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Ficha Liminal

Escolha: Você tem 8 Pontos


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Inteligência: 2
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Conhecimento: 3
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Força:
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Vigor: 1
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Velocidade:
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Resistência:
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Destreza: 2
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Sorte:
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Idade: 23
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Altura: 1,63
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Medo,Pavor ou Fobia: Medo de perder a Clarissa, Medo de
morrer sozinha, Hematofobia
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Imagem:

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História: É noite, as estrelas brilham, os fogos e
stouram, os sorrisos e gritos na rua pode se escutar,
a felicidade no rosto de todos e em meio a isso lág
rimas e um pequeno choro de criança, Eu, Zoe havia a
cabado de nascer e no colo de minha mãe Melinda que
me abraça com fervor, ao lado posso ver de relance a
alegria do meu pai, a data era 1 de 1999, a hora era
00:01, o momento em que um ano novo e uma vida nova
iniciariam.
Pelo o que minha mãe me dizia eu era uma criança div
ertida e muito chorona haha, sempre fui fresca (pala
vras das pessoas que conviviam comigo), quando peque
na eu adorava brincar com meu pai ele sempre foi tã
o... tão perfeito, ele era meu melhor amigo muito an
tes de ser meu pai, eu sabia que podia contar com el
e para tudo, eu subia nas costas dele e ele me carre
gava como um super herói, nós jogávamos videogame at
é tarde, ele tocava milhares de músicas para mim e u
m dia ele me deu um ukulele, eu via aquilo como um v
iolão pequeno, perfeito para mim já que eu era minús
cula, eu saia por ai dedilhando aquelas cordas de qu
alquer forma, eu não me importava, para mim eu estav
a tocando a própria sinfonia de Beethoven, meu pai t
entou me ensinar, mas e para entrar na minha cabeça
de criança hiperativa e avoada de 5 anos?! Eu entrei
para a escola nessa época, eu sempre levava meu ukul
ele comigo, todos me zoavam, mas eu não me importava
eu tocava que nem uma doida sempre e cantarolava tot
almente desafinada sem ligar para ninguém.
Tempo passou, eu tinha 6 anos e iria para o segundo
ano em uma nova escola, mas eles acharam que eu esta
va avançada demais então eu fiz uma prova e eles me
passaram para o terceiro ano e lá estava eu no meio
de um monte de gente mais velha que eu que eu nunca
tinha visto na minha vida, naquela época eu ainda er
a gordinha, ha, não deu 1 semana para começarem a me
zoarem, isso me deixou mal, não necessariamente ser
zoada mas a forma com que me tratavam, mas estava tu
do bem, no fundo eu não ligava. Mais um salto no tem
po, eu tinha 7 anos e nesse momento meu pai já havia
conseguido me ensinar a tocar o meu incrível ukulele,
eu tinha acabado de finalizar o quarto ano, era fér
ias, dia 24 de 2006 um domingo, um dia antes do nata
l, o meu pai tinha saído para fazer algo importante
eu e minha mãe preparamos o jantar, sentamos na mesa
e esperamos, esperamos e esperamos, horas se passara
m e nada, os fogos explodiram e nada, uma lágrima ca
i do meu rosto, uma expressão de medo se enraíza em
minha face, eu vou até meu quarto e me deito, deixand
o a minha mãe comer sozinha, eu rolo na cama de um l
ado para o outro mas é impossível dormir, até que ca
io no sono, no outro dia eu e minha mãe vamos procur
ar pelo meu pai, mas quando abrimos a porta um polic
ial bate nela e fala palavras que para mim são irrec
onhecíveis, eu não sei se era só porque eu não queri
a ouvir, mas por um momento tudo fica abafado, eu ve
jo minha mãe chorando, eu não faço nada, além de fic
ar parada, aquela cena para mim é como um borrão, é
tudo que eu vejo naquele momento e não só naquele mo
mento, o dia inteiro foi assim, um borrão, tudo se p
assando tão rápido, tudo é igual e automático e eu s
implesmente não escuto nada, até que a noite eu me s
ento no chão e vou jogar videogame, eu começo a joga
r e depois de um tempo
olho para o lado e não vejo o meu pai, parece que
ali eu cai na real do que realmente havia acontecido,
eu choro sem parar, eu tento gritar mais não sai, é
uma dor insuportável, até que eu berro alto, mas tão
alto que qualquer um em qualquer lugar poderia ouvir,
eu grito não somente com minha voz mas com minha al
ma, minha mãe acorda e me abraça por trás, mas eu nã
o paro de chorar, é uma dor infinita e nunca acaba,
naquele dia meu pai havia morrido e tudo isso porque
quis proteger o presente que comprou pra mim, eu que
ria um psp a muito tempo e no natal ele juntou dinhe
iro para comprar pra mim, ele deu tudo que tinha par
a o bandido, mas o meu presente não, ele levou uma f
acada mas alguém o viu na hora e chamou a policia e
a ambulância, ele foi até o hospital, mas não resist
iu e a última coisa que ele pediu é que me dessem o
presente que ele deu a vida para proteger. Alguns di
as se passam, todos eles eu passei triste jogando so
zinha cada dia mas solitário que o outro, dia 1 cheg
a e é meu aniversário, eu estava jogando meu ps2 qua
ndo olho para minha esquerda e vejo o psp em cima da
cômoda, pauso meu jogo e vou até lá, pego o psp abro
o jogo que já estava lá chamado Dragon Quest & Final
Fantasy in Itadaki Street Portable e enquanto jogo a
quele joguinho eu choro e sorrio, pensando em tudo q
ue ele fez para me ver feliz jogando esse videogame
e em quanto ele era um verdadeiro super-herói.
A minha adolescência toda eu fui fissurada por final
fantasy por influência do último jogo que meu pai me
deu, além de amar tocar qualquer tipo de instrumento
principalmente ukulele, também tive uma depressão fu
dida em que perdi muitos quilos, cheguei a me cortar
mas nada muito grave, aos meus 13 anos conheci uma g
arota perfeita, ela era a única que me entendia e si
m eu gosto dela, não só como amiga, sempre quis algo
a mais, mas nunca tive coragem de dizer para ela, nó
s criamos um vínculo quase que de irmãs e eu não que
ro perder isso, ela sempre me fez rir, ela cuidava d
e mim e cuida até hoje mesmo que de longe, sempre po
demos contar uma com a outra e isso é tão bom, ela s
e chama Clarissa, ela é tão linda, tão, tão... a esq
uece, não estou aqui para falar dela e sim sobre mim,
com o tempo minha mãe adoeceu e cada vez piorava ma
is, mais tarde descobrimos que era câncer, parecia q
ue ela não melhorava nunca e mesmo com todo tratamen
to ela continuava piorando, eu estava fazendo o poss
ível para cuidar dela mas não foi o suficiente como
meu pai, Yudi, ela morreu, muitos dias se passaram,
eu estava prestes a me formar na escola e eu decidi
que iria me matar, eu mandei uma mensagem para a Cla
rissa, escrito, "tchau", e fui até um viaduto, eu pa
rei na ponta e lá de cima vi todos aqueles carros pa
ssando e passando sem parar, eu realmente ia fazer i
sso, eu não tinha mais nada a perder eu tinha 15 ano
s e não tinha mais ninguém e quando eu dei um passo
para frente ela estava lá para segurar a minha mão,
parece que ela estava falando, "eu estou aqui", era
só disso que eu precisava, era só de um último clarã
o de luz no meio de tanta escuridão, meu braço ardia
já que naquele mesmo dia eu tinha me cortado mais do
que em qualquer outro, mas ela estava lá, eu abracei
ela e logo após cai no chão em lágrimas.
Depois disso eu fiquei um tempo internada, quando sa
í percebi que não podia mais perder tempo e então ve
ndi a casa e fui para o Japão sem nem saber falar ja
ponês, eu não iria poder mais ver a minha melhor ami
ga presencialmente mas era um preço que eu iria paga
r e nós iriamos manter contato não é como se a nossa
amizade fosse acabar. Chegando lá eu comprei uma peq
uena casa em Hiraizumi, cidade no interior do Japão
e comecei a estudar japonês, por um tempo eu só fiz
isso, escrevi algumas músicas e colecionei iaitos de todos
os tipos, katanas, wakizashis e tantos enquanto aprendia a lutar
com elas, eu nunca quis me tornar uma samurai nem nada até
porque só sei o básico e só ataco o ar na maior parte do tempo e
também tem o fato de eu odiar sangue, mas eu sou apaixonada
pela cultura daqui e eu precisava de algo para jogar minhas
frustações, desestresar e me acalmar um pouco, depois de 6
meses eu decidi fazer faculdade de música em Tokyo,
todos os dias eram 5 horas e meia de viagem mas vali
a a pena cada segundo, enquanto eu estava na faculda
de escrevi diversas músicas e postei no youtube e co
mecei a atingir um número bom de pessoas que me assi
stiam, até que terminei minha faculdade, eu não sou ne
cessariamente famosa no Brasil mas bastante gente me
conhecia no meu nixo de música sad/lofi, chegando a
ter 1m de inscritos, depois da faculdade comecei a viver
disso, da minha própria música, isso era um sonho pra
mim.

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