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INTRODUÇÃO:
- Choque: desiquilíbrio homeostático, podendo haver hipotensão arterial e hipoperfusão tecidual.
- Choque séptico: resposta inflamatória sistêmica desencadeada por um agente infeccioso levando a uma vasodilatação
generalizada, levando a queda de PA.
- A reposição volêmica é a primeira intervenção na ressuscitação volêmica de pacientes com hipoperfusão tecidual
(necessário uma detecção precoce – taquipneia, taquicardia, sudorese são sinais de que o paciente pode evoluir ao
choque).
- A sobrecarga volêmica gera disfunção orgânica e diminuição da sobrevida. Pode ocasionar edema tecidual, prejuízo ao
fluxo sanguíneo capilar e à difusão de oxigênio e nutrientes para as células, SDRA (síndrome do desconforto respiratório
agudo) decorrente de edema agudo de pulmão.
- A reposição de fluidos/ressuscitação volêmica deve ser feita conforme a estratégia guiada por metas adotando
medidas dinâmicas e medidas estáticas (não são mais recomendadas – ex: PVC – pressão venosa central).
- O objetivo da reposição é aumentar o retorno venoso e o volume sistólico. No entanto, menos de 50% dos pacientes
com instabilidade hemodinâmica respondem a volume.
- Ao pensar em realizar a ressuscitação volêmica devemos nos questionar sobre qual o momento, quantidade e tipo
ideal de fluido devemos prescrever.
FISIOPATOLOGIA:
- São as Forças de Starling que irão determinar o fluxo de líquidos.
- A albumina é a principal responsável pela pressão coloidosmótica/oncótica capilar, portanto, impede a saída de agua
do vaso para o interstício.
HORA- OURO:
Fase EBB:
- Nessa fase ocorre choque distributivo, caracterizado por vasodilatação e extravasamento capilar de água e albumina
gera hipoperfusão sistêmica e redução da oferta de oxigênio.
- A persistência do fator causal do estado de choque é diretamente proporcional a evolução progressiva da resposta
inflamatória e neuroendócrina, que perpetua o extravazamento capilar e o edema e torna a ressuscitação volêmica
intervenção deletéria apos a hora-ouro.
Fase FLOW:
- A estabilização hemodinâmica e o restabelecimento da pressão oncótica do plasma iniciam essa fase, com recuperação
da diurese e mobilização do fluído extravascular, resultando em balanço hídrico negativo.
TIPOS DE SOLUÇÕES
SOLUÇÕES CRISTALOIDES:
- É composta de solutos de baixo peso molecular como Na e Cl.
- Baixo custo.
SOLUÇÕES COLOIDES:
- São soluções de alto peso molecular, portanto, permanecem por tempo prolongado no intravascular.
- Mais eficiente que os cristaloides, pois, quando comparados os coloides induzem maior expansão plasmática para um
mesmo volume administrado.
- São elas: albumina, amido-hidroxietil, gelatinas, dextrans, plasma fresco congelado, concentrado de hemácias (CH).
Albumina:
- cara
- não é a primeira escolha, pois é derivada do plasma.
- o paciente que esta necessitando de muita quantidade de solução cristaloide
(paciente em choque séptico) pode dar albumina (pois gera expansão vascular com pouca quantidade
administrada).
- não se usa albumina em paciente com trauma.
Amido hidroxetil:
- Pouco utilizada, pois, desenvolve doença renal aguda e inibe a agregação plaquetária aumenta a mortalide.
Gelatinas:
- pouco peso molecular menor expansão de volume
- pode provocar reações anafiláticas.
- pouco usada
Dextrans:
- predispõe a distúrbios de coagulação, lesão renal aguda e reações anafiláticas.
RESPONSIVIDADE A FLUIDOS
- O objetivo inicial é aumentar o débito cardíaco e melhorar a perfusão dos órgãos.
- Atualmente medidas estáticas (PVC – pressão venosa central) não são mais utilizadas.
PVC não é mais recomendada como parâmetro se o paciente esta respondendo a ressuscitação volêmica. Hoje
se usa as medidas dinâmicas (elevação passiva de MMII, alteração do ciclo respiratório, manobras de ventilação
mecânica, ultrassom (US – verifica se houve aumento da ejeção de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta;
identifica o fluxo sanguíneo na artéria carótida), verifica a variação respiratória no diâmetro da veia cava
inferior.