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Baptista da Costa
Universidade do Minho
29 de junho de 2023
Índice
1 - Introdução ............................................................................................................................ 2
2 – Ferrovia e economia ......................................................................................................... 3
3 – A rede ferroviária no Minho ............................................................................................ 3
4 – A localização da Estação da AVF em Braga............................................................... 4
5 - A Linha Guimarães – Braga até Esposende................................................................ 5
6 - A Linha Guimarães – Vila Verde e sua ligação a norte ............................................ 5
7 – O Alto Minho ....................................................................................................................... 6
8 - Conclusão............................................................................................................................. 7
1 - Introdução
Tal como a Lei do Plano Nacional Rodoviário permitiu adaptar os PDM’s – Planos
Diretores Municipais - e fazer as reservas de espaço que o viabilizaram ao longo
de décadas, também esta Lei do Plano Ferroviário Nacional terá fortes impactos
sociais e económicos ao longo das próximas décadas.
2 – Ferrovia e economia
A ferrovia é o modo adequado para ligar cidades. A obsoleta linha ferroviária com
26 quilómetros que liga cascais a Lisboa a cada 20 minutos. Outras cidades de
menor dimensão no centro da europa têm maior frequência mesmo entre cidades
de menor dimensão.
O milhão e cem mil habitantes do Minho são servidos por uma linha ferroviária
que desde Campanhã passa por Famalicão, Barcelos, Viana do Castelo e
Valença com dois ramais que a ligam a Guimarães e Braga.
Esta localização deve ser alterada para junto à estação de Ferreiros para
assegurar a ligação à linha ferroviária convencional que liga Braga ao Porto, mas
também por ser o ponto de acesso às autoestradas A11 e A3 que asseguram a
ligação à região.
Para além de ser o local onde a ferrovia convencional já passa e onde se poderá
efetuar a intermodalidade com a Alta Velocidade sem transbordos
desnecessários, inconvenientes e que afastam as pessoas da utilização do
transporte público. Neste ponto também o BRT em Braga permitirá à população
da cidade chegar rapidamente à Estação de Alta Velocidade de Ferreiros, onde
está previsto no PDM um interface multimodal que seja o início e fim de duas
das linhas de BRT.
Esta nova estação de AVF em Ferreiros poderá ser construída como um by pass
á linha projetada, dando maior flexibilidade ao sistema já que só os comboios
com paragem em Braga a utilizarão, não degradando o serviço de longo curso.
Esta é a opção em muitas cidades, nomeadamente no país pioneiro da alta
velocidade ferroviária, o japão, que tem estações de alta velocidade ferroviária
que distam 40 quilómetros.
Uma nova localização da estação de Braga da AVF já é admitida no PNF que
esteve em discussão pública até fevereiro deste ano e está alinhada com o Plano
Diretor Municipal de Braga.
O PNF diz que esta ligação será ferroviária, sem prejuízo de uma solução
intermédia.
Está a ser estudada uma ligação em BRT – Bus Rapid Transit, que não dá
resposta às necessidades da economia e das pessoas, nem é a tecnologia
adequada para ligar cidades.
O PNF que prevê a ligação da linha de Guimarães a Fafe. Esta deve prolongar-
se em direção a Vila Verde, passando por Póvoa de Lanhoso e Amares.
Vila Verde ligará a Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez a norte
e ligará a Braga, a sul, contribuindo para desatar o Nó de Infias.
Em Ponte de Lima há que prever a uma estação da AVF onde alguns comboios
poderão parar, fazendo assim correspondência com a linha convencional de
ligação entre o Minho litoral e o Minho interior, bem como entre o Alto e o Baixo
Minho.
7 – O Alto Minho
Esta linha ferroviária promove a coesão territorial e será prolongada até Melgaço,
passando por Valença e Monção, ao longo do Rio Minho, até ao extremo
setentrional de Portugal em direção a Ourense onde já circula o AVE – Alta
Velocidade Espanhola, potenciando uma nova ligação transfronteiriça.
Pelo litoral, desde Viana do Castelo, há que garantir o canal para sul que
promova a costa minhota com uma ligação direta entre Viana do Castelo e
Esposende, podendo a mesma expandir para sul em direção ao Porto,
fundamental para ligar todos estes territórios.
8 - Conclusão
Desta forma, várias sedes de concelho do Minho ficarão ligadas, por transporte
público, à Costa Atlântica, à Alta Velocidade em Ferreiros(Braga) e entre si.
Assim permitir-se-á às pessoas terem uma oferta digna de transporte público
para se deslocarem entre cidades.