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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA – CAMPUS VÁRZEA GRANDE


ENGENHARIA DE TRANSPORTES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA FERROVIÁRIA

SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO


FERROVIA TRANSNORDESTINA- TLSA
Prof. Luiz Miguel de Miranda

Cuiabá-MT
Janeiro/2023
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Concessionária

A Ferrovia Nova Transnordestina (EF-232 e EF-116) é uma ferrovia brasileira,


em bitola mista, projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de
Suape, em Pernambuco, além do interior do Piauí, no município de Eliseu
Martins, com extensão total de 1.753 km. No futuro se conectará com a ferrovia
Norte-Sul em Porto Franco (MA).

A ferrovia pertence à Transnordestina Logística S.A., uma subsidiária


da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Embora seja privada, a obra recebeu
majoritariamente recursos públicos.

FONTE: GOVERNO DE PERNAMBUCO, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO – PARTE 9
Importância estratégica

A ferrovia Transnordestina é uma obra de grande importância para o


Nordeste, pois ligará a nova fronteira agrícola brasileira – composta pelo sul
dos estados do Piauí e Maranhão, além do norte do Tocantins e oeste da
Bahia, região denominada MATOPIBA, aos portos de Pecém e Suape, voltados
para a exportação da produção transportada.
Será também utilizada para levar minério de ferro, a ferrovia tem a capacidade
de promover o desenvolvimento de uma região

FONTE: TLSA, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Mapa de localização

FONTE: GOVERNO DE PERNAMBUCO, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Características do projeto
Informações principais
EF EF-232 e EF-116
Área de operação Ceará, Pernambuco e Piauí
Operadora Transnordestina Logística S.A.
Ferrovia Norte-Sul
Interconexões Ferroviárias
Ferrovia Transnordestina Logística
Porto de Pecém
Portos Atendidos
Porto de Suape
Extensão 1.753 km
Sede Fortaleza, Ceará
Especificações da ferrovia
Bitola Bitola larga: 1.600 mm
FONTE: GOVERNO DE PERNAMBUCO, 2021
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Bitola mista

A bitola mista é devida à superposição da malha original da Companhia Ferroviária do


Nordeste (bitola métrica), concessão da ANTT, com o projeto de ampliação e ligação
com Eliseu Martins (bitola larga).

Além disso, o programa Pró-Trilhos acatou um pedido de autorização para construção e


operação do trecho Eliseu Martins-Porto de Suape pela BEMISA Mineração, que levará
ao uso da infraestrutura pelo direito de passagem com as duas bitolas.

Atualmente, a linha férrea conta com 671 quilômetros de superestrutura já construídos.


Outros 500 quilômetros referentes à infraestrutura foram iniciados. A obra emprega
quase duas mil pessoas, entre profissionais próprios e terceirizados.

FONTE: GOVERNO DE PERNAMBUCO, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Descrição geral
Ferrovia: Conectará Eliseu Martins ao Porto de Suape e ao Porto de Pecém.

- Bitola larga e mista

- rampas: sentido exportação: 1,0%

sentido importação: 1,5%

- Raio mínimo de curvatura horizontal: 400 metros.

Terminais: 2 Terminais portuários - exportação de granéis sólidos

Portos aptos a operar navios “cape size”

Uma conexão entre a Nova Transnordestina e a Ferrovia Norte-Sul encontra-se em


projeto e será construída entre as cidades de Eliseu Martins (PI) e Estreito (MA) num
total de 400 km.
FONTE: FONTE: TLSA, 2021
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO

Descrição geral
A CSN e o Governo Federal estão construindo a ferrovia Transnordestina, a
maior obra linear em execução no Brasil. Com 1.753 km de extensão em linha
principal, a ferrovia de classe mundial passa por 81 municípios, partindo de
Eliseu Martins, no Piauí, em direção aos portos do Pecém, no Ceará, e Suape,
em Pernambuco. O projeto realiza o antigo sonho de integração nacional, além
de incentivar a produção local e promover novos negócios.

A obra é feita com recursos da CSN, Valec, Finor, BNDES, BNB e Sudene. A
ferrovia terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas por ano, com
destaque para granéis sólidos (minério e grãos).

FONTE: CSN, 2012


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Malha atual

A Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) é uma empresa privada que


transporta cargas ferroviárias há 22 anos, escoando produtos de forma segura,
regular e com custos competitivos. Ela tem a concessão da Malha Nordeste da
antiga Rede Ferroviária Federal S.A. que foi privatizada em 1997.
A linha ferroviária em operação atualmente, com 1.237 km em bitola métrica, liga
os portos de Itaqui (São Luis/ MA), Pecém (São Gonçalo do Amarante/ CE) e
Mucuripe (Fortaleza/ CE), promovendo a integração e dinamizando a economia
regional. A FTL movimenta cargas com 105 locomotivas e 1.377 vagões
Em 2021, a empresa transportou 2,9 milhões de toneladas, dos quais 1,5 milhão
de celulose, 621 mil de combustíveis e 322 mil de cimento.

FONTE: TLSA, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO – PARTE 9
Mapa malha atual

FONTE: TLSA, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Interseção com a TLSA

A Linha Tronco Sul-Fortaleza (trecho ferroviário entre Missão Velha/CE e Porto do


Pecém/CE) será incorporada pela TLSA, que está construindo na região uma
nova linha de 527 Km de bitola mista (1,60m e 1,00m). Isso permitirá uma
operação conjunta das duas ferrovias nesse trecho.

FONTE: TLSA, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Orçamento e financiamento
O custo total da obra estimado: R$ 5,42 bilhões (deverá ser excedido em 25%) e
totalizará cerca de R$ 6,72 bilhões.
Financiamento: R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões do Fundo de
Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), R$ 225 milhões do BNDES e 180 milhões
do Banco do Nordeste.
Dos R$ 2,3 bilhões restantes: R$ 1,3 bilhão da CSN, R$ 823 milhões do Fundo de
Investimento do Nordeste (Finor) e R$ 164 milhões da estatal Valec. Por tratar-se
de um empreendimento de controle privado, o custo da Transnordestina é de
responsabilidade da TLSA (Transnordestina Logística S.A.), controladora do
projeto.
Em dezembro de 2016, a obra estava 52% concluída, apesar de ter usado R$ 6,27
bilhões. Serão necessários mais R$ 5 bilhões para conclusão total da obra.
FONTE: TLSA, 2021
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Cronologia
• 1997: Leilão da Malha Ferroviária Nordeste

• 1998: Início de exploração e desenvolvimento do transporte de cargas com a criação


da Companhia Ferroviária do Nordeste- CFN

• 2002: Estudos para a implantação de novo traçado – projeto TRANSNORDESTINA

• 2006: Início de implantação da FERROVIA TRANSNORDESTINA

• 2008: CFN passa a se chamar TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA S.A.

• 2013: Previsão de início de operação da FERROVIA TRANSNORDESTINA

• 2016: Obra 52% concluída, usados R$ 6,27 bilhões, necessários mais R$ 5 bilhões
para conclusão total da obra
FONTE: TLSA, 2021
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Cronologia
• 2017: Por orientação do Tribunal de Contas da União as obras não devem
mais serem realizados repasses de dinheiro público, por descompasse entre
dos cronogramas de obras e os valores financeiros liberados.

• 2018: A CSN correu o risco de perder os contratos de construção da


Transnordestina, pois a ANTT iniciou um processo administrativo que poderia
ter encerrado a validade dos contratos considerando o tempo de paralisação
das obras.

FONTE: TLSA, 2021


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO – PARTE 9
Cronologia

➢ 2019: Depois de ficar parada por mais de três anos, as obras foram
retomadas a partir de um investimento de R$ 257 milhões efetuados
inteiramente pela controladora Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

➢ A Ferrovia Transnordestina tinha conclusão prevista para o ano de 2016, mas


atualmente ainda não foi acabada, tendo apenas 600 km concluídos.

FONTE: TLSA, 2021


Obrigado

Prof. Luiz Miguel de Miranda

mmirandamt@gmail.com

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