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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA – CAMPUS VÁRZEA GRANDE


ENGENHARIA DE TRANSPORTES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA FERROVIÁRIA

SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO


ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL
Prof. Luiz Miguel de Miranda

Cuiabá-MT
Janeiro/2023
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
História: Criação

A Estrada de Ferro Central do Brasil- EFCB foi uma das


principais ferrovias do Brasil, ligando as então províncias do Rio Grande do Sul,
São Paulo e Minas Gerais à então capital do país. Anteriormente à Proclamação
da República, em 1889, a ferrovia denominava-se Estrada de Ferro D. Pedro II.

FONTE: Christoffer Raimundo


SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Expansão: Ligação com o Ramal de São Paulo

Após a conclusão da subida da Serra do Mar, a linha se bifurcou em Barra do


Piraí, com a linha tronco, chamada Linha do Centro, seguindo na direção
de Entre Rios (atual Três Rios) e tendo como destino a Província de Minas
Gerais; e o Ramal de São Paulo, que seguiu à margem direita do Rio Paraíba do
Sul com destino à Província de São Paulo.

O primeiro trem de passageiros alcançou Barra do Piraí em 9 de agosto de


1864.

FONTE: Christoffer Raimundo


FONTE:
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Expansão e conexão com a São Paulo Railway

Um

FONTE:ANTF,
FONTE: Christoffer
2011Raimundo
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Estação Central no Rio de Janeiro

FONTE:Biblioteca
FONTE: ChristofferNacional,
Raimundo1857
SISTEMA FERROVIÁRIO BRASILEIRO
Expansão no Vale do Paraiba

Em Entre Rios (atual Três Rios, onde chegou em 13 de outubro de 1867),


a Estrada de Ferro D. Pedro II encontrou-se com a Estrada de Rodagem União e
Indústria, inaugurada em 1861. Essa estrada ligava Petrópolis a Juiz de Fora.

O chamado Ramal de São Paulo, seguiu pela margem direita do Rio Paraíba do
Sul, até Porto de Cachoeira (atual Cachoeira Paulista), passando
por Queluz e Cruzeiro, já na Província de São Paulo. Este trecho seria concluído
em 1874, com as composições da Estrada de Ferro D. Pedro II alcançando
a estação construída no povoado Santo Antônio da Cachoeira, no Porto de
Cachoeira em 20 de julho de 1875.

FONTE: Christoffer Raimundo


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Expansão no Vale do Paraiba

A ligação entre Cachoeira e a capital da província paulista, chamada Estrada de


Ferro do Norte seria construída posteriormente pela Companhia São Paulo e Rio
de Janeiro, num trecho de 231 km, inaugurado em 8 de julho de 1877.

Em 1880, foi construído um pequeno ramal próximo à estação Dom Pedro II para
atingir o Porto do Rio de Janeiro, com dois túneis e uma estação
chamada Estação Marítima, onde hoje se localiza a Cidade do Samba.

Quando da Proclamação da República, em 1889, a Estrada de Ferro D. Pedro


II teve seu nome alterado para Estrada de Ferro Central do Brasil.

FONTE: Christoffer Raimundo


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Expansão no Vale do Paraiba

Em 1895, os trilhos que seguiam por Minas Gerais chegaram à Estação General
Carneiro e se bifurcaram em direção a Belo Horizonte e Sete Lagoas.

Em 1896, a Estrada de Ferro Central do Brasil incorporou a Estrada de Ferro do


Norte da Companhia São Paulo e Rio de Janeiro, que ligava a capital
paulista a Cachoeira Paulista, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
duas linhas como continuação do Ramal de São Paulo.

FONTE: Christoffer Raimundo


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Expansão e conexão com a São Paulo Railway

A unificação permitiu à Estrada de Ferro Central do Brasil atravessar toda a


região do Vale do Paraíba e chegar à Estação do Norte (atual Estação Brás) na
capital paulista, onde a ferrovia se conectava com a Estrada de Ferro Santos-
Jundiaí. Com isso, no início do século XX, a ferrovia já havia consolidado a
interligação da então capital Rio de Janeiro, e as capitais estaduais Belo
Horizonte e São Paulo.
No decorrer do século XX, a Estrada de Ferro Central do Brasil continuou sendo
ampliada, especialmente com a incorporação de ramais existentes. Contudo,
algumas das estradas de ferro encampadas eram deficitárias, prejudicando
muitas vezes os lucros alcançados nas linhas principais.
FONTE: Christoffer Raimundo
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Expansão e conexão com a Bahia

Em 10 de setembro de 1947, a Estrada de Ferro Central do Brasil que ia


até Montes Claros, chegou a Monte Azul, no norte de Minas Gerais, próximo à
divisa do estado com a Bahia. Em 1950, a Viação Férrea Federal do Leste
Brasileiro, que se iniciava em Salvador e seguia para o sul do estado baiano,
chegou até Monte Azul, ligando-se com a Linha do Centro (Estrada de Ferro
Central do Brasil). Desse modo Rio de Janeiro e São Paulo estavam ligadas à
capital baiana.

FONTE: Christoffer Raimundo


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Extinção da RFFSA

Em 1969 foi criada no âmbito da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) a 6ª Divisão


Central, sucedendo à EFCB. Em 1973 sai do âmbito da 6ª Divisão central as
linhas de bitola métrica, formando a 14ª Divisão Centro-Norte.

Em 1975, foi repassada à Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO), formando a


Superintendência Regional 2 da RFFSA, com sede em Belo Horizonte.

FONTE: Christoffer Raimundo


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→ EF-040 (Rio de Janeiro-Corinto)
EF
→ EF-116 (Corinto-Monte Azul)
Área de operação → Rio de Janeiro e Minas Gerais
Tempo de operação → 1858 – Presente
→ MRS Logística: Rio de Janeiro/RJ a Belo Horizonte/MG
Operadora→ → FCA: Belo Horizonte/MG a Monte Azul/MG
→ Ramal de Pirapora
→ Variante do Paraopeba
Interconexão → Estrada de Ferro Vitória a Minas
Ferroviária → Ramal de São Paulo
→ Ramal de Mangaratiba
→ Linha Auxiliar
Portos Atendidos Porto do Rio de Janeiro
Extensão → 1.354,2 km
Especificações da ferrovia
→ bitola larga- MRS: 1.600 mm
Bitola
→ bitola métrica-FCA: 1.000 mm
FONTE: Christoffer Raimundo
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RFFSA: Linha do Centro

A Linha do Centro é a antiga linha tronco da Estrada de Ferro Central do Brasil,


uma ferrovia radial brasileira que liga o Rio de Janeiro a Monte Azul/MG.
Atualmente é operada pela FCA e pela MRS.

O trecho da linha entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte foi construído


com bitola larga (1,600 m), declividade máxima de 1,8% e raio mínimo de 181 m,
o que permite uma velocidade máxima de 60 km/h.

Já o trecho da linha entre Belo Horizonte e Monte Azul, no norte de Minas


Gerais, foi construído em bitola métrica. Com o passar dos anos, o trecho entre
Belo Horizonte e Sete Lagoas ganhou a bitola mista (1,000 m e 1,600 m).
FONTE: Christoffer Raimundo
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RFFSA: Linha do Centro

Em 1996, o trecho em bitola larga da linha foi concedida para a empresa MRS
Logística. Neste mesmo ano, o trecho em bitola métrica foi concedido para a
empresa Ferrovia Centro-Atlântica- FCA

O trecho inicial da antiga Linha do Centro, entre a estação Estação Dom Pedro
II e a Estação Japeri, está atualmente em operação como linhas de transporte de
passageiros de subúrbio da SuperVia.

FONTE: Christoffer Raimundo


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Estrada de Ferro do Norte


EF →EF-114 (São Paulo-Lorena)
Área de operação → São Paulo

Tempo de operação → 1875–1896


Operadora → São Paulo Railway
Interconexões Ferroviárias → Estrada de Ferro Central do Brasil

Portos Atendidos →Porto de Santos


Extensão → 231 km
Bitola → bitola métrica: 1.000 mm

FONTE: Christoffer Raimundo


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São Paulo Railway: Estrada de Ferro do Norte

A Estrada de Ferro do Norte, também chamada de Estrada de Ferro São Paulo e


Rio de Janeiro, foi uma ferrovia paulista em bitola métrica, construída
pela Companhia São Paulo e Rio de Janeiro, ligando a Estação do Norte
(construída ao lado da Estação Brás da São Paulo Railway em São Paulo), até
a Estação Cachoeira, em Cachoeira Paulista, onde em 1877, se encontrou com
a Estrada de Ferro D. Pedro II.

FONTE: Christoffer Raimundo


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São Paulo Railway: Estrada de Ferro do Norte

Esta ferrovia permitiria o escoamento da produção cafeeira das fazendas do Vale


do Paraíba para o porto de Santos, através da SPR, ou para o Rio de Janeiro,
através da D. Pedro II. Em 1896, o trecho com com 231 km de extensão da E. F. do
Norte foi incorporado pela Estrada de Ferro Central do Brasil, com o propósito de
alargar a bitola e unificar as duas linhas, no que passaria a ser chamado
de Ramal de São Paulo.

FONTE: Christoffer Raimundo


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São Paulo Railway: Estrada de Ferro do Norte

Em 1875, foi inaugurado o primeiro trecho saindo da Estação do Norte, ao lado


da Estação Brás da São Paulo Railway, até a Penha. Seguiu por Mogi das
Cruzes e Guararema até atingir o Vale do Paraíba, em 1876. A partir de Jacareí,
seguiu pela margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, passando por São José
dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.

Em 12/05/1877, chegou até Porto de Cachoeira, onde encontrou-se com


a Estrada de Ferro Dom Pedro II, na estação do povoado Santo Antônio da
Cachoeira, (atual Cachoeira Paulista).

FONTE: Christoffer Raimundo


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São Paulo Railway: Estrada de Ferro do Norte

A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8 de julho


de 1877. Porém a São Paulo Railway usava bitola métrica (1.000 mm), enquanto
a D. Pedro II utilizavam bitola larga (1.600 mm), o que exigia baldeação de
composições para poder seguir até Santos ou até o Rio de Janeiro.

A Estrada de Ferro Dom Pedro II, que pertencia ao Governo Imperial, tinha
a Estação Ferroviária de Cachoeira Paulista, inaugurada em 1875, como ponto
final do ramal que vinha do Rio de Janeiro, partindo do tronco em Barra do
Piraí e atingindo Cachoeira no terminal navegável do Rio Paraíba do Sul.

FONTE: Christoffer Raimundo


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São Paulo Railway: Estrada de Ferro do Norte

Em 1889, com a queda do Império, a Estrada de Ferro Dom Pedro II passou a se


chamar Estrada de Ferro Central do Brasil. Na década de 1890, o alto custo das
baldeações fez com que em 1896, a E. F. Central do Brasil comprasse e
incorporasse a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e
unificar as duas linhas no chamado Ramal de São Paulo. O primeiro trecho
entre Cachoeira e Taubaté ficou pronto em 1901 e o trecho todo em 1908.

FONTE: Christoffer Raimundo


FONTE:
Obrigado

Prof. Luiz Miguel de Miranda

mmirandamt@gmail.com

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