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NBR 14788 - Valvulas de Esfera - Requisitos
NBR 14788 - Valvulas de Esfera - Requisitos
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
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Origem: Projeto 04:009.17-002:2000
ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
ABNT/CE-04:009.17 - Comissão de Estudo de Válvulas
NBR 14788 - Ball valves - Requirements
Descriptors: Valve. Ball valve
Copyright © 2001, Esta Norma foi baseada nas ISO 7121:1986 e API 6 D:1994
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Esta Norma cancela e substitui as NBR 10284:1988 e NBR 11712:1980
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Válida a partir de 30.01.2002
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Válvula. Válvula de esfera 12 páginas
Sumário
Prefácio
0 Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Padrões
5 Diâmetros nominais
6 Pressões nominais
7 Relação pressão/temperatura
8 Projeto
9 Operação
10 Materiais
11 Ensaios
12 Marcação
13 Preparo para expedição
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública
entre os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma foi baseada na ISO 7121 - “Flanged steel ball valves”, com inclusões, adaptações, modificações e
extensões necessárias para outros tipos de materiais, dimensões face a face, tipos de extremidades e diâmetros
efetivos de esferas para válvulas com DN superior a 40.
Esta Norma substitui as NBR 10284:1988 - Válvulas de esfera de liga de cobre para uso industrial - Especificação - e a
NBR 11712-2 (EB-141-11):1980 - Válvulas de aço fundido e aço forjado para indústria de petróleo e petroquímica -
Válvulas de esfera - Especificação.
Cópia não autorizada
2 NBR 14788:2001
0 Introdução
As válvulas de esfera, de que trata esta Norma, são aquelas utilizadas normalmente para bloqueio de qualquer fluido
em linhas de uso geral, onde o fluido transportado e os materiais empregados na fabricação das válvulas devem ser
sempre compatíveis entre si.
Este tipo de válvula se caracteriza pela forma esférica do elemento de vedação que gira em torno de si mesmo,
alinhando suas aberturas com as existentes no corpo da válvula, requerendo tão somente um quarto de volta para
operação.
O corpo deste tipo de válvula pode ser inteiriço ou dividido em duas ou em três partes e a esfera pode ser com
passagem total (plena) ou reduzida.
As válvulas de esfera cobertas por esta Norma podem ser operadas manualmente através de alavanca ou por
atuadores mecânicos, hidráulicos, elétricos, pneumáticos ou outros, acoplados à haste da válvula ou a uma redução
intermediária.
1 Objetivo
Esta Norma estabelece os requisitos para válvulas de esfera com extremidades roscadas, flangeadas ou soldadas para
uso geral em instalações industriais, prediais ou domiciliares de água, óleos, gases derivados de petróleo e outros
fluidos de origem animal, mineral, vegetal ou mesmo sintetizados artificialmente.
Esta Norma abrange as válvulas de esfera operadas manualmente ou por atuadores, nos diâmetros nominais DN 10 a
DN 500, nas pressões nominais ISO PN 10 a ISO PN 100, como definido nas seções 5 e 6.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado
momento.
NBR 6188:1982 - Barra e perfil de cobre e de ligas de cobre para forjar - Especificação
NBR 8133:1983 - Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca - Designação, dimensões e tolerâncias -
Padronização
NBR NM-ISO 7-1:2000 - Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca - Parte 1:
Dimensões, tolerâncias e designação
ISO 261:1998 - ISO general purpose metric screw threads - General plan
ISO 263:1973 - ISO inch screw threads - General plan and selection for screws, bolts and nuts - Diameter range 0,06
to 6 in
ASME/ANSI B.16.24:1991 - Cast copper alloy pipe flanges and flanged fittings
NBR 14788:2001 3
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das ISO 6708 e ISO 7268, e as seguintes:
3.1 dimensões face a face: Distância entre os dois planos perpendiculares ao eixo do corpo localizado nas
extremidades da borda do corpo.
3.2 projeto antiestático: Projeto que garante a continuidade elétrica entre o corpo, a esfera e a haste da válvula.
3.3 haste antiexpulsão: Projeto que garante que a haste da válvula não será expulsa do corpo caso o preme-gaxeta
seja removido enquanto a válvula estiver sob pressão.
3.4 diâmetro efetivo: Diâmetro mínimo de passagem de fluxo da válvula, determinado pelo fabricante, quando na
posição totalmente aberta.
4 Padrões
As válvulas devem ser de “passagem plena” ou de “passagem reduzida” (ver figura 1) com as respectivas dimensões
previstas na seção 8. As extremidades das válvulas podem ser roscadas, flangeadas ou soldadas, e as válvulas com
extremidades flangeadas podem ser do tipo curto ou longo.
NOTA - Em certas válvulas do tipo longo ISO PN 10, bem como naquelas do tipo curto ISO PN 16 e ISO PN 20, a esfera na posição
total ou parcialmente fechada pode ficar protuberante em relação às extremidades das válvulas.
5 Diâmetros nominais
10; 15; 20; 25; 32; 40; 50; 65; 80; 100; (125); 150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500.
6 Pressões nominais
7 Relação pressão/temperatura
As pressões e temperaturas de trabalho admitidas para o corpo (carcaça) da válvula devem ser as especificadas para o
material (ver 10.1) empregado na fabricação do mesmo, mas podem ser limitadas por qualquer restrição de
pressão/temperatura do material da sede.
Estas limitações de pressão/temperatura devem ser determinadas pelo fabricante e informadas na placa de
identificação da válvula (ver 12.2 e 12.3), ou informadas ao cliente através de instruções apropriadas correspondentes
ao produto.
8 Projeto
8.1 Corpo
8.1.1 Geral
8.1.1.1 Os corpos podem ser inteiriços, bipartidos ou tripartidos (ver figura 2).
8.1.1.2 Nos casos de válvulas com corpo bipartido ou com corpo tripartido, a resistência projetada das uniões deve
corresponder no mínimo à resistência do corpo.
8.1.1.3 Quando assim solicitado pelo cliente, deve-se fornecer proteção contra excesso de pressão na cavidade do
corpo.
A espessura mínima da parede do corpo tm por ocasião da fabricação deve seguir a tabela 1 ou 2, em função do
material do corpo.
NOTA - Espessura metálica adicional deve ser fornecida conforme necessário para suprir as tensões decorrentes de montagem, de
fechamento da válvula, formatos não circulares e concentração de tensões, por exemplo.
Cópia não autorizada
4 NBR 14788:2001
NBR 14788:2001 5
a) Tipos de esferas
b) Tipos de corpos
6 NBR 14788:2001
NBR 14788:2001 7
As extremidades roscadas devem ser conforme a NBR NM-ISO 7-1 para roscas tipo BSP, ou conforme a
1)
NBR 8133 para roscas paralelas de uso exclusivo em válvulas de esfera para instalações prediais , ou
conforme a NBR 12912 para roscas NPT, a menos que especificado pelo cliente.
Encaixes para solda devem ser conforme a ASME/ANSI B 16.25 e as extremidades flangeadas conforme
definido em 8.1.3.2 e 8.1.3.3. Outros padrões de extremidades roscadas, soldadas ou flangeadas podem ser
adotados quando requeridos pelo cliente.
8.1.3.2 Em função do tipo do material empregado na fabricação da válvula, os flanges das extremidades do corpo
devem estar em conformidade com as ASME/ANSI B 16.5 para válvulas de aço ou ASME/ANSI B 16.24 para as de
bronze ou de latão.
NOTA - Quando o projeto do c orpo não permitir furos para os parafusos do flange, orifícios rosqueados podem ser
utilizados.
8.1.3.3 No caso específico de válvulas de aço, os flanges devem ser fundidos ou forjados integralmente com
o corpo ou na extremidade da linha de partição do corpo, ou fixados por solda por soldador qualificado e
processo de solda igualmente qualificado, contanto que tais flanges em válvulas maiores que DN 50 sejam
com solda de topo. Qualquer tratamento térmico necessário para garantir que o material seja adequado para
a faixa de temperatura de operação deve ser executado.
8.1.3.4 Os diâmetros dos orifícios na extremidade do corpo para válvulas não revestidas devem seguir as especifi-
cações da tabela 3.
8.1.3.5 O orifício para corpos com passagem plena ou reduzida deve ser circular, com diâmetro mínimo conforme ta-
bela 3.
8.1.3.6 Quando especificado pelo cliente, o projeto dos corpos das válvulas DN 50 e maiores deve incluir um dreno que,
quando roscado, deve ter a rosca em conformidade com a NBR NM-ISO 7-1 ou NBR 12912, no tamanho mostrado na
tabela 5.
8.2 Esfera
Os orifícios de esferas devem ser circulares, com diâmetros mínimos conforme especificado na tabela 4. Quando uma
passagem cilíndrica for necessária, ela deverá ser especificada pelo cliente.
8.3 Haste antiexpulsão
A válvula deve ser projetada de forma que as fixações da vedação da haste, por exemplo fixação do preme-gaxeta,
sozinhas não prendam a haste. Especificamente, o projeto deve garantir que, enquanto sob pressão, a haste não deve
sair da válvula caso o preme-gaxeta seja removido.
________________
1)
NBR NM-ISO 7-1 ou NBR 8133, por opção do fabric ante.
Cópia não autorizada
8 NBR 14788:2001
8.4 Sedes
As sedes ou conjunto de sedes devem ser projetados para serem substituídos, exceto para válvulas que tenham o
corpo inteiriço selado.
8.5 Parafusos
Todos os parafusos devem ter roscas métricas (ISO 261) ou em polegadas (ISO 263).
Quando especificado, as válvulas devem incorporar dispositivos antiestáticos que garantam a continuidade elétrica entre
a haste e o corpo de válvulas DN 50 e menores, ou entre haste, esfera e corpo de válvulas maiores. Os dispositivos
antiestáticos devem:
a) estar localizados de forma que estejam protegidos contra entrada de material estranho e da corrosão das partes
que os envolvem;
b) ter continuidade elétrica ao longo do caminho de descarga, com resistência não maior que 10 Ω de uma fonte de
energia que não exceda 12 V com corrente contínua, quando ensaiados numa válvula nova e seca, depois que os
ensaios de pressão tiverem sido realizados;
NBR 14788:2001 9
Válvulas
10 - 9,0
15 9,0 12,7
20 12,7 19,1
25 19,1 25,4
32 25,4 31,8
40 31,8 38,0
50 38,0 50,8
65 50,8 63,5
80 63,5 76,2
100 76,2 101,6
1
(125) - -
150 127,0 152,4
200 152,4 203,2
250 203,2 254,0
300 254,0 304,8
350 304,8 336,5
50 ≤ DN ≤ (125) ½
150 ≤ DN ≤ 200 ¾
250 ≤ DN ≤ 500 1
Cópia não autorizada
10 NBR 14788:2001
Diâmetro
Pressão nominal ISO PN
nominal
DN 10 e 16 25 a 50 100
Válvula
Tipo longo Tipo curto Tipo longo Tipo curto Tipo longo
1)
Dimensão face a face
mm
10 - - - - -
15 108 108 140 140 165
20 117 117 152 152 190
25 127 127 165 165 216
32 140 140 178 178 229
40 165 165 190 190 241
50 178 178 216 216 292
65 190 190 241 241 330
80 203 203 282 282 356
100 229 229 305 305 432
2)
(125) - - - - -
150 394 267 403 403 559
200 457 292 502 419 660
250 533 330 568 457 787
300 610 356 648 502 838
350 686 381 762 571 889
400 762 406 838 610 991
450 864 - 914 660 1092
500 914 - 991 711 1194
Tolerância: Tol = ± 1,5 mm para DN ≤ 250 e Tol = ± 3,0 mm para DN ≥ 300.
1)
2)
O tamanho entre parêntes es deve s er evitado em novas montagens.
Tabela 7 - Dimensão face a face de válvulas com extremidades de solda de topo
NBR 14788:2001 11
9 Operação
9.1 Como forma de operação, as válvulas que atendam a esta Norma devem ser projetadas com acionamento por
alavanca ou por atuador para acionamento mecânico, hidráulico, elétrico, pneumático ou outro, especificado pelo
cliente.
9.2 As válvulas devem ser fechadas girando-se a alavanca ou o eixo do atuador no sentido horário.
NOTA - O fechamento no sentido horário deve ser fornecido sempre, a menos que o cliente especifique o fechamento no sentido anti-
horário.
9.3 O encaixe da alavanca na haste das válvulas deve ser de tal m odo que a alavanca obrigatoriamente fique paralela
à tubulação quando a válvula estiver na posição aberta e transversal à tubulação quando na posição fechada.
Além disso, deve haver uma indicação da posição da válvula, resistente a intempéries, no topo da haste.
9.4 As alavancas ou suportes para atuadores devem ser fixados d e forma que, ao mesmo tempo que estejam
seguramente presos, possam ser removidos e substituídos quando necessário.
NOTA - A alavanca deve ser fixada de maneira que permaneça alinhada ao sentido do fluxo através da esfera, quando a válvula
estiver aberta.
9.5 Dispositivos de parada devem ser fornecidos para posições totalmente aberta ou fechada da válvula.
10 Materiais
10.1 Corpo
Os materiais selecionados a partir da tabela 8 devem ser usados para fabricação do corpo, tomadas, insertos e tampa.
O material do plugue do dreno deve geralmente ser o mesmo do corpo. Plugues do dreno em ferro fundido não devem
ser utilizados.
Tabela 8 - Materiais
Aço Fundido
Conforme ASME/ANSI B 16.34, para ISO PN equivalentes
Forjado
NBR 6314 NBR 6314 NBR 6314
NBR 6188
Forja Não previsto uso Não previsto uso Não previsto uso
Liga C 37700
NBR 6941
Latão Coquilha Não previsto uso Não previsto uso Não previsto uso
Ligas 1, 2, 3
NBR 5023
Corte livre Não previsto uso Não previsto uso Não previsto uso
CuZn36Pb3
10.3 Sede
Os materiais da sede não são um requisito desta Norma.
NOTA - Os materiais da sede devem ficar a critério do fabricante, a menos que especificado pelo cliente.
Os materiais devem ser adequados para uso nas condições de operação previstas, especificamente na temperatura de
operação mostrada na identificação da válvula.
Cópia não autorizada
12 NBR 14788:2001
12.3 A omissão de informações mencionadas em 12.2 é aceitável em válvulas até DN 50 inclusive, com exceção das
seguintes identificações:
a) diâmetro nominal (DN);
b) pressão nominal (ISO PN);
c) nome do fabricante ou marca comercial.
13 Preparo para expedição
13.1 Depois dos ensaios, cada válvula deve ser drenada e prepara da para expedição.
13.2 O revestimento das válvulas, exceto quando especificado pelo cliente, deve ser como descrito em 13.2.1 e 13.2.2.
13.2.1 Superfícies externas não funcionais das válvulas devem ser tratadas com um revestimento protetor definido pelo
fabricante. Componentes em aço inoxidável, bronze ou latão não precisam de revestimento.
13.2.2 Superfícies funcionais expostas, usinadas ou rosqueadas dev em ser revestidas com um preventivo contra
oxidação que possa ser facilmente removido, ou outro protetor, exceto no caso de componentes em aço inoxidável,
bronze ou latão, que não precisam de proteção.
13.3 A esfera deve estar na posição totalmente aberta para expedi ção, a menos que o projeto não permita.
13.4 Os orifícios da extremidade do corpo e faces de flanges, quan do existentes, devem ser protegidos com madeira,
ou fibra de madeira, ou tampas de plástico ou metal, ou ainda pela própria caixa de embalagem.
13.5 As válvulas podem ser expedidas avulsas, em paletes, ou em baladas em engradados ou em caixas, do tipo e
quantidades apropriadas.
________________