Você está na página 1de 161

1

CENTRO ESTADUAL EDUCACIONAL TECNOLÓGICA PAULA SOUZA


ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE SÃO PAULO – ETESP
Curso de Transporte Metroferroviário

GUALTER CYRILLO DA SILVA


GUILHERME STOFALETI
JEFFERSON WILLIAM DAMASCENO SILVA
PEROLA DOS SANTOS CARVALHO

PLANEJAMENTO EXTENSÃO DA LINHA 4 - AMARELA

São Paulo
2

GUALTER CYRILLO DA SILVA


GUILHERME STOFALETI
JEFFERSON WILLIAM DAMASCENO SILVA
PEROLA DOS SANTOS CARVALHO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


EXTENSÃO DA LINHA 4 - AMARELA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como pré-requisito para a
conclusão do Curso Técnico em
Transporte Metroferroviário da Escola
Técnica Estadual de São Paulo,
elaborado sob orientação do Professor
Ricardo Beltrame

São Paulo
2021
3

GUALTER CYRILLO DA SILVA


GUILHERME STOFALETI
JEFFERSON WILLIAM DAMASCENO SILVA
PEROLA DOS SANTOS CARVALHO

PLANEJAMENTO EXTENSÃO DA LINHA 4 - AMARELA


Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como pré-requisito para a
conclusão do Curso Técnico em
Transporte Metroferroviário da Escola
Técnica Estadual de São Paulo,
elaborado sob orientação do Professor
Ricardo Beltrame

_________________________________
Profº Ricardo Beltrame

BANCA EXAMINADORA

_________________________________
Profº

_________________________________
Profº

_________________________________
Profº

Data da Validação: ___/___/ 2021

São Paulo
2021
4

DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, criador de tudo e todas as coisas e
ao seu único filho e nosso guia Jesus Cristo, por nos ter concedido o sopro da vida
com objetivo para nossa evolução moral e espiritual, aos nossos pais, familiares e
amigos que são alicerces motivacionais em todos os momentos.
5

AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a Jesus pelo caminho e a cada membro do
grupo de trabalho e na sua religiosidade e fé neste Planejamento de Conclusão de
Curso.
Agradecemos a esta instituição de ensino desde o auxiliar de limpeza até a diretoria
e em especial aos nossos professores, que mesmo diante de uma pandemia, em
momentos que ficamos à própria sorte de governantes, nos contemplaram com seus
conhecimentos e sabedoria preenchendo-nos a lacuna da ignorância do que ontem
era desconhecido.
Aos nossos professores orientadores Ângelo Fêde e Ricardo Beltame, e professores
Alberto Utida, Carlos Alberto de Oliveira de Carvalho, Dirce Beltran de Freitas, Marcos
Alves Pereira, Pedro Fernandes Costa e Talles Wile Pessegueiro, os mais sinceros e
profundos sentimentos de gratidão.
6

"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.”


Chico Xavier
7

RESUMO
Extensão da Linha 4 Amarela tem por finalidade ligar a estação terminal Luz,
localizada no centro da cidade, com a estação Penha, localizada na região leste,
regiões estas localizadas na cidade de São Paulo.

Este prolongamento possibilita conexões com as linhas 1 Azul e 3 Vermelha do Metrô


e com as Linhas 7-10 e 11da CPTM. Futuramente também poderá ser interligada com
a Linha 2 Verde do Metrô e Linha 11 Coral e Linha 12 Safira da CPTM.
8

ABSTRACT
The purpose of the extension of Line 4 Amarela is to connect the terminal station Luz,
located in the city center, with the station Penha, located in the east, regions located
in the city of São Paulo.
This extension allows connections with lines 1 Blue and 3 Red of the Metrô and with
lines 7-10 and 11 of the CPTM. In the future it can also be interconnected with Line 2
Green of the Metrô and Line 11 Coral and 12 Safira of the CPTM.
9

OBJETIVO GERAIS
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso (TCC) é apresentar o projeto de uma
extensão de uma linha de metrô que proporcionará a redistribuição de passageiros
que utilizam o sistema metroviário ou ferroviário da Zona Leste da cidade de São
Paulo e cidades que fazem divisa com a capital no extremo leste da Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP) como, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e
Mogi das Cruzes.
Este projeto consiste na extensão da Linha 4 Amarela da estação Luz até a estação
Penha, com seu traçado perpendicular à Nordeste (DEMONSTRADO NA FIGURA nº
29 pág. 44) do seguimento da Linha 3 Vermelha do Metrô no trecho entre as estações
Penha e República, possibilitando a redistribuição de usuários que utilizam o trecho
apenas de passagem e não como destino final de suas viagens.
Além disso, farão parte do projeto a criação de um pequeno anel metroviário formado
com a futura Linha 2 Verde e a construção de novas estações no trecho de extensão
proposto, beneficiando as regiões de: Pari, Maria Zélia, Salim Maluf, Parque São
Jorge e Celso Garcia.
10

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Fundamentar a presente pesquisa com levantamento de dados sobre as
regiões atendidas pelo traçado da extensão da Linha 4 Amarela proposto.
• Redistribuir passageiros através de transferências com viagens à Nordeste
(com a Linha 4 Amarela) e Sudeste (com a Linha 2 Verde do Metrô) da cidade
de São Paulo a partir da estação Penha.
• Desafogar a Linha 3 Vermelha do Metrô no trecho entre as estações Penha e
República.
• Desafogar a Linha 11 Coral da CPTM no trecho entre as estações Penha (em
construção) e Luz.
• Integração do modal sobre pneus do Terminal Aricanduva – SPTrans com a
estação Celso Garcia.
• Projeto de remanejamento de algumas linhas de ônibus EMTU da estação
Armenia para à futura construção do Terminal Salim Maluf integrando à futura
estação de mesmo nome.
• Demonstrar a viabilidade do projeto no desenvolvimento regional e de
mobilidade.
11

JUSTIFICATIVA
O projeto Extensão Linha 4 Amarela visa criar uma alternativa de deslocamento de
passageiros vindos da Zona Leste da cidade de São Paulo e de cidades divisa do
extremo leste de parte da RMSP (Região metropolitana de São Paulo) que utilizam o
transporte metroferroviário pelo eixo hoje superlotado entre estações Penha, Brás,
República e Luz. Dessa forma, proporcionará aos atuais passageiros a opção de
escolha de qual modal sobre trilhos seguir viagem à partir de transferências que
estação Penha irá oferecer que são Linha 11 Coral da CPTM, Linhas 2 Verde (em
construção) e 3 Vermelha do Metrô ou Linha 4 Amarela.
Além disso, o projeto também visa atrair novos usuários em áreas que hoje não são
atendidas por trilhos no trecho do traçado da extensão da Linha 4.
12

PROBLEMÁTICA
Atualmente passageiros provindos das regiões e cidades atendida Linha 11 Coral da
CPTM e que tenham seus destinos parte da região central de São Paulo, Zona Sul e
Oeste, necessitam obrigatoriamente circular pela movimentada estação Luz ou Brás
que recebe outras linhas de trem e metrô com passageiros de outras regiões e
cidades.
Já passageiros provindos das regiões atendida pela Linha 3 Vermelha do Metrô, no
que se refere entre as estações Vila Matilde e Corinthians Itaquera, e que têm seus
destinos parte da região central de São Paulo, partes da região Oeste, Zonas Norte e
Sul necessitam realizar transferências nas tradicionais estações Sé, Brás ou
República, que durante o percurso entre Penha e República recebe passageiros das
demais estações ao longo da linha já sobrecarregada.
Em ambos os casos citados acima, os passageiros não têm opção sobre trilhos caso
sua origem ou destino for a região Nordeste, limitando-os a transporte sob pneus.
13

SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 19

2- A HISTÓRIA DA LINHA 4 AMARELA.................................................................. 20

2.1. Traçado atual ............................................................................................... 22

2.2 Estações atuais ............................................................................................... 23

2.3 Frota ............................................................................................................. 30

2.4 Controle dos trens ........................................................................................ 32

2.5 Capacidade, viagens e números de passageiros transportados .................. 33

2.6 Pátio ............................................................................................................. 35

2.6.1 Inauguração da estação Vila Sônia ........................................................... 35

2.6.2 Estrutura.................................................................................................... 35

2.7 CCO ............................................................................................................. 36

2.8 Programação de manutenções .................................................................... 37

2.9 Mapa da via - IHM ........................................................................................ 37

2.10 Sistema de alimentação elétrica atual ...................................................... 43

2.10.1 Subestações retificadoras .................................................................. 44

2.10.2 Grupos de inversores ......................................................................... 45

2.10.3 Subestações auxiliares....................................................................... 45

2.10.4 Eficiência energética .......................................................................... 46

3 ESTUDO DA REGIÃO DA EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA .................... 47

3.1 Características regional................................................................................ 47

3.1.1 Área de estudo .......................................................................................... 48

3.1.2 Densidade demográfica ............................................................................ 50

3.1.3 População economicamente ativa............................................................. 51

3.1.4 Renda familiar e per capita ....................................................................... 52

3.2 Tipos de deslocamentos regional ................................................................. 54


14

3.2.1 Estimativa de viagens produzidas e atraídas ........................................ 68

4 EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA................................................................ 69

4.1. Características das estações ....................................................................... 71

4.1.1 Padrão Metrô ......................................................................................... 71

4.1.2 Comodidade .......................................................................................... 72

4.1.3 Segurança dos passageiros .................................................................. 72

4.1.4 Acessibilidade ........................................................................................ 72

4.1.5 Layout das plataformas ......................................................................... 72

4.2. Estações ...................................................................................................... 73

4.2.1 Estação Luz ........................................................................................... 73

4.2.2 Estação Pari .......................................................................................... 75

4.2.3 Estação Maria Zelia ............................................................................... 81

4.2.4 Estação Salim Maluf .............................................................................. 86

4.2.5 Estação Parque São Jorge .................................................................... 95

4.2.6 Estação Celso Garcia ............................................................................ 98

4.2.7 Estação Terminal Penha da Linha 4 Amarela ..................................... 102

4.3 Método de construção ................................................................................ 104

4.3.1 Profundidade estimada ........................................................................ 105

4.3.2 Desapropriações.................................................................................. 106

4.3.3 Meio Ambiente ..................................................................................... 108

4.3.4 Relevo, desvios e obstáculos .............................................................. 108

4.5 Estimativa de integração com Terminal Aricanduva SPTrans .................... 110

4.6 Estimativa de integração com Terminal Salim Maluf EMTU ....................... 112

5. MATERIAL RODANTE E SUAS CARACTERÍSCAS ...................................... 114

6. REDE DE ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DOS TRENS ..................................... 124

6.1 Catenária convencional ................................................................................. 125

6.2 Catenária rígida ............................................................................................. 125


15

7 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DA EXTENSÃO DA LINHA 4


AMARELA .............................................................................................................. 126

7.1 Esquema de alimentação elétrica setor 1 YVB .......................................... 127

7.2 Esquema de alimentação e socorro elétrico HIG ....................................... 127

7.3 Esquema de alimentação elétrica setor 2 YCG .......................................... 128

7.4 Esquema completo de alimentação e socorro elétrico ............................... 128

7.5 Esquema elétrico de sistema de tração e sistema de equipamentos auxiliares


129

8 SISTEMA DE VENTILAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA .......................... 130

8.1 Ventilação .................................................................................................. 130

8.2 Saída de emergência ................................................................................. 130

8.3 VSE-1 ......................................................................................................... 131

8.4 VSE-2 ......................................................................................................... 132

8.5 VSE-3 ......................................................................................................... 132

8.6 VSE-4 ......................................................................................................... 133

8.7 VSE-5 ......................................................................................................... 133

8.8 VSE-6 ......................................................................................................... 134

9 VIA PERMANENTE DA EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA ...................... 134

9.1 Método de construção da via permanente ................................................. 134

9.2 Mapa da via ................................................................................................ 135

10 DEMANDA ....................................................................................................... 138

10.1 Programa de oferta operacional .................................................................. 139

10.2 Tempo de parada nas estações .................................................................. 142

10.3 Movimento entre dois terminais entre MIB-PNH com tempo de parada nas
estações de 23 segundos .................................................................................... 143

10.4 Movimento entre dois terminais entre MIB-PNH com tempo de parada nas
estações de 39 segundos .................................................................................... 146

10.5 Tempo de frenagem de emergência ............................................................ 150


16

10.5.1 Tempo de frenagem de emergência na velocidade operacional (V o) .... 150

10.5.2 Tempo de frenagem de emergência na velocidade comercial (V c) com


tempo de parada de nas estações de 23s ....................................................... 151

10.5.3 Tempo de frenagem de emergência na velocidade comercial (V c) com


tempo de parada de nas estações de 39s ....................................................... 151

10.6 Número de viagens por hora linear entre MIB-PNH .................................... 152

10.7 Número de viagens por hora entre MIB-PNH no horário de pico ................. 153

10.8 Headway ...................................................................................................... 153

10.8.1 Headway entre MIB-PNH de forma linear de viagens por hora ............. 153

10.8.2 Headway entre MIB-PNH no período de maior carregamento .............. 154

10.9 Número de trens necessários na frota ......................................................... 154

10.9.1 Número de trens necessários na frota entre MIB-PNH com tempo nominal
de viagens (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações
terminais de 23 segundos) com carregamento linear e período de maior
carregamento ................................................................................................... 154

10.9.2 Número de trens necessários na frota entre MIB-PNH com ciclo tempo de
viagem comercial (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo tempo de
aceleração/desaceleração e o tempo das estações intermediárias e terminais de
23 segundos) com carregamento linear. .......................................................... 155

10.9.3 Número de trens necessários na frota entre MIB-PNH com tempo nominal
de viagens (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações
terminais de 39 segundos) com carregamento linear e período de maior
carregamento ................................................................................................... 156

10.9.4 Número de trens necessários na frota entre MIB-PNH com ciclo tempo de
viagem comercial (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo tempo de
aceleração/desaceleração e o tempo das estações intermediárias e terminais de
39 segundos) com carregamento linear e período de maior carregamento ..... 157

11 CONCLUSÃO .................................................................................................. 158

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 159

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 160


17

14 GLOSSÁRIO.................................................................................................... 161
19

1 - INTRODUÇÃO
Não diferentemente do lema escrito em seu brasão oficial Non ducor, duco que
significa “Não sou conduzido, conduzo”, a cidade de São Paulo é o principal centro
financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul e a mais populosa do Brasil com
mais de 12 milhões de habitantes e 8ª mais populosa do planeta.

Em seu constante processo de desenvolvimento, a cidade de São Paulo vive um


grande desafio de mobilidade urbana de sua própria população e populações de
cidades vizinhas atraídas deste grande centro repleto de referências nas áreas
financeira, industrial, comercial, saúde, cultural e educacional.

Atualmente passageiros dos munícipios de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e


Mogi das Cruzes transportados pela Linha 11 Coral da CPTM com destino às Zonas
Oeste, Sul e as região da Av. Paulista e República, é necessário realizar transferência
nas, carregadas, estações Brás ou Luz nos horários de pico, encontrando passageiros
que tenham o mesmo destino provindos da Linha 3 Vermelha do Metrô no trecho entre
as estações República e Corinthians-Itaquera, recebendo também passageiros em
transferência da Linha 1 Azul do Metrô em Sé ou em Luz.

Além disso, passageiros cuja origem ou destino de suas viagens seja às regiões de
Pari, Maria Zélia, Av. Salim Maluf, Parque São Jorge e Celso Garcia, áreas localizadas
à Nordeste da cidade de São Paulo e perpendicular à Linha 3 Vermelha do Metrô,
dependem de outros moldais de transporte, diferente de metrô e trem para sua
locomoção.

Nota-se então duas questões: a necessidade de realizar estações de transferência


mais afastadas das convencionais localizadas na região central da cidade São Paulo
e possibilitar acesso sobre trilhos de regiões não explorada pela Linha 4 Amarela.

Desenvolvemos a partir disso, o conceito da extensão da Linha 4 Amarela até a


estação Penha da Linha 3 Vermelha do Metrô com acesso a Linha 2 Verde do Metrô
e 11 Coral da CPTM, integração do Terminal de ônibus SPTrans Aricanduva à estação
Celso Garcia e Terminal de ônibus EMTU à estação Salim Maluf, proporcionando a
20

distribuição de passageiros, formação de um pequeno anel metroviário com Linha 2


Verde e atrair viagens em regiões não atendida por trilhos.

2- A HISTÓRIA DA LINHA 4 AMARELA


A Linha 4–Amarela do Metrô de São Paulo, originalmente chamada de Linha
Sudeste–Sudoeste, compreenderá, quando finalizada, o trecho definido pelas
estações Luz e Vila Sônia. É administrada pela empresa ViaQuatro, pertencente ao
grupo CCR, que venceu a concessão por trinta anos. É a primeira linha de São Paulo
a ser operada pela iniciativa privada.
Idealizada desde os anos 1940, o traçado da Linha 4–Amarela esteve presente em
todos os estudos para implantação do Metrô em São Paulo desde então. Seu traçado
se consolidou em 1968, o consórcio HMD, formado por três empresas, apresenta à
Prefeitura de São Paulo o primeiro projeto detalhado para o metrô de São Paulo. Nele,
já constava o projeto da linha amarela. A via ligaria a região do Joquey Club de São
Paulo à rodovia Anchieta, passando pelas estações República, Pedro II, no centro, e
com um ramal até a zona leste.

Figura 1 – Primeiro projeto do traçado da Linha 4 Amarela formado em 1968


21

O Metrô cogitou levar a Linha 4 até a Estação Tatuapé, com a intenção de desafogar
a Linha 3–Vermelha. Esta ideia foi descartada, tendo sido substituída por uma
expansão da Linha 2–Verde até estação Tatuapé. E em 1995, o então governador
Mário Covas, anunciou a “construção” da linha, motivada a partir do surgimento do
Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila, projetado na gestão do prefeito Celso Pitta e
com o primeiro trecho entregue em 2007), reforçou ainda mais a intenção de se
construir a Linha 4 somente no vetor sudoeste da cidade, a partir da Estação Luz.

Só quase dez anos depois do anúncio da obra, em 2004 o governador Geraldo


Alckmin, inicia a construção da primeira fase da linha. Em 2006, o governo do Estado
assina o contrato com a concessionária ViaQuatro para operação da linha por 30 anos.
Essa é a primeira PPP (Parceria Público-Privada) do Brasil.

Em 2010 o governo do Estado decidiu "parcelar" a entrega das estações da primeira


fase –o previsto era as cinco estações abertas ao mesmo tempo. A linha iniciou as
operações com, Paulista e Faria Lima, em maio de 2010. No ano seguinte foram
inauguradas as estações Butantã, Pinheiros, República e Luz, completando a primeira
fase.

Em março de 2012, o governo do Estado autoriza o início das obras da segunda fase
da linha (Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-
Morumbi e Vila Sônia). Em novembro de 2014, o Metrô inaugurava a primeira estação
da segunda etapa da linha amarela, a estação Fradique Coutinho.

Em 2015 com o rompimento do contrato entre o governo do Estado e o consórcio que


construía as estações da segunda etapa da linha amarela, a nova previsão é de que
as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire ficassem prontas em 2017. As
estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi deveriam ser entregues apenas em 2018.

A terceira fase da linha 4, prevê a extensão da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra,
com mais duas estações e 3,1 quilômetros operacionais.
Os investimentos para a construção da Linha 4-Amarela, incluindo também os
recursos destinados às desapropriações, foram assumidos pelo Governo do Estado,
sendo o projeto de responsabilidade da Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
22

2.1. Traçado atual


A Linha 4 Amarela tem seu traçado atual 11,358 metros, 10 estações, tempo de
viagem de 17 minutos, 23 a 39 segundos de intervalo entre trens (headway) e sua
concepção segue conforme a tabela cronológica abaixo:

Data Evento
2 de setembro de 2004 Início dos trabalhos da construção.
12 de janeiro de 2007 Cratera no local da Estação Pinheiros.
Inauguração das estações Paulista e Faria Lima,
25 de maio de 2010
operando das 9 às 15 horas.
Início da cobrança de tarifa e da operação comercial na
21 de junho de 2010
linha.[34]
Ampliação do horário de funcionamento, operando das 8
24 de janeiro de 2011
às 15 horas.
28 de março de 2011 Inauguração da Estação Butantã.
Ampliação do horário de funcionamento, operando das
2 de maio de 2011
4h40 às 15 horas.
16 de maio de 2011 Inauguração da Estação Pinheiros.
Início de integração com a Linha 9 da CPTM na Estação
3 de junho de 2011
Pinheiros.
Ampliação do horário de funcionamento, operando das
29 de junho de 2011
4h40 às 21 horas.
Ampliação do horário de funcionamento, operando das
12 de setembro de 2011 4h40 à meia-noite em dias úteis e aos sábados até a 1
hora.
Inauguração das estações República e Luz, operando
15 de setembro de 2011
de segunda a sábado, das 10 às 15 horas.
Ampliação do horário de funcionamento das estações
23 de setembro de 2011 República e Luz, operando de segunda a sábado das 9
às 16 horas.
Ampliação do funcionamento das estações República e
26 de setembro de 2011
Luz para o mesmo horário do restante da linha.
16 de outubro de 2011 Linha começa a funcionar aos domingos.
24 de março de 2012 Obras da linha 4 recomeçam.
15 de novembro de 2014 Inauguração da Estação Fradique Coutinho.
12 de agosto de 2016 Retomada das obras da linha.
23 de janeiro de 2018 Inauguração da Estação Higienópolis–Mackenzie.
4 de abril de 2018 Inauguração da Estação Oscar Freire.
23

27 de outubro de 2018 Inauguração da Estação São Paulo–Morumbi.


O Metrô de São Paulo publicou um vídeo atualizando as
obras da futura estação Vila Sônia, que fará parte da
1 de junho de 2021
Linha 4-Amarela. A previsão é de que a inauguração
aconteça até dezembro deste ano.

Figura 2- Mapa atual da linha e operação da Linha 4 Amarela – Autoria ANTP

2.2 Estações atuais


A composição das estações da Linha 4 Amarela atualmente é composta das seguintes
estações:
a) Estação Luz: com integração gratuita à linha 1 Azul do metrô, e linhas 7 Rubi,
10 Turquesa, 11 Coral, 13 Jade da CPTM.
O acesso Brigadeiro Tobias da Estação Luz permanece aberto das 04h40 até meia-
noite, de segunda a sexta-feira e aos sábados até 1h da madrugada. Praça anexa à
estação no nível da superfície, aberta diariamente, entre 06h e 19h. Profundidade de
31,25 metros, claraboia que permite entrada de luz natural. A transferência para
outras linhas de metrô e para a CPTM só é garantida até meia-noite. O Acesso B se
encontra ao lado do estacionamento da Polícia Civil, Nº 691.
Pontos de Interesse:
Museu de Arte Sacra
Museu da Língua Portuguesa
Pinacoteca do Estado
Sala São Paulo
Memorial da Resistência de São Paulo
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público
24

Figura 3- Estação da Luz da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

b) Estação República: com integração gratuita com a Linha 3 Vermelha do metrô.


Acesso A - R. do Arouche, N° 24
Profundidade de 14,31 metros. O acesso a Linha 4-Amarela é feito por meio de duas
plataformas (sentido Butantã e sentido Luz). A transferência para outras linhas de
metrô e para a CPTM só é garantida até meia-noite.
Ponte de interesse:
Biblioteca Mário de Andrade
Praça da República
Teatro Municipal de São Paulo
Galeria do Rock
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público

Figura 4- Estação República da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.


25

c) Estação Higienópolis-Mackenzie
Acesso A - R. da Consolação, Nº 1132 (Ouro Preto) / Acesso B - R. da Consolação,
Nº 1051 (Mackenzie).
Profundidade de 25 metros da plataforma ao nível da rua, pastilhas, concreto
aparente, vidros, piso de porcelanato e piso tátil de alerta e direcionamento. Área total
de 16.456,65 m².
Pontos de interesse:
SESC Consolação
Praça Roosevelt
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público

Figura 5- Estação Higienópolis Mackezie da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

d) Estação Paulista: com integração gratuita à Linha 2 Verde do metrô.


Acesso A - R. da Consolação, Nº 2381 (Acesso Belas Artes) / Acesso B - Av. Angélica,
Nº 2360.
Profundidade de 55,82 metros, circulação e acesso às esteiras rolantes para a Linha
2-Verde. A transferência para outras linhas de metrô e para a CPTM só é garantida
até meia-noite.
Pontos de interesse:
Estádio Paulo Machado de Carvalho - Pacaembu
Teatro Augusta
Hospital das Clínicas
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público
26

Figura 6- Estação Paulista da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

e) Oscar Freire
Acesso A - R. Oscar Freie, Nº 1231 / Acesso B - Av. Rebouças, Nº 1097 (Acesso
Jardins)
Acesso C - R. Oscar Freire, Nº 1345 / Acesso D - Av. Rebouças, Nº 100 (Acesso
Clínicas)
A Estação Oscar Freire tem uma área total de 13.358,17 m², com profundidade 24,32
metros do nível da rua até plataforma e estrutura em concreto aparente, venezianas
de vidro, pastilhas, piso porcelanato e piso com sinalização tátil.
Ponto de interesse:
Escola de Enfermagem da USP
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público

Figura 7- Estação Oscar Freire da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.


27

f) Estação Fradique Coutinho


Acesso A - R. Fradique Coutinho, Nº 28 / Acesso B - R. dos Pinheiros, Nº 628
Acesso C - R. dos Pinheiros, Nº 623
Profundidade de 16,16 metros da plataforma ao nível da rua, pastilhas, concreto
aparente, vidros, piso de porcelanato e piso tátil de alerta e direcionamento. Área total
de 14.260 m² e bicicletário com capacidade para armazenar 86 bicicletas.
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador, banheiro público e bicicletário.

Figura 8- Estação Fradique Coutinho da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

g) Estação Faria Lima


Acesso A - Av. Brigadeiro Faria Lima, N° 952
Acesso B - Av. Brigadeiro Faria Lima, Nº 1057 (Acesso CREA)
Profundidade de 24,83 metros, pastilhas cinza-claros nas paredes e lilás nos pilares,
piso de porcelanato e piso tátil de alerta e direcionamento.
Pontos de interesse:
SESC Pinheiros
Teatro Cultura Inglesa
Mercado Municipal de Pinheiros
Instituto Tomie Ohtake
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador e banheiro público.
28

Figura 9- Estação Faria Lima da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

h) Estação Pinheiros: com integração gratuita com a Linha 9 Esmeralda da CPTM


O corpo principal da estação tem sua parte mais baixa a 31,25 metros da superfície,
com seis níveis: possui grande área em fechamento de vidro, permitindo alto índice
de luz natural que transpassa todos os níveis, até o nível das plataformas. Bicicletário
com capacidade para armazenar 117 bicicletas.
A transferência para outras linhas de metrô e para a CPTM só é garantida até a meia-
noite.
Pontos de interesse:
Centro Brasileiro Britânico
Praça Victor Civita
SESC Pinheiros
Teatro Cultura Inglesa
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador, banheiro público e bicicletário.

Figura 10- Pinheiros da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.


29

i) Estação Butantã
Acesso A - Av. Vital Brasil, N°427 / Acesso B - Pirajussara, Nº 438
Acesso C - Eng. Bianor, Nº 78
Com profundidade total de 51,71 metros, possui interligação com terminal de ônibus
da SPTRANS no nível da superfície. Bicicletário com capacidade para armazenar 149
bicicletas.
Pontos de interesse:
Instituto Butantã
Cidade Universitária (USP)
Jockey Club de São Paulo
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador, banheiro público e bicicletário.

Figura 11- Estação Butantã da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

j) São Paulo - Morumbi


Acesso A - Av. João Jorge Saad, Nº 09 / Acesso B - Av. Jacob Salvador Zveibil, Nº 50
Acesso C - Av. Francisco Morato, Nº 2585 / Acesso D - Av. Francisco Morato, Nº 2428
Com profundidade de 27,53 metros do nível da rua até plataforma no acesso norte e
23,76 metros do nível da rua até plataforma no acesso sul. Área total de 16,790,10 m²
e estrutura em concreto aparente, cobertura de vidro, piso porcelanato e piso com
sinalização tátil, 4 banheiros para clientes sendo 2 PCD, elevadores e escadas
rolantes em todos os níveis. Bicicletário com capacidade para armazenar 80 bicicletas
Pontos de interesse:
Estádio Cícero Pompeu de Toledo – Morumbi
Serviços disponíveis: Acessibilidade, Elevador, banheiro público e bicicletário.
30

Figura 12- Estação São Paulo - Morumbi da Linha 4 Amarela – Autor ViaQuatro.

2.3 Frota
Fabricante
A frota dos trens da Linha 4 Amarela foram fabricados pela empresa Hyundai-Rotem
especializada em produção de material rodante, armamentos e centrais elétricas
pertencente ao grupo Hyundai Motor Group.
Está localizada na província de Gyeongsang ao sul da Coréia do Sul.

Fabricação
A fabricação dos trens da linha 4 foram divididos em duas fases que são:
Fase I
-Período de construção ocorreram nos anos de 2009 e 2010;
-Entrada em operação ocorreu no ano de 2010;
-Total construídos 14 trens com 6 carros, totalizando 84 carros;
-Composições desse lote receberam a numeração 401 a 414.

Figura 13- Frota Hyundai Rotem Fase I – Autor viaquatroemfoco.blogspot.com.


31

Fase II
-Período de construção ocorreram nos anos de 2016 e 2017;
-Entrada em operação ocorreu no ano de 2017
-Total construídos 15 trens, com 6 carros totalizando 90 carros;
-Composições desse lote receberam a numeração 415 a 429.

Figura 14- Frota Hyundai Rotem Fase II – Autor viatrolibus.com.br.

Especificações técnicas
-Caixa em aço inoxidável;
-Comprimento 128,50m;
-Largura 2,800m;
-Tração em corrente alternada (CA) com 4 motores VVVF por carro 180
kW/1100Vca/119A;
-Operação driverless ou UTO (operação autônoma de trem);
-Climatização em ar condicionado Carrier 23kW (2 unidades por carro)
-39.000 kcal/hora/unidade;
-Alimentação elétrica de 1500 Vcc;
-Captação elétrica por pantógrafo Stemmann-Technik FB800.18 acionado por
mola/motor elétrico curso livre de 750mm;
-Freios de atrito Knorr-Bremse;
-Bitola 1,435m;
-Velocidade máxima de 80km/h;
32

-Capacidade de 1926 passageiros;


-Peso dos carros de cabeceira 37,5t;
-Peso dos carros exceto cabeceira 39,9t

2.4 Controle dos trens


Presente nas estações, trens, Centro de Controle Operacional (CCO) e no sistema de
sinalização, a inovação da Linha 4-Amarela ganha mais destaque por meio do sistema
driverless, utilizado pela primeira vez na América Latina. Com ele, o trem é operado
sem condutor, por um sistema baseado na comunicação, o CBTC (Communications
Based Train Control). Nele, as velocidades são sempre mantidas dentro dos limites
permitidos e reguladas de acordo com a necessidade, o que garante mais segurança.
O CBTC permite a aproximação de dois trens com toda segurança
.
O CCO é o “cérebro” da operação, onde todo o processo é supervisionado por meio
de painéis eletrônicos. Do CCO é possível acompanhar o movimento em toda a
extensão da linha, no interior dos trens, nas estações e no pátio de manutenção e
estacionamento. Os trens da Linha 4 são controlados remotamente pelo CCO, que
recebe dados em tempo real sobre o consumo de energia, funcionamento do sistema
de freios, tração e até o ar-condicionado dos carros.

A linha é construída inteiramente com um sistema de sinalização moderno que se


comunica por rádio e telefonia, chamado CBTC, capaz de diminuir o intervalo entre as
composições e que permite a aproximação de dois trens a uma distância máxima de
até 12 metros.
33

Figura 15- Ilustração do funcionamento do CBTC – Autor ViaQuatro.

2.5 Capacidade, viagens e números de passageiros transportados


A Linha 4 Amarela em seu traçado atual tem os seguintes dados de capacidade,
viagens e número de passageiros transportados.
-Capacidade de passageiros transportados por composição: 1926 passageiros sendo
306 sentados;
-Total geral de viagens (ano base 2019): 279.366 mil distribuídas ao longo do ano
sendo em média aproximadamente 765 viagens por dia
34

Figura 16- Gráfico do total de viagens realizadas – Autor ViaQuatro.

Total de viagens realizadas


30000 27883
25081
26470 25751 26296 25075 26647
24608 24489 24015 24256
25000 23051

20000

15000

10000

5000

Meses do ano de 2019

- Total de passageiros transportados ano base 2019: 248.823 milhões passageiros


(média de 681mil pass/dia) distribuídos ao longo do ano da seguinte forma:

Figura 17- Gráfico do total de passageiros transportados – Autor viaquatro.

Total de passageiros transportados


Corresponde à soma dos passageiros que entram pelas linhas de bloqueio com as transferências nas
estações Pinheiros, Paulista, República e Luz

25000
20654 20689 19888 21387
19278 19644 19412
20000 18136 18030 18518 17788
16121
Em milhares

15000

10000

5000

Meses do ano
35

2.6 Pátio
Projetado em 1997 pelo arquiteto João Toscano, em parceria com os arquitetos
Massayoshi Kamimura, Monique Alonso Gonzalez e Odiléa Helena Setti Toscano, as
obras do Pátio Vila Sônia foram iniciadas em março de 2004.
O Pátio Vila Sônia é composto pelas seguintes instalações:

2.6.1 Inauguração da estação Vila Sônia


A construção da estação teve início em 2012, com previsão de inauguração em 2015.
Porém, a construção ficou paralisada entre 2014 e 2015, devido à rescisão de contrato
com o consórcio responsável pela construção na época. Em julho de 2016 foi assinado
um novo contrato, que permitiu a retomada das construções, e as obras civis foram
concluídas em janeiro de 2021. A princípio, a previsão de inauguração era entre os
meses de maio e junho de 2021, porém o governador João Dória (PSDB) anunciou
uma nova data de inauguração da estação, que ficou para dezembro de 2021.

2.6.2 Estrutura
A Oficinas I e II
B Administrativo II
C Portarias de acesso (C1, C2, C3 e C4) I e II
D D1 (subestação retificadora), D2 (subestação e CCO) e D3 (posto de
abastecimento) I e II
E Torno rodeiro CNC I
F Almoxarifado II
G Veículos auxiliares/estação de solda I
H Caixas d'água I
I Depósito de inflamáveis I
J Posto de abastecimento I
K Caixas d'água de lavagem de trens I
L Depósito de lixo I e II
M Vestiários e ambulatório I
36

Figura 18- Pátio Vila Sônia – Autor Diário dos trilhos.

2.7 CCO
O Centro de Controle Operacional é o cérebro da operação automática e uma das
ferramentas mais importantes para a ViaQuatro realizar um atendimento ágil e de
qualidade.
Nos trens da Linha 4-Amarela, o controle é feito de modo remoto direto do CCO,
localizado no Pátio Vila Sônia. Por meio de uma tela com 13 metros de comprimento
e cerca de 3 metros de altura, é possível acompanhar o movimento em toda a
extensão da linha, o interior dos trens, as estações, o pátio de manobra e a
manutenção.
Por esse moderno sistema é possível programar a velocidade dos trens, o número de
viagens, o tempo de abertura das portas da plataforma e do trem, incluir mais trens
na linha, quando necessário, para atender à demanda dos usuários, entre outras
funcionalidades.

Figura 19- CCO ViaQuatro – Autor Via Trólibus.


37

2.8 Programação de manutenções


Toda a programação de manutenções da Linha 4 Amarela segue um roteiro rigoroso
com foco na preservação dos equipamentos e na segurança, minimizando riscos de
acidentes e eventos que prejudiquem a operação ou até mesmo sua interrupção.
Pelos dados serem sigilosos sobre a confidencialidade dos dados em suas
estratégias, programações e periodicidades de manutenção, a concessionária
ViaQuatro apenas nos retornou em resposta apenas com dados gerais de ordens
executadas no ano de 2019 conforme abaixo:

Figura 20- Ordens de manutenção realizadas pela ViaQuatro – Autor ViaQuatro.

Legenda:
ZM01 – Ordem Corretiva Emergencial
ZM02 - Ordem Corretiva Programada
ZM03 – Ordem Manutenção Preventiva
ZM07 – Ordem de Reparo (Oficinas)
ZM08 – Ordem de Serviço Eventual/Melhorias
ZM09 – Ordem Acompanhamento de Terceiros

2.9 Mapa da via - IHM


A seguir, veremos a disposição da via (diagrama) da IHM como TF, ZM, etc, conforme
nos enviado pela ViaQuatro para este trabalho de conclusão de curso:
38

Figura 21- Mapa de via pátio – ViaQuatro.


39

Figura 22- Mapa de via pátio – ViaQuatro.


40

Figura 23- Mapa de via MIB-BUT – ViaQuatro.


41

Figura 24- Mapa de via FRE-PTA-HIG-REP – ViaQuatro.


42

Figura 25- Mapa de via HIG-REP-LUZ – ViaQuatro.


43

2.10 Sistema de alimentação elétrica atual


Atualmente o sistema do sistema elétrico da Linha 4 Amarela é alimentado pela
subestação primária Vital Brasil (YVB) localizada na Av. Vital Brasil altura do nº 700 a
cerca de 600 metros da estação Butantã, com tensão de entrada de 88kVca, tensão
de saída de 22 kVca e 2 transformadores de 33 MVA.

Figura 26- Foto subestação primária Vital Brasil (YVB) – Autor: antf.org.br
44

O diagrama básico de alimentação elétrica geral é representado na figura abaixo.

Figura 27- Foto Diagrama básico de alimentação elétrica – Autor: antf.org.br adaptado por
Gualter Cyrillo

2.10.1 Subestações retificadoras


As subestações retificadoras controladas são responsáveis pelo fornecimento de
energia de 1.500 V (em corrente contínua) para tração dos trens, ajustando a tensão
de saída conforme a carga.
Permite maior distância entre subestações retificadoras e estabilidade da tensão
durantes oscilações da alimentação de entrada, propiciando menores custos de
implantação.

Figura 28- Foto subestações retificadoras YVB– Autor: antf.org.br


45

2.10.2 Grupos de inversores


Os grupos de inversores são responsáveis pela regeneração de energia. Ela é
devolvida ao sistema de média tensão (22 kV).
A tensão de energia regenerada depende da quantidade de trens em circulação, do
headway e das características da linha, com uma previsão de reaproveitamento de 1
a 2% da energia de tração.

Figura 29- Foto grupo de inversores – Autor: antf.org.br

2.10.3 Subestações auxiliares


As subestações auxiliares recebem uma tensão de entrada de 22 kVca e as tensões
de saída são de 460, 220 e 127 Vca.
Este tipo de subestação também possui 2 transformadores de 1 MVA.
Figura 30- Foto subestação auxiliar – Autor: antf.org.br
46

2.10.4 Eficiência energética


A eficiência energética da Linha 4 Amarela conta com as seguintes características:
a) Iluminação: Arquitetura privilegiando a utilização da iluminação natura das estações
Luz, Pinheiros e Butantã;

Figura 31- Iluminação natural– Autor: antf.org.br

b) Escadas rolantes: Na ausência de passageiros operam com velocidade reduzida;

Figura 32- Escadas rolantes– Autor: antf.org.br


47

c) Ventilação principal: Proporciona o controle de velocidade de vazão de acordo com


a temperatura das estações e túneis.

Figura 33- Ventilação principal – Autor: antf.org.br

3 ESTUDO DA REGIÃO DA EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA

3.1 Características regional


O projeto Extensão da Linha 4 Amarela entre as Estações Luz até a Estação Penha,
tem estimativa correspondente à aproximadamente 9,5 quilômetros de expansão de
transporte sobre trilhos.
Em seu trajeto, 19 (dezenove) regiões lindeiras serão atendidas sobre trilhos, regiões
estas que concentram alto potencial socioeconômico como empregos, renda,
moradia, abrangendo também áreas de lazer, saúde e educação.
48

Figura 34- Tabela de zonas e distritos lindeiras a serem servidas com trilhos com a extensão da
Linha 4.

Ordem Nº zona Nome do distrito


1 2 Parque Dom Pedro
2 7 Luz
3 10 Canindé
4 11 Bom Jardim
5 12 Pari
6 13 João Teodoro
7 14 Oriente
8 17 Gasômetro
9 38 Catumbi
10 39 Belém
11 41 Belenzinho
12 42 Celso Garcia
13 161 Parque Novo Mundo
14 162 Vila Maria
15 164 Vila Guilherme
16 165 Coroa
17 168 Chácara do Piqueri
18 169 Parque São Jorge
19 170 Penha

3.1.1 Área de estudo


Distritos onde atenderá a expansão da linha 4 amarela, com início na zona central em
direção à zona leste:
Belém, Belenzinho, Bom Jardim, Canindé, Catumbi, Celso Garcia, Chácara do
Piqueri, Coroa, Gasômetro, João Teodoro, Luz, Oriente, Pari, Parque Dom Pedro,
Parque Novo Mundo, Parque São Jorge, Penha, Vila Guilherme e Vila Maria.
49

Figura 35- Mapa de zonas que a linha irá abranger – Por Jefferson William Damasceno Silva

Os distritos que receberão novas estações são:


Nº Zona Distrito Nome da estação
1 12 Pari Estação Pari
2 38 Catumbi Estação Maria Zelia
3 39 Belém Estação Salim Maluf
4 168 Chácara do Piqueri Estação Parque São Jorge
5 169 Parque São Jorge Estação Celso Garcia

Figura 36- Mapa dos distritos que receberão novas estações – Por Gualter Cyrillo da Silva
50

3.1.2 Densidade demográfica


Figura 37- Densidade demográfica populacional da região lindeira - Fonte: Pesquisa OD Metrô
2017

Quantidade de População por Distrito


47297

34693
18210 22460
15842 22051 22502
14381
6980 9357
5328 5695 5849
1435 1619 2713 3184 3337 3786

No distrito de João Teodoro tem 1.435 de moradores que poderão utilizar a extensão
da Linha 4 Amarela, em ordem crescente informações dos demais distritos:
No distrito de Canindé tem 1.619 moradores;
No distrito de Bom Jardim tem 2.713 moradores;
No distrito de Coroa tem 3.184 moradores;
No distrito de Oriente tem 3.337 moradores;
No distrito de Catumbi tem 3.786 moradores;
No distrito de Celso Garcia tem 5.328 moradores;
No distrito de Parque Dom Pedro tem 5.695 moradores;
No distrito de Vila Guilherme tem 5.849 moradores;
No distrito de Gasômetro tem 6.980 moradores;
No distrito do Belém tem 9.357 moradores;
No distrito do Pari tem 14.381 moradores;
No distrito de Vila Maria tem 15.842 moradores;
No distrito da Luz tem 18.210 moradores;
No distrito do Belenzinho tem 22.051 moradores;
No distrito do Parque São Jorge tem 22.460 moradores;
No distrito da Chácara do Piqueri tem 22.502 moradores;
No distrito da Penha tem 34.693 moradores;
51

No distrito do Parque Novo Mundo tem 47.297 moradores.


Podemos análise que o distrito com maior quantidade de moradores que poderão
usufruir da linha seria o Parque Novo Mundo e o menor o distrito de João Teodoro, no
total de moradores que serão beneficiados com a linha 4 amarela são 246.719.

3.1.3 População economicamente ativa


Figura 38- Gráfico da população economicamente ativa da região abrangente da extensão da
Linha 4 Amarela – Fonte: Pesquisa OD Metrô 2017

População Economicamente Ativa 37742


28961
17611 19321
12641 19285
11389 14517
4802 5533 7473
4255 4562
1137 1282 2149 2614 2645 3024

Dados de a População Economicamente Ativo por cada distrito onde passará a


extensão da linha 4 Amarela de forma crescente:
No distrito de João Teodoro são 1.137;
No distrito de Canindé são 1.282;
No distrito de Bom Jardim são 2.149;
No distrito de Coroa são 2.614;
No distrito do Oriente são 2.645;
No distrito de Catumbi são 3.024;
No distrito de Celso Garcia são 4.255;
No distrito do Parque Dom Pedro são 4.562;
No distrito de Vila Guilherme são 4.802;
No distrito de Gasômetro são 5.533;
No distrito do Belém são 7.473;
No distrito do Pari são 11.389;
No distrito da Vila Maria são 12.641;
No distrito da Luz são 14.517;
No distrito do Belenzinho são 17.611;
52

No distrito do Parque São Jorge são 17.611;


No distrito da Chácara do Piqueri são 19.321;
No distrito da Penha são 28.961;
No distrito do Parque Novo Mundo são 37.742.
Os cincos maiores distrito com população economicamente ativo são Parque Novo
Mundo, Penha, Chácara do Piqueri, Parque São Jorge e Belenzinho. Estes distritos
juntos somam 122.920 pessoas economicamente ativas que poderão utilizar a Linha
4 Amarela e ajudar a contribuir com desenvolvimento econômico na região da zona
leste e uma parta zona norte por serem bem próximos, nestes distritos estão tendo
um crescimento imobiliário e comércio também.

3.1.4 Renda familiar e per capita


Figura 39- Gráfico da renda familiar da região abrangente da extensão da Linha 4 Amarela –
Fonte: Pesquisa OD Metrô 2017

Renda Média Familiar


R$4.434 R$4.853
R$3.466 R$3.500 R$3.718 R$3.933 R$5.446
R$3.105
R$2.643 R$2.947 R$3.860 R$4.227 R$4.667
R$3.464 R$3.476 R$3.507
R$2.731 R$3.045
R$2.198

Dados de a Renda Média Familiar por cada distrito onde passará a extensão da Linha
4 Amarela de forma crescente:
No distrito de Canindé a rende média familiar é de R$2.198;
No distrito do Parque Novo Mundo a renda média familiar é de R$2.198;
No distrito de João Teodoro a renda média familiar é de R$2.731;
No distrito do Oriente a rende média familiar é de R$2.947;
No distrito de Gasômetro a renda média familiar é de R$3.045;
No distrito do Parque Dom Pedro a renda média familiar é de R$3.105;
No distrito da Vila Maria a renda média familiar é de R$3.464;
No distrito de Vila Guilherme a renda média familiar é de R$3.466;
53

No distrito do Bom Jardim a renda média familiar é de R$3.476;


No distrito do Pari a renda média familiar é de R$3.500;
No distrito da Penha a renda média familiar é de R$3.507;
No distrito do Belenzinho a renda média familiar é de R$3.718;
No distrito de Celso Garcia a renda média familiar é de R$3.860;
No distrito de Coroa a renda média familiar é de R$3.933;
No distrito da Luz a renda média familiar é de R$4.227;
No distrito do Belém a renda média familiar é de R$4.434;
No distrito de Catumbi a renda média familiar é de R$4.667;
No distrito da Chácara do Piqueri a renda média familiar é de R$4.853;
No distrito do Parque São Jorge a renda média é de R$5.446.
Analisando a renda média familiar, 04 distritos (Luz, Belém, Catumbi e Chácara do
Piqueri) tem a média a superior de R$4.000 e o distrito do Parque são Jorge tem uma
renda média familiar mais alto entre todos os distritos, é de R$5.446. 10 distritos estão
com média entre R$3.000 a R$4.000, apenas 04 distritos tem a renda média familiar
abaixo de R$3.000. A média geral dos 19 distritos juntos é de R$3.643 onda a linha 4
Amarela passar com sua extensão.

Figura 40- Gráfico da renda per capita da região abrangente da extensão da Linha 4 Amarela –
Fonte: Pesquisa OD Metrô 2017

Per Capita Por Distrito


R$2.000,00
R$1.500,00
R$1.000,00
R$500,00
R$0,00

No distrito do Parque São Jorge a renda per capita é R$1.977,92;


No distrito da Chácara do Piqueri o per capita é R$1.850,18;
No distrito da Luz o per capita é R$1.471,99;
No distrito do Belém o per capita é R$1.462,93;
54

No distrito de Catumbi o per capita é R$1.350,42;


No distrito de Coroa o per capita é R$1.327,79;
No distrito do Parque Dom Pedro o per capita é R$1.276,72;
No distrito do Belenzinho o per capita é R$1.256,52;
No distrito da Vila Maria o per capita é R$1.195,28;
No distrito de Bom Jardim o per capita é R$1.194,05;
No distrito da Penha o per capita é R$1.172,14;
No distrito do Pari o per capita é R$1.153,85;
No distrito de Celso Garcia o per capita é R$1.113,64;
No distrito da Vila Guilherme o per capita é R$1.113,36;
No distrito do Gasômetro o per capita é R$1.060,09;
No distrito do Oriente o per capita é R$975,14;
No distrito do Parque novo mundo o per capita é R$822,65;
No distrito de João Teodoro o per capita é R$804,96;
No distrito de Canindé o per capita é R$634,04.
O distrito com maior per capita é o Parque São Jorge, 15 distritos estão com o per
capita entre R$2.000 a R$1.000 e 04 distritos tem o per capita são menores que
R$1.000. Média geral per capita é R$1.221.

3.2 Tipos de deslocamentos regional


De acordo com a Pesquisa Origem Destino realizada pelo Metrô de São Paulo no ano
de 2017, obtemos o número de viagens totais das 517 zonas de origem da RMSP cujo
destino são as zonas que compõe as 19 áreas que abrangem a extensão da Linha 4
amarela demostradas nas planilhas abaixo:
55

Figura 41- Tabelas de viagens cujo destino é a região lindeira da Extensão da Linha 4 Amarela
–Fonte: Pesquisa Origem Destino do Metrô de São Paulo
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68

Portanto, podemos afirmar que a Extensão da Linha 4 Amarela tem potencial para ser
destino por volta de 1.095.830 viagens diárias totais.

3.2.1 Estimativa de viagens produzidas e atraídas


Consideramos todos os motivos de viagens e todos os tipos de modais envolvidos
para viagens atraídas e produzidas para a região lindeira da extensão da Linha 4
Amarela, obtivemos os seguintes dados:

Figura 42- Tabela de viagens produzidas e atraídas na região lindeira

Total de viagens diárias produzidas e atraídas


Viagens
Viagens
atraídas de
Nome do distrito (traçado produzidas por
toda RMSP
Ordem Nº zona lindeiro e em amarelo zona de todos moldais
com destino à
estação) com destinos
Extensão da
às RMSP
L4
1 2 Parque Dom Pedro 137232 138306
2 7 Luz (Estação Luz) 93161 93681
3 10 Canindé 23890 24030
4 11 Bom Jardim 11403 11381
5 12 Pari (Estação Pari) 46136 44924
6 13 João Teodoro 25131 24562
7 14 Oriente 66496 66780
8 17 Gasômetro 31625 31507
Catumbi (Estação Maria
9 38 12175 12154
Zélia)
10 39 Belém (Estação Salim Maluf) 27108 25582
11 41 Belenzinho 81301 80984
12 42 Celso Garcia 29355 29252
13 161 Parque Novo Mundo 122575 121963
14 162 Vila Maria 68261 68767
15 164 Vila Guilherme 25920 25735
16 165 Coroa 37176 37562
Chácara do Piqueri (Estação
17 168 74134 74079
Parque São Jorge)
Parque São Jorge (Estação
18 169 86022 87276
Celso Garcia)
19 170 Penha (Estação Penha) 97701 97305
TOTAL 1096800 1095830
Total de viagens diárias produzidas e atraídas 2192630
Total de viagens diárias produzidas e atraídas
435001
somente nas regiões de estações
69

Concluímos, portanto, que número total de viagens realizadas diariamente na região


lindeira que corresponde a 19 regiões, independentemente do motivo e modal da
viagem, chegamos ao número total de 1.095830 de viagens atraídas, 435.001
somente em regiões de estação.

4 EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA


Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo viabilizar a extensão da Linha 4
Amarela até da estação Penha do Metrô a partir da atual estação terminal Luz, com a
criação das estações Pari, Maria Zélia, Salim Maluf, Parque São Jorge e Celso Garcia.
São ao todo 19 (dezenove) regiões passarão a serem servidas com trilhos:

Abaixo está a representação gráfica da localização do traçado da linha e suas


respectivas estações:

Figura 43- Traçado da extensão da Linha 4 Amarela – Google Maps adaptado por Gualter Cyrillo
da Silva.

Esta extensão visa também transferências de passageiros para outras linhas


metroferroviárias e modal sob pneus em algumas estações da seguinte forma de
Leste para Oeste:
- Estação Penha com transferência para a Linha 3 Vermelha do Metrô. Futuramente
acesso também as Linhas 11 Coral da CPTM e 2 Verde do Metrô;
70

- Estação Celso Garcia com transferência com a Linha 12 Safira da CPTM e com
acesso ao Terminal Aricanduva da SPTrans;
- Estação Salim Maluf com acesso ao Terminal EMTU;
- Estação Pari com transferência com as Linhas 7-10 e 11da CPTM.

Figura 44- Mapa da linha - por Gualter Cyrillo da Silva

Figura 45- Mapa metroviário - por Gualter Cyrillo da Silva

O formato da extensão da Linha 4 Amarela, que está situado na região Nordeste da


cidade de São Paulo e paralelo à Linha 3 Vermelha do Metrô, juntamente com a futura
extensão da Linha 2 Verde do Metrô, formará um pequeno ‘metroanel de transferência
de passageiros’ envolvendo as estações Penha, República e Paulista demonstrado
na figura a seguir:
71

Figura 46- Formação de ‘metroanel’ de transferências de passageiros’ por Gualter Cyrillo da


Silva

Região Nordeste
Da cidade de São Paulo
Linha 12 Safira da CPTM

Estação Luz Estação Celso Garcia

Estação Penha
Estação República

Linha 11 Coral da CPTM

Linha 2 Verde do Metrô Linha 3 Vermelha do Metrô

Estação Brás
Estação Paulista

Linha 4 Amarela

Desta forma, passageiros provindos do extremo Leste da RMSP atendidos pela Linha
11 Coral da CPTM ou provindos de distritos do munícipio de São Paulo que embarcam
ou desembarcam no trecho das estações Penha e Corinthians Itaquera que utilizam a
Linha 2 Verde ou a Linha 4 Amarela poderão realizar a transferência em na futura
conexão com a Estação Penha, aliviando o trecho entre as Estações Penha e
República da Linha 3 Vermelha.

O mesmo ocorrerá com passageiros que em algum momento de suas viagens utilizam
a Linha 4 provindos da Linha 12 Safira da CPTM que poderão realizar transferência
de forma antecipada na Estação Celso Garcia.

4.1. Características das estações


4.1.1 Padrão Metrô
Todas as estações da Extensão da linha 4 Amarela devem seguir os padrões de
qualidade do Metrô de São Paulo.
72

4.1.2 Comodidade
A exemplo das demais estações já em operação atual da Linha 4 Amarela, as
estações contarão com monitores na plataforma que indicam o tempo de chegada do
próximo trem e sua lotação.
Nas áreas pagas das estações haverá sanitários acessíveis e pontos com álcool em
gel.

4.1.3 Segurança dos passageiros


Todas as estações terão Portas de Plataforma (PSDs), marcações no piso de
orientação de fluxo já seguidos nas demais estações em operação, sistema de CFTV,
áudio comunicação e sistema de proteção contra incêndio.

4.1.4 Acessibilidade
Assim como todas as estações do Metrô, a Extensão da Linha 4 Amarela terá
elevadores, piso, mapas, placas táteis e agentes para condução de passageiros com
necessidades especiais caso necessário.

4.1.5 Layout das plataformas


O layout das estações que corresponde ao trecho entre as estações Luz e Penha
terão 2 formatos que iremos utilizar da seguinte maneira:

a) Plataformas Laterais e Central


Assim como na atual Estação Luz da Linha 4 Amarela, este layout também será
aplicado na Estação Penha, que passará a ser a nova estação terminal e expectativa
de alta demanda devido as outras integrações metroferroviárias que possuirá.

Figura 47- Representação das estações com plataformas centrais e laterais


73

b) Plataformas Laterais
As plataformas laterais serão aplicadas uma em cada sentido nas demais estações
que irão compor a Extensão da Linha 4 Amarela que são: Pari, Maria Zelia, Salim
Maluf, Parque São Jorge e Celso Garcia.

Figura 48- Representação das estações com plataformas laterais

4.2. Estações
A seguir detalharemos cada estação da Extensão da Linha 4 Amarela tomando como
base o sentido de início de Oeste para Leste.

4.2.1 Estação Luz


Figura 49- Placa de entrada da estação Luz

A estação Luz fica localizada na Av. Casper Libero nº 598, no bairro de mesmo nome.
Atualmente é a estação terminal da Linha 4 Amarela e será a estação de início do
prolongamento da linha sentido Nordeste da cidade de São Paulo.
Possui uma demanda de acordo com a Pesquisa Origem e Destino do Metrô no ano
de 2017 de 186.842 viagens atraídas e produzidas por dia (figura 33 página 67),
fazendo conexões com a Linha 1 Azul do Metrô e com as Linhas da CPTM 7 Rubi, 10
Turquesa e 11 Coral além de 14 linhas de ônibus SPTrans que transportam 29 mil
passageiros.
A estação já possui plataformas laterais.
74

Tem como principais pontos de interesse: Museu da Língua Portuguesa, Parque


Jardim da Luz, Receita Federal, Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Dant
(IIRG) e centro de comércios e shopping populares.
Figura 50- Entrada atual da estação Luz da Linha 4 Amarela –Autor Google Maps – Street View

Figura 51- Vista aérea da estação Luz –Autor Google Maps

Estação Luz
da Linha 4
Amarela
75

Figura 52- Vista aérea global da estação Luz –Autor Google Maps

4.2.2 Estação Pari


Figura 53- Placa de entrada da estação Pari
76

Localizada na Rua Monsenhor Andrade na altura do número 1000, a estação Pari está
à 1310 metros de distância da estação Luz e fará conexões com transferências futuras
para as Linhas 7 Rubi e 10 turquesa além da Linha 11 Coral da CPTM.
A estação Pari será totalmente subterrânea com plataformas laterais e com acesso à
superfície através de duas entradas localizadas na própria Rua Monsenhor Andrade
altura do número 1000 e outra Rua Mendes Caldeira 424, passando dessa forma por
debaixo das linhas CPTM.
A região entorno da estação possui os seguintes pontos de interesse: shoppings
populares, comércios, Praça Domingues Almeida Junior e Etec Carlos de Campos.
Há uma expectativa esperada de demanda de 44.924 viagens atraídas diariamente
de acordo com a Pesquisa Origem e Destino do ano 2017 (figura 33 página 67)
etambém é atendida por 46 linhas de ônibus municipal SPTrans que transportam mais
de 136 mil passageiros por dia.

Figura 54 - Vista aérea futura da estação Pari –Autor Google Maps

Legenda
Traçado Extensão da Linha 4
Região da estação – Acesso 1 pela
Rua Monsenhor Andrade nº 1000
Acesso 2 pela Rua Mendes Caldeira
nº 424
Conexões com as Linhas 710 e 11 da
CPTM
Linha férrea 710 Rubi/Turquesa da
CPTM
Linha férrea 11 Coral da CPTM
77

Figura 55 - Vista aérea global da futura estação Pari –Autor Google Maps

Estação Pari
78

Figura 56 – Acesso 1 à estação Pari pela Rua Monsenhor Andrade altura do nº 1000 –Autor
Google Maps
79

Figura 57 – Acesso 2 à estação Pari pela Rua Mendes Caldeira nº 424 –Autor Google Maps

A seguir iremos exemplificar como seria os acessos as estações.


80

Figura 58– Exemplo de acesso à estação Pari pela Rua Monsenhor Andrade nº 1000

Figura 59– Exemplo de acesso à estação Pari pela Rua Mendes Caldeira nº 424
81

4.2.3 Estação Maria Zelia


Figura 60- Placa de entrada da estação Maria Zelia

Com plataformas laterais e totalmente subterrânea está localizada na Rua


Jequitinhonha no distrito de Catumbi, a estação Maria Zelia terá 2 acessos sendo um
na própria Rua Jequitinhonha nº 244 e outro na Rua Silvino Passos nº 5.
Está a uma distância da estação anterior Pari de 2.460 metros, e possui regiões de
interesse como AME (Atendimento Médico de Especialidades) Maria Zelia, agência
do INSS e complexos de menores apreendidos – Fundação Casa.
A região é atendida por 13 linhas de ônibus SPTrans que transportam diariamente
cerca de 38 mil passageiros.
De acordo com a Pesquisa Origem e Destino do Metrô do no de 2017, a região tem
potencial de atração 12.154 viagens diárias. Expectativa de uso de parte do terreno
do estacionamento do AME e um lote do início da Rua Silvino Passos.

Figura 61 - Vista aérea da futura estação Maria Zelia –Autor Google Maps

Estação Legenda
Maria Zelia
Traçado Extensão da Linha 4
Região da estação – Acesso 1 pela
Rua Jequitinhonha nº 244
Acesso 2 pela Rua Silvino Passos nº5
Túnel de conexão do acesso 2 à
estação
82

Figura 62 - Vista aérea global da futura estação Maria Zelia –Autor Google Maps
83

Figura 63 – Acesso 1 à estação Maria Zelia pela Rua. Jequitinhonha nº 244–Autor Google Maps
84

Figura 64 – Acesso 2 à estação Maria Zelia pela Rua Silvino Passos nº 5 –Autor Google Maps
85

Abaixo apresentaremos sugestões arquitetônicas para a estação e acesso de Maria


Zelia.

Figura 65 – Sugestão para o acesso 1 à estação Maria Zelia pela Rua. Jequitinhonha nº 244

Figura 66 – Sugestão para o acesso 2 à estação Maria Zelia pela Rua Silvino nº 5
86

4.2.4 Estação Salim Maluf


Figura 67- Placa de entrada da estação Salim Maluf

A estação Salim Maluf fica localizada na Av. Salim Farah Maluf nº 40 onde também
será localizado o terminal de ônibus metropolitano EMTU.

Pela região circulam 25 linhas de ônibus municipais (SPTrans) que transportam mais
de 198 mil passageiros por dia.

Contará com 4 entradas de acesso da estação:


a) Acesso principal à estação será dentro do terminal de ônibus EMTU ou passageiros
que vem pela Marginal do Rio Tietê tanto pela pista local ou central que acessarão a
Avenida Salim Farah Maluf lado par sentido centro;
b) Acesso a estação pela Avenida Salim Farah Maluf nº 191 – para passageiros que
vem sentido bairro pela própria Avenida Salim ou passageiros que vem pela Marginal
do Rio Tietê pista local e utilizam a alça de acesso Praça Tito Livio Ferreira para a
ponte do Tatuapé seja para retorno ou destino à Zona Norte;
c) Acesso a estação pela alça de acesso Praça José Inacio Alpendre – para
passageiros que transitam pela alça de acesso vindos pela ponte do Tatuapé ou que
estão apenas de passagem pela Marginal do Rio Tietê pista local sentido bairro.
d) Acesso a estação pela Avenida Salim Farah Maluf lado ímpar para passageiros à
margem da avenida sentido bairro

O distrito de Belém segundo a Pesquisa Origem e Destino do Metrô possui viagens


atraídas da ordem de 25.582 por dia, e possui regiões de interesse como Parque
Estadual Manoel Pitta, ETEC Belém, Hospital Municipal do Tatuapé e Complexo de
detenção provisória.

Esta estação está à 1.510 metros de distância com relação a estação anterior Maria
Zelia, e terá plataforma laterais para embarque e desembarque de passageiros.
87

Figura 68 - Vista aérea da futura estação Salim Maluf –Autor Google Maps

Legenda
Traçado Extensão da Linha 4
Região de plataforma / Área paga
A Acesso principal
B Acesso pela Av. Salim Farah Maluf
lado par e Alça Praça Tito Livio
Ferreira
Estação C Acesso pela Alça Praça José Inacio
Salim Maluf Alpendre
D Acesso pela Av. Salim Farah Maluf
lado ímpar
Túneis de acesso à região de
C
plataforma
B

D
A

Terminal EMTU
88

Figura 69 - Vista aérea global da futura estação Salim Maluf –Autor Google Maps
89

Figura 70 - Vista aérea global e street view da região de plataformas/área paga da estação Salim
Maluf – Sentido dos veículos vindos da pista central e local da Marginal Tietê para acessar a Av.
Salim Farah Maluf sentido centro –Autor Google Maps

Área da região de
plataformas / área paga

Área da região de
plataformas / área paga
90

Figura 71 - Vista aérea global e street view da região de plataformas/área paga da futura estação
Salim Maluf – Sentido dos veículos vindos da pista central e local da Marginal Tietê para acessar
a Av. Salim Farah Maluf sentido centro. Ao fundo veículos vindos da Ponte do Tatuapé também
no sentido centro. –Autor Google Maps

Área da região de
plataformas / área paga

Área da região de
plataformas / área paga
91

Figura 72 - Vista aérea global e street view do futuro Terminal EMTU e acesso principal à estação
na Av. Salim Farah Maluf nº 40 –Autor Google Maps

Área do Terminal
EMTU e acesso
principal à estação

Área do Terminal
EMTU e acesso
principal à estação
92

Figura 73 - Vista aérea global e street view do acesso “C” à estação Salim Maluf pela alça de
acesso Praça José Inacio Alpendre que liga a Ponte do Tatuapé à Marginal Tietê pista local.-
Autor: Google Maps

Local do
acesso “C”

Local do acesso
“C”

Local do
acesso “B”
93

Figura 74 - Vista street view do acesso “B” à estação Salim Maluf pela alça de acesso Praça Tito
Livio Ferreira que liga a Marginal Tietê à Ponte do Tatuapé.- Autor: Google Maps

Local do
acesso “B”

O acesso “B” tem por objetivo atender a passageiros que utilizam a alça de acesso
que liga a Marginal do Rio Tietê à Ponte do Tatuapé, passageiros vindos da Av Salim
Farah Maluf sentido Ponte do Tatuapé e passageiros que irão acessar a Marginal
Tietê pistas local ou central vindos também da Av. Salim Farah Maluf.

A seguir iremos ilustrar como será a futura estação e Terminal EMTU Salim Maluf.
94

Figura 75 - Vista área – Representação da futura estação e Terminal Metropolitano Salim Maluf -
Autor: Gualter Cyrillo
95

4.2.5 Estação Parque São Jorge


Figura 76- Placa de entrada da estação Parque São Jorge

Projetada para ser localizada na Rua Santa Elvira altura do nº 200 esquina com a Rua
Santo Elias no bairro da Chácara do Piqueri na cidade de São Paulo, a estação Parque
São Jorge tem como zonas de interesse o Parque do Piqueri, Hospital Municipal e
UPA Tatuapé, escola Senai Frederico Jacob e Complexo Esportivo Sport Club
Corinthians.
Segundo a Pesquisa Origem e Destino do Metrô do ano de 2017 a região tem 74.079
mil viagens atraídas e está a uma distância de 1.810 metros da estação anterior Salim
Maluf. Pela região circulam 25 linhas da SPTrans transportando diariamente mais de
153 mil passageiros.
A estação terá plataformas laterais para embarque e desembarque dos passageiros.

Figura 77 - Vista aérea da futura estação Parque São Jorge –Autor Google Maps

Legenda
Traçado Extensão da Linha 4
Região da estação – Acesso pela
Rua Santa Elvira altura do nº 200
96

Figura 78 - Vista aérea global da futura estação Parque São Jorge –Autor Google Maps
97

Figura 79 - Vista aérea global e street view da futura estação Parque São Jorge –Autor Google
Maps
98

Figura 80 - Vista street view da expectativa da futura estação Parque São Jorge –Autor Gualter
Cyrillo

4.2.6 Estação Celso Garcia


Figura 81- Placa de entrada da estação Celso Garcia

Localizada na Avenida Celso Garcia nº 6183 no bairro Parque São Jorge na cidade
de São Paulo, a estação será totalmente subterrânea e terá plataformas laterais e
tuneis de acesso que interligarão o terminal de ônibus com as estações da Linha 4
Amarela e Linha 12 da CPTM.

Está a 1.260 metros da estão anterior Parque São Jorge, e tem pontos de interesso
como 10º distrito policial, Hospital Dia e Hospital Santo Antônio.
A estação fara conexão com o Terminal Municipal Aricanduva que segundo o relatório
do ano de 2019 da SPTrans atente à 16 linhas de ônibus e transporta diariamente
99

mais de 25 mil passageiros, e nas proximidades da estação o mesmo relatório aponta


mais 40 linhas de ônibus transportam mais de 130 mil passageiros diariamente.

A estação terá também transferência com acesso a Linha 12 Safira da CPTM, que de
acordo com a Pesquisa Origem e Destino do ano de 2017 a região atraiu 87.276
viagens.

Figura 82 - Vista aérea da futura estação Celso Garcia –Autor Google Maps

Legenda
Traçado Extensão da Linha 4
Região da estação – Acesso pela
Av. Celso Garcia nº 6183

Região das plataformas do terminal


de ônibus Aricanduva
Futura estação Celso Garcia da Linha
12 Safira da CPTM
Linha férrea 12 Safira da CPTM
Túneis de acesso e transferências a
entre o Terminal Aricanduva e Linhas
4 Amarela e 12 Safira da CPTM
Rede de alimentação elétrica

Figura 83 - Vista aérea global da futura estação Celso Garcia –Autor Google Maps
100

Figura 84 - Vista aérea global e street view da futura estação Celso Garcia –Autor Google Maps

Local da estação
Celso Garcia da Linha
4 Amarela
101

Figura 85 - Vista aérea global e street view da futura estação Celso Garcia –Autor Google Maps

Terminal Aricanduva
Local da estação
da SPTrans
Celso Garcia da Linha
4 Amarela

Local da estação
Celso Garcia da Linha
4 Amarela
102

Figura 86 - Vista street view da expectativa da futura estação Celso Garcia –Autor Gualter Cyrillo

Local da estação Celso


Garcia da Linha 4 Amarela
e Linha 12 Safira da CPTM

4.2.7 Estação Terminal Penha da Linha 4 Amarela


Figura 87- Placa de entrada da estação Penha

Última estação da Extensão da Linha 4 Amarela totalizando 9,5 quilometros, a estação


Terminal Penha está distante à 1.150 metro da estação que a antecede Celso Garcia.

Possibilitará aos passageiros transferências paras as Linhas 2 (em construção) e 3 do


Metrô e a Linha 11 Coral da CPTM (em construção).

Possuirá plataformas centrais e laterais devido a demanda estimada segundo a


Pesquisa Origem e Destino do ano de 2017 atraíu 97.305 viagens diárias, além de
contar 38 linhas de ônibus que passam pela região transportando mais 180 mil
passageiros.
103

Figura 88- Street view da região da Estação Terminal Penha da Linha 4 Amarela
104

4.3 Método de construção


O método mecanizado é a escavação de túneis em terrenos
brandos, ou pouco competentes, sempre se constituiu em um
grande desafio, finalmente vencido em 1825, por Marc I. Brunel.
Ele construiu o primeiro túnel sob o Rio Tâmisa mediante o
avanço de uma couraça metálica sob a qual a escavação e o
revestimento podiam ser feitos em segurança. Essa primeira
couraça (em inglês, shield) evoluiu com o tempo e hoje se
desdobra em diversos tipos de máquinas tuneladoras (Tunnel
Boring Machines - TBM). Outra grande evolução da técnica de
engenharia de túneis é a utilização de máquinas para a
escavação em rochas competentes e duras em substituição à
escavação com uso de explosivos. Na escavação de rochas,
muitas vezes a utilização da couraça pode ser dispensada.
O Metrô de São Paulo foi o primeiro a utilizar no Brasil, uma
máquina tuneladora de grande diâmetro que a população
paulistana logo apelidou de "tatuzão". Esse método construtivo
foi aplicado desde a Linha 1-Azul, executada nos anos 70, até o
novo projeto da Linha 4-Amarela, que previa a utilização de uma
grande máquina para a escavação dos túneis de via.
A escavação é efetuada por equipamento mecanizado, com
frente aberta ou fechada, sob a proteção da couraça.
Imediatamente atrás, ainda dentro da couraça (eventualmente
fora dela, quando o maciço permitir), é montado o revestimento
segmentado pré-moldado de concreto (ou metálico). O avanço
da máquina se dá pela reação de macacos contra os anéis de
revestimento já montados. No caso de TBM para rocha, sem
couraça, o avanço se dá mediante sapatas ancoradas nas
paredes laterais do túnel.
Fonte Metrô de São Paulo
105

Figura 89 - Modelo de tuneladora mecanizada utilizada nas construções das Linhas 4 e 5 – Autor
site metrocptm.com.br

Com o prolongamento da Linha 2 Verde do Metrô uma possibilidade seria realizar as


escavações partindo vala que está sendo aberta em Penha se dirigindo até a estação
Luz.

4.3.1 Profundidade estimada


Atualmente, a Linha 4 Amarela tem suas estações e tuneis com as seguintes medidas:
-Estação São Paulo Morumbi: Com profundidade de 27,53 metros do nível da rua até
plataforma no acesso norte e 23,76 metros do nível da rua até plataforma no acesso
sul.
-Estação Butantã: Com profundidade total de 51,71 metro.
-Estação Pinheiros: O corpo principal da estação tem sua parte mais baixa a 31,25
metros da superfície.
-Estação Faria Lima: Profundidade de 24,83 metros.
-Estação Fradique Coutinho: Profundidade de 16,16 metros da plataforma ao nível da
rua.
106

-Estação Oscar Freire: com profundidade 24,32 metros do nível da rua.


-Estação Paulista: Com profundidade de 55,82 metros.
-Estação Higienópolis-Mackenzie: Com profundidade de 25 metros da plataforma ao
nível da rua.
-Estação República: Com profundidade de 14,31 metros.
-Estação Luz: Com profundidade de 31,25 metros

Figura 90 – Representação gráfica da profundidade das estações atuais da Linha 4 Amarela

10

-10

-20

-30

-40

-50

-60
S. Paulo - Fradique Oscar Hig.
Butantã Pinheiros Faria Lima Paulista República Luz
Morumbi Coutinho Freire Mackenzie
Metros Profuncidade -27,53 -51,71 -31,25 -24,83 -16,16 -24,32 -55,82 -25 -14,31 -31,25
Km distância 2,2 1 1,01 1,11 1,37 1,18 1,21 1,22 1,1 0

4.3.2 Desapropriações
Este trabalho de conclusão de curso sobre Extensão da Linha 4 Amarela até a estação
Penha da Linha 3 Vermelha do metrô, consiste em demonstrar a viabilidade da
implantação do trecho proposto.
Métodos construtivos ligados a desapropriações de imóveis ou terrenos e suas
devidas finalidades, devem seguir parâmetros técnicos e jurídicos de acordo com as
normas e leis vigentes.

Se o imóvel objeto da consulta foi declarado de utilidade pública para a implantação


de algum empreendimento do Metrô, pode ser localizado o número do decreto
expropriatório, sua data de publicação e vigência.
107

O detalhamento do projeto de engenharia e também na fase de execução dos


programas ambientais, os imóveis a serem desapropriados serão avaliados de forma
individualizada.
A Lei Federal nº 6.766 de 19 de dezembro de 1979, no capítulo II dos requisitos
urbanísticos para loteamento no seu Art. 4º item II diz:
“II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e
frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a
urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social,
previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes;”

Considerando as diretrizes legais acima, realizamos de forma preliminar as condições


dos imóveis para desapropriamentos para implantação da Extensão da Linha 4
Amarela.
Figura 91– Tabela de estimativa de desapropriações e de áreas em metros quadrados

Nº Estação/VSE´s Endereço Tipo de Lote Área Total


m2
1 Estação Luz – da Linha 4 Amarela Rua Cáper Libero 598 Aproveitado -
2 VSE-1 Rua Cantareira nº 662 1 Lote comercial 130
Av. Monselhor Andrade nº
Estação Pari Acesso 1 - principal 1000 1 Lote comercial 192
3
Rua Mendes Caldeira
Estação Pari Acesso 2 1 Lote vago 2600
424
Rua Bresser nº 421 -
4 VSE-2 1 Lote comercial 130
esquina
Estação Maria Zelia Acesso 1 – Rua Jequitinhonha nº
1 Lote Estadual 230
5 principal 244
Estação Maria Zelia Acesso 2 Rua Silvino Passos nº 5 1 Lote Municipal 125
Av.Presidente Dutra nº
VSE-3 – Saída 1 1 Lote Estadual 125
157
6
Av. Condessa Elizabeth
VSE-3 Saída 2 1 Lote comercial 130
Beliano s/n
Av. Salim Farah Maluf nº
Estação Salim Maluf 1 Lote Municipal 1824
50
Estação Salim Maluf Acesso A e Av. Salim Farah Maluf nº
1 Lote vago 16860
Terminal EMTU 50
7
Alça Praça Tito Livio
Estação Salim Maluf Acesso B 1 Lote Municipal 1150
Ferreira s/n
Alça Praça José Inacio
Estação Salim Maluf Acesso C 1 Lote Municipal 1800
Alpendre s/n
8 VSE-4 Rua Tuiuti nº 462 1 Lote Municipal 125
3 Lotes
9 Estação Parque São Jorge Rua Santa Elvira nº 250 384
residenciais
1 Lote
10 VSE5 Rua Imbocuí nº 67 130
residencial
Estação Celso Garcia Acesso Rua Celso Garcia nº
1 Lote Municipal 1583
Linha 4 Amarela 6183
8
Estação Celso Garcia Acesso Rua Celso Garcia nº
1 Lote Estadual 4900
Linha 12 Safira 6183
1 Lote
9 VSE-6 Rua Guaiuna nº 461 130
residencial
Estação Terminal Penha da Linha
10 Rua Alvinópolis nº 178 1 Lote Estadual 13650
4 Amarela
Concluímos portanto que expectativa de desapropriações estão relacionadas da
seguinte forma:
108

- 4 lotes comerciais sendo 3 em regiões de VSE´s e 1 em região de estação totalizando


582m2
- 4 lotes Estaduais sendo 1 em região de VSE e 3 em regiões de estação
totalizando18905m2
- 5 lotes Municipais sendo 1 em região de VSE e 4 em regiões de estação totalizando
6607m2
- 3 lotes residenciais sendo 2 em regiões de VSE´s e 1 em região de estação
totalizando 644m2
- 2 lotes vagos em regiões de estação totalizando 19460m 2
-Total estimado de desapropriações em regiões de VSE´s = 900m2
-Total estimado de desapropriações em regiões de estações = 45042m 2
Observação: Estes levantamentos foram realizados de forma a representar uma
expectativa, onde estudos de engenharia deverão realizar de forma a obter dados
precisos sobre as reais condições.

4.3.3 Meio Ambiente


Causa de preocupação mundial, a Extensão da Linha 4 Amarela trata a questão com
extrema importância.
A linha metroviária que tem capacidade de transporte de passageiros em grandes
quantidades e rapaz além agregar novas regiões com sistema sobre trilhos e
conexões, farão que usuários de moldais como ônibus e veículos a combustão deixem
de serem utilizados ou utilizados com menor frequência.
Faz-se dessa forma a melhoria da qualidade do ar, melhoria da qualidade de vida com
diminuição ou rapidez de deslocamentos e qualidade econômica/sustentabilidade
regional.

4.3.4 Relevo, desvios e obstáculos


A região por onde passará a Extensão da Linha 4 Amarela, obtemos dados
topográficos do relevo de acordo com o nível do mar que são:
109

Figura 92– Tabela topográfica


Relevo acima do
Estação
mar (em metros)
Luz 753
Pari 740
Maria Zelia 728
Salim Maluf 728
Pq São Jorge 737
Celso Garcia 731
Penha 755
Média 738,85
Os dados topográficos mostram uma média aproximada 738,85m em relação ao nível
do mar que corresponde a todo o trajeto da Extensão da Linha 4.
Com isso é possível, de forma preliminar, manter a profundida da Estação Luz de
31,25m até a Estação Penha. Isso dependerá de estudos mais criteriosos.

Figura 93– Mapa topográfico – Autor: pt-br.topografic-map.com e traçado da Extensão da Linha


4 Amarela

Obstáculos hidrográficos durante o percurso da entre Luz até Penha são


demonstrados na figura abaixo:
110

Figura 94– Mapa hidrográfico – Autor: https://www.archdaily.com.br/br e traçado da Extensão


da Linha 4 Amarela
Rio Cassandoca
Rio Tamanduateí Bacia hidrográfica do
anhangabaú Córrego do Rincão
Aricanduva

Bacia hidrográfica do
anhangabaú Córrego do Rio Aricanduva

Tatuapé

Rio Cassandoca
Bacia do
Tatuapé/Capão
da Embira

A linha cruza os seguintes rios, bacias e córregos: Bacia hidrográfica do Anhangabaú,


Rio Tamanduateí, Rio Cassandoca, Bacia hidrográfica Tatuapé/Capão da Embira,
Bacia hidrográfica do Rio Aricanduva, Rio Aricanduva e Rio Córrego do Rincão.
Devido a profundidade da linha proposta a tendência é que não seja necessária obras
de desvios hidrográficos ou pilastras de sustentação de viadutos e elevados.

4.5 Estimativa de integração com Terminal Aricanduva SPTrans


O Terminal Aricanduva , inaugurado no 15 de outubro de 1985 , é pequeno terminal
localizado sob o viaduto Eng º Alberto Badra (ex Aricanduva) na parte leste da
cidade de São Paulo . Embora o nome possa sugerir que está localizado no bairro
de Aricanduva , na realidade o Terminal Aricanduva fica no bairro da Penha .
Anteriormente serviu como uma integração das linhas de ônibus comuns com
os trólebus que partiam deste lugar com destino ao centro da cidade. Próximo ao
terminal está localizada a 10ª Unidade de Polícia Civil (Penha). Atende a uma
demanda estimada de 25.000 usuários por dia como 16 linhas em operação.
111

Figura 95– Tabela das linhas do Terminal Aricanduva – Autor Wikipedia e SPTrans

Linha Letreiro

1177-10 TERM. A. E. CARVALHO / LUZ

2080-10 CID. KEMEL / TERM. ARICANDUVA

211V-10 VL. PARANAGUÁ / PENHA

2435-10 JD. COIMBRA / TERM. ARICANDUVA

2451-10 VL. SÃO FRANCISCO / TERM. ARICANDUVA

2583-10 VL. CURUÇÁ / TERM. ARICANDUVA

2713-10 METRÔ PENHA / CHÁC. BELA VISTA

271A-51 CANGAÍBA / METRÔ SANTANA

3206-10 METRÔ PENHA / CONJ. CHAPARRAL

342M-10 TERM. SÃO MATEUS / TERM. PENHA

390E-10 TERM. PENHA / TERM. PQ. D. PEDRO II

N301-11 TERM. A. E. CARVALHO / TERM. PQ. D. PEDRO II - Noturna

N302-11 TERM. A. E. CARVALHO / TERM. PQ. D. PEDRO II - Noturna

N303-11 TERM. A. E. CARVALHO / TERM. ARICANDUVA - Noturna

N304-11 TERM. SÃO MIGUEL / TERM. ARICANDUVA - Noturna

N404-11 TERM. SÃO MATEUS / TERM. PENHA - Noturna

Figura 96– Foto do Terminal Aricanduva – Autor flickr.com


112

4.6 Estimativa de integração com Terminal Salim Maluf EMTU


Com uma localização privilegiada demonstrada neste trabalho pela figura 65, a
criação do Terminal Salim Maluf que será implantado na Av. Salim Farah Maluf nº 50
tem por finalidade atrair passageiros da RMSP que utilizam linhas de ônibus EMTU
com destino a cidade de São Paulo. Além disso possibilitará acesso a Linha 4 Amarela
com a estação de mesmo nome.
Linhas de municípios como Arujá, Guarulhos e Itaquaquecetuba serão remanejados
para o Terminal Salim Maluf, devido à proximidade com a Rodovia Presidente Dutra
que liga a cidade de Guarulhos, Marginal Tietê que liga as cidades de Itaquaquecetuba
e Arujá com mais rapidez e conforto com instalações modernas.
Ao todo são 25 linhas de ônibus metropolitano a serem remanejadas:

1) 011PR1 GUARULHOS (PARQUE CONTINENTAL III) / SAO PAULO (METRO


ARMENIA)

2) 016 GUARULHOS (TERMINAL METROPOLITANO TABOÃO) / SAO PAULO


(METRO ARMENIA)
3) 137 GUARULHOS (JARDIM FORTALEZA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
4) 166 ARUJA (CENTRO) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
5) 166BI1 GUARULHOS (JARDIM ALAMO) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
6) 167 GUARULHOS (VILA CARMELA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
7) 167PR1 GUARULHOS (PARQUE RESIDENCIAL BAMBI) / SAO PAULO (METRO
ARMENIA)
8) 175 GUARULHOS (COCAIA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
9) 227DV1 GUARULHOS (JARDIM LEBLON) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
10) 266 GUARULHOS (INOCOOP) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
11) 292DV1 GUARULHOS (JARDIM ANGELICA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
12) 341 GUARULHOS (VILA ANY) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
13) 342 GUARULHOS (JARDIM CUMBICA/PARQUE BRASILIA) / SAO PAULO
(METRO ARMENIA)
14) 384 ITAQUAQUECETUBA (JARDIM CALIFORNIA) / SAO PAULO (METRO
ARMENIA)
15) 408 GUARULHOS (CIDADE SOBERANA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
113

16) 478BI1 GUARULHOS (JARDIM DAS NACOES) / SAO PAULO (METRO


ARMENIA)
17) 501 ITAQUAQUECETUBA (PARQUE PIRATININGA) / SAO PAULO (METRO
ARMENIA)
18) 525 GUARULHOS (JARDIM SANTA PAULA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
19) 529 ARUJA (MIRANTE) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
20) 530 ARUJA (PARQUE RODRIGO BARRETO) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
21) 552 GUARULHOS (PARQUE SANTOS DUMONT) / SAO PAULO (METRO
ARMENIA)
22) 568 ARUJA (VILA PEDROSO) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
23) 578 GUARULHOS (VILA MOREIRA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
24) 580 GUARULHOS (CIDADE SOBERANA) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
25) 588 GUARULHOS (VILA ANY) / SAO PAULO (METRO ARMENIA)
Figura 97– Foto do atual Terminal Armênia EMTU – Autor onibusbrasil.com
114

5. MATERIAL RODANTE E SUAS CARACTERÍSCAS


O material rodante para a Extensão da Linha 4 Amarela será o mesmo que atualmente
está em operação comercial no trecho existente.

Figura 98– Foto visão geral do material rodante – Autor ViaQuatro

Fabricante: Hyundai Rotem


Origem: Coréia do Sul
Bitola: 1.435mm
Alimentação: 1.500Vcc,1 pantógrafo por carro
Capacidade: 1.946 passageiros
Velocidade máxima: 80 km/h
Tração: Inversor VVVF, 4 motores AC por carro
Caixa: aço inoxidável
Composição: 6 carros motorizados (exceto 1 truque no carro Mc1)
Comprimento: 128,5 m
Largura: 2,80 m
Peso por carro (vazio): 37,5 t (Mc) / 39,9 t (M)
Sistema de Operação: Driverless, UTO (Unattended Train Operation)
115

Figura 99– Formação dos carros – Autor ViaQuatro

-Formação Básica: MC1 – M1A – M2A – M2B – M1B – MC2


-Equipamentos instalados exclusivamente nos carros MC: Compressores de ar e
Baterias
-Equipamentos instalados exclusivamente nos carros M: Inversor Auxiliar (APU)
-Alimentação de 1500Vcc: ligada par a par
-Alimentação 380Vca: cada APU alimenta metade das cargas de 3 carros
-Alimentação +72Vca e Terra: interligados em todos os carros

Figura 100– Pantógrafo – Autor ViaQuatro

Fornecedor: Stemmann-Technik
Origem: Alemanha
Modelo: FB800.18
Acionamento: mola / motor elétrico
Curso livre: 750mm
Quantidade: 1 por carro
116

Modo de operação: Grupo de 3 pantógrafos em carros alternados

Figura 101– Inversor auxiliar (APU) – Autor ViaQuatro

Fornecedor: Hyundai Rotem


Potência de saída: 120kVA
Tensão de entrada: 1.500Vcc (1000 a 1800Vcc)
Tensões de saída: 380Vca trifásico / +72Vcc, 60Hz
Controle: IGBT, refrigeração por ar natural

Figura 102– Inversor de tração / Motores AC – Autor ViaQuatro


117

Fornecedor: Hyundai Rotem


Motor de Tração: 180kW / 1100Vca / 119A Trifásico, 4 polos, motor de indução tipo
gaiola
Inversor de Tração: Controle VVVF, refrigeração por ar natural
Entrada: 1.500Vdc (1000 a 1800Vcc)
Saída: 0 a 1.100Vca, 0 a 155Hz

Figura 103– Caixa – Autor ViaQuatro


118

Figura 104– Truque – Autor ViaQuatro

Fornecedor: Hyundai Rotem


Bitola: 1.435mm
Diâmetro das rodas: 860mm a 780mm
Montagem dos eixos: conforme norma UIC 813
Material das rodas: norma AAR M-107 C
Perfil de rodas: norma UIC 510-5
Suspensão primária: Mola cônica de borracha
Suspensão secundária: Bolsas de Ar
Distância entre eixos: 2.300mm
Distância entre truques: 15.000mm
Caliper de Freio: 4 por truque (2 com freio de estacionamento)

Figura 105– Freio de atrito – Autor ViaQuatro


119

Fornecedor: Knorr-Bremse
Controle: Microprocessador e unidade pneumática incluindo sistema anti-
deslizamento
Características:
- Blending de freio elétrico e pneumático
- service brake
- emergency brake
- holding/stopping brake
- parking brake
Caliper/Disco: Pastilhas de freio com disco montado nas rodas

Figura 106– Compressor e secador de ar – Autor ViaQuatro

Fornecedor: Knorr-Bremse
Compressor: Modelo VV 120-T
Tipo: Pistão, duplo estágio
Lubrificação: Oil-free
Faixa de Trabalho: 8 a 10 bar
Secador: Modelo LTZ-015
Tipo: Dupla câmara(secagem/regeneração)
120

Figura 107– Salão de passageiros – Autor ViaQuatro

Figura 108– Comunicação visual – Autor ViaQuatro

Figura 109– Portas laterais – Autor ViaQuatro

c
121

Fornecedor: IFE / Knorr-Bremse


Dimensões: altura 1.900mm, largura 1.600mm
Acionamento: motor elétrico com deslocamento sobre roldanas
Sinalização: aviso sonoro e luminoso de fechamento de portas
Dispositivos de emergência: botão-soco e alavanca de emergência

Figura 110– Parte frontal – Autor ViaQuatro

Figura 111– Ar condicionado – Autor ViaQuatro

Fornecedor: Carrier
Quantidade instalada: 2 unidades por carro
Potência: 23 kW por unidade
Faixa de Trabalho: 20º C a 24º C ajustável por software
Capacidade: 39.000 kcal/hora por unidade
122

Figura 112– Passagem entre carros – Autor ViaQuatro

Fabricante: Trelleborg
Tipo: Gangway (passagem livre)
Dimensões: 1.400 mm (largura) e1.900 mm (altura)

Figura 113– ATC on board (Controle automático do trem) – Autor ViaQuatro

Fabricante: Siemens
É composto por um computador vital (OBCU - On Board Computer Unit), uma interface
de comunicação (CIU - Communication Interface Unit), dois conjuntos de rádios /
antenas, um transponder e dois sensores vitais de velocidade.
Tem por função o controle seguro e automático dos trens, em conjunto com os demais
equipamentos instalados na via, salas técnicas e CCO.
123

Figura 114– Comunicação on-board – Autor ViaQuatro

Fabricante: Sepsa
Principais funções: Possibilita a interface entre os passageiros e o Centro de Controle,
Incluindo:
- Mensagens sonoras
- Mensagens visuais (PIS Display)
- Comunicação entre o CCO e os passageiros (Intercomunicadores)
- 24 Câmeras de vigilância Interna (CFTV)
- 2 Câmeras externas
- Mapa de linha dinâmico
- Gravação de imagens
- Caixa-preta de imagens
- Sistema multimídia

Figura 115– Data Bus System – Autor ViaQuatro


124

Fornecedor: Hyundai Rotem


Função: Executar o controle e a monitoração de todos os equipamentos do trem,
em conjunto com o ATC de bordo e CCO
Redes disponíveis: MVB (Multi-function Vehicle Bus) e RS-485
IHM: Através do CCO ou Display Unit instalada no console dos trens

Figura 116– Sob-estrado – Autor ViaQuatro

6. REDE DE ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DOS TRENS


Os trens da Linha 4 Amarela recebem energia das subestações retificadoras através
dos pantógrafos localizados nos tetos dos carros de cada composição como já vimos
anteriormente.
No sistema metroferroviário utiliza-se a catenária, que é um sistema de distribuição e
alimentação elétrica aérea que será captada pelos pantógrafos dos trens.
Na Linha 4 Amarela existem 2 sistemas de catenárias.
125

6.1 Catenária convencional


Figura 117– Catenária convencional localizada no pátio Vila Sônia – Autor anptrilhos.org.br

6.2 Catenária rígida


Figura 118– Catenária rígida instalada nas vias principais – Autor anptrilhos.org.br
126

7 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DA EXTENSÃO DA LINHA 4


AMARELA
O sistema de alimentação elétrica (SAL) do trecho da Extensão da Linha 4 Amarela
irá incorporar uma subestação da Enel localizada Rua Vereador Cid Galvão da Silva
nº 170, bairro Penha de França CEP: 03602-020, que fornecerá uma tensão de
entrada de 88 kVca que chamaremos de YCG.
Esta subestação está a 240 metros da estação Celso Garcia que será seu ponto de
entrada, e terá uma rede total estimada em de 11 quilômetros de circuito que
corresponde subestação YCG e entre as estações Penha e República da Linha 4
Amarela
O sistema YCG será responsável pelo socorro entre setores (backup) elétrico caso o
sistema YVB não esteja funcionando, passando por algum tipo de manutenção ou
outros fatores que impeçam sua operação. E se necessário irá socorrer a Linha 3
Vermelha do Metrô.

Figura 119– Subestação Enel futuro sistema YCG – Autor Google Maps
127

7.1 Esquema de alimentação elétrica setor 1 YVB


O esquema de alimentação elétrica do setor 1 Vital Brasil (YVB) tem uma tensão de
entrada de 88 kV e tensão de saída de 22 kV. A rede entrará e alimentará a estação
Butantã (BUT) e seguirá em sequência à Oeste para o Pátio Vila Sônia (PVS) e
estação São Paulo Morumbi (MBI).
À Leste da estação Butantã será alimentada as estações Pinheiros (PIN), Faria Lima
(FAL), Fradique Coutinho (FRA), Oscar Freire (FRE), Paulista (PTA) e Higienópolis
Mackenzie (HIG).
A seguir demonstraremos a ilustração do setor 1 YVB

Figura 120– Sistema YVB setor 1 – Autor Gualter Cyrillo

7.2 Esquema de alimentação e socorro elétrico HIG


O esquema de alimentação elétrica da Linha 4 Amarela será independente, e o
socorro entre setores responsável pela estação Higienópolis - Mackenzie (HIG), que
interligará o setor1 de YVB com o setor 2 de YCG ou ao contrário quando assim
necessário.
Figura 121– Sistema de socorro elétrico HIG L4 da Linha 4 Amarela setor 2 – Autor: Gualter
Cyrillo
SETOR 2

PTA REP-L4
YBF

HIG

SETOR 1
128

7.3 Esquema de alimentação elétrica setor 2 YCG


O esquema de alimentação elétrica do setor 2 da Linha 4 Amarela receberá uma
tensão de entrada da YCG 88 kV e tensão de saída de 22 kV. A rede entrará pela
estação Celso Garcia (CLG) e seguira em sequência à Oeste alimentando as estações
Parque São Jorge (PQJ), estação Maria Zelia (MZL), estação Pari (PAR) e Luz (LUZ).
À Leste da estação Celso Garcia será alimentada a estação Penha da Linha 4 Amarela
(PNH), demonstrado no esquema a seguir.

Figura 122– Sistema YCG setor 2 – Autor Gualter Cyrillo

7.4 Esquema completo de alimentação e socorro elétrico


Figura 123– Esquema completo de alimentação e socorro elétrico – Autor Gualter Cyrillo
129

7.5 Esquema elétrico de sistema de tração e sistema de equipamentos


auxiliares
O sistema de tração apresenta uma tensão de 1500Vcc e o sistema de auxiliares varia
de 460V, 220V e 127V.
Ligação entre setores para preservar a eficiência da via, existe uma interligação entre
os setores de Luz e Pari, que só em caso de falha elétrica, haverá o socorro entre
setores.

Figura 124 – Esquema elétrico setores 1 e 2 e equipamentos auxiliares – Autores: Perola dos
Santos Carvalho e Gualter Cyrillo
130

8 SISTEMA DE VENTILAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA


8.1 Ventilação
O processo de ventilação tem a finalidade de limpeza e o controle das condições do
ar, para que todos possam permanecer em um ambiente sem prejuízo a saúde, além
de fornecer conforto e melhorar o funcionamento do maquinário em geral.
Tanto que podemos dividir a ventilação em:
Ventilação para conforto térmico: mantem a temperatura do ambiente agradável para
os que estão presentes neles.
Ventilação para a saúde e segurança: mantem o ar do ambiente com os níveis de
gases nocivos baixo e não prejudiciais para os que estão no recinto, além de realizar
a manutenção do oxigênio.
Ventilação para a conservação de materiais e equipamentos: como o nome sugere,
com a ventilação se reduz o aquecimento de motores elétricos, máquinas, armazéns
ventilados evitando que estreguem.
No Metrô essas ventilações são feitas com ventiladores responsáveis pelo
fornecimento de ar em ambientes ou sistema de dutos.
Em uma linha de metrô é importante além das ventilações citadas a cima, ventilações
nos tuneis para redirecionar o ar gerado pela movimentação dos trens e capitar o calor
gerado pela frenagem dos trens.

8.2 Saída de emergência


O objetivo básico de uma saída de emergência é o dimensionamento para que a
população possa abandonar a edificação, em caso de incêndio ou pânico.
Como cumprimento de leis, normas e decretos uma saída de emergência deve ser um
caminho contínuo, constituído por portas, corredores, halls, passagens externas,
balcões, sacadas, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou
combinações destes, a ser percorrido pelo usuário em caso de
emergência em qualquer ponto da edificação até atingir o espaço livre exterior térreo.
O tamanho de uma saída de emergência é calculado de acordo com a quantidade de
pessoas que passaram por ela, embora a uma abertura mínima de uma saída de
emergência seja de 1,10 m.
131

8.3 VSE-1
Figura 125– VSE-1 Localizada na Rua Cantareira nº 662 – Autor: Google Maps vista global e
street view
132

8.4 VSE-2
Figura 126– VSE-2 Localizada na Rua Bresser nº 421 – Autor: Google Maps vista global e street
view

8.5 VSE-3
Figura 127– VSE-3 saída 1 localizada na Rua Av. Pres. Dutra 157 e VSE-3 saída 2 localizada na
Av. Condessa Elizabeth Beliano s/n (enfrente) Autor Google Maps vista global e street view
133

8.6 VSE-4
Figura 128–VSE-4 Localizada da RuaTuiuti 462 – Autor Google Maps vista global e street view

8.7 VSE-5
Figura 129–VSE-5 Localizada na Rua Imbocuí nº 68 – Autor Google Maps vista global e street
view
134

8.8 VSE-6
Figura 130–VSE-6 Localizada na Rua Guaiaúna 461 – Autor Google Maps e street view

9 VIA PERMANENTE DA EXTENSÃO DA LINHA 4 AMARELA


Por se tratar de um prolongamento de uma linha já em operação, a Extensão da Linha
4 amarela seguirá também os conceitos e materiais que atuam na operação comercial.

9.1 Método de construção da via permanente


A via permanente é a base de concreto instalada ao longo da linha, que recebe os
trilhos por onde passam os trens. Na Linha 4-Amarela, serão instaladas sob esta base,
o chamado sistema massa mola, que age como amortecedor, diminuindo as vibrações
durante a passagem das composições e absorvendo ruídos.

Figura 131 – Sistema massa mola – Autor: anptrilhos.org.br


135

9.2 Mapa da via


Figura 132 – Mapa da via de início de PAR à SMF – Autor: Guilherme Stofaleti
136

Figura 133 – Mapa da via continuação de PQJ à CLG – Autor: Guilherme Stofaleti
137

Figura 134 – Mapa da via continuação Terminal PNH – Autor: Guilherme Stofaleti

De acordo com o mapa de toda Extensão da Linha 4 Amarela, terá as seguintes


características considerando informações subsequentes ao trecho em operação
comercial atual partindo de Luz de Oeste para Leste:

a) Na via 1 será implantado a continuação de circuitos de via de identificação iniciando


em T3627 até T3681 e na via 2 será implantado circuitos de via de identificação com
números pares iniciando com T3628 até 3682;

b) No total serão 4 aparelhos de mudança de via (AMV´s), X14, X15, X16 e X17;
138

c) Os circuitos de via nas regiões de AMV´s com acesso pela via 1 tem numerações
de identificação ímpares iniciando com 4135 e terminando em 4149, e os acessos às
regiões de AMV´s pela via 2 tem numerações de identificação pares iniciando em 4136
até 4150;

d) Os sinaleiros localizados nas regiões de AMV´s na via 1 tem numerações de


identificação ímpares iniciando com a numeração 53623 e terminando em 53637, e
na via 2 tem numeração de identificação pares iniciando em 53624 e terminando em
53638;

e) Todas as saídas de emergência e ventilação correspondem ao sentido de saída


urbano exceto a saída de emergência e ventilação Cantareira as demais VSE´s
estarão localizadas no centro de um circuito de via;

f) Todas as regiões de plataformas possuem PCM (Painel de Controle Manual) em


cada extremidade da estação para controle de portas em caso de falhas ou perda do
CBTC

10 DEMANDA
É de conhecimento para este trabalho que a Linha 4 Amarela possui 11538 metros de
comprimento, 17 minutos de tempo de viagem, 132 metros de plataformas e tempo
de parada nas estações de 23 ou 39 segundos conforme demanda.

A Extensão da Linha 4 Amarela conforme dados da Pesquisa Origem e Destino do


Metrô do ano de 2017 apresentado na figura nº 42, tem um potencial de atrair
1.095.830 viagens diariamente na região lindeira da Extensão da Linha 4 Amarela.

Somente nas regiões de estações o total de viagens atraídas é de 435.001


demonstrado no gráfico abaixo:
139

Figura 135 – Gráfico de viagens atraídas nas regiões de estações de acordo com a pesquisa
Origem Destino do METRÔ realizada no ano de 2019 representado na figura 32 página 68.

VIAGENS ATRAÍDAS DIARIAMENTE NAS


REGIÕES DE ESTAÇÕES
Viagens atraídas diariamente nas regiões de estações
Linear (Viagens atraídas diariamente nas regiões de estações)
120000
VIAGENS EM MIL

100000
80000
60000
40000
20000
0
Estação
Estação Estação Estação
Estação Estação Parque Estação
Maria Salim Celso
Luz Pari São Penha
Zélia Maluf Garcia
Jorge
Viagens atraídas diariamente
93681 44924 12154 25582 74079 87276 97305
nas regiões de estações
ESTAÇÕES

10.1 Programa de oferta operacional


A importância de conhecer a demanda de um sistema de transporte metroferroviário
é de programar com eficiência a oferta de trens para atendimento com economia e
qualidade.
Conhecimentos como tempo de parada nas estações, movimento entre dois terminais,
velocidade operacional, velocidade comercial, velocidade de aceleração, velocidade
de desaceleração e dimensionamento da oferta horária são elementos importantes
para qualquer linha metroferroviária.
Para efeitos de cálculos, em alguns casos consideraremos a linha como completa, ou
seja, entre as estações São Paulo Morumbi (MBI) e Penha (PNH) que é composto que
traçado atual pelo projeto de Extensão da Linha 4 Amarela.
Para facilitar a realização dos cálculos iremos adotar siglas que significam:
a) T = é o tempo total de ciclo, que é o tempo total gasto para realizar uma viagem
redonda, incluindo o tempo parado nos terminais
b) TV = é o tempo total em viagem (incluindo o tempo de parada nas estações
intermediárias, ou seja, os t´s)
c) TT = é o tempo total parado nos terminais
d) TMIB a TPNH = é o tempo do percurso do terminal MIB ao terminal PNH: ≅31 minutos
140

e) TPNH a TMIB = é o tempo do percurso do terminal PNH ao terminal MIB: ≅31 minutos
f) TMIB = é o tempo parado no terminal MIB = 23 segundos ou 39 segundos
g) TPNH = é o tempo parado no terminal PNH = 23 segundos ou 39 segundos
h) D = é a distância percorrida
i) DMIB a PNH = é a distância percorrida do terminal MIB ao terminal PNH: ≅21km
j) DPNH a MIB = é a distância percorrida do terminal PNH ao terminal MIB: ≅21km
k) Vo = é a velocidade operacional
l) Vc = é a velocidade comercial
m) Considerando a velocidade máxima da frota atinge de 80km/h ou ≅ 22,55m/s
n) A distância de LUZ a MIB é de 11.358 metros, e de LUZ a PNH é de 9.500 metros.
Total de 20.858 metros
o) A linha possui 14 estações intermediárias e duas estações terminais.
p) A região das plataformas da Linha 4 Amarela tem 132 metros.
q) Tva – chamaremos de tempo de velocidade de aceleração máxima = 1,3m/s2
r) Tvat – chamaremos de tempo de velocidade de aceleração total máxima
s) Tfs – chamaremos de tempo de frenagem de máxima de serviço = 1,2m/s2
t) Tvfst – chamaremos de tempo de velocidade de frenagem de máxima de serviço
total
u) Tfe – chamaremos de tempo de frenagem de máxima de emergência = 1,5m/s2
v) O tempo de viagem atual entre MIB e LUZ é de 17 minutos
w) O tempo de viagem atual entre MIB e PNH é de ≅ 31 minutos
x) Tpe – chamaremos de Tpe o tempo de parada das estações
y) Ttd – chamaremos de Ttd o tempo total de desaceleração
z) Tta – chamaremos de Tta o tempo total de aceleração

Abaixo apresentaremos de forma ilustrativa e sequencial as considerações que


devemos ter para efetuar os cálculos.
141

Figura 136 – Composição em desaceleração - Autor: Guilherme Stofaleti

Representação de trem em desaceleração para parada na região de plataforma. Deve


ser calculado o tempo de frenagem de serviço até sua total parada (Tfs e Tfst).

Figura 137– Composição parada na região de plataforma - Autor: Guilherme Stofaleti

Representação do trem recém parado na plataforma. Inicia-se a contagem a partir


desse momento a contagem do tempo de parada na estação (Tpe).

Figura 138 – Composição parada na região de plataforma com abertura de portas - Autor:
Guilherme Stofaleti
142

Representação do trem parado na plataforma com portas abertas. Este processo está
incluso no tempo de parada na estação (Tpe).

Figura 139 – Composição parada na região de plataforma com portas recém fechadas - Autor:
Guilherme Stofaleti

Representação do trem parado na plataforma com portas recém fechadas liberado


para seguir viagem. Este processo encerra a contagem do tempo de parada na
estação (Tpe).

Figura 140 – Composição saindo da região de plataforma- Autor: Guilherme Stofaleti

Representação do trem partindo da estação em aceleração. Neste momento de ser


calculado o tempo de velocidade de aceleração e total (Tva e Tvat).

10.2 Tempo de parada nas estações


O tempo de parada nas estações é fator importante para determinar o tempo de
necessário de entrada e saída dos passageiros ao longo da operação comercial e
definir a oferta de trens de acordo com a demanda.

Temos a seguinte equação que define o tempo de parada nas estações: t = t0 + td.nd
+ te.ne onde:
143

a) t = é o tempo total parado em segundos


b) t0 = é o tempo total de abertura e de fechamento das portas mais o tempo de partida
em segundos
c) td e te = é o tempo médio de desembarque e embarque por passageiro
(segundos/passageiros)
d) nd e ne = é o número de passageiros que desembarcam e embarcam

É sabido que atualmente a Linha 4 Amarela o tempo de parada nas estações de 23 a


39 segundos e o headway é de 75 a 90 segundos de acordo com cada plataforma e
demanda. E para efeitos de cálculos consideraremos 20.858 metros de extensão da
linha, que é o resultado do trecho atual em operação com a soma do trecho entre Luz
e Penha.

10.3 Movimento entre dois terminais entre MIB-PNH com tempo de


parada nas estações de 23 segundos
É sabido que a Linha 4 Amarela em cada sentido tem as estações terminais São Paulo
Morumbi (MIB) e Penha (PNH), distantes entre si de 20,858 metros (≅ 20,9km). O
tempo de viagem é a 322 segundos (≅5,4min) referente ao tempo de parada nas 14
estações intermediárias + 46 segundos referente ao tempo de parada nas duas
estações terminais.
Portanto temos:
A) O tempo total do ciclo
O ciclo tempo do ciclo total é obtido pela seguinte equação:
T = TV + TT = TMIB a PNH + TMIB a PNH + TMIB + TPNH
T = T MIB a PNH + T PNH a MIB + T MIB + TPNH
T = 31min + 31min + 23s + 23s
T = 62 minutos e 46 segundos

Portanto o tempo de ciclo total da Extensão da Linha 4 Amarela é de


aproximadamente 62 minutos e 46 segundos ou 1h 02min e 46 segundos.
144

B) A velocidade operacional
A velocidade operacional (VO) em cada sentido de movimento e da viagem redonda:
VO = (D / Tv Velocidade operacional total)
D = DMIB a PNH + D PNH a MIB ≅ 20,9 + 20,9 = 41,8km ou 41.800m
TV = TMIB a TMIB + TPNH a TMIN = 31min + 31min = 62min ou 1,03h
VO = D / Tv = 41.800 / 62 ≅ 674,9m/min OU VO = 41,8 / 1,03
VO ≅ 41km/h

Portanto a velocidade operacional para ambos os sentidos é aproximadamente de


41km/h

C) A velocidade comercial
Para se calcular a velocidade comercial é necessário contar com dois fatores: o tempo
de parada nas estações intermediárias e o tempo de aceleração e frenagem de
serviço.
Primeiro se calcula a velocidade comercial:
VC = (DMIB a PNH +D PNH a MIB)/(T+Tpe)
D = 20,9+20,9 = 41,8km ou 41.800m
T = 62,46min
Tpe = 23*28 (ida e volta) = 644 segundos ou ≅11min
T+Tpe = 73,46min ou 1,22h
Vc = D/T = 41.800/73,46 ≅ 569m/min OU Vc = D/T = 41,8 / 1,22
Vc ≅ 34,26km/h
Portanto a velocidade comercial para ambos os sentidos é aproximadamente de
34,26km/h.

Obtido o valor da velocidade comercial, a seguir calcularemos o tempo de aceleração


e de desaceleração que significa o tempo que uma composição leva para sair do seu
ponto de partida até atingir o valor da velocidade comercial e o inverso, ou seja, vindo
de sua velocidade comercial até parar, o que seria a região de plataforma.
Para isso utilizaremos a Equação de Velocidade da seguinte forma:
145

I) Desaceleração - composição vindo de sua velocidade comercial de


34,26km/h (ou ≅ 9,52m/s) até atingir sua parada na região de plataforma
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tfs = tempo de frenagem de serviço
t = tempo
Obtemos:
0 = 9,52 + (-1,2)t
0 = 9,52 – 1,2t
1,2t =9,52
t = 9,52/1,2
t ou Tfs ≅ 8s

Portanto concluímos que em um ciclo total de viagens com 14 estações intermediárias


e duas estações terminais, serão necessárias 30 desacelerações, adicionando Tfs
total (Tvfst) de 240 segundos ou 4min.

II) Aceleração: é o tempo da composição parada (em velocidade zero por


exemplo parada em alguma estação) até atingir 34,26km/h (ou ≅ 9,52m/s)
que é a sua velocidade comercial.
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tva = tempo de velocidade de
aceleração
t = tempo
146

Obtemos:
9,52 = 0 + 1,3t
9,52 = 1,3t
1,3t =9,52
t = 9,52/1,3
t ou Tva ≅ 7s

Portanto concluímos que em um ciclo total de viagens com 14 estações intermediárias


e duas estações terminais, serão necessárias 30 acelerações, adicionando assim Tvat
total 210 segundos ou 3min e 30 segundos.

III) Agora sabendo o tempo de aceleração e desaceleração devemos realizar


um novo cálculo da velocidade comercial considerando esses valores
obtidos da seguinte forma

VC = (DMIB a PNH +DPNH a MIB)/[(T-Tvfst-Tvat)+Tpe]


D = 20,9+20,9 = 41,8km ou 41.800m
T = 62,46min ≅ 3748s – 240s – 210s = 3298s ou ≅ 55min
Tvfst = Tempo de velocidade de frenagem de serviço total = 240s
Tvat = Tempo de velocidade de aceleração total = 210s
Tpe = 23*28 (ida e volta) = 644 segundos ou ≅11min
T+Tpe = 66min ou = 1,1h
Vc = D/T = 41.800/66 ≅ 633m/min OU Vc = D/T = 41,8 / 1,1
Vc = 38km/h
Portanto, a velocidade comercial considerando os tempos de aceleração, frenagem e
tempo de parada nas estações intermediárias e terminais a 23 segundos é de 38km/h.

10.4 Movimento entre dois terminais entre MIB-PNH com tempo de


parada nas estações de 39 segundos
É sabido que a Linha 4 Amarela em cada sentido tem as estações terminais São Paulo
Morumbi (MIB) e Penha (PNH), distantes entre si de 20,858 metros (≅ 20,9km). O
tempo de viagem é a 546 segundos (≅9min) referente ao tempo de parada nas 14
estações intermediárias + 78 segundos referente ao tempo de parada nas duas
terminais.
147

Portanto temos:
A) O tempo total do ciclo
O ciclo tempo do ciclo total é obtido pela seguinte equação:
T = TV + TT = TMIB a PNH + TMIB a PNH + TMIB + TPNH
T = T MIB a PNH + T PNH a MIB + T MIB + TPNH
T = 31min + 31min + 39s + 39s
T = 63minutos e 18 segundos

Portanto o tempo de ciclo total de MIB à PNH é de aproximadamente 63 minutos e 18


segundos ou 1h 03min e 18 segundos.

B) A velocidade operacional
A velocidade operacional (VO) em cada sentido de movimento e da viagem redonda:
VO = (D / Tv Velocidade operacional total)
D = D MIB a PNH + D PNH a MIB ≅ 20,9 + 20,9 = 41,8km ou 41.800m
TV = TMIB a TMIB + TPNH a TMIN = 31min + 31min = 62min ou 1,03h
VO = D / Tv = 41.800 / 62 ≅ 674,9m/min OU VO = 41,8 / 1,03
VO ≅ 40,58km/h

Portanto a velocidade operacional para ambos sentidos é aproximadamente de


40,58km/h

C) A velocidade comercial
Para se calcular a velocidade comercial é necessário contar com dois fatores: o tempo
de parada nas estações intermediárias e o tempo de aceleração e frenagem de
serviço.
Primeiro se calcula a velocidade comercial:
VC = (DMIB a PNH +D PNH a MIB)/(T+Tpe)
D = 20,9+20,9 = 41,8km ou 41.800m
T = 63,18min
Tpe = 39*28 (ida e volta) = 1092 segundos ou ≅18min
T+Tpe = 81,18min ou ≅ 1,4h
Vc = D/T = 41.800/81,18 ≅ 515m/min OU Vc = D/T = 41,8 / 1,4
Vc ≅ 30km/h
148

Portanto a velocidade comercial para ambos sentidos é aproximadamente de 30km/h.

Obtido o valor da velocidade comercial, a seguir calcularemos o tempo de aceleração


e de desaceleração que significa o tempo que uma composição leva para sair do seu
ponto de partida até atingir o valor da velocidade comercial e o inverso, ou seja, vindo
de sua velocidade comercial até parar, o que seria a região de plataforma.
Para isso utilizaremos a Equação de Velocidade da seguinte forma:

I) Desaceleração - composição vindo de sua velocidade comercial de


30km/h (ou ≅ 8m/s) até atingir sua parada na região de plataforma
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tfs = tempo de frenagem de serviço
t = tempo
Obtemos:
0 = 8 + (-1,2)t
0 = 8 – 1,2t
1,2t = 8
t = 8 / 1,2
t ou Tfs ≅ 7s

Portanto concluímos que em um ciclo total de viagens com 14 estações intermediárias


e duas estações terminais, serão necessárias 30 desacelerações, adicionando Tfs
total (Tvfst) de 210 segundos ou 3min e 30 segundos.

II) Aceleração: é o tempo da composição parada (em velocidade zero por


exemplo parada em alguma estação) até atingir 30km/h (ou ≅ 8m/s) que
é a sua velocidade comercial.
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
149

a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é


positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tva = tempo de velocidade de
aceleração
t = tempo
Obtemos:
8 = 0 + 1,3t
8 = 1,3t
1,3t = 8
t = 8 / 1,3
t ou Tva ≅ 6s

Portanto concluímos que em um ciclo total de viagens com 14 estações intermediárias


e duas estações terminais, serão necessárias 30 acelerações, adicionando assim Tvat
total 180 segundos ou 3 minutos.

III) Agora sabendo o tempo de aceleração e desaceleração devemos realizar


um novo cálculo da velocidade comercial considerando esses valores
obtidos da seguinte forma

VC = (DMIB a PNH +DPNH a MIB)/[(T-Tvfst-Tvat)+Tpe]


D = 20,9+20,9 = 41,8km ou 41.800m
T = 63,18min ≅ 3791s – 210s – 180s = 3401s ou ≅ 57min
Tvfst = Tempo de velocidade de frenagem de serviço total = 210s
Tvat = Tempo de velocidade de aceleração total = 180s
Tpe = 39*28 (ida e volta) = 1092 segundos ou ≅18min
T+Tpe = 75min ou ≅ 1,3h
Vc = D/T = 41.800/75 ≅ 557m/min OU Vc = D/T = 41,8 / 1,3
Vc ≅ 32km/h

Portanto, a velocidade comercial considerando os tempos de aceleração, frenagem e


tempo de parada nas estações intermediárias e terminais é de aproximadamente
32km/h.
150

10.5 Tempo de frenagem de emergência


A frenagem de emergência é aplicada em situações que possam envolver perigo aos
passageiros ou na operação e é maior que o a frenagem de serviço.
O freio de emergência é o do freio de atrito que aplica desaceleração máxima quando
acionado e trabalha em conjunto com o freio elétrico, porém de forma independente
quando este falhar.
O tempo de frenagem de emergência, que chamaremos de Tfe, tem força de frenagem
de 1,5m/s2.

10.5.1 Tempo de frenagem de emergência na


velocidade operacional (Vo)
Sabemos que a velocidade operacional é de aproximadamente 41km/h ou 11,4m/s e
que o tempo de frenagem de emergência é de 1,5m/s2.
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tfe = tempo de frenagem de
emergência
t = tempo
Obtemos:
0 = 11,4 + (-1,5)t
0 = 11,4 – 1,5t
1,5t = 11,4
t = 11,4 / 1,5
t ou Tfe ≅ 8s
Concluímos que o tempo de frenagem de emergência quando aplicado em velocidade
operacional à 41km/h leva aproximadamente 8 segundos para sua total parada.
151

10.5.2 Tempo de frenagem de emergência na


velocidade comercial (Vc) com tempo de parada de nas estações de
23s
Sabemos que a velocidade comercial é de aproximadamente 38km/h ou 10,5m/s e
que o tempo de frenagem de emergência é de 1,5m/s2.
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tfe = tempo de frenagem de
emergência
t = tempo
Obtemos:
0 = 10,5 + (-1,5)t
0 = 10,5 – 1,5t
1,5t = 10,5
t = 10,5 / 1,5
t ou Tfe = 7s
Concluímos que o tempo de frenagem de emergência quando aplicado em velocidade
comercial à 38km/h leva aproximadamente 7 segundos para sua total parada.

10.5.3 Tempo de frenagem de emergência na


velocidade comercial (Vc) com tempo de parada de nas estações de
39s
Sabemos que a velocidade comercial é de aproximadamente 32km/h ou 9m/s e que
o tempo de frenagem de emergência é de 1,5m/s2.
V=V0+at onde:
V= velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração (quando o movimento é de aceleração o mesmo é
positivo e quando o movimento é de desaceleração o mesmo é
negativo). No nosso caso é o Tfe = tempo de frenagem de
emergência
152

t = tempo

Obtemos:
0 = 9 + (-1,5)t
0 = 9 – 1,5t
1,5t = 9
t = 9 / 1,5
t ou Tfe = 6s
Concluímos que o tempo de frenagem de emergência quando aplicado em velocidade
comercial à 32km/h leva aproximadamente 6 segundos para sua total parada.

10.6 Número de viagens por hora linear entre MIB-PNH


A Linha 4 Amarela na sua operação comercial atual (MIB-LUZ) transporta em média
681mil passageiros e realiza 765 viagens diariamente e cada trem da frota tem
capacidade de transportar 1926 passageiros.
De acordo com a Pesquisa Origem e Destino do Metrô o trecho entre LUZ e PNH tem
potencial para atrair 435.001 viagens somente nas regiões de estação.
Para efeitos de estimativas de cálculo devido a Pesquisa Origem e Destino do Metrô
não demonstrar o quantitativo de passageiros, iremos tratar as viagens atraídas como
passageiros.
Então o número de viagens por hora entre MIB-PNH será supostamente de 1.116.001,
com a resolução da seguinte equação: Q = P/C
Onde:
Q = número de viagens por hora, também chamado fluxo de viagens
P = Passageiros por hora
C = Capacidade do trem

É sabido que a operação comercial da Linha 4 Amarela é das 4h40 à meia noite de
domingo a sexta com 19h20 diárias de operação, e aos sábados das 4h40 à 1 hora
da madrugada com 20h20 de operação neste dia.
Para efeitos de cálculo, distribuiremos 1 hora de operação aos sábados para dias de
domingo a sexta, resultando em 19h30 de operação comercial.
153

Portando temos a estimativa 1.116.001 viagens atraídas por dia entre MIB-PNH que
distribuídas em 19h30 de operação comercial chegamos em aproximadamente ≅
57.823 passageiros por hora.

Então Q = P/C
Q= 57.823/1926
Q≅ 30 viagens por hora
Portanto, serão necessárias 30 viagens por hora para transportar 57.823 passageiros
por hora.

Observação: o cálculo foi estimado por viagens por hora e de forma linear, ou seja,
sem considerar a demanda nos horários de pico.

10.7 Número de viagens por hora entre MIB-PNH no horário de pico


Os horários de maior movimento das estações com maior carregamento ocorrem
entre 06h às 09h e das 15h às 18h, totalizando 6 horas de demanda maior.

Estimando um volume de passageiros por hora 50% maior do que a demanda linear
chegamos ≅ 86.735 pass/h

Então Q = P/C
Q= 86.735/1926
Q≅ 45 viagens por hora
Portanto, serão necessárias 45 viagens por hora para transportar 86.735 passageiros
por hora.

10.8 Headway
O headway (H) é intervalos entre trens calculado pela divisão de minutos ou segundos
pelo número de viagens por hora (Q).

10.8.1 Headway entre MIB-PNH de forma linear de


viagens por hora
Assim temos:
H = 60 minutos ou 3600 segundos / Q
154

H = 60min / 30 ou 3600s/30
H = 2 minutos ou 120 segundos
Portanto o intervalo entre trens no trecho MIB-PNH deverá ser de 2 minutos ou 120
segundos considerando o número linear de viagens por hora durante a operação
comercial

10.8.2 Headway entre MIB-PNH no período de maior


carregamento
Assim temos:
H = 60 minutos ou 3600 segundos / Q
H = 60min / 45 ou 3600s/45
H = 1 minuto e 20 segundos ou 80 segundos
Portanto o intervalo entre trens no trecho MIB-PNH deverá ser de 1 minuto e 20
segundos ou 80 segundos considerando o período de maior carregamento.

10.9 Número de trens necessários na frota


Os critérios para melhor plano operacional devem-se em primeiro lugar aquele que
apresente o menor custo observando aspectos como maior número de carros por trem
limitando-se ao cumprimento das plataformas, capacidade de tração e limite máximo
entre viagens. Em seguida deve-se reduzir ao mínimo o número de trem colocando
apenas o suficiente para atender a demanda.
O cálculo de trens necessários na frota (F) é a divisão do tempo do ciclo da linha em
segundos (T) pelo headway (H).

10.9.1 Número de trens necessários na frota entre MIB-


PNH com tempo nominal de viagens (tempo ida e volta entre MIB-
PNH incluindo o tempo das estações terminais de 23 segundos)
com carregamento linear e período de maior carregamento

a) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo nominal viagens e carregamento linear
temos: T = 62 minutos e 46 segundos

Conversão para segundos T = 3766 segundos


155

F=T/H
F = 3766/120
F ≅ 31,4
Por não existir 0,4 trem adotaremos frota de 32 trens considerando o tempo de ciclo
nominal de viagem (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações
terminais) e o carregamento de passageiros de forma linear durante a operação
comercial.

b) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo nominal e período com maior
carregamento temos: T = 62 minutos e 46 segundos

Conversão para segundos T = 3766 segundos


F=T/H
F = 3766/80
F ≅ 47

Adotaremos frota de 47 trens considerando o tempo de ciclo nominal de viagem


(tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações terminais) e período
de maior carregamento de passageiros na operação comercial.

10.9.2 Número de trens necessários na frota entre MIB-


PNH com ciclo tempo de viagem comercial (tempo ida e volta entre
MIB-PNH incluindo tempo de aceleração/desaceleração e o tempo
das estações intermediárias e terminais de 23 segundos) com
carregamento linear.

a) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo de viagem comercial e carregamento


linear temos: T = 66 minutos

Conversão para segundos T = 3960 segundos


F=T/H
F = 3960/120
F = 33
156

Serão necessários a quantidade de 33 trens na frota.

b) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo de viagem comercial e período de


maior carregamento temos: T = 66 minutos

Conversão para segundos T = 3960 segundos


F=T/H
F = 3960/80
F = 49,5

Por não existir 0,5 trem adotaremos frota de 50 trens.

10.9.3 Número de trens necessários na frota entre MIB-


PNH com tempo nominal de viagens (tempo ida e volta entre MIB-
PNH incluindo o tempo das estações terminais de 39 segundos)
com carregamento linear e período de maior carregamento

a) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo nominal viagens e carregamento linear
temos: T = 63minutos e 18 segundos

Conversão para segundos T = 3798 segundos


F=T/H
F = 3798/120
F ≅ 31,7

Por não existir 0,7 trem adotaremos frota de 32 trens considerando o tempo de ciclo
nominal de viagem (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações
terminais de 39 segundos) e o carregamento de passageiros de forma linear durante
a operação comercial.

B) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo nominal e período com maior
carregamento temos: T = 63minutos e 18 segundos
Conversão para segundos T = 3798 segundos
F=T/H
157

F = 3798/80
F ≅ 47,5
Por não existir 0,7 trem adotaremos frota de 48 trens considerando o tempo de ciclo
nominal de viagem (tempo ida e volta entre MIB-PNH incluindo o tempo das estações
terminais de 39 segundos) e período de maior carregamento de passageiros operação
comercial.

10.9.4 Número de trens necessários na frota entre MIB-


PNH com ciclo tempo de viagem comercial (tempo ida e volta entre
MIB-PNH incluindo tempo de aceleração/desaceleração e o tempo
das estações intermediárias e terminais de 39 segundos) com
carregamento linear e período de maior carregamento

a) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo de viagem comercial e carregamento


linear temos: T = 75 minutos

Conversão para segundos T = 4500 segundos


F=T/H
F = 4500/120
F = 37,5

Por não existir 0,5 trem adotaremos frota de 38 trens.

b) Frota necessária entre MIB-PNH com tempo de viagem comercial e período de


maior carregamento temos: T = 75 minutos

Conversão para segundos T = 4500 segundos


F=T/H
F = 4500/80
F = 56,25

Por não existir 0,25 trem adotaremos frota de 57 trens.


158

11 CONCLUSÃO
Este estudo da Extensão da Linha 4 Amarela enfatiza a importância da implementação
de mais moldais sobre trilhos e com isso possibilitando maior capacidade de
transporte de passageiros com qualidade e agilidade.
Visa este estudo também conexões com outras linhas de trem e metrô, permitindo
distribuição de passageiros em um circuito de “metroanel” e com isso descongestionar
trechos já supercarregados com transferências em estações mais distantes das
atuais.
Integrações com terminais rodoviários, um municipal e um intermunicipal localizado
em ponto estratégico somados com a implantação de novas estações irão atrair novos
usuários para o sistema de trilhos, uma vez que a região da extensão somente é
atendida por moldais sobre pneus como ônibus e automóveis principais responsáveis
meios de poluição ambiental devido a queima de combustível.
Por fim, a Extensão da Linha 4 Amarela vem com o intuito de estabelecer uma
mobilidade ampla, viável, com rapidez e fácil acesso ao trânsito de pessoas entre São
Paulo e cidades que compõe parte da região metropolitana das regiões norte e leste.
159

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto de trabalho de conclusão de curso Extensão da Linha 4 Amarela, assim
como todos os demais projetos apresentados, mostra a importância de suprir a
carência de profissionais técnicos e qualificados na área de transporte
metroferroviário, seja na fase de aplicação do conhecimento com estágios ou na fase
após conclusão quando prontos ao mercado de trabalho neste ramo que sempre está
em constante expansão e transformação para todos nós.
160

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Imagens de satélite e Street View, GOOGLE. Disponível em:
https://maps.google.com /
Pesquisa Origem e Destino 2017, METRÔ DE SÃO PAULO. Disponível em:
http://www.metro.sp.gov.br/pesquisa-
od/arquivos/Ebook%20Pesquisa%20OD%202017_final_240719_versao_4.pdf
Dados das linhas ano 2019, SPTRANS. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes/institucional/sptrans/a
cesso_a_informacao/index.php?p=269652
Dados das linhas, EMTU. Disponível em:
https://www.emtu.sp.gov.br/emtu/dados-abertos/dados-abertos-principal.fss
Dados gerais geográficos, TOPOGRAFIA. Disponível em:
https:// pt-br.topografic-map.com
Dados gerais geográficos, HIDROGRAFIA. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br
Dados das leis, LEGISLAÇÃO. Disponível em:
https://planalto.gov.br

Dados gerais sobre a Linha 4 Amarela, Disponível em:


-https://www.viaquatro.com.br/
-www.saopaulo.sp.gov.br
-www.metro.sp.gov.br
-https://diariodotransporte.com.br/2018/11/08/estacao-sao-paulo-morumbi-passa-a-
operar-em-horario-comercial-a-partir-de-sabado-dia-10/
- https://moovitapp.com
- https://antptrilhos.org.br
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

Colaboração: Assessoria de impressa ViaQuatro


161

14 GLOSSÁRIO

AME: Assistência Médica Especializada.


Bitola: Bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores
das cabeças de dois trilhos ou carris em uma via férrea.
Catenária: Equipamento que provê energia uma vez em contato com o trem, atuando
como um terceiro trilho.
CBTC: Communication Based Train Control, ou, Controle de Trem Baseado em
Comunicação, é um sistema de sinalização e controle ferroviário, com comunicação
entre o equipamento do trem e o equipamento de via para gerenciar o tráfego.
CCO: Centro de Controle Operacional, onde é realizado o controle de tráfego e
sinalização ferroviária.
CFTV: Circuito Fechado de Televisão, atua dentro dos trens para monitoramento,
através de câmeras instaladas na composição.
CPTM: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, empresa de transporte sobre
trilhos atuante na região metropolitana de São Paulo.
EMTU: Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que atua em algumas
regiões do estado no segmento de transporte rodoviário.
Headway: Termo utilizado para indicar o intervalo entre trens.
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é um instituto público da
administração federal brasileira, principal provedor de informações e estatísticas do
Brasil.
Material Rodante: Compreende aos equipamentos metroferroviários cuja locomoção
se dá sobre a via permanente. Sinônimo: Trem.
Metrô: Companhia do Metropolitano de São Paulo, empresa de transporte sobre
trilhos atuante na capital paulista.
Metroanel de transferências: É um anel circular que interliga as linhas um sistema
metroferroviário com o objetivo de redistribuir a demanda da rede.
Metroferroviário: Termo relativo ao metrô e a ferrovia.
NATM: New Austrian Tunnelling Method, ou, Novo Método de Tunelamento Austríaco,
é um método de construção de túneis.
Origem Destino: Pesquisa de mobilidade urbana, na qual se analisa os trajetos feitos
por uma população, demanda de passageiros e necessidade de linhas de modais para
operação em determinado lugar.
162

PPP: Parceria Público Privada, contrato pelo qual o parceiro privado assume o
compromisso de disponibilizar à administração pública ou à comunidade uma certa
utilidade mensurável mediante a operação e manutenção de uma obra.
RMSP: Compreende a sigla para Região Metropolitana de São Paulo.
Sistema de Trilhos: Conglomerado de linhas de trem que atuam na mobilidade urbana
de uma região.
SPTrans: São Paulo Transporte S/A, empresa que tem por finalidade a gestão do
sistema de transporte público por ônibus em São Paulo.

Você também pode gostar