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MANUAL DO FORMADOR

CURSO PRELIMINAR

LINHAS DIRIGENTE INSTITUCIONAL E ESCOTISTA


APOSTILA CURSO PRELIMINAR

LINHAS DIRIGENTE INSTITUCIONAL E ESCOTISTA

Esta é o Manual do Formador do Curso Preliminar da UEB (União dos Escoteiros do Brasil) para
Escotistas e Dirigentes Institucionais, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais para Gestão
de Adultos, e produzido por orientação da Diretoria Executiva Nacional com base na experiência
centenária do Movimento Escoteiro no Brasil.

2ª EDIÇÃO | ABRIL DE 2014

Conteúdo
Os conteúdos que aparecem nesta apostila foram baseados nos materiais de
cursos das Regiões Escoteiras.

Ilustrações
Foram usados desenhos produzidos ou adaptados por Raphael Luis K.,
assim como ilustrações em geral que fazem parte do acervo da UEB ou são de domínio público.

Diagramação
Raphael Luis K.

Organização de conteúdo
Megumi Tokudome | Vitor Augusto Gay

Revisão de textos
Shenara Pantaleão

Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte desta publicação poderá ser traduzida ou adaptada a nenhum idioma, como
também não pode ser reproduzido, armazenado ou transmitido por nenhuma maneira ou meio,
sem permissão expressa da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil.

União dos Escoteiros do Brasil - Escritório Nacional


Rua Coronel Dulcídio, 2107 - Bairro Água Verde
CEP 80250 100 | Curitiba | Paraná
www.escoteiros.org.br
APRESENTAÇÃO

MENSAGEM OBJETIVO DO NÍVEL

O Manual do Formador é um instrumento de apoio Desenvolver no adulto os conhecimentos e


aos adultos em processo de formação, cujo conteúdo busca habilidades iniciais para a atuação como escotista,
contribuir para o desenvolvimento das competências dirigente institucional.
necessárias para o exercício das atribuições inerentes aos
escotistas e dirigentes no Movimento Escoteiro.
A UEB está se dedicando a atualizar e produzir TAREFAS PRÉVIAS
importantes publicações para adultos, contando, para
tanto, com a inestimável colaboração e esforço de muitos Leitura e Discussão com o Assessor Pessoal de
voluntários de todo o Brasil, além do apoio dos profissionais Formação:
do Escritório Nacional. A todos que contribuíram, e
continuam trabalhando, os agradecimentos do escotismo • Apostila do curso
brasileiro. • Leitura do documento Escotistas em Ação do Ramo
É claro que ainda podemos aprimorar o material, • Projeto Educativo
introduzindo as modificações necessárias a cada nova
edição. Portanto, envie suas sugestões para melhorar o
trabalho (adultos@escoteiros.org.br), pois a sua opinião e SUGESTÃO DE LEITURA
participação serão muito bem-vindas!
A qualidade do Programa Educativo aplicado nas • Leitura do Estatuto da UEB
Seções, além da eficiência nos processos de gestão da • Educação pelo amor substituindo a educação pelo
organização escoteira, em seus diversos níveis, depende temor.
diretamente da adequada preparação dos adultos. • Leitura do POR - Princípios, Organização e Regras
O nosso trabalho voluntário rende mais e
melhores frutos na medida em que nos capacitamos
adequadamente para a tarefa. Portanto, investir na Estes documentos podem ser consultados no site
formação significa valorizar o próprio tempo que da União dos Escoteiros do Brasil ou adquiridos na
dedicamos voluntariamente ao escotismo. Loja Escoteira Nacional.
Além disso, o nosso compromisso com as crianças
e jovens exige que estejamos permanentemente
dispostos a adquirir novos conhecimentos, habilidades e
atitudes, em coerência com a postura de educadores em
aperfeiçoamento constante.
Desejo que tenham ótimos e proveitosos momentos
de formação, que aprendam e ensinem, que recebam e
compartilhem. Sejam felizes!

Sempre Alerta!

Diretoria Executiva Nacional

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 3


ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................................................... 3

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE B-P ......................................................................................................................................................................... 7

FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO ESCOTEIRO E PROJETO EDUCATIVO .................................................................................................................. 15

LEGISLAÇÃO ESCOTEIRA BÁSICA .......................................................................................................................................................................... 19

ESTRUTURA DA UEL, DISTRITO ESCOTEIRO, REGIÃO ESCOTEIRA E NÍVEL NACIONAL ........................................................................................... 23

PLANO DE LEITURA ............................................................................................................................................................................................... 29

O ADULTO EDUCADOR ........................................................................................................................................................................................... 33

O PAPEL DO ESCOTISTA E DO DIRIGENTE INSTITUCIONAL .................................................................................................................................... 39

SISTEMA DE FORMAÇÃO DE ADULTOS .................................................................................................................................................................. 43

O PAPEL DO ASEESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO .................................................................................................................................................. 51

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO JOVEM ..................................................................................................................................................... 57

VISÃO GERAL DO PROGRAMA EDUCATIVO ............................................................................................................................................................ 63

CERIMÔNIAS ESCOTEIRAS ..................................................................................................................................................................................... 75

JOGOS ................................................................................................................................................................................................................... 81

PROGRAMANDO VIVENCIANDO E AVALIANDO UMA REUNIÃO DE SEÇÃO ............................................................................................................ 85

SEGURANÇA NAS ATIVIDADES ESCOTEIRAS ......................................................................................................................................................... 95

ESPIRITUALIDADE .............................................................................................................................................................................................. 103

PAIS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO ...................................................................................................................................................................... 107

CANCIONEIRO ..................................................................................................................................................................................................... 111

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 5


GRADE HORÁRIA DO CURSO PRELIMINAR

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE B-P ................................................................................................................................................................15 MIN

FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO ESCOTEIRO E PROJETO EDUCATIVO .......................................................................................................... 60 MIN

LEGISLAÇÃO ESCOTEIRA BÁSICA ................................................................................................................................................................... 30 MIN

ESTRUTURA DA UEL, DISTRITO ESCOTEIRO E REGIÃO ESCOTEIRA ................................................................................................................. 30 MIN

PLANO DE LEITURA ....................................................................................................................................................................................... 15 MIN

O ADULTO EDUCADOR ................................................................................................................................................................................... 40 MIN

O PAPEL DO ESCOTISTA E DO DIRIGENTE INSTITUCIONAL ............................................................................................................................. 40 MIN

SISTEMA DE FORMAÇÃO DE ADULTOS ........................................................................................................................................................... 30 MIN

O PAPEL DO ASSESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO .......................................................................................................................................... 20 MIN

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO JOVEM ............................................................................................................................................. 40 MIN

VISÃO GERAL DO PROGRAMA EDUCATIVO .................................................................................................................................................... 60 MIN

CERIMÔNIAS ESCOTEIRAS ............................................................................................................................................................................. 60 MIN

JOGOS ........................................................................................................................................................................................................... 50 MIN

PROGRAMANDO VIVENCIANDO E AVALIANDO UMA REUNIÃO DE SEÇÃO ................................................................................................... 120 MIN

SEGURANÇA NAS ATIVIDADES ESCOTEIRAS .................................................................................................................................................. 30 MIN

ESPIRITUALIDADE ......................................................................................................................................................................................... 30 MIN

PAIS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO ................................................................................................................................................................. 30 MIN

6 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE B-P

Duração 15 minutos

Objetivos Gerais Compreender a história do Escotismo

Objetivos Específicos Conhecer a história do fundador do Escotismo

• História de B-P
Conteúdo
• História do Escotismo

• Projetor
• Computador
Material
• Cartela de bingo
• Feijão ou milho

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

5 Introdução PL

10 Bingo de B-P TG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Introdução
O formador dá boas vindas aos participantes do curso.
Faz uma breve introdução do Escotismo e seu fundador.

BINGO DE B-P

Os cursantes serão divididos em quatro equipes. Será distribuída uma cartela de bingo para cada equipe e serão
sorteadas as perguntas abaixo sobre a história de B-P. O formador irá ler a pergunta sorteada, e a equipe marca a
resposta no bingo. O formador faz breves comentários a cada pergunta, e ganha equipe que completar primeiro a 1ª
coluna a esquerda. Mesmo depois de uma equipe ter ganho, continuam as perguntas até o final.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 7


Perguntas:

1) Quando nasceu Robert Stephenson Smyth Baden-Powell?


2) Em que cidade nasceu BP?
3) Qual era a profissão do pai de BP, Reverendo H. G. Baden-Powell?
4) Em qual escola BP ingressou em 1870?
5) Qual posição no futebol BP era perito e se tornou popular na sua Escola?
6) Onde aconteceu o Primeiro Jamboree Mundial?
7) Onde foi a última residência de BP?
8) Como se chama o manual que BP escreveu em seis capítulos?
9) Quantos anos tinha BP quando foi promovido a General por ter vencido a batalha de Mafeking em 1900?
10) Que obra escreveu BP em 1899 com fins militares?
11) Para onde BP viajou com seu amigo McLaren e mais 20 rapazes para acampar em 1907?
12) O que Baden Powell foi proclamado na última noite do primeiro Jamboree Mundial .
13) BP também tinha muita habilidade como:
14) Contra quem BP lutou na África em 1887?
15) Quantos irmãos e irmãs BP teve?
16) A quem BP pediu primeiramente para assumir o ramo “Moças-guias”?

Respostas:

1) 22 de fevereiro de 1857
2) Londres
3) Professor
4) Charterhouse
5) Goleiro
6) Inglaterra
7) Quênia
8) Escotismo para Rapazes
9) 43 anos
10) Aids to Scouting
11) Ilha Brownsea
12) Escoteiro Chefe Mundial
13) Ator
14) Contra os zulus
15) Seis
16) A sua irmã Agnes

Última atualização: 22/08/2013

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FICHA DE TRABALHO | CURSO PRELIMINAR
História do Escotismo e de B-P

PERGUNTAS:

1) Quando nasceu Robert Stephenson Smyth Baden-Powell?


2) Em que cidade nasceu B-P?
3) Qual era a profissão do pai de B-P, Reverendo H.G. Baden-Powell?
4) Em qual escola B-P ingressou em 1870?
5) Qual posição no futebol B-P era perito e se tornou popular na sua Escola?
6) Onde aconteceu o Primeiro Jamboree Mundial?
7) Onde foi a última residência de B-P?
8) Como se chama o manual que B-P escreveu em seis capítulos?
9) Quantos anos tinha B-P quando foi promovido a General por ter vencido a batalha de Mafeking em 1900?
10) Que obra escreveu B-P em 1899 com fins militares?
11) Para onde B-P viajou com seu amigo McLaren e mais 20 rapazes para acampar em 1907?
12) O que Baden Powell foi proclamado na última noite do primeiro Jamboree Mundial.
13) B-P também tinha muita habilidade como:
14) Contra quem B-P lutou na África em 1887?
15) Quantos irmãos e irmãs B-P teve?
16) A quem B-P pediu primeiramente para assumir o ramo “Moças-guias”?

CARTELA 1

22 de fevereiro de 1857 Goleiro 43 anos Contra os Zulus

Londres Inglaterra Ator Seis

Professor Quênia Aids to Scouting A sua irmã Agnes

Charterhouse Escotismo para Rapazes Ilha Brownsea Escoteiro-chefe-mundial

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CARTELA 2

Goleiro 43 anos Contra os Zulus 22 de fevereiro de 1857

Inglaterra Ator Seis Londres

Quênia Aids to Scouting A sua irmã Agnes Professor

Escotismo para Rapzes Ilha Brownsea Escoteiro-chefe-mundial Charterhouse

CARTELA 3

43 anos Goleiro Contra os Zulus 22 de fevereiro de 1857

Ator Inglaterra Seis Londres

Aids to Scouting Quênia A sua irmã Agnes Professor

Ilha Brownsea Escotismo para Rapazes Escoteiro-chefe-mundial Charterhouse

CARTELA 4

Contra os Zulus Goleiro 43 anos 22 de fevereiro de 1857

Seis Inglaterra Ator Londres

A sua irmã Agnes Quênia Aids to Scouting Professor

Escoteiro-chefe-mundial Escotismo para Rapazes Ilha Brownsea Charterhouse

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HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE BADEN-POWELL

VIDA DE BADEN-POWELL lhes mais lazer e atividades recreativas, considerando o


soldado como um indivíduo em constante evolução, que
Em 22 de fevereiro de 1857 nascia em Londres, deveria desenvolver permanentemente suas capacidades.
Inglaterra, Robert Stephenson Smith Baden-Powell. Filho Durante dois anos, na Índia, ocupava seu tempo livre
do reverendo anglicano e professor Baden Powell, ficou desenhando em seu bangalô, atraindo os filhos dos
órfão de pai aos 3 anos de idade e assim coube a sua mãe, oficiais, a quem ensinava a desenhar, além de canções e
Henriette Smith, a tarefa de criar sete filhos, o mais velho jogos.
com 13 anos e o mais novo com apenas um mês. Após este tempo B-P adoeceu e foi mandado
Robert Baden-Powell, nos seus primeiros anos de à Inglaterra, em licença para tratamento de saúde.
vida, experimentou uma sadia educação que certamente Restabelecido retornou à Índia, onde, por seus talentos,
se refletiu no movimento que mais tarde criou. Suas perspicácia e qualidades de explorador, foi promovido a
primeiras lições foram ensinadas por sua mãe, que capitão com 26 anos de idade.
inspirou-se nos métodos adotados pelo finado marido Em 1814, as agitações da África do Sul determinaram
na educação dos filhos mais velhos. O professor Baden à transferência do 13º R.H. para a terra dos Bechuanas e
Powell habitualmente ensinava seus filhos fora de casa, novo teatro de aventuras se descerrou para Baden-Powell.
onde quer que fosse, por meio dos recursos naturais, Serviços de exploração e vigilância foram-lhe confiados.
usando plantas, animais e a natureza como um todo. Em Nas horas de descanso, identificava-se com a terra,
casa, motivava-os para que pesquisassem e discutissem empreendendo caçadas, excursões e reconhecimentos.
com ele as dúvidas porventura surgissem. No ano de 1886 foi o 13º. R.H. recolhido à Inglaterra.
Robert Baden-Powell (B-P) cresceu numa família Baden-Powell aproveitou a ocasião para visitar a Rússia,
sadia e, em 1870, ingressou no Colégio de Charterhouse Alemanha e França.
com uma bolsa de estudos, onde não foi um aluno No posto de major, servindo no Estado-Maior, voltou
brilhante, mas extremamente criativo e investigador. Era à África em 1888, a fim de tomar parte na luta sustentada
popular e tomava parte de todas as atividades colegiais, contra os Zulus. Durante um curto período de férias,
como teatro, desenho, música e futebol (como goleiro fez uma excursão pelo mediterrâneo e Europa Central,
da equipe do colégio). Foi na escola que desenvolveu voltando a seu Regimento, então na Irlanda, no ano de
seus dotes teatrais, representando para os colegas, 1893.
reconhecendo mais tarde o grande valor educacional As tropas inglesas da Costa do Ouro, entrando em
desta prática. guerra contra os Achantes, necessitavam de seus serviços.
No bosque, junto ao colégio, B-P iniciou suas É novamente enviado à África, pacificando a região em
experiências como explorador, rastreando animais e 1896. No mesmo ano, em junho, participa, como Chefe
descobrindo por si mesmo maravilhosos elementos da do Estado Maior, da campanha contra os Matabeles, o que
natureza. considera ser “a maior aventura da sua vida”.
Posteriormente, com seu irmão, iniciou-se nas Após 21 anos de serviço nos Hussardos, foi
atividades marítimas, chegando a viajar num barco promovido ao posto de coronel, que lhe dá o comando do
montado com tonéis até a costa da Noruega. Pretendia 5º. Regimento de Dragões da Guarda, na Índia.
matricular-se na Universidade de Oxford, mas não Em 1899 foi novamente enviado à África do Sul,
conseguiu. Porém, a abertura de um concurso para onde sua maior glória foi a defesa de Mafeking, quando
aspirantes do Exército deu-lhe uma oportunidade e o disposto de 1.213 homens resistiu durante 217 dias ao
jovem B-P foi classificado em 2º. Lugar na Cavalaria, numa cerco feito por 6 mil Boers, até que recebesse reforços para
turma de 700 candidatos. Estava aberto o caminho para romper o sítio. Na falta de homens, B-P utilizou jovens em
sua vida de aventuras e glórias. funções como estafetas, sinaleiros, enfermeiros, etc. A
Como militar, em 1876, foi designado para servir forma positiva como os jovens responderam à confiança
em Bombaim no 13º Regimento de Hussardos (R.H.). depositada marcou B-P, que recolheu ali a semente que
Durante sua passagem pela Índia, B-P dedicou-se em cultivou durante sete anos em experiências cada vez
elevar a qualidade de vida dos soldados, proporcionando- melhores.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 11


Graças aos seus feitos na vida militar, agora como como seis fascículos, de janeiro a maio, vendidos em
general, Baden-Powell tornou-se herói em seu país. De bancas de jornais. Em maio do mesmo ano foi editado
volta a sua pátria, B-P encontrou meninos utilizando com livro, com ligeiras modificações.
em suas brincadeiras um livro que ele havia escrito para A recepção das ideias de B-P foi tanta que, em
militares –”Aids to Scouting”, que continha ensinamentos poucas semanas, centenas de patrulhas escoteiras
sobre como acampar e sobreviver em regiões selvagens. estavam formadas, praticando Escotismo. Rapidamente
Em 1907 assentou as bases do Escotismo. Daí em o Escotismo se espalhou por vários países do mundo.
diante constitui sua preocupação principal. Para dedicar- Chegou na América do Sul em 1908, no Chile, e no Brasil
lhe todo o tempo pede demissão do Exército em 1910, em 1910, no Rio de Janeiro.
percorre o mundo, visita a Ásia e a América, incentiva o Ainda em 1909, mais de 10 mil jovens realizaram
movimento e organiza associações. uma exibição de suas perícias escoteiras no famoso
Em 1912, B-P casa-se com Olave St.Clair Soames, que Palácio de Cristal, em Londres. Nem mesmo a chuva e
veio a tornar-se a grande incentivadora do escotismo para o frio, naquela manhã do dia 4 de setembro, puderam
moças. ofuscar o entusiasmo deles. Nessa reunião histórica, os
Durante a grande guerra provou o valor da rapazes formavam a maioria, mas pequenos grupos de
instituição que criara. E em 1919 instalou o 1º curso de moças também compareceram. Elas apelaram a B-P para
chefes no Campo-Escola de Gilwell Park, que é a fonte de que as inscrevessem como Girls Scouts (escoteiras), sob
toda a Formação de Chefes. fundamento de que tudo quando os rapazes haviam feito
Em atenção aos relevantes serviços prestados à elas também poderiam fazer. Já em novembro de 1909,
juventude mundial, com a criação do seu notável sistema B-P escrevia um artigo sobre o “Programa para as Guias”
de educação, na primeira concentração mundial escoteira, no Headquartes Gazette, publicação oficial do Escotismo.
realizada em 1920, em Olímpia (Londres), Baden-Powell O passo seguinte era encontrar uma chefe. Pediu a sua
foi aclamado “Chefe Escoteiro Mundial” pelos chefes irmã, Agnes que lhe ajudasse. Ela aceitou prazerosamente
escoteiros das nações que já tinham adotado o Escotismo e se constituiu na primeira presidente das Guias,
ali presentes. Foi mais uma expressão do caráter mundial permanecendo até 1920.
do Escotismo, sendo o título, entretanto, de caráter todo Temendo a degeneração das suas ideias, e
pessoal, extinguindo-se com a vida do grande educador. verificando a necessidade de integrar todos dentro de
Não sendo de família nobre, recebeu Baden- um movimento que crescia rapidamente, B-P passou a
Powell, por seus serviços à Nação, o título “Sir” e, em dedicar-se à organização do Movimento Escoteiro, que
1929, na maioridade do Escotismo, foi agraciado com o não era sua proposta original.
título de “Lord” por sua dedicação à causa da juventude, Desliga-se do Exército, em 1910, e ingressa no que
escolhendo “Gilwell” como complemento ao título de chamou de sua “segunda vida”, dedicada ao crescimento e
nobreza, se tornando Lord of Gilwell. Passou os últimos fortalecimento do Escotismo.
dias de sua vida na África, falecendo em 8 de janeiro Ainda em 1910 é criado o Escotismo do Mar, bem
de1941, em Nairobi, Quênia, ao pé do monte Kilimanjaro, como as “Girls Guides”, ou seja, as Guias Escoteiras. A partir
onde se acha sepultado. de 1912, B-P passa a viajar pelo mundo divulgando e
unindo o Escotismo, que se desenvolve agora como uma
“Fraternidade Mundial”.
HISTÓRIA DO ESCOTISMO Também em 1912 foi publicado o primeiro Manual
das Guias, “Como as Moças podem ajudar a construir o
Em agosto de 1907, na Ilha de Brownsea, no Império...”, escrito por Agnes Baden-Powell.
Canal da Mancha, Inglaterra, Baden-Powell realizou um Foi em 1916 que, a pedido das crianças menores que
acampamento com vinte jovens, de 12 a 16 anos de queriam fazer parte do Movimento Escoteiro, B-P cria o
idade, onde ensinou técnicas como primeiros socorros, Ramo Lobinho, baseado no Livro da Jângal, de Kypling,
observação, segurança, orientação, etc. Como símbolo do com auxilio de sua irmã, Agnes.
grupo levavam aqueles jovens uma bandeira verde com Em 1917 é constituído informalmente o primeiro
uma flor-de-lis amarela no centro. Conselho Internacional da Associação de Guias da
Entusiasmado com os bons resultados deste Inglaterra, e no seguinte é publicado o texto base do
acampamento, B-P começou a escrever o livro “Escotismo “Guidismo”, livro por B-P, especialmente para as guias.
para Rapazes”, que foi publicado em 1908, inicialmente

12 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


O Escotismo recebe de William F. de Bois Maclaren A última presença pública de B-P para os escoteiros
uma área de terra, na floresta de Epping, arredores de foi em 1937, no 5º Jamboree Mundial em Vogelezang,
Londres, onde se instala o Gilwell Park, onde B-P realiza, Holanda, depois que viajou para o Quênia, onde fixou
em 1919 o primeiro curso destinado aos Chefes Escoteiros, residência a partir de 1938 juntamente com Lady Olave. Foi
que passa a denominar-se Curso da Insígnia de Madeira, nesse lugar tranquilo, cercado por florestas e montanhas,
tornando o Gilwell Park o centro de formação de chefes que Baden-Powell morreu.
escoteiros. O Escotismo, desde sua formação em 1907, se
Em 1930, Lady Olave Baden-Powell é aclamada alastrou rapidamente em todo mundo. Hoje, o Escotismo
Chefe Guia Mundial, função que exerceu até 1976, quando mundial estima a participação de mais de 30 milhões de
veio a falecer. jovens.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 13


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO ESCOTEIRO E PROJETO EDUCATIVO

Duração 60 minutos

Proporcionar ao adulto do Movimento Escoteiro o conhecimento sobre os


Objetivos Gerais
Fundamentos e o Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

• Conhecer os fundamentos do Escotismo


Objetivos Específicos
• Conhecer o Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Definição
• Propósito
Conteúdo • Princípios
• Método Escoteiro
• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Uma (1) capa de CD;


• Quatro (4) quebra-cabeças confeccionados em cartolina colorida (quatro cores
diferentes) cada um dos jogos correspondendo respectivamente aos textos da definição,
Material
do propósito, dos princípios e do Método Escoteiro que constam no POR;
• Um (1) POR;
• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

25 Fundamentos: a base do Escotismo PL

15 Definição - Propósito – Princípios – Método Escoteiro TG

20 Definição - Propósito – Princípios – Método Escoteiro EG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo EG = Exposição por Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Fundamentos - A Base do Escotismo


Pegar casualmente antes de começar a falar, uma capa de CD e explicar que aquilo é um poliedro de seis faces, um
hexaedro de faces desiguais. Tentar apoiá-la numa superfície irregular, sobre cada uma das faces menores. Se ela se
desequilibra solte-a de vez para que caia com o maior ruído possível. Se equilibrar, mostrar que com um leve toque
ela se desequilibra e cai também (com um ruído enorme). Agora tente equilibrá-la sobre a face maior. Faça com que
os participantes notem que o objeto está estável e não cai. Parece um João Bobo, pois por mais que se levante uma
das faces ela volta para o mesmo lugar. Ela pode ser a base para montar muitas coisas em cima dela. Outros CDs
porque tem uma boa base.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 15


Escotismo, um Movimento fundado por B-P há mais de cem anos. Este Movimento sobrevive há tantos anos só porque tem
uma boa base. Vamos conhecer qual é a sua BASE, os alicerces, os FUNDAMENTOS DO ESCOTISMO.

Trabalho em Grupo (Jogo-Montagem de quebra-cabeças)


Os participantes, a inteiro critério de cada um, deverão formar quatro grupos com número de pessoas
aproximadamente iguais (isto quer dizer que nenhum grupo deverá ter mais ou menos que um elemento que
qualquer um das demais). Cada grupo receberá um quebra-cabeça que deverá montar.

Exposição por grupo


Cada grupo deverá dispor de cinco minutos para expor a sua interpretação do texto que está no quebra-cabeça
que montou: definição, propósito, princípios e Método Escoteiro. Todos poderão fazer perguntas e o formador deve
complementar ou corrigir alguma ideia quando necessário.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

POR – Princípios, Organização e Regras


Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

Última atualização: 22/08/2013

16 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO ESCOTEIRO E PROJETO EDUCATIVO

Os fundamentos são os elementos básicos do c) Dever para consigo mesmo - responsabilidade


Escotismo, decorrentes da proposta original de Baden- pelo seu próprio desenvolvimento.
Powell. Constitui-se de: definição do Movimento,
propósito, princípios e Método Escoteiro. Excetuando-
se a definição, que não tem precedência hierárquica, os MÉTODO
demais estão em ordem de prioridade.
O Método Escoteiro, com aplicação planejada
e sistematicamente avaliada nos diversos níveis do
DEFINIÇÃO Movimento, caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes
elementos:
O Escotismo é um movimento educacional de
jovens, com a colaboração de adultos, voluntário, sem a) Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira: todos os
vínculos político-partidários, que valoriza a participação membros assumem, voluntariamente, um compromisso
de pessoas de todas as origens sociais, raças e crenças, de vivência da Promessa e da Lei Escoteira.
de acordo com o propósito, os princípios e o Método
Escoteiro concebido pelo fundador, Baden-Powell. b) Aprender fazendo: educando pela ação, o Escotismo
valoriza:

PROPÓSITO • O aprendizado pela prática;


• O treinamento para a autonomia, baseado na
O propósito do Movimento Escoteiro é contribuir autoconfiança e iniciativa;
para que os jovens assumam seu próprio desenvolvimento, • Os hábitos de observação, indução e dedução.
especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas
plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas c) Vida em equipe, denominada nas Tropas “Sistema de
e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e Patrulhas”, incluindo:
úteis em suas comunidades, conforme definido no Projeto
Educativo dos Escoteiros do Brasil. • A descoberta e a aceitação progressiva de
responsabilidade;
PRINCÍPIOS • A disciplina assumida voluntariamente;
• A capacidade tanto para cooperar como para
Os princípios do Escotismo são definidos na liderar.
Promessa Escoteira, base moral que se ajusta ao grau de
maturidade do indivíduo: d) Atividades progressivas, atraentes e variadas,
compreendendo:
a) Dever para com Deus - adesão a princípios
espirituais e vivência ou busca da religião que os • Jogos;
expresse, respeitando as demais; • Habilidade e técnicas úteis, estimuladas por um
sistema de distintivos;
b) Dever para com o Próximo - lealdade ao • Vida ao ar livre e em contato com a natureza;
nosso País, em harmonia com a promoção da • Interação com a comunidade;
paz, compreensão e cooperação local, nacional e • Mística e ambiente fraterno.
internacional, exercitadas pela fraternidade escoteira.
Participação no desenvolvimento da sociedade com
reconhecimento e respeito à dignidade do homem e
ao equilíbrio da natureza;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 17


e) Desenvolvimento pessoal com orientação individual
considerando:

• A realidade e o ponto de vista dos jovens;


• A confiança nas potencialidades de cada jovem;
• O exemplo pessoal do adulto;
• Seções com número limitado de jovens e faixa
etária própria.

ANOTAÇÕES

18 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

LEGISLAÇÃO ESCOTEIRA BÁSICA

Duração 30 minutos

Conhecer a Legislação Escoteira Básica da União dos Escoteiros do Brasil e compreender


Objetivos Gerais
a sua aplicação.

Conhecer a existência e a importância das regras estabelecidas em cada um dos


Objetivos Específicos documentos da UEB: POR, Estatuto, Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, Diretrizes
Nacionais para Gestão de Adultos e Resoluções Nacionais

• POR;
• Estatuto da UEB;
• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos;
Conteúdo
• Resoluções nacionais;
• Regulamento Regional;
• Estatuto de grupo.

Quatro kits contendo:

• 1 Estatuto da UEB;
Material
• 1 POR - Princípios Organização e Regras;
• 1 Resolução nacional;
• 1 Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

5 Legislação Escoteira Básica PL

20 Legislação Escoteira Básica TG

5 Fechamento PL

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Introdução
O formador fará uma breve introdução explicando o conteúdo contido em cada um dos documentos apresentados.
Dividir os participantes em quatro grupos. Cada equipe receberá um kit contendo:

• Estatuto da UEB;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 19


• POR - Princípios Organização e Regras;
• Resoluções nacionais;
• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos;
• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

O formador pedirá aos grupos para que localizem nos documentos onde se encontra informações como, por
exemplo:

• Propósito e Princípio do Escotismo;


• Competências da assembleia de Grupo Escoteiro;
• Fluxo do sistema de formação da UEB;
• Regra que estabelece a nomeação de escotista e dirigente;
• Etc.

A cada item solicitado ao grupo, após alguns minutos, o formador mostra no documento a localização correta das
informações.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

POR
Estatuto da UEB
Projeto Educativo do Movimento Escoteiro
Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos
Resoluções Nacionais

Última atualização: 13/08/2013

20 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


LEGISLAÇÃO ESCOTEIRA BÁSICA

Os Escoteiros do Brasil têm suas atividades Estatuto da UEB


regulamentadas por um conjunto de documentos que Trata da estrutura e organização de seus órgãos e de quem
constituem a legislação própria da associação. os deve representar; define seu quadro social; traça regras
A prática do Escotismo, bem como a regulamentação gerais em relação a patrimônios, finanças e administração;
de seus diversos níveis, é condicionada ao respeito e regula o serviço escoteiro profissional e prevê disposições
aplicação àquele conjunto de normas. gerais e transitórias.
A União dos Escoteiros do Brasil é regida por
documentos. A seguir alguns deles: POR - Princípios, Organização & Regras
O POR é aprovado pelo Conselho de Administração
• Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil; Nacional e regula, de forma geral, a prática do Escotismo.
• POR – Princípios, Organização e Regras dos Este documento apresenta o regramento a cada um dos
Escoteiros do Brasil; ramos e das Unidades Escoteiras Locais.
• Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos;
• Resoluções Nacionais; Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos
• Regulamento Regional; É o documento oficial da UEB que normatiza e orienta
• Regulamento de Grupo/Estatuto de Grupo. a Política Nacional de Gestão de Adultos e seus três
processos: captação, formação e acompanhamento.

Resoluções nacionais
Muitos destes documentos encontram-se Apesar de já haver o Estatuto da UEB com normas gerais,
disponíveis para download gratuito no site muitas vezes, por força de previsão estatuária, fatos novos
dos Escoteiros do Brasil. ou casos omissos, que necessitem uma orientação mais
urgente, o Conselho de Administração Nacional (CAN) e a
Diretoria Executiva Nacional podem baixar resoluções que
Os documentos estão subordinados de forma venham a ser tanto transitórias como definitivas.
hierárquica, ou seja, o Estatuto da União dos Escoteiros do
Brasil é o de maior importância. Os demais documentos Uma resolução nacional pode anular uma resolução
visam regulamentar e complementar o Estatuto da União anterior ou fixar o fim da sua vigência. Entretanto, não
dos Escoteiros do Brasil nos demais níveis hierárquicos, pode ir contra o Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil.
observando-se que não conflitem com normas Para haver qualquer alteração do Estatuto, o mesmo deve
especificadas nos níveis superiores. ser aprovado pela Assembleia Nacional, especialmente
convocada para alteração do Estatuto.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 21


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

ESTRUTURA DA UEL, DISTRITO ESCOTEIRO, REGIÃO ESCOTEIRA E NÍVEL NACIONAL

Duração 30 minutos

Conhecer a estrutura de uma Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região


Objetivos Gerais
Escoteira e Nível Nacional.

Reconhecer a estrutura de uma Unidade Escoteira Local;


Reconhecer a estrutura de uma Região Escoteira;
Objetivos Específicos Conhecer a estrutura do nível nacional;
Compreender o que é um Distrito Escoteiro;
Conhecer as Seções do Grupo organizadas de acordo com as faixas etárias.

• Estrutura de uma Unidade Escoteira Local;


• Estrutura de uma Região Escoteira;
Conteúdo
• Distrito Escoteiro;
• Estrutura do nível nacional.

• 8 cartolinas ou papel cartaz;


• Pinceis atômicos;
Material • 4 jogos de tarjetas com competências das Regiões e da UEL – uma competência em
cada tarjeta;
• 4 exemplares do Estatuto da UEB.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

Explanação sobre a estrutura do nível nacional, da Região


5 Escoteira/Distrito Escoteiro, da UEL – Unidade Escoteira Local e PL
a existência das respectivas competências

Construção dos cartazes: competências da Região, da UEL e do


15 TG
Nível Nacional.

10 Leitura do Estatuto e correção dos cartazes TG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 23


DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação sobre a UEL – Região Escoteira/ Distrito Escoteiro e o nível Nacional e suas respectivas competências.

Divide-se os participantes em 4 grupos. Cada grupo receberá pinceis atômicos, 3 cartolinas/cartazes (uma escrita
Nível Nacional , Região Escoteira e outra Nível Local) e tarjetas com competências das diretorias do UEL’s , da Região
Escoteira e do Nível Nacional. Os membros de cada grupo deverão identificar se a competência descrita em cada
tarjeta pertence a diretoria do Nível Nacional da Região ou da UEL e inseri-la no cartaz correspondente de acordo
com o seu conhecimento.

Ao final entrega-se alguns exemplares de estatuto aos grupos e realiza-se a leitura em conjunto das competências e
a correção dos cartazes.

Exemplo das Competências:

NÍVEL NACIONAL

- executar, orientar e supervisionar a execução das atividades técnicas, administrativas e financeiras da UEB,
coordenando o Escritório Nacional, conforme definido pelo Conselho de Administração Nacional;
- apresentar balancetes mensais e balanço anual ao Conselho de Administração Nacional e à Comissão Fiscal
Nacional;
- aprovar delegados aos congressos, atividades e eventos nacionais e internacionais, para os quais a UEB tenha sido
informada após a reunião do Conselho de Administração Nacional, ouvindo as direções regionais, “ad referendum”
desse Conselho;

NÍVEL REGIONAL

- deliberar sobre as filiações, desligamentos, nomeações e exonerações dos Escotistas e demais membros do
Movimento Escoteiro no nível regional;
- determinar a intervenção, a suspensão e o fechamento nas Unidades Escoteiras Locais (Grupos Escoteiros e Seções
Escoteiras Autônomas), nos casos de falta de cumprimento de norma obrigatória, de ineficiência administrativa e/ou
financeira ou de circunstâncias graves que justifiquem a adoção da medida;
- designar comissões específicas para tratar de processos disciplinares, conforme normas pertinentes ao assunto,
caso não exista Comissão de Ética e Disciplina Regional.

DIRETORIAS DO UEL’s

- promover as facilidades necessárias para as reuniões e atividades do Grupo Escoteiro;


- registrar, tempestivamente, anualmente, o Grupo Escoteiro e todos os participantes juvenis e adultos do mesmo
perante a Região e a UEB, efetivando, inclusive, os registros complementares durante o ano;
- aprovar o calendário anual de atividades do Grupo, até 30 de novembro do ano anterior ao da vigência, fornecendo
cópia à Diretoria Regional.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Estatuto da UEB

Última atualização: 15/08/2013

24 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


ESTRUTURA DA UEL, DISTRITO ESCOTEIRO, REGIÃO ESCOTEIRA E NÍVEL NACIONAL

A. DO NÍVEL LOCAL SEÇÕES DO GRUPO ESCOTEIRO


Organizadas de acordo com as faixas etárias.
Na estrutura da União dos Escoteiros do Brasil, o
Grupo Escoteiro ou a Seção Escoteira Autônoma são as

territórios com um

Tenho um projeto
para a minha vida
próprios desafios
grupo de amigos
organizações locais destinadas a proporcionar a prática

Livro da Jângal

Explorar novos

Superar seus
SIMBÓLICO
do Escotismo aos jovens, devendo ser organizados e

MARCO
constituídos na forma do Estatuto da União dos Escoteiros
do Brasil, do Princípios, Organização e Regras (POR) e
demais normas pertinentes, editadas ou expedidas pelos
órgãos competentes. Um Grupo Escoteiro deverá ser
constituído dos seguintes órgãos:

jovem à sociedade
Integração do
EDUCATIVA

Socialização

Autonomia

Identidade
ÊNFASE

Tropa Escoteira

Tropa Sênior

Clã Pioneiro
SEÇÕES DE

Alcateia
GRUPO

e Guia
Assembleia de Grupo
Ramo Escoteiro
Ramo Lobinho

É o órgão deliberativo máximo do Grupo, composto pelos

Ramo Sênior

Pioneiro
três membros eleitos da diretoria, os pais ou responsáveis,
RAMO

os escotistas (chefes), Pioneiros (membros juvenis com


idade entre 18 e 21 anos) e representantes juvenis, caso
seja prevista no estatuto ou no regulamento do Grupo.

Diretoria do Grupo
FAIXA ETÁRIA

6,5 a 10 anos

Órgão executivo, eleito pela Assembleia de Grupo a cada


incompletos
11 a 14 anos

15 a 17 anos

18 a 21 anos

dois anos. É composto por, no mínimo, três membros


eleitos pela Assembleia de Grupo, sendo um deles Diretor
Presidente, que coordena, dirige e representa o Grupo.

Comissão Fiscal do Grupo


Órgão de fiscalização e orientação da gestão financeira e
patrimonial, composto por três membros titulares e três
Um Grupo Escoteiro completo é composto de pelo
suplentes eleitos pela Assembleia de grupo;
menos uma seção de cada Ramo (Lobinho, Escoteiro,
Sênior e Pioneiro), porém o Grupo pode ter mais de
uma seção do mesmo Ramo (Alcateia 1, Alcateia 2, Tropa
Escoteira 1, Tropa Escoteira 2, etc.).
A Seção Escoteira Autônoma terá sua composição e
funcionamento fixados por ato da Diretoria Regional.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 25


B. DO NÍVEL REGIONAL os membros da Diretoria Regional, por meio de votação
unitária.
A Região Escoteira é a organização, no nível regional, A Comissão Fiscal Regional se reunirá, no mínimo,
da União dos Escoteiros do Brasil. Ela abrange, em sua quadrimestralmente, para analisar e emitir relatório à
maioria, uma Unidade da Federação. É por meio da Direção Diretoria Regional referente aos balancetes mensais e
Regional que se desenvolve a abertura de Grupos e/ou um parecer quanto ao balanço anual a ser submetido à
Seção Autônoma, e que se pode obter informações sobre Assembleia Regional.
atividades escoteiras regionais, eventos para formação de
adultos e outros dados sobre o Movimento Escoteiro. Comissão de Ética e Disciplina
É o órgão responsável pela emissão de pareceres
em procedimentos disciplinares no âmbito regional,
apreciando infrações éticas e disciplinares de qualquer
participante que integre o nível regional. De caráter
opcional, é composta por três membros titulares e três
suplentes eleitos pela Assembleia Regional.

DISTRITOS ESCOTEIROS

O nível regional conta ainda, como órgão operacional de


apoio, com os Distritos Escoteiros, que tem atribuições
definidas pela Diretoria Regional, a quem compete
designar seus coordenadores.
As Regiões Escoteiras podem se dividir
geograficamente em estruturas menores, que são os
Distritos Escoteiros, com vistas a ampliar os trabalhos
da Diretoria em locais em que seus membros tenham
Assembleia Regional dificuldades de estarem presentes.
É o órgão máximo, representativo e normativo, no nível O coordenador do Distrito é nomeado pela
regional, composto de cinco membros eleitos da Diretoria Diretoria Regional para ser seu representante em casos
Regional, um representante da Diretoria de cada Grupo específicos e regulamentados, podendo inclusive emitir,
Escoteiro da Região, representante(s) do Grupo Escoteiro, com a aprovação da Diretoria Regional, certificados de
representante da Seção Escoteira Autônoma (caso exista) nomeação de diretores e coordenadores.
e os membros do Conselho de Administração Nacional
(CAN) residentes na Região.
C. DO NÍVEL NACIONAL
Diretoria Regional
A Diretoria Regional é o órgão executivo da Região, com O Nível Nacional da União dos Escoteiros do Brasil é
mandato de três anos. É composta por, no mínimo, cinco composto pelos seguintes órgãos:
membros, eleitos por chapa pela Assembleia Regional,
sendo um deles o Diretor Presidente, que coordena, dirige
e representa a Região.

Comissão Fiscal Regional


A Comissão Fiscal Regional é o órgão de fiscalização e
orientação da gestão patrimonial e financeira regional,
composta por três membros titulares, sendo um eleito
anualmente, por eles próprios, o presidente da Comissão,
e por até três suplentes, na ordem de votação, que
substituem os titulares nas suas faltas ou vacâncias, com
mandatos de três anos e eleitos simultaneamente com

26 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


Os órgãos que compõem o Nível Nacional são: Os Conselheiros não podem ser reeleitos, para
mandatos consecutivos
A Assembleia Nacional O Conselho de Administração Nacional deliberará
pela maioria simples de seus membros.
A Assembleia nacional é o órgão máximo,
representativo e normativo da UEB. Ela é composta por Diretoria Executiva Nacional
composta pelos membros do Conselho de Administração
Nacional, por um Diretor de cada Região Escoteira e um A Diretoria Executiva Nacional é o órgão executivo
representante para cada 1.000 membros (ou fração) constituído pelo Diretor Presidente e pelos dois Vice -
registrados em cada Região no ano da convocação. Presidentes da UEB
A Assembleia Nacional reúne-se e delibera, com Os membros da Diretoria Executiva Nacional podem
qualquer número de presentes, salvo em casos especiais, ser escolhidos pelo CAN dentre os seus membros.
por convocação do Conselho de Administração Nacional, Os Diretores Nacionais, quando integrantes
com antecedência mínima de sessenta dias: do Conselho de Administração Nacional, ficam
Ordinariamente, nos meses de março ou abril de automaticamente licenciados da função de Conselheiro
cada ano; extraordinariamente, em qualquer data, por Nacional, sendo substituídos pelos suplentes.
deliberação do Conselho de Administração Nacional,
ou por solicitação da Diretoria Executiva Nacional, da Conselho Consultivo
Comissão Fiscal Nacional, da Comissão de Ética e Disciplina
Nacional, de um terço das Diretorias Regionais, ou de um O Conselho Consultivo é formado pelos Diretores
quinto dos associados. Presidentes das Regiões ou seu representante indicado
pela Diretoria Regional, realizando pelo menos duas
O Conselho de Administração Nacional reuniões ao ano, sendo uma junto à Assembleia Nacional,
por convocação do Presidente da Diretora Executiva
O Conselho de Administração Nacional (CAN) Nacional, elegendo seu Coordenador dentre os Diretores
é o órgão diretivo nacional. Ele é composto por 14 Presidentes das Regiões como primeiro item da agenda.
conselheiros eleitos por 4 anos dentre os sócios da UEB
em pleno exercício de seus direitos como tal. A cada dois Comissão Fiscal Nacional
anos há uma renovação de metade dos seus membros
com direito a voto. A Comissão Fiscal Nacional é o órgão de fiscalização
Os membros do CAN elegerão a cada dois anos, em e orientação da gestão patrimonial e financeira nacional.
reunião junto à reunião ordinária da Assembleia Nacional, Ela é composta por três membros titulares, com mandato
seu Presidente e dois Vice-Presidentes, que coordenarão de 4 anos , sendo um eleito, por eles próprios, anualmente,
os trabalhos deste Conselho. seu Presidente, e por até três suplentes,com mandato
Os Conselheiros Nacionais têm como Suplentes, de dois anos, na ordem de votação, que substituem os
com mandato de dois ano, os candidatos seguintes, em titulares nas suas faltas ou vacâncias,.
ordem de votação, após o preenchimento das vagas para A Comissão Fiscal Nacional examinará os balancetes
os titulares. mensais e o balanço anual elaborados pelo Escritório
Também compõem o Conselho de Administração Nacional, emitindo parecer, mensal quanto aos balancetes
Nacional , sem direito a voto: ao Conselho de Administração Nacional, e anual quanto
ao balanço à ser submetido à Assembleia Nacional.
I – 2 (dois) representantes indicados pela Rede
Nacional de Jovens , com mandato por ela definido A Comissão de Ética e Disciplina Nacional

II – 5 (cinco) representantes das Áreas Geográficas A Comissão de Ética e Disciplina Nacional é o órgão
do País (Norte, Nordeste , Centro-Oeste, Sudeste e responsável pela instrução e emissão de pareceres em
Sul) indicados pelas Diretorias Regionais que as integram , procedimentos disciplinares em nível nacional. Ela é
com mandato por elas definidos. composta por três membros titulares, com mandato
de quatro anos, sendo um eleito, anualmente, por
eles próprios, seu presidente, e por três suplentes,

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 27


com mandato de dois anos, na ordem de votação, que
substituem os titulares nas suas faltas ou vacâncias. Para saber mais sobre a estrutura da União
A Comissão de Ética e Disciplina Nacional, apreciará dos Escoteiros do Brasil, consulte o documento
as infrações éticas e disciplinares cuja competência lhe for “Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil”.
atribuída pelo Conselho de Administração Nacional.

• Escritório Nacional

ANOTAÇÕES

28 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

PLANO DE LEITURA

Duração 15 minutos

Compreender a importância de conhecer os livros e documentos publicados pela UEB


Objetivos Gerais como fonte de auxílio no desenvolvimento das atividades dos escotistas e dirigentes
instituicionais.

Objetivos Específicos Conhecer os principais documentos e livros da UEB.

• Características essenciais do Movimento Escoteiro;


• Guia do Chefe Escoteiro;
• O Livro da Jângal;
• Lições da Escola da Vida;
• De Lobinho à Pioneiro;
Conteúdo
• Ficha técnica – Resolução de Conflitos;
• A educação pelo amor substituindo a educação pelo temor;
• Manual da Marca – Escoteiros do Brasil;
• Padrões de Atividades;
• Etc.

• Características essenciais do Movimento Escoteiro;


• Guia do Chefe Escoteiro;
• O Livro da Jângal;
• Lições da Escola da Vida;
• De Lobinho à Pioneiro;
Material
• Ficha técnica – Resolução de Conflitos;
• A educação pelo amor substituindo a educação pelo temor;
• Manual da Marca – Escoteiros do Brasil;
• Padrões de Atividades;
• Etc.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

Apresentação dos principais livros e documentos utilizados na


15 PL
UEB informando o conteúdo de cada um deles.

PL = Palestra

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 29


DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O formador deverá levar para o curso pelo menos um exemplar de cada livro e documentos para manuseio e
conhecimento dos participantes do curso.
Ao apresentar cada um dos documentos e livros, explicar o conteúdo e a importância de cada um eles.
Comunicar quais documentos/livros encontram-se disponíveis gratuitamente no site da UEB.
Fechar a unidade enfatizando a importância de ler e se manter atualizado sobre os documentos da instituição.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Estatuto da UEB
Princípios,Organização & Regras (POR);
Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos
Projeto Educativo do Movimento Escoteiro
Cartilhas de prevenção: bullyng, abuso sexual, drogas, etc
Outros

Última atualização: 20/08/2013

30 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


PLANO DE LEITURA

O processo de formação do adulto se estende Para auxiliar no dia a dia da administração das
durante toda a sua vida escoteira. Além da orientação Unidades Escoteiras Locais (UEL), a instituição oferece
recebida pelo seu Assessor Pessoal de Formação (APF) e diversos materiais como: Manual do SIGUE, Padrões de
a realização de cursos sequenciais, módulos e oficinas, Atividades, Façamos um Plano de Grupo, Ficha Técnica
a instituição oferta aos seus associados uma gama de – Direção de Reuniões, Representando o Movimento
literaturas que auxiliam na formação. Escoteiro, etc.
Por meio da leitura dos materiais disponíveis Além dos materiais mencionados acima,
promove-se o aprimoramento para uma atuação mais recomendamos a leitura e consulta de outros livros e
efetiva como escotista ou dirigente. documentos que contribuem no desenvolvimento do
Os documentos oficiais da instituição como: Estatuto trabalho dos escotistas e dirigentes. A maioria destes
da UEB, Princípios, Organização & Regras (POR), Diretrizes materiais encontra-se disponíveis para downloads no site
Nacionais para Gestão de Adultos, Planejamento Escoteiros do Brasil ou à venda na Loja Escoteira Nacional.
Estratégico, Projeto Educativo, entre outros, são leituras
importantes para compreender a instituição e sua • Características essenciais do Movimento Escoteiro;
legislação. • Guia do Chefe Escoteiro;
O Programa de Proteção Infantil da UEB compreende • O Livro da Jângal;
uma série de literaturas que orientam escotistas, dirigentes • Lições da Escola da Vida;
e pais sobre temas como: bullying, abuso sexual, drogas, • De Lobinho à Pioneiro;
etc. • Ficha técnica – Resolução de Conflitos;
Para a aplicação correta do programa educativo, a • A educação pelo amor substituindo a educação
UEB disponibiliza os manuais, guias e os livros de bolsos pelo temor;
dos ramos. A leitura destes materiais é imprescindível • Manual da Marca – Escoteiros do Brasil;
para qualquer escotista que deseje ter uma boa atuação e • Padrões de Atividades;
compreensão da proposta educativa no seu Ramo. • Etc.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 31


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

O ADULTO EDUCADOR

Duração 40 minutos

Objetivos Gerais Compreender a importância do adulto educador na formação do jovem.

Conhecer o perfil básico do adulto que a UEB busca;


Objetivos Específicos
Compreender o papel do adulto no processo educacional do Método Escoteiro.

• Autodesenvolvimento;
• Responsabilidade voluntária;
• Observação e reflexão constante;
Conteúdo
• Busca do aperfeiçoamento;
• Atitude construtiva;
• Perfil básico do adulto que necessitamos.

• Cabo para nós;


Material
• Cartolina e pincel atômico.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

5 Dinâmica de grupo - Nós DG

10 Perfil básico do adulto que necessitamos PL

Elaboração e apresentação do cartaz das características do


15 TG
escotista e dirigente institucional

Debate e unificação das características do escotista e dirigente


10 -
institucional e fechamento

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo DG = Dinâmica de Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Iniciar com uma dinâmica de grupo, onde será solicitado que alguém faça um determinado nó (este nó deverá ser
incomum, para que a minoria saiba fazer). O objetivo desta dinâmica é mostrar que, para ser um bom escotista
ou dirigente institucional não há a necessidade de se ter domínio sobre todas habilidades escoteiras. O trabalho
em equipe e a prontidão para aprender são características que colaboram para aperfeiçoar o perfil do escotista e
dirigente institucional.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 33


O formador fará uma breve explanação sobre o papel do escotista e do dirigente institucional. Depois, pedirá para
cada grupo elencar dez características desejáveis para um escotista e para um dirigente institucional e explanar suas
opiniões sobre as características apontadas.

Por fim, elaborar um cartaz com as dez características mais desejáveis na opinião geral e levar os cursantes a refletirem
que poucos possuem todas elas, mas que é possível desenvolver-se em sua direção.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos

Última atualização: 20/06/2013

34 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


O ADULTO EDUCADOR

Os Escoteiros do Brasil contam com a colaboração opção e representa para o jovem um exemplo vivo de
de adultos voluntários para atuar como dirigentes hábitos e atitudes que pretende desenvolver, pois sabe
institucionais e escotistas em suas estruturas. que mesmo que não o queira, sua postura influenciará
No processo de crescimento dos jovens, o adulto seus educandos.
educador se incorpora alegremente ao dinamismo juvenil,
dando testemunho dos valores do Movimento e ajudando OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO CONSTANTE
os jovens a descobrirem o que não poderiam descobrir
sozinhos. Este estilo permite estabelecer relações A postura de ser sempre um bom observador e
horizontais de cooperação para a aprendizagem, facilita investigar as causas dos fatos (desinteresse, evasão, a
o diálogo entre as gerações e demonstra que o poder e dinâmica interna das equipes, a liderança real, etc...), de
a autoridade podem ser exercidos a serviço da liberdade procurar descobrir se os resultados obtidos deixam a
daqueles a quem se educa, dirige ou governa. desejar e porque isso ocorre; o hábito de planejar, organizar
adequadamente, executar e analisar constantemente
AUTODESENVOLVIMENTO os resultados obtidos, buscando lições para o futuro, é
essencial para qualquer trabalho orientado. Vale a pena
Um bom escotista ou dirigente institucional deve também analisar como suas perguntas devem ser feitas
ter uma série de atitudes básicas que deve procurar para serem claras e possibilitar aos jovens uma reflexão
desenvolver, aproveitando ao máximo todas as lúcida.
oportunidades que lhe sejam oferecidas e buscando
sempre novas ocasiões de melhorar, num esforço BUSCA DO APERFEIÇOAMENTO
constante de aperfeiçoamento pessoal.
O escotista e o dirigente institucional devem estar O escotista e o dirigente institucional precisam ter
atentos aos aspectos que são apresentados a seguir, ciência que as deficiências de seus escoteiros, em sua
analisando de quando em quando, os progressos obtidos maioria, podem ser superadas com o trabalho do próprio
e as dificuldades encontradas, certo de que os membros escotista e/ou dirigente institucional, por isso, será preciso
juvenis de uma seção só crescem na medida de que seus que realize uma constante autoanálise e um esforço
escotistas também crescem. planejado para melhorar. Neste aperfeiçoamento, as
leituras são importantes e será útil desenvolver o hábito de
RESPONSABILIDADE VOLUNTÁRIA destinar um horário para ler, para refletir sobre o próprio
trabalho e planejar maneiras de melhorá-lo. Bons filmes, o
Esta atitude depende da compreensão dos amplos diálogo e o debate com pessoas esclarecidas favorecem
objetivos da educação e da importância da obra o senso crítico e contribuem para o crescimento e a
educativa para o desenvolvimento individual, o progresso sensibilidade.
da comunidade local e do próprio país e a compreensão A busca pelo aperfeiçoamento não deve ser somente
da fraternidade escoteira mundial. para tornar-se um bom escotista ou dirigente institucional,
O escotista e o dirigente institucional sabem que, mas também em sua área profissional, familiar, etc. Assim,
mesmo sendo voluntários, tem sérias responsabilidades habilidades úteis para a vida devem ser desenvolvidas a
para com a sociedade, pais ou responsáveis e pelas exemplo da observação, eficientes relações humanas e
crianças e jovens do Movimento. O escotista e o dirigente liderança.
institucional responsáveis planejam o trabalho para
aproveitar ao máximo o tempo disponível com os jovens, OBJETIVIDADE E EMPATIA
estudando os objetivos que tem em vista e a melhor
maneira de atingi-los de acordo com o propósito do Esta postura exige preocupação constante com
Escotismo. Toma decisões esclarecidas, de preferência as causas dos fatos e a compreensão de que a atuação
em equipe, em cada fase do trabalho, analisando as eficaz precisa atingir essas causas. Inclui também a análise
vantagens e desvantagens, risco e viabilidade de cada

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 35


dos acontecimentos do ponto de vista das pessoas nele equilíbrio, terá as condições básicas para ser um bom
envolvidas - num Grupo Escoteiro, geralmente os adultos, escotista ou dirigente institucional.
os escoteiros e os pais – como base para qualquer decisão. Mas ressaltamos que os pré-requisitos são a
Tal atitude é indispensável no planejamento, disposição para o autoaperfeiçoamento, pois com a prática
educação e apreciação do trabalho do escotista, o qual supervisionada no ambiente que atua, as demais atitudes
deve considerar as condições existentes, as limitações serão, progressivamente, trabalhadas e incorporadas no
do tempo disponível, os interesses e necessidades dos dia-a-dia do trabalho.
jovens e meios mais adequados para que o propósito do
Escotismo seja alcançado. PERFIL BÁSICO DO ADULTO QUE NECESSITAMOS

OTIMISMO, ATITUDE CONSTRUTIVA O perfil esperado do adulto que adere à UEB como
escotista e/ou dirigente institucional,e que corresponde
O adulto educador aceita que sempre há a às expectativas da entidade é aquele que cuja pessoa seja
possibilidade de melhorar o jovem-educando e que capaz de:
um esforço bem produzido nunca se perde. Enfatiza
os aspectos positivos de cada jovem, fortalecendo a a) Contribuir para o propósito do Movimento
autoimagem, mas não deixa de conversar de forma Escoteiro, com observância dos princípios e
particular, quando identifica eventuais erros. aplicação do Método Escoteiro no desenvolvimento
O otimismo concorre para o bom humor, leva a olhar das atividades em que estiver envolvido;
o lado positivo dos acontecimentos, a procurar ver em
cada situação a maneira de resolvê-la e melhorá-la, a não b) Relacionar-se consigo mesmo, com o mundo,
se deixar vencer pelo desânimo e a não se limitar a crítica com a sociedade e com Deus, constituindo-se em
estéril. um testemunho do Projeto Educativo do Movimento
Escoteiro, com particular ênfase à sua retidão de
ATITUDE ADEQUADA COM CADA JOVEM-EDUCANDO caráter, maturidade emocional, integração social e
capacidade de trabalhar em equipe;
Uma atitude adequada envolve respeito e interesse
pela criança, pré-adolescentes e adolescentes a seus c) Assumir e enfrentar as tarefas próprias do seu
cuidados, por seus acertos e erros e pelos problemas que processo de desenvolvimento pessoal, no que se
os afligem. Também envolve a compreensão de que eles refere às suas próprias responsabilidades educativas,
não estão ali “para serem construídos”, pois cada um já tem ou em função da necessidade de apoiar quem está
a sua história pessoal, seus conhecimentos e habilidades e diretamente envolvido com tais responsabilidades;
uma vida fora da seção. Por outro lado ainda precisam de
orientação e estímulo para caminhar na direção de tornar- d) Manifestar uma atitude intelectual
se o protagonista do processo de auto desenvolvimento. suficientemente aberta para compreender o
Terá de mostrar confiança em dar a cada criança ou alcance fundamental das tarefas que se propõe a
ao jovem, tarefas de responsabilidades crescentes que desenvolver;
exigirão iniciativa e criatividade.
A atitude será, pois, de supervisão esclarecida, e) Desenvolver competências e qualificações
evitando sempre o interesse puramente sentimental pela necessárias e compatíveis com a função que se
criança ou jovem e impedindo a manipulação de poder propõe a exercer, ou se já existentes, colocá-las em
para prestígio do adulto. prática;
O adulto deverá reconhecer em que patamar está
o desenvolvimento de cada jovem educando, conhecer f ) Comprometer-se com o aprimoramento
quem ele é, quais são os seus interesses e sonhos, para contínuo dos conhecimentos, habilidades e atitudes
poder ajudá-lo a dar novos passos. necessárias ao desempenho de suas funções na UEB;
Se você desenvolver essas atitudes e tiver, realmente,
interesse em educar, capacidade de estabelecer boas g) Demonstrar apoio e adesão às normas da UEB,
relações, esforço por uma clara comunicação, criatividade aceitando-as e incorporando-as à sua conduta.
e bom senso nas decisões e busca do seu próprio

36 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 37


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

PAPEL DO ESCOTISTA E DO DIRIGENTE INSTITUCIONAL

Duração 40 minutos

Objetivos Gerais Compreender o papel dos escotistas e dos dirigentes institucionais.

Conhecer a definição de escotista;


Conhecer a definição de dirigente institucional;
Objetivos Específicos
Identificar as diferenças entre o escotista e o dirigente institucional;
Identificar o que há de semelhança entre o escotista e o dirigente institucional.

Conteúdo Definição, diferenças e semelhanças entre escotista e dirigente institucional.

Material Tarjetas com aspectos do papel do escotista e outros para dirigente.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

Definição, diferenças e semelhanças entre escotista e dirigente


15 TG
institucional

Apresentação da definição, diferenças e semelhanças entre


15 PL
escotista e dirigente institucional

10 Fechamento da unidade -

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Os participantes serão divididos em quatro grupos. Cada grupo recebrá uma parte das tarjetas que trazem aspectos
do papel do escotista ou do papel do dirigente e deverá organizá-las em dois painéis.

No final, o formador explica as definições.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Diretrizes Nacional para Gestão de Adultos


POR

Última atualização: 25/07/2013

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 39


O PAPEL DO ESCOTISTA E DO DIRIGENTE INSTITUCIONAL

ESCOTISTAS DIRIGENTE INSTITUCIONAL

São os adultos responsáveis pelo desenvolvimento Dirigentes institucionais são os adultos responsáveis
e pela aplicação do programa educativo aos membros pela condução da instituição em todos os seus níveis
juvenis; ou seja, os Chefes de Seção e os Assistentes (nacional, regional ou local) exercendo funções de
da Seção. Eles são designados para suas funções pela membros das diretorias ou de comissões fiscais e de ética.
Diretoria do Grupo. Cada escotista é acompanhado por Eles são nomeados pela respectiva diretoria ou eleitos
um Assessor Pessoal de Formação (APF) e formaliza um para seus cargos ou funções pelas assembleias dos níveis
Acordo de Trabalho Voluntário com o diretor presidente correspondentes. Cada dirigente é acompanhado por um
do Grupo Escoteiro. APF e formaliza um Acordo de Trabalho Voluntário com a
diretoria do órgão que atuará.
O PAPEL DO ESCOTISTA
O PAPEL DO DIRIGENTE INSTITUCIONAL
A atuação do escotista poderá ser em um dos quatro
ramos existentes no Grupo Escoteiro: Lobinho, Escoteiro, Cabem ao dirigente institucional as funções de
Sênior ou Pioneiro. É importante que o escotista se apoio logístico, administrativo e financeiro às atividades
identifique com o ramo de atuação. desenvolvidas no Grupo Escoteiro e em outras instâncias
Para desempenhar bem o seu papel de escotista é da UEB. Não participam diretamente das atividades das
necessário que se tenha a correta compreensão do Método seções, porém são fundamentais para que elas aconteçam.
Escoteiro e do Programa Educativo do seu respectivo Todo dirigente deve saber que ainda que de
ramo de atuação. O escotista deve estar familiarizado com forma indireta, ele contribuirá para a formação do
as novas ferramentas ofertadas pela instituição para o membro juvenil, e seu exemplo pessoal será notado e
desempenho da sua função. provavelmente adotado pelos jovens.
Todo escotista deve saber a importância do seu
papel de educador e do seu exemplo pessoal, como sendo
ponto essencial do Método Escoteiro.
É necessário que o escotista seja um grande
motivador no processo de desenvolvimento do jovem.
Auxiliando-o no acolhimento, nas etapas de progressão,
incentivando as conquistas de especialidades, propondo
atividades atrativas, orientando individualmente a cada
jovem e estreitando a relação entre a família e o Grupo
Escoteiro.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 41


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

SISTEMA DE FORMAÇÃO DE ADULTOS

Duração 30 minutos

Objetivos Gerais Compreender o Sistema de Formação de Adultos da UEB.

Conhecer as linhas de formação;


Diferenciar nível de formação e etapas de cada nível;
Objetivos Específicos
Compreender os pré-requisitos, as tarefas prévias e a prática supervisionada dos níveis
básico e avançado;

• Linhas de formação;
• Nível de formação;
• Etapas de cada nível;
Conteúdo
• Pré-requisitos para participação nos cursos;
• Tarefas prévias dos cursos;
• Prática supervisionada dos níveis Básico e Avançado.

Material Quebra cabeça do gráfico do Sistema de Formação de Adultos dos Escoteiros do Brasil.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

Introdução: a importância da formação dos adultos que atuam


5 PL
nos Escoteiros do Brasil

15 Montagem de quebra-cabeça TG

10 Fechamento DD

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo DD = Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Os participantes serão divididos em três equipes que receberão quebra-cabeças com o esquema do Sistema de
Formação dos Escoteiros do Brasil e os montarão com o auxílio da apostila.”

Após analisarem o esquema, o formador conduzirá o fechamento do tema e o esclarecimento de dúvidas.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 43


BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos - 2009

Última atualização: 30/08/2013

44 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


SISTEMA DE FORMAÇÃO DE ADULTOS

A seguir, temos um gráfico que demonstra o Sistema de Formação e o processo de acompanhamento no Sistema
de Formação dos Adultos:

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 45


CAPTAÇÃO NOMEAÇÃO

A captação é um processo sistemático de busca Assinado o Acordo de Trabalho Voluntário, a


e seleção de adultos. Compreende desde a etapa de autoridade competente, de acordo com as normas
detecção das necessidades até o momento em que as internas da associação, procede à nomeação da pessoa no
pessoas selecionadas, uma vez comprometidas, nomeadas cargo, entregando o respectivo certificado de nomeação.
ou eleitas, iniciam seu desempenho e ascendem ao Com o propósito de que as funções sejam
sistema de formação. desempenhadas com a devida dedicação, é recomendável
Esse processo é composto pelas seguintes etapas: que a pessoa seja nomeada apenas para um cargo,
especialmente se for recém-captada, uma vez que ainda
• Levantamento de necessidades; deve adquirir a experiência e exercitar as habilidades
• Captação e seleção; exigidas para a função.
• Integração. Acordo de Trabalho Voluntário, nomeação,
promessa e solicitação de registro institucional ocorrerão
normalmente em um só momento, o que deveria
FORMAÇÃO ser devidamente destacado com alguma solenidade
significativa, breve e simples. É conveniente que a
A formação é um processo permanente e contínuo, comunidade na qual o adulto irá trabalhar seja testemunha
que, por meio de um sistema personalizado e flexível, presente do compromisso que está sendo assumido.
oferece ao adulto a oportunidade de: A emissão dos certificados de nomeação de Chefe
de Seção será feita pela Diretoria Regional, mediante
• Receber informações gerais sobre o Movimento indicação efetuada pela diretoria da Unidade Escoteira
Escoteiro e específicas sobre as tarefas e funções que irá Local (UEL). Esta emissão de certificado de nomeação
desempenhar; pode ser delegada para a coordenação do Distrito,
• Aprender a desenvolver conhecimentos, habilidades e conforme decisão da respectiva Diretoria Regional.
atitudes necessárias para o desempenho bem sucedido Os dirigentes eleitos na Unidade Escoteira Local
da tarefa ou função; como membros da Diretoria ou Comissão Fiscal
• Desenvolver-se e crescer como pessoa e como líder. receberão respectivo Certificado de Eleição, com validade
para o período do mandato, expedido pela Diretoria
O Processo de Formação é composto por duas linhas: Regional a partir do recebimento da Ata da Assembleia
correspondente.
• Linha de escotistas; Os dirigentes nomeados como membros da Diretoria
• Linha de dirigente institucional. de UEL receberão Certificado de Nomeação expedido
pela Diretoria Regional, a partir do recebimento da Ata da
Cada linha de formação compreende três níveis: Reunião da Diretoria da UEL.

• Nível Preliminar; ACORDO DE TRABALHO VOLUNTÁRIO


• Nível Básico;
• Nível Avançado. No Acordo de Trabalho Voluntário serão definidos
os termos, as condições e as obrigações recíprocas que
Cada nível de formação compreende as etapas: disciplinarão o relacionamento entre o adulto e o órgão
ao qual está se vinculando, representado pelo Diretor
• Nível Preliminar: tarefas prévias e curso; Presidente, para a prestação do trabalho voluntário,
• Nível Básico: tarefas prévias, curso e prática assumindo um compromisso formal das partes de fazerem
supervisionada; o melhor possível para cumprir o compromisso.
• Nível Avançado: tarefas prévias, curso e prática Este trabalho é regido de acordo com a Lei Federal
supervisionada. Nº 9.608 de 18 de fevereiro de 1998; a qual se caracteriza
uma atividade não remunerada, que não gera vínculo
empregatício nem funcional ou quaisquer obrigações
trabalhistas, previdenciárias e afins.

46 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


PROMESSA
Para saber mais sobre Acordo de Trabalho
Voluntário, consulte o documento Diretrizes Os adultos do Movimento Escoteiro, na cerimônia
Nacionais de Gestão de Adultos. de Promessa ou na posse de um cargo, prestarão a
Promessa Escoteira da REGRA 004 do documento POR
acrescentando ao final: “e servir à União dos Escoteiros do
Brasil”.
PLANO PESSOAL DE FORMAÇÃO
“Prometo pela minha honra fazer o melhor possível
O Plano Pessoal é um instrumento no qual cada para:
adulto ordena e registra em conjunto com o seu Assessor Cumprir meus deveres para com Deus e minha
Pessoal de Formação as ações de formação que realizará Pátria;
durante um período determinado. Nele também são Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião;
registradas as atividades efetivamente realizadas, Obedecer à Lei Escoteira
permitindo observar o grau de evolução. e servir à União dos Escoteiros do Brasil”

Todo adulto que venha a desempenhar cargo ou


Para saber mais sobre Plano Pessoal de função, como escotista ou dirigente institucional, tem o
Formação, consulte o documento Manual do direito e o dever de se aperfeiçoar ao máximo possível
Assessor Pessoal de Formação. para melhor desempenhar as suas responsabilidades no
Escotismo.
A UEB oferece cursos e eventos para atender a essa
necessidade de formação dos adultos que dela participam,
REGISTRO E CONTRIBUIÇÃO ANUAL conforme sua política de gestão de adultos.
O processo de formação dos adultos compreende
A prática do Escotismo no Brasil só é permitida aos todo o ciclo de vida do adulto no Movimento Escoteiro,
inscritos e registrados anualmente na UEB. Anualmente por meio de uma formação personalizada e contínua,
a Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção estimulando a autoaprendizagem e o desenvolvimento de
Escoteira Autônoma) deve renovar o seu reconhecimento competências em três áreas: conhecimento e como aplicá-
ante a UEB, com a efetivação do seu registro e o pagamento lo na solução de problemas; habilidades desenvolvidas
da contribuição anual de todos os seus integrantes. por meio da experiência real; e valores e atitudes.
A não observância destas condições implica a
suspensão automática do reconhecimento e dos direitos
da Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção
Escoteira Autônoma), podendo ser declarada extinta,
com o cancelamento do seu reconhecimento, após um
período de doze meses.
É considerada falta grave, passível de punição
disciplinar dos adultos, dirigentes e escotistas, que
promoverem atividades escoteiras sem que a Unidade
Escoteira Local esteja registrada no ano em curso e/ou
permitir a participação de membro juvenil e/ou adulto
sem a efetivação do seu registro e pagamento da sua
contribuição anual.
Portanto, antes do membro adulto começar suas
tarefas, ele deverá ser reconhecido oficialmente como
associado da União dos Escoteiros do Brasil. O mesmo
deverá ocorrer com o membro jovem.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 47


Nível Preliminar Nível Básico Nível Avançado

DIRIGENTE Tarefas prévias Tarefas prévias


INSTITUCIONAL Curso Curso
Prática supervisionada Prática supervisionada
Tarefas prévias
Curso
Tarefa prévia Tarefa prévia
ESCOTISTA Curso Curso
Prática supervisionada Prática supervisionada

Tarefas Prévias são ações que o adulto deverá desempenho, aproveitamento e recomendações feitas
executar antes da sua participação no curso do seu pela equipe do curso. O participante deverá discutir com
respectivo nível de formação. Essa etapa prepara o adulto seu assessor a avaliação recebida.
sobre os assuntos a serem abordados durante o curso Após a conclusão das etapas de cada nível, será
possibilitando o acompanhamento e seu aproveitamento. expedido pela Região Escoteira que o adulto pertence, um
O curso é desenvolvido em um ambiente de vivência certificado de conclusão de nível, assinado pela Diretoria
grupal, sendo trabalhado com os adultos conceitos, Regional.
conhecimentos, habilidades básicas e métodos de
autoaprendizado próprios à função que desempenha. NÍVEL PRELIMINAR
A prática supervisionada é uma ferramenta de apoio,
orientação e validação do processo de aprendizagem. • Tarefas prévias
Está estreitamente vinculada ao processo de Os adultos deverão realizar as tarefas programadas
acompanhamento, e em muitos casos é o mesmo processo. em parceria com o seu Assessor Pessoal de Formação. Se
Deve ser realizada no desempenho do cargo para o qual o esta etapa for bem desenvolvida, o adulto terá um melhor
adulto foi eleito ou designado e é acompanhada pelo seu aproveitamento do curso.
Assessor Pessoal de Formação.
Este acompanhamento envolve diversas ações • Requisitos para participar do curso
(observações, sugestões, recomendações, avaliações, Ter 18 anos completos, estar em dia com suas
etc.) acordadas entre o Assessor Pessoal de Formação e o obrigações administrativas e financeiras e aprovação de
adulto a quem assessora. seu Assessor Pessoal de formação.

Após a conclusão e aprovação no Curso Preliminar,


Para saber mais sobre prática supervisionada, você receberá um certificado expedido pela Região
consulte o documento Manual do Assessor Escoteira de conclusão do Nível Preliminar. Após
Pessoal de Formação. a conclusão desse nível, você está apto para dar
continuidade na sua formação no Nível Básico.

Aos participantes dos cursos Preliminar, Básico


e Avançado será expedido pela Região Escoteira que NÍVEL BÁSICO E NÍVEL AVANÇADO
promoveu o curso, um certificado de participação no
curso ou um comunicado de aproveitamento de curso • Tarefas prévias
onde constará de forma resumida o conteúdo e a carga Os adultos deverão realizar as tarefas programadas
horária do curso. em parceria com o seu Assessor Pessoal de Formação de
O comunicado de aproveitamento do curso acordo com o nível de formação correspondente;
será enviado pela Região Escoteira que promoveu o
curso, assinado pelo diretor do curso, relatando seu

48 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


• Requisitos para participar do curso A Região Escoteira certificará os participantes dos
Curso Básico: ter realizado a Promessa Escoteira, módulos e oficinas por meio de certificados para fins de
ter concluído o Nível Preliminar, estar em dia com seu comprovação.
registro na UEB, obrigações administrativas e financeiras e A participação em módulos e oficinas ocorre durante
aprovação de seu Assessor Pessoal de Formação. todo o período de participação do adulto no Movimento
Curso Avançado: ter realizado a Promessa Escoteira, Escoteiro.
ter concluído o Nível Básico, estar em dia com seu registro
na UEB, obrigações administrativas e financeiras e
aprovação de seu Assessor Pessoal de Formação. Para saber mais sobre módulos e oficina
de aperfeiçoamento contínuo, consulte o
• Prática supervisionada documento Diretrizes Nacionais de Gestão de
Após o envio do relatório do Assessor Pessoal de Adultos, capítulo Estratégias de Formação.
Formação, relatando o término e aprovação da prática
supervisionada, o adulto receberá um certificado de
conclusão de nível expedido pela Região Escoteira. ACOMPANHAMENTO

O acompanhamento é um processo contínuo e


MÓDULOS E OFICINA DE APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO personalizado para apoiar os adultos no cumprimento
de suas funções, permitindo-os avaliar seu desempenho,
O processo de Aperfeiçoamento Contínuo, voltado reconhecer suas conquistas e determinar as decisões para
para o aprofundamento e desenvolvimento permanente o futuro na organização.
de habilidades gerais e específicas, oferece ao adulto a O processo de acompanhamento é composto de
possibilidade contínua de aperfeiçoar suas competências três etapas: apoio na tarefa, avaliação de desempenho e
empregando como estratégia a autoaprendizagem. As decisões para o futuro.
atividades formativas correspondentes a essa etapa do Usufrua da experiência e conhecimento do seu
sistema de formação são os módulos, oficinas e seminários APF para lhe auxiliar no seu aprendizado. Ele é ponto
oferecidos pelos Escoteiros do Brasil, além de cursos fundamental no seu processo formativo.
extraescotismo e demais iniciativas de formação. Essas
atividades normalmente são de escolha do participante,
que elegerá em negociação com o seu APF, conforme seu Para saber mais sobre acompanhamento,
Plano Pessoal de Formação. consulte o documento Diretrizes Nacionais de
O módulo é um aperfeiçoamento em um Gestão de Adultos, capítulo Os processos da Gestão
determinado assunto com o apoio de um especialista. A de Adultos dos Escoteiros do Brasil.
oficina apesar de também produzir conhecimento como
o módulo, seu formato se remete a um grupo de estudo
dirigido sobre um determinado assunto.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 49


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

O PAPEL DO ASSESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO (APF)

Duração 20 minutos

Objetivos Gerais Conhecer e compreender o papel do Assessor Pessoal de Formação (APF).

Compreender o papel do APF no sistema de formação do adulto voluntário;


Objetivos Específicos
Conhecer como o APF apoiará no desempenho das tarefas do assessorado.

Conteúdo Assessor Pessoal de Formação (APF).

- Alguns exemplares do Manual do APF;


Material - Projetor;
- Computador.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

Papel do APF e formas de que como ele apoiará o assessorado


15 PL
no desempenho das tarefas do seu assessorado

5 Apresentação de um Plano Pessoal de Formação PL

PL = Palestra

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O formador faz uma explanação sobre o papel do APF e das formas como o APF apoiará o seu assessorado no
desempenho das tarefas do seu assessorado.
Apresentará um Plano Pessoal de Formação.
Mostrar o Manual do Assessor Pessoal de Formação e informar aos participantes do curso que este material encontra-
se disponível para downloads/ Gestão de Adultos no site dos Escoteiros do Brasil.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Manual do Assessor Pessoal de Formação


Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos

Última atualização: 22/08/2013

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 51


O PAPEL DO ASSESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO (APF)

O papel do Assessor Pessoal de Formação é contribuir DEFINIÇÃO DO ASSESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO


de forma significativa para a formação de adultos que
atuem como dirigente e/ou escotista nos Escoteiros do O Assessor Pessoal de Formação (APF) é o adulto
Brasil. designado para acompanhar, orientar e apoiar o adulto
O Assessor Pessoal de Formação deve assumir como (escotista ou dirigente) em seu processo de formação. A
meta que o seu assessorado complete o nível de formação relação do APF com o adulto voluntário é um processo
adequado ao pleno desempenho da função que exerce educacional planejado. Envolve a orientação para a prática
ou do cargo que ocupa. O trabalho de acompanhamento de atividades específicas, com o objetivo de estimular
realizado pelo Assessor Pessoal de Formação consiste em: a pessoa a se motivar para desenvolver habilidades e
competências, para continuamente aperfeiçoar seu
a. Avaliar a experiência e o grau de capacitação que desempenho, aumentar sua autoconfiança e contribuir
o adulto captado já possui e no que pode contribuir com a proposta do Movimento Escoteiro.
para o desempenho das funções que se propõe O APF é designado pela diretoria do órgão que
a exercer ou do cargo que se dispõe a ocupar, desenvolveu o processo de captação onde o adulto
homologadas logo após as funções; captado irá atuar. É fundamental que a escolha do APF
seja em comum acordo entre o escotista/dirigente e o
b. Supervisionar a participação do adulto captado no diretor do órgão que irá atuar.
processo de formação;

c. Orientar a participação do adulto captado em PERFIL DO ASSESSOR PESSOAL DE FORMAÇÃO


iniciativas de formação para complementar a
capacitação requerida para a adequação do seu O perfil do APF é essencial para uma atuação bem-
perfil àquele previsto; sucedida. No desempenho de sua função, é preciso haver:

d. Realizar ações de supervisão e acompanhamento a. Comprometimento: uma pessoa que está


durante o desempenho do adulto no exercício comprometida em fazer com que seu assessorado
normal de suas atribuições; absorva a mesma paixão que norteia sua própria
atuação como voluntário em prol da proposta do
e. Realizar ações para que seu assessorado adquira Movimento Escoteiro;
a formação para o pleno cumprimento das tarefas
inerentes ao seu cargo ou função; b. Confiança: alguém com quem o assessorado
possa absolutamente contar. O assessor pratica o
f. Homologar os resultados alcançados pelo seu que diz e o assessorado pode confiar nele para falar
assessorado, informando à Diretoria Regional ou a verdade;
à Diretoria Executiva Nacional, conforme o caso,
quando o assessorado completar cada nível de c. Congruência: o assessor ideal vive
formação, com vistas à emissão do certificado; verdadeiramente seus valores. Suas ações estão
com exceção do Nível Preliminar, pois como neste alinhadas com aquilo que diz ser importante para
nível não existe a Prática Supervisionada, quando ele;
o Escotista ou Dirigente é aprovado no Curso
Preliminar, automaticamente ele o conclui. d. Estar aberto para sugestões de mudança: o
assessor deve ser uma pessoa totalmente aberta a
g. Incentivar o assessorado a prosseguir em sua novas ideias e ao feedback dos voluntários adultos
formação. que assessora. Como as condições alteram-se
constantemente, o adulto voluntário pode criar a
maneira melhor (para ele próprio) de executar a
tarefa. O APF deve saber escutar e estar aberto para

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 53


que o adulto voluntário garanta sua motivação ao a. Atuar na mesma estrutura em que o adulto
executar uma tarefa da maneira que ache melhor. captado irá atuar, ou tão próximo quanto possível a
Na maioria das vezes isso também leva a resultados ela; idealmente deve ser o adulto a quem o captado
melhores; irá se reportar;

e. Generosidade: a generosidade aplicada pelo b. Ter maior conhecimento e vivência do Movimento


APF, tanto para aos outros quanto a ele mesmo, é Escoteiro, na mesma linha em que o adulto captado
fundamental na relação assessor e assessorado; irá atuar;

f. Entusiasmo: o Assessor Pessoal de Formação deve c. Possuir nível cultural compatível com o do adulto
entusiasmar as pessoas ao seu redor, motivando a quem assessora;
sempre o voluntário adulto no alcance dos seus
objetivos. d. Ter maior experiência de vida e maturidade;
e. Possuir Nível Básico de Formação na linha em que
O APF auxilia outro adulto a realizar a sua tarefa com irá atuar como Assessor Pessoal de Formação;
maior efetividade com prazer e satisfação pessoal. Ele é
importante para o Sistema de Formação, pois discute f. Buscar a atualização permanente da sua própria
e aprova o cumprimento das tarefas prévias e porque, formação.
portanto, atesta que o adulto está preparado para
participar de um curso; além disso, supervisiona a prática Um APF precisa acreditar nos princípios do
para que o assessorado complete seu nível de formação. Escotismo, compreender o Sistema de Formação e ter a
Além de corresponder ao perfil desejado pelos habilidade de orientar e apoiar outros adultos. Precisa
Escoteiros do Brasil para todos os dirigentes e escotistas, também ser um bom ouvinte, ser bem organizado e capaz
o APF deve atender idealmente aos seguintes requisitos: de dar um retorno construtivo. Os adultos que estão
sendo assessorados precisam sentir-se confortáveis e ser
capazes de aprender com o APF.

APOIO NO DESEMPENHO DA TAREFA

TAREFA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA TAREFA

• Diagnóstico que o adulto faz da orientação e do apoio


recebido;
a) Apoiar o adulto e supervisionar sua participação.
• Importância do seu desempenho na atividade de
formação e das contribuições realizadas.

• Importância da informação e das conclusões


b) Avaliar no adulto suas experiências e formação obtidas em sua tarefa de avaliação e homologação da
pessoal anteriores relativas a função e homologar as experiência e da formação pessoal anteriores do adulto
habilidades adquiridas por ele anteriormente para a a que assessora;
função. • Diagnóstico que o adulto a quem assessora faz de seu
desempenho como avaliador.

• Ajuste das retificações e dos reforços que este


considere conveniente introduzir em tal plano durante
c) Colaborar na elaboração do Plano Pessoal de
seu processo de formação;
Formação (PPF), chegando a um acordo sobre os cursos
• Qualidade e importância do Plano Pessoal de Formação
de formação, módulos, seminários e oficinas de que
de acordo com o adulto a quem assessora;
este deve participar.
• Regularidade e qualidade da participação do adulto a
quem assessora nos cursos e nos eventos.

54 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


d) Identificar com o assessorado outras necessidades • Regularidade e importância das ações de continuidade,
de qualificação do adulto a quem assessora e realizar as ajuste do Plano Pessoal de Formação e apoio realizados;
ações que julgue convenientes para que este adquira a • Diagnóstico que o adulto a quem assessora faz da
habilidade para a função e a formação pessoal prevista influência de seu Assessor Pessoal de Formação em seu
no perfil que corresponde ao cargo que exerce. progresso na formação.

e) Homologar os resultados alcançados pelo seu


• Qualidade dos relatórios emitidos para a aprovação do
assessorado, informando a Diretoria Regional ou a
nível;
Diretoria Executiva Nacional, conforme o caso, quando
• Progresso no Plano Pessoal de Formação do adulto a
o assessorado completar cada nível de formação, com
quem assessora.
vistas à emissão do certificado.

É importante salientar que o adulto precisa querer 3. Informar sobre a Unidade Escoteira Local, sua
aprender, que somente aprenderá quando sentir essa história, os recursos e equipamentos disponíveis;
necessidade. 4. Indicar bibliografia e fontes de referência sobre
Ajudar um novo dirigente ou escotista significa, Escotismo.
entre outras ações:
O Assessor Pessoal de Formação deve dialogar com o
1. Contribuir para a compreensão sobre os termos assessorado sobre sua experiência em outras organizações
utilizados no Escotismo, tal como o esquema de e na vida profissional. Com isso, o APF poderá reconhecer
etapas progressivas, fundamentos do Movimento competências que o assessorado possui e auxiliá-lo no
Escoteiro e Sistema de Formação; planejamento da sua formação, por meio do Plano Pessoal
2. Explicar a estrutura dos Escoteiros do Brasil nos de Formação.
seus diferentes níveis, assim como a função dos
órgãos existentes;

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 55


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO JOVEM

Duração 40 minutos

Conhecer as diferentes fases do desenvolvimento das crianças e jovens atendidas pelo


Objetivos Gerais
Movimento Escoteiro.

Identificar a ênfase educativa de cada ramo;


Listar as características do desenvolvimento evolutivo humano, desde a infância
Objetivos Específicos
intermediária até a juventude.
Reconhecer que existe relação entre as ênfases e as etapas do desenvolvimento.

• Ênfase dos ramos;


Conteúdo • Desenvolvimento evolutivo;
• Características das faixas-etárias (da infância intermediária à juventude).

• Barbante;
• Equipamento audiovisual;
Material
• Tarjetas com informações sobre características do desenvolvimento evolutivo;
• Fitas adesivas.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

25 Desenvolvimento evolutivo da criança e do jovem TG

15 Desenvolvimento evolutivo da criança e do jovem AE

AE = Aula Expositiva TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Desenvolvimento da criança e do jovem - trabalho em grupo


Os cursantes serão divididos em três equipes, as quais receberão uma folha de cartolina contendo uma coluna
com idades em uma margem (idades de 7 a 21) e na outra margem os ramos. Conforme imagem da figura do
desenvolvimento evolutivo.

Espalhados pela sala ou no campo, existirão papéis (três cópias) contendo informações sobre os períodos (Infância
média, Infância tardia, pré-puberdade, puberdade, primeira adolescência e juventude / Infância intermediária, pré-
adolescência e adolescência). Então as equipes colocarão estes papeis na fase de desenvolvimento adequada.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 57


Desenvolvimento da criança e do jovem - conclusão
Considerando as conclusões dos cursantes durante o desenvolvimento da técnica de grupo, o formador explica as
características de cada faixa-etária, fazendo associação ao respectivo ramo e tira as dúvidas remanescentes.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Programa de Jovens: objetivos finais e intermediários


Livro: de Lobinho a Pioneiro

Última atualização: 21/06/2013

58 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO JOVEM

CARACTERÍSTICAS DAS FAIXAS ETÁRIAS:


REGRA 053
Definidas as áreas de atuação, levaram-se em ÊNFASE EDUCATIVA DO RAMO LOBINHO
consideração as características gerais do desenvolvimento
evolutivo da criança e do jovem, onde ratificou-se a divisão I. Especialmente concebido para atender às
das faixas etárias entre os quatros ramos do Movimento necessidades de desenvolvimento de crianças de
Escoteiro, sendo: ambos os sexos, na faixa etária compreendida entre 6
anos e meio e 10 anos, o Programa Educativo aplicado
ao Ramo Lobinho concentra sua ênfase educativa no
processo de socialização da criança.

II. O marco simbólico que é oferecido aos meninos


e meninas do Ramo Lobinho está associado à obra
do escritor Rudyard Kipling, “O Livro da Jângal”, em
especial as aventuras de Mowgli, O Menino-lobo.

III. A organização e o Programa Educativo para o Ramo


Lobinho encontram-se neste POR, no Manual do
Escotista – Ramo Lobinho, nos Guias do Caminho da
Jângal e em outras publicações oficiais dos Escoteiros
do Brasil que tratem do assunto.

PRÉ-ADOLESCÊNCIA
INFÂNCIA INTERMEDIÁRIA
A pré-adolescência é o período que abrange a
A infância Intermediária é o período de infância e a juventude. É uma fase de transição que
desenvolvimento compreendido entre os 7 e os 10/11 na prática se situa entre os 10/11 anos e os 14/15
anos de idade, aproximadamente. Os aspectos mais anos. É a idade da pré-puberdade e da puberdade,
relevantes neste período são o abrandamento do caracterizando-se pelo desequilíbrio equebra da
crescimento corporal, a abertura do crescimento da harmonia alcançada anteriormente, em decorrência
criança para o mundo exterior, a intensa atividade do grande desenvolvimento físico, que vai muito além
de recreação e socialização que a criança realiza em do mero crescimento, traduzindo-se em verdadeiras
companhia de seus colegas, a aparição do pensamento transformações de natureza qualitativa, e da maturação
concreto em substituição ao pensamento mágico e o física dos órgãos sexuais e do aparelho reprodutor.
início do processo de autonomia da criança em relação Psicologicamente, é o momento de dúvidas e de
aos seus pais e ao seu lar. solidões, mas, também, de maior capacidade de análise
A escola e os colegasocupam grande parte da e de pensamento, de sensações, de emoções e de
vida da criança e suas maiores expressões são o grande experiências novas, tanto no plano dos afetos como das
ânimo para o esforço físico e a tendência aos jogos relações com os amigos e com o outro sexo.
coletivos regulamentados, resultando em um sentido de
identidade.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 59


no modo de fazê-lo. Dá o melhor de si para se inserir no
REGRA 66 mundo, que reconhece como sendo seu, embora faça
ÊNFASE EDUCATIVA DO RAMO ESCOTEIRO desse mundo um alvo de suas continuas críticas.

I. Especialmente concebido para atender às


necessidades de desenvolvimento de adolescentes
de ambos os sexos na faixa etária compreendida REGRA 084
entre 11 e 14 anos, o Programa Educativo aplicado ao ÊNFASE EDUCATIVA DO RAMO SÊNIOR
Ramo Escoteiro concentra sua ênfase educativa no
processo de criação e ampliação da autonomia. I. Especialmente concebido para atender às
necessidades de desenvolvimento de jovens de
II. O Programa Educativo é fundamentado na vida ambos os sexos na faixa etária compreendida entre
em equipe e no encontro com a natureza, sem se 15 e 17 anos, o Programa Educativo aplicado ao Ramo
descuidar de outros aspectos relacionados com o Sênior concentra sua ênfase educativa no processo
desenvolvimento integral da personalidade. O marco de autoconhecimento, aceitação e aprimoramento
simbólico proposto aos jovens do Ramo Escoteiro é das características pessoais, auxiliando o jovem na
representado por meio da expressão “explorar novos formação de sua identidade e a superar os principais
territórios com um grupo de amigos”. desafios com que se depara nessa etapa da vida.

III. A organização e o Programa Educativo do Ramo II. O marco simbólico proposto aos jovens do Ramo
Escoteiro encontram-se neste POR, no Manual do Sênior é representado por meio da expressão “superar
Escotista - Ramo Escoteiro, nos guias da aventura seus próprios desafios!”.
escoteira e em outras publicações oficiais dos
Escoteiros do Brasil que tratem do assunto. III. A organização e o Programa Educativo do Ramo
Sênior encontram-se neste POR, no Manual do
Escotista - Ramo Sênior, no Guia do Desafio Sênior
e em outras publicações oficiais dos Escoteiros do
ADOLESCÊNCIA Brasil que tratem do assunto.

A adolescência compreende o período da vida


do jovem que vai dos 14/15 aos 20/21 anos. O período
é marcado por um processo de maturação biológica
que transcende a área psicossocial durante o qual se REGRA 102
constroem e se aperfeiçoam a personalidade e o sentido ÊNFASE EDUCATIVA DO RAMO PIONEIRO
de identidade. Nesta faixa etária, o adolescente alcança
definitivamente a maturidade psíquica, enquanto vai I. Especialmente concebido para atender às
construindo um mundo pessoal de valores e tem opiniões necessidades de desenvolvimento de jovens-adultos,
tolerantes sobre colegas adultos. O desenvolvimento de ambos os sexos, na faixa etária compreendida
da autonomia atinge o seu apogeu. Amplia-se, entre 18 e 21 anos, o Programa Educativo aplicado
consideravelmente, a consciência moral e o jovem passa ao Ramo Pioneiro concentra sua ênfase educativa
a dar explicações mais profundas a cerca de fatos e no processo de integração do jovem à sociedade,
situações com que se defronta. No plano afetivo é visível privilegiando a expressão da cidadania, auxiliando o
a integração que faz entre amor e sexo, enquanto supera jovem a colocar em prática os valores da Promessa e
seus estados de instabilidade emocional, alcançando da Lei Escoteiras no mundo mais amplo em que passa
maior identificação consigo mesmo. O pensamento a viver.
alcança um alto nível de abstração e o jovem pode fazer
análises, desenvolver teorias e levantar hipóteses. Já II. O marco simbólico proposto para os jovens do
pode se expressar por meio de sua própria criação. No Ramo Pioneiro é representado pela expressão “tenho
plano social o adolescente busca seu lugar no mundo dos um projeto para minha vida”.
adultos, ao qual deseja se incorporar, embora inseguro

60 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


IV. A organização e o Programa Educativo do Ramo
Pioneiro encontram-se neste POR, no Manual do
Escotista - Ramo Pioneiro, no Guia do Projeto Pioneiro
e em outras publicações oficiais dos Escoteiros do
Brasil que tratem do assunto.

ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 61


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

VISÃO GERAL DO PROGRAMA EDUCATIVO

Duração 60 minutos

Objetivos Gerais Proporcionar uma visão geral sobre o Programa Educativo dos Escoteiros do Brasil.

• Reconhecer o Programa Educativo como parte de um Sistema, que atende ao propósito,


princípios e Método Escoteiro;
• Perceber que o Programa é adaptado a cada etapa de desenvolvimento da criança/
jovem;
Objetivos Específicos
• Reconhecer que o Programa contribui para o desenvolvimento integral da criança/
jovem;
• Reconhecer que as atividades oferecidas pelo Programa auxiliam as crianças/jovens na
conquistas de competências.

• As áreas de desenvolvimento;
• Marco simbólico dos ramos;
Conteúdo • Etapas de progressão;
• Integração;
• Promessa.

• Escotistas em Ação dos Ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro;


Material • Manual do Escotista dos Ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro;
• Painel com Sistema de Progressão de cada ramo.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

20 Apresentação sobre a Visão Geral do Programa Educativo PL

35 Sistema de Progressão dos Ramos TG

5 Tira dúvidas final e conclusão PL

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 63


DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Apresentação sobre a visão geral do Programa Educativo – 20´


Por meio de palestra e utilizando recursos audiovisuais, o formador deverá apresentar as principais características do
Programa Educativo, tais como:

- Sua relação com o Método Escoteiro;


- As áreas de desenvolvimento;
- A importância da realização de atividades educativas.

Como é apenas uma visão geral, o formador não deve se aprofundar nos temas, mas sim apresentar resumidamente
cada uma destas importantes características.

Sistema de Progressão dos Ramos – 35´


Os participantes deverão ser divididos em quatro grupos. Cada grupo receberá um conjunto de “plaquinhas”
contendo os distintivos de um ramo específico (Promessa, distintivos de progressão, cordões, distintivo especial,
etc.), que deverá ser montado em formato de fluxograma (conforme apresentado no livro Escotistas em Ação de
cada ramo). Neste momento, o formador deve circular pelo grupos sanando eventuais dúvidas.

Fica aberto aos cursantes para utilizarem as literaturas, caso queiram.

Após montado, cada grupo deverá apresentar o funcionamento do Sistema de Progressão, contando com o formador
para fazer as orientações necessárias.

Tira dúvidas final e conclusão – 5´


Ao final da UD, o formador fica a disposição para sanar dúvidas e informa que esta unidade é aprofundada no Nível
Básico de Formação.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Escotistas em Ação – Ramo Lobinho


Escotistas em Ação – Ramo Escoteiro
Escotistas em Ação – Ramo Sênior
Escotistas em Ação – Ramo Pioneiro
Manual do Escotista do Ramo Lobinho
Manual do Escotista do Ramo Escoteiro
Manual do Escotista do Ramo Sênior
Manual do Escotista do Ramo Pioneiro

Última atualização: 21/06/2013

64 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


VISÃO GERAL DO PROGRAMA EDUCATIVO

O PROGRAMA EDUCATIVO É PARTE DE UM SISTEMA • Um Sistema de Progressão Pessoal apoiado por um


conjunto de distintivos e insígnias.
O Programa Educativo é um dos elementos de um
sistema, ou seja, não pode ser analisado fora do conjunto O Método Escoteiro define como o Programa
– propósito, princípios e Método Escoteiro – e pode ser Educativo é oferecido aos membros juvenis, de maneira
visto como o “combustível” para fazer esta “máquina” que contribua para alcançar o Propósito do Movimento.
funcionar. Basicamente ele diz que tudo aquilo que é feito pelos
Dentro deste contexto podemos resumir alguns jovens, e que deve ser considerado.
conceitos, para melhor entendimento:
• Todos os que participam compartilham de um
• O propósito define o nosso objetivo, o que mesmo código de valores (Lei e Promessa Escoteira);
queremos atingir com nosso trabalho; • Valoriza-se a ação e o aprender fazendo;
• Valoriza-se a vida em equipe e a divisão de tarefas;
• Os princípios definem nossa base moral, os valores • As atividades devem ser interessantes para os
que defendemos; jovens e de complexidade progressiva;
• Ocorre a intervenção educativa do adulto
• O Programa Educativo atrai os jovens e desenvolve afetivamente vinculado aos jovens.
atividades interessantes, diferentes, variadas;

• O Método Escoteiro é a forma como o Programa é O MÉTODO ESCOTEIRO NÃO MUDA, MAS O PROGRAMA
aplicado, ou seja, a forma como fazemos as coisas. EDUCATIVO É CONSTANTEMENTE ATUALIZADO

Nessa relação direta entre Programa e Método, é É perceptível que, para que possa permanecer
importante ressaltar que em torno desse tema reúnem- interessante e atraente aos membros juvenis, os conteúdos
se vários conteúdos complementares, e é este conjunto e materiais que compõem o Programa Educativo são
que forma o Programa Educativo. De maneira sintética, periodicamente revisados e atualizados, acompanhando
podemos dizer que este Programa é um conjunto formado os interesses dos jovens de cada época e de cada lugar,
por: assim como adequar-se aos interesses da sociedade em
que está presente.
• Atividades atraentes, progressivas e variadas – Esta é a razão pela qual os escoteiros de diferentes
com ênfase na vida ao ar livre, com acampamentos, épocas ou de diferentes ambientes fazem coisas diferentes,
excursões, reuniões de sede, jogos, histórias, canções desenvolvendo, entretanto, o mesmo Escotismo.
e danças, fogos de conselho e cerimônias;

• Um marco simbólico que atenda ao interesse O PROGRAMA É ADAPTADO A CADA ETAPA DE


educativo de cada etapa de desenvolvimento, bem DESENVOLVIMENTO
como o interesse específico dos jovens daquela faixa
etária; No Escotismo os jovens são agrupados por faixas
etárias que compreendam etapas de desenvolvimento
• Conhecimentos e habilidades – com ênfase nas do ser humano. Desta forma, oferecemos um Programa
técnicas necessárias para desenvolver as atividades Educativo de qualidade, adequado a cada faixa etária,
ao ar livre, as especialidades, o serviço comunitário permitindo que seja oferecido um Programa Educativo
e a boa ação; adequado e que o Método Escoteiro seja contemplado.
Assim, temos o escotismo dividido em quatro ramos:
• Uma Fraternidade Mundial com um compromisso
de valores para construir um mundo melhor e
símbolos de identificação;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 65


• Lobinho: para meninos e meninas de 6,5 anos a 10 O PROGRAMA SE APOIA EM UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA
anos de idade. PROGRESSÃO PARA CADA RAMO
• Escoteiro: para rapazes e moças de 11 a 14 anos
de idade. Como parte do Programa Educativo, o Escotismo
• Sênior: para rapazes e moças de 15 a 17 anos de utiliza um Sistema de Avaliação da Progressão Pessoal, que
idade. visa oferecer ao jovem e ao escotista alguns indicadores
• Pioneiro: para rapazes e moças de 18 a 21 anos de para avaliar o crescimento pessoal de cada jovem. Esses
idade incompletos. indicadores revelam não só o impacto das atividades
escoteiras nos jovens, mas também pontos fortes e fracos
de cada um, o que permite uma intervenção educativa
O PROGRAMA DEVE CONTRIBUIR NO DESENVOLVIMENTO mais direta e eficiente por parte dos Escotistas.
INTEGRAL Para efetivar o acompanhamento, foram
desenvolvidos indicadores que servirão de base para a
Como estamos falando de um movimento educativo, avaliação dos jovens.
que tem como propósito contribuir com a formação A divisão dos períodos e fases considera a
integral dos jovens, entendemos que o processo de maturidade apresentada pelos jovens em determinadas
desenvolvimento pessoal deve considerar o ser humano idades, mas embora o critério de idade seja baseado no
em sua totalidade, ou seja, o desenvolvimento em seis que se observa na maioria dos jovens, deveremos estar
áreas: físico, intelectual, social, afetivo, espiritual e do atentos para o fato de que as pessoas são diferentes,
caráter. com diferentes histórias e possibilidades, razão pela qual
deveremos, principalmente, avaliar como poderemos
ajudar os jovens a crescer.

O SISTEMA LEVA EM CONTA OS OBJETIVOS EDUCATIVOS DO


MOVIMENTO ESCOTEIRO

Para efeitos de avaliação do processo educativo


do Escotismo, todo o sistema foi baseado na malha de
objetivos educativos do Movimento Escoteiro.
A malha de objetivos foi formulada a partir de uma
descrição do que chamamos de perfil de saída, ou seja, da
descrição de como gostaríamos que fossem as condutas
de alguém que, depois de viver um bom período como
“escoteiro”, deixasse o Movimento ao contemplar os 21
anos de idade. A estas condutas, que estão dentro das
seis áreas de desenvolvimento, chamamos de OBJETIVOS
FINAIS ou OBJETIVOS TERMINAIS.
Para que alguém alcance esses objetivos finais deve-
Se por um lado as atividades escoteiras devem se, em cada período e fase de desenvolvimento, adquirir
oferecer experiências educativas que auxiliem no as condutas que levem em direção a estes.
desenvolvimento do jovem em todas essas áreas, por A estas condutas damos o nome de OBJETIVOS
outro um sistema de avaliação nessa progressão deve ter INTERMEDIÁRIOS ou OBJETIVOS EDUCATIVOS. São as
indicadores que incentivem os jovens a crescer nas seis condutas que esperamos que cada pessoa demonstre, em
áreas de desenvolvimento e que nos ajudem a fazer uma cada estágio de desenvolvimento, pois caracterizam as
avaliação de como isso está acontecendo. condutas apropriadas para aquele período ou fase, e são
característica da maioria das pessoas.

66 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


PARA AVALIAÇÃO DOS JOVENS OS OBJETIVOS FORAM PARA AJUDAR OS JOVENS A CONQUISTAR ESSAS
TRANSFORMADOS EM COMPETÊNCIAS. COMPETÊNCIAS, SÃO OFERECIDAS ATIVIDADES.

Por competência define-se a união de conhecimento, Para que os jovens caminhem facilmente em direção
habilidade e atitude em relação a algum tema específico. a essas competências, e para que os escotistas tenham
O aspecto educativo da competência é que ela reúne não parâmetros na avaliação do que os jovens conquistam,
só o saber algo (conhecimento), mas também o saber para cada uma dessas competências foi criado um
fazer (habilidade) para aplicação do conhecimento e, mais conjunto de atividades. Esses conjuntos de atividades são
ainda, saber ser (atitude) em relação ao que sabe e faz, ou os indicadores de aquisição das competências.
seja, uma conduta que revela a incorporação de valores. Assim, continuando no exemplo do Ramo Escoteiro,
No caso do Ramo Escoteiro, por exemplo, foram no guia das etapas pistas e trilhas constam 36 conjuntos
estabelecidas 36 competências para as etapas de pistas e de atividades, cada uma com uma quantidade de itens
trilha outras 36 competências para as etapas de rumo e que devem ser oferecidos aos jovens que estão neste
travessia. período. no guia das etapas rumo e travessia constam
outros 36 conjuntos de atividades, um pouco mais
complexas, já que são destinadas aos jovens em uma fase
de desenvolvimento mais adiantada.
Abaixo segue o exemplo de uma competência e
conjunto de atividades do Ramo Escoteiro:

COMPETÊNCIA

ATIVIDADES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 67


ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE PROGRESSÃO Ramo Lobinho

Período introdutório • Para passar da Etapa de Pata Tenra para Etapa de


Independente da origem, se o jovem veio de fora do Saltador - realizar 50 % do 1º Livro do Caminho da
Movimento ou do ramo anterior (se for o caso), todos Jângal;
ingressam em um período introdutório, que terá a duração
média de três meses. Para considerarmos concluído o • Para passar da Etapa de Saltador para Etapa de
período introdutório, o jovem deverá passar por um Rastreador - realizar 100 % do 1º Livro do Caminho
conjunto de itens que validarão sua integração na Tropa; da Jângal;

Cerimônia de Integração e Promessa • Para passar da Etapa de Rastreador para Etapa de


Ao final do período introdutório, o jovem passará pela Caçador - realizar 50% do 2º Livro do Caminho da
Cerimônia de Integração, na qual receberá o lenço do Jângal;
Grupo Escoteiro e o seu primeiro distintivo de progressão.
Neste momento o jovem também poderá fazer sua • Uma vez na Etapa Caçador e realizadas todas as
Cerimônia de Promessa, recebendo seu distintivo de atividades previstas, o Lobinho poderá conquistar o
Promessa. Caso isso não aconteça, por decisão do Distintivo de Cruzeiro do Sul, desde que atendidas
jovem, os escotistas deverão atuar para que ele faça sua às demais condições, estipuladas no POR (Princípios,
Promessa em período futuro, que recomenda-se que não Organizações e Regras da UEB).
seja superior a dois meses;

Acesso linear ou direto Ramo Escoteiro


Para decidir-se qual etapa de progressão o jovem recebe
após os itens do período introdutório, existem duas • Para passar da Etapa de Pistas para Etapa de Trilha
formas, sendo que caberá ao Grupo Escoteiro decidir qual - realizar metade das atividades do 1º Guia da
delas adotará: Aventura Escoteira;

a. ACESSO LINEAR - nesta opção, independente • Para passar da Etapa de Trilha para Etapa do Rumo
da fase de desenvolvimento e maturidade, todos - realizar a totalidade das atividades do 1º Guia da
os jovens ingressarão sempre na primeira etapa Aventura Escoteira
de progressão, e avançarão na progressão pela
conquista das atividades previstas em cada etapa. • Para passar da Etapa do Rumo para Etapa da
Travessia - realizar metade das atividades propostas
b. ACESSO DIRETO - ao aproximar-se do final do no 2º Guia da Aventura Escoteira.
período introdutório o escotista que acompanhará a
progressão do jovem conversará com ele, avaliando • Uma vez na Etapa de Travessia e realizadas todas as
em que fase de desenvolvimento ele está e quais atividades previstas, o Escoteiro poderá conquistar
as competências que ele já possui. Neste caso, em o Distintivo de Liz de Ouro, desde que atendidas às
acordo entre o escotista e o jovem, ele ingressará na demais condições, estipuladas no POR (Princípios,
etapa de progressão correspondente. Organizações e Regras da UEB).

Progressão
Para efeitos de progressão, deve ser levada em Ramo Sênior
consideração a realização das atividades propostas para
cada ramo: • Para passar da Etapa Escalada para a Etapa
Conquista - realizar 1/3 atividades propostas;

• Para passar da Etapa Conquista para Etapa Azimute


- realizar 2/3 da totalidade das atividades propostas;

68 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


• Uma vez na Etapa Azimute e realizadas todas as Tampouco se espera que todos façam exatamente
atividades previstas, o jovem poderá conquistar as mesmas atividades. Há a opção de substituição de
o Distintivo de Escoteiro da Pátria, desde que itens por quaisquer outros que julgarmos interessantes,
atendidas às demais condições, estipuladas no POR considerando a realidade de cada jovem. Montar um blog
(Princípios, Organizações e Regras da UEB). pode ser muito fácil para um deles, enquanto para outro
exigirá um esforço de disciplina tremendo. Este aspecto
permite que jovens com alguma deficiência desfrutem de
Ramo Pioneiro todo o potencial que o Movimento Escoteiro lhes possa
oferecer.
• Para passar da Etapa Comprometimento para Especialidades
Etapa de Cidadania: ter realizado 50% das atividades Depois da cerimônia de integração o jovem pode começar
propostas no Guia do Projeto Pioneiro, participar a conquistar especialidades. No Ramo Pioneiro não são
como colaborador de um projeto e elaborar seu oferecidas especialidades.
Plano de Desenvolvimento Pessoal (Projeto de Vida).
Insígnias de interesse especial
• Para passar da Etapa Cidadania para a Insígnia de Depois da cerimônia de integração o jovem pode começar
B-P: ter realizado 100% das atividades do Guia do a conquistar as Insígnias de Interesse Especial. São elas:
Projeto Pioneiro, elaborar e executar projeto de Cone Sul, Envolvimento na Comunidade, Insígnia Mundial
relevância e revisar o Plano de Desenvolvimento do Meio Ambiente (IMMA) e Lusofonia.
Pessoal.
Insígnias da modalidade
A conquista da insígnia de sua respectiva modalidade
Em nenhum momento espera-se que um adulto é requisito para conquista do distintivo de Lis de Ouro
impeça a progressão de um jovem pela falta de uma ou e Escoteiro da Pátria. São elas: Aviador, Grumete e
duas atividades. Oferecemos experiências e avaliamos Explorador para o Ramo Escoteiro; Aeronauta, Naval e
– em conjunto com o jovem – o desenvolvimento Mateiro para o Ramo Sênior.
demonstrado.
Também não se deve entender que apenas a Distintivos especiais
realização de um conjunto de atividades referente Ao cumprir os requisitos definidos, o jovem poderá
uma competência garante sua conquista. É missão dos conquistar os distintivos especiais do seu Ramo.
escotistas, mais do que verificar se uma atividade foi feita
ou não, avaliar se o jovem está se aproximando do definido
na competência e motivar os jovens nesta direção.
Se o jovem, no momento de avaliação de sua
progressão não se sentir seguro acerca da aquisição de um
conhecimento, habilidade ou atitude, deve ser estimulado
a realizar outras atividades que o levem neste caminho.
O contrário também vale: um jovem que já demonstre
uma competência pode ser “liberado” de determinada
atividade que julgue inócua ou entediante, desde que
acordado com o escotista.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 69


SISTEMA DE PROGRESSÃO DO RAMO LOBINHO Crédito: Região Escoteira de São Paulo
(ACESSOS LINEAR E DIRETO)

Caminho do
Integrar

Distintivos de Insígnias de
Especialidades
Progressão Interesse
Acesso linear

e/ou
Acesso direto

e/ou

e/ou

• Tenha conquistado todas as atividades previstas no 2o Guia do Caminho da Jângal;


• Tenha participado de, no mínimo, de três acampamentos ou acantonamentos;
• Tenha conquistado, no mínimo, cinco especialidades de três ramos de conhecimentos diferentes;
Cruzeiro
• Tenha conquistado uma das quatro Insígnias de Interesse Especial do Ramo Lobinho: Insígnia Mundial
do Sul
Escoteira de Meio Ambiente, ou a Insígnia da Lusofonia, Insígnia Boa Ação ou Insígnia do Cone Sul.
• Ser recomendado pelos Velhos Lobos e pela Roca de Conselho por ser um Lobinho dedicado, frequente
às atividades da Alcateia e cumpridor da Lei e Promessa do Lobinho.

70 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


SISTEMA DE PROGRESSÃO DO RAMO ESCOTEIRO Crédito: Região Escoteira de São Paulo
(ACESSOS LINEAR E DIRETO)

Período
Introdutório

Distintivos de Insígnias de Insígnias de


Especialidades Cordões de Eficiência
Progressão Interesse Modalidade
Acesso linear

e/ou
Acesso direto

e/ou

e/ou

• Tenha realizado a totalidade das atividades previstas no Guia da Aventura Escoteira - Rumo e Travessia;
• Possuir o Cordão Vermelho e Branco;
• Possuir uma das seguintes Insígnias de Interesse Especial do Ramo Escoteiro: Insígnia Mundial do Meio
Lis de Ouro Ambiente, Insígnia da Lusofonia, Insígnia Cone Sul ou Insígnia da Ação Comunitária.
• Possuir pelo menos 10 noites de acampamento com sua Patrulha ou Tropa Escoteira.
• Possuir uma das Insígnias da Modalidade do Ramo Escoteiro (Aviador, Grumete ou Explorador).
• Seja especialmente recomendado pelos Escotistas e pela Corte de Honra da Tropa.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 71


SISTEMA DE PROGRESSÃO DO RAMO SÊNIOR Crédito: Região Escoteira de São Paulo
(ACESSOS LINEAR E DIRETO)

Período
Introdutório

Distintivos de Insígnias de Insígnias de


Especialidades Cordões de Eficiência
Progressão Interesse Modalidade

Acesso linear

e/ou
Acesso direto

e/ou

e/ou

• Tenha realizado a totalidade das atividades na Etapa Azimute;


• Tenha conquistado o Cordão Dourado;
• Possua uma das seguintes Insígnias de Interesse Especial do Ramo Sênior: Insígnia Mundial do Meio
Escoteiro da
Pátria
Ambiente, Insígnia da Lusofonia, Insígnia Cone Sul ou Insígnia do Desafio Comunitário.
• Possua pelo menos 10 noites de acampamento, como Sênior, com sua Patrulha ou Tropa.
• Possua uma das Insígnias da Modalidade do Ramo Sênior (Aeronauta, Naval ou Mateiro).
• Seja especialmente recomendado pelos Escotistas e pela Corte de Honra da Tropa.

72 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


SISTEMA DE PROGRESSÃO DO RAMO PIONEIRO Crédito: Região Escoteira de São Paulo
(ACESSOS LINEAR E DIRETO)

Período
Introdutório

Distintivos de Insígnias de
Progressão Interesse
Acesso linear
Acesso direto

• Ter a Insígnia de Cidadania e ser especialmente recomendado pelos Mestres Pioneiros e pelo
Conselho de Clã.
• Ter realizado 100% das atividades do Guia do Projeto Pioneiro.
• Revisar o seu Plano de Desenvolvimento Pessoal (Projeto de Vida).
• Elaborar e executar um projeto pessoal, com duração de no mínimo 4 meses, de sua livre escolha,
cujo conteúdo seja aprovado pela Comissão Administrativa do Clã, que deverá cobrir os seguintes
aspectos:
- Cujo conteúdo atenda uma das áreas prioritárias: Serviço, Natureza, Trabalho ou Viagem;
- Escolha da ideia;
Insígnia - Planejamento e programação;
de B-P - Organização;
- Coordenação;
- Execução;
- Avaliação;
- Relatório.
• Devendo ser enviado pelos canais competentes, ao Escritório Regional:
a. relatório dos serviços comunitários e das atividades de desenvolvimento que participou;
b. relatório detalhado e ilustrado do seu projeto pessoal;
c. parecer do Conselho de Clã
d. parecer do Mestre Pioneiro(a)

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 73


ANOTAÇÕES

74 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

CERIMÕNIAS ESCOTEIRAS

Duração 60 minutos

Objetivos Gerais Compreender e saber conduzir as principais cerimônias escoteiras.

Reproduzir os principais sinais sonoros e manuais.;


Objetivos Específicos
Praticar as principais cerimônias escoteiras.

• Sinais manuais e sonoros;


• Cerimônia de bandeira;
Conteúdo • Cerimônia de Integração e Promessa;
• Entrega de distintivos;
• Grande Uivo e Caça Livre.”

• Bandeira/Adriça;
• Certificado;
Material
• Distintivos;
• Apito.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

10 Sinais manuais e sonoros TG

10 Características das cerimônias escoteiras PL

40 Prática das cerimônias escoteiras TG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Introdução
Rapidamente o formador dá boas vindas, informa os objetivos da sessão e como ela será desenvolvida.

Sinais manuais e sonoros


O formador deverá ensinar os principais comandos manuais e sonoros, tais como: atenção, firme, descansar, formar
por patrulhas, fila indiana, círculo, linha, debandar, ferradura, apitos. Para o caso do Ramo Lobinho, destacar que este
não utiliza sinais de apito e manuais, apenas vozes de comando para as formações por matilha, círculo de conselho
e círculo de parada.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 75


Características das Cerimônias Escoteiras
O formador deverá informar as principais características das cerimônias escoteiras: curtas, simples, sinceras
e personalizadas, destacando quando devem ocorrer, o que deve ser enfatizado e o que deve ser evitado
(desorganização, improvisos, trotes, falta de segurança), conforme descrito no Manual de Cerimônias Escoteiras.

Prática de Cerimônias Escoteiras


O formador deverá praticar, juntamente com os cursantes, as principais cerimônias escoteiras, sanando as dúvidas
à medida que estas forem surgindo, não se esquecendo de frisar que dependendo das tradições de alguns Grupos
Escoteiros, as cerimônias podem conter alguns acessórios, desde que não sejam prejudiciais aos jovens e à própria
cerimônia. As cerimônias que devem ser abordadas são as seguintes:

- Hasteamento e arriamento da bandeira, considerando a diferente formação no Ramo Lobinho;


- Cerimônia de Integração e de Promessa;
- Entrega de distintivos;
- Grande Uivo e Caça Livre.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Manual de Cerimônias Escoteiras


Escotistas em Ação do Ramo Lobinho
Escotistas em Ação do Ramo Escoteiro
Escotistas em Ação do Ramo Sênior
Escotistas em Ação do Ramo Pioneiro

Última atualização: 21/07/2013

76 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


CERIMÔNIAS ESCOTEIRAS

As cerimônias fazem parte do Movimento Escoteiro, pequenos detalhes fazem muita diferença. É importante
possuem uma orientação geral, mas consideram que a pessoa sinta aquele momento como sendo seu.
características específicas de cada Grupo Escoteiro, de Por este motivo as cerimônias devem ser realizadas de
acordo com cada ocasião. Algumas cerimônias possuem maneira individual. Um reconhecimento tardio pode
aspectos que são definidos por lei (uso da Bandeira aparentar uma despedida ao homenageado e não um
Nacional), algumas são sugestões e outras foram herdadas convite à sua maior participação.
do próprio fundador do Escotismo.
A frequência com que as cerimônias ocorrem, bem As cerimônias devem ocorrer:
como número de seus participantes também varia de
acordo com o Grupo. As cerimônias prestigiam uma • Em momento oportuno, considerando a participação de
conquista, e servem como fundo motivador para que os pessoas que devem estar presentes.
demais avancem em seus objetivos.
• Em local adequado, de tal forma que possibilite o
CARACTERÍSTICAS conforto dos participantes, que se tenha privacidade.
Deve-se ter cuidado para que o local não se torne mais
As cerimônias devem ser: importante que o momento.

• Curtas, pois as pessoas se cansam e logo se distraem. Se • Quando houver um reconhecimento, logo após a
há crianças e jovens participando, ou se há convidados conquista, pois a demora na entrega pode causar
que não fazem parte do dia-a-dia da instituição, isto pode desmotivação, especialmente nos jovens.
ocorrer com mais facilidade. Se as pessoas estiverem
em pé, no frio ou no calor, ou mesmo se houver entre Sempre que ocorrer devido a um reconhecimento,
os ouvintes pessoas de idade avançada, a sensação alguns fatores deverão ser considerados e orientarão a
de desconforto será um fator prejudicial. Desta forma, cerimônia:
é fundamental proceder de forma breve, eficiente e
marcante. Deve ser breve, mas sem “correrias”. • O que será entregue?
• Por que será entregue?
• Simples, como tudo no Movimento Escoteiro. Para • Quem recebe? Quem participa?
reconhecer uma pessoa não é preciso fazer coisas • Quando ocorrerá (data e hora)?
extravagantes. As palavras certas terão melhor serventia • Onde será realizada?
do que qualquer outro utensílio que se possa inventar. • Como será feito? Qual o protocolo e recomendações
A simplicidade também auxilia no entendimento e na devem ser seguidos?
importância do que está acontecendo, especialmente • Quais os materiais necessários?
por parte das crianças e jovens. As cerimônias devem
transparecer objetividade. O que deve ser evitado:

• Sinceras, pois a melhor cerimônia é aquela feita com • Desorganização e improviso. Tudo deve ser bem
amor, com o coração aberto. Sorrisos e elogios possuem pensado, para que cumpra seu objetivo. Local, materiais,
efeito semelhante a um forte abraço: fortificam as almas e fatores climáticos, sonoridade e participantes são alguns
estimulam as pessoas. aspectos que devem ser considerados. No caso da entrega
de distintivos, é importante que a cerimônia seja completa
• Personalizadas, devendo-se levar em conta as (entrega do distintivo e do certificado). Se tiver um alfinete
características e particularidades dos envolvidos. Quando para afixar o distintivo na camisa, tanto melhor. Tudo
se personaliza algo, está se dizendo que aquele momento deve ser preparado com antecedência. Planejamento é
foi pensado exclusivamente para aquela pessoa. Palavras fundamental.
de incentivo especialmente elaboradas, e outros

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 77


• Trotes são proibidos. As cerimônias devem causar Descansar: o chefe afasta lateralmente o braço e o traz
sentimento de pertencer, e não de medo, terror ou de volta para suas costas, onde a mão se une a outra, ao
qualquer tipo de desconforto. Constrangimentos e mesmo tempo em que seus pés se abastam. Todos ficam
humilhações também não condizem com os valores em posição de “descansar”.
de irmandade e fraternidade definidos pelos valores
do Escotismo. Pactos de sangue, uso de armas, bebidas
alcoólicas e castigos físicos, são proibidos e devem ser
rigorosamente combatidos!

• Falta de segurança. Toda e qualquer cerimônia deve


ser pensada de maneira que eventuais riscos sejam
neutralizados.

Para saber mais sobre procedimentos para


realização das cerimônias: hasteamento e Formar por Patrulhas: O chefe chama a Tropa e se
arriamento, grande uivo, distintivos, integração e posiciona com os dois braços estendidos à frente.
promessa consulte o Manual de Cerimônias Escoteiras As patrulhas forma atrás de seus monitores, com os
e os Manuais do Escotista dos Ramos. submonitores no final.

SINAIS MANUAIS E APITOS DE COMANDO

Atenção: O chefe ergue o braço com o sinal escoteiro.


Todos ficam em silêncio e prestam atenção.

Fila Indiana: O chefe estende o braço direito à frente,


e a Tropa forma em fila indiana, por patrulhas, com os
monitores à frente e os submonitores no final.

Firmes e descansar

Firmes: o chefe ergue lateralmente o braço e o traz de


volta junto ao corpo, enquanto seus pés se unem também.
Todos ficam em posição de “firmes”.

Formar em Círculo: O chefe balança os braços ao redor


do seu corpo, e a Tropa forma em torno dele, por patrulha,
com os monitores a frente e os submonitores no final.

78 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


Debandar: O chefe cruza os braços três vezes a sua frente,
e todos dão um passo a frente, fazem a saudação e gritam
“Sempre Alerta!”

Formar em Ferradura: O chefe faz com os braços o


formato de uma ferradura, e a Tropa forma desta forma,
por patrulha, com os monitores a frente e os submonitores
no final.

Sinais de Apito

3 Silvos Longos
É uma chamada geral. Todos correm até o chefe que fez
a chamada, e as patrulhas se formam de acordo com a
orientação (ou sinal manual) do chefe.

2 Silvos Longos
É a chamada de monitores, que devem correr até onde
está o chefe que chamou e se apresentarem.
Formação em linha: O chefe estende os dois braços
lateralmente, e a Tropa forma uma linha a sua frente, com 1 Silvo Longo
metade das patrulhas para a esquerda e metade para a É usado nos acampamentos para chamar os intendentes
direita. das patrulhas, seja para distribuir a alimentação ou algum
material.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 79


VOZES DE COMANDO (RAMO LOBINHO) Círculo de Conselho:

Quando o escotista chama: “LOBO, LOBO, LOBO!” As Matilhas formam um círculo ombro a ombro para
todos os lobinhos e lobinhas devem responder bem alto facilitar a transmissão de instrução ou aviso importante.
“LOBO!”e correr para o lugar de onde veio o chamado.
Quando lá chegarem, ele vai dizer qual é o tipo de Círculo de Parada:
formação que a Alcatéia deve fazer. Pode ser:
As matilhas formam um círculo com os braços
Por Matilha estendidos lateralmente para realizar jogos, canções ou
outras atividades.
As matilhas se formam em fila com o Primo na frente
e o Segundo por último. As Matilhas ficam uma ao lado
da outra, todas de frente para o escotista e sugere-se
que a primeira (seguindo a ordem alfabética) deve ficar à
esquerda do escotista.

ANOTAÇÕES

80 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

JOGOS

Duração 50 minutos

Objetivos Gerais Reconhecer a importância da prática de jogos no Movimento Escoteiro.

Identificar o jogo como um instrumento educacional e complementar aos objetivos da


atividade em que estiver inserido;
Objetivos Específicos Identificar jogos como técnicas de trabalho em grupo;
Reconhecer as características essenciais ao dirigente de jogos e ao formador de grupos;
Planejar jogos e dinâmicas de grupo e vivenciar a sua aplicação.

• Definição de jogos;
Conteúdo • Jogos como ferramenta educativa;
• Tecnicas de aplicação de um jogo.

• Jogos no Escotismo;
Material • Bases de um jogo escoteiro;
• Técnicas de aplicação de um jogo.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

20 Prática de jogos PL

30 Aplicação prática dos jogos TG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Mostrar por meio de materiais audiovisuais: a definição de jogos, a importância de um jogo como uma ferramenta
educativa e técnicas de aplicação de um jogo.

O formador deverá aplicar a prática de um jogo pontuando os pontos trabalhados na unidade para a compreensão
dos participantes.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 81


BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Escotistas em Ação – Ramo Lobinho


Escotistas em Ação – Ramo Escoteiro
Escotistas em Ação – Ramo Sênior
Escotistas em Ação – Ramo Pioneiro
Manual do Escotista do Ramo Lobinho
Manual do Escotista do Ramo Escoteiro
Manual do Escotista do Ramo Sênior
Manual do Escotista do Ramo Pioneiro

Última atualização: 21/08/2013

82 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


JOGOS

O jogo e a aventura são os meios pelos quais as e. O jogo contribui para a conquista de competências, de
crianças e os jovens se relacionam com a vida que os cerca. uma maneira divertida e agradável;
Do ponto de vista educativo, o jogo lhes permite descobrir
sua própria identidade, facilitando o conhecimento dos f. Os jogos são passíveis de modificação e adaptação para
demais e a exploração do mundo. uso em diferentes circunstâncias;
A importância dos jogos no Escotismo é bem ilustrada
pela citação de Baden Powell, quando diz: “O Escotismo é g. Os jogos exigem poucos recursos, troca de recursos ou
um grande jogo”. Aparecem nos fundamentos integrados nenhum recurso material;
ao quarto ponto do Método Escoteiro, justamente por
responder ao interesse das crianças e jovens, dotados h. Os jogos são uma boa forma oportunidade de vivenciar
de uma vontade natural de jogar, e aproveitando da o “Aprender Fazendo”.
atividade para despertar o equilíbrio entre vencer x
perder, a cooperação, a troca com os amigos e amigas e o
respeito às regras. AS BASES DE UM JOGO ESCOTEIRO
Entendemos o jogo como uma atividade
espontânea, que cativa naturalmente as crianças e jovens, a. Seja de agrado das crianças e jovens da faixa etária
e que pode ser facilmente aplicada, pois independe de trabalhada;
maiores recursos. b. Tenham regras simples e claras;
c. Seja programado com um objetivo educativo.

POR QUE UTILIZAMOS OS JOGOS NO ESCOTISMO?


TÉCNICAS PARA APLICAR UM JOGO
a. Os jogos fazem parte da vida das crianças e jovens, e o
Escotismo trabalha com os interesses e necessidades de a. Clima: criar o ambiente e a expectativa para cada jogo,
seus membros juvenis; usar o fundo de cena e a capacidade de fantasiar. Terminar
o jogo quando ele está em alta, antes que o interesse caia;
b. O jogo é um elemento educativo, que oferece as
oportunidades de ganhar e perder dentro de um b. Regras: todos devem conhecê-las bem. Deve-se fazer
ambiente saudável, o que, nas mãos de um educador, uma demonstração inicial para testar o entendimento.
é importante fonte de desenvolvimento. Nas crianças Não se inicia o jogo antes que as regras estejam claras;
e jovens, proporciona disposição em lançar-se para
conquistar objetivos, bem como um equilibrado nível de c. Explicações: reunir todos, solicitar silêncio, resolver as
tolerância à frustração, ajudando a entender a importância dúvidas, para só então posicionar no campo de jogo;
da cooperação;
d. Local: adequado e seguro. Explique bem a delimitação
c. O jogo é um elemento que facilita o equilíbrio do campo;
biopsicossocial, quebra a monotonia física e mental, evita
a fadiga e desperta o interesse; e. Material: estar à mão no momento em que o jogo se
inicia. Não improvisar;
d. O jogo canaliza potencialidades, num processo de
desenvolvimento comportamental pela repetição, f. Arbitragem: seja justo. Incentive e apoie a todos. Nunca
reforçando os bons hábitos e desvalorizando os hábitos beneficie ou prejudique uma parte fugindo a regra do
inadequados ao meio; jogo, ou as distorcendo;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 83


g. Avaliar o jogo. Não exagerar nos jogos favoritos.
Planejar jogos de tal forma que todos possam se beneficiar
da oportunidade de êxito, assim como do momento de
frustração, com base na avaliação podemos reformular
os jogos de tal forma que as crianças e jovens alcancem
objetivos progressivos.

h. Adaptações: estudar se o jogo necessita de adaptações


tendo em vista a faixa etária do público alvo.

ANOTAÇÕES

84 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

PROGRAMANDO, VIVENCIANDO E AVALIANDO UMA REUNIÃO DE SEÇÃO

Duração 120 minutos

Objetivos Gerais Saber como planejar, aplicar e avaliar uma reunião Seção.

• Identificar os ingredientes para programar uma reunião de Seção;


• Compreender a importância de programar adequadamente as atividades escoteiras;
• Programar uma atividade de sede atendendo a objetivos e tema pré-determinados,
utilizando-se do Método Escoteiro e de ingredientes atrativos e adequados à faixa etária;
Objetivos Específicos
• Aplicar uma programação;
• Concluir que uma atividade de sede pode ser aplicada conforme programada;
• Avaliar uma atividade quanto ao atendimento de objetivos, ingredientes atrativos e
adequados à faixa etária.

• Programação de uma reunião de Seção;


• Aplicação de uma reunião de Seção;
Conteúdo • Avaliação da reunião de Seção.
• Jogos, canções, atividades técnicas e outros elementos que compõem uma reunião de
seção.

• Flipchart;
• Pincel atômico;
• Papel A4;
Material
• Canetas;
• Fita crepe;
• Livros de jogos e canções.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

50 Como programar uma reunião de seção AE - TG - DD

50 Aplicando uma reunião de Seção VV

20 Avaliação da reunião DD

AE = Aula Expositiva TG = Trabalho em Grupo DD = Discussão Dirigida VV = Vivência

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 85


DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Como programar uma reunião de Seção (50 minutos)

O formador fará uma breve explanação sobre a importância da programação para atingir os objetivos, a característica
das reuniões em cada ramo, maximização de recursos, utilização de colaboradores, envolvimento dos jovens e
atividades a serem desenvolvidas.

Em forma de palestra, porém contando com a interatividade dos participantes, o formador explicará como se
programa uma reunião de sede, a importância na definição de objetivos, os ingredientes que compõe estas reuniões
(jogos, canções, técnicas escoteiras, etc) e como se estrutura uma programação (horários, responsável, materiais
necessários, etc)

Em seguida, os participantes deverão ser divididos em quatro equipes. Cada equipe deverá elaborar uma
programação de reunião de seção. As programações deverão ser apresentadas para o grupo maior, por meio de
flipchart. Juntamente com os cursantes, o formador deverá avaliar cada programação apresentada. Dentre as
propostas, os participantes deverão escolher a mais adequada, que será aplicada na íntegra.

Aplicando uma reunião de Seção (50 minutos)

A programação escolhida anteriormente deverá ser aplicada pela equipe que a propôs. O formador deve considerar
um período de tempo para que a equipe possa preparar a atividade.

Outra opção é a própria equipe de formadores aplicar a reunião, neste caso aproveite para demonstrar que dá para
aplicar uma reunião de Seção com menos de três adultos. Embora deva ser ressaltado que uma boa Seção deve
contar com pelo menos um adulto para cada equipe de jovens.
Para melhor adequar o tempo, faça palestras e trabalhos de equipe antes de uma refeição e a aplicação e avaliação
depois, assim ganhará tempo para melhor preparar a reunião.

Avaliação da reunião (20 minutos)

Os cursantes, contando com a intervenção educativa do formador, deverão avaliar a reunião aplicada, verificando
pontos positivos e negativos. Esta avaliação deve ser projetada por meio de uma nova programação, registrada em
uma folha de flipchart.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Escotistas em Ação – Ramo Lobinho


Escotistas em Ação – Ramo Escoteiro
Escotistas em Ação – Ramo Sênior
Escotistas em Ação – Ramo Pioneiro
Manual do Escotista do Ramo Lobinho
Manual do Escotista do Ramo Escoteiro
Manual do Escotista do Ramo Sênior
Manual do Escotista do Ramo Pioneiro

Última atualização: 21/06/2013

86 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


PROGRAMANDO, VIVENCIANDO E AVALIANDO UMA REUNIÃO DE SEÇÃO

COMO PROGRAMAR UMA REUNIÃO DE SEÇÃO atividades oferecidas devem ser diversificadas e ter
diferentes tempo e ritmos.
É o processo de planejamento para realizar uma Para uma atividade divertida e alegre, podemos
atividade ou evento. Entendemos por planejamento o “rechear” nossa programação com alguns destes
caminho para se chegar a um futuro desejado. No caso de ingredientes:
nossas atividades de sede, é transformar nossa intenção
em prática, uma aventura para nossos jovens. • Jogos; • Canções;
• Danças; • Dramatizações;
A IMPORTÂNCIA DA PROGRAMAÇÃO • Trabalhos manuais; • Boa ação;
• Atividades sociais; • Atividades culturais;
• É a única ferramenta que nos permite trabalhar com • Serviço comunitário; • Reflexões e espiritualidade;
objetivos educativos. • Aventuras; • Atividades físicas;
• Conseguimos maximizar nossos recursos materiais e • Muita alegria;
financeiros; • Motivação para especialidades.
• Nos leva a realizar atividades bem sucedidas, seguras e
realizadas dentro do Método Escoteiro; Durante uma reunião de Seção, os escotistas tem o
• Distribui adequadamente as tarefas de Escotistas e importante papel de supervisionar, estimular e zelar pela
colaboradores; segurança durante o desenvolvimento das atividades.
• Garante aos jovens a satisfação de participar de
atividades atrativas e envolventes; ESTRUTURAÇÃO DE UMA REUNIÃO DE SEÇÃO:
• Garante aos Escotistas a satisfação de realizar atividades
equilibradas e variadas. Estruturação é a “montagem” da programação numa
ordem próxima do ideal, conforme vemos abaixo:
O PROCESSO
• Jogo de Chegada (Ramo Lobinho): Enquanto os Lobinhos
A programação é derivada de um processo de estão chegando. A finalidade desta atividade é evitar que
planejamento, chamado de Ciclo de Programa. os lobinhos ao chegarem no grupo fiquem dispersos,
O Ciclo de Programa é uma ferramenta de correndo. Diversas atividades podem ocorrer neste
planejamento participativo, no qual se diagnostica o momento, desde atividades de ordem administrativas
estado atual da seção, se programam mudanças e ajustes (arrumar a gruta), como também de ordem prática (caça-
para o futuro, se executa este programa e se avalia os palavras, origami, etc...);
resultados. Por participativo entende-se uma sistemática • Cerimônia de abertura, que é um momento rápido
que se preocupa em valorizar a opinião e os desejos de onde acontece o hasteamento da bandeira, a oração e os
todos os envolvidos, no caso os jovens. Grande Uivo/Gritos de Patrulha;
O passo a passo da organização do Ciclo de Programa • Jogo quebra-gelo, que é uma atividade geral para gerar
está descrito no Manual do Escotista de cada ramo e será grande entusiasmo e alegria;
aprofundado nos cursos Básico e Avançado. • Atividades diversas - jogos, canções, danças,
dramatizações, trabalhos manuais etc, em especial para
A REUNIÃO DE SEÇÃO os Ramos Seniores e Pioneiro é interessante incluir nas
reuniões estudo de casos, debates ,discussão dirigida,
A reunião de Seção acontece geralmente aos finais grandes projetos e jogos mais elaborados;
de semana, com duração de cerca de três horas. Para sua • Atividade técnica: é uma atividade que deve ensinar
realização pode ser utilizado o espaço da sede do Grupo alguma coisa aos jovens. Normalmente, em uma Seção se
Escoteiro, ou locais como parques, praças ou alguma encontrarão jovens de diferentes idades e experiências,
instituição da comunidade (escola, igreja, etc). de tal forma que alguma coisa pode ser nova para uns e
Como os jovens possuem diferentes vivências e conhecida para outros, razão pela qual deverá ser, sempre,
experiências, diferentes idades e também gênero, as oferecida de modo atraente. Pode ser ensinado através de

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 87


um jogo, , em um sistema de bases, com carta-prego, com da patrulha, numa reunião de patrulha, antes da próxima
tarefa dirigida, com maquete, com demonstração, etc. reunião de Tropa.
Este sistema deve variar para que, embora os conteúdos • Jogo final. Deve ser tão ou mais animado que o jogo
possam se repedir, a forma será sempre atraente. Nas quebra-gelo. Deve deixar um gostinho de “quero mais” e o
tropas uma forma de estimular o Sistema de Patrulha desejo de retornar ao grupo escoteiro na próxima semana;
em uma reunião se faz com o escotista treinando os • Cerimonial de encerramento, que também é um
monitores, para que estes treinem sua patrulha. O momento rápido para o arriamento da bandeira, oração,
escotista pode ensinar aos monitores alguma técnica em gritos de patrulha ou grande uivo e avisos.
um momento da reunião, enquanto os outros integrantes
da patrulha fazem outra atividade sob coordenação do É importante sempre escrever a programação e
submonitor. Depois os monitores ensinam esta técnica distribuir uma cópia para cada escotista, auxiliar, monitor
para toda a patrulha, e ela será usada em algum jogo. O ou colaborador. Abaixo segue uma sugestão como
Escotista também pode ensinar aos monitores em uma modelo:
reunião, e o conhecimento ser repassado aos membros

Exemplo de Programa de um Reunião de Alcateia:

Grupo Escoteiro:

Data:

Tema: Um dia na Jângal

Antes da reunião: Reunir os escotitas, repassar a atividade

Horário Atividade Material Responsável

Jogo de chegada: Quem é seu 1º escotista que


Hidrocores e folhas brancas
escotista preferido chegar

Inspeção / bandeira / oração /


16:00 Bandeira
Grande Uivo /Avisos

Jogo Ativo geral (JAG): (Trégua


16:15 2m de elástico , 01 bola
das águas)

Jogo de Revezamento : Salvem


16:35 bolas com água, folhas de jornal
as focas

Atividade Técnica: História os


16:55
“Irmãos de Mowgli”

Jogo técnico: Passeando pela


17:15 Giz e tinta guache
Jângal

Trabalhos Manuais: Construir os


17:35 animais da Jângal com massinha Massa de modelar
– expor os trabalhos na Gruta

17:55 Jogo ativo final: Soltando pipas Tiras de crepon

nspeção / bandeira / oração /


18:15 Bandeira
Grande Uivo /Avisos

18:30 Caça Livre

88 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


Avisos: Desenvolvimento: Arrumados por matilha os lobos terão
que pegar, um a um, as focas (bolas cheias de água),
- Início: pedir aos Lobinhos para anotarem a data de todos colocadas a frente do primo e levá-las com a boca e mãos
os aniversariantes, incluindo os Velhos Lobos. para trás até o outro lado do pátio e colocá-las em local
seguro (folhas de jornal). Vencerá a equipe que salvar o
- Final: Anotar em um caderno durante a semana, qual foi maior número de focas.
o artigo da Lei que cumpriu naquele dia.
Material: bolas com água, folhas de jornal
- Material a adquirir para Reunião: Esponja, balde,
pregador, bandejas de isopor, tesouras, palito de ATIVIDADE TÉCNICA
churrasco, barbante, garrafa de refrigerante pet 2 litros
vazia. Narrar a história: “Irmão de Mowgli”.

JT – JOGO TÉCNICO – PASSEANDO NA JÂNGAL


REUNIÃO DE ALCATÉIA
História: Lobos! Depois de termos conhecido melhor
JOGO DE CHEGADA – ESCOTISTA PREFERIDO alguns personagens da Jângal, vamos brincar com eles,
entrando nas suas casas (nas suas grutas). Porém, temos
Estória: Cada lobinho deve desenhar um dos escotistas da que prestar atenção que suas grutas não cabem todos nós
alcateia. O desenho deve ser entregue ao escotista que foi ao mesmo tempo. E como sempre os Bandar-logs estarão
desenhado. prontos a curtir com a nossa cara, todo aquele que não
conseguir entrar nas grutas será marcado pelos Bandar-
Material: Papel A4 e hidrocores logs.

IBOGU – Rotina Inicial Desenvolvimento: Espalhados pelo pátio os lobos terão


que ficar atentos às características dos personagens que
JAG – JOGO ATIVO GERAL – FUTEBOL MÓVEL o Velho Lobo dirá. Assim que identificar, o lobo corre para
a sua gruta (desenhada no chão), obedecendo ao número
Estória: A trégua das águas terminou na Jângal e os lobos escrito na entrada para não ultrapassar o limite. Os
para comemorar, realizaram um torneio de futebol com lobos que não conseguirem entrar na gruta terão o rosto
o coco. No momento em que o torneio iria começar os pintado como recordação dos Bandar-logs.
bandar-logs se apoderaram das balizar e os lobos não
ligaram, pois o jogo ficou muito melhor com as balizas “... ensinava para Mowgli as leis da Jângal”
móveis. “... Mowgli aprendeu a subir na árvores”
“... era chamada de “A Demônia”
Desenvolvimento: Dois lobinhos serão a trave que é
formada com um elástico amarrado em um pé da cada
lobo e segurado pela mãos. Os outros serão jogadores e Mãe Loba – 05 Baloo – 06
devem jogar em dupla (com as mãos dadas). O gol pode
mover-se pelo campo, não desfazendo a trave. Vence a
dupla que fizer mais gols. Bagheera–04 Kaa - 09

Material: 2m de elástico , 01 bola


Material: giz para demarcar, tinta guache
JR – JOGO DE REVEZAMENTO – SALVEM AS FOCAS
TRABALHOS MANUAIS
Estória: O noticiário apresentou a dificuldade que a Kotick
estava encontrando para se deslocar para o Mar do Norte. Construir, com massa de modelar o bicho da Jângal que
O óleo derramado as fez encalhar na areia. Precisamos mais lhe agrada.
ajudá-las. Vamos lobos espertos. Material: massa de modelar

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 89


JAG – JOGO ATIVO GERAL – SOLTANDO PIPAS Desenvolvimento: Os Lobinhos terão as mãos entrelaçadas
e ainda terão preso ao seu cinto (nas costas, na altura
Estória: Os lobos retornaram da Jângal depois desse da cintura) uma tirinha de papel crepon. Um lobo será
passeio e lembraram do vento que soprou por lá e escolhido para tentar pegar as pipas pela rabiola (cortar).
resolveram então soltar pipas. Porém, o Velho Lobo Estas terão que evitar serem cortadas (perderem a rabiola).
lembrou que aqui na Cidade dos Homens tem perigo, tem Caso o lobo escolhido para pegar as pipas, não conseguir
fios elétricos e então ele propõe que cada lobo seja uma fazê-lo, poderá ser substituído. O objetivo é cortar a pipa
pipa com lindas rabiolas. dos outros (tirar as rabiolas, ou seja, arrancar as tiras de
crepon).

Material: tiras de crepon

Exemplo de Programa de uma Reunião de Tropa:

PROGRAMAÇÃO DE REUNIÃO DE TROPA

Data:

Local:

Horário Atividade Tempo (minutos) Responsável

00:00 Rotina inicial 15 Chefe Tropa / Dir.Téc.

Jogo ativo geral - Quebra-gelo -


00:15 20
Avestruz

Jogo de revezamento -
0:35 20
Bombardeio Russo

Atividade Técnica - Monitores


00:55 25
(Construção de Tripé)

Atividade Técnica - Patrulha –


00:55 25 Monitores
Carta Enigma

Jogo técnico - Desarmando a


01:20 30
Bomba

01:50 Jogo final - Meu Amigo Urso 20

02:10 Rotina final 15 Chefe Tropa / Dir.Téc.

02:25 Encerramento

DESCRIÇÃO DOS JOGOS Os avestruzes se tornam intocáveis, quando se colocam


na sua posição já conhecida (com a cabeça no solo), desta
AVESTRUZ (ATIVO – QUEBRA GELO): forma, o caçador não poderá capturar a sua caça.

Escolhido um pegador (caçador de avestruz), o mesmo Material: nenhum


parte à captura de um belo espécime de avestruz (sua
caça), representada por todos os outros participantes do BOMBARDEIO RUSSO (REVEZAMENTO):
jogo. Para o caçador capturar a sua caça, basta apenas um
toque. As patrulhas formarão em colunas, uma ao lado da
outra. Numa distância de 10 metros, será marcado no
chão um grande alvo (único para todas as patrulhas), este

90 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


alvo consistirá de 3 círculos concêntricos, pontuados por DESARMANDO A BOMBA – (TÉCNICO):
3, 2 e 1 pontos de dentro para fora respectivamente. Após
o alvo, 2 metros adiante, será marcada uma linha, e após a Cada patrulha receberá a missão de“desarmar”uma bomba
linha, 10 metros mais adiante, serão colocadas 4 garrafas que foi deixada em uma via pública muito movimentada
na direção de cada patrulha (representando uma garrafa da cidade. Para isso não poderá ultrapassar uma área de
de vodka russa). segurança demarcada. Nesta área de segurança, estarão
os tripés construídos pelas patrulhas, que representarão
Os patrulheiros sairão com uma “ bala de canhão “ em as “bombas”. O objetivo da patrulha é colocar o pino de
uma das mãos (a bala pode ser confeccionada com feijão, segurança da “bomba” (representado por um bambolê),
dentro de um saco plástico e envolvida com fita adesiva sem que a mesma venha a explodir (desarmar o tripé).
para reforço), se dirigirão até a garrafa onde colocarão a Lembramos que a patrulha não poderá ultrapassar a área
testa, dando 5 voltas em torno da mesma (sem tirar a testa de segurança, e a patrulha será dividida em 2 grupos (1 de
do gargalo). Após isto, se dirigirão para uma linha marcada cada lado da área de segurança), para que possam atingir
antes do alvo, onde farão seu bombardeio (arremesso), o objetivo. Desta forma, uma parte da patrulha amarrará
pontuando de 0 a 3, de acordo com seu “tiro”. Após o o bambolê com um pedaço de sisal, suficiente para lançar
arremesso, recolhe sua respectiva “bala” e retorna à sua o mesmo para a outra parte da equipe, segurando a outra
patrulha, passando para outro patrulheiro que adotará o extremidade do cabo. Já a parte da equipe que receberá
mesmo procedimento. o bambolê, deverá fazer executar a volta do salteador no
mesmo bambolê. Feito isso, e em verdadeiro trabalho de
Vence a patrulha que obtiver a maior pontuação, valendo equipe, devem conduzir o bambolê (pino de segurança)
a ordem de chegada como critério de desempate. A chefia até a bomba (tripé). Quando o pino estiver encaixado na
deverá ficar atenta durante todo o jogo, para que seja bomba, a equipe deverá desfazer (com estremo cuidado)
marcada (anotada) corretamente a colocação da patrulha. a volta do salteador sem que o pino seja retirado da
bomba. Isso acontecendo, a bomba estará desarmada,
Material: Giz, 4 garrafas, 4 “ balas de canhão “ valendo para critério de pontuação no jogo, a ordem do
desarme das bombas pelas patrulhas.
CARTA ENÍGMA – (ATIVIDADE DE PATRULA):
Material: 1 tripé montado por patrulha, 4 bambolês, sisal,
*Enquanto a patrulha coordenada pelos sub-monitores material para marcar a área de segurança (giz, corda, etc.)
estarão decifrando esta carta , os monitores estarão com
um escotista aprendendo a construir um tripé , e depois MEU AMIGO URSO – (FINAL – EQUIPE):
vão ensinar e construir um tripé junto com todos da sua
patrulha. Divide-se a tropa em 2 equipes, que terão como objetivo
encestar a “bola” do jogo em um balde com água. Será
A carta enigma , consistirá de uma mensagem escrita colocado um balde para cada equipe nas extremidades
utilizando a fonte Wingdings do Word. Ao final da carta opostas no campo de jogo.
codificada, estará escrita a palavra SEMPRE ALERTA e a sua
correspondência na fonte já citada, que permitirá que os A ‘bola” do jogo será um ursinho de pelúcia, que por ser
outros patrulheiros decifrem a carta por analogia. muito querido de todos, deverá receber um beijinho,
antes de ser passado ao companheiro de equipe, sob
A mensagem da carta consistirá de uma tarefa, onde cada pena de ser revertida a posse de “bola”.
patrulha deverá construir um tripé (tripés esses, que serão
utilizados no jogo seguinte (Jogo Técnico/cobrança) Cada jogador só poderá dar 3 passos com a bola nas mãos,
devendo passá-la em seguida.
Material:12 varas de bambu ou similar, sisal, 4 cartas
codificadas, 4 canetas Para a cesta ser validada, a ‘bola” deverá ter passado, pelo
menos, por 4 elementos da patrulha antes da cesta.

Material: 2 baldes, água e urso de pelúcia

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 91


DICAS Sendo assim, devemos, com base nos dados a seguir,
verificar se eles foram seguidos e, caso não tenham sido,
1. Não repetir jogos e atividades num curto intervalo de buscar modificar, para melhor, na próxima atividade a ser
tempo; desenvolvida.

2. Variar e mesclar os ingredientes de uma atividade para A avaliação de uma atividade pode ser feita por cinco
outra; “agentes”, avaliando aspectos iguais ou diferentes:

3. Nosso método é “aprender fazendo” e não olhando; • membro juvenil, de maneira pessoal, com suas palavras
e conceitos;
4. Propiciar um ambiente alegre e divertido;
• todos os membros juvenis, através de uma conversa
5. Programar a atividade com a antecedência necessária espontânea, avaliando a sua participação, dos
para que cada escotista possa se preparar adequadamente, companheiros e dos escotistas;
providenciar materiais e escolher o local da prática de sua
atividade;
6. Lembrar que o ar livre é muito melhor que a sede, por • os escotistas, em relação à atividade, à participação dos
mais bonita que ela seja; membros juvenis e ao cumprimento de suas funções;

7. No momento da atividade deve estar tudo pronto, local • os pais, com referência à atividade e às reações de seus
escolhido e materiais prontos. Nada mais desmotivador filhos; e,
para os jovens, do que aguardar seu chefe ir até o
almoxarifado buscar uma bola que ele esqueceu; • outras pessoas, que participaram especificamente
daquela atividade;
8. Ter sempre uma programação alternativa para caso de
mau tempo
A avaliação de uma atividade e a avaliação do
desenvolvimento pessoal dos membros juvenis, embora
AVALIAÇÃO DA REUNIÃO DE SEÇÃO diferentes, se alimentam de uma mesma observação.
Ao mesmo tempo em que observa o desenvolvimento
Ao final de toda atividade escoteira é imprescindível e os resultados de uma atividade, os escotistas acumulam
que haja uma avaliação do realizado, para que possamos informações sobre o desenvolvimento pessoal dos jovens.
melhorar a qualidade do que é oferecido aos nossos
jovens.
AVALIAR é julgar ou fazer a apreciação de alguém
ou alguma coisa tendo como base uma escala de valores.
Assim sendo, a avaliação consiste na coleta de dados
quantitativos e qualitativos e na interpretação desses
resultados com base em critérios previamente definidos.

“O processo de avaliação consiste essencialmente em


determinarem que medida os objetivos educacionais estão
sendo realmente alcançados pelo programa do currículo e
do ensino” - Ralfh Tyler

92 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


ANOTAÇÕES

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 93


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

SEGURANÇA NAS ATIVIDADES ESCOTEIRAS

Duração 30 minutos

Objetivos Gerais Reconhecer a importância da segurança nas diversas atividades escoteiras.

Reconhecer a importância da segurança nas diversas atividades escoteiras;


Objetivos Específicos Auxiliar a formação do chefe em relação à segurança;
Conhecer o protocolo de autorizações de atividades fora da sede.

• Regra 140 do POR - Segurança nas Atividades Escoteiras;


Conteúdo • Solicitação para atividade fora da sede;
• Informações para atividades fora da sede.

• Fichas de Trabalho: Solicitação para Atividade Fora da Sede, Informações para Atividades
Material
Fora da Sede, Autorização de Participação em Atividades Fora da Sede.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

15 Regra 140 do Princípios, Organizações & Regras (POR).; PL

Preenchimento das Fichas de Trabalho : Informações para


15 Atividades Fora da Sede, Autorização de Participação em TG
Atividades Fora da Sede

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

1ª fase: o formador deverá abordar de forma geral a regra 140 do POR, as regras de segurança nas atividades
escoteiras, seus conceitos e os passos que deverão ser tomados, salientando a importância de consultar os itens:
local, programa, equipamento, chefia, transporte e documentação.

2ª fase: nesta fase o formador propõe para os participantes um trabalho em grupo (máximo 4 pessoas por grupo),
onde cada equipe irá preencher as fichas de trabalho. Cada grupo receberá um tipo de atividade diferente (exemplos:
excursão; acampamento e atividade aquática).

3ª fase: o formador deverá ressaltar os pontos positivos abordados na sessão e abrir para perguntas rápidas com
relação direta ao apresentado.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 95


BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Princípios Organização e Regras (POR)


Manual de Administração
Apostila do Curso para Dirigente de Grupo Escoteiro

Última atualização: 30/06/2010

96 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


FICHA DE TRABALHO 1 | CURSO PRELIMINAR
Segurança nas Atividades Escoteiras

AUTORIZAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE FORA DA SEDE

Eu (nome da pai/mãe ou responsável legível), ____________________________________________________________


como (grau de parentesco) ___________________, autorizo ________________________________________________
membro do Movimento Escoteiro, a participar da seguinte atividade:

__________________________________________________________________________________________________
realizada pela(o) ____________________________________________________________________________________
do Grupo Escoteiro ______________________________________________, a realizar-se entre os dias ______ e ______
Local (endereço): ___________________________________________________________________________________
Custo individual da atividade ______________________________________

Informe as restrições em relação à esta atividade: _________________________________________________________


Tendo total ciência de que o Grupo Escoteiro, na figura do(a) Chefe __________________________________________
é responsável pelo(a) associado(a) apenas durante a realização da referida atividade, ficando isento de responsabilidades
pelo deslocamento do(a) associado(a) da sua residência até o local de saída da atividade, como seu retorno do local de
chegada da atividade até sua residência, subscrevo-me.

Cidade ________________________ Data _____ / _____ / ________ Assinatura ________________________________

Ficha Médica do Participante


(as informações abaixo foram retiradas da ficha médica registrada no SIGUE)

UTILIZA OS SEGUINTES EQUIPAMENTOS DE AUXÍLIO _______________________________________________________


DOENÇAS JÁ OCORRIDAS OU EM TRATAMENTO ___________________________________________________________
Informações _______________________________________________________________________________________

MEDICAMENTOS EM USO (CONTÍNUO OU NÃO)


Permite administração do grupo _______________ Informações _____________________________________________

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 97


EMERGÊNCIAS MÉDICAS
( ) Aguardar acompanhamento dos pais/respónsáveis ( ) Aceita decisões médicas
Avisar em emergências ( ) Pais ( ) Outro ___________________________ Telefone _________________________
Convênio médico __________________________________________ Número da carteirinha _____________________
Médico de preferência ______________________________________ Telefone _________________________________

DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS
Distúrbio de comportamento _________________________________________________________________________
Distúrbio alimentar _________________________________________________________________________________
Distúrbio de ansiedade fóbica _________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES GERAIS
Possui impedimento físico __________ Informações _______________________________________________________
Alergia _____________________________________ Restrições a alimentos ___________________________________
Deficiências _________________________________ Problemas cardíacos _____________________________________
Sabe nadar ____________ Sonâmbulo ___________

Para atualizar as informações, altere a caneta, assine e informe a Chefia.


No caso de informações em branco, se necessário, escreva a caneta, assine e informe a Chefia.

98 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


FICHA DE TRABALHO 2 | CURSO PRELIMINAR
Segurança nas Atividades Escoteiras

ATIVIDADE ESCOTEIRA FORA DA SEDE | INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Senhores pais, tutores ou responsáveis pelo(a) associado ___________________________________________________,


conforme calendário da(o) _________________________________________, estamos reiterando o convite feito para a
participação do(a) associado(a) na atividade escoteira descrita abaixo, e pedimos especial atenção nas seguintes
informações.

1. Para segurança de todos, e conforme legislação em vigor, solicitamos que o Senhor(a) preencha as informações
faltantes e assine a AUTORIZAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DA ATIVIDADE em anexo;

2. Lembramos que sem o preenchimento e a assinatura da Autorização de Participação da Atividade, o(a) associado
(a) NÃO poderá participar;

3. Informações sobre a atividade:

Atividade __________________________________________________ Local __________________________________


Data início __________________ Data término ___________________
Data saída __________________ Hora saída: _____________________ Local saída ______________________________
Data chegada _______________ Hora chegada ___________________ Local chegada ___________________________

4. Esta folha deverá permanecer com os pais/responsáveis, sendo que a “Autorização de Participação” deverá ser
entregue a Chefia no dia da atividade.

5. Telefones para contato:

Chefe Seção _______________________________ Telefone ______________________ Celular ____________________


Coordenador _______________________________ Telefone ______________________ Celular ____________________

Atenciosamente

Chefe da Seção ___________________________________________


Seção ___________________________________________________

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 99


SEGURANÇA NAS ATIVIDADES ESCOTEIRAS

A segurança nas atividades escoteiras deve ser de sua inteira responsabilidade. Para a realização dessas
a preocupação primeira de seus dirigentes, sendo a atividades, o Chefe da Seção deve, como nos demais
responsabilidade pela mesma da diretoria do nível a casos, obter autorização por escrito da diretoria da
quem está subordinado o evento. Unidade Escoteira Local e dos pais ou responsáveis,
A segurança nas atividades pressupõe, dentre onde deverá constar que não há a presença de escotistas
outros requisitos, a presença de adultos responsáveis que acompanhando os jovens (no caso de atividades ao ar livre
cumpram os seguintes pré-requisitos: capacitação nas realizadas pelas equipes de interesse do Ramo Pioneiro,
habilidades necessárias para sua realização, conhecimento não é necessária autorização dos pais ou responsáveis,
e uso de equipamento adequado, oferecer preparação mas é indispensável a autorização da diretoria da Unidade
prévia aos participantes e planejamento. Escoteira Local).
Cabe aos escotistas e dirigentes assegurarem- Os encarregados de um acampamento devem ter
se de que toda e qualquer atividade escoteira seja conhecimento preciso do livro Padrões de Atividades
adequadamente realizada, dentro das orientações Escoteiras e seguir as suas recomendações. Deve-se ter
técnicas, regras da instituição e legislação brasileira. especial cuidado na escolha dos locais de acampamentos,
Existem questões legais que não podem ser ignoradas. tendo em vista as condições climáticas, a possível
A realização de qualquer atividade escoteira esta ocorrência de eventos naturais adversos, a salubridade do
condicionada à existência de planejamento apropriado terreno e a água a ser usada para beber, cozinhar e para
contendo todas as informações relativas ao local, meio higiene. Além disso, deve-se sempre estar preparado para
de transporte, recursos existentes, eventuais fatores de eventual necessidade de socorro médico.
risco e as atividades que serão realizadas, que deve ser
aprovado pela diretoria da Unidade Escoteira Local. Não são permitidos, sob quaisquer pretextos,
A participação de membros juvenis em atividades os trotes, os castigos físicos, os ataques a
escoteiras fora da sede esta condicionada à existência de acampamentos, os jogos violentos e as cerimônias
expressa autorização de participação firmada por seus de mau gosto, que humilhem ou que possam pôr
pais ou responsáveis para a respectiva atividade. Os pais em risco a integridade física, psíquica ou moral do
ou responsáveis devem estar cientes de que a vida ao ar jovem. Também não é permitido aos jovens o uso
livre é essencial para a prática do Escotismo. de pólvora, morteiros, fogos de artifício e materiais
No caso de atividades fora da sede realizadas pelo semelhantes em qualquer tipo de atividade
Ramo Pioneiro, para maiores de 18 anos, não é necessária a escoteira.
autorização dos pais ou responsáveis, mas é indispensável
a autorização da diretoria da Unidade Escoteira Local. Os responsáveis pela organização de uma atividade
Para qualquer atividade fora da sede, o Chefe escoteira ao ar livre devem revesti-la de todas as
da Seção deve obter com os pais ou responsáveis, iniciativas e providências necessárias para garantir o
informações sobre as condições de saúde do jovem e a mínimo impacto ambiental e a maior segurança possível,
sua eventual necessidade de usar medicação ou realizar observando, cumprindo e fazendo com que todos os
dieta especial. Nas atividades do Ramo Pioneiro, essas envolvidos preservem o meio ambiente e cumpram as
informações devem ser prestadas, por escrito, pelo regras de segurança, atentando sempre, e inclusive, para
próprio jovem. as peculiaridades do local e do tipo de atividade.
Todos os participantes de atividades escoteiras fora
da sede devem estar previamente inteirados e capacitados
para as regras de segurança estabelecidas e necessárias Leitura recomendada:
para a atividade a ser desenvolvida, cumprindo-as e as Padrões de Atividades Escoteiras.
fazendo cumprir.
Conforme avaliação do Chefe da Seção, pode
ser autorizada a realização de atividades ao ar livre de
patrulhas/equipes de interesse, sendo tais atividades

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 101


ANOTAÇÕES

102 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

ESPIRITUALIDADE

Duração 30 minutos

Compreender como a UEB aplica o conceito de Orientação Espiritual entre os seus


Objetivos Gerais
associados.

Reconhecer a importância da espiritualidade no Movimento Escoteiro;


Objetivos Específicos
Identificar os pontos do projeto educativo que tratam da espiritualidade;

A visão de Baden Powell sobre religião no Escotismo


Conteúdo Desenvolvimento espiritual como propósito do Movimento Escoteiro – Projeto
Educativo.

4 a 5 exemplares de Projeto Educativo do Movimento Escoteiro;


Material
4 a 5 exemplares de POR - Princípios, Organização & Regras;

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

10 Visão de Baden-Powell sobre religião PL

15 Espiritualidade no Programa Educativo TG

5 Apresentação das reflexões EG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo EG = Exposição por Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Visão de Baden-Powell sobre religião no Movimento Escoteiro


A base da visão de B-P sobre a religião no Movimento Escoteiro encontra-se no “Guia do Chefe Escoteiro”, assim,
partindo desta visão expor as orientações por ele fornecidas fazendo um paralelo com o que é definido no POR
para a espiritualidade; apresentar também as formas de auxilio que o Movimento Escoteiro pode oferecer ao
desenvolvimento da espiritualidade.

O que diz o POR


Todos os membros do Grupo devem ser estimulados a ter uma religião e seguir fielmente seus preceitos;

Quando o Grupo for composto, obrigatoriamente, por jovens de uma única religião, seus adultos deverão pertencer
a essa mesma religião e terão, como obrigação indeclinável, que zelar pelas práticas religiosas de seus integrantes e
pela orientação religiosa do Grupo;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 103


Quando o Grupo for composto por jovens pertencentes a diversas religiões, seus adultos devem respeitá-las,
verificando que cada um observe seus deveres religiosos;

Os jovens devem ser estimulados a assistir às cerimônias religiosas do seu próprio culto e tem o direito, quando em
acampamentos, de isolar-se para orações individuais ou coletivas e para o estudo de sua religião;
É vedado aos adultos tornar obrigatório o comparecimento dos jovens às cerimônias religiosas.

Os Grupos Escoteiros devem contar com orientação espiritual adequada às diferentes religiões dos seus membros
juvenis, ministrada por pessoas de sua religião.

O Escotismo é um movimento voluntário. Ninguém é obrigado a participar dele, mas quem deseja fazer parte, deve
seguir seus preceitos, como atender a Lei e a Promessa. E prometemos, quando desejamos ser Escoteiros, cumprir
nossos deveres para com Deus.

O Escotismo faz das suas atividades, principalmente as ligadas à natureza, momentos de aproximação do homem a
Deus.

O que disse e escreveu Baden-Powell

Reverência a Deus, respeito ao próximo e a si próprio, como servo de Deus é a base de toda e qualquer religião.

Estou completamente convencido que há muitas maneiras de estimular respeito religioso, e não somente uma.

Religião somente pode ser inspirada, jamais incuntida.

Maneiras do escotismo ajudar:

1. Exemplo pessoal dos adultos;


2. Estudo da natureza;
3. Boas ações;
4. Retenção dos jovens mais velhos.

Espiritualidade no Programa Educativo e POR


Divide-se os participantes em 4 a 5 grupos.

Reflexão em Grupo sobre o que consta sobre Espiritualidade no Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.
Apresentação dos principais pontos de reflexão a partir da leitura dos textos do Projeto Educativo e do capítulo do
POR correspondente a Espiritualidade.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

P.O.R. Princípios Organização e Regras


Projeto Educativo do Movimento Escoteiro
Guia do Chefe Escoteiro - Baden Powell
Escotismo para Rapazes - Baden Powell

Última atualização: 22/06/2010

104 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


ESPIRITUALIDADE

A Promessa e a Lei resumem, em termos simples, diferentes diante de Deus, abrindo-se ao interesse, à
os valores sobre os quais Baden-Powell considerava que compreensão e ao diálogo com todas as opções religiosas.
deveria estar baseada uma sociedade saudável. Estes Uma pessoa guiada por estes princípios reconhece,
valores constituem o marco de referência ético essencial vive e compartilha o sentido transcendente de sua vida,
no qual opera o Movimento Escoteiro e sem o qual o sem posicionamentos sectários e sem fanatismo.
Movimento deixaria de ser escoteiro. No documento POR, pode ser conferido o capítulo
Para os jovens, os valores do Escotismo se específico que trata sobre a orientação espiritual no
expressam na Promessa e na Lei, que são um componente Escotismo brasileiro.
fundamental do Método Escoteiro. Para o Movimento
como um todo, os valores se expressam nos princípios do
Escotismo. REGRA 021
Os princípios do Movimento e os valores que ele ORIENTAÇÃO GERAL
sustenta se resumem habitualmente em três categorias,
espirituais, sociais e pessoais. Podem participar dos Escoteiros do Brasil pessoas de
todos os credos, sem qualquer distinção. Todos são
Deveres para com Deus: a relação de uma estimulados a cumprir os preceitos de sua religião ou
pessoa com os valores espirituais da vida, a buscar um sentido espiritual para sua vida.
crença fundamental em uma forma superior à
humanidade. Assim, realizam-se atividades de caráter geral que
contribuam para o desenvolvimento espiritual,
Deveres para com os demais: a relação de atividades religiosas de diálogo interreligioso
responsabilidade de uma pessoa para com a ou ecumênico e atividades religiosas específicas
sociedade em seu sentido mais amplo: sua família, conforme o credo dos participantes. A prática do
sua comunidade local, seu país e o mundo, Escotismo inclui o cumprimento dos deveres para
incluindo o respeito pelos demais e pela natureza. com Deus e cada participante o faz de acordo com os
ditames de sua fé.
Deveres para consigo mesmo: a responsabilidade
de uma pessoa por desenvolver seu próprio Estimula-se também a prática religiosa de seus
potencial, até o máximo que lhe permitam suas membros, promovendo-se atividades religiosas
potencialidades. específicas, coordenadas por escotistas/dirigentes
das respectivas religiões.
Convidamos os jovens a ir além do mundo material,
a orientar suas vidas por princípios espirituais e a seguir
caminhando em busca de Deus, presente na experiência
de todos os dias, na criação, no próximo, na história. REGRA 022
Convidamos os jovens a assumir a mensagem de ORIENTAÇÃO PARA AS UNIDADES ESCOTEIRAS LOCAIS
sua fé, buscá-la e vivê-la na comunidade de sua confissão
religiosa, compartilhando da fraternidade dos que se Todos os participantes devem seguir os preceitos de
unem em torno de uma mesma religião e sendo fiéis a sua fé ou buscar um sentido espiritual para sua vida;
suas convicções, seus símbolos e suas celebrações.
Destacamos diante dos jovens a importância de Quando a Unidade Escoteira Local for composta
integrar a fé à vida e à conduta, dela prestando testemunho por jovens pertencentes a religiões diferentes, seus
em todos os seus atos. Além disso, nós os convidamos a escotistas e dirigentes deverão respeitá-las e cuidar
viver sua fé com alegria, sem nenhuma hostilidade para para que cada um observe seus deveres religiosos.
com aqueles que buscam, encontram ou vivem respostas Nas atividades, todas as preces deverão ser de caráter
geral, simples e de assistência voluntária;

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 105


Quando a Unidade Escoteira Local for composta, REGRA 023
obrigatoriamente, por jovens de uma única religião, DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
seus escotistas deverão pertencer a essa mesma
religião e terão, como obrigação indeclinável, que A UEB, em todos os níveis, poderá ter, em relação
zelar pelas práticas religiosas de seus integrantes a cada religião de seus participantes, religiosos
e pela orientação religiosa da Unidade Escoteira ou leigos designados para atuar como assistentes
Local, de acordo com a entidade religiosa; essas religiosos em favor de seus adeptos.
Unidades Escoteiras Locais serão designadas como
de denominação religiosa; Cabe aos assistentes religiosos o acompanhamento
das atividades de desenvolvimento espiritual
Todos devem ser estimulados a assistir às cerimônias específicas da religião correspondente. Tal assistência
de sua própria religião e têm o direito de se isolar, deverá ser exercida num ambiente de absoluto
quando em acampamento ou atividade semelhante, respeito pelas crenças alheias, de modo a que cada
para orações individuais ou coletivas, bem como para um possa cumprir seus deveres religiosos, conforme
o estudo de sua religião; os ditames de sua fé e os imperativos de sua
consciência.
É vedado tornar obrigatório o comparecimento
dos jovens às cerimônias religiosas de outro credo. A assistência religiosa poderá ser objeto de convênio
O comparecimento a cerimônias e/ou locais de a ser realizado com a instituição religiosa interessada.
culto de outras religiões somente poderá ocorrer
se autorizado pela família, se não houver ofensa a
preceitos do credo do jovem e deverá ser como mera
assistência e com alto grau de respeito.

ANOTAÇÕES

106 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA | CURSO PRELIMINAR

PAIS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO

Duração 30 minutos

Reconhecer a importância dos pais no desenvolvimento da Seção e como apoio


Objetivos Gerais
indispensável ao Grupo Escoteiro.

Conhecer os direitos dos pais;


Objetivos Específicos Conhecer os deveres dos pais;
Conhecer a importância da participação dos pais no Movimento Escoteiro.

- Pais no Movimento Escoteiro;


Conteúdo - Direitos dos pais no Movimento Escoteiro;
- Deveres dos pais no Movimento Escoteiro.

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

Tempo (minutos) Tema Metodologia

10 Pais no Movimento Escoteiro PL

Elaborar 3 cartazes: 1 com os Direitos, 1 com os Deveres dos


10 TG
Pais e 1 como atrair pais para apoiar/atuar no Grupo Escoteiro

10 Apresentação dos cartazes e fechamento da unidade TG

PL = Palestra TG = Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Por meio da palestra deverá ser apresentado os direitos e deveres dos pais dentro da Seção e do Grupo Escoteiro e a
importância da participação dos pais no Movimento Escoteiro.

Jogo de fixação
Cada equipe deve escolher um representante, que se colocarão em linha. O formador fará afirmação para cada um
que deverá dizer se é verdadeiro ou falso. Caso acerte dá um passo à frente e caso erre permanece no lugar. Quem
chegar na linha demarcada vence o jogo.

Última atualização: 23/08/2010

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 107


PAIS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO

No cenário atual do Escotismo brasileiro, acima de DEVERES DOS PAIS E RESPONSÁVEIS


20% dos associados dos Escoteiros do Brasil são adultos
voluntários. Destes adultos, a maioria são pais de crianças • Participar ativamente das reuniões da assembleia de
e jovens que integram o Movimento Escoteiro ou foi grupo;
membro juvenil.
As atividades previstas no Programa Educativo são • Comparecer às reuniões de pais na seção de seu filho/
possíveis de se realizar pela participação voluntária dos filha;
adultos.
É importante que os pais das crianças e jovens • Colaborar, dentro de suas possibilidades, das atividades
tenham clareza dos direitos e deveres que eles possuem desenvolvidas pelo Grupo Escoteiro (promoção de festas,
como pais e responsáveis dentro do Movimento Escoteiro. excursões, acampamento, entre outros);
A participação dos pais na vida escoteira de seus filhos
é fundamental para o alcance da proposta educativa. • Estimular seu filho/filha no desenvolvimento da
Quanto mais presente e atuante a família no grupo, mais capacitação escoteira e na regular frequência às atividades;
fortalecido a relação criança/jovem com a sua família.
• Contribuir para que seu filho/filha mantenha em dia as
DIREITOS DOS PAIS E RESPONSÁVEIS mensalidades do Grupo Escoteiro;

• Ter seu filho/filha participando Movimento Escoteiro; • Apoiar as experiências de desenvolvimento da vida do
seu filho/filha.
• Direito a voz e voto nas assembleias de grupo;
• Participar das reuniões do Conselho de Pais. Essas
• Dar sugestões e se envolver nos projetos do Grupo reuniões são para maior cooperação entre escotistas e
Escoteiro; pais ou responsáveis pelos membros juvenis da Seção,
estimulando os participantes pelo interesse das atividades
• Participar das reuniões de pais na seção de seu filho/filha; escoteiras de seus filhos/filhas.

• Receber informações sobre as atividades da seção de seu


filho/filha;

• Envolver-se na educação de seu filho/filha;

• Dialogar com os dirigentes do seu Grupo Escoteiro;

• Ter o Chefe Escoteiro como parceiro na educação do seu


filho/filha;

• Participar dos acampamentos, incorporando-se às


equipes de apoio;

• Exercer a função de formador, dirigente institucional,


escotistas, etc.

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 109


ANOTAÇÕES

110 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


CANCIONEIRO

HINO ALERTA O ESPÍRITO DE B-P.

(Benvenuto Cellini) De B-P. trago o espírito


Sempre na mente, sempre na mente, sempre na mente
Rataplan do arrebol, escoteiros vede a luz De B-P. trago o espírito
Rataplan, olhai o sol, do Brasil que nos conduz Sempre na mente, sempre na mente estará.

Alerta, ó Escoteiros do Brasil, alerta! De B-P. trago o espírito


Erguei para o ideal, os corações em flor No coração, no coração, no coração
A mocidade, ao sol / da Pátria, já desperta De B-P. trago o espírito
À Pátria consagrai o vosso eterno amor No coração, no coração estará.
Por entre densos bosques e vergéis floridos
Ecoem nossas vozes de alegria intensa De B-P. trago o espírito
E pelos campos fora, em cânticos sentidos Junto de mim, junto de mim, junto de mim
Ressoe um hino avante, à nossa Pátria imensa De B-P. trago o espírito
Alerta, alerta, Sempre alerta! Junto de mim, junto de mim estará.
Um-dois-um-dois-um!
De B-P. trago o espírito
Rataplan do arrebol, escoteiros vede a luz Sempre na mente, no coração, junto de mim
Rataplan, olhai o sol, do Brasil que nos conduz De B-P. trago o espírito
Sempre na mente, no coração estará.
Unindo o passo firme à trilha do dever
Tendo um Brasil feliz por nosso escopo e norte
Façamos o futuro em flores antever CANÇÃO DA PROMESSA
A nova geração jovial, confiante e forte
E se algum dia acaso, a Pátria estremecida Prometo neste dia cumprir a Lei
De súbito bradar: Alerta, ó Escoteiros! Sou teu escoteiro, Senhor e Rei
Alerta respondendo à Pátria, nossas vidas Eu te amarei pra sempre, cada vez mais
E as almas entregar iremos prazenteiros Senhor, minha Promessa, protegerás
Alerta, alerta, Sempre alerta!
Um-dois-um-dois-um! Da fé eu sinto orgulho, quero viver
Tal como ensinastes até morrer
Eu te amarei pra sempre, cada vez mais
PARA SER LOBINHO Senhor, minha Promessa, protegerás

Para ser Lobinho é preciso ter Com a alma apaixonada, Servi-lo-ei


Muita alegria e disposição À minha Pátria amada fiel serei.
É brincar e aprender tendo por ideal Eu te amarei pra sempre, cada vez mais
Praticar a Boa Ação Senhor, minha Promessa, protegerás

Há um mundo bem melhor A promessa que um dia fiz junto a Ti


Para você descobrir Para toda a vida eu a prometi
É um mundo fascinante Eu te amarei pra sempre, cada vez mais
Feito por B.P. Senhor, minha Promessa, protegerás

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 111


CANÇÃO DA DESPEDIDA BRAVO / GRATO

Por que perder a esperança Bravo, bravo, bravo, bravíssimo


De nos tornar a ver Bravo, bravo, bravíssimo
Por que perder a esperança Bravo, bravíssimo
Se há tanto querer Bravo, bravíssimo
Bravo, bravo, bravíssimo
Não é mais que um até logo
Não é mais que um breve adeus Grato, grato, grato, gratíssimo
Bem cedo junto ao fogo Grato, grato, gratíssimo
Tornaremos a nos ver Grato, gratíssimo
Grato, gratíssimo
Com as nossas mãos entrelaçadas Grato, grato, gratíssimo
Ao redor do calor
Formemos nesta noite
Um círculo de amor GUIN GAN GULI

Não é mais... Chali guli, chali guli, chali guli, Chali guli
umpa umpa umpa
Pois o Senhor que nos protege
E nos vai abençoar Guim gam guli guli guli uatcha,
Um dia, certamente, guim gam gu, guim gam gu
Vai de novo nos juntar Guim gam guli guli guli uatcha,
guim gam gu, guim gam gu
Não é mais...
Eila, eila cheila, eila cheila eila ôôô
Eila, eila cheila, eila cheila eila ô
FLOR DE LIS Chali guli, chali guli, chali guli, Chali guli
umpa umpa umpa
Como é feliz o acampamento na floresta
Junto de nós passa um regato a murmurar Guim gam guli...
Cantam as aves, pelos ninhos sempre em festa
E o vento sopra nas ramagens, a dançar
É sobre o coração, porque sou tão feliz HUM
Que eu levo com amor a minha flor de lis
Hum hum, quero ficar aqui
Junto de mim eu tenho muitos companheiros Hum hum, mais um pouquinho só
E a cada um deles eu estimo como irmão Hum hum, mais um pouquinho com você
Pois a amizade que reúne os escoteiros (Hum hum)
Faz com que todos tenham um só coração Hum hum, a noite vem eu sei
É sobre o coração, porque sou tão feliz Hum hum, não quero crer que vou
Que eu levo com amor a minha flor de lis Hum hum, para bem longe de você
(Hum hum)
Hum hum.por isso eu canto assim
Hum hum, para alegrar o adeus
Hum hum, e esta amizade não ter fim
(Hum hum)
Hum hum, uma grande amizade
Hum hum, conosco se formou
Hum hum, e para sempre há de ficar
Hum hum.

112 CURSO PRELIMINAR ESCOTEIROS DO BRASIL


HINO DA MODALIDADE DO MAR – “O RA-TA-PLAN DO MAR” HINO DA MODALIDADE DO AR

(Benvenuto Cellini) (Jayme Janeiro Rodrigues)

Do infinito mar, na vasta imensidade, Rataplan - plan - plan


E sob a infinidade do esplendente azul, Vamos cantar!
Queremos educar a nossa mocidade, Estamos Sempre Alerta,
Fugindo à vida inerte, infenso, atroz paul! Ó, Escoteiros do Ar!
E quando vemos, longe, o torvelinho humano, Contatos ligados,
O próximo perigo, as almas nos desperta, Motores roncando,
E ao nosso brado Alerta! Alerta! Sempre Alerta! Escoteiros do Ar, cantando!
Respondem-nos - Alerta! - as vozes do oceano! Escoteiros reunidos
Com suas patrulhas
Em cadência firme e sã, nossos peitos faz vibrar. Aeromodelos voando!
O ra-ta-plan, ra-ta-plan, ra-ta-plan dos Escoteiros do Mar! Escoteiros do Norte,
(bis) Escoteiros do Sul,
Do Leste, do Oeste,
Na progressiva paz, nos dias de perigo, No seu afã!
Nas horas de alegria, ou quando reina a dor, Somos Escoteiros do Ar
É sempre o mesmo mar, o nosso grande amigo, E vamos cantar
É sempre a mesma Pátria, o nosso imenso amor! O nosso Rataplan - plan - plan!
Se acaso ferve, um dia, o turbilhão insano, Rataplan - plan - plan
Das cúpidas paixões de alguma hora incerta, Vamos cantar
Ao nosso brado Alerta! Alerta! Sempre Alerta! Estamos Sempre Alerta
Respondem-nos - Alerta! - as vozes do oceano! Ó, Escoteiros do Ar! (bis)

Em cadência firme e sã, nossos peitos faz vibrar,


O ra-ta-plan, ra-ta-plan, ra-ta-plan dos Escoteiros do Mar!
(bis)

Da Pátria todo amor, constantes pioneiros,


Por sobre o mar ou terra, e sob um céu de anil,
Ardentes, juvenis, do mar os Escoteiros
Tem só por lema audaz: tudo pelo Brasil!
E assim sempre evitando, da tibieza o engano,
Do amor da Pátria e honra, da fé sob a coberta,
E ao nosso brado Alerta! Alerta! Sempre Alerta!
Respondem-nos - Alerta! - as vozes do oceano!

Em cadência firme e sã, nossos peitos faz vibrar,


O ra-ta-plan, ra-ta-plan, ra-ta-plan dos Escoteiros do Mar!
(bis)

ESCOTEIROS DO BRASIL CURSO PRELIMINAR 113


CONTRIBUÍRAM NA ELABORAÇÃO DESTE MATERIAL

Alessandro Garcia Vieira


André Luiz Corrêa Gomes
Antônio César Oliveira
Carmen V. C. Barreira
Fábio Conde
Ilka Denise Gallego
Líria Romero Dutra
Luiz César de Simas Horn
Marcos Carvalho
Maria Soares
Megumi Tokudome
Paulo Cabello
Renato Eugênio
Ricardo Kontz
Rogério Assunção
Rubem Suffert
Sônia Jorge
Theodomiro Rodrigues
Vitor Augusto Gay
2014

União dos Escoteiros do Brasil - Escritório Nacional


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Tel.: 41. 3253 4732 | Fax: 41. 3353-4733
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