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PROJETO FERRONORTE
PMI, 2019
Antecedentes
A ferrovia está identificada no PNV como EF-170 e teve seu traçado proposto
originalmente no Projeto Ferronorte em 1989 com extensão estimada em
aproximadamente 1.000 km até Cuiabá, com previsão de extensão até Santarém com
2.000 km e Porto Velho com 1.800 km. A extensão estudada até Sinop foi atualizada
e corrigida para 816 km como resultado da análise em imagens Google Earth, e
conexão com a Ferrovia de Integração do Centro Oeste-FICO, em Lucas do Rio
Verde.
Trata-se de uma ferrovia concebida em linha singela, bitola larga (1,600 m) que deverá
funcionar como eixo longitudinal estruturador do transporte ferroviário na região
Centro-Oeste, com traçado que facilitará o papel que lhe foi destacado para apoiar o
agronegócio e a agroindústria no Centro-Oeste, ligando São Paulo a Cuiabá, e daí a
Santarém e Porto Velho, atravessando em grande parte da sua extensão a área de
maior produção de commodities agrícolas do País.
Dados atuais
PNV → EF-364
Área de operação → Mato Grosso do Sul e Mato Grosso
Tempo de operação → 1989- presente
Operadora → Rumo Logística
Interconexões ferroviárias → Rumo Malha Paulista
Extensão → 755 km
Bitola → 1,600 m
Trecho → Santa Fé do Sul-Rondonópolis
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Mapa de localização
Este trecho faz parte de uma concessão federal válida por 90 anos, para a construção
de uma malha ferroviária com o propósito de ligar Porto Velho (RO) e Santarém (PA),
passando por Cuiabá (MT), e interligando-se a Malha Paulista em Santa Fé do
Sul (SP), de onde é possível seguir até o porto de Santos. A Ferronorte, junto com a
Malha Paulista, forma o principal corredor de exportação agrícola do Brasil, ligando as
regiões produtoras de grãos do Centro Oeste brasileiro, ao porto de Santos. Há
estudos, por parte do governo federal, para o prolongamento da ferrovia
de Rondonópolis (MT) à Cuiabá (MT).
Inicialmente a concessão foi concedida para a empresa privada Ferronorte S.A., mas
atualmente pertence à Rumo Logística.
História
Em 2006 o controle do Grupo Brasil Ferrovias foi assumido pela América Latina
Logística e a Ferronorte passa a ser nomeada como América Latina Logística Malha
Norte S.A. após aprovação em 6 de agosto de 2008 pela ANTT (Deliberação 289/08).
Em abril de 2015, a América Latina Logística foi adquirida pela empresa Rumo
Logística e o trecho passou a ser chamado Rumo Malha Norte S.A.
Traçado
Data de Extensão Início das Observações
Trecho
inauguração (km) obras e Conexões
Santa Fé do Sul (SP) - Alto
1998 504 1991 Operacional
Araguaia (MT)
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Referências
1- http://www.antt.gov.br/ferrovias/arquivos/America_Latina_Logistica_Malha_Norte_SA.html
, 2009
2- MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES , 1989. Contrato de Concessão - FERRONORTE S/A
- FERROVIAS NORTE BRASIL (PDF).
3- http://www.pac.gov.br/obra/8151, 2011
4- CONGRESSO NACIONAL (1976). LEI Nº 6.346.
5- http://www.antf.org.br/Files/Ferronorte.pdf
6- ANTT. «ALL - América Latina Logística Malha Norte S.A.», 2006
7- http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/02/cade-aprova-com-restricao-fusao-
entre-all-e-rumo-logistica.html
8- ANTT. «Descrição - Mapa da Malha da FERRONORTE S.A. - Ferrovias Norte Brasil».
Histórico
A Estrada de Ferro EF-364 (Ferrovia Senador Vicente Vuolo) foi idealizada ainda na
década de 1970, pelo então deputado federal do estado de Mato Grosso, Vicente
Vuolo. A ideia inicial do projeto era interligar a capital mato-grossense, Cuiabá, à
malha ferroviária paulista. Já nesta época o agronegócio no estado de Mato Grosso
despontava como uma grande promessa no âmbito econômico.
A ferrovia está identificada no PNV como EF-364 e teve seu traçado proposto
originalmente no Projeto Ferronorte em 1989 com extensão estimada em
aproximadamente 1.000 km até Cuiabá, com previsão de extensão até Santarém com
2.000 km e Porto Velho com 1.800 km. A extensão estudada entre Rondonópolis e
Cuiabá foi atualizada e corrigida para cerca de 240 km como resultado da análise em
imagens Google Earth.
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Trata-se de uma ferrovia concebida em linha singela, bitola larga (1,600 m) que
deveria funcionar como eixo longitudinal estruturador do transporte ferroviário na
região Centro-Oeste, com traçado que facilitaria o papel que lhe foi destacado para
apoiar o agronegócio e a agroindústria no Centro-Oeste brasileiro, ligando São Paulo
a Cuiabá, e daí a Santarém e Porto Velho, atravessando em grande parte da sua
extensão a área de maior produção de commodities agrícolas do País.
Após seis anos de paralisação das obras, no ano de 2009 estas são retomadas com
o objetivo de chegar com a ferrovia até o município de Rondonópolis. No ano de 2012
é concluído o km 615 da Ferronorte atingindo o município de Itiquira. E, finalmente no
ano de 2013 o objetivo de chegar a Rondonópolis é atingido, concluindo-se assim, o
km 763 da ferrovia. A partir de então, iniciou-se as operações de implantação do maior
entreposto de cargas de granéis agrícolas da América Latina que aliviou o gargalo da
exportação da produção agrícola do estado.
Mapa de localização
CATONHO, 2021
Estes foram argumentos usados para retirar a concessão dos trechos não construídos
pela All/Ferronorte, porém passados mais de 6 anos nada se avançou, e apenas foi
contratado um novo estudo de Viabilidade técnica e ambiental, entre Cuiabá e
Rondonópolis.
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Extensão da Ferronorte
De acordo com ele, para iniciar o projeto de extensão da ferrovia, falta apenas o
Senado Federal aprovar o novo Marco Regulatório das Ferrovias, e que segundo o
ministro, deve ocorrer no próximo mês de abril. “Vamos estender a Ferronorte de
Rondonópolis até Lucas do Rio Verde. Este é nosso compromisso. É o compromisso
do presidente Bolsonaro. Precisamos acertar uma coisinha para termos uma
segurança jurídica para fazermos isso sem nenhum tipo de questionamento. E fazer
isso da forma correta, com o nosso projeto, com autorização do Senado. Esse projeto
nós vamos poder fazer a sanção e autorização no mesmo dia. Dá para fazer isso em
abril”, declarou o ministro.
Tarcísio afirmou que com extensão da ferrovia vai destravar investimento em Mato
Grosso na ordem de R$ 8,5 bilhões pela concessionária Rumo (empresa que detém
a concessão dos trilhos), e que permitirá o “sonho de décadas” de levar os trilhos até
Cuiabá. “Vai destravar mais R$ 8,5 bilhões de investimento. Vai permitir que Rumo
captura carga mais ao norte de Mato Grosso. Vai permitir o ramal para Cuiabá, que é
sonho de décadas”, disse.
Ainda segundo ele, no início do segundo semestre deve sair do papel a construção
da ferrovia de Integração Centro-Oeste que irá ligar a cidade Mara Rosa/GO à cidade
mato-grossense de Água Boa.