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Curso Pré-Congresso ABES 2019

Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos


Desafios e oportunidades para o desenvolvimento do setor no Brasil

Rotas tecnológicas para RSU

Geraldo Antônio Reichert

Natal (RN), 14 de junho de 2019


Gerenciamento integrado de RSU
É uma forma diferenciada de manejo de resíduos, que
combina diferentes métodos de coleta e tratamento para
lidar com todos os materiais no fluxo de geração e
descarte de resíduos, de maneira ambientalmente efetiva,
economicamente viável e socialmente aceitável.
White et al. (1995)
Gerenciamento integrado

O que era um CONCEITO, virou


uma OBRIGAÇÃO pela PNRS:
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos
sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de
prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos.

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O conceito de REJEITO é temporal e
espacial (ou regional).
PNRS
Mudança conceitual (mudança de paradigma)

Resíduo sólido
≠ Rejeito

Material, substância, objeto Resíduos sólidos que, depois de


ou bem descartado esgotadas todas as possibilidades
resultante de atividades de tratamento e recuperação por
humanas em sociedade, a processos tecnológicos
cuja destinação final se disponíveis e economicamente
procede, se propõe proceder viáveis, não apresentem outra
ou se está obrigado a possibilidade que não a disposição
proceder, ... final ambientalmente adequada.

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Tecnologias de tratamento de RSU
• Mais usadas
– Aterro sanitário
– Compostagem
– (Triagem)
– Reciclagem
• Novas tecnologias
– Digestão anaeróbia (processo biológico)
– Autoclave (para RSU)
– Incineração
– CDR – Combustível Derivado de Resíduo
– Gaseificação
– Pirólise (processos térmicos)
– Plasma
• Em pesquisa
– Produção de etanol de RSU (hidrólise)
– Despolimerização

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Destinação dos resíduos nos países da Europa
em 2016 (em % de massa)

Fonte: Eurostat (2017)

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O que é uma rota tecnológica?

É o conjunto de processos, tecnologias e


fluxos dos resíduos desde a sua geração
até a sua disposição final,
envolvendo circuitos de coleta de resíduos de forma
indiferenciada e diferenciada e contemplando
tecnologias de tratamento dos resíduos com ou sem
valoração energética.

Inicia-se na geração dos resíduos e encerra-se


na com a disposição final (em aterro sanitário).

Fonte: FADE / BNDES - Rotas Tecnológicas


UFPE (2014)
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Uma Rota básica
Rejeitos ou uma primeira
Coleta de etapa da Rota
Triagem de
Resíduos
recicláveis
Recicláveis
Materiais
Recicláveis
Geração e Armazenamento

Coleta de
Transbordo
RSU

Resíduos TM
Mistos
Aterro
Sanitário
Energético
Rejeitos Energia
elétrica
Biogás

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Ampliação para
Rejeitos três tipos de
Coleta de coleta
Triagem de
Resíduos
recicláveis
Recicláveis
Materiais
Recicláveis
Coprocessa-
Geração e Armazenamento

mento

Coleta de CDR Energia


Transbordo
RSU

Resíduos TM elétrica
Mistos
Aterro
Sanitário
Energético
Rejeitos Energia
elétrica
Compostagem
Coleta de Biogás
Composto
Resíduos
Orgânicos

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Ampliando
Rejeitos aproveitamento
Coleta de de orgânicos
Triagem de
Resíduos
recicláveis
Recicláveis
Materiais
Recicláveis
Coprocessa-
Geração e Armazenamento

mento

Coleta de CDR ou
Incineração Energia
Transbordo
RSU

Resíduos TM e TMB elétrica


Mistos

Aterro
Sanitário
Rejeitos Energia
elétrica
Compostagem
Coleta de Biogás
Composto
Resíduos Biometano
Orgânicos
Biodigestão
Anaeróbia

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Anti-exemplos!
Aprendendo com os erros do passado…

1. Anos 1980 – Usinas de Triagem e Compostagem

2. Anos 2000 – Editais do FNMA para aterros


sanitários em pequenos e médios municípios

O importante é priorizar a ROTA e não focar somente nas


tecnologias!

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Uma rota tecnológica inicia na coleta...
Na verdade... Inicia na
segregação na origem...

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Unidades de triagem

• Manual

• Semimecanizada

• Mecanizada

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TMB – tratamento mecânico-biológico

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Tratamento de resíduos orgânicos

• Compostagem
Coleta seletiva x resíduos mistos
• Biodigestão

São processos biológicos

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Processos biológicos de tratamento Consumo de energia

Geração de energia
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Digestão anaeróbia (metanização)

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Digestão anaeróbia – DA (biodigestão ou metanização)
Sistema Úmido

Sistema Seco

Sistema Extrasseco

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Digestão anaeróbia: importante considerar que...

• Sistemas (úmido, seco e estrasseco) têm eficiências, custos,


complexidade de operação e saídas (digestato) diferentes
• Sistemas extrassecos são muitos mais simples de operar
• Digestato pode ser líquido (biofertilizante) ou sólido
• Necessidade de complementação por compostagem, para
produção de composto
• Forma de comercialização da energia elétrica
• Existência de mercado para subprodutos: energia elétrica e
térmica, biometano e digestado

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Plantas de DA de RSU existentes

• Grande aplicação na Europa


• No Brasil:
• Planta P&D da Comlurb no Rio de Janeiro
• Planta piloto projeto IPT em Bertioga, SP
• Planta da Sanepar em São José do Pinhas (RSU + lodo
de ETE)

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Compostagem

Processo de decomposição biológica controlada dos resíduos


orgânicos, efetuado por uma população diversificada de
organismos, em condições aeróbias e termofílicas, resultando
em material estabilizado, com propriedades e características
completamente diferentes daqueles que lhe deram origem.
(Resolução Conama 481/2017)

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Compostagem

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Compostagem
Caseira Estática aeração natural Leira revolvida

Leira estática aerada Reator fluxo contínuo Túneis

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Compostagem tem má fama no Brasil...
Embora MO seja 50% da massa de RSU no Brasil, apenas 0,2% são compostados (Fonte: SNIS, 2017)

Isso é compostagem?
Pergunta: Você concorda que os erros do
passado influenciam na pouca utilização
da compostagem de RSU atualmente?

Fonte: Caprara (2015)

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Compostagem: importante considerar que...
• Embora a compostagem seja conhecida como uma tecnologia
relativamente simples, tem engenharia envolvida.
• Compostagem é energeticamente deficitária (consome
energia, ao contrário da biodigestão que gera energia).
• A operação da planta é fundamental para obtenção de um
composto de qualidade.
• Só composto de qualidade tem mercado:
• Qualidade da matéria-prima: separação na origem dos
RSU – iniciar priorizando grandes geradores
• Operação adequada da planta de compostagem
• Fixa CO2 no solo.

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Processos térmicos

Existe uma grande variedade de técnicas de tratamento baseadas na


aplicação de calor aos resíduos, os chamados processos
térmicos. Os produtos resultantes do emprego dessas técnicas dependem da
quantidade de calor utilizada.

Os processos térmicos mais usuais incluem:


Incineração;
Coprocessamento;
Gaseificação;
Pirólise;
Plasma.

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Incineração
A incineração é um processo de queima controlada na presença excesso de oxigênio, no qual
os materiais à base de carbono são reduzidos a gases e materiais inertes (cinzas e escórias de
metal) com geração de calor.
Esse processo permite a redução em volume e peso dos resíduos sólidos em cerca de 80 a
90%. Normalmente, o excesso de oxigênio empregado na incineração é de 10 a 25% acima das
necessidades de queima dos resíduos.

Em grandes linhas, um incinerador é um equipamento composto por duas câmaras de


combustão primeira câmara os resíduos sólidos e líquidos são queimados à temperatura
variando entre 800 e 1.000 °C.
segunda câmara, os gases provenientes da combustão inicial são queimados a temperaturas da
ordem de 1.200 a 1.400 °C.

Os gases da combustão secundária são rapidamente resfriados para evitar a


recomposição das extensas cadeias orgânicas tóxicas e em seguida tratados em lavadores,
ciclones ou precipitadores eletrostáticos, antes de serem lançados na atmosfera através de uma
chaminé.

Remanescentes da incineração: gases (CO2, H2O, N2, O2, SO2) e cinzas e escórias (metais,
vidros, pedras).

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CDR – Combustível Derivado de Resíduos

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DESCRIÇÃO DO COPROCESSAMENTO

A utilização dos fornos rotativos da indústria cimenteira para a incineração de


resíduos perigosos e não perigosos:
uma alternativa para a destinação final
significativa oportunidade de economia energética
idem quanto a matéria-prima
De uma grande variedade de resíduos utilizados como combustíveis
alternativos destacam-se materiais como:
pneus
óleos usados, solventes
materiais inflamáveis fora de especificação
lama orgânica
lodos de tratamento de efluentes, alguns solos contaminados
resíduos de refinarias de petróleo e indústrias químicas, EPIs, dentre outros
Resíduos Domésticos in natura
Resíduos de Serviços de Saúde
RESÍDUOS PROIBIDOS Resíduos Radioativos
Substâncias Organocloradas
Agrotóxicos
Reichert, G.A. (2019) – Rotas tecnológicas para RSU- Curso - Natal (RN) Explosivos
Fluxograma do Processo de Coprocessamento

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Forno rotativo de produção de
clínquer/coprocessamento

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Pirólise
O processo de pirólise pode ser genericamente definido como sendo o de
decomposição química por calor na ausência de oxigênio. O processo é
endotérmico, isto é, requer uma fonte externa de calor.

Subprodutos de um processo pirolítico:


- gases, compostos por H2, CH4 e CO;
- combustível líquido, composto por hidrocarbonetos, alcoóis e ácidos
orgânicos de elevada densidade;
- um resíduo sólido, constituído por carbono quase puro (char) e
ainda, por vidros, metais e outros materiais inertes (escória).

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Plasma
Quando um gás é aquecido a temperaturas elevadas há mudanças significativas
nas suas propriedades. A cerca de 2 000 ºC, as moléculas do gás começam a
dissociarem-se em estado atômico. A 3 000 ºC, os átomos são ionizados pela
perda de parte dos elétrons. Este gás ionizado é chamado de plasma.
O plasma é uma forma especial de material gasoso que conduz eletricidade. É
conhecido como o "quarto estado da matéria" (sólido, líquido, gasoso e plasma).

No estado de plasma o gás atinge temperaturas extremamente elevadas que


podem variar de 5 000 a 50 000 ºC de acordo com as condições de geração.
O plasma é gerado pela formação de um arco elétrico, através
da passagem de corrente entre o cátodo e ânodo, e a injeção
de um gás que é ionizado, e pode ser projetado sobre os
resíduos.

O gás sob o estado de plasma apresenta boa condutividade


elétrica e alta viscosidade quando comparado a um gás no
estado normal.
Jato de Plasma

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O plasma é gerado e controlado em tochas de plasma, de forma idêntica a um
queimador empregue em fornos.

A tocha de plasma é um dispositivo que transforma energia elétrica em calor


transportado por um gás. Com estes dispositivos, virtualmente, qualquer gás pode
ser levado ao estado de plasma e o gás utilizado pode ter participação
significativa na reação.

Corte de uma tocha de plasma, mostrando o


processo de criação do jato de plasma
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Plasma
O processo
Material vítreo resultante

Exemplo da utilização do plasma diretamente sobre os resíduos

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Aterro sanitário

• Aterro sanitário é uma obra de engenharia: estudos e projetos com


responsáveis técnicos e licenciamento ambiental.

• É a forma de disposição ambientalmente adequada dos rejeitos prevista no


Art. 9°da Lei Federal 12.305/2010 – PNRS.

• O conceito de rejeito tem modificabilidade espacial e temporal (o que vai


definir o que é rejeito em cada caso são AS METAS DOS PLANOS).

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Tipos de aterros sanitários
Aterro sanitário
• Convencional
• Energético
• “De rejeitos”

Em função do porte:
• Pequeno porte - ASPP
• Médio porte
• Grande porte

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Aterro sanitário – elementos de projeto

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Captação do biogás

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Energia dos RSU
• Comparação potencial geração de energia
bruta por tonelada de resíduo
– Plasma: 1,0 a 1,3 MWh / t RSU
– Pirólise: 1 MWh / t RSU
– CDR: 1 MWh / t de CDR ou 0,42 MWh / t RSU
– Incineração: 0,4 – 0,6 MWh / t RSU
– Digestão anaeróbia acelerada: 0,1 a 0,3 MWh / t
RSU
– Aterro sanitário (biogás): 0,1 - 0,2 MWh / t RSU
– Compostagem: “déficit energético”

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Potencial energético dos RSU (Fonte: Oliveira, 2004)

• Total energia elétrica no Brasil


– 330 TWh/ano
• Geração de RSU no Brasil
– 140 mil t/d (em 2002), e 160 mil t/d em 2010
• Potencial energético dos RSU
– 120 TWh (36 % da oferta nacional de energia)
• Sendo:
– 13 TWh de biogás de aterros sanitário e lixões
– 52 TWh de geração térmica
– 55 TWh de conservação de energia pela reciclagem
(de papel, plástico, metal e vidro)
Usina de Itaipu – 100 TWh/ano
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Relembrando que...
Rejeitos
Coleta de
Triagem de
Resíduos
recicláveis
Recicláveis
Materiais
Recicláveis
Coprocessa-
Geração e Armazenamento

mento

Coleta de CDR ou
Incineração Energia
Transbordo
RSU

Resíduos TM e TMB elétrica Se só vai rejeito


Mistos ao aterro, ele não
será energético
Aterro
Sanitário
Rejeitos Energia
elétrica
Compostagem
Coleta de Biogás
Composto
Resíduos Biometano
Orgânicos
Biodigestão
Anaeróbia

Tratamentos dos orgânicos devem


estar inseridos em uma ROTA...
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Exemplo de fluxo de massa em rota tecnológica
Possibilidade de Rotas

Seletiva 8% e 2% de triagem de mistos para compostagem

Seletiva 20%, seletivo de orgânicos 5% e


75% de mistos + 5,4% rejeitos triagem para incineração

Seletiva 20%, seletivo de orgânicos 0% e


80% de mistos vai TMB (c/ DA e rejeitos para AS)

Seletiva 25%, seletivo de orgânicos 30% para DA e


45% de mistos + rejeitos triagem vai para incineração

Fazer variante ROTA acima com CDR em vez de incineração

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Exemplo de fluxo de massa em rota tecnológica
ROTAS FLUXO DE MASSA DA ROTA TECNOLÓGICA
Destinação Final
Coleta Pré-tratamento e Tratamento Reciclagem Combustão e
de Materiais Degradação

0,0

Coleta por Tipo Triagem 0,0


de Material
0,0 % 0,0 %

Triagem 0,0

0,0 %

Coleta Seletiva 0,0 %


Recicláveis Secos 0,0 DA 0,0
RSU 0,0 % %
100 0,0 %
%
Coleta Seletiva 0,0 Compostagem 0,0
Orgânicos % 0,0
0,0 % 0,0 % 0,0 %

0,0 % 0,0 % 0,0 CDR 0,0


0,0 % %
Coleta Rejeitos 0,0 0,0
(ñ coletados acima) % %
100,0 % 100,0 % 0,0 Incineração 0,0
0,0 % % 0,0
0,0 %

100,0 At. Sanitário


Abrir Excel %
% do total RSU coletados --> 100,0 0,0 0,0

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Os modelos de apoio à tomada de decisão...

Como decidir?

Rota, alternativa ou cenário mais


sustentável?

Aplicar “tecnologia” no processo de apoio


à decisão!

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Hierarquização de Rotas
Critérios: ambiental, econômico e social
AMBIENTAL ECONÔMICO

#1 BASE (8º) #1 BASE (2º)


1,0 1,0

0,8 #8 GICI (8º) 0,8 #2 PGTA (6º)


#8 GICI (4º) #2 PGTA (6º)
0,6 0,6
0,4
0,4
0,2
0,2
#7 QM (4º) 0,0 #3 PDT (5º)
#7 QM (5º) 0,0 #3 PDT (7º)

#6 DASI (3º) #4 OGTA (7º)


#6 DASI (2º) #4 OGTA (1º)

#5 ODT (1º)
#5 ODT (3º)

#1 BASE (8º)
1,0
SOCIAL #8 GICI (4º) 0,8 #2 PGTA (6º)
0,6
0,4
0,2
#7 QM (5º) 0,0 #3 PDT (7º)

#6 DASI (2º) #4 OGTA (1º)


Fonte: Reichert (2013)
#5 ODT (3º)
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Hierarquização de Rotas –
ASCV (Avaliação da Sustentabilidade do Ciclo de Vida)
Ambiental
#1…
1,0
#8… 0,8 #2…
0,6
#1 BASE (6º/7º) 0,4
0,2
1,0 #7… 0,0 #3…

0,8
#8 GICI (5º) #2 PGTA (7º/6º) #6… #4…
0,6 #5…

0,4 #1… Econômico


1,0
#8… 0,8 #2…
0,2 0,6
0,4
0,2
#7 QM (3º/4º) 0,0 #3 PDT (8º) #7 QM… 0,0 #3…

#6… #4…
#5…
Social
#1 BASE…
1,0
#6 DASI (2º) #4 OGTA (4º/3º) #8 GICI (4º) 0,8
0,6
#2 PGTA…
0,4
0,2
#7 QM (5º) 0,0 #3 PDT (7º)

#5 ODT (1º) #6 DASI… #4 OGTA…


#5 ODT…

Fonte: Reichert (2013)

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Mensagens e reflexões
Nenhuma tecnologia de
Rota tecnológica é um sequenciamento tratamento (nem mais o
de processos e tecnologias com finalidade aterro sanitário) resolve
de enviar somente rejeitos ao aterro sozinha o problema!
sanitário → Metas estabelecidas no Plano

Uma ROTA TECNOLÓGICA inicia na Educação ambiental


coleta, na verdade antes da coleta, na Compostagem caseira
segregação na origem ...
Disposição final ambientalmente Conceito de rejeito varia no
adequada dos rejeitos tempo e no espaço (local)
Sustentabilidade financeira:
Em princípio, a proposição de novas
cobrança pelo serviço por meio
Rotas torna o sistema mais caro
de taxa ou tarifa
Utilização de tecnologias
consolidadas e licenciáveis A avaliação dos impactos
(ambientais e financeiros e sociais)
deve ser feita com foco na ROTA e
não na tecnologia
Reichert, G.A. (2019) – Rotas tecnológicas para RSU - Curso - Natal (RN)
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Muito obrigado pela tua atenção!

Geraldo Antônio Reichert


Engenheiro Civil e Doutor em Saneamento Ambiental

Correio-E: Geraldo.603@gmail.com

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