Você está na página 1de 2

Convenção no 81, de 11 de Julho de 1947 (Respeitante à Inspecção do trabalho na

indústria e no comércio).

Segundo Baltazar (2015) esta Convenção fixa as grandes regras que regem a instauração, a
organização, os poderes e obrigações, as atribuições e competências da inspecção do trabalho
como instituição encarregada de assegurar o respeito pela protecção dos trabalhadores no
exercício da sua profissão, e de promover uma legislação adequada às necessidades
evolutivas do mundo do trabalho. Segundo Baltazar, para cada estado Membro da
Organização Internacional do Trabalho, “a Constituição de um sistema de Inspecção do
Trabalho é uma obrigação nos estabelecimentos industriais e comerciais. De acordo com o
autor, o pessoal da Inspecção é composto por funcionários públicos cujo estatuto e as
condições de trabalho lhes garantam a estabilidade do emprego e os tornem independentes de
qualquer mudança do governo e de qualquer influência exterior indevida. Os inspectores de
trabalho são recrutados unicamente com base na aptidão para realizarem as tarefas que lhes
são cometidas. Recebem uma formação que lhes permite exercer as funções.

Aplicação do Convenção no 81, de 11 de Julho de 1947 (Respeitante à Inspecção do


trabalho na indústria e no comércio) em Moçambique.

Moçambique, na sua primeira Lei do trabalho, incorporou preceitos sobre a Inspecção do


Trabalho e fê-lo, conforme ficou demonstrado, sob nítida influência da OIT. Moçambique
ratificou a Convenção no 81, relativa à Inspecção do Trabalho na indústria e no comércio, de
1947. As suas disposições no território moçambicano são vinculativas.

Segundo a Imprensa nacional de Moçambique, o pais também ratificou a Convenção n.° 29,
sobre o Trabalho Forçado, de 1930, cujo texto foi aprovado pela Assembleia da República,
23 de Abril de 2003.

Segundo ACIS (2011) a Constituição proíbe o trabalho compulsivo excepto o realizado no


contexto da legislação penal. Estabelece que todos os trabalhadores têm direito à justa
remuneração, ao descanso, a férias e a um ambiente de trabalho seguro e higiénico. Os
trabalhadores só podem ser despedidos conforme os casos e termos estabelecidos na lei. Os
trabalhadores têm a liberdade de se organizarem em associações profissionais ou em
sindicatos, conforme regulado por lei; tem direito à greve, e os lock-outs são proibidos.
Nenhum destes princípios gerais, grandemente senão universalmente aceites, são
controversos em Moçambique.
Por tanto a informação constante da convenção sobre o trabalho forcado, também consta da
Constituição da Republica. Assim, pode-se dizer que Moçambique aplica a convenção da
OIT sobre esta temática. Também consta da lei do trabalho Moçambicana, a matéria tocante a
inspecção, que também consta da convenção n o 81 da Organização internacional do trabalho
a qual Moçambique ratificou. Como se pode notar, o Ministério do Trabalho inclui entre os
seus departamentos a Inspecção do Trabalho. A finalidade principal da Inspecção do
Trabalho é a de assegurar o cumprimento das disposições da Lei do Trabalho, tendo como
principais instrumentos, o Decreto nº 32/89 de 8 de Novembro (“Decreto 32/89”) e o
Diploma Ministerial nº 17/90 de 14 de Fevereiro (“DM 17/90”).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

ACIS (2011). O Quadro legal para Migração e emprego em Moçambique. Edição III,
2011.Recuperado em: https://www.acismoz.com/wp-content/uploads/2017/06/Emprego-e-
Migracao-Edicao-III-Portugues.pdf

Baltazar, M. P (2015). Influência da OIT no Direito do Trabalho em Moçambique (Desde


1919 à Constituição da República de Moçambique de 2004 e à Lei nº 23/2007, de 1 de
Agosto) (Dissertação submetida para obtenção do grau de Doutor em Direito Especialidade:
Direito Privado). Instituto superior de ciências e tecnologia de moçambique. Recuperado em:
https://run.unl.pt/bitstream/10362/19836/1/Baltazar_2016.pdf

Imprensa nacional de Moçambique (2003). Resolução no 4/2003: Ratifica a Convenção n.° 29


sobre o Trabalho Forçado de 1930. Recuperado em:
https://gazettes.africa/archive/mz/2003/mz-government-gazette-series-i-dated-2003-05-28-
no-22.pdf

Você também pode gostar