tinham tais obrigações eram designados de PEDAGOGOS (Paidagogos),
como indivíduos que exerciam a PEDAGOGIA e, Um termo que inicialmente era pejorativo.
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Portanto, acção considerada de prática educativa. Foi da palavra pedagogo que derivou, mais
tarde, o termo pedagogia, e só então começou a notabilizar, no seu dos filósofos.
Hoje, pedagogo é o especialista em assuntos educacionais, institucionais que lidam com matéria
do processo educativo.
A reflexão sobre a pedagogia, começa com ideias empíricas sobre as práticas educativas. Por
exemplo, o método do ensaio e do erro. Que os homens tentavam e enganavam-se hoje, dias
seguintes, acertavam.
Assim foram surgindo as bases pedagógicas, que hoje o homem define como ciência. Quando o
homem começou a compreender que a educação tinha necessariamente que responder, entre
outras, questões como: o que o homem deve ensinar? Como ensinar e porque ensinar? Qual o
objectivo de ensinar?
Para responder estas e outras questões, foi necessário sai do empirismo, da especulação para a
investigação com recurso a métodos de observação e experimentação.
Assim os estudos empíricos e os métodos científicos contribuíram para que no século XVI –
XVII, a pedagogia tornasse ciência e arte, nas obras como “o tratado sobre a educação” de Luis
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Vives (sec. XVI) e “Didáctica Magna” de Coménio (sec. XVII), que contribuíram para a
sistematização do pensamento pedagógico e oferecendo uma autonomia em relação a filosofia.
Portanto, Pedagogia estabelece aquilo que há a fazer, estuda os meios de realização da prática
educativa, e põe em prática aquilo que concebe. Visto que a Pedagogia não é uma ciência exacta
e nem é uma ciência de factos, mas sim, de possibilidades, oportunidades, de realizações
constantes e dinâmicas do próprio homem em submeter-se ás influencias educativas.
objecto de reflexão, com propósito de descrever e explicar sua natureza, seus processos e modos
de actuar.
A Pedagogia não é, certamente, a única área científica que tem a educação como objecto de
estudo. Também a Sociologia, a Psicologia, a Economia, a Linguística, podem ocupar-se de
problemas educativos, para além de seus objectos de investigação (Libâneo, 2009)
A Pedagogia, com isso, “e um campo de estudo com identidade e problemáticas próprias. Seu
campo compreende os elementos da acção educativa e sua contextualização, tais como o aluno
como sujeito do processo de socialização e aprendizagem; os agentes de formação; o saber como
objecto de transmissão e assimilação; o contexto sócio – institucional, (idem)
Sumário:
(1) O significado de educação
(2) Categorias básicas da Pedagogia
(3) Tipos de educação
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A actividade educativa acontece nas várias esferas da vida social: nas famílias, nos grupos
sociais, nas instituições educacionais, associações profissionais, empresas, nos meios de
comunicação, etc.
Já afirmamos que a educação é tão velha como o próprio homem, ou simplesmente, como a
própria humanidade. Sempre se educou o homem para poder preservar a espécie humana, a sua
cultura.
Ora, para ter ideia do significado da educação, convêm entendermos o conceito da EDUCAÇAO,
como influencia intencional e sistemática sobre o ser juvenil, com propósito de forma-lo e
desenvolve-lo. Significa também a acção genérica ampla, de uma sociedade sobre as gerações
jovens com o fim de conservar e transmitir a existência colectiva (Luzuriaga, 1973). Com fim de
transformar, inovar as práticas educativas.
A educação é, assim parte integrante, essencial, da vida do homem e da sociedade, e existe desde
há seres humanos. Por outro lado, a educação é componente tão fundamental da cultura quanto a
ciência, a arte. Sem a educação não seria possível aquisição e transmissão da cultura, pois pela
educação é que a cultura sobrevive no espírito humano.
A Pedagogia, sendo ciência da e para a educação, estuda a educação, a instrução e o ensino. Para
tanto compõe-se de ramos de estudo, como a teoria da educação, a didáctica, a organização
escolar e a história de educação e da Pedagogia. Ao mesmo tempo busca outras ciências que
concorrem para o estudo e esclarecimento do seu objecto de estudo. São elas, a filosofia da
educação, sociologia da educação, psicologia da educação, biologia da educação, economia da
educação e outras.
O conceito educação é de natureza complexa e pode ser definido sob muitas formas, de acordo
com a influência das condições sócio-culturais de cada época
DURKEIM (1858-1971), define a educação como “acção exercida pelas gerações adultas sobre
as novas que ainda não se encontram preparadas para a vida social. Tem como objectivo provocar
e desenvolver na criança certo número de condições físicas, intelectuais e morais, no seu
conjunto, seja o meio especial que a ela se destina particularmente”.
Pode-se dizer que educar é introduzir “o que é” a uma plenitude de actualização e expansão,
orientada em sentido de aceitação social; é dar sentido moral ao uso dos conhecimentos e
técnicas.
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No sentido amplo
No sentido restrito
Neste sentido a educação deve ser percebida como aquela que ocorre em instituições específicas,
com finalidades explícitas de instrução e ensino mediante uma acção consciente, deliberada e
planificada, embora sem se separar daqueles processos formativos gerais.
O ser humano não se desenvolve de forma solitária, nem de modo isolado, necessita do outro
neste processo de humanização, que é a socialização – o que se entende como processo de
adaptação e integração de cada indivíduo no seu grupo social.
A educação é direito inalienável e necessária de qualquer ser humano ao longo de toda a vida.
Os diferentes âmbitos de actuação humana são vários e complexos, o que leva a valorar e
delimitar diversos campos de actuação da educação. Estes campos recebem denominações
diferentes como: educação não formal, educação informal e educação formal (Libâneo, 2009)
a) Educação não formal – refere-se a toda a actividade organizada fora do marco do sistema
oficial, para facilitar determinadas classes de aprendizagem e sub grupos da população; dirige-se
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a população em geral, crianças, adolescentes, adultos e terceira idade adoptando-se em cada caso
aos processos próprios da aprendizagem.
b) Educação informal - Nassif (1980) apud Libâneo (2008), define a educação informal como
“processo contínuo de aquisição de conhecimentos e competências que não se localizam em
nenhum quadro institucional”.
c) Educação formal - Termo formal (Libâneo, 2008), refere-se a tudo o que implica uma forma,
isto é algo inteligível, estruturada, organizada, planificada intencionalmente, sistemática. Neste
caso, a educação escolar é convencional e tipicamente formal.
A educação escolar pertence e educação formal. A educação escolar representa uma manifestação
peculiar de prática educativa. Constitui assim, a Pedagogia escolar, destinada a investigar factos,
processos, estruturas, contextos, problemas, referentes á educação escolar, isto é, á instrução e ao
ensino.
Em jeito de síntese, apesar das dimensões diferenciadas, nenhuma educação existe fora das
outras. Consideremos por exemplo, uma informação pública e social – educativa “sobre
saneamento do meio” que esteja a ser anunciada ou explicada na imprensa – TVM.
Inicialmente pode ser de carácter informal, assumida ou consumida pela família, depois poder ser
de carácter formal, assumida pela escola como matéria do ensino – aprendizagem e finalmente
pode ser de carácter na formal assumida pelas instituições especializadas e específicas. O caso da
própria TVM, pode estar a fazer educação não formal.
É a principal via da educação do homem para a vida, para a preparação da vida e para o trabalho.
O ensino é um processo bilateral que inclui por um lado professor a ensinar e por outro lado o
aluno a aprender. O ensino como uma sequência de actividades do professor e dos alunos, tendo
em vista a assimilação de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades, através dos quais os
alunos aprimoram capacidades cognitivas.
A instrução tem um sentido mais amplo do que o ensino, pois ela não é só resultado do ensino,
como também é resultado de uto – instrução, da influência dos meios de informação (rádio,
jornal, TV, internet) e outras fontes de conhecimento incluindo o quotidiano.
Entre os povos primitivos não havia as escolas, mas havia educação cujo objectivo era de ajustar
a criança ao seu meio ambiente físico e social por meio de aquisição de experiencias de gerações
passadas (Monroe, 1983).
A criança adquiria conhecimentos através da imitação (Gal, 1976 e Piletti, 2004). Nos primeiros
anos, era imitação inconsciente que consistia em brincar com instrumentos utilizados pelos
adultos. Mas tarde, a imitação já era consciente, em que a criança participava nas actividades dos
adultos, esta etapa tem inicio quando se começa a exigir trabalho da criança.
Cerimónias de Iniciação
Os ritos possuíam um valor moral – na medida em que ensinava o jovem a suportar a dor, a
suportar a fome, a tolerar certas circunstâncias difíceis,
Valor social e político – o jovem aprendiam a servir os dirigentes, a obedecer os mais velhos, a
servir os idosos, e a satisfazer as necessidades da família;
Valor religioso – o jovem aprendia a adorar o totem (animal ou vegetal que era considerado
antepassado mítico da tribo de quem esperavam protecção)
Valor prático – o jovem aprendia métodos de capturar os animais, a arte de acender o fogo, a
preparar alimentos.
pode chamar-se de educação natural, espontânea com estreita adaptação do indivíduo á sociedade
(Gal, 1976).
É claro, num estádio mais avanço da sociedade primitiva, como diz o autor acima, que a
educação natural, reforçada com acções educativas da vida foi considerada de educação no
sentido moderno, pelo facto de aparecer indivíduos especializados na educação de iniciação. São
pessoas que lhes cabiam organizar, dirigir e controlar as cerimónias de iniciação. Dependendo
dos casos, tais especialistas podiam ser, feiticeiros, curandeiros, xamãs, esconjuradores ou
homens que consultam os espíritos familiares.
Depois de longos séculos de esforços e tentativas, a passagem da sociedade primitiva para feudal
surge bruscamente, no quarto milénio a.C.
Faz parte da desta sociedade, a educação oriental (educação: chinesa, hindu, egípcia, judaica); a
educação grega (educação: espartana, ateniense) e a educação romana.
A educação oriental
A educação chinesa - sua característica resume-se em decorar, para além do método da imitação.
A ideia era, do professor obrigar os seus alunos sempre a decorar. Na escola os alunos aprendiam
conteúdos de linguagem, decorando os textos sagrados, os comentários literários e decorar os
livros didácticos. Era uma educação centrada na vida da cultura que á vida política do povo
chinês. Da cultura aprendia-se a moral, a arquitectura, a pintura, a poesia, artes da guerra e as
maneiras da paz, etc.
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Entretanto, mais adiante, na época imperial, o rumo da educação chinesa mudou, intervindo-se a
favor da doutrina de Confúcio (551 – 479): uma educação virada para teologia com carácter
humano, centrada na harmonia entre o homem com a natureza (Penna e Penna, 1973).
E, é bom que se diga, apesar da educação rígida, na china não existia um sistema organizado de
educação pública, nem escolas superiores ou universidades onde pudesse ensinar e investigar
livremente.
A educação Hindu - em termos gerais não difere da educação chinesa. A diferença é existência
na educação Hindu o sistema de castas. A casta superior, designada de brâmanes ou sacerdotes –
tinha direito a educação literária e escrituras sagradas; as castas intermédias – os xátrias ou
guerreiros nobres/classe executiva militar e os vaicias ou classe industrial, comercial recebiam
uma educação de leitura e escrita elementar, leccionada por mestres ambulantes; a cama inferior
da organização social hindu era - as castas sudras não recebiam nenhum tipo de educação formal.
Na essência a educação Hindu era constituída da educação brâmane e bunda. Todas elas
utilizavam os métodos de ensino de instrução, castigos com palavras duras e pancadas.
A educação Egípcia - embora tenha sido de poder cultural e religioso. Dessa cultura e religião,
Worrenger (1947) cit.por Penna & Penna (1973) diz que a sabedoria egípcia é o domínio das
fórmulas, de matemática, de ciência médica, de astronomia, entre outras, com recurso aos
métodos da prática, de instrução e de imediatas.
Como acontecia nas sociedades anteriormente descritas, a educação no Egipto estava organizada
de acordo com a organização social. Existiam escolas para as classes superiores e escolas para o
povo.
Em suma, a educação egípcia serviu de inspiração a outras, como a grega e, em parte, a crista
primitiva.
sacerdotes e era centralizado no estudo da lei contida na bíblia e no talmude (espécie de uma
obra).
Educação Grega
Com toda justiça chamou-se “milagre grego” a eclosão da arte, do pensamento, da ciência e da
política que se verificou no séc. VI e IV a.C. é certo que a Grécia deve muito ao oriente e em
especial ao Egipto. Mas se a geometria prática nasceu nas margens do rio Nilo, no entanto, a
Grécia é que atingiu o apogeu. A educação revestiu-se de muitas formas ao longo da história
grega antiga.
Como resultado dessa característica da educação grega surgiu um novo conceito na educação que
ainda hoje é denominada liberal. Apesar da liberdade no pensamento, cerca de 90% da população
viviam como escravos.
Educação espartana (750 – 600 a.C.) - A educação espartana tinha um carácter militar em que
todos adultos participavam duma forma obrigatória (dever).
A educação espartana tinha como objectivo dar a cada individuo um nível de perfeição física,
coragem e hábito de obediência as leis que o tornassem um soldado ideal. Uma educação feita de
forma sabia dosagem física com vista harmonizar o corpo, a alma, a formação estética, de arte e
de pensamento.
Em relação a instrução, recebiam apenas o necessário e o restante era para torna-los homens
comandos, lutadores, conquistadores, homem que suporta o trabalho, sob subordinação do estado.
- Até aos 7 anos a criança ficava sob os cuidados da mãe de quem recebia um treino rigoroso.
Depois a criança era retirada do lar e colocado em casernas públicas onde comiam em comum,
ajudam no fornecimento de alimentos necessários, caçavam animais, participavam nas danças
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corais. E o restante tempo era gasto com exercícios de ginástica – principal elemento da
educação.
20 – 30 anos de idade, participava na guerra e os treinos eram feitos nos intervalos de guerra.
Com 30 anos, o jovem passava o tempo a dedicar- se ao serviço do estado, seja nas guerras.
Por outro lado, a nova maneira de compreender a estrutura e finalidades do estado, que era
assegurar a liberdade pessoal. O estado não era titular da vida do cidadão, mas sim os pais é que
preparavam a criança para a vida num ambiente de liberdade.
Por outro lado, a própria vocação cultural de Atenas que contribuiu para o desenvolvimento das
ciências e da filosofia, o que elevou o nível intelectual de seus cidadãos. Foi assim que Atenas já
não tivesse analfabetos, como sucederá com Esparta.
Em Atenas os cuidados da criança eram a cargo da família, geralmente era entregue aos cuidados
de amas e escravos, mais tarde pedagogo – guia de crianças á escola. Existiam dois tipos de
escola: a de música e a de ginástica e palestra.
As raparigas, como aconteciam na maior parte das civilizações antigas, tinham menos direitos,
não eram consideradas: a sua educação era feita em casa exclusivamente prática. Só os jovens da
condição superior aprendiam a ler e a escrever.
Os Sofistas (450-400 a.c.). Os sofistas (sophós = sábios) surgiram como sendo a nova classe de
professores que a sociedade exigia. Eram professores ambulantes que percorriam as grandes
cidades, ensinavam as ciências e as artes com finalidades práticas, principalmente a eloquência,
em troca de uma elevada contribuição financeira.
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Os sofistas preparavam ou forneciam aos seus alunos discursos feitos sobre certos tópicos que
seriam repetidos em outras circunstâncias, como é o caso de tribunais. Transmitiam sentenças
inteligentes para serem utilizados em momentos oportunos.
Outros sofistas davam discurso mais completo, falavam das ciências naturais e históricas dessa
época e um treino em dialéctica por meio da discussão e por meio do discurso público.
O facto de eles auto denominarem se de sábios e exigirem remuneração pelos seus serviços, isto
era contra os princípios mais valorizados pelos gregos: o de harmonia e reverência, a relação
entre professor e aluno que era de estima mútua e não de carácter económico.
Sócrates (470-399 a.c.). Tomou como ponto de partida “ o homem é a medida de todas as coisas”
e afirmou: se o homem é a medida de todas as coisas, então a primeira obrigação de todo o
homem é procurar conhecer se a si mesmo.
Sócrates usava como métodos a ironia e a maiêutica. A ironia, consistia em fazer perguntas de
forma que a obter opiniões do interlocutor e depois através de outras perguntas de forma a levar o
interlocutor a descobrir por si mesmo a contradição e o absurdo das opiniões apresentadas
(descobrir a verdade). A maiêutica, neste caso, é arte de fazer nascer as ideias. Desta forma, as
contribuições de Sócrates na educação consistiam no conhecimento que possuía um valor prático
ou moral, isto é: um valor de natureza universal e não individual; de conversação e de subjectivo
como reflexão e organização da própria experiência. Quer dizer, segundo Sócrates, a educação
tem por objectivo imediato, o desenvolvimento da capacidade de pensar e não apenas ministrar
conhecimentos.
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Platão (428-348 a.c.). Comungou com ideias de Sócrates sobre: a necessidade de procurar uma
nova base moral para a vida; a nova base deveria encontrar-se em ideias e na verdade universal.
Platão e Sócrates divergem no facto de que para Platão nem todos os homens tem a capacidade de
adquirir conhecimentos, apenas algumas pessoas, enquanto Sócrates, para este, todos possuem a
capacidade de adquirir conhecimentos.
Aristóteles (384 -322 a.c.). Apresentou uma visão bastante diferente de Sócrates e de Platão.
Enquanto esses dois afirmavam que a base de conhecimentos consistia na virtude, Aristóteles
afirmava que a virtude está na conquista da felicidade e do bem.
A virtude não consiste em simples conhecimentos do bem, mas da sua conquista. E o bem na sua
integridade resume-se em bem ser (intelecto) e bem-fazer (acção)
A felicidade é um bem supremo que consiste em realizar o que é específico do homem, é a razão
(amor, saúde, posição social, fortuna, …)
Aristóteles desenvolveu o seu conceito de educação partindo da ideia de imitação. Para o homem
a imitação constitui a arte e o homem se educa na medida em que copia forma de vida dos
adultos, o homem se educa porque actualiza as energias.
Aristóteles sistematizou pela primeira vez o processo de ensino ao postular o seguinte plano
metódico: o mestre deve em primeiro lugar expor a matéria do conhecimento; em seguida tende
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cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno; por fim, tem que fazer com que o
educando relacione as diversas representações mediante o exercício.
A educação Romana - Centrada numa educação essencialmente prática e moral com espírito
patriótico e guerreiro, que punha em primeiro lugar as virtudes do cidadão e do soldado, que
subordinava estreitamente o individuo ao Estado e respeitava acima de tudo a lei.
A república romana, ensinava aos filhos dos cidadãos a leitura, a escrita, o calculo, a gramática, a
retórica e eloquência judiciaria ou política, a preparação para actividade agrícola ou comercio e
sobretudo para a vida militar. Além disso, cultivava o espírito de sentimentos, respeito pelos
antepassados, submissão á família, devoção para com a pátria.
Por causa da invasão dos povos bárbaros, a cultura greco-romana estava em destruição, e isto não
aconteceu graças a intervenção da igreja crista.
E assim, a igreja passou a educar os novos povos nesta época. Contrariamente aos gregos que
davam ênfase o aspecto intelectual, o cristianismo baseia-se na ideia de caridade crista ou amor,
isto é concentra-se no aspecto moral da pessoa humana.
As escolas ficavam situadas juntos das igrejas e chamavam escolas paroquiais, monásticas,
catedrais e episcopais, dependendo da designação da instituição religiosa.
As crianças eram educadas nas escolas pelas doutrinas cristas duque em conhecimentos
científicos e passavam o tempo ao canto coral religioso e as rezas, que eram considerados mais
importantes.
Os conteúdos de ensino eram as setes artes liberais: gramática, retórica, dialéctica, aritmética,
geometria, astronomia e música. Como disciplina fundamental, considerava-se a teologia.
A retórica e a dialéctica preparava os alunos para debates e temas religiosos, para interpretar e
defender os dogmas da igreja, em fim, todas as disciplinas provavam a existência de deus e sua
influência na natureza e nas acções do homem, e como consequência a sua veneração.
As figuras como Carlos Magno, consagrado como imperador romano, criou a escola do palácio
que formava filhos e filhas dos nobres e contribuiu para dar a Europa consciência cultural e
educativa. S. Martinho de Tours, fundou a escola monástica.
Mas é bom que se diga que devido em consequência da expansão árabe verifica na Ásia, África e
mesmo na Europa, a educação árabe foi ganhando espaço no ensino. Como ensino das
matemáticas com álgebra, numeração romana e a trigonometria, astronomia, a química. Nas
cidades árabes como Bagdad tornaram cidades bibliotecárias de tradução para a língua árabe.
O que conta mais no contributo da idade Média é o surgimento e organização do sistema superior
ou universitário. A mais antiga universidade foi a de Paris, aberta em 1200; seguiram-se as de
Oxford em 1206; de Nápoles em 1224; de Cambridge em 1231. Mais tarde de Pisa, Heidelberga,
Colónia, Viena, Pavia, Praga, Cracóvia, Basileia, etc. Os professores eram pagos pelos próprios
professores e ensinavam, disciplinas como ciências da Medicina, Direito, Teologia, artes.
homem, fizeram renascer a dignidade humana como tal, a capacidade e confiança nas suas forças
físicas e intelectuais.
Foram os primeiros homens que se pronunciaram contra a doutrina religiosa, sobre a natureza
pecaminosa do homem, diferenciando-se dos teólogos (eles mostraram mais interesse pelo
homem concreto, pelas suas forças na terra).
O homem da época moderna era educado para uma sociedade em que se anunciava a laicização,
portanto, abriam-se caminhos para a emancipação da mentalidade, ou seja, do pensamento livre.
Ainda na mesma educação moderna surgiu a pedagogia Naturalista, que procurou representar
uma reacção contra o formalismo humanismo do renascimento. Os humanistas clássicos faziam
da cultura antiga não só meio como o fim de toda a educação, sem maior preocupação na
formação de novos homens.
Alguns pensadores da pedagogia naturalista como é caso de João Amos Comenio (1592 – 1671),
considerado precursor do direito universal a uma educação nova, foi o maior pedagogo realista e
um dos pensadores mais eminente na história da educação. Foi o primeiro a criar um sistema
científico coerente didáctico e a separação da pedagogia e da filosofia, tornando-se uma ciência
autónoma. Uma das maiores obras é a Didáctica Magna, publicado em 1657, sob trato de
“ensinar tudo a todos”.
John Locke (1631-1704). Foi considerado primeiro psicólogo educacional, o primeiro a defender
a necessidade de ligação entre a pedagogia e psicologia (psicopedagogia). Formulou pela
primeira vez na história da pedagogia de forma sistematizada e coerente as ideias burguesas sobre
Educação próxima da vida; Educação prática; Ensino individualizado.
Jean Jacques Rousseau. Foi defensor da educação naturalista e individualista. Na sua opinião,
tudo que sai das mãos do criador é bom, tudo degenera nas mãos do homem. A maldade humana
não resulta por conseguinte das tendias naturais do homem, mas das influencias mutiladoras da
sociedade.
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Ovide Decroly (1871 – 1932). O seu método opõe-se ao preconizado pela Montessori porque
postula que o desenvolvimento mental da criança se faz a partir do global, do indiferenciado, para
chegar a análise. Portanto, preocupou-se com o aspecto da globalização do ensino.
John Dewey (1859 – 1952). Elaborou a sua filosofia da educação fundada na ideia de principio de
que o pensamento tem uma função instrumental de resposta às necessidades da vida. É opositor
da escola centrada no programa, mas sim, a escola deve centrar-se na criança, reinserindo temas
de estudos baseados na experiencia da criança, através da ocupação em actividades no contexto
da comunidade escolar. (Libâneo, 2009).
e) Educação Contemporânea
Vários autores da educação contemporânea, apontam que o ideal do homem domínio da educação
da liberdade, personalizada, socializada, intuitiva, totalizada, criativa, construtiva.
A educação da socialidade, no entender de Piaget, citado por Rocha (1988), consiste nas
manifestações psicológica da criança sobre o mundo que lhe rodeia. Visto que a criança vivencia
e pensa sobre o seu próprio mundo e a tarefa dos educadores deve explorar as áreas do
conhecimento da criança.
Nas suas obras, uma publicada em 1967 “Educação como Pratica da liberdade e a outra publicada
em 1970 “Pedagogia de Oprimidos” coloca pontos nazis sobre a opressão e a necessidade dos
oprimidos se libertarem através de acções concretas. Neste sentido, a sua Pedagogia é
verdadeiramente uma Pedagogia do direito á educação.
A educação é problematizadora do poder político e deve ser problematizada como forma poder. É
um poder de subjectividade;
A educação é um direito universal, sem discriminação nem exclusão. É direito de aprender a ser
humano e ser diferente;
Direito á educação é direito a uma educação para a libertação e a liberdade. É direito de aprender
a autonomia para o exercício da cidadania;
Direito á educação é direito de ser mais. É um fim em si próprio e um recurso essencial para
realização de todos os direitos humanos;
A escola pública democrática é uma instituição insubstituível para a satisfação do direito de todos
á educação e para o aprofundamento da democracia.
Actividades de aprendizagem
1. Escreva pelo menos 3 definições de cada, dos termos educação e pedagogia. Depois,
reflicta em volta delas, com propósito de encontrar a definições mais abrangentes e
contextualizadas.
2. Descreva as circunstâncias que fizeram com que a pedagogia tornasse uma ciência da
educação.
3. Dos três tipos de educação, estudados, analise quando é que um precisa do outro.
Leituras obrigatórias
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes Necessários á Prática Educativa. São Paulo:
Paz e terra, 1996.
Marrou, Henri – Irénée. História da Educação na Antiguidade. São Paulo: EPU, 1990.
Piletti, Nelson & Piletti, Claudino. História da Educação. 7ed. São Paulo: Ática, s/d.
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Objectivos específicos:
Sumário:
1. Ramos da pedagogia
Na antiguidade, todos conhecimentos eram explicados numa única ciência que se chama Filosofia
– como mãe de todas as ciências.
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A pedagogia também não foge dessa realidade, e sendo assim, no seu carácter de ciência
independente, subdivide-se nos seguintes ramos:
4. Pedagogia das idades – examina teorias gerais do homem nas diferentes faixas
etárias, isto é, estuda as particularidades da educação e do ensino nos diferentes
períodos etários. Assim temos: Pedagogia pré – escolar; Pedagogia escolar e
Andrajosa (educação de adultos).
2. Estrutura da pedagogia
- Pedagogia Normativa (Pedagogia como filosofia) – que investiga fins e ideias fundamentais da
educação tanto ao longo da evolução da humanidade como em seu estado actual e em sua
estrutura intima.
- Pedagogia Descritiva (Pedagogia como Ciência) – estuda os factos, factores que influem na
vida e na realidade educacional, tanto sub aspecto biológico, como sub aspecto psíquico e social.
entre o filosófico e o científico, isto é, entre o que deve ser e o que é a educação – ligando o ideal
ao real.
Aspectos filosóficos
Aspectos científicos
O que deve ser a educação?
O que é a educação?
Para onde conduzir as novas gerações?
Aspectos Técnicos
Como educar?
Na visão deste autor a prática educativa está presente em todas as esferas da sociedade
extrapolando o âmbito escolar formal e não formal, daí que o pedagogo estende a sua acção em
todas essas esferas.
As áreas de actuação do profissional pedagogo na (op cit: 58) definem-se em duas: a escolar e
extra-escolar:
Antes de entrar nesta abordagem é necessário rever os termos Educação e Pedagogia, na visão de
Libâneo, (2009: 30)
Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que
ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, o professor
profissional não é seu único praticante.
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Ela visa ao entendimento global e intencionalmente dirigido dos problemas educativos e, para
isso, recorre, aos aportes teóricos providos pelas demais ciências da educação. O processo
educativo se viabiliza, portanto, como prática social precisamente por ser dirigido
pedagogicamente.
Falar “(…) do carácter pedagógico da prática educativa, é dizer que a Pedagogia, a par de suas
características de cuidar dos objectivos e formas metodológicas e organizativas de transmissão de
saberes e modo de acção em função da construção humana, explicitamente, a objectivos éticos e a
projectos políticos de gestão social”. (op. cit.: 34).
Por exemplo: aspectos ligados a motivação para que o aluno se interesse pela matéria.
Aos alunos com necessidades educativas especiais, precisam de uma educação “especial” e um
acompanhamento psicológico adequado, isto é, o professor deve estar munido de ferramentas da
psicologia para lhe dar com os alunos com necessidades educativas especiais.
A selecção dos conteúdos e meios didácticos apropriados para a mediação da aula, devem ter em
conta o desenvolvimento psíquico da criança. Essa avaliação (do desenvolvimento psíquico da
criança) é fornecida pela psicologia.
38
A psicologia na educação não se limita na sala de aula, mas se estende para todos os
intervenientes do processo do ensino-aprendizagem, ajudando na elaboração dos currículos e na
resolução dos conflitos entre professores, entre professor e a direcção da escola, entre o professor
e ele mesmo e até entre o professor com a comunidade.
A sociologia estuda o meio em que as pessoas se encontram e pedagogia nesse caso estuda a
educação como prática social (LIBANEO;1996: 57), orienta-se pelos objectivos da sociedade
onde ela ocorre.
Pode-se entender que a sociologia é uma ciência que estuda os valores sociais, as mudanças na
sociedade, os padrões e modelos de comportamento, ela não estuda as diferenças individuais, mas
sim as diferenças que existem entre grupos de indivíduos (classes ou camadas sociais, grupos
políticos e grupos de trabalho).
Como foi dito anteriormente, a educação deve ter em conta os objectivos da sociedade onde ela
ocorre, cada sociedade tem o seu modelo de educação. Assim, cada mudança que ocorre na
sociedade afecta também o processo educativo dessa sociedade. Pode se considerar a educação
como sendo um processo dinâmico.
A pedagogia tem em vista o desenvolvimento integral do ser Humano, para que este possa
integrar-se no sistema social de que faz parte.
Ajuda aos professores a reconhecer a relação existente entre e escola e a sociedade, permitindo
que este medeie a sua aula com a colaboração da sociedade e que também participe nas
actividades da sociedade onde se encontra. Um dos exemplos da relação da pedagogia com a
sociologia é a integração do currículo local no novo currículo do ensino básico em Moçambique.
Em suma, a educação é o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições da sua
própria existência. A sociedade só poderá viver se entre os membros da mesma se existir uma
certa homogeneidade na maneira de pensar e essa homogeneidade só pode ser fornecida pela
educação (DURKHEIM; 2001:55).
Foi a partir desses pontos e com os conhecimentos adicionais dos filósofos que começaram a
surgir outras ciências derivadas da Filosofia, com o objectivo de separá-las e cada uma dela o seu
objecto de estudo.
Sendo a filosofia o amor a sabedoria, não tem um objecto de estudo definido, isto é, estuda a
globalidade das coisas e é considerada a mãe de todas as ciências (POLITZER; s/d:14), é
evidente que influencie no pensamento pedagógico.
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Ela abrange os princípios fundamentais da educação como as relações entre a educação e a vida
quotidiana.
Todo o ser humano, em qualquer sociedade sem distinção da cor, sexo, raça e idade está sempre a
filosofar. A Filosofia esclarece o que deve ser a educação; para que sociedade educar; para onde
deve se conduzir as novas gerações e com que valores educar as pessoas.
Em suma, a pedagogia busca bases filosóficas para melhor esclarecer o papel da educação no
desenvolvimento das sociedades.
Por sua vez, a pedagogia fornece quadros para a manutenção do sistema governativo.
A ética é uma ciência que estuda o comportamento humano na sua relação com o meio natural e
social, visando assegurar a prática das boas normas culturais e sociais.
A ética ajuda a pedagogia a delinear as suas regras/princípios de acordo com as normas de cada
sociedade.
A pedagogia por sua vez ajuda na modificação de alguns hábitos e costumes das sociedades que
não sejam válidos para um determinado contexto, visto que as sociedades se desenvolvem e
algumas normas precisam de ser revistas para se ajustarem a nova realidade.
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É a ciência social que estuda o passado com o intuito de melhor compreender o presente e
perspectivar o futuro (www.geocities.com/neri_iscsp/ICS.html).
O educador para poder educar uma certa pessoa, é necessário que se conheça o seu passado.
“Moral é a teoria normativa da acção humana enquanto submetida ao Bem, ao dever de praticar o
Bem. É uma teoria relacionada com a qualidade dos actos” (www.
geocities.com/neriiscsp/ICS.html).
Assim, a educação como objecto de estudo da pedagogia tem como finalidade desenvolver em
cada indivíduo toda a perfeição de que ele e susceptível (Kant Apud DURKHEIM; 2001:6) e
para que se atinja essa perfeição é necessário que as pessoas pratiquem o bem.
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Um homem só pode ser moral se for social porque para haver princípios morais tem que haver
uma sociedade onde são aplicados esses princípios.
Estuda o Homem como ser criador, portador e transmissor de cultura. Portanto, ela estuda o
homem, suas actividades e comportamento. É importante reflectir que a sociologia tem objecto
material (estudo do homem) e formal (trata do homem e o seu comportamento como um todo).
Par melhor compreender o processo educativo é necessário conhecer a história do povo em que
este ocorre, seus hábitos e costumes.
A educação é a prática social, sendo um processo, ela começa e não tem fim, respeita a situação
temporal e espacial, na qual ocorre o processo ensino-aprendizagem.
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A relação da pedagogia ciência da educação com a própria educação reside no facto de que sendo
a pedagogia parte prática da educação ela oferece subsídios a educação para através das teorias e
técnicas do processo de ensino aprendizagem, o aluno alcance o desenvolvimento dos recursos
internos para levar o processo de aprendizagem a bom termo.
Sumário:
Como toda a ciência, a pedagogia dispõe de uma série de métodos para estudos de seu objecto,
que é a educação.
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O conceito mais simples de método é, caminho para alcançar uma objectivo; uma acção
encaminhada a um fim; um meio para alcançar um objectivo determinado.
Segundo NÉRICI (1978: 15) método, é um conjunto coerente de procedimentos racionais que
orientam pensamentos para serem alcançados conhecimentos validos.
Para LAKATOS (2000: 45) método é o conjunto de acções que o espírito humano emprega na
investigação e na demonstração da verdade.
Daí que, métodos pedagógicos é um modo de reflexão e explicação dos processos pedagógicos,
buscando o desenvolvimento integral do homem, através de uma organização de procedimentos
que favoreçam a consecução dos propósitos estabelecidos. Por outras palavras, é um conjunto de
actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permitem o estudo da
educação.
Os métodos pedagógicos implicam pois, ver objecto de estudo nas suas propriedades e suas
relações com outros objectos e fenómenos sob vários ângulos e especialmente na sua implicação
com a prática social, uma vez que a apropriação dos conhecimentos tem a sua razão de ser na sua
ligação com necessidades na vida humana.
Em síntese, podemos dizer que métodos pedagógicos são acções de investigação educacional
pelas quais se organizam actividades educativas e dos educandos com vista a alcançar os
objectivos e as necessidades da sociedade.
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Dada a natureza e a complexidade dos conhecimentos pedagógicos, não há método único, mas
uma variedade de métodos cuja escolha e organização dependem dos recursos, objectivos,
conteúdos, tempo, as formas de organização da educação e as condições socio-económicas.
De uma forma geral, para a reflexão dos aspectos pedagógicos, utilizam-se os métodos que em
última instância são os métodos gerais das ciências sociais, adaptados ou modificados de acordo
com as suas peculiaridades.
Quando o observador se dirige sobre a própria pessoa, quando o observador se socorre, por
exemplo, de suas lembranças ou experiências como aluno chama-se introspecção; quando a
observação se dirige aos outros, ao estudar, por exemplo, o efeito de determinado método de
ensino sobre os alunos, chama-se heterospecção. A observação divide-se ainda em individual ou
colectiva, conforme se trate de observações sobre um único aluno, ou sobre um grupo de alunos.
Tanto o experimento como a observação não se podem realizar `as cegas, arbitrariamente, mas
são dirigidos por uma finalidade ou por uma hipótese que se quer demonstrar. É necessário,
portanto, preparar de antemão as condições em que se vão realizar e levá-los a termo, depois,
com o maior cuidado possível.
Análise e Síntese – como é sabido, a análise consiste na dissociação ou decomposição das partes.
O método analítico aplica-se em pedagogia quando, por exemplo se estudarmos componentes de
um processo de ensino ou as aptidões dos alunos que intervêm na resolução de um problema, ou
quando se investiga os efeitos das excursões escolares sobre o ensino, etc.
O método sintético consiste na inversão da análise, isto é em recompor um objecto com suas
partes anti separadas. Por exemplo: quando no ensino das línguas via-se das letras ou sílabas `as
palavras, ou quando se quer obter o perfil psicológico de um aluno. Chama-se reprodutivo,
quando se limita a simples inversão de uma análise anterior e construtivo quando, além dessa
inversão obtém-se novos resultados.
Indução e Dedução - a indução consiste em ir do particular para o geral, dos factos `a lei.
Comummente o método indutivo é o mais empregado pela ciência mas requer grande cuidado na
aplicação. Para que seja eficiente é preciso que se reúna o maior número de casos e se
estabeleçam entre eles as relações e semelhanças, de modo que a lei ou explicação possa ter
aplicação geral. Emprega-se em pedagogia quando se quer determinar, por exemplo, por meio
dos trabalhos dos alunos qual é o melhor método para o ensino do idioma, ou quando se quer
conhecer através de exercícios apropriados, os efeitos do trabalho manual sobre o intelectual.
A maior vantagem nos testes é constituírem medidas objectivas independentes do critério pessoal
e subjectivo do examinador e poderão ser entendidos e utilizados universalmente.
A Relação pedagógica
A nível da competência pedagógica e psicossocial, o formador deverá adoptar uma postura que
reúna as seguintes características: predominantemente semi-directivo, facilitador e mediador e
48
O modelo teórico de Gilles apud (op. cit. 98) apresenta três modelos de relação pedagógica:
centrado nas aquisições, centrado nas iniciativas e o modelo centrado na análise.
Como uma forma de manter a boa relação pedagógica na sala de aulas ou fora dela, Gomez, Mir
e Serrats (14-26) aponta 8 enfoques teóricos da disciplina para garantir o desenvolvimento
integral do formando.
Apontam-se os seguintes
1. Modelo centrado nas aquisições, (didáctica racional), pedagogia por objectivos: conteúdos e
objectivos pré determinados pelo formador, os formandos não participam nessas determinações;
Os dois últimos modelos são os que mais se adaptam às estratégias pedagógicas em matéria de
dinamização de indivíduos e grupos.
Ser um líder e gestor da dinâmica formativa significa, em última instancia, que o formador deve:
- Resolver conflitos;
Para conseguir sucesso da materialização das características descritas atrás, significa que o líder
terá que desenvolver uma relação pedagógica, estabelecendo e explicitando um contracto
pedagógico tal, que entre em linha de conta com os seguintes princípios:
Actividades de aprendizagem
1. Identificar e descrever as áreas de actuação do pedagogo
2. Reproduzir conceitos mais ampliados de educação e pedagogia
3. Elaborar uma síntese da relação da Pedagogia com ciências da educação e outras ciências
4. Identificar as diferenças e semelhanças das categorias da Pedagogia.
Leituras obrigatórias
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 11ed. São Paulo, 2009
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História da Educação. 7ed. São Paulo, s/d.
51
Objectivos específicos:
Afirma DURKEIM que, “a escola e a educação parecem ter ambas as funções: reproduzem a
sociedade numa dinâmica conservadora e, simultaneamente renovadora.”
52
Como função (re) produtora, educação constitui-se acima de tudo como uma condição pela qual o
ser humano se pode tornar verdadeiramente humano. “Para ser homem, não basta nascer, é
necessário aprender”. Nesta perspectiva, o ser humano é entendido como um processo, algo que
se vai construindo e (trans)formando, um manancial de possibilidades que só serão actualizáveis
por meio da educação.
A educação, como prática social que se desenvolve nas relações estabelecidas entre os grupos,
seja na escola ou em outras esferas da vida social, se caracteriza como campo social de disputa
53
hegemónica, disputa essa que se dá "na perspectiva de articular as concepções, a organização dos
processos e dos conteúdos educativos na escola.
Em consequência, educar não é apenas formar um ser humano isoladamente, mas a verdadeira
humanidade só é possível na convivência, no confronto de Tu e na configuração de um Nós, ou
seja uma vida comum que permita a realização de todos.
A educação constitui garante da cultura enquanto património a ser herdado pelos membros de
cada nova geração. A educação é um acto de projectar a jovem geração para a cultura dominante
em cada época, espaço/local.
Embora não assume a escola como origem e geradora absoluta da cultura, proclama sua função
modificadora do conteúdo e do espírito da cultura por ela transmitida, visando especialmente
transformar o legado colectivo em um inconsciente individual e comum.
De acordo com CABANAS (2002:60), acto educativo é o acto da educação, acto com que a
educação educa a própria acção de educar.
Segundo CABANAS (2002:60), acto educativo é o acto da educação, o acto com que a educação
educa, a própria acção de educar. Podemos também sustentar que o acto educativo é o exercício
concreto da educação. É, por conseguinte, a confluência da actuação do educador com a reacção
do educando, tendo como consequência o acesso deste a um nível de maior perfeição pessoal.
55
Pode-se reafirmar aqui, que a Teoria de Educação é entendida como a teoria do acto educativo,
pois neste convergem os conflitos teóricos básicos que se colocam ao conceber a educação.
Assim, o processo educativo, explica que a educação é um processo (ou súmula de actos
educativos encadeados) de aperfeiçoamento (dai que o vector indique um movimento
ascendente), no qual se trata de fazer com que um sujeito aceda a níveis superiores na sua
existência.
No estudo da personalidade surgiram varias correntes com diferentes definições, eis algumas:
É forma característica na qual uma pessoa pensa e se comporta a medida em que se ajusta a
seu meio ambiente;
“É o estilo de vida do indivíduo ou a maneira característica de reagir aos problemas da vida
incluindo os seus objectivos na vida” (Adler);
“ É aquilo que permite um prognóstico, aquilo que a pessoa faria numa dada situação” (Patel,
1905);
56
A personalidade não nasce com ela, mas adquire-se a custo do trabalho próprio e alheio. Nesta
aquisição, algumas das tendências do indivíduo exercem o papel preponderante. Entre elas tem
influência na formação do “eu”, como realidade consciente, afirmando-o e desenvolvendo-o, a
ambição, o orgulho, a vaidade e a emulação, numa palavra o egoísmo.
Estas tendências devem ser regradas e bem dirigidas, caso contrario em vez de qualidades dignas
da pessoa, torna-se vícios nefastos.
Purificando das suas perversões, o egoísmo é legítimo e é guarda da nossa dignidade moral, um
estímulo para o trabalho e para a prática do bem; é condição imprescindível a formação da
personalidade. O sentimento da honra e da dignidade pessoal concorrem para elevação do
homem.
Teorias da personalidade
a) Teorias sociogenéticas
b) Teorias Biogenéticas
Consideram que o destino das crianças é sempre determinado pelas propriedades inatas. O
desenvolvimento da personalidade explica-se pela lei biogenética (a ontognese, que é a repetição
abreviada da filogenése).
A necessidade cumprir tarefas cada vez mais complicadas, obriga aos alunos a mobilizar forças
psíquicas, e assim, eleva-se ao nível mais alto do desenvolvimento.
58
A planificação é uma actividade que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos
da sua organização e coordenação em faces dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e
adequação no decorrer do processo de ensino. É um meio para se programar as acções docentes,
mas também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
Portanto existem evidências de que há uma interacção dinâmica entre as modalidades concretas
de organização e gestão dos ambientes de aprendizagem e os procedimentos de planificação das
actividades.
Tipos de planificação
Actividades de aprendizagem
1. Em 10 linhas faça uma síntese sobre o papel social da educação na formação da personalidade.
5. Explique porque o homem deve ser educado em todos os períodos do seu desenvolvimento.
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Leituras obrigatórias
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes Necessários á Prática Educativa. São Paulo:
Paz e terra, 1996.
…………………………… Educação como Prática da Liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: Uma perspectiva social. 15ed. São Paulo, 1997.
4. 3 Reforma curricular
4. 3. 1 Conceitos
Objectivos específicos:
Sumário:
negros e ensino rudimentar para os indígenas, ministrado pela Igreja Católica ao abrigo da
Concordata de 1940 celebrada entre a Igreja Católica e Governo Colonial Português e o estatuto
Missionário de 1941.
Em consequência da debandada dos colonos o nosso país herdou uma desastrosa herança em
termos de quadros Nacionais e infra-estruturas sociais, sobretudo na área de Educação.
É neste " Mare Magnum" de dificuldades que a Frelimo devia traçar definir estratégias para o
desenvolvimento do país que acabava de nascer e sob o peso da sua responsabilidade. É neste
contexto que a 24 de Julho de 1975, foram nacionalizados a terra e os recursos naturais do país,
os serviços de Saúde e da Educação. Estas nacionalizações visavam fundamentalmente, eliminar
a possibilidade de emergência de burguesia enquanto classe e introduzir novas relações de
produção, (BUENDIA, 1999: 234).
Em 1977 Frelimo realiza o terceiro congresso onde traçaria as linhas mestres do desenvolvimento
do país com a elaboração do Plano Prospectivo Indicativo (PPI) que preconizava a erradicação do
sub desenvolvimento em dez anos (1980 - 1990) tendo como sustentáculos mega projectos, tais
como o complexo Agro industrial do Limpopo, o Projecto dos 400 mil hectares do Unango, a
têxtil de Mocuba (Pideco), Carbonífera de Moatize, etc . Estes projectos funcionariam como
varinhas mágicas para impulsionar o almejado desenvolvimento acelerado de Moçambique em
todas esferas da vida Social. Esta visão quimérica do desenvolvimento do país é de inspiração
Socialista imposta pelos "nossos aliados naturais" no âmbito dos compromissos da Luta Armada
de Libertação Nacional e no contexto Global da Luta anti- imperialista.
Como diria Mazula, "O PPI reproduzia, na prática o modelo do desenvolvimento dos países
socialistas. A Frelimo pretendia dar "Grande salto" para o Socialismo. Criava-se a ilusão como
possibilidade racional de desenvolvimento ser vencido numa década o sucesso da educação
resultado rápido desenvolvimento económico.
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Essa ilusão enquadrava-se, também, no espírito triunfalista que ainda predominava na Frelimo,
(MAZULA, 1995: 170). Um dos resultados importantes e o marco de referência na história de
Moçambique da materialização das directivas do III Congresso foi a elaboração, discussão e
aprovação do SNE como concretização das directivas em matéria de educação aplicada a fase
actual e orientada para o nosso desenvolvimento. "A implementação do SNE é parte integrante da
estratégia da construção do socialismo.
Neste contexto, e ao abrigo da lei 4/83 de 23 de Março é criado o SNE que viria a ser revogado,
desta feita, pela lei 6/92 de 6 de Maio, que reajusta o quadro geral do SNE e adequa as
disposições nele contidas, tendo superado diferenças substanciais e profundas no referido
documento em termos da sua fundamentação, conforme o quadro que a seguir se apresenta:
Sumário:
O SNE foi concebido, basicamente, para responder às metas do Plano Prospectivo Indicativo
(PPI), já superado no IV Congresso que adoptara a estratégia de desenvolvimento através de
pequenos projectos (IV CONG: 63). A Educação devia criar condições para a formação de uma
rede escolar mais adequada e eficaz, garantindo-se desta forma a efectivação da escolaridade
obrigatória, estratégia fundamental para erradicação do analfabetismo, para a formação de
técnicos básicos e médios necessários para os projectos agro-industriais, e para elevar a formação
dos trabalhadores dos sectores considerados prioritários da economia nacional. Sob o ponto de
vista político-ideológico, a educação deveria garantir o acesso dos trabalhadores à ciência e à
técnica, de forma a tornarem-se dirigentes da sociedade, e assegurar a formação do homem novo,
socialista, capaz de acompanhar o processo de transformação social.
O PSG decresceu para 6,9%, só em 1982, e em 35%, de 1981 a 1986, decréscimo justificado
pêlos efeitos da seca, da guerra interna, das agressões militares e sabotagens económicas da
África do Sul, que afectaram negativamente a agricultura e outros sectores económicos e sociais,
reflectindo--se, de imediato, na dinâmica das relações económicas exteriores do País. As
exportações baixaram cerca de 53,6%, de 1980 para 1983 (CNP, 1984: 44/45; DNE, 1985: 68).
As importações também decresceram 7,3% de 1980 a 1982, consideradas a preços constantes
(CNP, 1984: 47).
65
- Nível Primário;
- Nível Secundário;
- Nível Médio e;
- Nível Superior.
- Erradicação do analfabetismo;
5. A Educação é dirigida, planificada e controlada pelo Estado, que garante a sua universalidade
e laicidade no quadro da realização dos objectivos fundamentais consagrados na constituição.
4. 3 Reforma Curricular
4. 3. 1 Conceitos
A reforma curricular, como reconheceu Roberto (1987), é o vector principal de qualquer reforma
educativa, pois, o currículo é o elemento fulcral de um sistema educativo.
E como uma mudança contém muitas dimensões conflituosas e estratégicas não se poderá desejar
que as reformas educativas se esgotem por completo na reforma curricular; Manuel Patrício
(1991: 10) apud (PACHECO 2001: 157), “que aquilo em que veio a tornar-se psicose curricular
67
Mesmo assim, a reforma curricular foi um dos pontos mais visíveis de todo o processo global de
reforma, suscitando opiniões muito diversas. De um modo global, a reforma curricular supõe
mudanças em várias dimensões que significam tanto uma mudança como uma inovação.
PACHECO, (1992: 77) apud (PACHECO 2001:157).
A educação e um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a sua
continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que baseia
continuamente, as melhores estratégias para responder aos novos desafios que a continuidade,
transformação e desenvolvimento da sociedade.
68
Por ex: pode se constatar que os objectivos dos programas escolares do 1º grau do ensino básico
já não estão a adequar-se à realidade do crescimento do ensino em Moçambique, neste caso, os
planificadores podem rever esses objectivos e introduzir emendas.
A reforma curricular não é mais do que a concretização, dos objectivos definidos numa nova
politica educativa para todo o país, tendo em vista produzir alterações significativas no sistema
educativo. É neste quadro complexo que se irá configurar o currículo, sendo essencial ter
presente questões, tais como:
A definição mais ou menos explicita dos objectivos que deverão ser prosseguidos.
A tradição curricular do respectivo sistema educativo;
O tipo do currículo (aberto ou fechado);
O modelo de organização (centrado em disciplinas ou temas)
A selecção das matérias e respectivos conteúdos
Forma como os intervenientes no sistema educativo participarão
As medidas de apoio á mudança curricular.
( www.hottopos.com )
Deste modo, procura-se em cada etapa, desenvolver estratégias educativas por-forma a responder
cabalmente aos desafios que se colocam
O principal desafio que se coloca a reforma curricular, e tornar o ensino mais relevante, no
sentido de formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, a vida da sua
família, da comunidade e do pais, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos
direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.
Efectivamente, muitas vezes, acusa-se os sistemas educativos formais de impor aos educandos os
mesmos modelos culturais e intelectuais sem prestar atenção suficiente `a diversidade dos
talentos da imaginação, atitudes, predilecções, globais, dimensão espiritual e habilidade manual.
Assim, surge a presente reforma curricular que reformula o plano curricular introduzido em 1983,
pela lei 4/83 de 23 de Março, e revisto em 1992, pela lei 6/92, de Março.
A primeira reforma tinha como principal razão dar acesso ao ensino a maioria dos
Moçambicanos e na mudança dos conteúdos das disciplinas de carácter social (Português,
história, geografia, etc), disciplinas denominadas de secção de letras.
A segunda reforma, foi a estrutural, que decorreu em 1977. Esta, extingui o ensino preparatório
com as denominações de 1º e 2º ano (s) e 3º,4º,5º,6º e 7º ano (s) liceais e ensino complementar na
área técnica e introduz-se as denominações de 5ª…11ªclasses onde de 5ª a 9ª classes correspondia
ao Ensino Secundário Geral e 10ª e 11ª ao pré-universitário, e deixava de existir o complementar
ou seu equivalente.
A terceira reforma é conhecida SNE, lei 4/83 de 23 de Março a qual abrangeu toda estrutura
educacional Moçambicana, desde o primeiro ano de escolaridade até ao nível pré-universitário.
71
Em 1992, houve revisão da lei anterior para a lei 6/92 de 06 de Maio para se enquadrar na nova
constituição da República. Nesta fase, houve abertura para criação de Escolas Privadas.
Com SNE, a idade de ingresso no ensino primário, em todas as escolas públicas, passou a ser 7
anos e introduz-se as designações 1ª classe ao invés do pré, e o ensino primário estende-se até a
6ª classe ao invés da 4ª classe.
Esta reforma teve um grande impacto social-económico e educacional também teve cunho de
reforma estrutural, de conteúdos de ensino económico porque a 9ª classe passou a ser o nível
mais alto de escolaridade geral para a maioria dos jovens antes de serem submetidos a um ensino
profissionalizante.
Além destas grandes reformas curriculares MAZULA( op cit. p 70) acrescenta que,
Do acima exposto, pode se afirmar que a base das primeiras reformas educacionais em
Moçambique, até 1983, basearam-se na gestão de factores sócio-políticas e de afirmação da
cidadania, isto porque, apesar do abandono massivo de muitos quadros administrativos do pais, o
poder político continuou a prometer e a implementar a massificação do ensino com o slogan “
fazer da escola a base para o povo tomar o poder”.
O ensino pré-escolar, não é parte integrante da escolaridade regular de acordo com a lei 6/92 de 6
de Maio. A rede do ensino pré-escolar é constituída por instituições públicas, privadas e
comunitárias, cuja criação cabe `a iniciativa dos órgãos governamentais ao nível central,
provincial ou local, e de outras entidades colectivas ou individuais nomeadamente, associações
de pais moradores, empresas sindicatos, organizações cívicas, conferências e de solidariedade
destina-se a crianças menores de 6 anos, a fim de complementar a educação familiar, com a qual
deve estabelecer uma estrita relação. A sua frequência é de carácter facultativo. PCEB (2008: 25).
Actividades de aprendizagem
1. Fale da génese do SNE.
2. Qual é a contribuição da FRELIMO no SNE moçambicano?
3. O que é reforma curricular?
a) Como se traduz a reforma curricular em Moçambique?
b) Mencione as fases da reforma curricular em Moçambique
4. Faça uma análise sobre a educação em diversas fases em Moçambique
5. Confronte o SNE sob perspectiva da lei 4/83 e 6/92
73
Leituras obrigatórias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2000.
BRITO, Carlos. Gestão Escolar Participativa: Na Escola Todos Somos Gestores. 4ed, texto
editor: Lisboa, 1994.
Moçambique, 1999.
CARVALHO, Adalberto Dias de. Epistemologia das Ciências de Educação. 4.ed, Ediçõ es
afrontamento, Porto, 1996.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 7ed. Editora vozes: Brasil, 1998.
GOMEZ, Maria Teresa, MIR Maria e SERRATS, Maria Garcia. Como criar uma Boa Relação
Pedagógica. 23 ed. ASA Editores, 2003.
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Portugal, 1995.
MINED: Sistema Nacional de Educação: Linhas Gerais e Lei 4/83. Maputo, 1985.
MONTEIRO, A. Reis. História da Educação: do antigo “direito de educação “ao novo “direito à
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MOREIRA, António Flávio Barbosa, at all. Currículo: Políticas e Práticas. 7ed. Papirús, São
Paulo, 2003.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. Histó ria da Educaçã o. 7ed. Sã o Paulo, 1991.
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PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 23ed. Á ctica, Sã o Paulo, 2004.
Cortez, (snd).
ROCHA, Filipe. Correntes Pedagógicas Contemporâneas. 2ed. Aveiro: editora estante, 1988.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: Uma perspectiva social. 15ed. São Paulo, 1997.