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11/08/2020 Justiça de SP proíbe uso de câmeras de reconhecimento facial em painel do Metrô | São Paulo | G1

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SÃO PAULO

Justiça de SP proíbe uso de câmeras de


reconhecimento facial em painel do Metrô
Decisão liminar dá o prazo de 48 horas para a concessionária ViaQuatro desligar os
equipamentos de publicidade, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Por G1 SP — São Paulo


14/09/2018 22h31 · Atualizado há um ano

Câmera Linha 4-Amarela do Metrô — Foto: TV Globo/Reprodução

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/09/14/justica-de-sp-proibe-uso-de-cameras-de-reconhecimento-facial-em-painel-do-metro-de-sp.g… 1/8
11/08/2020 Justiça de SP proíbe uso de câmeras de reconhecimento facial em painel do Metrô | São Paulo | G1

A Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira (14) que a ViaQuatro,


concessionária que administra a linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, pare de
usar sensores que fazem o reconhecimento facial dos passageiros nas
plataformas. Cabe recurso.

A concessionário foi processada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor


(Idec). Desde abril deste ano, os painéis instalados nas plataformas de embarque e
desembarque das estações do Metrô exibiam publicidade e registravam por uma
câmera a reação dos passageiros que paravam em frente.

A decisão liminar (provisória) desta sexta-feira, da juíza Adriana Cardoso dos Reis, da
37ª Vara Cível de São Paulo, determina o prazo de 48 horas para o desligamento dos
equipamentos, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

O G1 procurou a ViaQuatro que informou por meio de nota que "a legalidade do
sistema será comprovada em juízo" (leia abaixo a íntegra da nota).

Na decisão, a juíza afirma que “não está clara a exata finalidade da captação das
imagens e a forma como os dados são tratados pela parte ré". Para a magistrada,
isso "deveria ser objeto de ostensiva informação aos passageiros, inclusive diante da
natureza pública do serviço prestado”.

A ação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pedia o desligamento


e a retirada imediata das câmeras instaladas nos painéis. Além disso, a ação

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11/08/2020 Justiça de SP proíbe uso de câmeras de reconhecimento facial em painel do Metrô | São Paulo | G1

solicitava o pagamento de indenização por danos coletivos no valor mínimo de R$


100 milhões.

Idec move ação contra concessionária da Linha Quatro

'Pesquisa de opinião forçada'


Na época em que os painéis foram instalados, a concessionária divulgou que uma
câmera sensível contabiliza quantas pessoas passam em frente à tela e faz o
reconhecimento facial. Ou seja, a tela tem uma tecnologia que é capaz de fazer um
estudo das emoções esboçadas pelo passageiro.

Para o Idec, esse tipo de coleta de informações é ilegal porque funciona como uma
espécie de pesquisa de opinião forçada, sem que a pessoa saiba. E os sensores
estão instalados num lugar onde quem anda de Metrô precisa passar.

Além disso, segundo o Idec, não há garantias para o passageiro de que os dados
biométricos dele não serão guardados e usados depois.

O que diz

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/09/14/justica-de-sp-proibe-uso-de-cameras-de-reconhecimento-facial-em-painel-do-metro-de-sp.g… 3/8
11/08/2020 Justiça de SP proíbe uso de câmeras de reconhecimento facial em painel do Metrô | São Paulo | G1

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Via Quatro divulgou a seguinte nota
abaixo (leia na íntegra):

"Considerando as últimas notícias veiculadas na mídia sobre o ajuizamento de ação


questionando a legalidade do sistema de portas digitais, a ViaQuatro, concessionária
responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô de São
Paulo, informa que, preventivamente e de boa-fé, desativou o uso do aludido
sistema.

As portas digitais, que ficaram ativadas entre abril e agosto de 2018, não capturam e
não tratam dados pessoais dos passageiros. A legalidade do sistema será
comprovada em juízo.

A concessionária reitera que até o momento não foi intimada para se manifestar
judicialmente e sempre cumpriu rigorosamente todas as leis vigentes que dizem
respeito ao tema."

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