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Qual a diferença entre sociopata e

psicopata?
Sociopata: As características dos sociopatas englobam, principalmente, o desprezo pelas
obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles
possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e
falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração,
baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros
seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu
comportamento. Essas pessoas geralmente são cínicas, incapazes de manter uma relação
leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente
sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam,
abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em
risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem.
Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com
a punição ou incapazes de modificar suas atitudes. Quando os sociopatas descobrem que
seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de
arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes
de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de
disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade. Na vida social, o
sociopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não
raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média.

Psicopata: O psicopata, por sua vez, superdimensiona suas prerrogativas, possibilidades


e imunidades; "esta vez não vão me pegar", ou "desta vez não vão perceber meu plano",
essas são suas crenças ostentadas.
Toda lei ou norma, gera temor e inibição, implicam na possibilidade de castigo. A lei
está feita para domar, para obrigar e para condicionar as condutas instintivas dos
indivíduos. O psicopata não apenas transgride as normas mas as ignora, considera-as
obstáculo que devem ser superados na conquista de suas ambições. A norma não
desperta no psicopata a mesma inibição que produz na maioria das pessoas.
Para os contraventores não psicopatas, vale o lema "Se quer pertencer a este grupo,
estas são as regras. Se cumprir as regras está dentro, se não cumprir está fora". Mas o
psicopata tem a particularidade de estar dentro do grupo, apesar de romper todas as
regras, normas e leis, apesar de não fazer um insight, não se dar conta, não se arrepender
e não se corrigir. Sua arte está na dissimulação, embuste, teatralidade e ilusionismo.
Os psicopatas parecem ser refratários aos estímulos, tanto aos estímulos negativos, tais
como castigos, penas, contra-argumentações à ação, apelo moral, etc., como também
aos estímulos positivos, como é o caso dos carinhos, recompensas, suavização das
penas, apelos afetivos. Essa última característica é pouco notada pelos autores. O
psicopata não modifica sua conduta nem por estímulos, positivos, nem pelos negativos.
Para o psicopata a mentira é uma ferramenta de trabalho. Ele desvirtua a verdade com
objetivo de conseguir algo para si, para evitar um castigo, para conseguir uma
recompensa, para enganar o outro. O psicopata pode violar todo tipo de normas, mas
não todas as normas. Violando simultaneamente todas as normas seria rapidamente
descoberto e eliminado do grupo.
A particular relação do psicopata com outros seres humanos se dá sempre dentro das
alterações da ética. Para o psicopata o outro é “uma coisa”, mais uma ferramenta de
trabalho, um objeto de manipulação. Essa é a coisificação do outro, atitude que permite
utilizar o outro como objeto de intercâmbio e utilidade. Esta coisificação explica, talvez,
torturar ou matar o outro quando se trata de um delito sexual, sádico ou de simples
atrocidade.

Um sociopata tem aversão a sociedade, um pscicopata não tem essa aversão, mas é um
indivíduo que transgride as regras e as normas sociais.

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