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FAMÍLIA MIMAKI NO JAPÃO – CAPÍTULO II

Vejam, queridos “Mimakianos” como a vida, as vezes, interliga nossos destinos

Quando alguém poderia imaginar que um arquiteto famoso, sobre quem a Déi-

nha estudou na faculdade, e que admirava muito, seria aquele que fosse proje

tar o edifício onde iriam trabalhar seu bisavo e sua tia-bisavó, lá no Japão ?

Muito bacana como o destino traça nossa jornada e que, sempre, nos reserva

alguma surpresa em nosso caminho !

Mas, dando continuidade a história da Família Mimaki, vocês saberão, agora,

porque o Unta chama-se Yugi.

O irmão, logo mais novo que papai, chamava-se Yugi (por ser o segundo filho) .

Era o meu herói !

Todo menino tem um herói (ele era o meu: meu tio-herói).

Na minha fantasia de criança, não me importava se ele era um soldado inimigo!

Eu o admirava, porque ele era o irmão de papai, e o comandante de uma esqua

drilha de super-bombardeiros da força aérea imperial japonesa !

Atenção:

Ele não era um kamikaze !

Ele era o comandante de uma frota de super-bombardeiros.

Vejam sua esquadrilha:

(Fotos que ele mandou para o papai)


Eles bombardeavam alvos militares e tem um álbum com muitas fotos desses

bombardeios (acho que está com a Rórinha). E’ um álbum com folhas pretas.
Esse era o tio Yugi, irmão de papai e meu herói:
E´ claro que nunca torcí para o Japão ganhar a guerra (criança nem pensa nis

so) mas crescí com essa lembrança de meu herói .

Torcia era para ele !

Infelizmente, seu avião foi abatido, em uma incursão sobre a China, e ele foi

preso.

Meu avo ficou sabendo onde ele estava e foi atrás para tentar libertá-lo.

Foi, também, preso !

Quando terminou a guerra, ambos foram fuzilados !

Terminava, aí, a história para os dois.

Muito cruél, mas, essa é a vida.

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Todos os meus filhos tiveram o primeiro nome dado pela Tiaki e o segundo por

mim.

Dessa forma o Marina da Déinha e o Narumi da Fióta (Te) foram dados por mim

Marina, porque eu gosto muito desse nome e Narumi, que eu gosto, também,

e que conhecí, porque os Mimaki do Japão escolheram para a Rórinha.

Quando a Tiaki me presenteou com o filho, ela quis, também, me homenagear

e deu-lhe o meu nome.

Incontinenti acrescentei, lembrando de meu tio-herói, também, YUGI !

Só como recordação de um tempo em que o serviço de saúde pública funciona-

va, e muito bem, quero lembrá-los que o Unta nasceu pela previdencia!
Aliás, naquele tempo, não tinha ultrassom, ou qualquer outro recurso que ante

cipasse o sexo do bebe.

Ficávamos sabendo se “menino” ou “menina” somente após o nascimento.

Todos os partos eram naturais (nunca tinha ouvido falar em cesariana).

A Verinha e a Eldinha também devem ter nascido de parto normal, apesar da

minha irmãzinha ser pequenininha (e pela previdência . . .) !

Mas, . . . se Yugi, . . . porque UNTA?

Explico:

Meu cunhado (Luis), de saudosa lembrança, que casou com a irmã mais ve-

lha da Tiaki (“Netian” – Maria) pai do Jaminho e da Kazue, (meus queridos

sobrinhos), gostava demais do Yugi, a quem chamava de Yutian.

Para quem não conhece os hábitos japoneses, esclareço que é costume

chamar os mais queridos e, principalmente, as crianças, com a terminação

“tian”, usando-se, junto, o começo do nome, daí o Yu (de Yugi) + tian, portanto,

Yutian.

Era Yutian para cá e Yutian para lá.

Para ele, criancinha, era UNTA e dessa forma se intitulava:

-- Eu sou o Unta !

E, assim, ficou !

Hoje, nós o chamamos de UNTA.

Em Cornélio Procópio é . . . Miro (!?), . . . mas essa é uma outra história que, um
dia, ele mesmo conta.

(Semana que vem tem mais, com uma revelação surpreendente para todos,

porque, acho que vocês desconhecem, e tem muito a ver com a nobreza da

Família Mimaki do Japão).

Aguardem!

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