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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


INSTITUTO CIBERESPACIAL
ENGENHARIA CARTOGRÁFICA E DE AGRIMENSURA

FELICIA FRANÇA PEREIRA

SIMULAÇÃO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE ÁGUA DO LAGO DO


IGARAPÉ 7 VOLTAS, NA FAZENDA ESCOLA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, CASTANHAL-PA

BELÉM

2019
FELICIA FRANÇA PEREIRA

SIMULAÇÃO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE ÁGUA DO LAGO DO


IGARAPÉ 7 VOLTAS, NA FAZENDA ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DA AMAZÔNIA, CASTANHAL-PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Universidade


Federal Rural da Amazônia como requisito básico para a
conclusão do Curso Engenharia Cartográfica de Agrimensura.

Orientador (a): MSc. Marcelo Augusto Moreno da Silva Alves

BELÉM

2019
P436s Pereira, Felicia França
Simulação de Rompimento da Barragem de Água do Lago do Igarapé 7 Voltas, na
Fazenda Escola da Universidade Federal Rural da Amazônia,
Castanhal-Pa / Felicia França Pereira. - 2019.
54 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Engenharia Cartográfica e de


Agrimensura, Campus Universitário de Belém, Universidade Federal Rural da Amazônia,
Belém, 2019.
Orientador: Prof. Marcelo Augusto Moreno da Silva Alves

1. Aeronave Remotamente Pilotada. 2. Hec-ras. 3. Mapa de inundação. I. Alves,


Marcelo Augusto Moreno da Silva , orient. II. Título

CDD 629.46
FELICIA FRANÇA PEREIRA

SIMULAÇÃO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE ÁGUA DO LAGO DO


IGARAPÉ 7 VOLTAS, NA FAZENDA ESCOLA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, CASTANHAL-PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Rural da


Amazônia, como parte das exigências do Curso de Engenharia Cartográfica e
de Agrimensura, para a obtenção do título de bacharel.

_________________________________

Data da Aprovação

Banca Examinadora:

________________________________________________________Orientador

Prof. MSc. Marcelo Augusto Moreno da Silva Alves

Universidade Federal Rural da Amazônia

________________________________________________________Examinador 1

Eng. Ambiental e de Energias Renováveis Mestranda

Larissa Roberta Oliveira Castro Santos

PPGG - UFPA

________________________________________________________Examinador 2

MSc. Marjorie Azevedo Silva

ECOSET ENGENHARIA

BELÉM

2019
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, que me iluminou e me deu forças para nunca desistir dos meus
objetivos.

Aos meu pais Maria França e Alberto Carvalho, que me deram o total apoio ao longo da
minha vida e nunca me deixaram faltar nada e sempre torceram para que tudo desse certo
e a minha irmã Alicia França responsável por toda a minha preocupação sobre os
exemplos que eu tenho que passar, e a minha família pelo suporte e apoio.

Ao professor Marcelo Moreno, que contribuiu de forma significativa em minha carreira


acadêmica e profissional.

Aos professores que contribuíram para a minha formação, em especial, Carlos Tanajura,
Mayara Ortega, Robson Carrera, Tabilla Verena e ao coordenador do curso João Almiro,
além do meu amigo Moniel Silva

Ao Arian Carneiro, que me aconselhou e me apoiou nos momentos difíceis o, obrigada a


paciência em meus momentos de estresse e desanimo e por ser meu amigo e amor.

Ao Clube da Luluzinha (Dandara Maria, Daniella Allves e Tailane Drago), por nunca
desistirem uma das outras e conseguirem chegar juntas até o fim, por me aturarem todos
esses longos cinco anos.

Á todos as outras pessoas não citadas, mas que contribuíram direta ou indiretamente os
meus sinceros agradecimentos, essa conquista não é só minha.
RESUMO

Devido necessidade da criação de dispositivos, como barragens, que consigam reter


qualquer tipo de líquido ou rejeitos, a fim de subsidiar a falta desses ambientes
controlados, com o intuito de propiciar benefícios para a sociedade, no Brasil tem sido
crescente o número desses tipos de construção. Esses dispositivos podem sofrer danos
potencias em sua estrutura podendo ocorrer rompimentos, vazamentos, infiltrações ou até
o mal funcionamento. Com o intuito de identificar os possíveis danos que estas barragens
podem ocasionar à sociedade e ao meio ambiente, este trabalho teve como objetivo
simular o rompimento de uma barragem de água localizada na Fazenda Escola da
Universidade Federal Rural da Amazônia em Castanhal (PA) e analisar seus impactos.
Para que fosse possível a análise deste estudo se fez necessário realizar o levantamento
dos dados fotogramétricos, geodésicos e batimétricos da área para subsidiar a criação do
Modelo Digital de Terreno, este foi essencial para a construção de geometrias necessárias
para o desenvolvimento da elaboração da falha de ruptura, por meio do software Hec-
Ras. Com isto, foi gerado a onda de inundação para um possível caminho de escoamento,
assim como o fluxo de vazão e o mapa de profundidade. Os resultados da simulação feita
com base na equação de “Froehlich (2008)” possibilitou a elaboração de um mapa de
inundação da ruptura da barragem, que indicou que a área inundada atingiria
principalmente os tanques de criação de peixes e a área vegetada à jusante.

Palavra-Chave: Mapa de inundação, Aeronave Remotamente Pilotada, Hec-ras.


ABSTRACT

Due to the need to create devices, such as dams, that can retain any type of liquid or
tailings, in order to subsidize the lack of these controlled environments, in order to
provide benefits to society, in Brazil there has been a growing number of these types of
waste. construction. These devices may suffer potential damage to their structure and may
cause ruptures, leaks, infiltrations or even malfunction. In order to identify the possible
damage that these dams can cause to society and the environment, this work aimed to
simulate the disruption of a water dam located at the School Farm of the Federal Rural
University of Amazonia in Castanhal (PA) and analyze their impacts. In order to be able
to analyze this study, it was necessary to survey the photogrammetric, geodetic and
bathymetric data of the area to support the creation of the Digital Terrain Model, which
was essential for the construction of geometries necessary for the development of the fault
elaboration. break through the Hec-Ras software. This generated the flood wave for a
possible flow path, as well as the flow rate and depth map. The simulation results based
on the “Froehlich (2008)” equation made it possible to elaborate a dam rupture flood map,
which indicated that the flooded area would mainly reach fish ponds and the downstream
vegetated area.

Keyword: Flood Map, Remotely Piloted Aircraft, Hec-ras


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Evolução do cadastro de barragens ................................................................ 13

Figura 2 - Distribuição das barragens em relação ao uso principal do ano de 2017 ...... 14

Figura 3 - Tragédias de Brumadinho e Mariana, MG. ................................................... 15

Figura 4 - Destroços em meio a lama após o rompimento da barragem de Fundão, em


Mariana, MG ............................................................................................................ 16

Figura 5 - Seção transversal típica com dados de entrada do modelo BREACH. .......... 19

Figura 6 - Sequência de formação da brecha - vista frontal ........................................... 20

Figura 7 - Brecha em Formação ..................................................................................... 21

Figura 8 - Hidrograma Triangular Simplificado ........................................................... 22

Figura 9 - Hidrograma Genérico de Ruptura Gradual .................................................... 23

Figura 10 - Hidrograma com Decaimento Parabólico .................................................... 23

Figura 11 - Modelo HEC-RAS ....................................................................................... 24

Figura 12 - Mapa de Localização da Fazenda Escola de Castanhal ............................... 27

Figura 13 - Phantom 3 SE professional .......................................................................... 29

Figura 14 - GNSS RUIDE R90T .................................................................................... 30

Figura 15 - GNSS coletando no alvo pré-selecionado. .................................................. 31

Figura 16 - Fluxograma do processamento das imagens para geração do MDT ........... 35

Figura 17 - Perfil da barragem apresentando a falha construída no Hec-Ras ................ 38

Figura 18 - Fluxograma do Nível do Rio ....................................................................... 39

Figura 19 - Vazão em três intervalos .............................................................................. 39

Figura 20 - Mapa da Área de Inundação ........................................................................ 44

Figura 21 - Mapa de Profundidade ................................................................................. 45


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Dados históricos de evolução de barragens.................................................. 12

Quadro 2 - Barragens de Água rompidas por décadas ................................................... 16

Quadro 3 - Especificações do voo ................................................................................. 29

Quadro 4 - Especificações técnicas do Phantom 3 SE professional ............................... 30

Quadro 5 - Coeficientes de Manning para as superfícies ............................................... 36

Quadro 6 - - Parâmetros para a criação da falha de rompimento ................................... 37

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Coordenadas N, E e Altitude Elipsoidal ....................................................... 33

Tabela 2 - Coordenadas N, E e Altitude Ortometrica..................................................... 34

Tabela 3 - Progressão da ruptura de barragem. .............................................................. 40


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 10
2.1. Geral ..................................................................................................................... 10
2.2. Específico ............................................................................................................. 10
3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 11
3.1. Histórico do uso de barragens............................................................................ 11
3.2. Histórico do rompimento de barragens ............................................................ 15
3.3. Formas de rompimento....................................................................................... 17
3.3.1. Ruptura de Barragem por Piping........................................................................... 17
3.3.2. Ruptura de Barragem por Galgamento ................................................................. 17
3.4. Legislação vigente de segurança de barragens ................................................. 18
3.5. Modelos computacionais para simulação de rompimento .............................. 18
3.6. Modelo DAMBRK ............................................................................................... 20
3.6.1. Formação da brecha .............................................................................................. 21
3.6.2. Propagação do hidrograma .................................................................................... 21
3.7. Hec-Ras ................................................................................................................ 24
4. METODOLOGIA................................................................................................... 26
4.1. Caracterização da área de estudo ...................................................................... 26
4.2. Coleta de dados.................................................................................................... 28
4.2.1. Levantamento fotogramétrico ............................................................................... 28
4.2.2. Levantamento Geodésico ...................................................................................... 30
4.2.3. Aquisição de dados batimétricos ........................................................................... 31
4.3. Processamento de dados ..................................................................................... 31
4.3.1. Processamento dos dados geodésicos ................................................................... 32
4.3.2. Processamento dos dados fotogramétricos............................................................ 35
4.4. Simulação do rompimento da barragem no HEC-RAS .................................. 35
4.4.1. Criação de Geometrias .......................................................................................... 36
4.4.2. Criação da falha no Hec-Ras ................................................................................. 36
5. RESULTADOS ....................................................................................................... 38
6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 48
8

1. INTRODUÇÃO

No contexto do desenvolvimento nacional, em virtude do aumento das demandas


relacionadas ao fornecimento de insumos como energia, abastecimento de água e
deposição de rejeitos em ambientes controlados, surge a necessidade da criação de
dispositivos, como barragens, que consigam reter qualquer tipo de líquido ou rejeitos, a
fim de subsidiar a escassez de tais recursos (LAURIANO, 2009).

As barragens são grandes estruturas construídas transversalmente a cursos d’água,


definidas como obstáculos com a capacidade de armazenar água, rejeitos ou detritos. Tem
como finalidade o controle de inundações, suprimento humano e produção de energia,
entre outras funções. Desta forma, estas se tornaram fundamentais para o
desenvolvimento das civilizações, tendo seu papel extremamente importante tanto na
ascensão como na queda de muitas delas (JANSEN, 1983; MASSAD,2010).

No Brasil é crescente o número de barragens construídas com intuito de propiciar


benefícios para a sociedade para fins de abastecimento, aquicultura, capacitação de água,
regularização, uso industrial, estocagem de resíduos entre outros (ANDRADE, 2012). O
Relatório Anual de Segurança de Barragens de 2017 (ANA, 2018), ressalta que, até o ano
de sua elaboração, foram registradas 24.092 barragens, sendo que no Relatório de 2015 o
número era de 17.256 (ANA, 2016), o que expressa um aumento de aproximadamente
6.836 barragens de água registradas em 2 anos.

No estado do Pará, o Relatório Anual de Segurança de Barragens de 2017,


constatou que foram catalogadas 262 barragens, dentre essas 109 são classificadas como
contenção de rejeitos de mineração e 54 hidrelétricas, (ANA,2018), do total de barragens
catalogadas, 78 delas apresentam um dano potencial associado alto, conforme a
classificação da Resolução n° 143/2012 (BRASIL, 2012), esta classificação está
associado ao dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no solo
ou mau funcionamento de uma barragem.

Na Fazenda Escola de Castanhal da Universidade Federal Rural da Amazônia foi


construída uma barragem de terra, em 19801, porém desde sua criação não houveram

1
Comunicação pessoal de Raimundo Nonato Pereira da Silva, gerente da Fazenda Escola de Castanhal, no
4 de junho de 2019, realizada via comunicação oral.
9

manutenção ou reparos o que ocasionou no mal funcionamento da mesma. Dessa forma,


surge a necessidade de monitoramento para a verificação de possíveis danos na estrutura
da barragem e estudos relacionados ao seu hipotético rompimento, afim de tentar
compreender sua dinâmica, e avaliar os possíveis danos que poderá causar.

Em uma visita técnica realizada pela equipe do pelo Laboratório de Geologia de


Ambientes Aquáticos (LGAA) constatou-se a existência de surgência na base da
barragem e optou-se pela execução do monitoramento da mesma, onde, a simulação é
uma das etapas. Por este motivo escolheu-se a simulação pela forma de ruptura piping,
onde a ruptura ocorre por meio da liquefação do solo.

Visando estudar os potenciais impactos causados pela ruptura destas estruturas,


objetiva-se por meio de uma modelagem de simulação da ruptura da barragem presente
na Universidade Federal Rural da Amazônia - Campus de Castanhal - PA, obter mapas
de inundação, para analisar o impacto causado ao longo do canal a jusantes da barragem,
fundamental para a elaboração de planos de emergência
10

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Simular o rompimento hipotético da barragem pela forma de rompimento piping,


da barragem de água localizada na Fazenda Escola da Universidade Federal Rural da
Amazônia, situada no município de Castanhal, e analisar seus impactos.

2.2. Específico

● Gerar a simulação da onda de inundação após rompimento;

● Produzir as manchas de inundação sobre as planícies de jusante, para o caso simulado, a


partir da ruptura da barragem, com base nos resultados obtidos;

● Analisar o impacto e identificar os problemas ambientais e o nível de risco que o


rompimento da barragem pode causar.
11

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste tópico será apresentado uma breve revisão bibliográfica sobre os usos e
tipos de barragens, apresentando a importância da elaboração de planos de segurança de
barragens e do Plano de Ação de Emergência, os principais aspectos que devem ser
considerados em estudos de rompimento hipotético e os modelos computacionais para a
simulação do rompimento.

3.1. Histórico do uso de barragens

Barragem é o termo definido como uma estrutura construída transversalmente a


um rio ou talvegue, com a finalidade de obter a elevação do seu nível d’água e/ou criar
um reservatório de acumulação de água de regularização das vazões do rio ou de rejeitos
(MIN,2002). Este conceito é complementado por Eletrobrás (2000), que define barragem
como sendo a estrutura que tem a função de represar a água, visando, com a elevação do
nível d’água do rio, possibilitar a alimentação de uma tomada d’água.

As barragens são construções antigas, em outrora eram construídas de terra, e


compactadas por homens e animais. Com o passar dos anos e com a evolução da
tecnologia foram introduzidas estruturas de argila para garantir a estanqueidade das
barragens, iniciou-se o uso de enrocamento na construção de barragens e no século XX
foi incorporada a compactação mecânica (JANSEN, 1983; MASSAD, 2010).

O quadro 1 diz respeito a alguns dados históricos da evolução da construção de


barragens. Ao longo do tempo esses dispositivos foram se modernizando e com a chegada
da Revolução Industrial houve a necessidade de ser construídas inúmeras barragens para
fins diversos. Na década de 40, foram registradas 1.114 barragens enquanto que, na
década de 50, um número de 3.213 barragens, foram registradas que, segundo Sória
(2008), representa um crescimento significativo. Com a evolução da tecnologia esses
números aumentaram chegando a um marco de 7.511 barragens inauguradas no mundo
na década de 70. Após esse marco, o crescimento do número de barragens foi diminuindo
chegando em 3.354 barragens construídas em 1990.
12

Quadro 1 - Dados históricos de evolução de barragens.


Ano Registro Local

Barragem de Sadd - El - Katara


4800 a.C Altura – 12 m Egito
Destruída por transbordamento

Barragem de terra
Sri Lanka
500 a.C Altura - 12 a 27 m
(Antigo Ceilão)
13.000.000 m³ de material

Norte da Itália
100 a.C Barragens romanas em arcos
Sul da França

Barragem Madduk-Masur
1200 d.C Altura - 90 m Índia
Destruída por transbordamento

Barragem de Estrecho de Rientes


1789 Altura – 46 m Espanha
Destruída logo após o primeiro enchimento

Telford introduz o uso de núcleos argilosos em barragens


1820 Inglaterra
de terra e enrocamento

Barragem de Fort Peck


Fim do século
Altura - 76 m EUA
XIX
Volume do material - 100.000.000 m³

Experiencias de Darcy
1856 França
velocidade de percolação da água

1859 Patente do primeiro rolo compactador a vapor Inglaterra

1904 Surge o primeiro rolo compactador tipo pé de carneiro EUA

A Mecânica dos Solos consolida-se como ciência


1930-1940 EUA
aplicada

Rolos compactadores vibratórios


EUA
Barragem de Nurek (URSS) – 312 m
Hoje URSS
Barragens com membranas
Brasil e outros.
Barragens em terra armada

Fonte: Adaptada de MASSAD, 2010


13

Em meados do ano de 2000, foram registradas 45.000 barragens de grandes


dimensões, instaladas em 140 países diferentes. (WCD, 2000). A China, com 22.000
grandes barragens; os EUA com 6.575; a. Índia, com 4.291; o Japão com 2.675 e a
Espanha com 1.196 são os países com um alto índice de grandes represas (MCCULLY,
2001)2. O número elevado na china deve-se a questão da política expansionista lançada
por Mao Tse Tung “Grande Salto em Frente”, não sendo diferente para os outros países,
sendo uma aposta política e símbolo de progresso (FERNANDES,2008).

No Brasil são mais de 24 mil barragens cadastradas para inúmeros usos (ANA,
2017). Porém, o total de barragens no país, se considerar as catalogadas e não catalogadas,
pode ser superior a esse número, visto que o relatório de segurança de barragens foi
implantado em 2011 pela Agencia Nacional de Águas. O número de barragens ao longo
dos anos pode ser observado na Figura 1.

Figura 1 - Evolução do cadastro de barragens

Fonte: Relatório de Segurança de Barragens, 2017.

2
A ICOLD (International Commission on Large Dams) determina que barragens com mais 15 metros
equivale a grandes barragens (MCCULLY, 2001).
14

Dentre os tipos de barragens mais comuns no Brasil, a de contenção de rejeitos de


mineração é classificada como o uso mais recorrente com um quantitativo de 9.827
barragens (RSB,2017). O crescente uso desta categoria acarreta numa degradação do
meio ambiente quando não monitorada periodicamente, pois sua instabilidade pode
causar severos danos para a comunidades próximas (DUARTE, 2008). A Figura 2 destaca
os tipos de barragens com relação ao seu principal uso no Brasil, para o ano de 2017.

Figura 2 - Distribuição das barragens em relação ao uso principal do ano de 2017

Fonte: Relatório de Segurança de Barragens 2017.

No estado do Pará, o Relatório Anual de Segurança de Barragens de 2017


constatou que foram catalogadas 262 barragens. Dentre essas, 109 são classificadas como
contenção de rejeitos de mineração e 54 hidrelétricas (ANA,2018). Do total de barragens
catalogadas, 78 delas apresentam um alto dano potencial associado, conforme a
classificação da Resolução n° 143/2012 (BRASIL, 2012). Esta classificação está
associada ao dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no solo
ou mau funcionamento de uma barragem (BRASIL, 2012).
15

3.2. Histórico do rompimento de barragens

Os rompimentos de barragens são marcos cruciais nos últimos dois séculos, pois
são danos imensuráveis: vidas, histórias, casas, fauna e flora destruídas (XIONG, 2011).
São inúmeros os desastres envolvendo rompimentos de barragens no Brasil, o mais
recente, sendo o acidente ocorrido em Brumadinho, em Minas Gerais. Contudo, o mais
catastrófico por sua magnitude, foi o de Mariana a menos de 200km de Brumadinho, com
uma diferença de 1177 dias entre os dois acidentes (J1, 2019), acidentes expostos na
Figura 3.

Figura 3 - Tragédias de Brumadinho e Mariana, MG.

Fonte: Roberto Salim, 2019

O desastre ocorrido na barragem Fundão localizada em Mariana no ano de 2015,


é, até então, o acidente mais grave ambientalmente da história provocado por vazamento
de minério (PASSARINHO, 2019). A enxurrada de lama e rejeitos de mineração
provocou a destruição do subdistrito Bento Rodrigues, deixando 17 mortos, mais de 600
pessoas desabrigadas e desalojadas (SEDRU, 2016). O geólogo Alex Cardoso Bastos,
declarou que "a tragédia em Brumadinho estará, certamente, no topo dos maiores
desastres com rompimento de barragem de minério do mundo”, no relatório sobre
barragem de minério intitulado Mine Tailing Storage: Safety is no Accident (ROCHE,
2017). A Figura 4 mostra os rastros de destruição causados pelo rompimento da barragem
Fundão, em Mariana.
16

Figura 4 - Destroços em meio a lama após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, MG

Fonte: G1, Christophe Simon/AFP

Apesar desta catástrofe ser um considerada um dos acidentes de maior notoriedade


no Brasil, diversos são os casos ao longo tempo (AGUIAR et al., 2014; LIMA, 2014;
BROWN et al., 2012). Em um âmbito internacional e nacional, realizou-se uma
compilação das ocorrências abrangendo ruptura total ou parcial dos barramentos no
último século apenas para barragens de água, considerando barramentos de diferentes
portes, como mostram os estudos de Veról (2010), Mota (2017), Carvalho (2015),
Lauriano (2009), ANA (2016a) e McCully (2001).

Quadro 2 - Barragens de Água rompidas por décadas


Década
1950 1960 1970 1980 2000 2010
Algodoes I,
Laranjal Do
Banqiao, Jari,
Sistema
Malpasset, Boa
Vajont Euclides Federal De Camocim,
Veja De Esperança, Diques,
Da Cunha, Analandia,
Terra, Barragem
Santa Apertadinho,
De Orós Limoeiro, Boa Vista Do
Pampulha Helena
Poquim, Camará Uru,
Vacaro,
Sapucaia
Fonte: Autora, 2019.
17

Os resultados expostos no Quadro 2, expõem o aumento no rompimento de


barragens nos últimos tempos. Contudo, como citado anteriormente, os números de
cadastros de barragem são deficitários do mesmo modo, podendo se aplicar aos dados de
acidentes.

3.3. Formas de rompimento

Devido aos casos recorrentes de falhas em barragens, resultadas de forças externas


e internas. Investigações demostram que há inúmeros motivos para a sua falha dentre eles
os mais recorrentes são: piping, galgamento, liquidação devido a escorregamentos de
taludes e liquefação devido a terremotos (XIONG, 2011).

3.3.1. Ruptura de Barragem por Piping

Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA, 2012) com base nos estudos de
ruptura de barragem, a ruptura piping produz-se por uma falha estrutural da barragem.
No caso de barragens de terra ou enrocamento, essa falha ocorre quando existem
infiltrações através do corpo da barragem, de tal modo que se produz uma erosão e arraste
dos materiais, que acabam causando uma ruptura. A ruptura também pode ser ocasionada
por algum problema na compactação do maciço da barragem, criando-se um caminho
para o fluxo de água, que acaba arrastando partículas de solo, progressivamente,
resultando no fenômeno de piping. No caso de barragens de concreto, a falha estrutural
normalmente ocorre devido a problemas relacionados a deficiências do próprio concreto
utilizado.

3.3.2. Ruptura de Barragem por Galgamento

A ruptura por galgamento são geralmente facilitadas em épocas de cheias. Esse


tipo de ruptura ocorre quando o nível d’água no reservatório se eleva além da cota da
crista da barragem. No caso das barragens de terra, o galgamento produz um arraste de
materiais e a posterior ruptura. No caso das barragens de concreto, um galgamento não
produz necessariamente uma ruptura, porém, as sobrecargas a que a barragem pode ser
submetida podem conduzi-la à ruptura. (ANA, 2012).
18

3.4. Legislação vigente de segurança de barragens

Quando as empresas não cumprem a legislação, os compromissos do


licenciamento são fortemente agravados de forma financeira, civil e criminalmente.”
(LACAZ; PORTO, 2017). De acordo com Neves (2018) a legislação para segurança de
barragens no Brasil, se deu a partir da publicação da Lei n. º 12.334 de 20 de setembro de
2010, a partir da qual dá a responsabilidade pela fiscalização, bem como execuções,
dessas barragens pelos seguintes órgãos; Agência Nacional de Águas (ANA), a Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) junto a seus órgãos descentralizados e a
Agência Nacional de Mineração (ANM).

Sendo assim, de acordo com a Lei n.º12.334 prevista dentro da Constituição


Federal Brasileira, no dia 25 de Setembro de 2010, é estabelecida pelo governo a Política
Nacional de Segurança de Barragens, onde no Art. 1o dispõe estabelecer a Política
Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e cria o Sistema Nacional de Informações
sobre Segurança de Barragens (SNISB).

Dessa forma, nota-se por parte de grandes empresas Brasileiras responsáveis por
barragens, à falta de cumprimento da legislação vigente no país, assim como a falta de
fiscalização continua por parte de órgãos públicos em alguns casos, como também a
fraude de documentações para o funcionamento das mesmas.

3.5. Modelos computacionais para simulação de rompimento

Em virtude das barragens serem empreendimentos de grande porte, estas


apresentam grandes riscos associados, podendo ocasionar danos locais em épocas de
enchentes. “O Comitê Internacional de Grandes Barragens (1973) compilou uma
estatística de barragens com mais de 15 m que ruíram entre 1900 e 1973. As três principais
causas de ruptura foram galgamento (vertedouro inadequado), problemas na fundação e
piping.” (FERREIRA E ANDRZEJEWSKI, 2015).

De acordo com Mota (2010), no Brasil, o rompimento de barragens está dividido


em três categorias onde as mesmas são definidas pelos critérios gerais estabelecidos pelo
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) baseados nos riscos que elas
19

apresentam. A Equação 1 expressa os critérios usados para o cálculo e, o resultado pode


ser interpretado em baixo, médio e alto risco.

Equação 1 – Critérios de Risco

𝐶𝑅𝐼 = 𝐶𝑇 + 𝐸𝐶 + 𝑃𝑆

Onde,

● CRI = Categoria de Risco

● CT = Características Técnicas

● EC = Estado de Conservação

● PS = Plano de Segurança da Barragem

Para a simulação do rompimento de uma barragem, temos um exemplo que é o


modelo de BREACH, o qual segundo Ferreira e Andrzejewski (2015) é baseado em
princípios de hidráulica, transporte de sedimentos, mecânica dos solos, propriedades
geométricas e do material da barragem, volume do reservatório, curva de descarga do
vertedouro e vazões afluentes ao reservatório. O modelo simula ruptura por galgamento
ou por piping. As figuras 4 e 5 ilustram os componentes inseridos oara a modelagem da
ruptura.

Figura 5 - Seção transversal típica com dados de entrada do modelo BREACH.

Fonte: Fread, 1988.

Onde,
20

A geometria da barragem a jusante é descrita pela altura do topo da barragem (Hu)


a elevação do fundo (H1), a inclinação do talude na vertical (ZD) e na horizontal (ZU) e
a largura da crista (Wcr). A linha A-A apresenta a linha onde ocorre os primeiros estágios
de erosão a jusante da barragem, e quando atingido o alinhamento B-B o fundo da Brecha
(Hc) começa a erodir verticalmente para baixo.

Figura 6 - Sequência de formação da brecha - vista frontal

Fonte: Fread, 1988.

E na visão frontal tem-se que a largura da brecha é definida pelo (B0), a elevação da crista
da barragem (Hd) e os ângulos da lateral do canal da brecha com a horizontal definidos por(alfa).

3.6. Modelo DAMBRK

O modelo DAMBRK surge para amenizar ou até mesmo solucionar os problemas


de ruptura em barragens intensificadas por enchentes. Sendo assim, segundo Tucci (1997)
ele é utilizado para gerar um hidrograma de ruptura a partir de uma brecha de formação
pré-determinada em uma barragem e propagar este hidrograma ao longo do rio e vale a
jusante.

As equações que o modelo utiliza para propagação são as equações


unidimensionais completas de Saint-Venant, acopladas a equações de escoamento
rapidamente variado, representando o escoamento por brechas em barragens e aterros, na
forma de condições de contorno internas.
21

Além do mais, utiliza-se um sistema de equações para este modelo é gerado a


partir do tipo de escoamento levando em consideração o tempo e a intensidade deles. Bem
como alguns aspectos da barragem dentre as quais a formação da brecha e propagação do
hidrograma.

3.6.1. Formação da brecha

De acordo com o autor no modelo de DAMBRK a formação da Brecha se da por


alguns fatores dentre eles, o tempo (finito) de formação, a largura final da base da brecha
e a forma. Dessa forma, a equação que a representa é desenvolvida a partir de alguns
parâmetros, declividade do lado da brecha, e a largura máxima da base.

Onde, a altura da brecha é a extensão vertical da brecha, medida da crista da


barragem até o ponto mais baixo da brecha. Já a largura da brecha, é representada por (b),
referente à largura final da brecha e sua taxa de expansão podem afetar muito a vazão de
pico e os níveis de inundação a jusante. (FERREIRA; ANDRZEJEWSKI , 2015)

Figura 7 - Brecha em Formação

Fonte: TUCCI, 1997.

Onde, z representa a declividade do lado da brecha. Dessa maneira, a largura


máxima da base é igual à altura previamente especificada, na ilustração representada por
hbm. (TUCCI, 1997).

3.6.2. Propagação do hidrograma

A ruptura de barragens tem como consequência a formação de grandes ondas, as


quais se dispersam para a jusante na forma de hidrograma, sendo assim esses hidrogramas
22

possuem determinados aspectos que vão depender diretamente da forma com que ocorreu
essa ruptura, onde essa dispersão para a jusante vai depender também das características
do rio. Ademais, levando em consideração o grande volume de água que uma barragem
pode dispor e dos aspectos desses hidrogramas, deve-se supor que os hidrogramas
liberados sejam maiores em relação ao tempo, aos que estão em reservatório. (VÉROL,
2010).

Onde:

𝑄𝑝 = descarga máxima defluente da barragem em ruptura (m³/s);

𝑉 = volume do reservatório da barragem no momento da ruptura (m³);

𝑡𝑝 = tempo de pico (s);

𝑡𝑏 = tempo de base (s).

● Hidrograma simplificado para ruptura praticamente instantânea.

No caso de uma ruptura instantânea, o hidrograma simplificado de ruptura assume


a forma triangular, conforme apresentado.

Figura 8 - Hidrograma Triangular Simplificado

Fonte: VÉROL, 2010.

Sendo assim, segundo VÉROL (2010) a área hidrograma iguala o volume de água
armazenado no reservatório, sendo o tempo estimado para o seu esvaziamento fornecido
pela relação a seguir

2𝑉
𝑡𝑏 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑝 = 0
𝑄𝑝
23

● Hidrograma genérico de ruptura gradual.

Figura 9 - Hidrograma Genérico de Ruptura Gradual

Fonte: VÉROL, 2010.

𝑡 − 𝑡𝑝
𝑄(𝑡) = 𝑄𝑝 − 𝑄𝑝 ( ) , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑝 ≠ 0
𝑡𝑏 − 𝑡𝑝

● Hidrograma com decaimento parabólico.

“Tal tipo é mais condizente com casos já ocorridos em barragens de terra e por
caracterizar de modo mais gradual o esvaziamento do reservatório comparado ao
hidrograma triangular simplificado.” (SILVA; RIBEIRO, 2018,).

Figura 10 - Hidrograma com Decaimento Parabólico

Fonte: VÉROL, 2010.


24

𝑡 𝑘
𝑡 (1 )
𝑄(𝑡) = 𝑄𝑝 [(𝑡 ) 𝑒 𝑡𝑝
]
𝑝

3.7. Hec-Ras

Segundo Marangoni e Junior (2017), o HEC-RAS surgiu com o propósito de


beneficiar as comunidades localizadas em cidades que possuem barragens dentro ou ao
seu entorno, com o intuito de evitar grandes acidentes e consequentemente perdas. Por
isso, a modelagem hidráulica (Figura 10) é um avanço tecnológico que opera de que
forma essa inundação irá chegar ao local, portanto evitando maiores tragédias. Desta
forma o autor reitera:

O HEC-RAS (Hydrologic
Engineering Centers River Analysis
Systems) realiza cálculos unidimensionais
de escoamento em regime permanente e
não permanente, transporte de sedimentos,
modelagem de cabeceiras e análise da
temperatura da água. O software trabalha
com uma rede inteira de canais, sistemas
dendríticos ou um único rio. As equações
de escoamento são baseadas unicamente na
fórmula da resistência de Manning,
dispensando a aplicação de teorias mais
complexas.

Figura 11 - Modelo HEC-RAS

Fonte: CARDIA; ROCHA, 2015


25

“O benefício em se usar o modelo HEC-RAS para estudos de Ruptura de


Barragem (Dam Break) é que esse modelo possui um módulo específico para
determinação da Brecha (parâmetros geométricos e temporais de formação da Brecha).
Através das formulações definidas previamente, o módulo de Brecha do HEC-RAS
permite avaliar diferentes tempos de formação e diferentes dimensões de Brechas, bem
como seu Modo de Ruptura”. (CARDIA; ROCHA, 2015).
26

4. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da pesquisa, realizou-se primeiramente a caracterização


da barragem em estudo. Tal fase contou com a realização de visita técnica ao local,
diálogo com a equipe de manutenção da Fazenda.

4.1. Caracterização da área de estudo

A Barragem está localizada dentro da Fazenda Escola de Castanhal (Figura 1), no


bairro Pantanal, município de Castanhal, este que integra a Região Metropolitana de
Belém, situado a 68 quilômetros da capital do Estado do Pará.

De acordo com os dados do IBGE, estima-se que em 2018, o município possuía


aproximadamente 198 mil habitantes e uma área de 1.030,261 km² (IBGE,2018).

O clima, conforme a classificação de Kõppen, é do tipo Am3, segundo McKnight


e Hess (2000), essa qualificação possui um mês mais seco com precipitação inferior que
60mm, a precipitação pluviométrica média anual é de 2000 a 2500mm, o período mais
chuvoso ocorre de dezembro a maio, em contrapartida o mais seco de junho a novembro.

A temperatura média anual varia entre 24,7°C a 27,3°C, com umidade relativa do
ar variando entre 78 a 90% (COELHO et al. 2003).
27

Figura 12 - Mapa de Localização da Fazenda Escola de Castanhal

Fonte: Autora
28

O relevo da região é constituído em sua maior parte por superfície aplainada,


dissecada em colinas de topo plano, com declividade que variam de 0 a 3%, porém em
algumas áreas esse relevo pode variar aproximadamente de 3% a 15%
(EMBRAPA,1999). Os solos da região Bragantina, é dominantemente constituído por
sedimentos antigos da Formação Barreiras, (VALENTE, MOACIR AZEVEDO et
al.2001) são pobres no que diz respeito a quantidade de elementos nutritivos assimiláveis
pelos vegetais, ocorrendo o predomínio do Latossolo Amarelo Distrófico. (COELHO et
al. 2003)

A bacia é classificada como barragem de terra pela sua estrutura e apresenta uma
configuração de contenção de água, a barragem da UFRA foi construída em 1980, a fim
de conter a água para criação de viveiros. Em concordância com a classificação de Brasil
(2010), esta barragem é classificada como de baixo risco na categoria quanto dos atributos
técnicos, do estado de conservação do empreendimento e do atendimento ao Plano de
Segurança da Barragem.

4.2. Coleta de dados

Nesta etapa foi realizado os levantamentos fotogramétricos, geodésico e a


aquisição dos dados batimétricos, pois para o estudo detalhado desse dispositivo são
necessárias informações quanto a batimetria do reservatório, a topografia da planície de
inundação volume do reservatório e o modo de formação e evolução da brecha (BRASIL,
2005).

4.2.1. Levantamento fotogramétrico

Inicialmente foi elaborado o planejamento de voo da Aeronave Remotamente


Pilotada (ARP), na plataforma Dronedeploy para voos automáticos, para definir os
parâmetros de voo, sendo introduzidas a taxa de sobreposição lateral e longitudinal, altura
de voo, velocidade do ARP, orientação do voo e delimitação da área a ser imageada.
Elementos descritos na tabela abaixo.
29

Quadro 3 - Especificações do voo


Itens Parâmetros
Sobreposição lateral 75%
Sobreposição longitudinal 65%
Altura de voo 120m
Orientação do voo Norte-Sul
Velocidade média 15m/s
Área total imageada 98ha
Fonte: Autora

No dia 13 de setembro foi realizada a visita in loco à Escola Fazenda de Castanhal


– UFRA, no município de Castanhal, para aquisição dos dados, nesta visitação foi
realizado o levantamento aerofotogramétrico, e concomitantemente foram feitas as
coletas dos pontos geodésicos.

Figura 13 - Phantom 3 SE professional

Fonte: DJI(2018)

O ARP utilizado para o voo Phantom 3 SE professional mostrado na Figura 13 da


fabricante DJI, com câmera 4k que vem acoplada a um estabilizador de imagem (gimbal),
possui um sensor de posição e altitude que permite a aquisição e processamento dos sinais
de código dos satélites dos sistemas de posicionamento globais o (Global Positioning
Satellite - GPS e Global Navigation Satellite System – GLONASS), e os sinais de altitude
adquiridos por sensores Micro-Electro-Mechanical Systems (MEMS). Estes têm a
capacidade de medir a aceleração nos três eixos de rotação da ARP, permitindo a
30

determinação da posição e a orientação do equipamento e das imagens adquiridas. Ele


pode chegar a 3km de distância do controle sem perder o sinal com a aeronave (DJI,
2018). Especificações técnicas descritas na tabela abaixo:

Quadro 4 - Especificações técnicas do Phantom 3 SE professional

Modelo Phantom 3 SE professional

Modelo da câmera FC300X (3.61mm)


Resolução do sensor 4000x3000
Distancia Focal 3.61 mm
Dimensão do pixel 1.56 x 1.56microm
Fonte: DJI (2018)

4.2.2. Levantamento Geodésico

Para o apoio do levamento aerofotogramétrico foram coletados pontos geodésicos


com a finalidade de aperfeiçoar a precisão dos modelos, para tal foram espaçados de
forma uniforme na área levantada 23 pontos fotoidenticáveis a fim de que estes fossem
coletados posteriormente.

Figura 14 - GNSS RUIDE R90T

Fonte: Autora.

Para a coleta dos pontos, com o intuito de apoiar e avaliar o levantamento fotogramétrico,
utilizou-se um receptor GNSS RUIDE, modelo R90T (figura 13). Como o objeto de
estudo está localizado a mais de 70 km das duas Redes Brasileiras de Monitoramento
Contínuo (RBMC) mais próximas (BELE e BEPA) foi preciso a aplicação de dois
receptores GNSS, sendo um adotado como base fixa e o outro móvel, aplicando, assim,
o método do Posicionamento Relativo Estático Rápido (MONICO, 2008).
31

Figura 15 - GNSS coletando no alvo pré-selecionado.

Fonte: Autora

Para a obtenção do ponto base o equipamento coletou aproximadamente 6 horas,


e nos conseguintes, o GNSS coletou entre 20-30 minutos, além da coleta dos dados,
também foi realizada a leitura da altura inclinada, da linha de antena ao centro alvo para
que fosse realizada a correção de atura.

4.2.3. Aquisição de dados batimétricos

Os dados batimétricos foram cedidos pelo Laboratório de Geologia de Ambientes


Aquáticos (LGAA) da UFRA, sendo levantado através da metodologia do método
indireto que se baseia na utilização de embarcações para os levantamentos, onde os dados
coletados resumem-se em posição e profundidade (POMEROL et al, 2013).

4.3. Processamento de dados

Após a obtenção dos dados realizou-se os processamentos dos mesmos, que serão
descritos a seguir.
32

4.3.1. Processamento dos dados geodésicos

Do GNSS foram extraídos todos os dados coletados em formato STH os quais


foram convertidos para RINEX 2.0 através da utilização do software to rinex. O
processamento dos pontos ocorreu de forma pós-processados, com a utilização das
efemérides precisas e as correções do relógio dos satélites estimados pelo IGS
(International GNSS Service), estes serão de suma importância para a precisão dos
pontos, servindo para a correção da órbita dos satélites (CALDEIRA, 2016).

Para a execução de tratamento dos pontos realizou-se o processamento no


aplicativo Topcon Tools (versão demo), no entanto, primeiramente, baixou-se os
descritivos das estações de levantamento da RBMC mais próximas no raio dos dados
coletados, que são a BELE e a BEPA (IBGE), dos respectivos dias de coleta, assim como
as efemérides precisas coletadas no site GNSS Calendar, que apenas estarão disponíveis
após sete dias (MONICO, 2000), a fim de ajustar os pontos do processamento no
software. Após essa etapa, é gerado um projeto, onde são inseridas todas as
especificações, com o intuito de usá-las como referência para os resultados obtidos.

Por fim é inserido também os pontos em arquivo Rinex, as observações da RBMC


dos respectivos dias e as efemérides precisas, em que são ajustadas as coordenadas da
RBMC diária em relação aos descritivos.

Contudo, realiza-se também, a configuração do software com base na antena do


respectivo aparelho utilizado, o sigma dos descritivos dos pontos, a altura do equipamento
de cada levantamento e o tipo do ponto da RBMC. Primeiramente todo este processo é
feito apenas para os dados do GNSS de base e posteriormente para os outros pontos.
33

Tabela 1 - Coordenadas N, E e Altitude Elipsoidal

Ponto N E Altitude Elipsoidal (h)

P1 9853492.914 170413.852 -6.54


P2 9853518.045 170549.243 -7.37
P3 9853564.692 170603.851 -9.62
P4 9853609.397 169554.057 -6.28
P5 9853777.468 170418.001 0.75
P6 9853914.126 169612.847 -12.1
P7 9853866.243 170195.386 2.55
P8 9853966.893 169618.919 -7.39
P9 9853819.969 170394.169 2.6
P10 9853810.711 169785.706 -12.41
P11 9853908.062 169855.93 -4.85
P12 9853890.476 170707.305 -7.83
P13 9853870.852 170748.285 -8.17
P14 9853840.872 170812.348 -8.15
P15 9853840.888 170812.447 -8.2
P16 9853842.004 170655.171 -3.4
P17 9853786.285 170672.445 -8.5
P18 9853944.116 170718.189 -7.52
P19 9853913.973 170696.054 -4.18
P20 9854003.026 170936.388 -4.18
P21 9853857.566 170773.473 -8.25
P22 9853844.524 170798.939 -7.83
P23 9853840.992 170747.77 -12.12
Fonte: Autora

Posteriormente para a conversão da altitude elipsoidal (h), obtida através de


receptores GNSS, em altitude ortométrica (H), foi necessário utilizar o valor da altura
geoidal (N) fornecida por um modelo de ondulação geoidal (IBGE).

𝐻 = ℎ − 𝑁
34

A ondulação geoidal é variação entre a superfície elipsoidal e a superfície do


geóide, para fins práticos a curvatura das linhas de Força e Normal respectivamente, não
impede que ela possa ser medida em colinearidade (GEMAEL, 2000). Para isso será
obtida a através do sistema de interpolação de ondulação geoidal MAPGEO2015,
elaborado pela Coordenação de Geodésia (CGEDO) do IBGE. (IBGE, 2015 e FORTES,
2003).

Tabela 2 - Coordenadas N, E e Altitude Ortometrica


Ponto N E Altitude Ortometrica (H)
P1 9853492.914 170413.852 17.773
P2 9853518.045 170549.243 18.607
P3 9853564.692 170603.851 15.526
P4 9853609.397 169554.057 18.867
P5 9853777.468 170418.001 25.896
P6 9853914.126 169612.847 13.047
P7 9853866.243 170195.386 27.694
P8 9853966.893 169618.919 17.756
P9 9853819.969 170394.169 27.744
P10 9853810.711 169785.706 12.735
P11 9853908.062 169855.93 20.297
P12 9853890.476 170707.305 17.31
P13 9853870.852 170748.285 16.97
P14 9853840.872 170812.348 16.99
P15 9853840.888 170812.447 16.94
P16 9853842.004 170655.171 21.74
P17 9853786.285 170672.445 16.64
P18 9853944.116 170718.189 17.62
P19 9853913.973 170696.054 20.96
P20 9854003.026 170936.388 20.96
P21 9853857.566 170773.473 16.89
P22 9853844.524 170798.939 17.31
P23 9853840.992 170747.77 13.02
Fonte: Autora
35

4.3.2. Processamento dos dados fotogramétricos

No software Agisoft Metashape as imagens foram processadas de acordo com o


fluxograma a baixo (figura 16), obedecendo uma metodologia de processamento sugerida
pelo manual do próprio desenvolvedor para criação de ortofotos (AGISOFT,2018). e
acoplando-se a essa metodologia foram inseridos pontos de apoio para a diminuição de
erros, além de amarra o modelo.

Figura 16 - Fluxograma do processamento das imagens para geração do MDT

Fonte: Autora

Obtendo o MDT final, no ArcGis, a parte interna da barragem teve sua altimetria
alteradas. A correção na altimetria da parte interna da bacia se deve, com o levantamento
batimétrico para este foi criado um arquivo raster com as informações de altitude da
profundidade de barragem, com isso foi realizada a interpolação dos dados do MDT do
terreno, e da topobatimetria do fundo do reservatório, para ser gerado um MDT real de toda
a superfície.

4.4.Simulação do rompimento da barragem no HEC-RAS

Para a simulação do rompimento houve a necessidade de criar geometrias para a


representação das feições, identificar coeficientes de Manning, e também escolher a
metodologia que mais se adequa a barragem.
36

4.4.1. Criação de Geometrias

No software ArcGis, por meio do plugin HEC-GeoRas 10.2 com base nos dados
do MDT ajustado, construiu-se um shapefile (shp), este para ser representado o fluxo do
rio e um dos caminhos viáveis para a onda de rejeitos na área de estudo, denominado de
“eixo de escoamento. Além deste foi criado as margens do rio, seções transversais que
são linha perpendiculares ao eixo de escoamento, a linha de estrutura da barragem, a área
do reservatório para o cálculo de volume do reservatório e por fim foram criados os
caminhos de fluxo.

Após essas geometrias serem criadas, ainda utilizando o plugin HEC-GeoRas,


foram verificadas as topologias ligando o MDT e as geometrias acoplando as geometrias
os dados de altimetria por onde passa cada geometria. Por fim as geometrias são
exportadas como um arquivo SDF (Standard Database Format), este tipo de arquivo é
utilizado para arquivo de banco de dados, pois as geometrias criadas são atributos com
inúmeros informações acopladas, podendo ser aberto no software Hec-Ras como
geometria.

4.4.2. Criação da falha no Hec-Ras

No software Hec-Ras são importados os dados de geometria, após importados, a


área do reservatório é conectada ao de escoamento para que o programa identifique o
volume a montante da barragem. Em seguida foram interpoladas as linhas de sessões
transversais em um intervalo de 4 metros, para que o caminho de fluxo fosse suavizado e
estabilizado ao longo do eixo de escoamento.

Posteriormente foram inseridos os valores do coeficiente de Manning do canal das


margens escolhidos de acordo com Porto (1998) que descreve os coeficientes, e o que
mais s adequa a região estão descritos no Quadro 5:

Quadro 5 - Coeficientes de Manning para as superfícies


Coeficiente de Manning Localização do coeficiente empregado
0,02 Calha do rio
0,07 Margem do canal
Fonte: Porto (1998)
37

A estrutura da barragem está localizada no ponto 635.10 do eixo de escoamento,


com a cota de crista de 18 metros. Os parâmetros para o Dam Break estão expostos no
quadro 6, estes parâmetros foram estimados com base na metodologia de USACE (2014),
o qual define parâmetros de ruptura para barragens de terra, para estudos de rompimentos
de barragens.

Quadro 6 - Parâmetros para a criação da falha de rompimento

Parâmetros Calculados pela metodologia


Parâmetros definidos para a ruptura
Froehlich (2018)
Tipo de falha Piping Largura final da ruptura 11
Altura da barragem 18 m Cota final da ruptura 16
Altura da base da
14 m
brecha
H:V 0,7
Volume no momento
197485 m³
da ruptura
Fonte: Autora

O Hec-Ras disponibiliza quatro opções de equações empíricas para caracterizar a


brecha: “Froehlich (1995)”, “Froehlich (2008)”, “Von Thun and Gillette (1990)’ e “Xu
and Zhang (2009)”, neste trabalho se optou pela utilização das equações propostas por
Froehlich (2008). Pois se enquadra para barragens com altura entre 3,05 e 92,96 metros
e volume do reservatório no momento da ruptura entre 0,0139 e 660 x 106 m³, na mesma
metodologia ele indica para a inclinação lateral da brecha 0,7 para rompimentos por
Piping. Na figura 15 é representada a falha final do modelo calculado pelo método
adotado.
38

Figura 17 - Perfil da barragem apresentando a falha construída no Hec-Ras

Falha Final Vertedouro

Fonte: Autora
A vazão utilizada na simulação foi a de um regime não permanente, com duas
condições de vazão, uma vazão inicial de 17 m³/s e Normal Depth de 0,000253 calculados
a partir do declive do terreno até o fim do eixo construído. Adotando-se na configuração
um intervalo de controle de 4 horas, para obtenção total da vazão.

5. RESULTADOS

Após a finalização do modelo de ruptura por piping no Hec-Ras pode-se


identificar a onda de inundação que se propaga, por conta da formação da ruptura ser
rápida e ampla.

Como mostra no fluxograma de vazão na figura 16 o nível do rio diminui


progressivamente até a metade após 40 minutos de ruptura e a sua vazão permanece
constante depois de 2 horas do acidente. Nesta simulação o volume de água envolvido no
processo foi de 197.485 m3 (197.485.000 litros).
39

Figura 18 - Fluxograma do Nível do Rio

Fonte: Autora

Na figura 17 são apresentados os dados de vazão em três intervalos de tempo, o


primeiro iniciado ao instante T0 às 00:00, e apresenta a vazão máxima após o
rompimento, por conseguinte é representado o intervalo 00:30 minutos e 01:00 hora,
depois do rompimento apresentando a diminuição do fluxo de água no canal.

Figura 19 - Vazão em três intervalos


40

Fonte: Autora

A progressão da ruptura da barragem foi realizada a cada 5 minutos no primeiro


intervalo de 1 hora e após este foi realizado a progressão a cada 30 minutos, com o intuito de
averiguar a construção do rompimento para um melhor detalhamento, que está apresentado
na Tabela 3, este sendo de suma importância para a validação das variações de cota de vazão
pela ruptura a partir dos intervalos de tempo.

Tabela 3 - Progressão da ruptura de barragem.


Intervalo de
tempo da Perfil da Barragem
simulação
.07 .02 .07
26
Legend

WS 26APR2019 0005
Ground
24
Bank Sta

22

Vertedouro
Elevation (m)

Rompimento
20
00:05
18

16

14
0 50 100 150 200 250 300 350
Station (m)

Rompimento Vertedouro
00:10
41

Rompimento Vertedouro
00: 15

.07 .02 .07


26
Legend

WS 26APR2019 0020
Ground
24
Bank Sta

22

Rompimento Vertedouro
Elevation (m)

20
00:20
18

16

14
0 50 100 150 200 250 300 350
Station (m)

Rompimento Vertedouro
00:25
42

Rompimento Vertedouro
00:30

Rompimento Vertedouro
00:40

01:00

Rompimento Vertedouro
01:30
43

Rompimento Vertedouro
02:00

Rompimento Vertedouro
02:30

Rompimento Vertedouro
03:00

Fonte: Autora
44

A partir da onda de inundação foi criado o mapa da inundação na cota máxima


atingida (Figura 20) para representar a área afetada, por meio desta simulação por piping
é possível identificar que a área mais afetada será os tanques de criação de peixes, logo
após a barragem, que está no eixo principal do caminho da onda de inundação, de onde
são retirados por semana, em média 330 kg de pescado, os quais são enviados para suprir
as necessidades do Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural da
Amazônia.

Em seguida a onda se propaga em direção à área arborizada com vegetação que


irá segurar ou retardar o avanço da mesma, fazendo com que ela se direcione para o lado
direito do fluxo, onde o terreno é mais baixo e seguindo o fluxo da drenagem que leva ao
canal do Ig. Sete voltas e que irá desaguar no Rio Apeú, que receberá o fluxo final desta
onda.

Figura 20 - Mapa da Área de Inundação

Fonte: Autora
45

Na figura 21 mostra a profundidade em que a onda de inundação afetará a área


atingida, a altura da onda na área dos tanques será, incialmente, de aproximadamente 4
metros, fazendo com que a perda neste trecho seja significativa.

Figura 21 - Mapa de Profundidade

Fonte: Autora

A Figura 20 mostra a representação da vazão máxima ao longo do eixo de fluxo


do canal, exibindo caminho da onda de inundação a partir da ruptura e mostrando a
evolução do processo do instante T0 até o instante T3h.
46

Figura 20 - Vazão máxima ao longo do eixo do canal

Fonte: Autoral
47

6. CONCLUSÃO

O presente trabalho constatou que:

1- A simulação computacional do rompimento hipotético da barragem da Fazenda


Escola da Universidade Federal Rural da Amazônia possibilitaram analisar o impacto que
será causado nas imediações do canal à jusante da barragem.

2- Os resultados da simulação feita com base na equação de “Froehlich (2008)”


possibilitou a elaboração de um mapa de inundação da ruptura da barragem, que indicou
que a área inundada atingiria principalmente os tanques de criação de peixes e a área
vegetada à jusante

3- Foi possível identificar a contribuição da utilização de RPA, pois, obteve-se um


Modelo Digital de Terreno com uma resolução de 0,20 metros, sendo altamente acessível e
aconselhável a utilização deste método;

4- O refinamento dos dados é de suma importância para que as seções de interesse


sejam realistas contribuindo para que o Plano de Ação Emergencial da barragem seja eficaz;

5- Os estudos relacionados a geotecnia da barragem devem ser realizados com o


intuito de identificar os reais problemas da estrutura interna da barragem, sendo, então,
possível realizar as devidas correções para que não haja um abalo na estrutura do
dispositivo.
48

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