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OTIMIZAÇÃO DO LAYOUT DE MARCENARIAS NO SUL DO ESPÍRITO


SANTO BASEADO EM PARÂMETROS ERGONÔMICOS E DE
PRODUTIVIDADE1
Nilton César Fiedler 2, Fernando Bonelli Wanderley3, Marcelo Nogueira2, José Tarcísio da Silva Oliveira2,
Pompeu Paes Guimarães 3 e Rafael Tonetto Alves3

RESUMO – Este estudo foi realizado em três marcenarias no sul do Estado do Espírito Santo, com o objetivo
de analisar o layout e propor mudanças que otimizem o funcionamento harmônico entre o local de trabalho
e o trabalhador, considerando-se fatores ergonômicos, fluxo de produção e produtividade. A coleta de dados
foi feita analisando-se as condições do ambiente de trabalho (clima, ruído, iluminação) e aplicando uma entrevista
para avaliar as condições gerais e de segurança no trabalho. O layout foi avaliado por medições, observação
da sequência de trabalho nas máquinas e aplicação do software AutoCAD 2000. Os resultados indicaram que
o Índice de Bulbo Úmido e o Termômetro de Globo estavam de acordo com a Norma Regulamentadora n°
15 (atividade moderada), sendo de 26,38 °C, em média. Os níveis médios de ruído foram de 87,48 dB (A),
acima do permitido para uma jornada de 8 h diárias (NR 15). A luminosidade média, encontrada em duas marcenarias,
ficou acima da faixa de iluminação mínima recomendada para esse trabalho de maquinarias (NBR 5413/92).
Todas as marcenarias tinham disposição desordenada do maquinário em razão da sequência lógica de trabalho,
presença de pilastras e resíduos na área útil e de passagem, piso desnivelado, falta de rampas para acesso aos
galpões, manutenção de máquinas e equipamentos de forma incorreta, falhas no telhado e ausência de bancadas
para facilitar a adoção de uma melhor postura durante o manuseio das peças.

Palavras-chave: Ergonomia florestal, análise de produtividade e layout de marcenarias.

LAYOUT OPTIMIZATION OF JOINERIES IN SOUTHERN ESPIRITO SANTO


STATE BASED ON ERGONOMIC AND PRODUCTIVITY PARAMETERS

ABSTRACT – This research was carried out in three joineries in southern Espírito Santo State to analyze
their layout and consider changes to optimize the harmonious functioning between workplace and worker,
considering ergonomic factors, production flow and productivity. Data bases were analyzed taking into account
the work environment (climate, noise, illumination), through interviews to evaluate general and work safety
conditions. The layout was evaluated by measurements, machine sequence observations and AutoCAD 2000
software application. The results obtained showed that the Humid Bulb Globe Thermometer Index complied
with Prescribed Norm no.15 (moderate activity), around 26.38ºC on average. The average noise levels were
87.48 db (A), above the level allowed for an 8-hour working day (NR 15). Average luminosity, found in two
joineries, was also above the minimum range of illumination recommended for machinery work (NBR 5413/
92). All joineries had their machineries disorderly placed in function of the logical sequence of work, presence
of pilasters and residues in the walk-through and working areas, unleveled floor, no ramps for access to the
warehouses, incorrect machinery and equipment maintenance, roof flaws and absence of benches that would
facilitate adopting a better posture when working..

Keywords: Ergonomic forest, productivity analysis and joineries’ layout.

1
Recebido em 17.09.2007 e aceito para publicação em 26.01.2009.
2
Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail: <fiedler@pesquisador.cnpq.br>
3
Engenheiro florestal - DEF/CCA/UFES 29500-000 Alegre-ES.

R. Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.1, p.161-170, 2009


162 FIEDLER, N.C. et al.

1. INTRODUÇÃO Comumente ocorrem fadigas por sobrecarga física, com


as posturas inadequadas gerando dores no sistema
A indústria de madeira serrada alcançou, ao longo
musculoesquelético do trabalhador, tendo como
das últimas décadas, alto nível de desenvolvimento
consequência a redução do ritmo de trabalho e de
e de comprometimento com outras indústrias de base
raciocínio, o que pode levar a erros e, até mesmo, ao
florestal, objetivando buscar maior eficiência na qualidade
seu afastamento por doenças ocupacionais. Segundo
dos produtos e racionalização na utilização da matéria-
Silva et al. (2006), os parâmetros antropométricos dos
prima. À medida que as serrarias se especializam na
trabalhadores devem ser levados em consideração no
busca de melhores produtos e maiores rendimentos,
as indústrias de beneficiamento (entre estas, as dimensionamento de postos de trabalho nas marcenarias.
marcenarias) melhoram a qualidade e reduzem seus Assim, as alturas e demais dimensões das bancadas,
custos de produção. máquinas e locais de depósito de madeira devem adequar-
se à compleição física dos trabalhadores.
O desequilíbrio entre oferta e demanda dado pela
escassez da matéria-prima e pelo crescimento do emprego Outra fonte de tensão no trabalho é a condição
e da industrialização da madeira (aglomerado, ambiental desfavorável como excesso de calor, umidade,
compensado, MDF, HDF, OSB etc.), principalmente ruído e vibração, incluindo-se também luminosidade
das espécies de reflorestamento e derivados, vem gerando imprópria, além da exposição a gases, fuligens e poeiras.
a necessidade de inovações tecnológicas para a utilização Esses fatores, segundo Fiedler et al. (2006), causam
racional da madeira, tanto em aspectos de qualidade desconforto, aumentam o risco de acidentes e podem
(produtos com melhor acabamento superficial) quanto provocar danos consideráveis à saúde, sendo grande
econômicos (conversão ou rendimento de madeira serrada parte das lesões decorrentes do risco ergonômico do
e energia para o processamento). tipo trauma cumulativo, ou seja, o trabalhador somente
irá perceber seus efeitos deletérios depois de alguns
Tendo em vista a escassez de madeira para serraria anos numa situação de trabalho que, a princípio, o
em diversas regiões do país (o que muitas vezes implica mesmo considerava até cômoda.
chegada de matérias-primas de regiões diferentes, com
idades distintas e condições de crescimento específicas), Uma das maneiras de minimizar esses problemas
geralmente nos pátios das indústrias de madeira serrada é a formação de um layout ótimo para cadeia produtiva.
se encontra grande variedade de espécies com classes Definidos os equipamentos necessários para a produção
diamétricas diferenciadas. Associado a isso, em função desejada, deve ser feito um estudo criterioso sobre
da flexibilidade dessas indústrias em atenderem a a forma de disposição e localização desses equipamentos.
variados mercados, a gama de produtos serrados, muitas Para um bom fluxo de produção, os equipamentos devem
vezes, torna-se ampla. estar dispostos em linha reta, evitando-se ao máximo
mudanças de fluxo em ângulos, além de evitar o retrocesso
O rendimento de madeira serrada, por exemplo,
das peças.
pode ser afetado pela interação dos vários fatores
relacionados à madeira, ao maquinário de corte e ao De acordo com Olivério, citado por Castro (2003),
processo, os quais não devem ser analisados o estudo do layout é de fundamental importância para
isoladamente. Em relação ao processo, o fator humano assegurar perfeito entrosamento interno e funcionamento
muitas vezes é esquecido e até mesmo negligenciado, harmônico do ambiente. Segundo Fiedler et al. (2003),
por displicência ou por falta de conhecimento das um ambiente de trabalho disposto de forma ideal garante
necessidades de adequação do trabalho ao funcionário a estética do local e um fluxo racional do processo.
(SILVA et al., 2002; FIEDLER et al., 2003).
A locação dos equipamentos quanto a sequência
Uma condição de trabalho em que a ergonomia lógica de produção, níveis de iluminância adequada
do processo não é observada leva a um baixo rendimento para cada processo, distâncias mínimas necessárias
do trabalhador e, consequentemente, da produção final. entre máquinas, áreas destinadas a resíduos e locais
O inadequado posicionamento das máquinas e necessários para pausas, entre outros fatores, favorece
equipamentos no processo de produção de uma o ambiente de trabalho, trazendo motivação e qualidade
marcenaria gera perdas na produtividade, e a saúde de vida ao trabalhador, e pode gerar, assim, maior
do trabalhador pode ser severamente prejudicada. produtividade.

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O estudo de parâmetros que afetam o rendimento e registros e, também, com a pesquisa bibliográfica
da madeira serrada é de extrema importância não só e documental para recolher, analisar e interpretar
para o aumento do rendimento de madeira, mas para informações já existentes sobre o assunto e o ambiente
o uso racional deste recurso renovável que se torna de estudo.
cada vez mais escasso.
2.4. Sistema de produção avaliado
Esta pesquisa teve como objetivo a análise do
layout de marcenarias no sul do Estado do Espírito 2.4.1. Máquinas avaliadas
Santo, com a proposição de mudanças que otimizem
As máquinas envolvidas no processo de fabricação
o funcionamento harmônico entre o local de trabalho
de móveis e selecionadas na pesquisa para este estudo
e o trabalhador, considerando-se a melhoria do fluxo
estão listadas na Tabela 1. Nessas empresas, observou-
de produção, fatores ergonômicos e de produtividade.
se que o encaminhamento do ciclo de produção começava
pela serra de destopo e serra circular, em que se
2. MATERIAL E MÉTODOS
determinavam a largura e comprimento da peça,
2.1. Região de estudo passando, posteriormente, pela desempenadeira e
desengrossadeira, nivelando e dimensionando sua
A pesquisa foi desenvolvida em três marcenarias
espessura, respectivamente. As outras máquinas atuavam
(empresas fabricantes de móveis a partir de madeira)
no processo de acabamento, realizando molduras e
nos Municípios de Alegre e Jerônimo Monteiro, no
ranhuras como a tupia, eliminando imperfeições e
sul do Estado do Espírito Santo, no período de agosto
asperezas (lixadeira), além de furos e cavas, como
de 2006 a julho de 2007. Essas empresas foram escolhidas
observado na máquina furadeira horizontal. Na Figura
por possuírem fluxo contínuo de produção.
1 são mostradas as máquinas analisadas.
2.2. População e amostragem 2.4.2. Avaliação ergonômica do sistema de produção
O número mínimo de repetições utilizadas para
Para o estudo ergonômico do trabalho, avaliaram-
o ambiente de trabalho, neste estudo, foi estabelecido
se as condições climáticas do ambiente de trabalho
com base em uma amostragem-piloto, analisada com
com o uso de termômetro digital de Índice de Bulbo
uso da seguinte fórmula, proposta por Conaw (1977):
Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) da marca
n ≥ (t 2 * s 2) / e 2 METROSONICS, modelo HS - 3600. As leituras foram
em que n = número de amostras ou repetições; t = valor feitas de hora em hora, sendo a primeira leitura às 8
tabelado a 5% de probabilidade (distribuição t, de Student); h e a última, às 17 h, no mês de junho.
s = desvio-padrão da amostra; e = erro admissível a 5%. Os níveis médios de ruídos (dB (A)) foram medidos
com o uso de um decibelímetro digital de marca
2.3. Caracterização das empresas e avaliações
Instrutherm, modelo DEC – 460, com sensor instalado
qualitativas dos locais de trabalho
ao nível do ouvido do trabalhador, de acordo com a
A caracterização das empresas procedeu-se através Norma Regulamentadora No 15 (NR 15), do Ministério
de um questionário aplicado em forma de entrevista do Trabalho e Emprego – Atividades e Operações
aos gerentes. Pesquisaram-se: (i) o número de Insalubres (Segurança e Saúde no Trabalho, 2006),
funcionários; (ii) a matéria-prima utilizada; (iii) as principais feitos em intervalos de 20 seg durante a jornada de
máquinas envolvidas no processo de fabricação de trabalho diária, durante quatro meses.
móveis; (iv) a sequência normalmente utilizada na
A iluminância foi medida com o uso de um luxímetro
produção; (v) a qualidade da manutenção das máquinas;
digital portátil de marca TES, modelo TES1332A, sendo
e (vi) o destino e forma de deposição dos resíduos.
as leituras feitas sistematicamente a cada 15 min e realizadas
A avaliação referente ao layout realizou-se por em vários pontos da marcenaria, durante quatro meses
estudos individuais, em que a abordagem dos problemas de coleta. O aparelho foi colocado na altura dos postos
ocorreu através da pesquisa qualitativa, que visou de trabalho, com a fotocélula em plano horizontal, conforme
analisar e correlacionar os fatos através de entrevistas preceitua a norma técnica NBR 5413/92 da ABNT, que
com o uso de questionário semiestruturado, observações trata de iluminação de interiores.

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Tabela 1 – Descrição técnica das máquinas avaliadas


Table 1 – Technical description of the evaluated machines
Máquinas Descrição
Serra de destopo Utilizada para destopar e esquadrilhar madeira.
Serra circular Utilizada para serrar madeira ou derivados em cortes retos, por meio de uma serra circular dentada
acoplada a uma mesa de corpo fixo.
Desempenadeira Utilizada para nivelar a superfície da peça.
Desengrossadeira Visa dimensionar a espessura das peças. Utilizada também para aplainar. Constituída por navalhas
e dois rolos de alimentação que funcionam automaticamente. Ao nível da mesa, estão dispostos
outros dois rolos lisos que servem para o deslize da madeira.
Serra de fita Possui versatilidade de trabalho muito grande, podendo realizar quaisquer tipos de cortes retos ou
irregulares, como círculos, ondulações etc. Também, pode-se utilizá-la para o corte de materiais
muito espessos, difíceis de serem cortados na serra-circular.
Tupia Utilizada para fazer molduras, rebaixamentos, ranhuras, perfis e canais. Composta por uma base
de ferro na qual se apoia um tampo, no centro do qual se encontra um eixo onde se prendem as
ferramentas de corte, que giram com alta velocidade (4.000 a 8.000 rpm).
Lixadeira de cinta Acabamentos de superfícies planas ou curvas. Elimina imperfeições e asperezas, para que a peça
possa receber o acabamento final. Compõe-se de duas colunas ligadas entre si por uma cinta de
lixa, entre as quais existe uma mesa fixa onde é apoiada a peça de madeira.
Furadeira horizontal Utilizada para fazer furos e cavas em peças de madeira e encaixes de espigas ou cavilhas.
Respigadeira Produz espigas redondas, retangulares e inclinadas para um perfeito encaixe em cavas produzidas
pela furadeira. A máquina possui duas mesas porta-peças que permitem regulagens de ângulo, inclinações
frontal, lateral e do guia de encosto da peça.

Figura 1 – Máquinas utilizadas no ciclo de trabalho nas marcenarias (A: serra de destopo; B: serra-circular; C: desempenadeira;
D: desengrossadeira; E: serra de fita; F: tupia; G: lixadeira de cinta; H: furadeira horizontal; e I: respigadeira).
Figure 1 – Machines used in the work cycle at the joineries (A: cutter, B: buzzy saw, C: smoother, D: planer, E: tape saw,
F: shaper, G: sander; H: horizontal boring machine; and I: mortiser).

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2.4.3. Avaliação do Layout das marcenarias e sequências semelhantes. Em relação à matéria-prima,


utilizam-se principalmente madeira maciça (espécies
Para a otimização do processo produtivo das variadas) e MDF (medium density fiberboard),
marcenarias, os postos de trabalho foram dimensionados trabalhando sob a forma de encomenda, atendendo,
e as máquinas, alocadas para a confecção de plantas principalmente, à região Sul do Espírito Santo.
baixas das empresas objeto desta pesquisa. Além disso,
As marcenarias não possuíam locais apropriados
foi avaliada em cada empresa a sequência lógica de
para as refeições dos funcionários e também não
trabalho dos operadores por máquina avaliada em relação
disponibilizavam almoço. Foram fornecidos equipamentos
ao seu posicionamento no galpão. Essas análises foram
de proteção individual para os operários, entre eles
utilizadas para uma proposta de intervenção e elaboração
os mais usados eram os protetores auriculares
de layout otimizado, respeitando as especificidades
observados, mesmo assim, em poucos trabalhadores.
do fluxo de produção. Para essa análise, foi utilizado
A tupia foi considerada unanimemente a máquina mais
o software AutoCAD 2000.
perigosa e a que causa maior medo, seguida pela
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO desempenadeira e serra-circular.
O transporte de matéria-prima dentro das
3.1. Amostragem estatística marcenarias era feito pelos próprios trabalhadores,
O número mínimo de amostras de níveis de ruído que em geral executavam todas as funções para a
(dB(A)) necessários para melhor intensidade amostral produção dos móveis, operando todas as máquinas.
foi calculado em cada máquina analisada, e apresenta- A sequência lógica de fabricação dos produtos
se na Tabela 2. Em relação à iluminância e às condições começava pela serra de destopo, serra-circular,
ambientais (IBUTG), não se calculou um número mínimo desempenadeira e desengrossadeira, respectivamente.
de amostras devido à ocorrência de variação brusca Posteriormente, as peças passam pela tupia, lixadeira
nas áreas em que as máquinas estavam dispostas e, de cinta, serra de fita, furadeira horizontal e
até mesmo, sujeitas à incidência direta do sol. respigadeira aleatoriamente, dependendo do
acabamento necessário para o móvel. O esmeril era
3.2. Caracterização das empresas e avaliações utilizado para afiação de discos das máquinas e de
qualitativas dos locais de trabalho ferramentas auxiliares.
As empresas são classificadas como de pequeno Em relação ao ambiente de trabalho, a variação
porte (microempresas), utilizando-se pequeno quadro climática aumenta ou diminui conforme a variação do
de funcionários (menos de 20) para realização de todas sol. A média do IBUTG encontrada foi de 26,38 °C,
as atividades da marcenaria. e com esses índices o trabalho pode ser realizado sob
Todas as empresas analisadas empregam quanto condições seguras em todas as empresas, favorecendo
à tecnologia usada no processo de fabricação, máquinas o rendimento e a produtividade.

Tabela 2 – Número mínimo de repetições, segundo a amostragem estatística, para os níveis de ruído dB (A)
Table 2 – Minimum number of repetitions according to statistical sampling for noise level dB(A)

Ttab Desvio-padrão Média (dB(A)) n Coletado n Min


Serra de destopo 2,021 3,608 94,790 42,000 2,367
Serra circular 1,960 5,689 88,713 520,000 6,319
Desempenadeira 1,960 3,132 88,354 614,000 1,931
Desengrossadeira 1,960 4,232 87,427 327,000 3,600
Serra de fita 2,042 6,508 80,068 31,000 11,020
Tupia 1,980 4,833 88,900 129,000 4,636
Lixadeira de cinta 1,960 2,720 85,825 691,000 1,544
Furadeira horizontal 2,000 2,769 81,104 53,000 1,865
Respigadeira 2,042 5,110 88,438 34,000 5,567
Obs.: Ttab – “t” tabelado segundo tabela de Student; n coletado – número de amostras coletadas; e n min – número mínimo de amostras
necessárias.

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3.3. Sistemas de produção Com relação à ventilação, não foram encontrados


problemas. Para o acesso de pessoas e materiais,
Por apresentarem formas de layouts diferentes
recomenda-se a construção de uma rampa ligando o
devido à composição do galpão, área útil e localização
galpão de armazenamento ao galpão de máquinas,
das máquinas, os problemas identificados e as soluções
aumentando, com isso, o acesso e o espaço útil destes.
propostas em cada marcenaria analisada serão
Conjuntamente, propõe-se uma nova organização na
apresentados de forma individualizada. Na Tabela 3,
sequência de utilização das máquinas, considerando
encontra-se a legenda de identificação das máquinas
os níveis de iluminação e ruído e a chegada e partida
e áreas nas plantas de layout.
de matéria-prima, evitando locais de constante acesso
3.3.1. Marcenaria 1 de pessoas, conforme ilustrado na Figura 3.
Apresentou iluminação média de 717,03 Lux, estando Com o novo layout : (i) a disposição das máquinas
acima da faixa de iluminação mínima recomendada pela na periferia da marcenaria facilita o transporte manual
NBR 5413/92 de 500 Lux (VENTUROLI, 2002). O nível de cargas; (ii) melhora a iluminância em cada máquina,
médio de ruído encontrado foi de 87,65 dB (A), pois aproveita a iluminação natural do dia; (iii) inclui
apresentando-se acima do limite recomendado pela a área de armazenamento de madeiras no galpão de
legislação NR15 para uma jornada de 8 h diárias, máquinas, o que agiliza o manuseio da madeira serrada
reduzindo, assim, o tempo de trabalho para 5 h e 53 armazenada e das peças produzidas; (iv) melhora o
min, sem o uso de protetores auriculares. Devido ao fluxo de pessoas; e (v) reduz o tempo de caminhamento
reduzido espaço disponível para trabalho, a dificuldade entre máquinas e encurta o processo produtivo.
de movimentação de peças foi um dos fatores observados
sobre a composição atual do layout, assim como: (i)
a falta de cavaletes no interior da marcenaria; (ii) máquinas Tabela 3 – Legenda para as plantas baixas do layout
Table 3 – Legend for the layout of the joineries
distantes do depósito de matérias-primas; (iii) resíduos
em excesso; (iv) lâmpadas mal distribuídas e insuficientes Nº. Referência Nº. Referência
para a continuação do trabalho após o pôr-do-sol; (v) 1 Serra de Destopo 11 Madeira empilhada
pilastras interferindo na área útil; (vi) goteiras no galpão 2 Serra Circular 1 2 Depósito de ferramentas
de armazenagem de madeira; (vii) local inapropriado 3 Desempenadeira 13 Sala de verniz
4 Desengrossadeira 14 Sala de acabamento
para guardar ferramentas e equipamentos de uso
5 Tupia 15 Prensa
constante; (viii) manutenção de equipamentos feita 6 Lixadeira de Cinta 16 Máquina de
de forma corretiva; (ix) ausência de exaustor na máquina modelagem de fórmica
lixadeira de cinta; e (x) posicionamentos inadequados 7 Serra de Fita 17 Banheiro
de algumas máquinas, estando próximas a locais de 8 Furadeira Horizontal 18 Escritório
intensa movimentação, atrapalhando o deslocamento 9 Esmeril 19 Desdobro
10 Respigadeira 20 Projeção do beiral
de peças, sendo um agravante para acidentes. A Figura
2 ilustra o layout da marcenaria 1.
As seguintes alterações são propostas: (i) utilização
de cavaletes e bancadas para facilitar o transporte e
manuseio das peças de madeira dentro da marcenaria
e nas máquinas; (ii) retirada de resíduos do galpão
e aqueles que atrapalham o tráfego no pátio,
posteriormente depositados em um local específico;
(iii) aumento no número de lâmpadas e melhor distribuição,
melhorando as condições de iluminação após o pôr-
do-sol ou em dias chuvosos; (iv) organização adequada
de ferramentas e equipamentos de uso contínuo; (v)
colocação de um sistema de exaustor na máquina lixadeira
de cinta; (vi) manutenção dos equipamentos de forma
preventiva; e (vii) aumento da largura do beiral e reforma Figura 2 – Layout atual da marcenaria 1.
do telhado. Figure 2 – Current layout of the joinery 1.

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Figura 3 – Proposição de layout para a marcenaria 1. Figura 4 – Layout atual da marcenaria 2.


Figure 3 – Suggestion of layout for the joinery 1. Figure 4 – Current layout of the joinery 2.

3.3.2. Marcenaria 2 Também foram sugeridas alterações no posicionamento


dos equipamentos, na forma de trabalho e no padrão
A iluminação média encontrada foi de 211,73 lux,
do galpão, sendo estas: (i) elevação das aberturas laterais
estando muito abaixo do limite mínimo recomendado
para favorecer a entrada de luz e ventilação; (ii) aumento
pela NBR 5413/92 para a atividade, que é de 500 lux.
no número, potência e distribuição das lâmpadas; (iii)
O nível médio de ruído encontrado foi de 87,95 dB (A),
reorganização da armazenagem de matéria-prima proveniente
o que significa que o trabalhador nesse caso tem
do desdobro, localizando-as próximas a esta; (iv) limpeza
exposição máxima diária permitida de 5 h e 38 min, sem
constante da área do galpão e não somente quando houver
o uso de protetores auriculares, segundo a NR15. O
concentração em demasia de resíduos, idealizando também
carregamento de materiais é feito de forma incorreta,
uma área adequada para sua deposição; (v) utilização
em que o funcionário pega do chão a matéria-prima
de cavaletes e bancadas para facilitar o transporte e manuseio
a ser utilizada e desloca-se carregando-a sem nenhum
das peças de madeira dentro da marcenaria e nas máquinas;
tipo de adequação. Outros fatores observados sobre
(vi) troca da rede elétrica, utilizando-se fiação e componentes
a composição atual do layout foram: (i) ventilação
elétricos adequados ao consumo energético requerido;
deficiente; (ii) localização inadequada da madeira
(vii) aumento da frequência de manutenção das máquinas,
empilhada em relação ao desdobro; (iii) disposição
ferramentas e equipamentos, realizando-as de forma
desordenada do maquinário; (iv) presença de resíduos
preventiva; (viii) troca do telhado e aumento do beiral,
na área útil e de passagem; (v) os resíduos gerados
minimizando a insolação direta e chuvas nas partes laterais
após a passagem da madeira pela lixadeira de cinta
da área do galpão; (ix) nivelamento do piso do galpão;
retornam ao galpão; (vi) o telhado é baixo e inadequado
(x) construção de rampas de acesso; e (xi) aumento da
para o tipo de empresa; (vii) o sistema elétrico é deficiente
área do banheiro. A colocação de um sistema de exaustão
para a exigência de potência do maquinário; (vii) a
eficiente na sala de verniz e na lixadeira de cinta diminuirá
manutenção dos equipamentos é de forma corretiva;
a inalação de gases e poeiras dentro da empresa.
(ix) a caixa d’água, com vazamento, está localizada acima
do local de armazenamento das madeiras; (x) o galpão Conjuntamente, propõe-se uma nova organização
possui áreas construídas inadequadamente, como na sequência de utilização das máquinas, levando em
banheiro pequeno, piso desnivelado e falhas no telhado, consideração a sequência otimizada de trabalho, os níveis
permitindo que alguns equipamentos e parte da matéria- de iluminação e ruído, o espaço útil do galpão e a localização
prima recebam chuva e insolação direta; e (xi) a sala de pilastras e paredes. O caminhamento do layout otimizado
de verniz não se encontra separada fisicamente de outras ilustrado na Figura 5 ficou sinuoso devido à impossibilidade
áreas do galpão. Na Figura 4, observa-se o estado atual de mudança na estrutura física já construída, limitando
da marcenaria 2. a agilidade do processo produtivo.

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168 FIEDLER, N.C. et al.

MDF e, portanto, localizada próximo do local de montagem


dos móveis. A sequência de utilização das máquinas
foi reorganizada, levando-se em consideração os níveis
de iluminação e ruído, chegada e partida de matérias-
prima, espaço útil do galpão e localização de pilastras,
como ilustra a nova proposta de layout (Figura 7).
3.3.4. Análise integrada das marcenarias
Os postos de trabalho das empresas apresentaram
média do IBUTG de 26,38 °C, sendo perfeitamente
tolerado pelo organismo humano para a realização
das tarefas de fabricação de móveis numa jornada
de 8 h. Quanto ao ruído, para esse tipo de atividade
Figura 5 – Proposição de layout para a marcenaria 2. moderada os níveis médios foram de 87,48 dB (A),
Figure 5 – Suggestion of layout for the joinery 2.
ficando acima do permitido para uma jornada de 8
h diárias, de acordo com a NR 15. O ruído no ambiente
3.3.3. Marcenaria 3
é aditivo; assim, quanto maior o número de máquinas
Apresentou iluminação média de 1.120,89 lux, estando em uso, maior o ruído médio produzido e, portanto,
dentro da faixa de iluminação recomendada pela NBR passível de prejudicar a concentração mental e certas
5413/92 para a atividade (superior a 500 lux). O nível médio tarefas que exigem atenção ou velocidade e precisão
de ruído de 85,24 dB (A) está acima do permitido pela de movimentos. Segundo Vieira (1997), a maneira
NR 15 (SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, mais frequente de solucionar esse problema é o
2006), para uma jornada de trabalho de 8 h diárias, como fornecimento de protetores auriculares adequados
diagnosticado também nas outras empresas, podendo para os trabalhadores.
o trabalhador ficar exposto 7 h e 48 min diariamente, sem
comprometer o seu sistema auditivo. Outros fatores A luminosidade média encontrada (683,23 lux)
observados sobre a composição atual do layout foram: ficou acima da faixa de iluminação mínima recomendada
(i) dificuldade de movimentação de peças devido ao reduzido para esse tipo de maquinaria (NBR 5413/92), que deve
espaço disponível para trabalho nos maquinários, uma ser de 500 lux (VENTUROLI, 2002). No entanto, em
vez que parte da área é destinada para a montagem de uma marcenaria e em algumas áreas dos galpões de
móveis; (ii) galpão com áreas construídas inadequadamente, outras empresas apresentaram escassez de
permitindo que equipamentos e matéria-prima recebam luminosidade e deficiência na circulação de ar. Uma
chuva e insolação direta; (iii) beiral do telhado com largura quantidade de luz abaixo do necessário induz à fadiga
insuficiente; e (iv) área para aplicação de tintas, vernizes visual e provoca esforço excessivo para visualização
e acabamentos apresenta ventilação e iluminação deficientes, das peças. A introdução de lâmpadas com potência
sem sistema de exaustão, deixando o trabalhador em contato adequada ao local, janelas e vãos de abertura
direto e contínuo com gases tóxicos. O layout atual da melhorariam esse aspecto ergonômico, diminuindo
marcenaria 3 está ilustrado na Figura 6.
a concentração de gases e poeiras dentro dos galpões.
Após análise, as recomendações propostas foram:
(i) reduzir a insolação sobre as máquinas e, A disposição desordenada do maquinário,
consequentemente, sobre os trabalhadores, com presença de pilastras e resíduos nas áreas úteis e
ampliação da largura do beiral do telhado, pois no horário de passagem, pisos desnivelados e falta de rampas
compreendido entre 10 e 16 h a radiação solar é crítica, de acesso atrapalham o caminhamento, o transporte
implantando-se também toldos móveis em locais onde manual de matéria-prima e a operação das máquinas
necessários; (ii) construção de um banheiro; e (iii) nos galpões de produção. Evitando o retrocesso,
aumento na potência das lâmpadas, colocação de janelas a mudança de fluxos em ângulos com as peças e a
e sistemas de exaustão nas salas de verniz e acabamento. sequência desordenada das máquinas para
A serra de destopo nessa empresa é móvel, sendo processamento, ganha-se na racionalização do
utilizada principalmente para esquadrilhar peças de processo com consequente aumento da produtividade.

R. Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.1, p.161-170, 2009


Otimização do Layout de marcenarias no sul do … 169

Para diminuir o risco de acidentes, os resíduos gerados 3.3.5. Aplicação das propostas apresentadas
devem ser encaminhados para fora do galpão e
acondicionados em locais apropriados para futuros Todas as sugestões oferecidas foram discorridas
destinos. O piso deve ser nivelado e, de preferência, em torno de objeções para que as microempresas
antiderrapante, e os acessos aos galpões devem pudessem absorver, por inteiro, todas as indicações
possuir rampas e nunca degraus. A manutenção das propostas. Não foram alteradas as áreas dos galpões
máquinas e equipamentos deveria ser de forma e suas composições, ponto esse que acarretaria grandes
preventiva, mas na realidade ocorre de forma corretiva, custos aos empreendimentos, mantendo-se, assim, a
levando a um acréscimo do nível de ruído devido infra-estrutura e o maquinário originais de cada
ao aumento do atrito entre peças (falta de lubrificação) marcenaria. A simples mudança no posicionamento das
e o desgaste dos dentes das serras (contato com máquinas possibilita a transferência do tempo de trabalho
a matéria-prima). Os galpões possuem falhas no telhado, disperso em trabalho efetivo, superação de custos
permitindo que algumas máquinas e parte da matéria- decorridos pelas alterações propostas, maior satisfação
prima recebam chuva e insolação direta, exigindo dos trabalhadores e investimento no binômio conforto/
com isso maior esforço visual do operador, já que produtividade. Quanto às propostas sugeridas, os
os olhos humanos precisam de um tempo de empresários mostraram-se abertos a absorverem esses
recuperação e adaptação ao passarem de um ambiente novos conhecimentos e tecnologia e concordam com
mais escuro para um mais claro e, ou, vice-versa. as modificações propostas.
A expansão do beiral do telhado é necessária, pois
no horário compreendido entre 10 e 16 h a radiação 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
solar é crítica e nociva à saúde. A implantação de
De acordo com a coleta de dados relativa ao ambiente
toldos móveis também resolve o problema.
de trabalho e layout das três marcenarias, conclui-
se que:
O valor de IBUTG médio encontrado é perfeitamente
tolerado por um trabalhador durante uma jornada de
trabalho de 8 h.
O nível médio de ruído apresentado em todas as
empresas estava acima do permitido pela legislação
para uma jornada de 8 h diárias, portanto é necessário
que os trabalhadores utilizem protetores auriculares
se não for possível reduzir o ruído na fonte.

Figura 6 – Layout atual da marcenaria 3.


A luminosidade média encontrada em uma das
Figure 6 – Current layout of the joinery 3. marcenarias ficou abaixo da faixa de iluminação mínima
recomendada pela NBR 5413/92 (500 lux). Nas demais,
apesar de médias acima do mínimo necessário, algumas
áreas apresentaram escassez de luminosidade e deficiência
na circulação de ar.
Há dificuldade de movimentação de peças devido
ao reduzido espaço disponível para trabalho, em razão
dos posicionamentos inadequados de algumas máquinas
e pilastras.
Nenhuma das marcenarias avaliadas possuía
exaustores nas máquinas que produziam resíduos muito
Figura 7 – Proposição de layout para a marcenaria 3. finos e em áreas onde se trabalhava com produtos
Figure 7 – Suggestion of layout for the joinery 3. químicos, como colas e tintas.

R. Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.1, p.161-170, 2009


170 FIEDLER, N.C. et al.

Em todas as empresas avaliadas foi verificada a CONAW, P. L. Estatística. São Paulo: Edgard
falta de rampas, desnivelamento do piso dos galpões Blucher, 1977. 264p.
e telhados inapropriados e com beirais estreitos.
FIEDLER, N. C. et al. Análise da exigência física do
A limpeza dos galpões não era regular, e os resíduos trabalho em fábricas de móveis no Distrito Federal.
em geral não ficavam depositados em lugares próprios. Revista Árvore, v.27, n.6, p.879-885, 2003.

Por serem marcenarias de pequeno porte, era inviável FIEDLER, N. C.; RODRIGUES, T. O.; MEDEIROS,
a proposta de mudanças drásticas nos padrões de M. B. Avaliação das condições de trabalho,
construção dos galpões e na forma de produção, mas treinamento, saúde e segurança de brigadistas de
a sugestão de alternativas para facilitar o processo combate a incêndios florestais em unidades de
de produção e melhorar as condições de trabalho conservação do Distrito Federal. Revista
produziriam melhorias significativas no sistema produtivo Árvore, v.30, n.1, p.55-63, 2006
como um todo.
FURTADO F., C. P. R. C. Avaliação do rendimento de
As recomendações sugeridas para uma nova madeira serrada de Pinus, estudantes de graduação:
proposição de layout são: engenharia. industrial madeireira - UNIPLAC/
Universidade do Planalto Catarinense, Revista da
Manutenção preventiva das máquinas, para redução Madeira, v.15,n.88, p.170, 2005.Disponível em
do ruído e, ou, uso de protetores auriculares como www.remade.com.br, acessado em 03/03/2009.
medida curativa.
SÃO PAULO (Estado). Segurança e Medicina
Implantação de lâmpadas mais potentes e aberturas do Trabalho. 56.ed. São Paulo, Atlas, 2006. 771p.
laterais maiores nos galpões, para aumentar a (Manuais de Legislação Atlas, 16).
luminosidade e a circulação de ar.
SILVA, K. R.; SOUZA, A. P.; MINETTI, L. J.
A dificuldade de movimentação de peças poderia Avaliação do perfil de trabalhadores e das
ser sanada através da otimização da sequência de condições de trabalho em marcenarias no
utilização das máquinas. município de Viçosa-MG. Revista Árvore,
v.26, n.6, p.769-775, 2002.
Instalação de sistemas de exaustores nas máquinas
lixadeiras de cinta e nas salas onde se trabalhavam SILVA, K. R. et al. Avaliação antropométrica de
com produtos químicos. trabalhadores em indústrias do pólo moveleiro de Ubá-
MG. Revista Árvore, v.30, n.4, p.613-618, 2006.
Construção de rampas, nivelamento do piso e reforma
do telhado com aumento do seu beiral, para maior VENTUROLI, F. Análise ergonômica do
rendimento e satisfação do empregado. ambiente de trabalho em marcenarias
do Distrito Federal. Brasília: Universidade
5. REFERÊNCIAS de Brasília, 2002. 55p.

CASTRO, D. C. Meio Ambiente de VIEIRA, S. D. G. Análise ergonômica do


Trabalho e sua implicações no trabalho em uma empresa de
processo produtivo: o caso marcenaria fabricação de móveis tubulares. Estudo
da UFOP. Ouro Preto: Universidade Federal de de casos. Florianópolis: Universidade Federal de
Ouro Preto, 2003. 89p. Santa Catarina, 1997. 58p.

R. Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.1, p.161-170, 2009

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