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Orientações de Estágio
Curricular Supervisionado
São Paulo
2011
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2
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Governador
Geraldo Alckmin
3
Pedagogia Unesp/Univesp
Sheila Zambello de Pinho
Coordenadora Geral e Pró-Reitora de Graduação
Edson do Carmo Inforsato
Coordenador Pedagógico
Klaus Schlünzen Junior
Coordenador de Mídias
Lourdes Marcelino Machado
Coordenadora de Capacitação
Conselho do curso de pedagogia
Edson do Carmo Inforsato
Presidente
Celestino Alves da Silva Júnior
Célia Maria Guimarães
Gustavo Isaac Killner
João Cardoso Palma Filho
Rosângela de Fátima Corrêa Fileni
Tereza Maria Malatian
Secretaria
Roseli Aparecida da Silva Bortoloto
Tecnologia e Infraestrutura
Pierre Archag Iskenderian
Coordenador de Grupo
André Luís Rodrigues Ferreira
Guilherme de Andrade Lemeszenski
Marcos Roberto Greiner
Pedro Cássio Bissetti
Rodolfo Mac Kay Martinez Parente
Administração
Sueli Maiellaro Fernandes
Jessica Papp
João Menezes Mussolini
Suellen Araújo
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Prezados Alunos
Há quase um ano e meio dávamos início ao Curso de Pedagogia na modalidade a distancia, com
dois encontros presenciais, semanalmente.
Particularmente sobre este curso, finalizamos o Bloco 1, cujo foco foi o de possibilitar uma
formação geral aos cursistas, com disciplinas distribuídas entre temas que vão da Introdução à Educação,
à Educação Infantil, passando por Fundamentos da Educação. Permeando os 3 módulos o Eixo Articulador
contemplou uma discussão sobre memória do Professor. Foram totalizadas 1050 horas de estudos.
Estamos iniciando uma nova etapa do curso. O Bloco 2 contemplará a Didática dos Conteúdos,
perfazendo 1440 horas. Serão abordados os conteúdos das áreas específicas do conhecimento para o
ensino fundamental. O Eixo Articulador do Bloco sobre Educação Inclusiva e Especial perpassará todos
os componentes, integrando a LIBRAS.
A grade curricular visou atender as Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia, bem como as
exigências do MEC no que diz respeito à Educação a Distância.
Temos a certeza de que os cadernos, resultado do trabalho dedicado de seus autores, vem
contribuindo, um a um, para uma formação sólida dos profissionais da educação.
Aos poucos vamos incorporando ao curso atividades para ajudar e complementar na interlocução
autores/cursistas. Estamos nos referindo às videoconferências de abertura e de encerramento de cada
disciplina. Esse recurso possibilitou também estabelecer um “canal aberto” no Portal para interação entre
alunos e professores dando continuidade ao esclarecimento de eventuais dúvidas em relação ao conteúdo.
Assim, ao iniciarmos esta nova etapa, queremos desejar a todos a continuidade de um bom trabalho.
Este curso de Pedagogia Unesp/Univesp foi planejado de forma a ter um currículo que
possibilitasse aos alunos passarem por experiências as mais diversas e necessárias para que se
certificassem como pedagogos hábeis e versáteis e, principalmente, valorosos em humanidade. Estes
cadernos de cada disciplina é parte substancial deste currículo. Para a sua elaboração fizemos questão
de contar com autores devidamente qualificados, reconhecidos nas suas áreas de atuação e com uma
equipe de profissionais que cuidasse com esmero da parte técnica dele. Nossa avaliação até aqui,
baseada em dados concretos extraídos de vários segmentos da área pedagógica, é a de que temos
conseguido obter um material , em termos de conteúdo formativo e de apresentação gráfica, de boa
qualidade, compatível com a excelência almejada por nossa instituição, a Unesp. Nem por isso temos
nos acomodado, pois a cada edição de novo caderno tentamos melhorar em aspectos que nos são
sugeridos por essas próprias avaliações.
Assim como as demais partes do nosso currículo apenas serão cumpridas se houver a
correspondência de todos os que o fazem acontecer na prática, alunos e professores, estes cadernos
também só terão efetividade curricular se todos os completarem com seus empenhos referenciados
no compromisso com a sua própria formação.
Nem sempre o esperado é cumprido mas acreditamos que mesmo para o inesperado há, como
disse o poeta, imensos caminhos.
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Sumário
Orientações de Estágio Curricular
Supervisionado
I. Apresentação 11
Apêndice 1
Legislação básica sobre estágio curricular supervisionado 29
Apêndice 2
Informações sobre as formas de execução das atividades de estágio 31
Apêndice 3
Orientação para elaboração do Plano Geral de Estágio (PGE), do Projeto de
Atuação de Área Profissional (PAAP) e Projeto Temático de Área (PTA) 36
Apêndice 4
Ficha de Registro dos Estágios 38
Apêndice 5
Orientação para elaboração do registro digital dos estágios - portfólio
digital de estágio 42
7
8
Orientações de Estágio
Curricular Supervisionado
Professores autores:
Gilberto Luiz de Azevedo Borges
Licenciado em História Natural.
Doutor em Educação.
Trabalhou no Departamento de Educação do IB-UNESP/Botucatu, como
professor de Prática de Ensino do curso de Ciências Biológicas
Regulamento do estágio.
Lei Federal Nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estu-
dantes e dá outras providências.
11
II. Fundamentos e orientações par a o
estágio curricular supervisionado
1. Introdução
A Resolução da UNESP referente ao estágio curricular supervisionado nos cursos de
graduação enfatiza que ele tem por objetivo articular a formação ministrada no curso com a
prática profissional respectiva, de modo a qualificar o aluno para o desempenho competente
e ético das tarefas específicas de sua profissão.
O segundo aspecto a ser considerado é característica peculiar deste curso. Por ser
semipresencial e trabalhar com professores em exercício, o estágio precisa apresentar uma
ampla gama de possibilidades para atender a dinâmica do curso, as atividades profissionais
e, também, a experiência de magistério que os alunos já possuem. Evidentemente, há uma
especificidade no curso de Pedagogia que não pode ser ignorada. Em outras palavras, mesmo
aqueles que já possuem uma licenciatura (caso de uma grande quantidade dos alunos), não
poderão prescindir da vivência de algumas experiências específicas ao licenciado em Peda-
gogia. O estágio supervisionado, neste contexto, foi pensado para atender tais características
do curso e, também, para ser um espaço de formação continuada em serviço. A questão
central das atividades de estágio a ser enfatizada é a de aprimorar a capacidade de reflexão
12
dos professores, sem abrir mão da busca de habilidades e competências específicas às áreas
de atuação do pedagogo. Este aspecto relaciona-se ao fato do estágio ser considerado, nesta
proposta, como um espaço de investigação e de formação cultural e técnica do professor e
do gestor.
O outro aspecto a ser considerado é a profunda relação de parceria que deve ser busca-
Pelos aspectos abordados e por inúmeros outros motivos, as orientações que cons-
tituem esta parte do Caderno – voltada para o planejamento, desenvolvimento e avaliação
do estágio curricular supervisionado – foram elaboradas considerando a legislação vigen-
te. Sobretudo, ponderou-se acerca da possibilidade de essas orientações representarem um
momento de efetiva articulação das disciplinas do curso com a formação que os alunos já
possuem e aquela que é esperada ao final da Pedagogia. Pretende-se o curso (e nele o estágio
curricular) como mediação entre o aluno e a realidade educacional em que irá atuar. Desta
forma, embora o estágio seja uma atividade individual, a formação profissional não prescin-
1
de do coletivo. Como afirma Perrenoud : 1. Perrenoud, P. H. Dez novas competências para ensinar: convite à
viagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. p. 178).
13
2. Fundamentação legal
A organização, desenvolvimento e avaliação dos estágios curriculares dos cursos de
graduação devem garantir o necessário espaço para que os alunos possam vivenciar as di-
ferentes dimensões da atuação profissional. No caso específico deste curso de Licenciatura
em Pedagogia, significa possibilitar aos licenciandos a vivência da realidade educacional de
diferentes níveis escolares, sem deixar de considerar a educação em instituições instituições
não escolares. Esta é a perspectiva da proposta de estágio formalizada no Parecer CNE/CP
Nº. 5/2005, que se refere às Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia:
Tanto esta característica, que deve ser viabilizada durante a formação inicial do peda-
gogo, como outras referentes às múltiplas possibilidades desta formação, devem se pautar
pela legislação e pelo projeto pedagógico do curso. A seguir, sem a preocupação de apro-
fundar a discussão legal do estágio supervisionado, alguns apontamentos de aspectos mais
importantes presentes na legislação são apresentados. Para detalhamentos sobre a legislação
federal, estadual e específica da UNESP sobre aspectos do estágio, consultem o Apêndice
1 do texto.
[...] deve ser vivenciado durante o curso de formação e com tempo suficien-
te para abordar as diferentes dimensões da atuação profissional. Deve, de
acordo com o projeto pedagógico próprio, se desenvolver a partir do início
da segunda metade do curso, reservando-se um período final para a do-
cência compartilhada, sob a supervisão da escola de formação, preferen-
14
cialmente na condição de assistente de professores experientes. Para tanto,
é preciso que exista um projeto de estágio planejado e avaliado conjunta-
mente pela escola de formação inicial e as escolas campos de estágio, com
objetivos e tarefas claras e que as duas instituições assumam responsabi-
lidades e se auxiliem mutuamente, o que pressupõe relações formais entre
instituições de ensino e unidades dos sistemas de ensino. Esses “tempos
deve ocorrer dentro de um tempo mais concentrado, mas não necessariamente em dias
subsequentes.
15
Enfatizando a necessidade de se conhecer integralmente os referidos documentos le-
gais, é importante destacar algumas das finalidades do curso de Pedagogia, tal como expli-
citado pelo Parecer CNE/CP Nº. 05/2005:
Percebe-se, portanto, que o profissional formado, de acordo com tais finalidades, deve
incluir múltiplas competências ou aptidões para o exercício profissional. A Resolução CNE/
CP Nº. 01/2006, em seu artigo 5º., apresenta 16 competências para o egresso em Pedagogia.
Apenas para exemplificar a complexidade da formação deste profissional, são apresentadas
quatro destas competências:
I - atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa,
equânime, igualitária;
IV - trabalhar, em espaços escolares e não-escolares, na promoção da aprendizagem
de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e mo-
dalidades do processo educativo;
VI - ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes,
Educação Física, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desen-
volvimento humano;
XIII - participar da gestão das instituições planejando, executando, acompanhando e
avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e não-escolares;
Neste contexto, o estágio curricular do curso de Pedagogia deve ser visto como um
momento do processo de formação inicial do licenciado em Pedagogia. Na formação inicial
proposta pelas Diretrizes Curriculares, o estágio faz parte do núcleo de estudos integrado-
res, a ser efetivada por meio de “[...] práticas de docência e gestão educacional que ensejem
aos licenciandos a observação e acompanhamento, a participação no planejamento, na exe-
cução e na avaliação de aprendizagens, do ensino ou de projetos pedagógicos, tanto em es-
colas como em outros ambientes educativos.” (Resolução CNE/CP Nº. 01/2006, artigo 8º, II)
16
Em resumo, a fundamentação legal referida até agora aponta a importância do estágio
como um momento indispensável da formação profissional que, articulada com todos outros
momentos do curso, nos termos do Parecer CNE/CP Nº. 05/2005, deve
Por ser uma exigência dos cursos de graduação, a UNESP estabeleceu normas a se-
rem observadas na elaboração do regulamento geral dos estágios curriculares. A Resolu-
ção UNESP Nº. 36, de 7 de agosto de 1996, determina a necessidade da elaboração de um
regulamento de estágio do curso que defina, entre outros, os seguintes aspectos: tipos de
estágios; locais e formas de realização; duração; forma de supervisão e avaliação do estágio;
atribuições do estagiário.
e. tem a duração mínima de 300 horas e permite a redução desta carga pela com-
provação de experiência docente anterior;
Um dos aspectos mais relevantes deste Programa é o fato de não ser uma formação
inicial no sentido mais comum do termo. Todos os alunos são professores da educação básica
e muitos já possuem uma licenciatura. Por este motivo, embora seja uma formação inicial em
Pedagogia, também é, de certa forma, uma formação continuada em serviço, pois trabalha
com professores que são, neste momento, alunos de graduação.
18
ficos parece resumir bem uma das linhas mestras de organização do curso, com reflexos na
proposta do estágio curricular. De acordo com tal objetivo o curso deve:
c. Todo profissional deve desenvolver uma postura crítica e ética frente à sua atua-
ção, sendo capaz de avaliá-la e redimensioná-la continuamente.
19
h. A diversificação das atividades de estágios deve incluir planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas em contextos
escolares e não-escolares.
20
atuar na resolução de situações-problema características do cotidiano profissional;
Bloco e Disciplinas
Semestre do Curso Atividade de Estágio
no semestre
22
6. Organização do estágio
Para a organização geral do estágio, deverão ser observados os seguintes aspectos:
definição dos locais de estágio, natureza das atividades e elaboração de plano de estágio,
termo de compromisso; distribuição das horas de estágio pelas diferentes atividades e nú-
mero máximo de horas por dia e semana; orientação e supervisão de estágio.
escolas que atuam nas modalidades de educação de jovens e adultos e educação es-
pecial;
instituições que atuam em educação não escolar, em áreas compatíveis com a atuação
profissional do licenciado em Pedagogia.
Na definição dos locais de estágio serão priorizadas as instituições que tenham melho-
res condições de proporcionar ao estagiário uma vivência diversificada e de qualidade.
23
Nos termos do artigo 4º. da Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, o curso
de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de
magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de
Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio
escolar. Destina-se também à formação de profissional que irá atuar na organização e gestão
de sistemas e instituições de ensino, e em outras áreas nas quais sejam previstos conheci-
mentos pedagógicos.
Um detalhamento desta e das outras formas de realização das atividades poderá ser
encontrado no Apêndice 2.
24
As atividades de estágio serão organizadas por meio de um Plano Geral de Estágio e
através de Projetos específicos para cada área de atuação profissional. Os projetos serão ela-
borados de acordo com modelo próprio, contendo objetivos, atividades previstas, locais de
realização e período de execução. A definição das atividades será feita a partir das possibili-
dades existentes em cada Polo, das características de cada aluno (em especial a sua atuação
profissional) e de outras condições definidas neste documento e no Regulamento de Estágio.
C) termo de compromisso
25
6.2 - Distribuição das hor as de estágio pelas
diferentes atividades e número máximo de hor as
por dia e semana
As 100 (cem) horas previstas para cada uma das áreas de atuação serão completadas a
partir da seguinte distribuição:
30 horas para orientação individual e/ou coletiva (presencial e virtual), registro das
atividades e elaboração do relatório de estágio.
Caso o estagiário venha a ser dispensado de 50% do tempo previsto para o estágio em
cada área de atuação, haverá redução proporcional no número de horas previstas para as ati-
vidades nas escolas, bem como para as atividades de orientação e de elaboração do relatório.
Em relação ao máximo de horas de estágio por dia e semana, será obedecida a Lei 11.788,
de 25 de setembro de 2008: máximo de 6 (seis) horas por dia e 30 (trinta) horas semanais.
Os professores que atuam como Orientadores de Turma serão responsáveis pela orien-
tação dos estágios de cada Polo. No caso dos Polos com duas ou mais turmas, os Orientado-
res de Turma deverão articular-se para a organização dos estágios, de forma a garantir um
trabalho mais produtivo.
26
Em cada turma do curso de Pedagogia, o planejamento das atividades de estágio será
realizado pela Coordenação de Estágio de Turma, formada pelos orientadores da turma. Nos
Polos com duas ou mais turmas, será definido um regime de cooperação entre os coordena-
dores, de modo a articular as atividades previstas para os estágios.
O registro resumido será feito ao final de cada atividade diária de estágio e deverá
receber o visto do Supervisor da instituição concedente. A ficha a ser utilizada para as ativi-
dades de observação, participação e regência é única e consta do Apêndice 4.
O registro digital será feito através de um portfólio, cujas características básicas cons-
tam do Apêndice 5. Este registro deverá servir para discussões periódicas com os orientado-
res e para a elaboração dos relatórios finais de estágio.
9 – Relatórios
Ao final do estágio de cada uma das três áreas de atuação profissional, o estagiário
deverá apresentar um relatório que sintetize e analise as diferentes atividades. A entrega de
cada relatório deverá ocorrer em até 30 (trinta) dias após a conclusão das atividades previstas
no plano de estágio da respectiva área de atuação profissional.
27
O relatório será elaborado a partir de modelo padronizado e constará de uma síntese
das atividades realizadas e uma apreciação das mesmas, a partir de um questionário que
permita uma análise crítica do estágio e a contribuição do mesmo à formação profissional.
A integralização das trezentas horas de estágio deverá ser comprovada por meio de
documento específico, assinado pelo Orientador de Turma. Tal comprovação será anexada
ao registro acadêmico do aluno na Secretaria Geral.
10 - Avaliação
A avaliação do estágio supervisionado deverá considerar pelo menos:
O estagiário que cumprir a carga horária prevista para o estágio e obter nota mínima
7,0 (sete), será considerado aprovado, nos termos do artigo 6º., parágrafo único, da Resolução
UNESP Nº. 78, de 15 de dezembro de 2009.
28
Apêndice 1
Legislação básica sobre estágio curricular
supervisionado
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.
29
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio
de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Pedagogia, licenciatura. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/
rcp01_06.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2010.
30
Apêndice 2
Informações sobre as formas de execução das
atividades de estágio
O estágio curricular supervisionado deste curso de Pedagogia poderá ser realizado de
diferentes formas:
b. pela participação;
c. pela regência;
É importante considerar que todas estas formas podem contemplar atividades dire-
tamente vinculadas a instituições educativas escolares e não escolares; também podem ser
realizadas no interior da sala de aula (atividades intraclasses) ou fora dela (atividades extra-
classes).
1. Observação
A observação é muito utilizada como atividade de estágio nos cursos de graduação.
Todavia, nem sempre se configura como ferramenta significativa para a formação profis-
sional. Ao observar uma situação, mesmo com todos os cuidados, a presença do estagiário
é fator de interferência na situação que está sendo observada. Esta possibilidade é muito
expressiva no caso da observação de aulas. Também ao descrever uma situação, evento ou
experiência, o observador fala de sua percepção; portanto, há um significativo grau de sub-
jetividade neste procedimento.
O que deve ser observado? – Nesta questão é importante considerar que a observação
de pessoas criará, inevitavelmente, um grau de alteração no fenômeno observado ou
em determinada situação. Portanto, em tais momentos, será preciso uma concordância
dos sujeitos e das instituições que se pretende observar.
31
Como proceder durante a observação e que instrumentos utilizar? – O estagiário,
enquanto observador, deve ser devidamente preparado para a atividade de observação.
Também, faz-se necessário que, previamente, sejam determinados quais instrumentos
utilizará durante a observação, para que a atividade seja objetiva e com resultados
significativos. Estes procedimentos são fundamentais para atenuar a interferência da
história pessoal do observador em relação a uma dada realidade, levando-o a priorizar
certos aspectos e a negligenciar outros.
Pelos cuidados que uma boa observação requer, pelas dificuldades de ser feita com obje-
tividade e pelo efeito que pode causar sobre os fenômenos e pessoas observadas, neste estágio
ela será priorizada para situações planejadas com a característica de pesquisa da realidade.
Algumas situações em que a observação pode ser uma ferramenta fundamental para o
conhecimento, a reflexão e a ação sobre determinada realidade são exemplificada a seguir:
Analisar os resultados de avaliação dos alunos, como a Prova Brasil, SARESP e outros.
32
2. Participação
No estágio supervisionado, as atividades de participação têm papel relevante na apro-
ximação dos estagiários à realidade da escola. Muitas vezes é a melhor forma de uma pri-
meira inserção no espaço escolar, antecedendo a observação e a regência.
Iniciar o estágio com atividades de participação pode contribuir para diminuir pontos
Auxiliar nas rotinas de classe, em especial aquelas que envolvem atividades de ensino:
correção de exercícios, acompanhamento de atividades em grupo, realização de ativi-
dades complementares, apresentação e discussão de vídeos sobre temas em discussão,
acompanhamento dos alunos nas atividades lúdicas e outras relativas à educação in-
fantil e ao ensino fundamental.
Produzir ou organizar material para apoio às atividades de sala de aula ou para ativi-
dades extraclasse.
33
Além das atividades descritas, mais diretamente voltadas à sala de aula, também será
relevante a participação do estagiário em atividades que ampliem a sua formação profissio-
nal. É o caso, por exemplo, da participação em eventos científicos, de reuniões de entidades
de classe, de visitas a museus e exposições, da análise de um filme sobre gestão escolar, en-
tre outras. Para a seleção destas atividades, devem ser considerados o perfil profissional do
licenciado em Pedagogia e a área de atuação.
Essas atividades serão definidas pela Coordenação de Estágio de Turma. Elas não se
vinculam necessariamente às demandas das instituições educativas, mas são importantes
para uma maior compreensão das múltiplas possibilidades de se ensinar e aprender.
3. Regência
A possibilidade de realizar atividades de regência durante o estágio irá variar bastante
de uma escola para outra ou de um supervisor para outro. Além disso, pelas condições de tra-
balho dos alunos do curso, haverá restrição ainda maior para tal tipo de atividade, sobretudo
quanto se trata de regência dentro da programação normal do professor. A superação destes
limites exige pensar em diferentes possibilidades, além de realizar regência em classes de
educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Para ampliação das possibilida-
des de regência, sugere-se:
Realizar minicursos sobre temas de interesse dos alunos, dos professores, do coorde-
nador pedagógico, da direção da escola, ou propostos pelos estagiários.
34
4. Produção técnico-pedagógica
Esta forma de realização do estágio supervisionado caracteriza-se pelo envolvimento
do estagiário em atividades de avaliação, reelaboração, adequação e produção de materiais
de ensino para uso em atividades de sala de aula ou em programas extraclasses e extracur-
riculares. São exemplos desta possibilidade de formação profissional: elaboração de textos
A opção por esta forma de realizar o estágio supervisionado justifica-se por vários
motivos. O primeiro é de ordem pedagógica e envolve um desafio que todo professor irá
enfrentar: buscar alternativas para uma aprendizagem mais significativa. Um segundo as-
pecto a considerar é metodológico, ao possibilitar uma reflexão crítica sobre vários aspectos
do ensino-aprendizagem, constituindo-se em caminho para a produção de conhecimentos
por parte dos licenciandos. Há também um motivo de ordem prática, representado pela am-
pliação e diversificação das possibilidades de realização do estágio.
35
Apêndice 3
Orientação par a elabor ação do plano ger al
de estágio (pge), do projeto de atuação de área
profissional (paap) e projeto temático de área (pta)
Para a organização e desenvolvimento do estágio curricular serão produzidos dois
tipos de documentos de planejamento: o plano geral de estágio (PGE), o projeto de área de
atuação profissional (PAAP). Em determinadas situações, também será necessário o projeto
temático de área (PTA). Todos eles serão elaborados a partir de modelos básicos, a serem
apresentados pelos orientadores de estágio de cada Polo.
O PAAP será elaborado no semestre que antecede o início do estágio na área especí-
fica, conforme o cronograma apresentado anteriormente. Embora tenha caráter de projeto
executivo, em função da dinâmica do estágio ele poderá sofrer adequações durante o desen-
volvimento das atividades, para atender a demanda das escolas.
36
É o caso, por exemplo, de participar de uma reunião, ministrar uma aula de recuperação,
auxiliar na correção de uma prova, participar de uma reunião de pais, entre outras.
Nesse estágio, o projeto temático será caracterizado, entre outros aspectos, por tratar
de um tema relevante para o processo ensino-aprendizagem ou para a gestão educacional.
Deve ser desenvolvido com um caráter investigativo e com potencial de contribuir para uma
discussão do caráter teórico-prático que precisa estar presente na formação profissional.
37
38
Ficha de Registro dos Estágios - Atividades INTRACLASSE e EXTRACLASSE
( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental ( ) Gestão Escolar
Número de matrícula: Polo: Turma:
APÊNDICE 4
O P R
O P R
O P R
O P R
FICHA DE REGISTRO DOS ESTÁGIOS
O P R
O P R
Orientação par a preenchimento da ficha de
registro de estágio
3. A ficha deve ser preenchida apenas com caneta azul ou preta. Não serão consi-
deradas as horas registradas a lápis ou com rasura.
II – forma de registro
1. Cada linha da ficha deve ser utilizada para registrar atividade na mesma classe,
desde que feitas em sequência. Portanto, se houver interrupção da atividade,
mesmo que retorne posteriormente à mesma classe, no mesmo dia, registre a
continuidade em outra linha.
39
• Anote o dia, mês e ano da atividade.
Data • Se a atividade for do mesmo tipo (por exemplo, a observação de
uma classe de educação infantil), mas realizada em dias diferentes,
registre cada dia em uma linha da ficha.
40
III – informações complementares
1. Além do registro na ficha específica, procure fazer anotações sobre a situação
vivenciada durante os estágios. Tais anotações servirão para a elaboração do
“portfólio” e do relatório final de estágio. Para este registro poderá ser utilizado
o Formulário que consta do Apêndice 5.
41
Apêndice 5
Orientação par a elabor ação do registro digital
dos estágios - portfólio digital de estágio
O registro digital de estágio constitui-se em documento que auxiliará no acompanha-
mento das atividades realizadas pelo estagiário e, sobretudo, na elaboração do relatório final
de cada área de atuação profissional. Não obstante, caberá à Coordenação de Estágio de cada
Polo definir esta ou outra forma de acompanhamento do trabalho realizado pelos estagiários
nas instituições campo de estágio. O importante, durante a realização do estágio curricular
supervisionado, é garantir a qualidade do trabalho realizado pelo estagiário e os momentos
de reflexão sobre as atividades realizadas.
Como afirmado no início deste documento, o estágio neste curso tem também o ob-
jetivo de aprimorar a capacidade de reflexão dos professores, sem abrir mão da busca de
habilidades e competências específicas às áreas de atuação do pedagogo. Em tal contexto,
há necessidade de garantir o registro das atividades como condição indispensável para dis-
cussão e aprofundamento da realidade educacional vivida durante este período da formação
profissional. O registro digital proposto é uma das alternativas disponíveis para a realização
da orientação e supervisão do estágio.
Formulário de horas de estágio – a ser utilizado para registro das horas de estágio
realizadas pelo aluno, distribuídas pelo tipo de estágio.
O formulário para registro de atividades será inserido no portfólio, com a maior bre-
vidade possível após a realização das mesmas.
42
III – COMO PREENCHER O FORMULÁRIO PARA
REGISTRO DE HORAS?
Observação Participação Regência Produção
Total de
Período Extra Intra Extra Intra Extra Intra técnico-
horas
pedagógica
01 - 15/08/2011 2:20 1:30 0:40 1:10 0:50 2:30 2:40 11:40
Total
3. O lançamento das informações deverá ser feito a cada quinze dias, totalizando
as horas do período para cada tipo de atividade de estágio.
B – forma de registro
1. Com base nos dados constantes na pasta de estágio totalize as horas de cada tipo
de atividade (observação, participação, regência e produção técnico-pedagógica)
e faça o registro no formulário.
43
IV – O QUE DEVE CONSTAR NO FORMULÁRIO
PARA REGISTRO DE ATIVIDADES?
44
B – forma de registro
1. Cada quadro do formulário deve ser utilizado para anotação da atividade corres-
pondente à que foi feita na Ficha de Registro de Estágio (ver Apêndice 4).
45
C – material par a ilustr ar as atividades
1. Sempre que possível, registre as atividades através de imagens (fotos e vídeos).
Também procure conseguir outros materiais e documentos que tenham relação
com a atividade. É o caso, por exemplo, de exemplares de provas ou de trabalhos
de alunos; de textos complementares; de comunicados aos pais e professores; do
regimento escolar e outros.
4. O material ilustrativo que for postado deve ter a mesma numeração da atividade
a que se refere, seguido de letras. Assim, por exemplo, uma imagem que sirva
para ilustrar a atividade 1, será denominada como Atividade 1A ou Anexo 1A.
46
III. Regulamento do estágio
Supervisionado curricular
(Progr ama de formação de professores em exercício,
par a a educação infantil, par a os anos iniciais do ensino
47
CAPÍTULO I
DURAÇÃO DO ESTÁGIO E REDUÇÃO DA CARGA POR
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DOCENTE
Art. 2º. - O estágio curricular supervisionado tem a duração de 300 horas, distribuídas
igualmente pelas três áreas de atuação profissional: educação infantil, anos iniciais do ensino
fundamental e gestão educacional.
Art. 3º. - O aluno poderá ser dispensado de até 50% (cinquenta por cento) da carga
horária prevista para estágio em cada uma das áreas de atuação profissional, mediante com-
provação de seu vínculo institucional e experiência na respectiva área.
§1º. - A redução de carga horária será concedida pela Coordenação de Estágio da Tur-
ma, mediante solicitação do aluno e atendimento das seguintes condições:
I - fazer o pedido pelo menos 30 (trinta) dias antes do início dos estágios;
II - ter exercido a atividade docente ou de gestão, por no mínimo 100 dias de efetivo
exercício, nos últimos dez anos, na área em que solicitou redução;
III - comprovar mediante documento fornecido pela instituição na qual a atividade foi
exercida.
§ 2º. – A redução da carga horária será proporcional ao número de dias de efetivo exer-
cício, sendo de 25% para quem comprovar 100 dias, até 50% para 200 dias.
§3º. – Para efeitos da redução de carga, serão consideradas válidas as seguintes situações:
II – o exercício docente nos anos finais do ensino fundamental, para redução nos anos
iniciais deste mesmo nível de ensino.
CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO
Art. 4º. - O estágio curricular deverá contemplar atividades de observação, participação
e regência, assim como o desenvolvimento de atividades de produção técnico-pedagógica.
§1º. - As atividades de estágio poderão ser desenvolvidas tanto em sala de aula, quanto
fora dela, sempre preservando a integridade do Projeto Pedagógico do curso e da instituição
que recebe o estagiário.
48
§2º. - O aluno poderá realizar estágio de ação comunitária desde que vinculado à área
de sua formação acadêmica, através de projetos com características sócio-educacionais.
Art. 5º. - A definição dos locais de realização dos estágios e das atividades de cada área
de atuação será feita em conjunto pelos orientadores de turma e pelos estagiários, entre as
seguintes instituições educativas:
§1º. - Cabe aos orientadores de turma de cada Polo avaliar as instalações da parte con-
cedente e sua adequação à formação profissional do educando.
Art. 6º. - O estágio só poderá ser iniciado após celebração de termo de compromisso
entre a parte concedente do estágio, a UNESP e o estagiário.
§ 2º. – Além do termo de compromisso, sempre que necessário será celebrado convê-
nio entre a UNESP e as instituições que aceitarem receber o estagiário.
Art. 7º. - São obrigações da UNESP, em relação aos estágios de seus alunos:
49
III - exigir do estagiário a apresentação de relatório de atividades, como previsto no
projeto de estágio;
Parágrafo único. Os projetos de estágio de cada uma das três áreas de atuação profis-
sional, elaborados em conjunto pelo orientador, instituição concedente e o estagiário, serão
incorporados ao termo de compromisso de maneira progressiva.
Art. 8º. – Para serem locais de estágio, as instituições previstas no artigo 5º. deverão
observar as seguintes obrigações:
III - indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência pro-
fissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para supervi-
sionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DOS ORIENTADORES,
SUPERVISORES E ESTAGIÁRIOS
Art. 9º. – Em cada Polo do curso e nas instituições que recebem o estagiário, deve-
rão ser definidos profissionais responsáveis pelo estágio denominados, respectivamente, de
orientadores e supervisores.
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I - responsabilizar-se pelo planejamento, acompanhamento e avaliação do estágio, nos
termos deste regulamento e considerando o projeto pedagógico do curso e o perfil
profissional do egresso;
II - levantar as instituições que poderão receber os estagiários de cada turma, bem como
solicitar a elas sugestões de atividades que possam fazer parte do projeto de estágio;
I - conhecer e aprovar o projeto de estágio, bem como sugerir atividades que possam
ser incluídas no mesmo antes e durante seu desenvolvimento;
CAPÍTULO IV
COORDENAÇÃO DOS ESTÁGIOS
Art. 15 - A coordenação geral dos estágios no âmbito do Convênio UNESP/UNIVESP
será exercida por uma Comissão Geral constituída por 5 (cinco) membros, indicados pelo
Conselho de Curso.
52
I - assessorar o Conselho de Curso no processo de acompanhamento das atividades de
estágio, como uma das variáveis para a avaliação do curso de Pedagogia;
V - desenvolver outras funções que lhe forem atribuídas pelo Conselho de Curso.
§2º. - Nos Polos com duas ou mais turmas, será definido um regime de cooperação en-
tre os membros de cada Coordenação de Estágio de Turma, de modo a articular as atividades
previstas para os estágios.
IV - desenvolver outras funções que lhe forem atribuídas pela Comissão Geral de
Estágios.
CAPÍTULO V
REGISTRO E AVALIAÇÃO DOS ESTÁGIOS
Art. 19 - As atividades de estágio serão registradas pelo estagiário em formulários
específicos, de acordo com orientação disponível no manual de estágio.
53
Art. 20 - A avaliação do estágio será de responsabilidade dos orientadores de turma,
com utilização de critérios que considerem a diversidade e qualidade das atividades realiza-
das, a manifestação da instituição concedente e do estagiário.
§3º. - Sempre que necessário, para atender especificidades do plano de estágio de cada
turma, poderão ser utilizados outros elementos de avaliação, com aprovação da Comissão
Geral de Estágios.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 21 – Outras possibilidades para a realização do estágio, não previstas neste regu-
lamento, serão previamente submetidas à apreciação da Comissão Geral de Estágios.
54
IV. Lei 11.788/2008 – Dispõe sobre o
estágio de estudantes
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia par a Assuntos Jurídicos
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO
Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüen-
tando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário
formativo do educando.
Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no
§ 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados
os seguintes requisitos:
§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanha-
mento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte
concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o
desta Lei e por menção de aprovação final.
Art. 4o A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes estran-
geiros regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou reconheci-
dos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável.
Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério,
recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acorda-
das em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com
recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação.
56
§ 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento
do instituto do estágio:
V – cadastrar os estudantes.
Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes,
organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração.
CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus
educandos:
III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como respon-
sável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
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V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para
outro local em caso de descumprimento de suas normas;
Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três)
partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de
compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempe-
nho do estudante.
Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados
convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreen-
dido nas atividades programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts.
6o a 14 desta Lei.
CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE
Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública
direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente re-
gistrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio,
observadas as seguintes obrigações:
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência pro-
fissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar
e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
58
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice
seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de
compromisso;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, re-
latório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a
instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal,
devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não
ultrapassar:
§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não
estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais,
desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.
59
Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois)
anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que ve-
nha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte,
na hipótese de estágio não obrigatório.
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente
durante suas férias escolares.
§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário re-
ceber bolsa ou outra forma de contraprestação.
§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcio-
nal, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.
CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza
vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da
legislação trabalhista e previdenciária.
§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este
artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão
definitiva do processo administrativo correspondente.
§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que
for cometida a irregularidade.
60
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu repre-
sentante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição
de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei como
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entida-
des concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.
§ 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores
empregados existentes no estabelecimento do estágio.
§ 3o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resul-
tar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.
§ 4o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de
nível médio profissional.
§ 5o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por
cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.
Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência desta Lei
apenas poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.
Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decre-
to-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 428............................................................................................
61
scrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação
de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.
......................................................................
......................................................................
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para
o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do
aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já
tenha concluído o ensino fundamental.” (NR)
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
62
V. Síntese dos principais aspectos
relativos à organização,
desenvolvimento e avaliação do
estágio no curso de pedagogia.
1. Conceituação
3. Objetivos
Articular a formação ministrada no curso com a prática profissional respectiva, de
modo a qualificar o aluno para o desempenho competente e ético das tarefas específi-
cas da profissão docente e da gestão educacional.
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Proceder ao estudo e interpretação da realidade educacional do seu campo de estágio,
desenvolver atividades relativas à docência e à gestão educacional, em espaços escola-
res e não-escolares, produzindo uma avaliação desta experiência e sua autoavaliação.
30 horas para orientação individual e/ou coletiva (presencial e virtual), registro das
atividades e elaboração do relatório de estágio.
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6. Número de hor as por dia e semana
Máximo de 6 (seis) horas por dia e 30 (trinta) horas semanais. (Artigo 10 da Lei 11.788)
9. Tipos de atividades
O estágio curricular deverá contemplar atividades de observação, participação e regên-
cia, assim como o desenvolvimento de atividades de produção técnico-pedagógica. Também
poderá realizar estágio de ação comunitária desde que vinculado à área de sua formação
acadêmica. (Artigo 4º. do Regulamento).
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escolas de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, públicas e particu-
lares, e nas modalidades de educação de jovens e adultos e educação especial;
instituições que atuam em educação não escolar, em áreas compatíveis com a atuação
profissional do licenciado em Pedagogia. (Artigo 5º. do Regulamento).
Em cada Polo haverá uma Coordenação, formada pelos Orientadores de Turma. Nos
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Polos com duas ou mais turmas, será definido um regime de cooperação entre os mem-
bros de cada Coordenação de Estágio de Turma. (Artigos 17 e 18 do Regulamento).
15. Avaliação
a. Instrumentos de avaliação:
b. Critério de aprovação:
cumprir a carga horária prevista para o estágio e obter nota mínima 7,0 (sete).
(Artigos 19 e 20 do Regulamento).
O estagiário poderá realizar estágio em duas ou mais instituições ao mesmo tempo,
desde que previsto no projeto de estágio.
Não será permitida a realização de estágio ao mesmo tempo em mais de uma área de
atuação profissional, salvo no caso previsto para o primeiro semestre de 2012 (ver item 8).
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