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Objetivo principal
Características
Extensão → 43 km
Trecho Leste → 53 km
MOBILIZE, 2017
Até o final de 2017 deveria ter ficado pronta a estimativa de custos de implantação do
tramo norte do Ferroanel de São Paulo. O orçamento estava sendo elaborado
conjuntamente pela DERSA (governo de São Paulo) e pela Empresa de Planejamento
e Logística (EPL), do governo federal, a um custo de cerca de R$ 9 milhões.
O acordo previa que após a fase inicial de estudos, caberia ao governo federal destinar
recursos para construí-lo e, também, definir sua forma de exploração. O estudo vai
calcular os custos reais de implantação da primeira etapa da obra, que a princípio,
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será construída em paralelo com o tramo norte do Rodoanel de São Paulo, hoje em
obras.
O projeto do Ferroanel de São Paulo começou a ser concebido em 1963, como uma
forma de intensificar o transporte de cargas por trens em direção ao Porto de Santos,
sem passar pelo centro da cidade. Segundo os estudos, com a nova ligação ferroviária
entre as regiões paulistas de Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada
Santista, haverá uma migração das cargas entre modos, reduzindo a circulação de
caminhões nas rodovias.
Histórico
No início dos anos 1960, São Paulo já tinha cerca de 4 milhões de habitantes e o
centro da metrópole já envolvia as ferrovias que partiam e cruzavam a região, surgindo
os primeiros conflitos entre a movimentação urbana e os comboios de carga.
Em 1969, buscando não deixar surgirem interferências no crescente escoamento das
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Entre 1966 e 1971 foi construído pela RFFSA o primeiro trecho deste plano, o Trecho
Leste do então Anel Ferroviário de São Paulo que liga a cidade de Suzano à cidade
de Rio Grande da Serra. A via parte do Ramal de São Paulo, na Estação Suzano,
cruza um pequeno trecho de Ribeirão Pires, até chegar a Estação Rio Grande da
Serra, onde se conecta com a Linha Santos-Jundiaí. Este trecho ficou conhecido
como Ramal de Suzano.
trechos ferroviários existentes desde Campinas até próximo a Serra do Mar, com a
adição de dois novos ramos (Norte e Sul), próximos a capital paulista.
Ferroanel Leste
O Ferroanel Leste foi construído em bitola larga, entre os anos de 1966 e 1971 para
atender ao projeto do então Anel Ferroviário de São Paulo, proposto
pela FEPASA e Rede Ferroviária Federal (RFFSA), com o objetivo de evitar o
compartilhamento da malha ferroviária entre os trens urbanos de passageiros e os
trens de cargas que vêm do Ramal de São Paulo e seguem para o porto de Santos.
Com 31 km de extensão, o Trecho Leste foi inaugurado em 4 de agosto de 1971.
Sem este ramal, os cargueiros teriam que seguir pelo Ramal de São Paulo até
a Estação Brás para acessar a Linha Santos-Jundiaí e daí seguir em direção ao porto,
utilizando grandes trechos que formam a malha dos trens urbanos de passageiros,
da CPTM.
Por conta dos conflitos gerados pelo compartilhamento, em 2014 a MRS Logística
concluiu a chamada Segregação Leste, uma linha de 12 km de extensão, que segue
paralela aos trilhos da CPTM entre a Estação Engenheiro Manuel Feio e a Estação
Suzano, sendo exclusiva para trens cargueiros, eliminando o compartilhamento. A
Segregação Leste passou a ser uma "extensão" do Trecho Leste até o início
da Variante do Parateí, em Itaquaquecetuba. Em 1996 o Trecho Leste foi concedido
pela RFFSA para a empresa MRS Logística, juntamente com o Ramal de São Paulo e
a Linha Santos-Jundiaí.
Ferronael Norte
A DERSA cedeu os projetos disponíveis para a implantação dos trechos Leste e Norte
do Rodoanel e a MRS realizou estudos e projetos que demonstraram a viabilidade
técnica e econômica da implantação do trecho Norte do ramal ferroviário na lateral
do Rodoanel Mario Covas (SP-061). Esses estudos serviram como base para que o
governo federal, por meio da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), solicitasse,
em 2013, que as obras de implantação do Rodoanel Norte (iniciadas em março
daquele ano) preservassem espaços e condições para a implantação do Ferroanel.
O presidente da MRS sustenta que essa é uma etapa importante para viabilizar, no
futuro, a construção dos 54 quilômetros do Ferroanel Norte, entre as estações de
Perus, em São Paulo, e Manoel Feio, em Itaquaquecetuba. "Com essa segregação
total, vamos conseguir atender o Estado de São Paulo nos próximos 10, 15 anos. E
já vamos deixar preparado para o Ferroanel, que virá depois. Se eu não resolver
Jundiaí-São Paulo, não adianta fazer o Ferroanel Norte, porque eu continuo com um
problemão, compartilhando passageiros e carga", defende.
A MRS calcula que cerca de R$ 7,5 bilhões serão injetados a partir da renovação
antecipada de sua concessão ferroviária. Os investimentos em aumento de
capacidade e melhoria de desempenho, da ordem de R$ 3,1 bilhões, incluem aportes
em ampliações de pátios, remodelação da via permanente, ampliação de instalações
e aquisição de novos vagões e locomotivas. Já os outros R$ 4,4 bilhões se referem a
projetos de interesse público, como obras para eliminação de conflitos entre a ferrovia
e as cidades, aumento de intermodalidade e desafogamento das estradas.
Segundo a MRS, essas intervenções serão definidas pelo governo federal após o
processo de consulta pública da renovação da MRS, que se encerra na próxima sexta-
feira, dia 13. O presidente da MRS estima que a Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) deverá enviar em novembro a documentação sobre o processo de
renovação ao Tribunal de Contas da União (TCU). "Imaginamos que o TCU nos dê
uma devolutiva em maio ou junho do ano que vem, quando estaríamos prontos para
assinar (a prorrogação). Esse é o timing que trabalhamos hoje", afirma.
GI, 2019
Doria anuncia acordo com governo federal e diz que obras do ferroanel de SP
começam este ano. Trecho que ligará Perus a Itaquaquecetuba, seguindo o traçado
do Rodoanel, vai custar R$ 3,5 bilhões e possibilitará aos trens de carga ter via
exclusiva.
O governador do estado de São Paulo João Doria (PSDB) disse nesta terça-feira (29)
que a construção do trecho norte do Ferroanel terá início neste ano e levará 4 anos
para sua conclusão. Ele assinou um protocolo de intenções com o Ministério da
Infraestrutura do governo federal para viabilizar a concessão ferroviária. A estimativa
do valor da obra é da ordem de R$ 3,5 bilhões, só do governo federal. O Ferroanel
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O ferroanel possibilitará que os trens de carga tenham uma via exclusiva e deixem de
compartilhar os trilhos com os trens de passageiros da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM). Dos 53 km do ferroanel, 12 km são relativos a 42 pontes e
viadutos, 17 km são túneis e 23 km em terraplanagem.
Além de reduzir o intervalo entre os trens de passageiros, ele permitirá, entre outros
benefícios, a movimentação de cargas do interior do estado para o Porto de Santos,
a retirada em médio prazo de 2,8 mil caminhões por dia das estradas, e a
movimentação de milhões de toneladas de cargas. O governador João Doria disse
que "com certeza absoluta a obra terá início ainda neste ano". "Já em março, a
expectativa é de que possamos anunciar a data do início da obra, mas com certeza
absoluta terá início neste ano. O prazo de execução é de 48 meses, a contar com o
investimento", disse.
Mapa de localização
"A assinatura desse protocolo de intenções era o passo que faltava para a gente
colocar na rua a consulta pública a prorrogação antecipada do contrato da MRS. Este
contrato de concessão ferroviária vai proporcionar os recursos para que a gente possa
finalmente viabilizar a construção do Ferroanel Norte de São Paulo, que é um
empreendimento aguardado há mais de 40 anos pelo estado", afirmou.
"É o uso da criatividade. Nós vamos usar recursos privados, nós vamos usar outorga
para viabilizar empreendimentos de infraestrutura", disse o ministro, acrescentando
que o contrato se refere "ao valor devido pela utilização da infraestrutura por mais 30
anos".
MOBILIZE, 2021
O governo de São Paulo fechou com o governo federal uma parceria que deverá
viabilizar a implantação do Trem Intercidades, com o qual pretende ligar por ferrovia
São Paulo à cidade de Campinas. Localizada a 99 km da capital, Campinas é o mais
importante polo industrial e universitário do interior paulista.
O projeto prevê, além da implantação de uma linha de passageiros atendida por trens
de média velocidade, que ligarão as duas cidades em 60 minutos, a ampliação do
transporte de cargas entre São Paulo e a região de Campinas.
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Hoje existem duas linhas no trajeto São Paulo-Campinas, uma de ida e uma de volta.
O plano inclui a construção de duas ou três linhas adicionais, que permitirão a
instalação do transporte de passageiros. Ainda está sendo estudado se a operação
de carga precisará de uma ou duas linhas.
De acordo com o projeto, a MRS Logística, que detém a concessão do trecho e atua
no transporte de cargas, vai assumir um pacote de investimentos na estrutura férrea,
em troca da prorrogação de seu contrato por mais 30 anos.
MOBILIZE, 2019
Obra de R$ 4 bi seria contrapartida para MRS ter concessão por mais 30 anos. Na
capital paulista passagem da carga deixaria de competir com transporte de
passageiros. O governo federal estuda obrigar a concessionária de ferrovias MRS
Logística a construir uma nova linha, o Ferroanel Norte, como contrapartida à
prorrogação de seu contrato por mais 30 anos. A obra, com 53 km e orçada em R$ 4
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bilhões, evitará que a carga com destino ao Porto de Santos (SP) transite pela capital
paulista.
A prorrogação dos atuais contratos de concessão ferroviária está prevista na Lei das
Concessões, sancionada na semana passada pelo presidente Michel Temer. A
mesma legislação prevê que, ao ganhar mais tempo na administração da malha, a
concessionária fará um pagamento ao governo federal, que poderá ter a forma de
investimentos em novas ferrovias, não necessariamente na própria malha. “Os
objetivos são super meritórios”, disse o secretário de Articulação de Políticas Públicas
do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Henrique Amarante Costa Pinto.
Ele explicou que estudos técnicos, ainda em curso, vão determinar se a combinação
entre prorrogação de contrato e novos investimentos será possível nesse caso.
A ideia de aproveitar as obras do Rodoanel Norte para fazer parte do Ferroanel surgiu
em 2013 pela Empresa de Planejamento Logístico (EPL). O cálculo da época era que,
se fossem construídos juntos, o Ferroanel representaria aumento de custo de R$ 300
milhões ao Rodoanel. A construção do Ferroanel é considerada essencial para
destravar o acesso ao Porto de Santos, onde a participação da ferrovia está em torno
de 25%.
Ferroanel Sul
O traçado do Ferroanel Sul ligará Ouro Fino Paulista, na antiga Linha Santos-Jundiaí,
em Ribeirão Pires, à Estação Evangelista de Souza, na Linha Mairinque-Santos,
em Parelheiros, flexibilizando os acessos ferroviários ao Porto de Santos,
beneficiando diretamente a movimentação de cargas na Baixada Santista.
Trechos
Extensão Data de
Trecho Terminais Observações
(km) inauguração
Estação Perus ↔ Estação
Norte 53 2025 (previsto) Em projeto
Engenheiro Manuel Feio
Estação Engenheiro Inauguração da
Leste Manuel Feio ↔ Estação 43 1971 Segregação Leste
Rio Grande da Serra em 2014
Estação Rio Grande da
Sul Serra ↔ Estação 55,3 Indefinido Em estudo
Evangelista de Souza
No projeto atual, o trecho norte do Ferroanel é um ramal ferroviário de via dupla com
52,75 km, entre as estações Engenheiro Manoel Feio (Leste) e Perus (Norte), de
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forma a evitar que os trens de carga circulem pelas linhas que cruzam a Capital, hoje
muito utilizadas pelos trens urbanos de passageiros da CPTM. Segundo os estudos,
apenas nesse trecho norte do Ferroanel circulariam cargas equivalentes a 4.200
caminhões por dia. Em 20 anos de operação seriam 40 milhões de toneladas de
cargas.
Uma ferrovia destinada aos trens cargueiros que circularia a região metropolitana de
São Paulo. Este é o projeto do Ferroanel, com o objetivo principal de ampliar a
capacidade do transporte ferroviário na região e separar a operação do transporte de
cargas do transporte de passageiros nas linhas que hoje são compartilhadas pela
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM e pela MRS Logística S.A.
(responsável pelo transporte de cargas), permitindo também a melhoria do sistema de
transporte público ferroviário da região.
O projeto não é novo, e desde pelo menos os anos 1960, São Paulo já tinha cerca de
4 milhões de habitantes e o centro da metrópole já era cruzados por ferrovias, foi
quando surgiu os primeiros conflitos entre os dois tipos de comboios.
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Entre 1966 e 1971 foi construído pela RFFSA o primeiro trecho deste plano, o Trecho
Leste do então Anel Ferroviário de São Paulo que liga a cidade de Suzano à cidade
de Rio Grande da Serra. A via parte de Suzano, na Linha 11-Coral, cruza um pequeno
trecho de Ribeirão Pires, até chegar à Estação Rio Grande da Serra, na Linha 10-
Turquesa. Ficou conhecido como Ramal de Suzano.
O projeto só voltou a ser cogitado a partir dos anos 2000, com a crescente demanda
de usuários da CPTM, e mais recentemente dois eixos foram propostos: o trecho entre
Perus e Engenheiro Manoel Feio do Ferroanel Norte, e o trecho sul entre Rio Grande
da Serra e Evangelista de Souza. O trecho entre Evangelista de Souza e Mairinque,
da Linha Mairinque-Santos, assim como o ramal de Suzano já está operacional.
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Os eixos norte e sul chegaram a ser prometidos para implantação junto ao Rodoanel.
Em setembro de 2011, o governador do estado Geraldo Alckmin e a presidente da
república Dilma Rousseff anunciaram que o trecho norte do Ferroanel seria
inaugurado em 2014, o que não ocorreu.
Já o eixo sul é mais distante. A DERSA quando desenvolveu o Rodoanel Mário Covas
trecho Sul, entregue em 2010, já previa uma área reservada (faixa de domínio) ao
lado do sistema viário, que seria fornecido sem custos para o projeto. Não há no
entanto, prazos para sua construção.