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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

DISCENTE: YANDRA MYLENE RIBEIRO MOTA

RESUMO ARTIGO MODAL FERROVIÁRIO

A história do modal ferroviário é dividida três fases. A primeira aconteceu


entre 1850 e 1900 com o financiamento privado inglês no transporte do café. A
partir do ano 1900 essas estradas foram nacionalizadas e passaram a ser
controladas pela Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), e assim foi a segunda
fase - que durou até 1980. Entretanto, esse modal foi abandonado no governo
de Juscelino Kubitschek, por precisar de um alto investimento (o café nessa
época estava em declínio) e possuir maior tempo de entrega, fazendo com que
fosse substituído pelo modal rodoviário. No ano 1990, surgiu então a terceira
fase com o início das concessões à iniciativa privada no modal ferroviário,
aumentando sua participação na movimentação de cargas e garantindo
pequenos avanços no setor.
Sabendo que o Brasil é um grande exportador de commodities e que
esses produtos possuem baixo custo, grande volume e são transportados por
longas distâncias, o mais ideal seria utilizar o modal ferroviário, por apresentar
menor custo em relação aos outros modais nessas condições. Porém a falta de
investimento no setor de infraestrutura das ferrovias brasileiras não tornou isso
possível, fazendo com que o país não se tornasse tão competitivo no mercado
internacional.
Esse modal também apresenta como vantagem a menor emissão de
poluentes, bem como menor tráfego por utilizar vias exclusivas para trens.
Entretanto, possui baixa velocidade, percurso pouco flexível e alto custo fixo,
sendo viável e mais competitivo em distâncias superiores a 600km. Apesar dos
investimentos privados na década de 90, sabe-se que o sistema ainda é muito
carente e quase não teve muita evolução, pois se encontrava em situação crítica.
A Pesquisa CNT de Ferrovias reforça que é mais importante avaliar os
corredores ferroviários - conjunto de trechos de malha ferroviária, que une dois
ou mais polos de atração e/ou geração de viagens, destinado, exclusivamente,
ao escoamento e captação de cargas -, responsáveis por interligar regiões
produtoras com os principais portos do Brasil. No entanto, vários corredores não
possuem interligações, tornando o tráfego descontínuo. Outro desafio
encontrado se refere à alta concentração de trechos na região Sudeste e que
trabalha no limite da sua capacidade, além da falta de ligação entre as regiões
Sul e Sudeste e o Norte e Nordeste. Atualmente um dos maiores desafios é
encontrar uma solução que permita que o Brasil possa ter transporte ferroviário
proporcional aos países de dimensões continentais.

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