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Etec Tereza Aparecida Nunes

Geovanna dos Santos 1-C ADM

Capítulo 1

Sr.Jones era o proprietário da Granja do Solar e vivia bêbado.

Numa noite organizou a granja, colocou os animais em seus lugares e foi em direção a sua casa, com
uma lanterna, cambaleando de tanto que tinha bebido chegou tomou mais um copo de cerveja e
deitou-se para dormir.

Assim que os animais notaram que Jones dormia houve um alvoroço e um falatório entre eles pois
naquele dia ocorreu um boato que de que o porco velho Major havia tido um sonho muito estanho
na noite anterior e desejava compartilhá-lo. Os animais haviam combinado de se encontrar no
celeiro assim que o Sr.Jones dormisse, e assim fizeram. (ASSEMBLEIA) (COMUNICAÇÃO).

Logo o Major se pôs em lugar de destaque-os demais animais assentaram-se a sua volta e ele
começou a falar sobre o sonho, contando experiências de vida e a realidade que todos os animais
viviam, sentiu-se na obrigação de ensinar algo que ajudasse no futuro e na melhoria de vida. Tudo
que ele dizia era ir contra os homens, se livrar deles, ser inimigos pois eles exploravam os animais,
consumiam de suas produções e de nada era feito para uma melhor qualidade à liberdade dos
bichos, então Major pede para que eles se juntem e façam uma Revolução (ASSEMBLEIA)
(COMERCIO). Momento depois teve uma confusão ficaram confusos sobre as criaturas selvagens,
como os ratos e coelhos se eles seriam amigos ou inimigos, então resolveram fazer uma votação e
conclui que os ratos e coelhos eram camaradas ( DEMOCRACIA) . O velho Major ensinou também a
eles o canto ‘’ Bichos da Inglaterra’’ que proclamava a liberdade dos animais todos aprenderam e se
empolgaram com o canto cantando-o várias vezes (RELIGIÃO) , até que Jones acordou e sem saber o
que estava acontecendo disparou sua espingarda, logo os animais se dispersaram e a reunião
acabou.

Capítulo 2

Depois de 3 noites faleceu o velho Major durante seu sono. Houve uma intensa atividade que daria
uma nova vida aos animais da granja que não sabiam que teriam lugar na revolução prevista pelo
Major, mas se preparam.

A liderança das atividades passou para os três porcos mais inteligentes entre os animais, entre eles
estavam: Napoleão, Bola de Neve e Garganta,os três tinham personalidades muito diferentes.

Os três tinham organizado um sistema de acordo com o pensamento do Major chamado de


‘’Animalismo’’ (SOCIALISMO).

Alguns animais, contestavam as ideias dos porcos porque não queriam perder algumas coisas em
nome de sua liberdade e os porcos enfrentavam grandes dificuldades para fazê-los ver que isso era
contrário ao espirito do Animalismo.

Muito mais os porcos lutavam para neutralizar as mentiras de Moises um corvo que era bicho de
estimação de Jones que afirmava a existência de um lugar após a morte chamado ‘’Montanha de
Açúcar’’ que era perfeito. Alguns animais acreditavam e os porcos tiveram trabalho para convencê-
los que aquele lugar não existia.

Após um tempo Jones estava em decadência com falta de dinheiro, então começou a beber bastante
e começou a maltratar os animais e a deixá-los sem alimento. Aquilo ultrapassou tudo que os
animais podiam suportar então perderam o controle e golpearam pelos limites da granja fechando
atras deles as porteiras das cinco barras e assim deu início a revolução e, Jones e sua mulher que
viviam ali foram expulsos e a granja solar era dos animais.

Depois do glorioso acontecimento mudaram o nome de Granja Solar para Granja dos Bichos e
criaram 7 mandamentos do Animalismo; (CONSTITUIÇÃO) (PODER) (AUTORITARISMO).

1.Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.

2.Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas é amigo.

3. Nenhum animal usara roupas.

4. Nenhum animal dormira em cama.

5.Nenhum animal beberá álcool.

6.Nenhum animal matara outro animal.

7.Todos os animais são iguais.

‘’Quatro pernas bom, duas pernas ruins” . passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas. E
algo estranho aconteceu, durante um dia de colheita o leite das vacas desapareceu da granja.

Capítulo 3
Sob a organização dos porcos os animais começaram a colheita o esforço foi recompensado,
pois a colheita deu um resultado muito melhor do que esperavam, melhor a que do tempo
de Jones. A tarefa foi dura, os implementos destinavam-se ao uso de seres humanos e foi
uma enorme desvantagem o fato de nenhum bicho poder utilizar ferramentas que
exigissem a posição em pé sobre as patas traseiras, cada um trabalhava de acordo com sua
capacidade. Sansão e Quitéria atrelavam-se à ceifadeira ou à grade (naturalmente não havia
mais necessidade de freios e rédeas) e andavam pelo campo para lá e para cá, com um
porco atrás gritando “Eia, camarada!” ou “A volta, agora, camarada!”, conforme o caso. Os
porcos não trabalhavam, propriamente, mas dirigiam e supervisionavam o trabalho dos
outros. Donos de conhecimentos maiores, era natural que assumissem a liderança. (PODER)
Os porcos reservaram o deposito de ferramentas para a sede da direção. Lá eles estudavam
carpintaria, mecânica e outras artes. Bola de Neve ocupava a organização dos outros bichos
por meio de Comitês de Animais formou o Comitê da Produção de Ovos, para as galinhas; a
Liga das caudas limpas, para as vacas; o Comitê de reeducação dos animais selvagens (cujo
objetivo era domesticar os ratos e os coelhos); o Movimento pró lã mais branca, que
congregava as ovelhas, além de começar a ensinar os animais a ler escrever.
O mistério do leite se esclareceu. Era misturado à comida dos porcos. As maçãs estavam
amadurecendo e a grama do pomar cobria-se de frutas derrubadas pelo vento. Os bichos
tinham como certo que as frutas deveriam ser distribuídas equitativamente; certo dia,
porém, chegou à ordem para que todas as frutas caídas fossem recolhidas e levadas ao
depósito das ferramentas, para consumo dos porcos. Alguns bichos murmuraram a respeito,
mas foi inútil. Os porcos estavam todos de acordo sobre esse ponto, até mesmo Bola de
Neve e Napoleão. Diziam que ingerir essas coisas preservaram sua saúde e que era
substâncias necessárias à saúde dos porcos. Nós, os porcos, somos trabalhadores
intelectuais. A organização e a direção desta granja repousam sobre nós. Dia e noite
velamos por vosso bem-estar. É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos
aquelas maçãs. Sabeis o que sucederia se os porcos falhassem em sua missão? Jones
voltaria! Jones voltaria!

Capítulo 4
No fim do verão a notícia do acontecido na Granja dos Bichos já se espalhara pelo condado.
Todos os dias, Bola de Neve e Napoleão enviavam formações de pombos com o intuito de
espalhar a notícia aos animais das granjas vizinhas, e contar-lhes a história da Revolução e
ensinar-lhes a melodia de Bichos da Inglaterra. Quando a notícia sobre a Granja dos Bichos
se espalhou os donos de outras granjas, estavam assustados com a Revolução na Granja dos
Bichos e desejosos de prevenir que seus próprios animais tomassem maior conhecimento
do assunto. De início, acharam graça na ideia de bichos gerirem por si próprios uma granja.
E começaram a inventar histórias falsas sobre a granja que diziam que os animais da Granja
do Solar insistiam em chamá-la Granja do Solar; não admitiam o nome Granja dos Bichos,
estavam lutando entre si e não tardariam a definhar até morrer. Como o tempo passava e
os animais evidentemente não definhavam, mudaram de tom e começaram então a falar
nas terríveis perversidades que estavam ocorrendo na Granja dos Bichos. Mesmo assim, a
melodia e a letra de Bichos da Inglaterra tornavam-se conhecidas em toda parte.
Espalhavam-se com espantosa rapidez. Os humanos não podiam conter a raiva ao ouvirem
essa canção então os donos maltratavam seus bichos que cantassem essa canção.
Uma revoada de pombos chegou e pousou no pátio da Granja dos Bichos. Jones e todos os
seus homens, mais meia dúzia de outros homens de Foxwood e Pinchfield, haviam
penetrado pela porteira das cinco barras e vinham subindo a trilha que conduzia à fazenda.
Todos armados de bastões, exceto Jones, que marchava à frente com uma espingarda na
mão. Era, evidentemente, uma tentativa de recuperar a granja. Bola de Neve que estudava
um velho livro sobre as campanhas de Júlio César, encontrado na casa-grande, estava
encarregado das operações defensivas. Rapidamente deu suas ordens, e em pouco tempo
cada animal estava em seu posto. Quando os homens chegaram perto das casas, Bola de
Neve fez o primeiro ataque. Jones pega uma arma e atira, e acertou uma ovelha que caiu
morta no chão. Os animais foram para cima dos homens e venceram a batalha, uma
celebração de improviso realizou-se imediatamente, a bandeira foi hasteada e cantaram
Bichos da Inglaterra. E no túmulo da ovelha, Bola de Neve fez um pequeno discurso, pondo
em relevo a necessidade de todos os animais estarem prontos a morrer pela Granja dos
Bichos, se necessário. E os animais decidiram, por unanimidade, criar uma condecoração
militar que foi batizada de ‘’Batalha do Estábulo’’, pois fora o lugar onde se armara a
emboscada.

Capítulo 5
Com o passar do inverno, mimosa tornava-se mais e mais importuna. Todas as manhãs
atrasava-se para o trabalho e desculpava-se dizendo que dormira demais. Mimosa
desapareceu. Durante algumas semanas ninguém teve notícias de seu paradeiro, até que os
pombos trouxeram o informe de que a haviam visto na parte mais afastada de Willingdon,
atrelada a uma carroça vermelha e preta, em frente a uma estalagem. Um homem gordo,
de rosto vermelho, calças xadrez e polaina, com todo o tipo de estalajadeiro, dava-lhe
pancadinhas no focinho e oferecia-lhe torrões de açúcar. Seu pelo fora recentemente
rasqueteado e ela usava uma fita escarlate no topete. Parecia muito satisfeita, segundo
disseram os pombos. Os bichos nunca mais falaram em Mimosa.
A terra dura em janeiro não permitia o trabalho no campo, o que dificultou as coisas.
Napoleão e Bola de Neve planejavam os trabalhos que iriam fazer na estação seguinte, mas
sempre discordavam um do outro. Cada um tinha seus seguidores e havia debates violentos
Bola de Neve sempre tinha cabeça cheia de planos sobre invenções e melhoramentos.
Falava com grande conhecimento de causa sabre drenagens, ensilagem, escórias básicas, e
havia elaborado um complexo esquema segundo o qual os bichos evacuariam diretamente
no campo, em lugares diferentes cada dia, para economizar o trabalho do transporte de
esterco. Napoleão não criava projetos próprios, mas dizia que os de Bola de Neve não
dariam certo.
Depois de realizar uma pesquisa Bola de Neve declarou ser o local ideal para a construção
de um moinho de vento, que poderia criar uma energia elétrica toda a granja. As baias
teriam luz elétrica e aquecimento no inverno, haveria força para uma serra circular, para
moagem de cereais, para o corte da beterraba e para um sistema de ordenha elétrica.
Napoleão falava sobre a necessidade de produção de alimentos e eles disputavam suas
ideias. Então houve uma reunião, e nove cães enormes criados por Napoleão usando
coleiras com bronze, entraram latindo no celeiro. Jogaram-se sobre Bola de Neve, que
saltou do lugar onde estava, mal a tempo de escapar daquelas presas e foi expulso por eles.
E Napoleão, com os cachorros a segui-lo, subiu para o estrado, de onde o Major fizera seu
discurso. Anunciou que daquele momento em diante terminariam as Reuniões dos
domingos de manhã. Eram desnecessárias perdas de tempo. Para o futuro, todos os
problemas relacionados com o funcionamento da granja seriam resolvidos por uma
comissão de porcos, presidida por ele, que se reuniria em particular e depois comunicaria
suas decisões aos demais(AUTORITARISMO).
Napoleão assumiu a liderança e começou a tomar as decisões e então decidiu fazer o
projeto do moinho alegando que a invenção fosse dele ( LIDERANÇA). Naquela tarde,
Garganta explicou aos outros bichos, em particular, que Napoleão sempre foi a da
construção do moinho e Bola de Neve havia desenhado no assoalho do galpão das
incubadoras fora, na realidade, roubado de entre os papéis de Napoleão. O moinho de
vento era, em verdade, criação do próprio Napoleão. “Por que, então – perguntou alguém –
ele tanto falou contra o moinho?” Garganta olhou, manhoso. “Aí é que estava a esperteza
do Camarada Napoleão – disse. – Ele fingira ser contra o moinho de vento, apenas como
manobra para livrar-se de Bola de Neve, que era um péssimo caráter e uma influência
perniciosa.

Capítulo 6
Durante o ano inteiro os bichos trabalharam feito escravos por toda a primavera e o verão,
enfrentaram uma semana de sessenta horas de trabalho e, em agosto, Napoleão fez saber
que haveria trabalho também nos domingos à tarde. O moinho começou a ser construído.
Um domingo de manhã, quando os bichos se reuniram para receber as ordens, Napoleão fez
uma nova política, a partir daquele dia a Granja dos Bichos passaria a comerciar comas da
vizinhança; naturalmente, sem qualquer objetivo de lucro, mas com o fito único de obter
algumas mercadorias urgentemente necessárias. As exigências do moinho de vento deviam
sobrepujar tudo mais, disse. Em consequência, ele estava tratando da venda de uma grande
meda de feno e de parte da safra de trigo daquele ano; mais tarde, caso fosse necessário
mais dinheiro, este teria de ser obtido com a venda de ovos, para os quais sempre havia
mercado em Willingdon (Comércio). Como obter isso tudo, ninguém conseguia imaginar.
Um domingo de manhã, quando os bichos se reuniram para receber as ordens, Napoleão
anunciou sua decisão de encetar uma nova política e decide fazer negócios com seres
humanos. Um certo Sr. Whymper, que era procurador em Willingdon, concordara em atuar
como intermediário entre a Granja dos Bichos e o mundo exterior, viria à granja todas as
segundas-feiras pela manhã, a fim de receber instruções.
Os porcos estavam mudando os mandamentos para benefícios deles, abusando dos outros animais
que ficavam inquietos, Garganta porco que transmitia as mensagens de napoleão sempre
acalmava os bichos com argumentos do tipo: que deviam aceitar pois senão Jones voltaria.
Pela manhã, ao saírem os animais de suas baias, deram com o mastro caído no chão e viram o
olmeiro do pomar desgalhado como se fosse um rabanete. Mal haviam notado isso quando soltaram
um grito lancinante de desespero. Visão terrível se apresentava aos seus olhos: o moinho de vento
estava destruído e Bola de Neve foi culpado por Napoleão que pediu a sentença de morte para ele.

Capítulo 7

Aquele inverno foi horrível. Às tempestades seguiram-se o granizo e as nevadas, depois o gelo, que
somente se desfez em meados de fevereiro. Algum progresso se conseguiu depois, no tempo gelado
e seco que se seguiu, mas foi um trabalho cruel, e os animais já não o realizavam com a mesma
esperança de antes. Andavam sempre com frio e, normalmente, com fome. Somente Sansão e
Quitéria nunca desanimavam.
Napoleão bem sabia dos maus resultados que poderiam advir, caso a verdadeira situação alimentar
da granja fosse conhecida, e resolveu induzir seu parceiro de comercio Sr. Whymper a divulgar uma
impressão contrária.

Pela primeira vez, desde a expulsão de Jones, aconteceu algo parecido com uma rebelião lideradas
por três jovens frangas Minorca, as galinhas realizaram uma ação visando a contrariar os desejos de
Napoleão. O método usado foi voar para os caibros do telhado é dali pôr os ovos, que vinham
despedaçar-se no chão, mas Napoleão agiu rápida e implacavelmente. Cortou a ração das galinhas e
decretou que o bicho que fosse apanhado dando a elas um grão sequer de alimento seria
condenado à morte. Os cachorros fiscalizavam a execução da ordem (DEMOCRACIA). As galinhas
resistiram por cinco dias, depois capitularam e voltaram para os ninhos. Nove haviam morrido. Seus
corpos foram enterrados no pomar e, segundo se disse, a causa da morte for a coccidiose. Whynper
nada ouviu sobre esse caso, e os ovos foram entregues pontualmente, vindo um caminhão
semanalmente buscá-los.

No início da primavera, descobriu-se um fato alarmante. Bola de Neve estava frequentando a granja
à noite, secretamente! Os bichos ficaram tão preocupados que mal podiam dormir em seus
estábulos. Todas as noites, dizia-se, ele se esgueirava nas sombras e fazia muitas maldades roubava
milho, entornava baldes de leite, quebrava ovos, esmagava os viveiros de sementes e roía o córtex
das árvores frutíferas. Sempre que algo errado aparecia, o culpado era Bola de Neve. Uma janela
quebrada, um dreno entupido, e alguém com certeza diria que Bola de Neve viera à noite e fizera
aquilo, quando se perdeu a chave do depósito, toda a granja se convenceu de que Bola de Neve a
jogara no fundo do poço. Interessante foi continuarem a acreditar, mesmo depois que a chave
perdida foi encontrada sob um saco de farinha. As vacas declararam unanimemente que Bola de
Neve entrara em suas baias e as havia ordenhado durante o sono. Os ratos, por incomodarem muito
durante o inverno, foram taxados de aliados de Bola de Neve.

Napoleão decretou uma ampla investigação sobre as atividades de Bola de Neve, que era culpado
por tudo que acontecia de errado. Garganta discursa para colocar outros animais contra Bola de
Neve. Napoleão mata em uma reunião, todos que confessaram ajudar bola de neve ou então
sabotar o novo regime.

Mal haviam terminado de cantar a terceira vez, apareceu Garganta, seguido de dois cachorros, com
ar de quem tem coisa muito importante a dizer. Anunciou que, por decreto especial do Camarada
Napoleão, a canção Bichos da Inglaterra fora abolida. Daquele momento em diante, era proibido
cantá-la (LEI CONSTITUCIONAL).

Capítulo 8

Poucos dias mais tarde, quando já sossegado o terror causado pelas execuções, alguns animais
lembraram-se ou julgaram lembrar-se do Sexto Mandamento que falava: “Nenhum animal matará
outro animal.” Embora ninguém o mencionasse ao alcance dos ouvidos dos porcos ou dos cachorros,
parecia-lhes que a matança ocorrida não se ajustava muito bem com isso.

Durante aquele ano, os bichos trabalharam ainda mais que no ano anterior. A reconstrução do
moinho de vento, as paredes com o dobro de espessura, sua conclusão no prazo marcado,
juntamente com o trabalho normal da granja, era tudo tremendamente laborioso.
Napoleão passa a ser referido de maneira formal, como “nosso Líder, o Camarada Napoleão”, e os
porcos gostavam de inventar para ele títulos tais como Pai de Todos os Bichos, Terror da
Humanidade, Protetor dos Apriscos, Amigo dos Pintainhos e assim por diante.

Napoleão envolveu-se em negociações complicadíssimas com Frederick e Pilkington. As pilhas de


madeira ainda não estavam vendidas. Dentre os dois, Frederick era o mais ansioso por colocar-lhes a
mão, mas não oferecia um preço razoável. Ao mesmo tempo circulavam renovados boatos de que
Frederick e seus homens estavam planejando atacar a Granja dos Bichos e destruir o moinho de
vento, cuja construção lhe causara enorme ciúme.

Napoleão em pessoa, acompanhado dos seus cachorros e do seu garnisé, veio inspecionar o trabalho
concluído; congratulou-se com os animais pelo feito e anunciou que o moinho se chamaria “Moinho
Napoleão”.

Mais ou menos por essa época, foi anunciado que Napoleão acertara vender as pilhas de madeira
ao Sr. Pilkington; ia assinar também um acordo regular para a troca de certos produtos entre a
Granja dos Bichos e Foxwood. Mas ele queria pagar a madeira com uma coisa chamada cheque, que
era, ao que diziam, um pedaço de papel com uma promessa de pagamento escrita. Mas Napoleão
era vivo demais para isso. Exigiu o pagamento em notas autênticas de cinco libras, que deveriam ser
entregues antes da retirada da madeira ( SOCIALISMO). Frederick já pagará; e a soma era suficiente
para comprar a maquinaria do moinho de vento. A madeira já fora retirada com grande rapidez.
Quando Napoleão examinaram as notas de Frederick Napoleão recostara-se numa cama de palha,
com o dinheiro a seu lado, cuidadosamente empilhado numa travessa da cozinha da casa-grande. Os
animais passavam lentamente em fila e cada um olhava o tempo que quisesse. Sansão espichou o
focinho para cheirar as notas e as delicadas coisinhas agitaram-se com sua respiração. Três dias mais
tarde, Whymper, branco como cera, chegou afobado com sua bicicleta, deixou-a caída no pátio e
correu para dentro da casa. Daí a momentos ouviu-se um pavoroso rugido de raiva vindo do
apartamento de Napoleão. A notícia do que sucedera espalhou-se pela granja com a rapidez de um
raio. As notas eram falsas! Frederick levara a madeira de graça!

Napoleão chamou os animais e com um vozeirão de arrepiar proclamou a sentença de morte contra
Frederick. E houve uma grande confusão com os comerciantes que ocasionou com uma batalha de
homens de outras granjas chamadas de ‘’Batalha de moinho de vento’’ e o moinho foi destruído por
uma bomba pelos homens. Morreu uma vaca, três ovelhas, dois gansos e muito animais estavam
feridos, mas os bichos venceram novamente. Napoleão cria uma nova comenda chamada de
‘’Ordem da Banheira Verde’’. Os porcos entraram na casa grande com uma grande caixa de uísque e
os outros animais se lembraram do mandamento de ‘’Nenhum animal beberá álcool’’.

Capítulo 9

Sansão mesmo doente depois da batalha, recusou-se a aceitar um só dia de dispensa e fez questão
de honra em não mostrar a dor que sofria. À noite, admitia em particular para Quitéria que o casco
realmente o incomodava muito, mas continuava a ajudar na reconstrução do Moinho porque queria
vê-lo pronto.

A vida ia dura. O inverno foi tão frio quanto o anterior, e a quantidade de alimento ainda menor.
Novamente foram reduzidas todas as rações, exceto as dos porcos e dos cachorros. Uma igualdade
por demais rígida em matéria de rações, explicou Garganta, seria contrária ao espírito do
Animalismo. De qualquer maneira, não teve dificuldade em provar aos outros bichos que na
realidade eles não sentiam falta de comida, a despeito das aparências. Os animais sabiam que a vida
estava difícil e cheia de privações, que andavam constantemente com frio e com fome, e
trabalhando sempre que não estavam dormindo. Mas, sem dúvida, antigamente fora muito pior.
Gostavam de acreditar nisso. Além do mais, naqueles dias eram escravos, ao passo que, agora, eram
livres; e tudo isso, afinal, fazia diferença, conforme Garganta sempre dizia. Havia agora muito mais
bocas a alimentar. No outono as quatro porcas haviam dado cria quase simultaneamente – trinta e
um leitõezinhos ao todo. As rações, já reduzidas em dezembro, sofreram nova redução em fevereiro,
e foram proibidos os lampiões nos estábulos, a fim de economizar querosene. Os porcos, entretanto,
pareciam bastante bem, pelo menos ganhavam sempre alguns quilinhos.

O campinho junto ao pomar já fora semeado com cevada e logo transpirou a notícia de que cada
porco estava recebendo diariamente, a ração de meia garrafa de cerveja, sendo que Napoleão
recebia meio galão e era servido na terrina da baixela de porcelana. Mas se havia grandes agruras a
arrostar, estas eram compensadas pelo fato de a vida agora ter muito mais dignidade. Havia mais
canções, mais discursos, mais desfiles. Napoleão determinara que uma vez por semana houvesse
uma coisa chamada Manifestação Espontânea, cuja finalidade era comemorar as lutas e triunfos da
Granja dos Bichos. À hora marcada os animais deviam abandonar o trabalho e desfilar pelo terreno
da granja, em formação militar.

Em abril, a Granja dos Bichos foi proclamada República e houve necessidade de eleger um
Presidente. Apareceu um só candidato, Napoleão, que foi eleito por unanimidade e no mesmo dia
notificou-se a descoberta de novos documentos, que revelavam mais detalhes sobre a cumplicidade
de Bola de Neve com Jones. Soube-se que Bola de Neve não apenas tentara perder a Batalha do
Estábulo, por meio de um estratagema, conforme os animais já tinham tomado conhecimento, mas
lutara abertamente ao lado de Jones.

O corvo de Jones voltou e continuava a contar as histórias sobre a Montanha de Açúcar.

Depois que o casco ficou bom, Sansão trabalhou mais violentamente e certa noite, no verão, correu
a súbita notícia de que algo acontecera a Sansão, que havia saído sozinho para puxar uns montes de
pedra até o moinho. E era verdade. Poucos minutos depois chegaram dois pombos afobados:
“Sansão está caído! E Não consegue levantar-se!” Metade dos animais da granja correu para a colina
do moinho de vento. Lá estava Sansão, deitado entre os paus da carroça, com o pescoço esticado e
sem poder sequer levantar a cabeça e foi levado ao veterinário. Quando chegou a carroça, Benjamin
avisou que era do matadouro e Sansão foi levado e depois foi avisado aos animais que ele morrera.
Garganta alegou que Sansão recebeu todos os cuidados e remédios possíveis no hospital.

O próprio Napoleão apareceu no encontro do domingo seguinte e pronunciou uma singela oração e
anunciou que, alguns dias depois, os porcos pretendiam realizar um banquete em memória de
Sansão. Napoleão finalizou seu discurso relembrando as duas máximas prediletas de Sansão.
“Trabalharei mais ainda” e “O Camarada Napoleão tem sempre razão”, máximas, disse, que cada
animal deveria adotar para si próprio. No dia marcado para o banquete, chegou de Willingdon a
carroça de um armazém e desembarcou na casa-grande um engradado de madeira. Naquela noite
ouviu seguida de algo que parecia uma discussão violenta e que terminou cerca das onze horas com
uma tremenda barulheira de vidros quebrados. No dia seguinte ninguém se levantou na casa-
grande, até o meio-dia, e correu uma conversa de que os porcos haviam conseguido, não se sabia de
que maneira, dinheiro para adquirir outra caixa de uísque.

Capítulo 10
Passaram-se anos e anos e os animais estavam morrendo e ficando velhos. As estações vinham,
passavam e a curta vida dos bichos se consumia. Tempo chegou em que ninguém mais se lembrava
de antes da Revolução, com exceção de Quitéria, Benjamim, o corvo Moisés e alguns porcos.
Maricota morreu; Ferrabrás, Lulu e Cata-vento morrera. Jones também morreu num asilo de
alcoólatras, noutra cidade. Bola de Neve fora esquecido, Napoleão tornara-se um cachaço madurão
de uns cento e cinquenta quilos e Garganta estava tão gordo que mal conseguia abrir os olhos.

A granja contava agora com três cavalos além de Quitéria. Eram bichos formidáveis, trabalhadores
incansáveis, bons camaradas, mas muito estúpidos. Nenhum se mostrou capaz de aprender o
alfabeto além da letra B. Aceitavam tudo quanto lhes era dito a respeito da Revolução e dos
princípios do Animalismo, especialmente por Quitéria a quem dedicavam um respeito filial. A granja
prosperava e estava mais bem organizada;

Quanto aos outros porcos sua vida, ao que sabiam, continuava a mesma. Geralmente andavam com
fome, dormiam em camas de palha, bebiam égua no açude e trabalhavam no campo; no inverno,
sofriam com o frio; no verão, com as moscas. Mas mesmo assim os bichos nunca perdiam a
esperança. Mais ainda, jamais lhes faltava, nem por instantes, o sentimento de honra pelo privilégio
de serem membros da Granja dos Bichos que continuava ser a única em todo o condado – em toda a
Inglaterra! – de propriedade dos animais e por eles administrada.

Um porco caminhava sobre as duas patas traseiras. Sim, era Garganta. Um tanto desajeitado devido
à falta de prática em manter seu volume naquela posição, mas em perfeito equilíbrio, passeava pelo
pátio. Momentos depois, saiu pela porta da casa uma comprida coluna de porcos, todos caminhando
sobre as patas de trás, estavam se tornando iguais humanos. Os mandamentos haviam sumido e
havia apenas um novo. Napoleão passou a então ter amizade com o senhor Palkinton e o convidou a
visitar a granja, este diz se espelhar na granja pois os animais trabalhavam e comiam pouco. Cada
vez mais Napoleão se torna igual um humano.

Napoleão fez uma pequena confraternização e falou sobre a mudança de regras e que mudaria o
nome de Granja dos Bichos para Granja do Solar, que acabou em brigas e gritos, era muita bagunça e
não dava para distinguir quem era porco e quem era homem. (EMENDA CONSTITUCIONAL)

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