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Linha intermediária responsável pela proteção dos terreiros. Também conhecidos como "caboclos de couro", seu culto se
origina da encantaria, presente em religiões como Pajelança, Tambor de Mina e Jurema, por exemplo. Em sua maioria,
trabalham com a cor marrom e o elemento fogo, e o campo de atuação costuma ser as planícies (campos abertos). Suas
guias costumam ser de olho-de-boi, a bebida principal é a cerveja, e o número cabalístico é o 7. Suas falanges são:
Boiadeiros do Campo - são os mais comuns nos terreiros. Costumam trabalhar em todos os campos de atuação, e em vida
andavam por todo o nosso país, principalmente tocando o gado. São alegres, falantes, bravos e trabalham com o
afastamento de energias negativas e espíritos sem luz. Usam chapéu de couro, laços, chicotes e lenço no pescoço. Cor:
marrom.
Caboclos Boiadeiros - é a segunda maior falange desta linha na umbanda. É formada por espíritos desbravadores, que em
sua maioria, foram índios que não se encantaram, como a maioria dos caboclos. É um povo forte e firme, que gosta de dar
brados e são fortes. Trabalham principalmente com a dispersão energética, e também amarrar e disciplinar espíritos sem
luz. Não costumam usar chapéu. Preferem usar laços, facas, facões e adagas. Falam e dançam pouco. Cor: verde.
Povo do Sul - também chamados de Gaúchos. Apesar de pouco conhecidos, estão muito presentes nos terreiros. Apesar do
nome, muitos não foram gaúchos em vida. Costumam usar o chapéu preto e roupagem mais escura, e trabalham na cura e
resgate de espíritos no umbral. Costumam aparentar mais idade, pouco falam, mas são incisivos. Cor: vinho, vermelho e
preto.
Povo do Norte - são os encantados mestres da Jurema, espíritos raizeiros do Norte do país. Trabalham em passes fluídicos,
gostam de cura com a mão e receitar ervas. Gostam de chapéu de couro cru, chapéu coquinho e até chapéu de cangaceiro.
Se assemelham muito aos baianos. Muitos preferem fitas e panos ao invés de chicotes e laços. Usam também a boleadeira.
Cor: amarelo.
Povo do Marajoara - falange ainda em formação, e abarcam os mestiços que foram massacrados em nosso solo. São
espíritos não muito velhos, não usam nada de couro. Trabalham com os caboclos boiadeiros nas dispersões energéticas.
Usam feltro e chapéu de palha. São mais ligados aos rios, margens, mangues e mar. Gostam de se adornar com chifres de
búfalo. Cor: azul.
Povo do Juncal - proveniente do Catimbó, é formado por espíritos encantados, são os verdadeiros mestres da Jurema.
Costumam rodopiar no terreiro, bradar e bater o seu chicote no chão. De pouca conversa, trabalham mais com ervas e
galhos secos do que com chicotes e laços. Cor: vermelho.
Boiadeiros Navizala - descendem do Boiadeiro Navizala, o primeiro boiadeiro a vir em terra sob essa denominação, e o
patrono dos Boiadeiros. Em vida, foram homens que trabalhavam em fazendas, pretendendo e arrochando o gado. Gostam
de roupa e gibão de couro, e usam chapéu marrom. Trabalham com raízes, como cebola e alho, por sua ligação com a
energia da terra. Seus nomes sempre acompanham Navizala (Pedro Navizala, João Navizala entre outros). Homens
bravos, valentes e de pouca conversa. Cor: preta.