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INTERNET:
MEU MINI GUIA SOBRE
WEB3 PARA NEGÓCIOS.
1 - Introdução pg.3
2
Meu Mini Guia sobre
Web3 para negócios
Em dezembro de 1997, o fundador de
uma companhia que havia recém-aberto
capital na bolsa, escreveu uma carta aos
seus acionistas. Nela, a internet era descrita
como “The World Wide Wait” - a grande
espera mundial - e, um trecho destacava o
momento que ali era vivenciado: “Nós só
estamos no dia 01 da internet…”
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Os early adopters, por sua vez, eram
indivíduos mais receptivos quanto à
adoção de novas tecnologias e produtos.
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minimamente sobre ela e seus efeitos.
Essa humildade intelectual nos ajuda a
formular nossas próprias opiniões.
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2 - O que é Web3 e no
que ela difere da inter-
net que conhecemos
Antes de falar quais são as características
da Web 3.0 e como ela funciona,
é importante compartilhar o panorama
sobre as duas versões anteriores,
reforçando quais foram as transformações
geradas e o que muda com a terceira
geração.
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principal objetivo democratizar o acesso à
informação.
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(2005-2020) A WEB 2.0 revoluciona
o modo como nos relacionamos,
permitindo a interação dentro da
internet
A interatividade e a viabilização de
produção de conteúdo feita por usuários
foi um salto da Web 1.0 para a 2.0.
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Com o lançamento do Smartphone
em 2007, o acesso via mobile ampliou
drasticamente tanto a base de usuários
quanto o tempo de uso da Web:
passamos do uso da internet durante
algumas horas por dia em nossos desktops
para um estado de full time connected
depois que o navegador, os sistemas
de busca, os aplicativos e notificações
estavam agora em nossos bolsos.
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Assim, culminamos em um cenário
onde nossos relacionamentos são
majoritariamente interligados por
intermediários e “cobra-se uma taxa alta”
para se estar ali.
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Uma breve introdução à crypto
Em 2009, Satoshi Nakamoto desenvolveu
o Bitcoin - uma grande disrupção, sendo
a primeira moeda que não possui emissor
ou controlador centralizado, tirando a
necessidade de um banco central para
regulá-la ou de um banco tradicional
para “guardar o dinheiro do portador” ou
servir como intermediário para assegurar
confiança entre os envolvidos da transação.
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- Descentralizada: As transações
não ficam guardadas em um
local fixo, mas em uma rede de
computadores, não dependendo
da estabilidade de um servidor
físico;
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A sua estrutura exige consenso entre as
partes envolvidas para que a transação
ocorra, o que dá controle e segurança entre
os agentes envolvidos e dispensa a figura
de um intermediário (middleman), pois a
própria tecnologia garante a credibilidade
e segurança da operação.
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levando a tecnologia a uma série de outros
desdobramentos.
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grande ecossistema denominado de Web
3.0 e por muitos chamado como a terceira
geração da internet.
v
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sem a necessidade de intermediários
para garantir confiança nas transações ou
acordos;
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Muitos de vocês já devem ter percebido a
grande visibilidade que a mídia vem dando
aos NFTs atualmente.
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Outro desdobramento originado da
evolução do uso da blockchain foi a criação
de contratos inteligentes ou smart contracts.
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por exemplo, o pagamento de uma
contratante à uma contratada.
Fonte: IBM
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Isso muda totalmente o fluxo de capital
dentro da internet.
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3 - Organizações Autô-
nomas Descentraliza-
das (DAO)
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organizações que gerenciam mais
de US$500 milhões em ativos.
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O DAO por definição, possui capital
interno e os seus ativos podem ser
controlados pelas partes interessadas
diretamente por meio de um token.
As responsabilidades costumam
ser divididas entre os membros e,
normalmente, qualquer transação precisa
ser aprovada por consenso, a não ser que
a pessoa seja a única responsável pela
tomada daquela decisão.
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Os princípios podem ser aplicados a
uma ampla variedade de organizações,
incluindo organizações sem fins lucrativos,
coletivos, cooperativas e fundos de
investimento.
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indivíduo sob todos os seus ativos alocados
em DAO e minimizando os seus riscos
colaterais.
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crescimento do ecossistema Etherium,
enquanto outras têm foco específico em
investir em aplicativos descentralizados
ou em investir em artes (NFTs), onde os
membros podem votar nas decisões.
Mas as possibilidades e oportunidades
vêm se ampliando, indo além de fundos de
investimento.
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4 - Os efeitos da Web3
para os criadores:
mudando o destino
do fluxo de capital na
internet.
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Por outro lado, quando propunham-se
a gerar receita online nos mecanismos
tradicionais (WEB2), recebiam no final do
processo apenas uma fração do lucro, a
exemplo de um músico que disponibiliza
a sua obra no Spotify, por exemplo - e
recebe em média US$0,004 dólares por
reprodução.
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onde o criador passou a vender diretamente
para o seu fã, invertendo a lógica de
mercado e unindo uma ponta a outra.
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Quando se trata de uma obra física,
por exemplo, um quadro, o potencial
de visibilidade é bastante limitado,
considerando que o anfitrião levará no
máximo centenas de pessoas à sua casa.
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obra de arte digitalmente pelo equivalente a
US$100.000.
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Fonte: DappRadar
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5 - Como os mundos
virtuais e os jogos
impactam o mercado
O contexto que fortaleceu o crescimento
da economia criativa foram os games em
mundos abertos e a criação de mundos
virtuais. A antiga forma de jogar era
comprar um videogame, comprar um jogo
e jogá-lo, uma forma de consumir que
ainda existe em larga escala.
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Ao invés disso, os itens são comprados para
deixar o personagem/avatar personalizados
e mais ‘cools’, seja com uma skin única
(a aparência do personagem em si), uma
roupa ou outros itens. Entenda, no caso
do Fortnite, entre 2017 a 2020, o número
de jogadores foi de zero a 350 milhões de
jogadores.
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Há os usuários que desenvolvem e
melhoram as NFTs e aqueles que
possuem mais dinheiro do que tempo e
compram das pessoas que desenvolvem.
Atualmente, o Axie Infinity, por exemplo, já
possui mais de 2MM de jogadores.
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Segundo a Grayscale Investments, o
mercado de bens virtuais deve crescer de
US$180B em 2020 para ~U$400Bi em 2025:
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Os cryptogames acabam com esse problema,
conseguindo que o creator consiga monetizar
seu tempo e esforço, traduzindo isso em
dinheiro para o mundo real e formando
uma tendência para o mercado: mais
desenvolvedores dedicados à WEB3.
Sobre o Metaverso
O metaverso é um universo ainda em
construção que contempla muito mais do
que games, mas também eventos virtuais,
social commerce, serviços, anúncios,
hardware e creators economy.
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(Web2/3) e Decentraland (Web3).
Embora a previsão para a maturidade da
Web Espacial, uma internet totalmente
integrada, seja de 5 a 10 anos, segundo
estimativas da Accenture; muitos
aplicativos em fase embrionária já
estão se destacando.
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Após ter um aumento de 420% de usuários
em sete meses, a empresa captou US$200
milhões (R$1,1 bilhão), elevando o seu
valor de mercado para US$3,2 bilhões -
demonstrando o potencial desse universo
que permeia entre comunidades
e soluções descentralizadas.
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ponto de mudar o nome para Meta e está
direcionando toda a sua operação para tal:
É seu dever como empreendedor
acompanhar os próximos passos e se
aprofundar.
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5 - Quais iniciativas as
marcas estão fazendo
para penetrar nos
mundos virtuais
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Samsung – De abertura de loja virtual à
lançamento de TV com capacidade de
compra de NFTs
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DJ Gamma Vibes diretamente da loja
física da Samsung 837.
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Nike - Nikeland e outras iniciativas da
marca para penetrar no digital.
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A “Nikeland” projeta um espaço virtual
formado por campos, arenas e quadras
para jogos e produtos showrooms de
sapatos virtuais e roupas para vestir o
avatar. Embora a Nikeland seja gratuita
para os usuários, a marca alcança grandes
objetivos de marketing de experiência,
conectando-se com a geração mais jovem
e com o recebimento de feedback em
tempo real.
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Outras parcerias de sucesso incluem: Louis
Vuitton x League of Legends; Balenciaga
x Fortnite e Gucci x Roblox. De fato, uma
bolsa virtual da Gucci foi vendida por quase
US$800 a mais do que sua versão física.
O preço: US$4.115 no Roblox.
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• Permitir que compradores vejam
seus produtos através de uma
experiência em, por exemplo,
realidade aumentada, ao invés de
simplesmente ver esses mesmos
produtos em uma prateleira
digital;
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6 - Como as DAOs
estão transformando o
mercado.
Se internet sempre foi sobre conectar pessoas,
a Web 3.0 emergiu como uma forma de
ressignificar essa estrutura, colocando os
indivíduos no centro e trazendo novas formas
mais colaborativas de relacionamento, na
forma de comunidades onde os próprios
membros são donos delas.
Asset Management
A gestão de ativos é uma das principais
atividades entre as DAOs. Nesse modelo,
as decisões sobre onde alocar recursos é
coletiva, contemplando os insights e os
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votos de vários agentes independentes.
Como toda DAO, ela é transparente, o que
favorece a gestão de ativos e como o fundo
está sendo utilizado.
Venture Capital
As vantagens de ter uma Venture Capital
sob uma DAO são as mesmas que a de
uma gestora de ativos.
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relativamente pequenas com foco em
projetos nativos de criptomoedas.
Até agora, levantaram rodadas
de pré-seed, seed e series A num
total de 120 investimentos.
Seguros
Um outro segmento que tem criado novas
soluções através de DAOs é o dos seguros.
As seguradoras tradicionais não são
transparentes. Através da transparência
das DAOs e de smart contracts, o mercado
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de seguros tem potencial para entregar
soluções mais claras para os contratantes.
Por conta disso, a proposta da Aigang DAO
Insurance Protocol é disponibilizar seguros
de curta duração para carros, propriedade
e qualquer objeto de posse do segurado,
com regras claras sobre como o prêmio
é calculado, como avaliar um dano
e todos os detalhes relacionados às
políticas de seguro.
Coletivos de desenvolvedores
Os desenvolvedores são os principais
responsáveis pela construção da
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infraestrutura Web3 e, foram responsáveis
pela construção de várias DAOs.
Naturalmente, eles possuem as suas
próprias organizações.
Outros
Além desses segmentos, há DAOs
relacionados à compra de artes,
comunidades coletivas beneficentes
com teses própria de causa, como a
Womens’DAO composta só por mulheres
e outras iniciativas.
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funciona para votar as políticas permitidas
dentro do mundo virtual, definindo questões
como que tipos de itens são permitidos na
Decentraland e regras sobre moderação de
conteúdo.
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7 - Um futuro
precisamente único
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dois anos, mesmo que ainda tenha um
tamanho incipiente quando comparado
com a Web 2.0, lembre-se:
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Fontes sugeridas:
- Sobre Web 3.0:
Curious Beginner’s Guide to Crypto
- by Peter Yang
Composability is Innovation
- by Linda Xie
- Sobre blockchain:
Introduction to Bitcoin and Existing
Concepts - by Ethereum
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How does Ethereum work, anyway?
- by Preethi Kasireddy
- Sobre DAOs:
A beginner’s guide to DAOs - by Linda Xie
- Sobre metaverso
Goldman Sachs Research - Framing the
Future of Web 3.0 | Metaverse Edition
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