Você está na página 1de 84

1

APOSTILA
PIANO E TECLADO
(Teoria)

EDUARDO
TORRES

2022
2

Apostila de Piano e Teclado


Versão 2.0 / 14 de Janeiro de 2022
©pianoeducato

Telefone/whatsapp/telegram:
+55 (11) 97267 5860
E-mail
pianoeducato@gmail.com

Siga-me nas mídias sociais:

@pianoeducato @pianoeducato /pianoeducato


3

Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5
1 Primeiros passos ................................................................................................................ 6
2 As notas musicais .............................................................................................................. 7
3 Numeração dos dedos........................................................................................................ 8
4 Identificando as notas (alturas) ......................................................................................... 9
5 Exercício de leitura..........................................................................................................10
6 Exercício de leitura..........................................................................................................11
7 As oitavas ........................................................................................................................12
Capítulo I Conhecimentos básicos .........................................................................................14
8 Pulsação...........................................................................................................................15
9 Figuras de som e silêncio (ritmo) ....................................................................................16
10 Compassos simples .....................................................................................................18
11 Ponto de aumento ........................................................................................................19
12 Figuras de Som e Silêncio (continuação) ....................................................................20
13 Sinais de repetição .......................................................................................................21
14 Tom e Semitom ...........................................................................................................23
15 Sinais de Alteração ......................................................................................................24
16 Intervalos .....................................................................................................................26
17 Escalas .........................................................................................................................29
18 Escalas Maiores (naturais) ..........................................................................................30
19 Escalas Menores (naturais)..........................................................................................31
20 Graus musicais ............................................................................................................32
21 Armaduras de clave .....................................................................................................35
22 Acordes .......................................................................................................................36
23 Campo harmônico .......................................................................................................39
Capítulo II Conhecimentos intermediários 1.........................................................................40
24 Acento .........................................................................................................................41
25 Compassos compostos.................................................................................................42
26 Articulações .................................................................................................................44
27 Pedais ..........................................................................................................................45
28 Quiálteras ....................................................................................................................46
29 Síncope ........................................................................................................................48
30 Contratempo ................................................................................................................50
31 Andamentos.................................................................................................................51
32 Dinâmica .....................................................................................................................53
4

33 Consonância e dissonância ..........................................................................................54


Capítulo III Conhecimentos intermediários 2 .......................................................................55
34 Escalas — continuação................................................................................................56
35 Escala Menor (Harmônica e Melódica).......................................................................57
36 Escala cromática ..........................................................................................................58
37 Modos Litúrgicos (gregos) ..........................................................................................59
38 Escalas alteradas ..........................................................................................................63
Capítulo IV Conhecimentos avançados 1 .............................................................................64
39 Harmonia: o que é? .....................................................................................................65
40 Ciclo (ou círculo) das quintas (e quartas) ....................................................................66
41 Tonalidades relativas ...................................................................................................67
42 Tonalidades vizinhas ...................................................................................................68
43 Série harmônica ...........................................................................................................70
44 Modulação ...................................................................................................................71
45 Transporte e transcrição ..............................................................................................72
Capítulo V Conhecimentos gerais ........................................................................................73
46 Breve História da Música Ocidental ...........................................................................74
47 Gêneros e estilos musicais...........................................................................................75
48 “Familia das teclas” .....................................................................................................77
49 Compositores(as) estrangeiros(as) de referência .........................................................78
50 Compositores(as) brasileiros(as) de referência ...........................................................79
51 Tipos de Pianos e Teclados .........................................................................................80
52 Marcas de Pianos .........................................................................................................81
53 Marcas de Teclados .....................................................................................................82
54 Áreas de atuação do Pianista e ou Tecladista ..............................................................83
Referências ..................................................................................................................................84
5

INTRODUÇÃO
Sabemos que o aprendizado, em qualquer área de conhecimento, é
algo que demanda tempo e dedicação. Na música não é diferente. Aprender
a tocar um instrumento requer, em primeiro lugar, o entendimento de que
seu corpo deve adaptar-se fisicamente ao exercício contínuo desta ação
performática determinada. Tocar um instrumento, no entanto, é algo que
nos desenvolve como pessoas em diversos aspectos: exige de nós o
exercício da concentração, de lidar com a organização, rotina, motivação,
planejamento de estudos; por outro lado é algo que nos proporciona prazer
e satisfação, nos desenvolve intelectualmente, artisticamente, melhora
nosso pensamento criativo e nos traz bem-estar.
Para aprender um instrumento pouco importa a idade, habilidade,
tempo, disposição... Basta querer e se dedicar. É uma tarefa constante,
eterna e ilimitada. O instrumento torna-se parte de nós, um parceiro para
toda a vida.
Esta pequena apostila não tem como propósito dar conta de todo o
conhecimento sobre música, mas apenas para servir de apoio a um
conhecimento mais geral e orientar nossos estudos para que você, de forma
independente, busque dentro da música os temas que considere mais
pertinentes para si.

Bem vindo (a) e bons estudos! Esta apostila foi, é e sempre será pensada
pra você!
6

1 Primeiros passos

1. Adaptação física ao instrumento (procedimentos básicos iniciais):


postura, sensações, consciência do seu estado corporal.
2. Deslocamento do braço.
3. Mecânica do instrumento.
4. As notas musicais (teclas brancas e pretas)
5. Alongamento, aquecimento, relaxamento (evita dores/problemas
musculares).
7

2 As notas musicais

É muito possível que você já tenha ouvido falar das notas musicais e
tenha buscado conhece-las. Vamos então revisá-las? Ao todo nomeamos
sete notas musicais:

 Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
Esta sequência de notas forma o que nomeamos por Escala, no
caso, a de Dó Maior.

No piano a localização destas notas é muito evidente, pois são


justamente as notas que correspondem às teclas brancas.
Mas e as teclas pretas como nomeamos? Estas são chamadas notas
alteradas e recebem os nomes de suas notas vizinhas acrescidas da
nomenclatura Sustenido (#) ou Bemol (b) dependendo da circunstância.
Quando tocadas consecutivamente formam uma sequencia de 12 notas,
uma Escala Cromática.
Cada nota corresponde ao que chamamos também de Altura e estas
alturas são determinadas pela frequência, que por sua vez é uma grandeza
física.
Experimente agora tocar algumas notas com ambas as mãos,
começando pelo Dó Central. Para isso iremos utilizar os cinco dedos, que
por sua vez são numerados conforme o tópico a seguir.
8

3 Numeração dos dedos

Figura 1 Numeração dos dedos


9

4 Identificando as notas (alturas)


 A seguir observamos como as notas do piano/teclado são representadas na pauta
(note a localização do Dó central). Note que a leitura se dá na relação vertical
(pauta) enquanto que no teclado a leitura ocorre na horizontal (quanto mais à
direita, mais agudo; à esquerda, mais grave). Além disso, cada oitava recebe
uma numeração.

Agora vamos exercitar a leitura!


10

5 Exercício de leitura
1) Primeiro, iremos tocar com a mão direita.
2) Em seguida, com a mão esquerda.
3) Por fim, com as duas mãos alternadamente.
 Desafio: sugiro que experimente agora tocar as notas cantando seus nomes!

Figura 2 The Leila Fletcher Piano Course”, Livro 1, Mayfair Montgomery Publishing, 2002.
11

6 Exercício de leitura

Vamos tentar tocar utilizando apenas os dedos de 1 a 5 (em ambas


as mãos), formando assim, uma forma de mão que iremos utilizar
com frequência!

Observações:
o Ambas as mãos devem ser tocadas ao mesmo tempo
o A leitura se dá da esquerda para a direita
o A nota inicial Dó (central ou 3) é a mesma para ambas
as mãos. Opte por um dedo.

Fácil né?
12

7 As oitavas
 Sabemos que as notas musicais são basicamente sete: Dó,
Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si
 Em outros países as notas musicais são nomeadas com
letras: C, D, E, F, G, A e B. Veja a correspondência na
Figura 3.

 No Brasil e em outros países, essas letras são utilizadas para


representar os Acordes.
 Ao terminar um ciclo de notas (escala) e iniciar o próximo
dizemos que se inicia uma Oitava, visto que a mesma nota
se repete. Sendo assim, o teclado do piano geralmente é
composto de Sete Oitavas.
13

 Na Figura 3 estão localizadas as sete oitavas do piano. A


oitava cujas notas estão nomeadas está localizada na região
central do instrumento, cuja nota de referência e o chamado
Dó central ou Dó 31.
 O Teclado (instrumento), por sua vez, geralmente tem uma
extensão menor, composto por apenas cinco oitavas, indo da
oitava 1 (Dó 1 a Si 1) até a oitava 5 (terminando no Dó 6).

Figura 3 Oitavas do piano

Muito bem. Até aqui estudamos as Alturas no instrumento e


vimos como ocorre essa correspondência na Pauta. Porém, uma
música não se faz apenas com alturas. É preciso determinar como
estas alturas irão se comportar no tempo, quais serão sua duração
e regularidade. O tempo de duração de cada nota corresponde ao
que, quando somados, formam o Ritmo. Este ritmo por sua vez
deve respeitar uma regularidade tal como a de um relógio, a esta
regularidade chamamos de Pulso ou Pulsação.

1
Em alguns lugares é possível encontra-lo sob a denominação Dó 4. Na
literatura norte-americana geralmente é denominado C4.
14

Capítulo I
Conhecimentos básicos
15

8 Pulsação
Dos conceitos mais elementares que há na música nenhum talvez
seja tão relevante quanto o conceito de pulsação. Trata-se da batida regular
que dá sentido às coisas. Esta batida pode acelerar e desacelerar tal qual a
batida do coração, e tal qual o coração para que uma música se faça
compreender ela deve manter a pulsação, ou seja, a batida regular
constante.
16

9 Figuras de som e silêncio (ritmo)


Sabemos que as músicas são feitas da sequencia intercaladas de sons
e silêncio que constituem melodias e formam um sentido. Porém, como
vimos apenas conhecer as alturas não é suficiente para reconhecermos uma
melodia. Também é necessário delimitar o tempo de duração de cada som
produzido. Essa combinação irá produzir o que se entende por ritmo. Na
Figura 4 vemos os nomes e durações das chamadas figuras de som e
silencio.

Figura 4 Figuras de som e Silêncio


17

Ao observar o quadro da Figura 5 notamos que o valor de


uma figura de som (e silêncio correspondente) é sempre o dobro
do tempo da outra. Mas o que é o tempo? O tempo é uma unidade
de medida musical com duração arbitrária. Para facilitar nosso
entendimento tomamos como referência um segundo. Um
segundo tem uma duração padronizada pelo relógio. Ele é
proporcional e preciso. Assim como 1 segundo, 1 tempo também
é proporcional e preciso, porém sua velocidade (andamento) pode
variar.

Figura 5 Hierarquia das figuras


18

10 Compassos simples
Compassos são divisões matemáticas que nos auxiliam na
divisão correta da música. Existem compassos ditos simples e
compostos (veremos mais adiante). O compasso, propriamente, é
como se chama o conteúdo que se encontra entre uma barra e
outra. Estas barras podem ser chamadas de Barra simples (ou
Travessão timples) quando se referindo às barras que dividem os
compassos, ou Barra dupla (Travessão duplo) quando para
encerrar a música. Já a numeração (fração) que indica a divisão
do compasso, chamamos de Fórmula de Compasso.
Vejamos os três compassos simples mais comuns:

Figura 6: Leila Fletcher Atuld Piano Course 1


19

11 Ponto de aumento

O ponto de aumento é um elemento cuja função prática é aumentar a


duração do valor de uma figura somando a metade de seu valor. Ou seja,
uma semínima, cujo valor é de 1 tempo, quando pontuada passa a ter 1+ ½,
já uma mínima, quando acrescida do mesmo ponto, passa a ter duração de 3
tempos, e assim por diante. Veja no exemplo:

Figura 7 Ponto de aumento


20

12 Figuras de Som e Silêncio


(continuação)
Além das Semibreves, mínimas e semínimas, você deve ter notado
que existem outras figuras. Algumas delas são bastante frequentes, tais
como as Colcheias e Semicolcheias. Estas figuras tem duração,
respectivamente, de ½ tempo e ¼ de tempo, tal como suas pausas
correspondentes. Para exemplificar esta relação, imagine que a semínima
seja uma maçã. A colcheia seria uma maçã dividida em 2, enquanto que a
semicolcheia estaria dividida em 4 partes. Estas partes devem ser
exatamente iguais, em sua divisão.

*Fusas e Semifusas, veremos mais adiante.


21

13 Sinais de repetição
1. O Ritornello (do italiano, significa retorno) é um sinal de
repetição que tem a função de “abreviar” a música. Invés de
escrever o mesmo trecho que será repetido adiante o
compositor opta por inserir um sinal. Vejamos:

2. Casas: As casas são utilizadas para, quando repetir um


trecho, passar ao seguinte adiante. Bohumil Med (1996)
esclarece desta forma (p. 239):

3. Da capo (do italiano, “da cabeça”): voltar do início.


Geralmente aparece abreviado, “D. C.”, ou acompanhado de outra
22

indicação, como Da capo al fine, Da capo al segno, etc. Bohumil


Med (1996) esclarece desta forma (p. 240):
23

14 Tom e Semitom

 Semitom ou meio tom é a menor distância entre duas notas.


No piano isso é visível visto a alternância entre teclas brancas e
pretas.
 A junção ou soma de dois semitons formam um Tom.
 Sendo assim, entre as notas Dó e Ré, por exemplo, temos
um tom de distância. Já entre Dó e Mi, temos 2 tons de distância
(ou 4 semitons).
Importante:
 A relação entre as notas Si e Dó, tal como Mi e Fá também é
de Semitom, visto que entre essas teclas não há teclas pretas.
Semitom Semitom

Figura 8 Tom e Semitom


24

15 Sinais de Alteração
Os sinais de alteração são extremamente utilizados na música e
servem para elevar ou abaixar tons e semitons. Estes símbolos também
podem ser chamados de acidentes.

Figura 9 Sinais de alteração (acidentes)


25

Veja como as alterações aparecem em uma pauta:


26

16 Intervalos
Intervalo é o nome que se dá ao comparar duas notas. Por exemplo,
entre Dó e Ré, o intervalo é de Segunda (2ª). Saber reconhecer a distância
intervalar entre duas notas nos auxilia no momento da leitura de uma
música, portanto é considerada uma habilidade fundamental para o músico.
27

Todo intervalo é, portanto, Maior, menor, Justo, ou ainda


aumentados ou diminutos (conforme é possível ver na tabela em revisão e
ampliação). A forma mais eficaz de memorizar estes intervalos é: 1)
exercitando leitura, escrita e classificação dos mesmos; 2) ouvindo e
cantando para perceber suas nuances.

Figura 10 : Quadro com a distância entre os intervalos

Lê-se: 2ª – segunda, 3ª – terça, 4ª – quarta, 5ª – quinta, 6ª – sexta,


7ª – sétima.
28
29

17 Escalas
As Escalas são sistemas de organização dos sons sobre os quais as
musicas são construídas. Em italiano significam Escadas. Diz-se que o
primeiro a desvelar a existência das escalas foi o filósofo e matemático
grego Pitágoras. As escalas atuais, por sua vez, derivam de um longo
processo histórico que remonta à Grécia Antiga onde eram utilizados os
Modos. Ainda hoje os chamados modos gregos são empregados na música
Ocidental, porém nota-se a prevalência de dois desses modos que são a
Escala Maior e a Escala Menor. Também os modos podem ser distintos
entre maiores e menores, mas isso é outra conversa. É pela escala que
determinamos a Tonalidade ou Tom de uma música. Vejamos como
ambas são construídas.
 Tonalidade remete à ideia de cor, de colorido;
 A posição da nota em uma escala determina seu grau (1ª grau, 2ª grau, 3ª
grau, etc)
 Os graus musicais recebem diferentes nomes dependendo de sua posição e,
de acordo com a teoria musical, exercem diferentes funções. Estas funções,
por sua vez, podem estar relacionadas ao grau da nota da escala ou ao
acorde formado sobre a mesma. Veremos adiante no tópico Graus
Musicais.
30

18 Escalas Maiores (naturais)


 O padrão de construção da Escala Maior (natural) é o seguinte:
Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom, ou
simplesmente T-T-St-T-T-T-St.
Obs: chamam-se naturais as escalas iniciadas em teclas brancas
31

19 Escalas Menores (naturais)


 O padrão de construção da Escala menor (natural), por sua vez, é o
seguinte:
Tom – Semitom – Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom, ou
simplesmente T-St - T-T – St -T-T.
 Obs: chamam-se naturais as escalas iniciadas em teclas brancas
32

20 Graus musicais
Na música os Graus são utilizados como parâmetro de
hierarquização de importância de notas de uma escala bem como
os respectivos acordes que se formam sobre as mesmas. Esta
hierarquia determina a importância e função de cada nota/acorde
dentro de uma determinada música. Vejamos seus nomes:
 1º grau (I): Tônica
 2ª grau (II): Supertônica
 3ª grau (III): Mediante
 4ª grau (IV): Subdominante
 5ª grau (V): Dominante
 6ª grau (VI): Superdominante
 7ª grau (VII): Sensível (ou Subtônica)2
Graus Tonais: I, IV e V (determinam o Tom)
Graus Modais: III e VI (determinam o Modo, Maior ou Menor).

2Sensível quando a distância entre ela e a Tônica é de um semitom, Subtônica quando a distância
entre ela e a Tônica é de um tom.
33
34
35

21 Armaduras de clave
Note que os sustenidos e bemóis seguem uma sequência.
Dizemos que eles têm uma ordem. Na armadura de clave de uma
música eles aparecem em ordem crescente da seguinte forma:

 Sustenidos: Fá – Dó – Sol – Ré – Lá – Mi – Si
 Bemóis: Si – Mi – Lá – Ré – Dó – Sol – Fá
Esta padronização serve para simplificar a escrita, visto que
quando empregados na armadura eles dispensam a necessidade
de escrevê-los cada vez que a nota alterada aparece.
36

22 Acordes
Os acordes nada mais são do que a sobreposição de notas.
Para que exista um acorde é necessária a sobreposição de ao
menos três notas que podem aparecer de três formas (estados)
diferentes, sendo estes: fundamental, 1ª inversão e 2ª inversão.
 O nome que se dá aos acordes de três notas é Tríades.
 As notas são lidas da esquerda para a direita (no desenho) e
de baixo para cima (na pauta).

Leitura:
A = Lá, B = Si, C = Dó, D = Ré, E = Mi, F = Fá, G = Sol
Sendo C = Dò Maior e Cm = Dó menor, etc
37

Acordes Maiores

Acordes Menores
38

A seguir vemos a sequência de acordes formados sobre as


escalas Maiores e Menores (naturais, ou seja, que iniciam em
teclas brancas). Os acordes formados sobre as escalas criam o
assim chamado Campo harmônico de cada escala. Assim, ao
escutar uma música e reconhecer seus acordes sabemos em que
Tonalidade (ou simplesmente Tom) está essa música.

Observação: os acordes são formados com a sobreposição de ao


menos três notas, ou melhor, três intervalos. O acorde maior, por
exemplo, constitui-se de Fundamental (a nota que está embaixo),
3ª Maior (nota que está no meio) e 5ª justa (nota que está encima).
E porque são 3 intervalos e não 2? A nota do meio possui uma
relação de 3ª em relação a fundamental. Mas ela também possui
uma relação de 3ª com a nota de cima, formando, portanto, dois
intervalos. E há ainda um terceiro intervalo formado entre a
fundamental e a 5ª.

 Acorde Maior:
5ª J
3ªM
Fund.
 Acorde menor:
5ª J
3ª m
Fund.
39

23 Campo harmônico
Denomina-se Campo harmônico o conjunto de acordes que se
formam a partir de uma determinada escala pela sobreposição das notas que
a constituem.
Tomemos como exemplo os campos harmônicos das escalas naturais
de Dó Maior e Dó menor. Vale ressaltar que as mesmas relações se aplicam
às demais escalas estudadas.
40

Capítulo II
Conhecimentos
intermediários 1
41

24 Acento
“É a modulação da voz que expressa o sentido do discurso musical ou recitação”
“É uma intensidade maior atribuída a determinada nota de um desenho, frase ou período
musical”
Acento métrico: “é constituído pelas acentuações fortes e fracas dos tempos dos
compassos. Não é grafado na partitura”.

Figura 11 Trechos retirados de Teoria da Música, de Bohumil Med, 4ª edição, 1996, p. 141
Figura 11:

Na prática, estes acentos são lidos da seguinte forma:


42

25 Compassos compostos
Conforme vimos anteriormente no tópico de Compassos simples,
entende-se por compasso a divisão regular dos tempos do trecho de uma
música em partes divididas por uma barra de compasso, uma linha simples
que corta a pauta de ponta a ponta. Não deve ser confundida com a Barra
dupla (ou Travessão duplo) cuja função é a de encerrar uma música.

Figura 12 Barra simples e Barra dupla

A divisão entre os compassos, por sua vez, é determinada pela Fórmula de


Compasso, uma fração indicada à frente da clave. Estas fórmulas podem
indicar a presença de um compasso Simples ou Composto3.

Exemplo de um compasso simples: U.C.


U.T.

O número de cima é chamado Unidade de Compasso (U.C.) e representa a


figura musical que preenche o compasso por inteiro.

O número de baixo é chamado Unidade de Tempo (U.T.) e corresponde a


figura musical do número indicado, sendo este, correspondente a 1 tempo.

3 De acordo com a teoria Francesa de compassos.


43

Figura 14 Compassos simples

Figura 13 Compassos compostos

 Compasso simples: têm por unidade de tempo uma figura de tempo não
pontuada (ex: semínima) divisível por 2.
 Compasso composto: têm por unidade de tempo uma figura de tempo pontuada
(ex: mínima pontuada) divisível por 3.

4
Imagens extraídas de: https://blog.opus3ensinomusical.com.br/o-que-e-tempo-musical-e-
compasso/
44

26 Articulações

I. Tipos de toque
No piano existem diferentes tipos de toque que podem ser empregados em
diferentes situações. Vejamos a seguir alguns tipos de toque:

1. Legato (ligado): proporciona uma sensação de continuidade no toque


2. Non legato (desligado): proporciona uma sensação de “respiração”
entre uma nota e outra, como uma fala silabada
3. Staccato (destacado): é um toque ágil, de curta duração. Diferente do
non legato, onde a pesar de separar as notas seu tempo de duração
permanece inalterado, no Staccato o tempo de cada nota é
ligeiramente mais curto.

II - Tipos de ligadura
1. Ligadura de expressão
2. Ligadura de valor
3. Ligadura de fraseado
45

27 Pedais
 Direita: chamado sustain, pedal de prolongação ou pedal de
ressonância, ele tem a função de prolongar a duração das notas
através de um mecanismo de suspensão dos abafadores (de um piano
acústico). Nos instrumentos digitais este pedal simplesmente imita
esta função
 Centro: sostenuto, pedal tonal, abafador, entre outros nomes. Sua
função pode variar, eventualmente, dependendo do instrumento. Essa
diferença está mais
 Esquerda: una corda, surdina, tem a função de alterar o timbre do
instrumento, possibilitando a realização de contrastes. Nos
instrumentos acústicos a função dele é de inclinar ou arrastar os
martelos dos pianos acústicos para a direita, fazendo com que apenas
uma corda seja tocada. Nos instrumentos digitais este pedal
simplesmente imita esta função.

Figura 15 pedais do piano


46

28 Quiálteras
Quiálteras são figuras com divisão irregular. Uma quiáltera de 3, por
exemplo, diferente de uma colcheia onde duas somadas completam um
tempo, na quiáltera de 3 três colcheias devem “caber” dentro de um tempo.
Veja o exemplo a seguir:
47

Figura 16 Conversa Rítmica (com diferentes síncopes)


48

29 Síncope
De acordo com Bohumil Med (1996), Síncope “é um som
articulado sobre tempo fraco ou parte fraca do tempo e
prolongado até o tempo forte ou parte forte do tempo. É a
suspensão de um acento normal do compasso pela prolongação de
tempo fraco ou parte fraca de tempo para o tempo forte ou parte
forte do tempo” (p. 143). Vejamos as imagens a seguir:
49
50

30 Contratempo
De acordo com Bohumil Med (1996), Contratempo é o
nome que se dá a “notas executadas em tempo fraco ou parte
fraca de tempo, sendo os tempos fortes ou partes fortes dos
tempos preenchidos por pausas” (p. 146). Vejamos:
51

31 Andamentos
O andamento está relacionado a velocidade. Geralmente indicado por
meio de um termo italiano ou sinal metronômico no começo da partitura.

Figura 17 exemplo extraído do livro "Teoria da Música", 4ª ed. de Bohumil Med


52

Figura 18 extraído do livro "Teoria da Música", 4ª ed. de Bohumil Med


53

32 Dinâmica
A dinâmica é referente a intensidade com que determinado som é
tocado. O grau de força que é aplicado a uma determinada gera nuances
que dão graça e colorido para a música. As variações são diversas, mas se
revezam basicamente entre sons fortes (f) e sons fracos, ou piano (p).

Figura 2119: extraído do livro "Teoria da Música", 4ª ed. de Bohumil Med


54

33 Consonância e dissonância
 São chamados consonantes os sons que induzem a uma sensação de
estabilidade e repouso.
 Sons dissonantes provocam uma sensação de movimento, falta de
resolução, e uma estranheza ao ouvido.

Acredita-se que esta sensação se dá em função da proximidade com a


nota fundamental em uma série harmônica, conforme mostra a figura 20 (a
partir da nota Dó 1):

Figura 20 extraído do livro "Teoria da Música", 4ª ed. de Bohumil Med


55

Capítulo III
Conhecimentos
intermediários 2
56

34 Escalas — continuação
A rigor pode-se entender uma escala trata-se de um grupo de notas
que em parte ou em todo constituem o material escrito de uma música.
Além das escalas que já conhecemos (Maior e Menor), Bohumil Med
(1996) lista ao menos 29 tipos de escala, a saber:

 Alterada, artificial, bachiana, bifônica, bitonal, chinesa, cigana,


cromática, blues, hautmann, tons inteiros, wollet, diatônica, exótica,
geral, heptatônica, hexacordal, maior, menor, menor mista, molldur,
mouresca, natural, pentatonica, relativa, temperad, teórica,
tetrafônica, tritônica.

Das escalas listadas, que por vezes se misturam, destacamos algumas


mais frequentes, dentre as quais:

1. Diatônica
o Maior (natural)
o Maior (melódica)
o Maior (harmônica)5
o Menor (natural)
o Menor (melódica)
o Menor (harmônica)
2. Cromática
o Escala de 12 sons
3. Modos litúrgicos

A seguir, iremos nos aprofundar em algumas delas.

5 Apenas Bohumil Med considera estas formas.


57

35 Escala Menor (Harmônica e


Melódica)
Anteriormente estudamos as escalas maiores e menores na forma
natural. Curiosamente, no entanto, no caso da escala menor a forma mais
comum de utilização da escala menor não é no modo natural, e sim nas
formas harmônica e melódica (note que esta “sobe” de um jeito e “desce”
de outro). Vejamos:
58

36 Escala cromática
.
59

37 Modos Litúrgicos (gregos)


De acordo com Bohumil Med (1996), “os modos litúrgicos tem
nomes gregos porque julgava-se que correspondessem aos antigos modos
da Grécia. Pesquisas revelaram que os modos gregos começavam em notas
diferentes dos homônimos eclesiásticos. Além disso, os gregos
consideravam a escala no sentido descendente” (p. 165). Consideram-se
sete, os modos. São eles:

 Jônio

 Dórico

 Frígio

 Lídio
60

 Mixolídio

 Eólio

 Lócrio

Considerações:
1. Quanto à característica de ser Maior ou menor, consideram-se Maiores os
modos Jônio, Frígio e Mixolídio; menores os modos Dórico, Frígio e Eólio e
diminuto o modo Lócrio;
2. Os modos Jônio e Eólio se traduziram e popularizaram pelo que entendemos
como Escala Maior (Natural) e Escala Menor (Natural);
3. O campo harmônico de uma escala se traduz por escalas secundárias, ou modos
resultantes. Por exemplo, o campo harmônico de Dó Maior segue a estrutura I –
Jônio, II – Dórico, III – Frígio, etc.
61

4. Exemplos musicais de cada modo:


a. Jônio: musicas em tom maior; 'Let It Be' (Beatles), primeira parte do
'Always With Me, Always With You' (Satriani). --> Culto a Zeus, Hera,
Atena, e os demais festivais mais populares.
b. Dórico: Rock; Carcará, João Vale; Eat the question, Frank Zappa;
Brothers in Arms, Dire Straits; início de 'Wave' (Tom Jobim), 'Eleanor
Rigby' (Beatles), 'Milestones' e 'So What' (Miles Davis), 'The End' (The
Doors), 'Smoke on the water' (Deep Purple). --> Nos festivais pan-
helênicos, como os jogos ístmicos em Corinto, os jogos de Nemeia na
Argólia, os jogos pítios em Delfos e nos Jogos Olímpicos. Também no
culto a Deméter.
c. Frígio: Whenever I may room, Metalica; Bicho de 7 cabeças, Zé
Ramalho; 'Wherever I May Roam' e a transição de 'Creeping Death'
(Metallica), 'Trust' e 'Symphony of Destruction' (Megadeth), 'Hunter'
(Björk), 'Remember Tomorrow' (Iron Maiden), 'Sullen Girl' (Fiona
Apple), 'Phrygian Gates' (John Adams), 'Would?' (Alice in Chains),
'Calling to You' (Robert Plant), 'For the Love of God' (Steve Vai),
'Deeper Underground' (Jamiroquai), 'Not to Touch the Earth' (The
Doors), 'Once' (Pearl Jam), 'In the Name of God' (Dream Theater), 'If U
Seek Amy' (Britney Spears). --> Principalmente nos festivais e cultos
ligados a Cibele/Reia. Tenho a impressão de que os cultos a Hermes
poderiam ser colocados aqui também.
d. Lídio: Dancing days (introdução), Led Zeppeling; 'Answers' e 'The
Riddle' (Steve Vai), início de 'Overture 1928' (Dream Theater), 'Freewill'
(Rush), estrofes de 'Man on the Moon' (R.E.M.), 'Blue Jay Way' (The
Beatles, mais especificamente como George Harrison tocou na Magical
Mistery Tour), introdução de guitarra no 'Dancing Days' (Led Zeppelin),
'Flying in a Blue Dream' (Joe Satriani), 'Beyond the Boundaries' (Jimmy
Cliff), 'Unravel' (Björk), 'Follow my way' (Chris Cornell), 'Arcane
Lifeforce Mysteria' (Dimmu Borgir), 'Little Red Corvette' (Prince),
'Every Little Thing She Does is Magic' (The Police), 'All I Need'
(Radiohead), maioria dos solos de guitarra das músicas mais recentes de
Frank Zappa, tema dos Jetsons, início do tema dos Simpsons. --> Cultos
62

a Baco/Dionísio, a Héracles, a Afrodite, a Ártemis, e os festivais de


Tebas.
e. Mixolídio: música nordestina (baião), blues, Jazz; O ovo, Hermeto
Pascoal; blues de tom maior, como 'Scuttle Buttin' e 'Pride and Joy'
(Steve Ray Vaughan), 'Norwegian Wood' (Beatles), 'The Visitors'
(ABBA), 'Satisfaction' (The Rolling Stones), 'Drinking in L.A.' (Bran
Van 3000). --> Dizem que este modo foi inventado por Safo, então
convém associá-lo a Afrodite e Eros.
f. Eólio: músicas em tom menor; 'Fear of the dark', 'Hallowed be thy
name', 'Running Free' e 'Still Life' (Iron Maiden), 'Achilles Last Stand'
(Led Zeppelin). --> Cultos a Apolo, Ártemis, Atena, Hefesto, festivais da
Beócia, de Lesbos e de outras colônias gregas na Ásia menor. Odisseu
esteve na ilha de Eólo, que lhe proveu com Zéfiro (vento oeste).
g. Lócrio: Máscara, Pitty; primeira parte de 'Painkiller' (Judas Priest),
'Symptom of the Universe' (Black Sabbath), começo de 'YYZ' (Rush),
parte principal de 'Painkiller' (Judas Priest), refrão de 'Our Truth' (Lacuna
Coil). --> Culto a Perséfone e aos heróis da guerra de Tróia, festivais da
Magna Grécia e de Amphissa.
63

38 Escalas alteradas
Assim como temos as escalas Maior e Menor no modo Natural
(utilizando apenas teclas brancas), também temos as chamadas escalas
alteradas que são iniciadas em teclas pretas. Tal quais as escalas naturais,
as escalas Alteradas também podem estar nas seguintes formas: Maior
natural, menor natural, menor harmônica ou menor melódica.
64

Capítulo IV
Conhecimentos avançados
1
65

39 Harmonia: o que é?
Harmonia é o campo da música que estuda as relações de
encadeamento dos sons simultâneos (acordes). Estas relações são
observadas conforme normas advindas dos processos
composicionais praticados na música ocidental de tradição
europeia.
66

40 Ciclo (ou círculo) das quintas (e


quartas)
O Ciclo das quintas é uma ferramenta útil que simplifica a
memorização das distintas armaduras de claves das quais dispomos. Veja
como funciona:
67

41 Tonalidades relativas
Tonalidades relativas são tonalidades que compartilham
características relacionadas à sua estrutura. Estas se encontram a
um intervalo de Terça menor entre si.
Tal como as relativas, uma 3ª menor abaixo da tonalidade
de referência, existem também as tonalidades antirelativas, uma
3ª menor acima da tonalidade de referência. O C, por exemplo,
tem como tonalidade relativa o Am e como antirelativa o Em.
68

42 Tonalidades vizinhas
De acordo com Bohumil Med (1996), “tons vizinhos são os tons que
tem a mesma armadura do tom principal ou diferem dele por um acidente a
mais ou a menos” (p. 158). Vejamos:
69
70

43 Série harmônica
É o conjunto de sons gerados a partir de um som fundamental.

Figura 21 extraído do livro "Teoria da Música", 4ª ed. de Bohumil Med


71

44 Modulação
De acordo com Bohumil Med (1996), “modulação ou
tonulação é a passagem de um para outro tom” (p. 162). Vejamos:
72

45 Transporte e transcrição
De acordo com Bohumil Med (1996), transporte ou
transposição “consiste em grafar, ler, tocar ou cantá-la em outra
altura ou num outro tom”, enquanto que transcrever “consiste em
grafá-la na mesma altura, usando um sistema diferente, por
exemplo, uma outra clave” (p. 176).

A habilidade de transportar a altura de notas é fundamental,


sobretudo para quem deseja realizar acompanhamentos. Se for o
seu caso, procure se especializar nesta habilidade exercitando sua
leitura. Peça a seu professor material para te auxiliar nesta tarefa.
73

Capítulo V
Conhecimentos gerais
74

46 Breve História da Música


Ocidental
A música (ocidental), tal como a conhecemos hoje é fruto de um longo e complexo
processo histórico. Sabemos que a música é um fazer humano muito antigo. Para
simplificar o entendimento desse longo e complexo processo, dividimos sua história por
períodos mais ou menos datados. Aqui, iremos dividir em 9 períodos67. São eles:
1. Pré-história (cerca de 50 mil anos atrás)
2. Antiguidade
3. Medieval (+- 500 a. C. – 1400 d. C)
a. Ars antiqua (1170 – 1310)
b. Ars nova (1310 – 1377)
c. Ars subtilior (1360 – 1420)
4. Renascimento (1400 – 1600)
5. Barroco (1580 – 1750)
a. Barroco tardio (1680 – 1750)  época da invenção do piano (+- 1700)
b. Galante/Rococó (1720 – 1770)
c. Empfindsamer Stil (1740 – 1760)
6. Clássico (1750 – 1820)
a. Escola de Mannheim (1740 – 1780)
b. Sturm und Drang (+- 1770)
c. Primeira escola Vienense (1780 – 1830)
7. Romântico (1800 – 1910)
a. Nacionalismo
b. Romantismo tardio (século XX)
8. Moderno (1890 – 1975)
a. Impressionismo (1890 – 1930)
b. Expressionismo (1900 – 1930)
c. Segunda escola Vienense (1900 – 1960)
d. Neoclassicismo (1920 – 1950)
e. Serialismo (1920 – 1975)
9. Contemporâneo (1950 – atualmente)
a. Minimalismo (1960 - )
b. Pós-modernismo (1960 - )
c. Pós-minimalismo (1980 - )

https://www.youtube.com/watch?v=SoLknrPPt2U

6 Vale ressaltar que a história da música feita no ocidente está indivisivelmente ligada a música
europeia, sendo este continente a matriz e referência, dado o processo de colonização
originado neste continente.
7 As datações de período podem variar.
75

47 Gêneros e estilos musicais


(lista para piano/teclado gerada aleatoriamente)

Adágio
Allegro
Andante
Arabesque
Baião
Bagatela
Balada
Barcarola
Bebop
Blues
Boogie
Borrée
Bossa Nova
Brega
Canção
Cantiga
Choro
Coco
Concerto
Country
Cumbia
Dança
Estudo
Fado
Fantasia
Flamenco
Folclore
Forró
Frevo
Fuga
Funk
Gavota
Giga
Gospel
Guarania
Hino
Improviso
Intermezzo
Jazz
Larghetto
Lundu
Maracatu
Marcha
Maxixe
Mazurka
76

Minimalista
Minueto
Missa
Modinha
Moteto
MPB
Noturno
Polca
Polonaise
Pop
Prelúdio
Raggae
Rapsódia
Rock
Rondó
Rondó-Sonata
Rumba
Ryhtm and blues
Salsa
Samba
Scherzo
Serenata
Sertanejo
Siciliana
Son
Sonata
Soul Music
Suíte
Tango
Tango brasileiro
Tema com variações
Trilha sonora* (de filmes, games, etc)
Tocata
Valsa
Variações
Zarabanda

Entre tantos outros...

Esta é uma lista referencial. Não é possível dar conta da amplitude de culturas que
existem no mundo. A boa notícia é que sim: é possível tocar todo tipo de música no
seu instrumento!! Então, escute música, toque, conheça e selecione aquilo pelo que
você realmente se interessa, ok?
77

48 “Familia das teclas”

 Piano
 clavicórdio
 celesta
 hohner clavinet
 piano elétrico/digital
 cravo
 espineta
 órgão
 harmônio
 acordeon
 bandoneon
 sintetizador
 workstation
 arranjador
 controlador
 ondas martenot
 escaleta
 entre outros
78

49 Compositores(as)
estrangeiros(as) de referência
 J. S. Bach  G. Gershwin
 L. V. Beethoven  A. Schoenberg
 W. A. Mozart  D. Shostakovich
 J. Haydn  M. Moszkowski
 F. Chopin  M. Clementi
 F. Liszt  G. F. Haendel
 E. Satie  E. Grieg
 C. Debussy  F. Mendelssohn
 M. Ravel  D. Scarlatti
 C.P.E. Bach  Scott Joplin
 J. Brahms  Isaac Albeniz
 R. Schumann  Gabriel Faure
 C. Schumann  J. P. Rameau
 F. Schubert  Francis Poulenc
 S. Rachmaninoff  François Couperin
 A. Scriabin  Enrique Granados
 M. de Falla  A. Cortot
 A. Ginastera  Bill Evans
 C. Sain-Saens  A. Diabelli
 B. Bartók  A. Dvorak
 A. Berg  A. Copland
 P. Boulez  D. Kavalevsky
 E. Elgar  I. J. Paderewski
 A. Webern  J. Sibelius
 P. I. Tchaikovsky  I. Stravinsky
 J. Cage  Entre outros(as)...
 S. Prokofiev
 C. Ives
 P. Glass
79

50 Compositores(as) brasileiros(as)
de referência
 H. Villa-Lobos
 Chiquinha Gonzaga
 E. Nazareth
 Cláudio Santoro
 C. Guerra-Peixe
 Carlos Gomes
 Antonio Carlos Jobim
 Camargo Guarnieri
 Francisco Mignone
 Zequinha de Abreu
 Ary Barroso
 Almeida Prado
 José Maurício Nunes Garcia
 Leopoldo Miguez
 Henrique Oswald
 Alberto Nepomuceno
 Antonio Francisco Braga
 Oscar Lorenzo-Fernandez
 Radamés Gnáttali
 Gilberto Mendes
 Jocy de Olveira
 Osvaldo Lacerda
 Rogério Duprat
 Marlos Nobre
 Marisa Rezende
 Ronaldo Miranda
 Entre outros(as)...
80

51 Tipos de Pianos e Teclados

1 Piano vertical/de armário (acústico)


2 Piano horizontal/ de cauda(acústico): tem tamanhos diferentes
3 Piano elétrico, eletrônico e digital:
4 Teclado:
5 Arranjador: possuem várias opções de timbres e acompanhamentos
automáticos que simulam timbres/estilos/gêneros musicais
6 Sintetizador: possuem recursos de edição por meio do qual é possível
criar novos sons
7 Workstation: além de possuir os recursos e funções dos demais,
possuem dispositivos de armazenamento
8 Controlador: geralmente não possuem som próprio, mas controlam
outros instrumentos através de MIDI (Interface Digital para
Instrumentos Musicais)
81

52 Marcas de Pianos
 Steinway & Sons (EUA)
 Bosendorfer (Áustria)
 Julius Blüthner (Alemanha)
 Fazioli (Itália)
 Yamaha (Japão)
 Fritz Dobbert (Brasil)
 Essenfelder (Brasil)
 Zimmermann (Brasil)
 Shwartzmann (Brasil)

 Alemanha – C. Bechstein, Julius Bluthner e


Grotrian Steinweg
 Schiedmayer, Zimmermann, Zeitter
Winkelman, Feurich,
Sponagel, Estônia, Petrof, August Forster,
Yamaha Japones, Kawai Japones, Boston,
 entre outros
82

53 Marcas de Teclados
 Moog
 EMS
 ARP Instruments
 Roland
 Rhodes
 Hohner
 RMI
 Wurlitzer
 Yamaha
 Korg
 Sequential Circuits
 Oberheim
 Waldorf Music
 Casio
 Kurzweil
 Hammond
 Alesis
 Behringer
 Clavia (fabricante da marca Nord)
 GEM
 Entre outras
83

54 Áreas de atuação do Pianista e


ou Tecladista

1. Concertista (pianista): realiza recitais ou


concertos com orquestras
2. Camerista (pianista): toca em conjunto com
outro(s) instrumento(s)
3. Colaborador/correpetidor/acompanhador:
acompanha outros músicos, coros, orquestras,
balé, ensaios, etc
4. Músico de bandas
5. Pianista/tecladista de igreja
6. Professor
84

Referências
Bona, P. (1996). Método complete para divisão. Revisão: Yves Rudner Schmidt. São
Paulo: Irmãos Vitale.
Fletcher, Leila & Wanless, Debra (2002). The Leila Fletcher Adult Piano Course 1.
New York: Montgomery Music Inc.
Fletcher, Leila (2002). The Leila Fletcher Piano Course: Book 1. Edição: Debra
Wanless. New York: Mayfair Montgomerty Publishing.
Fletcher, Leila (2002). The Leila Fletcher Piano Course: Book 2. Edição: Debra
Wanless. New York: Mayfair Montgomerty Publishing.
Fletcher, Leila (2002). The Leila Fletcher Piano Course: Book 3. Edição: Debra
Wanless. New York: Mayfair Montgomerty Publishing.
Fletcher, Leila (2002). The Leila Fletcher Piano Course: Book 4. Edição: Debra
Wanless. New York: Mayfair Montgomerty Publishing.
Fletcher, Leila (2002). The Leila Fletcher Piano Course: Book 5. Edição: Debra
Wanless. New York: Mayfair Montgomerty Publishing.
Med, Bohumil. (1996). Teoria da Música. 4ª ed. Brasília, DF: Musimed.
https://www.helenos.com.br/post/exemplos-de-m%C3%BAsicas-com-os-modos-
gregos-e-quando-utiliz%C3%A1-los <18 de Outubro de 2021>

Você também pode gostar