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engenheiro PABLO GUIMARÃES
Diretor Tesoureiro da ABEE (Associação Brasileira de
Engenheiros Eletricistas – Seção Amazonas).
Diretor de Fiscalização da AAMEST (Associação
Amazonense de Engenheiros de Segurança do trabalho).
Diretor de Projetos na empresa AUTOMUS Engenharia
Ltda.
Professor universitário e coordenador do curso de
Engenharia Elétrica da ULBRA Manaus e do IFAM
(Instituto Federal do Amazonas).
Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade
Federal do Amazonas (UFAM).
Engenheiro de Segurança do Trabalho credenciado no
Corpo de Bombeiros Militar do estado do Amazonas
(CBMAM)
Especialista em Projetos de Sistemas de Combate a Incêndio pela Faculdade Unyleya
(Distrito Federal)
Professional Membership in IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers
Membro associado no NUPEHA (Núcleo de Pesquisa e Estudos Hospital Arquitetura)
Membro associado ABRACOPEL – Associação Brasileira de Conscientização para os
Perigos da Eletricidade
Foi bolsista do Programa UNIBRAL por um ano, estudando na Universität Stuttgart, Alemanha,
no instituto Institut für Automatisierungstechnik und Softwaresysteme
Softwaresysteme, onde realizou seu
TCC em automação e eficiência energética.
Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrotécnica e Automação
Industrial, incluindo inúmeras ART’s em projeto, laudos e execução de SPDA.
Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e Docência do Ensino Superior, e
mestrando em Engenharia Elétrica (UFAM). Finalizando sua Pós-Graduação em Engenharia
Biomédica com ênfase em Engenharia Clínica.
APRESENTAÇÃO
Esse E-book é uma forma que encontramos para
agradecermos a comunidade do setor elétrico nacional.

Esse material foi feito para você estudar e se aprofundar nesse tema tão
importante.

É necessário expandirmos o nosso conhecimento pois a energia elétrica


está presente na vida de todas as pessoas, e é de extrema importância que
a mesma seja entregue aos consumidores finais com bastante qualidade,
segurança e baixos custos associados.

As subestações de energia elétrica são as responsáveis pela transmissão


e distribuição da eletricidade das fontes geradoras até os consumidores e,
com os avanços tecnológicos e a consequente automatização das mesmas,
a energia elétrica passou a ser entregue com uma maior continuidade e
confiabilidade.

Os sistemas de proteção nas subestações são os grandes responsáveis


por fazer com que a energia elétrica chegue aos consumidores finais
com qualidade, já que sua função é impedir a propagação de qualquer tipo
de falha ocorrida em qualquer ponto da transmissão até os centros de carga.

De antemão, quero registrar a minha gratidão à cada um de vocês pelo


interesse em ter acessado esse material e utilizá-lo como apoio em sua
jornada de estudo.

NOSSA META É DEMOCRATIZAR O CONHECIMENTO!


Muito obrigado por se interessarem pelo meu trabalho e por confiarem em
mim para ajudá-los em sua jornada profissional.

Atenciosamente,
SUMÁRIO
1
qual a finalidade do projeto de 05
proteção de subestações

2
quem pode realizar projetos de 06
proteção de subestações de 13,8 kv?

3 o que é coordenação e seletividade? 08

4
EQUIPAMENTOS QUE FAZEM PARTE DO 10
SISTEMA DE PROTEÇÃO SECUNDÁRIA
TRANSFORMADORES DE CORRENTE - TC 11
TRANSFORMADORES DE POTENCIAL - TP 12
DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO 13
RELÉ MICROPROCESSADO 14
NOBREAK 16
trip capacitivo 17
5 principais funções de proteções 18

6 tipos de proteção do sistema elétrico 19


7 coordenograma 22
mercado de trabalho para projetistas
8
de sistemas de proteção secundária 23

9 como posso me capacitar? 24


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Qual a finalidade do projeto de


proteção de subestações?
O projeto de proteção de subestações possui a finalidade de
fornecer os cálculos de proteção do sistema elétrico, seus
parâmetros e condições específicas.

Para efetuar a parametrização do relé de proteção é necessário


utilizar, em alguns casos, softwares ou pode ser realizado
manualmente, no equipamento.

O dimensionamento adequado do sistema de proteção é uma parte


fundamental para o funcionamento adequado de uma subestação
elétrica e de grande importância na qualidade e eficiência do
transporte de energia elétrica desde suas fontes geradoras até o
consumidor final.
05
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Acima é possível verificar um COORDENOGRAMA, que será


explicado na página 20.
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QUEM PODE REALIZAR PROJETOS DE


PROTEÇÃO DE SUBESTAÇÕES DE 13,8 kV?
técnico em eletrotécnica
O decreto No 90.922 de Fev de 1985, regulamenta a lei no 5.524, de
5 de novembro de 1968, que:

Dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e agrícola


de nível médio ou de 2º grau.

§ 2º - Os técnicos em eletrotécnica poderão projetar e dirigir


instalações elétricas com demanda de energia de até 800 KVA, bem
como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade
indentemente da natureza da falta ser temporária ou permanente.

06 ENGENHEIRO ELETRICISTA
Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao
ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta


Resolução, referentes à geração, transmissão, distribuição e
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas


elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços
afins e correlatos.

Ou seja, SEM LIMITE DE POTÊNCIA!


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por que existe uma potência máxima de instalação


para técnicos?
De forma simples, a justificativa é bem objetiva.

Durante a formação em nível técnico, a grade curricular não


contempla todas as disciplinas necessárias para se realizar cálculos
e projetos de potências acima de 800 kVA já regulamentado.
Quando é finalizado todos os cálculos do projeto e somado todas as
potências ativas, utiliza-se o fator de potência para identificar qual
será a energia necessária para que tudo funcione corretamente. Ou
seja, a quantidade de eletricidade que a concessionária irá
disponibilizar para o projeto.

No momento em que a potência ultrapassa 75 kW é exigido, pelas


fornecedoras concessionárias, o projeto de subestação.

Propriamente dito, a subestação possui uma conexão direta através


07 de um transformador com a rede de distribuição de alta tensão.
Sendo assim, devido essa situação, é exigido que o profissional
possua na matriz curricular matérias que são ensinadas apenas no
ensino superior em cursos de Engenharia.

O decreto deixa claro que o Eletrotécnico tem responsabilidade por


Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

atividades da área elétrica até 800KVA.


A mesma não cita o nível de tensão, ou seja, independente do
nível de tensão, se a instalação possuir demanda até 800KVA o
técnico em eletrotécnica pode responder.

As atribuições profissionais podem


modificar de acordo com questões judiciais.
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O QUE É COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE?


Coordenação é o ato/efeito de dispor dois ou mais equipamentos de
proteção em série segundo certa ordem, de forma que atuem em
uma sequência de operação preestabelecida, permitindo o
restabelecimento automático para faltas temporárias e seletividade
para faltas permanentes.

A figura abaixo mostra a diferença entre um sistema sem


coordenação seletiva e um sistema com coordenação seletiva.

Figura 1 Figura 2

08

A Figura 1 mostra um sistema sem coordenação seletiva.


i
Nesse sistema pode ocorrer perdas desnecessárias para cargas não
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

afetadas, uma vez que o dispositivo mais próximo da falha não pode
eliminar a falha antes que o dispositivos sejam abertos.
i
A Figura 2 mostra um sistema seletivamente coordenado.

Seletividade é a característica de atuar os dispositivos de maneira a


desenergizar somente parte do circuito afetado criando as zonas de
proteção. São caracterizados em três:

• Seletividade Amperimétrica
• Seletividade Cronométrica
• Seletividade Lógica
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O QUE É COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE?


• SELETIVIDADE AMPERIMÉTRICA

A seletividade amperimétrica baseia-se no fato que a corrente de


falta diminui de intensidade à medida que o local do curto "se afasta"
da fonte de alimentação.

Desta forma, utiliza-se uma proteção amperimétrica em cada ramal


de alimentação, com ajuste inferior ao valor mínimo da corrente de
curto-circuito causada por uma falta na seção vigiada, e superior ao
valor máximo da corrente causada por uma falta a jusante.

• SELETIVIDADE CRONOMÉTRICA

A seletividade cronométrica consiste em ajustes diferentes nas


temporizações dos dispositivos de proteção distribuídos ao longo do
sistema elétrico.
09
Quanto mais próximos da fonte supridora, as temporizações
deverão ser ajustadas em tempos superiores aos elementos de
proteção a jusante

• SELETIVIDADE LÓGICA
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Este princípio é usado quando se deseja diminuir o tempo de


eliminação da falta. A troca de dados lógicos entre os dispositivos de
proteção sucessivos elimina a necessidade de intervalos de
seletividade.

Com efeito, num sistema radial, são ativadas as proteções


localizadas a montante do ponto de falta e aquelas localizadas a
jusante não são solicitadas.

Podem ser localizados o ponto de falta e o disjuntor a ser comandado


sem qualquer ambiguidade.
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EQUIPAMENTOS QUE FAZEM PARTE DO


SISTEMA DE PROTEÇÃO SECUNDÁRIA

Transformador de Corrente (TC) - é um equipamento que auxilia os


instrumentos de medição e proteção, para que possam funcionar de forma
adequada e segura, sem que seja necessária que a corrente nominal venha
ser a mesma necessária para funcionamento da carga.
10 Transformador de Potencial (TP) - é um equipamento usado
principalmente para sistemas de medição de tensão elétrica que possui a
capacidade de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a
máxima suportável pelos instrução que realizam a medição.
Relé Microprocessado - é destinado a proteger o circuito em média tensão
de subestações de consumidores
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Disjuntor de Média Tensão - são equipamentos destinados a trabalhar em


conjunto com o relé de proteção afim, de proteger o sistema contra sobre-
correntes, realizando o seccionamento na ocorrência de um sinistro.
Nobreak - Como o próprio nome em inglês indica, a função do nobreak é
fazer o dispositivo ligado a ele funcionar sem interrupções. De forma mais
específica, ele armazena energia, e permite que o aparelho continue
funcionando mesmo que o fornecimento de energia seja suspendido.
Trip Capacitivo - Empregado para atuar sobre a bobina de abertura de
disjuntor ou relé de bloqueio quando não se dispõe de tensão auxiliar
independente.
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TRANSFORMADORES DE CORRENTE - TC
O transformador de corrente é um equipamento que auxilia os
instrumentos de medição e proteção, para que os mesmos possam
funcionar de forma segura e adequada, sem que seja necessária que
a corrente nominal venha ser a mesma necessária para
funcionamento da carga.

Basicamente, um TC consiste de um núcleo de ferro, enrolamento


primário e enrolamento secundário. O primário geralmente é
constituído de poucas espiras, enquanto o secundário possui
número suficiente para se obter uma corrente nominal de 5 A ou 1A.

11

POLARIDADE
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

O modo como as bobinas primárias e secundárias estão enroladas


no núcleo magnético, são simbolicamente expressas pelas marcas
de polaridade.

REGRA: a corrente primária Ip entra pela marca de polaridade e a


corrente secundária Is sai pela marca de polaridade. Assim, Ip e Is estão
em fase.
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TRANSFORMADORES DE POTENCIAL - TP
O TP é um transformador destinado especialmente para fornecer
uma réplica da tensão do sistema elétrico de AT e MT compatível aos
instrumentos de medição, proteção e controle. São unidades
monofásicas que podem ser agrupadas para diversas aplicações.

É um equipamento usado, principalmente, para sistemas de


medição de tensão elétrica sendo fabricado tanto para baixa tensão
como para alta tensão (0,6 kV a 24,4 kV). Ele é capaz de reduzir a
tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima tensão
suportável para instrumentos de medição.

A tensão reduzida do circuito secundário do TP também é usada para


alimentar, de forma igualmente segura, os circuitos de proteção e
controle de subestações.

12
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Os TP´S são dimensionados para suportarem uma sobretensão de


15% ou 90% de tensão primária nominal, com freqüência nominal,
sem exceder os limites de elevação de temperatura. São utilizados
para alimentar instrumentos de alta impedância (voltímetros,
bobinas de potencial de medidores, etc.) acarretando no secundário
uma corrente Is muito pequena, funcionando quase a vazio.
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DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO


São dispositivos de manobra e proteção que permitem a abertura ou
fechamento de circuitos de potência em quaisquer condições de
operação, normal e anormal, manual (manobra) ou automática
(proteção).

De certa forma são equipamentos de chaveamento de carga em um


nível de tensão elevada, cujo fechamento dos contatos são
realizados dentro de cápsulas fechadas contendo materiais
isolantes com objetivo de evitar surgimento de arcos voltaicos.

Seu objetivo é bloquear a entrada de carga elétrica acima do limite


suportado pelo equipamento. Sempre há seu desligamento quando
o excesso de carga elétrica chega até o mesmo.

13 Dentre suas características há a


placa com valores específicos de:
• Tensão nominal em Vca;
• Nível de isolamento;
• Freqüência nominal de operação;
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

• Corrente nominal de operação;


• Tempo de interrupção em ciclos: 3-8 ciclos
em 60 Hz.

ACIONAMENTO DE DISJUNTOR

O relé fecha seu contato quando a corrente


no secundário do TC é superior a nominal.
Nesse intervalo a bobina de abertura do
disjuntor está sendo energizada por uma
fonte auxiliar e vai mandar abrir o disjuntor.
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relé microprocessado
O relé de proteção é um dispositivo destinado a detectar
anormalidades no sistema elétrico atuando diretamente sobre um
equipamento ou sistema, podendo atuar como um interruptor, nesse
caso quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé
criando um campo magnético, fazendo com que haja mudança no
estado e também pode atuar no acionamento de circuitos de alarmes
quando necessário.

Uma das mais importantes aplicabilidades do relé de proteção é


utilizar-se de baixas correntes para o comando no primeiro circuito,
protegendo o operador das possíveis altas correntes que irão
circular no segundo circuito passa pela bobina, um campo
eletromagnético é gerado, acionando o relé e possibilitando o
14 funcionamento do segundo circuito.
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Relé Pextron 7104 e Relé Schneider Vamp 11F com funções 50/51 para Fase e Neutro

A seguir vamos abranger um pouco sobre as funções 50/51 para


Fase e Neutro. Vamos lá!
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FUNÇÃO 50/51 (PARA FASE E NEUTRO)


Os relés de sobrecorrente são compostos por duas unidades:
instantâneas e temporizadas, nos equipamentos elétricos estas
recebem os números 50 e 51, respectivamente.

A unidade 50 atua instantaneamente ou segundo um tempo


previamente definida. As unidades instantâneas trabalham com dois
ajustes: corrente mínima de atuação e tempo de atuação.

A unidade 51 pode atuar com curvas de tempo dependentes ou de


tempo definido. As unidades de tempo dependentes permitem dois
tipos de ajustes: corrente mínima de atuação e curva de atuação.

15
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Função 50 – Função de sobrecorrente


instantânea (Curto-circuito)

Função 51 – Função temporizada para fase e


neutro (Sobrecarga)
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NOBREAK
Nobreak é o nome no Brasil para o termo universalmente conhecido
como UPS (uninterruptable power system) ou sistema ininterrupto de
potência.

Nada mais é do que um equipamento com a capacidade de


armazenar energia.

Para subestações de 13,8 kV, nos quais é apenas necessário a


garantida de trip de disjuntores devido a ocorrência da falta de jusante
dos relés é utilizado o Nobreak de pequeno porte, alimentados pelo
secundário de transformadores MT/BT de baixa potência, geralmente
conectados ao barramento de MT em um ponto à montante do
disjuntor e à jusante, da seccionadora geral.

16 Dessa forma, o equipamento mantém a capacidade de alimentar o


relé e a bobina de trip do disjuntor na ausência de alimentação auxiliar,
de forma a verificar a capacidade de operação do relé durante a
ocorrência de um curtocircuito no circuito de força, com conseqüente
afundamento de tensão.
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1
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trip capacitivo
É o equipamento que atua sobre a bobina de abertura de disjuntor ou
relé de bloqueio quando não se dispõe de tensão auxiliar
independente.

O relé tipo RAC dispõe de um transformador de entrada com


enrolamentos religáveis para 110 ou 220V (60Hz).

Sua tensão secundária é retificada e a energia necessária ao


desligamento é armazenada num banco de capacitores montados
internamente. É previsto um botão de teste de descarga que deverá
ficar acionado até apagar o LED dentro de um tempo pré-determinado,
nas condições de tensão nominal.

Montado em caixa para semi-embutir em porta de painel ou para


fixação em chapa de montagem (uso interno).
17
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

OBSERVAÇÕES:
- A saída do capacitor não é à prova de curto nos terminais, portanto deve ser
observada a condição de impedância mínima.
- Pode ser fornecido também com entrada em 125Vcc e saída em
125Vcc(2000µF).
- Não recomendado para a alimentação de relés, utilizar fonte capacitiva tipo
RAC-E.
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principais funções de proteções


Abaixo segue uma tabela das principais funções de proteções conforme a
tabela ANSI:

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Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1
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tipos de proteção do sistema elétrico


2) PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO (ANSI 59)
Basicamente, as sobretensões do SEP nunca devem superar 110%
da tensão nominal de operação.
Podem ter diferentes origens:

• Descargas atmosféricas;
• Chaveamentos;
• Curto-circuitos monopolares.

2.1.) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

• Podem envolver uma ou mais fases;


• Podem gerar sobretensões de forma direta ou indireta;
• Redes de distribuição são mais afetadas devido ao baixo grau de
20 isolamento;
• Para evitar-se descargas diretas são usados blindagens como:
cabos guarda ou para-raios de haste instalados nas estruturas das
Se´s;

2.2.) CHAVEAMENTO
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

• Decorre na maioria das vezes pela rejeição de grande blocos de


carga e desligamento intempestivo de Lt´s;
• Também podem ser oriundas de chaveamentos de bancos de
capacitores, ressonâncias, energização de trafos e LT´s, etc.

1.3.) CURTO-CIRCUITOS MONOPOLARES

• Ajuste dos valores mínimos dos dispositivos de proteção conta


sobretensões;
• Seção mínima do condutor de uma malha de terra;
• Limite das tensões de passo e toque;
• Dimensionamento de resistor de aterramento.
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tipos de proteção do sistema elétrico


1) PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE (ANSI 50/51)
Sobrecorrentes são os eventos mais comuns e que submetem os
equipamentos elétricos ao maior estresse. Elas são classificadas
em:

1.1.) SOBRECARGAS (ANSI 51)


• Variações moderadas da corrente do sistema elétrico;
• Limitadas em módulo e tempo não trazem maiores danos;
• Quando ultrapassam os limites, devem ser retiradas do sistema;
• Principal tipo de proteção são os relés térmico;
• Também são usados relés eletromecânicos, eletrônicos e digitais
com temporizações moderadas.
19
1.2.) CURTO-CIRCUITOS (ANSI 50)

Variações extremas da corrente do sistema elétrico;


• Se não forem limitadas em módulo e tempo danificam os
componentes elétricos pelos quais são conduzidos;
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

• Devem atuar entre 50 e 1000 ms dependendo do caso – velozes;


• Equipamentos de manobra devem ter capacidade de interrupção
adequada e capacidade de abertura em curto circuito;
• Fusíveis são os mais utilizados em BT e MT (distribuição), enquanto
os relés são os mais empregados para o sistema de potência.
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tipos de proteção do sistema elétrico


3) PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO (ANSI 27)
• Proteger máquinas elétricas;
• Retirada de grandes geradores por perda de estabilidade;
• Relés são aplicados para atuarem com V<0,8Vn por período de
aproximadamente 2s.

4) PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA (ANSI 81)

• Perda de grandes blocos de carga alteram rotação das máquinas;


• Alteração na velocidade das máquinas podem ocasionar
aquecimento e vibrações;
• Até ±2 Hz, a proteção não deve atuar para periodos inferiores a 2s;
• A proteção de frequência opera para uma faixa entre 25 e 70 Hz

5) PROTEÇÃO DE SOBREEXCITAÇÃO (ANSI 24)


21
• Níveis de indução muito elevados causam saturação do núcleo de
ferro de geradores e transformadores;
• Elevação das correntes parasitas e temperatura;
• Normalmente indicada para sistemas ilhados e de baixo nível de
curto-circuito.
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1
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COORDENOGRAMA
Por que realizar estudo em cima dos coordenogramas? A proteção
deve ser capaz de eliminar a falta no menor tempo possível.

E qual seria esse tempo?


O menor tempo seria INSTANTANEAMENTE porém não é possível
realizar pois o disjuntor demanda certo tempo para abertura dos contatos.
Outro fator é o problema das proteções que devem estar em série.

Então como vou coordenar dois ou mais equipamentos que estão


em série sendo que eles vão atuar de forma instantânea?
É por isso que surge a temporização das proteções, devemos levar em
conta esse fator para ser possível a coordenação dos equipamentos pois
eles têm que atuar de forma seletiva.

Com isso, utiliza-se funções de sobrecorrente temporizadas de fase


(51F) e neutro (51N), essas funções permitem que o profissional que irá
realizar o estudo de proteção consiga coordenar vários dispositivos em
22 série, garantindo a seletividade entre tais. Por isso que há a necessidade
de uma análise através de COORDENOGRAMAS.

Coordenograma nada mais é do que um gráfico, geralmente em escala


logarítmica, de tempo (eixo Y) por corrente (eixo X), que demonstra a
coordenação e/ou seletividade do equipamento de proteção de um
circuito.
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

O eixo Y, que é o eixo do tempo, vai


apresentar qual a temporização
que a proteção vai atuar para uma
determinada corrente, eixo X.
EIXO Y

EIXO x
Com esse gráfico é possível analisar a coordenação entre os equipamentos de
proteção que existem em todo o sistema elétrico e e se está protegendo a
curva de dano dos equipamentos.
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MERCADO DE TRABALHO PARA PROJETISTAS


DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO SECUNDÁRIA
ONDE Pode ATUAR?

CENTROS SHOPPING
CONDOMÍNIOS INDÚSTRIAS COMERCIAIS CENTERS

Ou qualquer edificação que se enquadre nos requisitos estipulados


pelas normas técnicas vigentes.

De acordo com a ABNT NBR 14039 – (Instalações elétricas de


23 média tensão) - instalações com capacidade instalada igual ou
superior a 300 kVA a mesma devem ser dotadas de sistema de
proteção acionado por meio de relé secundário com as funções 50 e
51, fase e neutro.

5.3.1.1 Capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA


Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

Em uma subestação unitária com capacidade instalada menor ou igual a 300


kVA, a proteção geral na média tensão deve ser realizada por meio de um
disjuntor acionado através de relés secundários com função 50 e 51, fase e
neutro (onde é fornecido o neutro), ou por meio de chave seccionadora e
fusível, sendo que, neste caso, adicionalmente, a proteção geral, na baixão
tensão, deve ser realizada através de disjuntor.

5.3.1.2 Capacidade Instalada maior que 300 kVA

Em uma subestação com capacidade instalada maior que 300 kVA, a proteção
geral na média tensão deve ser realizada exclusivamente por meio de um
disjuntor acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51, fase e
neutro (onde é fornecido o neutro).
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como posso me capacitar?


Constantemente vemos nos mais variados meios de comunicação
sobre a busca por profissionais qualificados.
Mas o que faz um profissional ser considerado qualificado para
o mercado de trabalho?

BUSQUE APERFEIÇOAMENTO CONSTANTE


O aperfeiçoamento é fundamental para qualquer profissional que
busca uma boa colocação e uma carreira de sucesso. Investir em
cursos na área de atuação é uma das formas de se aperfeiçoar,
quanto mais conhecimentos você adquirir, maiores sãos as chances
de ter uma carreira profissional verdadeiramente promissora.
O conhecimento é valioso e de extrema importância para que se
tenha ideias inovadoras.
24 Dessa forma, o Eng. Pablo Guimarães criou o Curso Online de
Projeto de Proteção de Subestação e Parametrização de Relés
destinado à engenheiros e técnicos eletricistas que procuram atuar
na área de projetos de proteção e parametrização de relés em
cabines primárias.
O curso possui a proposta de apresentar toda parte teórica e prática
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

da elaboração de projetos de proteção de Cabines Primárias com


utilização de relés microprocessados de acordo com a NBR 14039.
O curso terá foco nos procedimentos técnicos para realização de
adequada análise de dados fornecidos pela concessionária,
utilização de planilhas de coordenação, verificação de parâmetros
técnicos de relés de proteção, parametrização, inspeção e
realização dos serviços.
Ficou interessado em conhecer mais? Clique no botão abaixo e
saiba mais informações

QUERO CONHECER
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referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV.
Rio de Janeiro, 2005, 87 p.

CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas elétricos. São


Paulo:Edgard Blucher, 1977, 211 p.

ELETROBRÁS. Proteção de sistemas aéreos de distribuição. Rio de


Janeiro:Editora Campus, 1982, 2 v., 234 p.

Elektro. Proteção de Subestações de Distribuição. Disponível em


http://bit.ly/2mlgmIT

MAMEDE FILHO, J. Manual de equipamentos elétricos. 4. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2013, 669 p.
25
REATIVA Engenharia Elétrica LTDA. Tabela ANSI/IEC 61850.
Disponível em http://bit.ly/2mnASIS

UFPR. TE 131 Proteção de Sistemas Elétricos. Disponível em:


http://bit.ly/2nWPS0s
Descomplicando Proteção de Subestações VOL.1

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