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27/10/2023, 16:49 Concessão ferroviária: Conheça as vantagens e desvantagens - Massa

SETOR FERROVIÁRIO

Concessão ferroviária: Conheça as vantagens e


desvantagens
 agosto 27, 2021  0 Comment

As ferrovias brasileiras passaram por estágios de crescimento e redução, ao


longo de sua história, desde a metade do século XIX, quando as primeiras
estradas de ferro começaram a ser construídas. A concessão ferroviária
surgiu já nesse período.

Após o seu auge, com a urbanização dos trens, este tipo de transporte decaiu,
gerando um desequilíbrio e a dependência das rodovias como o principal
meio para carregar produtos como minérios, grãos, carnes e siderúrgicos, um
desafio logístico para o país.

Após o declínio, as ferrovias configuram uma retomada em investimento e se


abrem para a inclusão de novas tecnologias, serviço qualificado, agilidade e
economia com o transporte, tudo através da concessão pública.

Esta concessão ferroviária é nada mais do que uma privatização contratual,


uma parceria entre empresas que se encarregam da gestão das malhas a fim
de recuperá-las e retornar eixos de exportação e manter produtos que
movimentam a economia.

Neste artigo você entenderá o que é uma concessão ferroviária, e como ela
funciona:

Índice do Conteúdo

1 Como funciona uma concessão ferroviária


2 Vantagens e desvantagens
3 Concessão ferroviária em 2021
4 Conclusão

Como funciona uma concessão ferroviária

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A concessão ferroviária brasileira foi iniciada na década de 90, quando as


estatais RFFSA e Fepasa apresentavam prejuízos grandes para os cofres
públicos, baixo número de empregos e diversos problemas estruturais.

A primeira, a Rede Ferroviária Federal S/A, foi fundada em 1957, quando as


estradas de ferro de todo o país foram unificadas, sob o domínio do Governo
Federal. Com o objetivo de manutenção das malhas ferroviária e dos trens, a
empresa contava com um acervo de dezoito empresas do setor de
transporte, incluindo a Malha Norte e Sudeste.

A exceção dessa união nacional das ferrovias foi a Ferrovia Paulista S/A
(Fepasa), fundada em 1971 com o mesmo propósito de manter o modal de
transporte ferroviário ativo nos setores industrial e agronômico. Porém, com
muitos problemas de gestão e investimento, as duas empresas estatais
permitiram que a infraestrutura de suas ferrovias decaísse.

Logo, com trens, trilhos e postos de abastecimento em condições


deterioradas, não tardou para que o transporte se tornasse ineficiente ao
ponto de reduzir a mão de obra e entrar em desuso.

A estratégia que o governo adotou foi a de conceder as instalações e serviços


destas ferrovias à iniciativa privada, com empresas de transporte, indústria e
exportação. Os corredores de exportação e os eixos internos de produtos
foram respeitados.

Sob o domínio da iniciativa privada, os investimentos aumentaram e as


malhas foram gradativamente restituídas, ao que hoje o modal ferroviário
soma cerca de 25% do transporte brasileiro.

Vantagens e desvantagens

A concessão ferroviária no Brasil representou um passo em direção à


intermodalidade, visto que em um cenário ideal, todos os tipos de transporte
devem se complementar e funcionar em um sistema integrado, com postos
de carga que facilitem a transição de um modal para o outro.

Porém, a malha ferroviária encontra-se em um estágio introdutório, no qual


há a necessidade urgente de mais investimentos para a sua renovação, tanto
na infraestrutura, quanto na superestrutura.

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Mesmo oferecendo uma alternativa ao transporte rodoviário, por representar
a diminuição dos custos em grandes viagens, os trens ainda não têm uma
participação grande na demanda do país. Isto se deve, em parte, à sua
inflexibilidade. A malha atual está impossibilitada de explorar novos trajetos,
a fim de aumentar a eficiência dos seus serviços.

Desta forma, o que deveria ser uma redução de custos, é na verdade, um


aumento em tarifas e um serviço pouco requisitado. Ao contrário da
competitividade que garantiria a qualidade dos modais, há uma prevalência
do transporte rodoviário, que tem mais oferta e acaba custando menos que o
transporte ferroviário, mesmo tratando de viagens longas.

Este modelo de concessão ferroviária precisa avançar para uma nova etapa, a
integração entre as suas empresas e a integração intermodal. A primeira
integração resolveria as diferenças entre investimento em diferentes
ferrovias, para que tenham a mesma qualidade tecnológica e possam se
conectar para o encurtamento dos trechos.

Enquanto a segunda integração, resultaria em um equilíbrio entre os modais


de transporte no país inteiro, com postos onde aconteçam as transições entre
um modal e outro, permitindo o melhor escoamento dos produtos e uma
eficiência elevada, no qual rodovias participam ativamente de transportes
curtos e ferrovias, de longas distâncias.

Concessão ferroviária em 2021

O primeiro passo para o crescimento das ferrovias brasileiras é aumentar os


investimentos, para ampliar a malha e a capacidade de transporte. Diversos
projetos já estão em fase inicial e têm previsão de que em dez anos o modal
ferroviário corresponda a 30% do transporte brasileiro. De acordo com o
Ministério da Infraestrutura, em 2021 este valor será de 15%.

A iniciativa mais importante até este ano é a concessão de trechos da Ferrovia


de Integração Leste-Oeste (Fiol). O primeiro trecho já foi leiloado em abril, no
qual a Bahia Mineração (Bamin) recebeu a concessão de 35 anos. Há também
a previsão de dois leilões envolvendo partes da Fiol, que deverão se
concretizar até 2023.

A concessão ferroviária da Fiol trará investimentos que renovarão e


ampliarão a ferrovia, ligando alguns trechos com ferrovias já ativas, como no
caso do terceiro trecho a ser leiloado, que se conecta com a Ferrovia Norte-
Sul em Figueirópolis, Tocantins.

Outra iniciativa do Governo Federal com o Programa de Parcerias e


Investimentos em concessão ferroviária é a Ferrogrão, a ferrovia que ligará a
produção agrícola do norte do Mato Grosso aos portos do Pará. A expectativa
é de que tal obra movimente em torno de R $20 bilhões em investimentos,
totalizando um projeto a longo prazo, com estimados 60 anos até se
expandir, segundo o Ministério da Infraestrutura.

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Enquanto isso, parcerias já ativas estão sendo renovadas, com contratos de
concessão ferroviária antecipados para as empresas Rumo e MRS. A primeira
comporta mais de 1900 quilômetros (km) de extensão, entre Santa Fé do Sul e
o Porto de Santos, ambos no estado de São Paulo.

Juntamente com a renovação da Rumo, a MRS tem previsão para renovar em


2021 o seu contrato por mais 30 anos. O seu sistema ferroviário liga os
estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com uma extensão de
mais de 1600 quilômetros (km), para suprir o transporte do minério de ferro,
entre outros produtos.

Conclusão
Vimos até aqui como funciona a concessão ferroviária, as suas vantagens,
desvantagens e contextualizamos o cenário de concessões a partir de 2021.

Este tipo de parceria entre a iniciativa privada e o poder público acontece


desde os anos 90, quando o cenário das ferrovias nacionais se encontrava
precário e gerando dívidas públicas. A partir desta transição, as malhas do
país engatinham para um processo de reformulação, com o planejamento
integrado aos outros modais de transporte, internos e externos.

Longe do ideal, as ferrovias despertam os interesses do Estado e empresas


para equilibrar os modais de transporte e facilitar o escoamento de produtos
agrícolas para o interior dos estados e potencializar as exportações.

Fontes:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/governo-renova-
contrato-de-concessao-de-ferrovia-em-sao-paulo

https://www.gazetadopovo.com.br/economia/governo-preve-concessao-de-
duas-ferrovias-em-2021-com-obras-de-quase-r-25-bilhoes/

https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/04/27/governo-aprova-
concessao-dos-trechos-restantes-da-ferrovia-de-integracao-oeste-leste.ghtml

https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/03/concessoes-
de-ferrovias-contribuirao-para-baratear-custos

http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/45/GOL1847.pdf

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