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AGESPISA RAS

Implantação da Rede de Distribuição de Água do


Loteamento Jacinta Andrade, Santa Maria da CODIPI
Teresina (PI)
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO 05

1.1 Metodologia 06

2.0 EMPREENDIMENTO 09

2.1 O empreendedor 09

2.2 Objetivos do empreendimento 09

2.3 Alternativas locacionais 10

2.4 Características técnicas do empreendimento 11

2.5 Observações Complementares 13

3.0 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 14

4.0 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 17

4.1 Meio Físico 19

4.2 Meio Antrópico 38

4.3 Meio Biótico 48

5.0 LEGISLAÇÃO INCIDENTE 60

5.1 Nível Federal 60

5.2 Nível Estadual 66

5.3 Nível Municipal de Teresina 67

6.0 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 69

6.1 Tecnicas e procedimentos metodológicos adotados 69

6.2 Identificação das ações impactantes e de seus efeitos 72

6.3 Analise quantitativa e qualitativa dos impactos 75

7.0 MEDIDAS MITIGADORAS 82

7.1 Relação de medidas mitigadoras 82

8.0 VIABILIDADE AMBIENTAL DO EMPREENDIMENTO 87

9.0 EQUIPE TÉCNICA 89

10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 90

11.0 ANEXOS 92

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LISTA DE TABELAS E QUADROS

Tabela 01 - Serviços de Saúde (2005) 39


Tabela 02 - Ensino Público em Teresina em 2008 – Teresina-PI (2009 40
Tabela 03 - Abastecimento de Água 42
Tabela 04 - Produção de Lavouras Temporárias (2007) 43
Tabela 05 - Efetivo da Pecuária – Principais Rebanhos - 2007 44
Quadro 01 - Espécies vegetais encontradas na área de Influência
do empreendimento 50
Quadro 02 – Espécies de aves encontradas na área de
Influência do empreendimento 52
Quadro 03 – Espécies de mamíferos encontradas na área de
Influência do empreendimento 54
Quadro 04 – Espécies de répteis encontradas na área de
Influência do empreendimento 55
Quadro 05 – Identificação e classificação dos impactos de vizinhança 72

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LISTA DE FIGURAS

Fig. 01 – Localização do empreendimento


(Adaptação do Mapa Político de Teresina) 10
Fig. 02 – Localização georreferenciada do Loteamento Jacinta Andrade
(Imagem adaptada do Google Earth – set/09) 11
Fig. 03 – Imagem adaptada do mapa do município
de Teresina (...)/thebairros_sulo.asp) 16
Fig. 04 – Localização do municipipio de Teresina com relação
à Microregião Geográfica em que se encontra no Estado do Piauí 18
Fig. 05 – Mapa geomorfológico de Teresina 21
Fig. 06 – Mapa Geológico do Estado do Piauí, focalizando o município
de Teresina, PI, CEPRM, 2004 27
Fig. 07 – Mapa de solos do município de Teresina
Fonte: EMBRAPA, 2009 32
Fig. 08 – Identificação da sub-bacia hidrográfica onde se encontra
a Área de Influencia do empreendimento com base no Mapa
Hidrográfica da SEMAR/PI 33
Figura 09 - Hidrografia Parcial de Teresina
(Fonte: Carta IBGE 2211001-20000) 36

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LISTA DE FOTOS

Foto 01 – Vista da placa da obra 57

Foto 02 – Vista da Av. Sergio Mota (avenida principal do bairro

Santa Mª da CODIPI 57
Foto 03 – Vista de parte da área do loteamento
(terraplanagem concluída) 58
Foto 04 – Vista de quadras onde a construção das casas foi iniciada 58
Foto 05 – Vista das quadras onde as casas
estão em fase de revestimento 58
Foto 06 – Vista das quadras com casas executadas (vias sem
pavimento, presença de particulados) 58
Fotos 07 e 08 – Vistas de área limítrofe ao loteamento onde a
vegetação foi preservada 58
Foto 09 – Vista da Rua Lavina Gonçalves –
Reservatório existente 59
Foto 10 – Vista da quadra onde serão locados o reservatório e os poços 59
Foto 11 – Vista da quadra (outro lado) onde
serão locados poços e o reservatório 59
Foto 12 – Vista geral do loteamento 59

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1.0 INTRODUÇÃO

O presente estudo, apresentado pela empresa Águas e Esgotos do Piauí S/A –


AGESPISA, se refere à implantação da rede de distribuição de água do Loteamento
Jacinta Andrade que está sendo construído no bairro Santa Maria da CODIPI, zona
norte de Teresina (PI), constituindo um Relatório Ambiental Simplificado (RAS), e
visa o licenciamento ambiental do citado empreendimento junto à Secretaria do
Meio Ambiente e dos Recursos Hidricos do Estado do Piauí – SEMAR/PI.

Este tipo de estudo tem como objetivo oferecer elementos para a análise da
viabilidade ambiental de empreendimentos, ou atividades consideradas potencial ou
efetivamente causadoras de degradação do meio ambiente. Como tal, está sujeito a
reculamentação federal sendo obrigatório para os empreendimentos relacionados no
artigo 2º da Resolução CONAMA Nº 237 de 19 de dezembro de 1997.

A recente Resolução n° 412, de 13 de Maio de 2009 que estabelece critérios e


diretrizes para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos destinados à
construção de habitações, em seu artigo 4°, também faz referência ao RAS
vinculando-o aos casos de implantação de serviços de saneamento básico de
empreendimentos habitacionais:

(...) RAS: estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados


à localização, instalação e operação de novos empreendimentos
habitacionais, incluindo as atividades de infraestrutura de
saneamento básico (grifo nosso), viária e energia, apresentados
como subsídio para a concessão da licença requerida, que
conterá, dentre outras, as informações relativas ao diagnóstico
ambiental da região de inserção do empreendimento, sua
caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das
medidas de controle, de mitigação e de compensação (...)
(MMA,2009)

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Pelo fato dos serviços previstos atingirem área localizada na zona urbana,
também, faz-se necessário atender ao Decreto Federal nº 99.274/94, que exige a
análise e caracterização dos impactos de vizinhança, com indicações de medidas
mitigadoras especificas para a minimização destes, através da elaboração de estudo
de impacto de vizinhança.

Dessa maneira, o presente estudo elaborado por uma equipe técnica


multidisciplinar composta por uma engenheira civil com Mestrado em Meio
Ambiente e Desenvolvimento, uma tecnologa em gestão ambiental e um engenheiro
agrônomo com Especialização em Gestão Ambiental, busca contemplar o conteúdo
exigido pela legislação em vigor, reunindo os elementos necessários para a
caracterização técnica da obra e a avaliação dos efeitos socioambientais e urbanos
do empreendimento na área de influência dos serviços, assim como indicando as
medidas e programas necessários para a minimização dos efeitos negativos que o
empreendimento possa ter sobre a área de influência e sua comunidade.

1.1 METODOLOGIA

A metodologia adotada para a realização do projeto baseou-se em normas de


trabalho consagradas pelo uso na elaboração de estudos ambientais, divulgadas em
trabalhos científicos e nos manuais oficiais de instituições publicas envolvidas com
o licenciamento ambiental de obras, tais como o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, o Ministério do Meio
Ambiente e o Banco do Nordeste - BNB.

Para a definição dos métodos de trabalho, a etapa inicial foi a análise


detalhada dos dados do projeto básico, quando se buscou definir seu grau de
complexidade dos serviços e os limites da área de influência dos impactos.

A Área de Influência do empreendimento, na qual, em sua maioria, surgem


os problemas que causam perdas ou benefícios diretos e/ou indiretos gerados pelo
empreendimento, foi definida com base na avaliação da amplitude dos efeitos do
empreendimento, e como trata-se de serviço de infra-estrutura urbana a Área de

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Influência Direta – AID, ficou restrita à área do loteamento, onde ocorrerá a


intervenção.

Com relação à Área de Influência Indireta – AII, como a obra é de ampliação


da rede de distribuição já existente na região do bairro Santa Maria da CODIPI,
entende-se que não se faz necessário considerar a área da bacia hidráulica onde se
encontra o município, referencia indicada na literatura e em alguns textos legais,
como parâmetro para a definição da área de influência. Assim considerou-se apenas
a área do município.

O foco do empreendimento é direcionado para uma pequena área de Teresina


e seus efeitos não têm caráter tão intenso que justifique uma análise dos seus
efeitos sobre a enorme área que caracteriza as duas bacias dos rios que atravessam
a cidade (Poti e Parnaíba).

Os dados para o diagnóstico ambiental da área de influência do


empreendimento foram coletados em vistoria "in loco" e através de pesquisa
bibliográfica. Nesta etapa foram reunidas todas as informações existentes a respeito
do empreendimento, a partir de pesquisa documental (memorial descritivo,
especificações, plantas) dentre outras fontes consultadas.

Os dados para o diagnostico ambiental foram complementados com a


utilização de mapas municipais (IBGE, 2000) e material cartográfico referente ao
município.

A metodologia de avaliação de impactos adotada fundamentou-se nos


trabalhos de Warner e Bormley (apud DOTE SÁ, 1995) que classificou as principais
metodologias adotadas. Dentre estas, foi considerado a utilização integrada dos
seguintes métodos: o método de Check-List, o método Ad Hoc e das redes de
interação.

O primeiro deles é adotado em várias publicações institucionais importantes


no Brasil como o Manual de Impactos Ambientais do Banco do Nordeste (1999),
sendo também denominado Lista de Controle, e é válido para avaliações
preliminares ou quando o empreendimento proposto é de pouca complexidade,
como é caso. Em geral este método parte de listas padronizadas para cada tipo de
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empreendimento. Não nos valemos de listas padrão, mas de questionários que


buscam evidenciar os efeitos da obra sobre o meio, e a partir destes
questionamentos os profissionais da equipe, com base no método Ad Hoc e
subsidiando-se na experiência de cada um, realizaram a identificação dos impactos,
o que pressupõe uma avaliação subjetiva sobre as interferências em cada fator
ambiental.

Numa terceira etapa, e partindo da elaboração de uma listagem dos impactos


primários, ou de caráter direto, construiu-se uma rede de interações que permitiu
visualizar os efeitos de segunda ordem em função do empreendimento.

Em outra etapa estes foram caracterizados de forma quantitativa e


qualitativa. A metodologia baseou-se, portanto, em valoração objetiva e subjetiva.

Para a identificação dos impactos, o trabalho subsidiou-se nas referências do


IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis com o
Manual “Avaliação de Impacto Ambiental: Agentes Sociais, Procedimentos e
Ferramentas” (1995), e na publicação do Banco do Nordeste - Manual de Impactos
Ambientais: orientações básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas
(1999), dentre outros. Também subsidiaram o estudo, os trabalhos de Luciana
Sampaio (2005) e Lollo e Rohm (2006) sobre impactos de vizinhança.

Após estas etapas buscou-se estruturar um quadro de medidas a serem


incorporadas ao projeto, com o objetivo de minimizar a intensidade dos impactos
negativos. Estas medidas se apresentam como atividades a serem implantadas nas
fases de implantação e operação, e/ou como parte de programas de controle
ambiental.

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2.0 O EMPREENDIMENTO
2.1 O EMPREENDEDOR

Apresentam-se, a seguir, dados de identificação do empreendedor da referida


obra:

Razão Social:
Águas e Esgotos do Piauí S.A. – AGESPISA
Registro/ C.N.P.J.:
06.845.747/0001-27
Endereço:
Av. Presidente Mal. Humberto de Alencar C. Branco, 101/Norte,
Teresina - PI. 86-3216-6300/ 6320
Representante legal:
Merlong Solano Nogueira (diretor-presidente)

2.2 OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento tem por objetivo atender às exigências da Política


Nacional de Saneamento Basico, expressa na Lei nº 11.445 de 5 de Janeiro de
2007, que define como prioridade do poder público fornecer condições mínimas de
saneamento básico para a população. No caso em análise, trata-se da infra-
estrutura de abastecimento de um loteamento residencial de 4 mil unidades
habitacionais. Um investimento na ordem de R$ 112 milhões, com recursos do
Governo Federal (Ministério das Cidades) com contrapartida do Governo do Estado
(através da ADH – Agencia de Desenvolvimento Habitacional / PI). Os recursos
federais são provenientes do FGTS, financiados através da Caixa Econômica Federal
– CEF.

O conjunto habitacional Jacinta Andrade é o maior empreendimento do


Programa de Aceleração do Crescimento - PAC no setor de moradia no Brasil,
segundo dados divulgados pela ADH.

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2.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

2.3.1 A LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Os serviços referem-se à ampliação do sistema de abastecimento de água já


existente no bairro Santa Maria da CODIPI, com a implantação de uma rede de
distribuição no Loteamento Residencial Jacinta Andrade, infra-estrutura de
saneamento básico de empreendimento multi-residencial que está sendo
construído. Não há, portanto, razões que justifiquem a necessidade de estudo de
alternativas locacionais.

A localização do empreendimento pode ser observado nas figuras 01.

Sta Maria
da
CODIPI

Fig. 01 – Localização do empreendimento


(Adaptação do Mapa Político de Teresina)

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S 04° 59’ 9’
W 42° 49’ 39,4” (SAD 69)

Fig. 02 – Localização georreferenciada do Loteamento Jacinta Andrade


(Imagem adaptada do Google Earth – set/09)

2.4 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO EMPREENDIMENTO

A) CAPTAÇÃO - MANANCIAL

O bairro Santa Maria da CODIPI possui sistema de abastecimento de água


que atende a cerca de 90% das residencias, cujo fornecimento ocorre através de

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poços, parte administrada pela Prefeitura Municipal de Teresina e parte pela


AGESPISA.

Para o fornecimento de água está previsto a perfuração de 04 (quatro) poços


para atender apenas ao loteamento. Estes poços terão vazão média de 40m³/h cada
um e serão implantados na quadra destinada à Área Verde 03, localizada entre as
quadras 42 e 74.

Os poços serão licenciados a parte, em processos específicos, nos quais serão


caracterizados adequadamente.

B) ADUÇÃO

A adutora será construída em tubos PVC DeFºFº com diâmetro variável de


150-250 mm, e de extensão reduzida pois o reservatório será construído na mesma
quadra dos poços.

C) RESERVAÇÃO

Será construído um reservatório de distribuição, elevado, em concreto


armado, circular, com capacidade para 800m3, na mesma área dos poços.

D) REDE DE DISTRIBUIÇAO

A rede de distribuição abrange toda a área do loteamento e terá uma


extensão aproximada de 45.000m, em tubos PVC DeFºFº e PVC JE PBA, CL 12,
com diâmetros variando entre 50mm e 300mm.

E) LIGAÇOES DOMICILIARES

Seram executadas de imediato, 4.000 ligações domiciliares, com hidrômetros,


obedecendo a Projeto Padrão da Agespisa

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F) TRATAMENTO

A água dos mananciais subterrâneos será tratada com solução de hipoclorito


de cálcio, na entrada da adutora, aplicado através de um dosador com pressão
adequada a entrada de água no reservatório.

2.5 OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

2.5.1 Custo total previsto da obra


O custo total da obra e o cronograma de serviço encontra-se anexo, no
volume do projeto técnico.

2.5.2 Instalação do canteiro de obras


O escritório do canteiro de obras será área do loteamento, em construção
fixa, com indispensável segurança e boas condições de higiene e adequabilidade dos
depósitos. Será equipado com um mínimo de utensílios (geladeira, ar condicionado,
etc.). As quadras do loteamento se encontram desmatadas e terraplanadas.
A sala da fiscalização será mobiliada com uma mesa, cadeiras e estante,
adequadas ao seu uso.
No final da obra, a construtora promoverá a completa restauração da área
ocupada pelas instalações da obra.

2.5.3 Insumos e materiais

Serão utilizados, além dos materiais de instalação (tubulações, registros, conexões,


etc) quantidades de cimento, areia, brita e outros materiais para a execução dos serviços. O
material será adquirido no comercio da cidade de Teresina.

A água para os serviços será proveniente do próprio poço instalado dentro do


loteamento.
Os materiais minerais (areia, pedra e brita/seixo) serão obtidos de áreas de
fornecedores licenciados pela Prefeitura e pelos órgãos ambientais.

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3.0 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

A área de influência de um empreendimento compreende o raio de


abrangência dos impactos da obra, considerando-se estes efeitos sobre as
dimensões física, biótica e antrópica da região. Para a implantação de qualquer
empreendimento inevitavelmente ocorre a modificação das condições dos fatores
ambientais, sendo que estes efeitos podem ser de natureza direta ou indireta, além
de abrangerem, com diferentes intensidades, áreas diversas.

É preciso considerar que empreendimentos em zona urbana assumem um


caráter diferenciado. No espaço urbano os elementos naturais se encontram
significativamente alterados, de maneira que os efeitos de uma intervenção
construtiva apresentam interelações específicas, diferentes dos resultados de um
empreendimento similar que seja implantado numa zona menos urbanizada.

É importante enfatizar que as cidades demandam a implantação de serviços


infra-estruturais que possam assegurar a qualidade de vida das populações.

Na definição da área de influência das obras de implantação da rede de


distribuição no Loteamento Jacinta Andrade apresentam-se os seguintes aspectos:

1. A área encontra-se em processo de urbanização com a construção


de um conjunto residencial de grandes proporções onde será
alocada uma população de cerca de 20.000 habitantes;

2. Não está previsto sistema de esgotamento sanitário para a área – a


solução sanitária são fossas – sumidouros individuais por unidade
habitacional;

3. O Loteamento está em construção, e portanto a área de influência


da rede (que se inclui na área de influência da obra de construção
do conjunto) já está bastante alterada. Os mais significativos da

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instalação da rede não superam os efeitos da implantação do


loteamento e da construção de 4.000 casas;

4. A implantação da rede trata-se de obra vinculada à de construção


do conjunto habitacional, e relaciona-se à obrigação do Poder
Público de dotar a área de infraestrutura sanitária, conforme a
Política Nacional de Saneamento Básico, e sua área de influência se
justapõe à do área de influência da construção das casas pois a
rede percorrerá o arruamento que já foi implantado.

Com base no exposto, tem-se:

- A Área de Influência Direta (AID) – compreenderá a área do bairro onde está


sendo implantado o loteamento residencial, e onde se farão sentir mais diretamente
os efeitos da obra, compreendendo o local de captação, da localização da reservação
e do percurso da rede;

- A Área de Influência Indireta (AII) – compreende a área onde os efeitos


secundários resultantes da implantação do projeto se farão sentir, ou seja,
considerou-se que esta extrapolação atingirá todo o município, considerando o
potencial habitacional do conjunto que é objeto de um projeto de moradia que
atingirá 4.000 famílias residentes em todo o município.

A representação gráfica dos limites das áreas de influência pode ser


observada nas figuras a seguir:

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Santa Maria da CODIPI

Area de Influencia Direta - AID Fig. 03 – Imagem adaptada do mapa do município de Teresina com
indicação dos limites das áreas de influência do empreendimento
Area de Influencia Indireta - AII
(imagem obtida no site
www.teresina.pi.gov.br:8080/semplan/thebairros_sulo.asp)

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4.0 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – Área de Influência

O diagnóstico ambiental foi elaborado a partir dos seguintes procedimentos:


1. Coleta de dados na área de influência direta e tratamento dos dados;
2. Pesquisa bibliográfica junto a publicações oficiais e estudos científicos;
3. Levantamento fotográfico.
S. J. da
Fronteira

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

O município de Teresina está localizado na região centro-norte do Estado, à


margem direta do rio Parnaíba (PMT, 2002), na microrregião de Teresina (Fig. 04),
compreendendo uma área de 1.755,69 km², tem as coordenadas geográficas de
05°05’12”de latitude sul e 42°48’42” de longitude oeste Greenwich, tendo por
limites:
• Ao norte - União/José de Freitas;
• Ao sul - Monsenhor Gil/Palmeirais/Curralinhos;
• Ao leste - Altos/Demerval Lobão/Lagoa do Piauí;
• A oeste - Estado do Maranhão.

Teresina é a única capital da Região Nordeste que não se localiza no litoral. A


cidade está conurbada com o município maranhense de Timon e juntos aglomeram
cerca de 1 milhão e 40 mil habitantes. A única barreira natural que as separa é o
Rio Parnaíba, o maior rio totalmente nordestino.

Ao longo dos últimos anos, Teresina vem sendo palco de uma significativa
reestruturação urbana, fenômeno que decorre, sobretudo, do crescimento
populacional, da intensificação do trânsito de veículos e da dinamização da
economia.

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Microregião
de Teresina

Teresina

- Fig. 04 – Localização do municipipio de Teresina com


relação à Microregião Geográfica em que se encontra no
Estado do Piauí.

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4.1 MEIO FÍSICO

Clima:

De acordo com o diagnóstico do Teresina em Dados (2000) o município esta


situado em zona de latitude baixa e nos limites da área semi-árida do nordeste
brasileiro, o município apresenta clima tropical megatérmico, dos mais quentes do
Brasil e sub-úmido do tipo seco. As temperaturas registradas são elevadas durante
todo o ano, variando entre os extremos de 38,0ºC e 22,0ºC. Tais oscilações são
amenizadas pela contribuição dos ventos, proporcionando um clima mais
agradável, apenas no período noturno.

A umidade relativa média do ar é de 69%. De agosto a outubro ocorrem os


menores valores que variam de 54% a 59%, podendo nesta época do ano atingir até
20%, no horário da tarde.

Devido a sua posição geográfica, a incidência dos raios solares sobre Teresina
é de grande intensidade durante todo o ano, onde a quantidade de radiação chega
ao topo da atmosfera variando de 935,0 a 700 cal/cm2. De setembro a dezembro
ocorrem as mais altas temperaturas, fato este agravado por diversos fatores como, o
desmatamento em larga escala, asfaltamento de vias públicas, juntamente com a
culminação do sol de julho a agosto e o posicionamento do equador térmico com
seu ponto de máxima radiação.

A qualidade do ar da cidade de Teresina é considerada muito boa. Muito


embora os órgãos ambientais não disponham de dados oficiais, esse índice de
pureza é evidenciado pela ausência de registro de doenças ligadas à qualidade do
ar.

Comentário

Com relação aos reflexos do empreendimento no clima da área de influência,


esta será praticamente insignificante na fase de instalação, tendo em vista o tipo de
serviço que compreende procedimentos simples da construção civil, num período de
tempo não muito longo, tais como: escavação, execução de reaterros e aterros,

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fundações do reservatório, colocação de tubos e ligações domiciliares. Na fase de


operação o impacto será mais intenso na fase de operação, pois para uma
comunidade sem água num clima quente como da cidade de Teresina, a rede será
um beneficio significativo para aliviar a sensação de calor dos moradores.

A influência do empreendimento será pequena, principalmente porque a fase


de implantação do conjunto residencial (desmate, terraplanagem, arruamento, etc)
é que teve papel significativo no aumento da temperatura da área. O desmate e o
desnudamento do solo antes bem coberto de vegetação, numa área de grandes
proporções, deve ter contribuído muito para a variação da temperatura na área. No
entanto, quando os serviços da rede forem se iniciar os reflexos desta obra serão
muito pequenos pois a área já estará muito alterada.

Aspectos Geomorfológicos, Geológicos e Relacionados aos Solos:

A geomorfologia do município de Teresina apresenta três compartimentos


morfológicos distintos: os platôs ou chapadas planas, uma região intermediária com
relevo movimentado e a planície fluvial de inundação.

A primeira é representada pelas áreas preservadas, de formas tabulares,


recobertas de vegetação nativa que se desenvolveu sobre os estratos areno-argilosos
sub-horizontalizados da Formação Pedra de Fogo. As suas altitudes situam-se em
torno de 260m.

A segunda é formada pelas reentrâncias de cristas e vales planos, arrasados,


como produto da erosão das encostas, causadas pelo desmatamento realizado de
forma irregular, enquanto a terceira está representada pela faixa de terrenos baixos,
planos, denominada “Entre Rios”, verdadeira planície de inundação, formada pelas
águas dos dois grandes Rios Parnaíba e Poti. Sobre esta última faixa é onde se
assenta grande parte da região urbana de Teresina, principalmente a mais antiga.
Aqui as altitudes são da ordem de 70 a 80m.

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O mapa a seguir ilustra as condições geomorfológica em Teresina.

FONTE: Radam Brasil

Dissecado em mesas.Formas resultantes da evolução do processo de dissecação em interflúfios


tabulares
Dissecação em grupamentos de mesas. Relevos residuais tabulares isoladosem superfícies
aplainadas; forma mais evolutiva do dissecado em mesa

Fig. 05 – Mapa geomorfológico de Teresina

As formas de relevo apresentam uma das mais baixas altitudes do Estado,


caracterizando-se por apresentar relevo plano com suaves ondulações.

As colinas com topo achatado e flancos muito inclinados, e as chapadas


apresentando a superfície plana e os vales entalhados são as feições topográficas
mais freqüentes na área do município.

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Ao sul do município ocorrem injeções de diabásio que se encaixam em silitos


e arenitos e são responsáveis pela existência de algumas elevações alongadas
arredondadas (PMT, 2002).

Em termos geológicos o município de Teresina, como de resto cerca de 80%


do território piauiense, situa-se na Bacia Sedimentar do Parnaíba ou do Piauí –
Maranhão, como é também conhecida.

Trata-se de uma sinéclise intracratônica, na forma aproximada de um pires,


com superfície em torno de 600.000 km², abrangendo quase totalmente os estados
do Piauí e Maranhão. O seu maior desenvolvimento se deu na era Paleozóica,
embora seu preenchimento tenha se completado apenas na era Mesozóica.

É constituída por um pacote de sedimentos que chega a atingir 3.000 m de


espessura. Esse conjunto de sedimentos apresenta-se com litologias variadas e em
estratos alternados com predominância de sedimentos clásticos como arenitos,
siltitos e folhelhos, enquanto, subordinadamente, aparecem sedimentos de origem
química, como calcário, gipsita e silexito.

Essa espessa coluna de sedimentos é subdividida em porções mais ou menos


homogêneas, as formações geológicas que, da base para o topo, isto é, no
empilhamento estratigráfico, recebem as seguintes designações: Serra Grande,
Pimenteiras, Cabeças, Longá, Poti, Piauí, Pedra de Fogo, Sambaíba, Orozimbo e
Itapecuru.

Na área do município de Teresina estão representados apenas sedimentos


pertencentes às formações Piauí, Pedra de Fogo, diabásios da formação Orozimbo e
aluviões.

Descrição das Unidades


Formação Poti
O nome Poti foi empregado pela primeira vez por Lisboa, em 1.914, para
nomear as camadas de arenitos e siltitos contendo restos de plantas encontrados

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em subsuperfície, na sondagem Nº 125, na cidade de Teresina. Posteriormente, em


1953, Kegel reconheceu-a em superfície, passando então ao “status” de Formação
Geológica.
É constituída por uma seqüência de estratos composta de arenitos finos,
argilosos, micáceos, de cores branco-avermelhado, creme, branca, rósea e
vermelha, com intercalações de siltitos e folhelhos cinza-escuros e arroxeados. Na
cidade de Teresina ocorre a uma profundidade média de 200 a 220m e espessura
em torno de 180m.

Formação Piauí

O nome série Piauí foi usado por Small, em 1913, para designar toda a
seqüência de rochas paleozóicas da bacia do Parnaíba, cabendo a Duarte, citado
por Messner e Woodridge, em 1962, restringir o termo Piauí para representar
apenas a secção de estratos de idade Pensilvaniana, com o “status” de Formação
Geológica.

Na cidade de Teresina e seus arredores afloram apenas parte de duas


formações; a parte superior da Formação Piauí e a parte basal da Formação Pedra
de Fogo. A parte superior da Formação Piauí, na área de Teresina, é representada
por um pacote de mais ou menos 40 m de arenito cinza, médio a grosseiro, bem
selecionado, friável, conhecido na literatura geológica como “Arenito Saraiva”. A
área de afloramento é restrita e, em geral, está muito alterado, transformado em
solo. Na parte sul do município, região de Piaçaba, Bom Futuro e Belo Horizonte
são encontrados alguns afloramentos de arenitos dessa formação.

A presença dessa formação na zona urbana do município é detectada com


mais segurança através de testemunhos de sondagem. A sua espessura,
determinada através de poço tubular, em Teresina é de 210m, tendo o seu topo
caracterizado a partir dos 10m de profundidade no poço Nº12 do Projeto Pirajá, no
cruzamento das Avenidas Homero Castelo Branco com Dom Severino.

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Formação Pedra de Fogo


O nome Pedra de Fogo foi utilizado pela primeira vez por Plummer, em 1948,
para designar a “formação de sílex” e camadas com fósseis de psaronius, que
ocorrem no Vale do Riacho Pedra de Fogo, entre as cidades de Nova York e Pastos
Bons, no estado do Maranhão.
A Formação Pedra de Fogo domina a paisagem geológica do município de
Teresina aflorando em cerca de 70 a 80% da sua área. Apresenta como principal
característica a presença de sílex oolítico, pisolítico e globular, formando leitos
irregulares, com espessura muito variável, de poucos centímetros a mais de 02 m.
Esses leitos irregulares de sílex geralmente estão coroando pacotes de sedimentos,
com mais ou menos 20 m de espessura, que representam ciclos deposicionais.
Essas deposições cíclicas normalmente começam por arenitos médios a grosseiros,
passando para arenitos finos, argilosos, concreções calcárias, e terminam com
silexito. Associados a esses sedimentos são comuns troncos de madeira silicificada,
alguns chegam a atingir a um metro de diâmetro.
Na cidade de Teresina a Formação Pedra de Fogo apresenta bons
afloramentos nos cortes da rodovia BR-316, da Rede Ferroviária Federal e em
alguns pontos das margens do Rio Poti.
Está representada basicamente pelas seguintes litologias:
Arenitos de coloração cinza-esbranquiçado, creme e bege com granulometria
fina e média, matriz argilosa e cimento argiloso/calcífero. Acamamento variando de
fino a médio (10 a 40 cm); apresenta estratificação cruzada e marcas de onda;
Siltitos e argilitos de cores verdes e vermelhas com espessura de 10 a 20 cm,
aparecem intercalados nos arenitos;
Margas de aspecto terroso, brancas com manchas avermelhadas, formadas
por níveis de calcarenito concrecionário, alterado, pulverulento, com
aproximadamente 20 a 40 cm de espessura. Aparentemente sobre esses níveis é
que se desenvolveu a floresta cujos troncos silicificados são encontrados, em
abundância, nos domínios da Formação Pedra de Fogo.
Silexitos em camadas irregulares, de cores branco amarelado, às vezes cinza
esverdeado, oolíticos, pisolíticos, concrecionários, em leitos de 10 cm a 2m de
espessura.

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Essas diversas litologias apresentam-se estratificadas de forma intercalada,


porém guardando uma certa regularidade, formando ciclos deposicionais. O
conjunto dessas litologias sugere um ambiente de deposição transicional,
regressivo, com oscilações do nível do mar, passando em seguida para um ambiente
tipicamente continental.

Formação Orozimbo
Os basaltos e diabásios que ocorrem na bacia do Parnaíba passaram a ser
tratados de maneira formal a partir de Aguiar, em 1969, que os separou em duas
unidades Mosquito e Sardinha. A primeira seria do Triássico Inferior enquanto a
segunda seria do Cretáceo Inferior, ficando entre as duas as formações Pastos Bons
e Corda, constituindo o conjunto das quatro unidades, o Grupo Mearim. Nunes et
allii, no Projeto Radam, volumes I, 2 e 3, não encontraram subsídios no campo para
corroborar essas divisões, ao contrário, apresentaram a designação de Formação
Orozimbo para representar todos os basaltos e diabásios que ocorrem em diversos
locais da bacia do Parnaíba, já que pertencem todos a um mesmo evento de
vulcanismo. A vila de Orozimbo localiza-se na BR-230, rodovia transamazônica,
entre as cidades de São João dos Patos e Pastos Bons, no estado do Maranhão.
Esta formação é definida como representando os derrames de rochas básicas,
basaltos, que ocorreram na Bacia do Parnaíba no final do Período Jurássico e no
Período Cretáceo.
Esta unidade, como definida, isto é, os basaltos, não ocorre no município de
Teresina, entretanto o fenômeno da ascensão dessas rochas ígneas básicas, deu
origem à injeção dessas mesmas rochas formando diques e soleiras, entremeadas
nas formações sedimentares, antes de atingirem a superfície. Ocorrências
expressivas dessas rochas ígneas, nas formas de dique e soleiras, são encontradas
no município de Teresina, especialmente na porção sul do município, como nas
seguintes localidades: proximidades do Povoado Nazária, Campestre, Viçosa,
Bananeira, Arredores da Fazenda Nova, Fazenda Lagoa Nova, Crispim, Povoado
Caititu, Lagoa da Cruz, Canto do Martim e muitas outras.

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Aluviões
O município de Teresina possui duas faixas de terras, marginais aos Rios
Parnaíba e Poti, onde os sedimentos aluviais são abundantes. Essas faixas são
formadas por cordões ou diques marginais de areias e cascalhos, dispostos nas
margens dos rios onde as correntezas são mais fracas, propiciando a deposição
desses sedimentos.
No período das cheias ou enchentes as águas ultrapassam os diques
marginais, alagando as partes baixas, formando as Lagoas marginais, onde a
sedimentação se processa de forma lenta, originando os depósitos de argilas.
Os depósitos aluviais que em certas áreas atingem espessuras de mais de
50m, são explorados em larga escala para abastecer a indústria da construção civil
de materiais como seixos, cascalhos e areias, enquanto as argilas são utilizadas
para abastecer as cerâmicas de matéria prima para fabricação de tijolos, telhas e
ladrilhos.

Geologia Estrutural
Estruturalmente essas rochas apresentam-se sub-horizontalizadas, com
ligeiro mergulho, da ordem de 2º a 5º em direção oeste-noroeste. Dois conjuntos de
fraturamento são bem distintos e evidenciados de forma clara nas imagens de
RADAR e também de satélites, sendo mencionados em trabalhos de mapeamentos
regionais, especialmente nos estudos do Projeto Radam, volumes 1, 2 e 3. As
direções preferenciais são: NW-SE e NE-SW. Alguns desses fraturamentos estão na
realidade associados a falhamentos normais de pequeno rejeito. Aparentemente, na
porção sul do município, esses planos de falha ou de fraqueza, foram aproveitados
pelo magma básico, para sua ascensão e intrusão nas formações sedimentares,
encontrados hoje nas formas de diques e soleiras de diabásio.

Estruturas Regionais
O comportamento regional da coluna sedimentar na região do município de
Teresina é o mesmo de toda a borda leste da Bacia do Parnaíba, ou seja, comporta-
se como um homoclinal, com direção geral norte sul e mergulho suave, da ordem de
1º a 5º, porém constante, em direção oeste, do centro da bacia.

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Dois conjuntos de fraturamentos, NE/SW e NW/SE, são evidenciados pelo


controle que exercem sobre o traçado da rede de drenagem e, na porção sul do
município, pela presença de diques e soleiras de diabásio que ascenderam, desde as
profundezas do embasamento, através de falhas até se alojarem entre alguns
estratos sedimentares.

O mapa a seguir ilustra as condições geológicas do município.

Fig. 06 – Mapa Geológico do Estado do Piauí, focalizando o


município de Teresina, PI, CEPRM, 2004

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Estruturas Locais
As estruturas locais estão representadas por falhas e fraturas de pequenas
extensões que estão representadas no mapa geológico. Foram interpretadas nas
imagens de satélites que evidenciam sobremaneira o controle que essas estruturas
exercem sobre o traçado da rede de drenagem.
Observando-se o traçado do curso do Rio Poti, no município de Teresina,
verifica-se que todo o seu curso é controlado por falhas e/ou fraturas. Todas as
mudanças bruscas de direção têm como causa a existência desse controle
estrutural.

Solos
A identificação de solos da área de influencia foi feita com base no Mapa de
Solos da SEMAR/PI, e em dados da Agenda 2015.
Os solos predominantes na região da AID apresentam “Horizontes B,
Hidromórficos” existindo insignificantes áreas de solos “poucos desenvolvidos”. No
primeiro tipo estão contidos os “latossolos amarelo de textura média”, os Neossolos,
Chernossolos e os “Podzólicos Vermelho-amarelo Equivalente Eutróficos”
(argissolos), como pode ser visualizado na figura 07. Estes serão, a seguir,
classificados conforme os parâmetros do Sistema Brasileiros de Classificação de
Solos – SiBCS (2006):

a) Solos com Horizonte Bw (B latossólico)


Dentre os solos com horizonte Bw, encontra-se o latossolo amarelo.

b) Latossolo Amarelo
Compreende solos com horizonte B latossólico, de coloração amarelada e
transição gradual ou difusa entre sub-horizontes, com textura que varia de média a
argilosa, porosos, bem drenados e com conseqüência de horizontes A, Bw e C. São
caracterizados pela ausência de minerais primários, baixa capacidade de cátions,
predomina argila 1:1 (do grupo das caulinitas) e sua estrutura se apresenta
normalmente com aspecto maciço.

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Uma das propriedades químicas mais importantes desta classe de solo é sua
baixa fertilidade natural, causada por elevada acidez e baixa saturação de bases,
apresentando-se distrófico e/ou álico.
O latossolo amarelo apresenta em geral boa resistência à erosão e
normalmente possui topografia plana ou suavemente ondulada. A suscetibilidade à
erosão é nula ou, pelo menos, muito baixa. Ocorrem associados a Podzólico
vermelho amarelo com ou sem concreções.
As unidades taxonômicas deste grupo encontradas na Área de Influência
foram:
- Latossolo amarelo álico e distrófico textura média, relevo plano;
- Latossolo amarelo textura média, relevo plano.

c) Podzólico vermelho amarelo/ Argissolos


É uma classe que também possui horizonte Bt, possuindo ao longo do perfil
grande quantidade de calhaus e cascalhos constituído de concreções ferruginosas
que foram, originariamente, formados “in situ” pelo endurecimento irreversível da
plintita.
Apresentam conseqüência de horizonte A-Bt-C, sempre com concreções ao
longo do perfil.
Na Área de Influência Indireta, esta classe se apresenta tanto como elemento
principal, quanto como elemento secundário das associações.
As principais classes taxonômicas encontradas foram:
- Podzólico vermelho amarelo concrecionário plíntico e não plíntico, textura e
média/argilosa, relevo suave ondulado e ondulado;
- Podzólico vermelho amarelo concrecionário plíntico e não plíntico, textura
média e média/argilosa, relevo plano e ondulado;
- Podzólico vermelho amarelo concrecionário, A proeminente, álico e
distrófico, textura média e média/argilosa, relevo suave ondulado a forte ondulado;
- Podzólico vermelho amarelo concrecionário, A proeminente, álico e
distrófico, textura média e média/argilosa, relevo suave ondulado e ondulado.

d) Solos pouco desenvolvidos

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Neste grupo incluem-se solos que apresentam pouco desenvolvimento


pedogenético: Solos Litólicos e Solos Aluviais, os quais são a seguir:

e) Neossolos
Compreende solos poucos desenvolvidos, rasos e muito rasos, possuindo
horizonte A assentado diretamente sobre a rocha ou sobre materiais desta rocha,
em grau mais adiantado de intemperização, ou seja, um horizonte C com muito
material primário e blocos de rochas semi-intemperizados. Tem portanto, seqüência
de horizonte A-R ou A-C-R. Ocupam uma extensão significativa na área de estudo,
apresentando pedregosidade e rochosidade superficial (EMBRAPA, 2006).

f) Solos Aluviais
São solos poucos desenvolvidos, formados a partir de deposição recentes de
sedimentos fluviais, que apresentam apenas um horizonte A diferenciado,
sobrejacente às camadas estratificadas, de depósitos de diferentes idades que não
guardam relações pedogenéticas entre si. Apresentam profundidade moderada a
intensa, com textura extremamente variada, de acordo com natureza dos
sedimentos depositados.
Estes solos são caracterizados por grandes variações a depender do local,
mesmo dentro do próprio perfil, em função da natureza do material originário, que é
quase sempre muito diversificados, sendo encontrados nas várzeas do rio Parnaíba
e em posições de terraços, com relevo plano.

g) Chernossolos
Compreende solos com horizonte B textural, não hidromórficos, com argila
de atividade alta, horizonte A chernozênico e alta saturação com bases (eutróficos –
alta fertilidade natural).
Apresentam conseqüências de horizontes A, Bt e C, coloração bruno-
avermelhada a bruna-escura, textura argilosa, estrutura bem desenvolvida,
profundidade afetiva de moderada a alta e, em alguns casos, fase pedregosa.

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Ocorrem sob condições de relevo suave ondulado a forte ondulado, com raros
registros de relevo montanhoso. A figura 07 representa as condições de distribuição
dos solos no município de Teresina.

Comentário
Com relação às interferências do empreendimento na geologia e nos solos da
área de influência, pode-se prever que esta será mínima. Os solos na área por onde
passará a rede se encontram na categoria dos Latossolos Amarelos Distróficos e dos
Argissolos Vermelhos Amarelos Distróficos ou Podzólico Vermelho Escuro,
possuindo, em geral, pouca tendência a erosão. As escavações para a rede e para as
fundações do reservatório serão superficiais e ocorrerão numa área limitada (valas
com menos de 1,0m de largura e profundidade máxima de 80cm), não atingindo
zonas de aqüíferos e nem provocando riscos de desagregação, erosão ou desmonte.
Também não será necessário o uso de explosivos nas escavações da vala,
pois na área não há presença de afloramentos rochosos.
Quanto a riscos de contaminação estes praticamente são inexistentes por se
tratar de rede de abastecimento.

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Área do empreendimento

Fig. 07 – Mapa de solos do município de Teresina


Fonte: EMBRAPA, 2009

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Aspectos Hidrográficos
O município de Teresina está
situado na grande bacia do Rio
Parnaíba, a cidade é banhada por
dois grandes rios perenes o
Parnaíba e o Poti, os quais
percorrem, 90km e 59km do
município, respectivamente. Ao lado
pode ser observada a classificação
das bacias destes rios conforme o
mapa hidrográfico da SEMAR/PI
(Fig. 08).

Rio Parnaíba
A Área de Influência Indireta
encontra-se numa das principais
bacias do Brasil: a bacia do rio
Parnaíba. Para o diagnóstico da
bacia do rio Parnaíba foi levado em Fig. 08 – Identificação da sub-bacia hidrográfica onde se encontra a Área de
Influencia do empreendimento com base no Mapa Hidrográfica da SEMAR/PI
consideração os dados da AGENDA
(2015).

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A sua bacia hidrográfica apresenta uma área aproximada de 330.000 km²


(incluindo 12 a sub-bacia do Poti, abrangendo 75% do Estado do Piauí, 19% no
território maranhense e 6% no Estado do Ceará.
Esse rio apresenta-se perene em todo o seu curso, por receber contribuições
de vários grandes tributários e do lençol subterrâneo em todo o seu percurso, desde
a nascente principal até próximo de sua foz. No período chuvoso, em plena cheia,
calcula-se em 433 milhões de metros cúbicos o volume médio diário de água que
esse rio lança no mar.
Com o decréscimo da velocidade, as águas vão perdendo a capacidade de
transporte dos sedimentos em suspensão, decantando-os no próprio leito. Neste
caso, haverá redução progressiva da profundidade do leito e a formação de bancos
de areia, fazendo mudar a posição do eixo do rio dentro do leito. Esse processo
ocorre nos leitos dos rios Parnaíba e Poty, também no trecho do município de
Teresina.
A velocidade das águas do rio Parnaíba foi calculada em 1,12 m/s em janeiro
de 1994 e que a profundidade de suas águas em Teresina, possibilitam identificar
as modificações verificadas entre as décadas de 1960 e de 1983, demonstrando
uma grande variação dessa profundidade entre os períodos de cheia e de estiagem,
sendo bem maior a amplitude de variação das águas na década de 60, em relação à
de 1980.

Rio Poti
O rio Poti, um dos grandes afluentes do Parnaíba, drena uma porção da
bacia hidrográfica desse rio, tendo sua bacia aproximadamente 50.000 Km², o que
corresponde a cerca de 16% da área total da bacia do rio Parnaíba. Trata-se assim
de uma sub-bacia, cujo rio principal tem regime intermitente, de natureza
torrencial, apresentando uma vazão média anual de 121 m³/s, e cuja descarga
máxima atinge valores excepcionais de 3.636 m³/s, em contraste com um mínimo
de 1,30 m³/s.
O rio Poti possui sua cabeceira nos contrafortes orientais do Planalto da
Ibiapaba no Estado do Ceará, com altitude de cerca de 600 m. Todo o seu curso
tem direção definida pela estrutura geológica, encaixando-se em fraturas e falhas
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regionais. O seu alto curso localiza-se no escudo cristalino, formado


predominantemente por granitos, gnaisses e xistos e, ao adentrar o domínio
sedimentar, o rio orienta-se para Oeste, formando um amplo boqueirão (ou canyon)
de cerca 300 m de profundidade. A partir daí encaixa-se em fraturas de reflexo da
falha Pedro II, na direção Nordeste/Sudoeste, estendendo-se até o Município de
Prata do Piauí. Nesse ponto sofre uma inflexão de 45°, tomando direção noroeste e
passando a ter um curso perene até desaguar no rio Parnaíba, no bairro Poti Velho,
em Teresina, numa altitude de cerca de 55 m.
Com relação aos deflúvios, a bacia do Poti apresenta no trimestre mais seco
5,6 m³/s, correspondendo a apenas 1,7% do total, enquanto no período mais
chuvoso representa 346,0 m³/s, sendo que a sua média anual corresponde a 159,7
m³/s. O seu percentual de escoamento superior corresponde a 65,8% enquanto o
de base representa sua metade: 34,2%.
No município de Teresina, o seu leito forma vários meandros até a sua foz,
conhecida como barra do Poti. Nesse trecho periodicamente inunda os largos
terraços, em função de sua declividade bem reduzida, formando grande bancos de
areia a montante da curva à altura do Quartel da Polícia Militar e fazendo aflorar no
seu leito, a jusante dessas coroas, rochas do membro inferior da formação Pedra de
Fogo, que no período de estiagem se comporta como soleiras de pedras, onde forma
pequenas corredeiras. Junto à esses 14 afloramentos destacam-se troncos de
árvores do gênero psaronius, que se encontram silicificados como resquícios de
uma floresta pretérita.
Fato peculiar corresponde ao represamento das águas do Poti pelas águas do
Parnaíba, em função do leito deste rio se encontrar num nível de base mais alto do
que o do Poti, nesse trecho da cidade de Teresina. Esse represamento provoca a
acumulação de um grande volume de água no seu leito, passando uma falsa idéia à
população de que esse rio tenha um débito de grande expressão em todo o seu
curso.
O município de Teresina é drenado também por vários riachos e por uma
centena de lagoas de médio e pequeno porte. Alguns deles se formam dentro da
área já urbanizada, outros na área deste e de outros municípios vizinhos sendo,
todos eles, afluentes dos rios Parnaíba e Poti. A maioria desses riachos forma lagoas
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antes de desaguarem nos rios citados, constituindo um belo sistema lagunar


acompanhando as margens fluviais. A hidrografia pode ser observada na figura a
seguir.

Local do
empreendimento

Figura 09 - Hidrografia Parcial de Teresina (Fonte: Carta IBGE 2211001-20000)


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Águas Subterrâneas
No município de Teresina podem-se distinguir os seguintes domínios
hidrogeológicos: as Formações Poti e Piauí, representantes da bacia sedimentar do
Parnaíba. Pelas suas características litológicas estas comportam -se como uma
única unidade hidrogeológica. A Formação Poti representada por arenito cinza-
esbranquiçado intercalado e laminado com folhelhos e siltitos. A alternância de
leitos mais ou menos permeáveis no Os aqüíferos Poti e Piauí são considerados em
conjunto, como sistema aqüífero Poti-Piauí, por não existir entre as duas formações
geológicas nenhum estrato rochoso que proporcione o isolamento das águas nelas
armazenadas.
O sistema Poti-Piauí aflora extensivamente no Estado do Piauí, ao norte do
paralelo 8° Sul, sendo comumente explorado na condição de aqüífero livre a
semiconfinado.
A produtividade do sistema aqüífero Poti-Piauí é elevada a média, tendo os
poços capacidade específica entre 1 a 4 m³/h/m, e vazão entre 25 e 100 m³/h. A
água é de boa qualidade, com Resíduo Seco médio da ordem de 200 mg/l (Fonte:
Plano Nacional de Recursos Hídricos, V, Recursos Hídricos na Bacia Atlântico Sul
Vertente Norte/Nordeste; Secretaria de Recursos Hídricos. Fundação Getúlio
Vargas, 1998).

Comentário
A área diretamente afetada, por onde passará a rede encontra-se sem
processo de urbanização, sendo que a área do loteamento teve seu relevo
topográfico planeado com sua drenagem natural alterada. A implantação da rede
portanto não se constituirá em fonte de impacto significativo para a geologia do
local, pois os fatores físicos (relevo, geologia e geomorfologia) significativamente
modificados pela obra de construção do loteamento.
O residencial também se encontra afastado do rio Poti ou de qualquer outro
manancial superficial.
Os impactos mais significativos referem-se aos efeitos sobre a vazão do
manancial subterrâneo tendo em vista a previsão de perfuração de 04 poços. No
entanto, a vazão de projeto (40m³/h) é bastante reduzida frente ao potencial do
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manancial, conforme dados apresentados para a bacia local, não havendo risco de
alteração no nível freático.

4.2 MEIO ANTROPICO

4.2.1 Descrição da Área de Influência - Teresina

Aspectos Demográficos

A população da cidade de Teresina, segundo dados do IBGE divulgados em


2008 é de 802.537 habitantes, sendo assim a maior do Piauí e a 22ª no Brasil. A
população encontra-se espalhada numa área de 1.755,7 km² resultando em uma
densidade demográfica de 444,2 hab./km².

A área metropolitana (Grande Teresina), composta pela capital e municípios


vizinhos, tem mais de 1,15 milhão de habitantes.

Teresina Localiza-se na microrregião de Teresina, mesorregião do Centro-Norte


Piauiense

Aspectos de Saúde

A infra-estrutura de saúde no município de Teresina tem uma gestão plena


do SUS. A cidade possui uma grande rede de equipamentos de saúde pública e
privada, constituindo-se num centro de referencia regional. Um diagnóstico
realizado pelo SINDHOSP (apud, 2002) revela que 30% dos clientes atendidos na
rede hospitalar do Piauí são provenientes de outros Estados. O Pólo de Saúde de
Teresina, concentra 08 hospitais, 181 clínicas, 170 consultórios, 01 ambulatório,
02 maternidades, 01 unidade de assistência social, dentre outros, além de duas
fábricas de medicamentos e materiais hospitalares (agenda 2015, 2002).

O município conta ainda com o grande avanço que vem sendo obtido na
atenção à saúde com o programa de agentes comunitários de saúde da família –

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PSF. O programa cobre todas as vilas de Teresina, os bairros da zona sudeste e


toda a zona rural, atendendo a 65.700 famílias, o que corresponde a cerca de 223
mil pessoas (agenda 2015, 2002).

Teresina conta com as faculdades de medicina da Universidade Federal do


Piauí – UFPI e da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, sendo que a primeira
está entre as mais bem conceituadas do país, e que leva Teresina a se destacar pela
excelente qualidade dos serviços prestados pelos profissionais de saúde. Em
Teresina, hoje, são feitas cirurgias cardíacas, transplantes de órgãos e cirurgias
neurológicas, dentre outras. A tabela a seguir apresenta alguns dados significativos
sobre as condiçõe do setor de saúde no município.

Tabela 01 - Serviços de Saúde (2005)

TIPO DE SERVIÇO QTDE UNIDADE


Estabelecimentos de Saúde total
275 estabelecimentos
Estabelecimentos de Saúde SUS
198 estabelecimentos
Leitos para internação em
2.472 leitos
Estabelecimentos de Saúde total
Leitos para internação em
Estabelecimentos de Saúde 1.430 leitos
público total
Leitos para internação em
Estabelecimentos de Saúde 1.042 leitos
privado total
Leitos para internação em
Estabelecimentos de Saúde 834 leitos
privado SUS
Fonte: IBGE (2009)

Aspectos Educacionais

Segundo o IBGE, o número de alfabetizados de Teresina representa 33,39% do


Estado do Piauí.

De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes da Educação) de 1996 o governo

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federal é responsável, principalmente, pelo ensino superior e profissionalizante


(médio) ficando o Estado com o ensino médio e o município com a educação infantil,
especial e o ensino fundamental. Os dados da tabela 02 indicam a distribuição dos
níveis de ensino quanto o número de matriculas, docentes e de estabelecimentos de
ensino na rede pública.

Tabela 02 - Ensino Público em Teresina em 2008 – Teresina-PI (2009)


NÍVEL DE Nº DE NÚMERO DE ALUNOS
DOCENTES
ENSINO ESTABELECIMENTOS MATRICULADOS
FUNDAMENTAL 269 96.854 4.453
MÉDIO 105 53.394 3.072
PRÉ-ESCOLAR 182 15.174 606
SUPERIOR 3 19.554 2.984
TOTAL 559 184.976 11.115
Fonte: Agenda IBGE (2009)

Na rede particular de ensino estão registradas 139 escolas, que informaram


50.341 matriculas nos níveis fundamental, médio e pré-escolar no ano de 2008 e
que contam com 3.886 docentes contratados. As faculdades particulares totalizam
23 estabelecimentos com 24.317 matrículas, segundo dados de 2007 (IBGE, 2009).

Aspectos Culturais

A arte-cultura em Teresina tem se fortalecido pelo grande potencial


quantitativo e qualitativo, ampliando sua produção praticamente em todas as
manifestações de cultura, do popular ao erudito.

Os atrativos mais populares são a visitação às Coroas dos rios Parnaíba e


Poti e ao balneário da Curva São Paulo.

As coroas são “praias fluviais” temporárias (entre junho e novembro)


formadas por bancos de areia, quando as águas dos rios baixam. As coroas são
pontos de encontro para lazer. Nestes locais há serviço de salva-vidas.

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O balneário Curva São Paulo, localizado no bairro São Paulo, zona Sudeste
da capital, é uma estrutura construída nas margens do rio Poty, em um total de 32
hectares e 19 mil metros de área construída. É um espaço composto por 46 bares,
estacionamento para 130 carros, 2 baterias de banheiros com 24 sanitários e
espaço para salva-vidas, tudo sendo feito para promover lazer ao teresinense e
desenvolver o turismo da cidade. Através da Curva São Paulo serão gerados 500
empregos diretos e 1500 empregos indiretos.

Um evento cultural importante para os teresinenses é o Encontro Nacional de


Folguedos do Piauí - evento que acontece no mês de junho, na Poticabana,
celebrando as festas de São João do Nordeste. Reúne atrações de diversas partes do
Brasil contando com shows, muitas comidas típicas e apresentação de quadrilhas
juninas.

O período do mês julho é marcado pelo acontecimento do maior evento de


entretenimento e cultura do Estado, o Piauí Pop. Desde 2004, o evento agita o
cenário cultural da cidade e reúne diariamente cerca de 25 mil pessoas que se
divertem ao som das maiores bandas de pop/rock do país e têm a oportunidade de
conhecer os trabalhos de artistas locais. O palco desse grande evento é o Jockey
Club, que durante os meses de maio e junho é devidamente preparado para receber
os participantes com conforto e segurança.

Os setores hoteleiro, turístico e gastronômico sentem mais diretamente os


reflexos da realização desse evento, com o aumento considerável de suas atividades.

A crescente atividade turística tem incentivado empresários a investir no


ramo de entretendimento, o que tem resultado no aumento do número de
estabelecimentos noturnos de qualidade.

Os turístas têm cada vez mais opções, que variam de restaurantes


especializados em comidas mexicanas ou orientais, a boites e casas noturnas que
oferecem o melhor da música local.

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Infraestrutura

O sistema de abastecimento d’água do município de Teresina (tabela 03)


apresenta um índice de atendimento de 95% (Agenda 2015, 2002), embora o
sistema apresente diversos problemas operacionais, além de uma taxa de
desperdício e de perdas que chega a 50%. O sistema tem como manancial principal
de abastecimento o rio Parnaíba, com captação em Estação de Tratamento situada
no Distrito Industrial, além de 45 poços tubulares de pequena vazão. A tabela
abaixo representa os dados do IBGE (2000) sobre as formas de abastecimento na
capital piauiense.

Tabela 03 - Abastecimento de Água


FORMAS DE ABASTECIMENTO DOMICÍLIOS ATENDIDOS
Nº ABSOLUTO %
152.650 89,9
Rede geral da Distribuidora
Poço ou nascente 7.001 4,1
Outra 10.120 6,0
169.771 100,0
TOTAL
Fonte: IBGE, Censo Demográfico - 2000.

Com relação ao sistema de esgotamento sanitário, até o ano de 80, Teresina


possuía 76 km de esgoto sanitário concentrando na área central da cidade, dos
quais apenas 46 km eram utilizados, beneficiando nada além do que 5% da
população.
A partir de 1996, através do projeto SANEAR, iniciou-se na cidade de Teresina
a construção de uma nova rede de esgotamento, em áreas populosas. Em 2003 a
rede possuía uma extensão de 240 km de extensão e capacidade para atender 200
mil habitantes. Foram construído novas lagoas de estabilização e ampliada a pré-
existente, para tratamento conveniente, antes do lançamento dos efluentes nos rios
locais, a jusante da cidade , conforme dados do Diagnostico da Agenda (2002).

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Aspectos Econômicos
a) Agricultura
Nas últimas décadas a população rural de Teresina pouco se alterou, ao
contrario do que se deu com a população urbana. A maior parte da produção
agrícola do município é realizada por pequenos produtores, sem máquinas e
equipamentos agrícolas, ocupando propriedades com uma área de menos de 10 ha
(Agenda 2015, 2002). Dentre as lavouras temporárias o cultivo do arroz, da
mandioca, da cana de açúcar e do milho apresentam as áreas colhidas de maior
representatividade no município. Os dados podem ser observados na tabela abaixo.

Tabela 04 - Produção de Lavouras Temporárias (2007)


ÁREA COLHIDA
QUANTIDADE RENDIMENTO
CULTURAS
PRODUZIDA (t) (ha) (kg/ha)
Arroz 1.080 1;800 600
Cana de açúcar 227.568 3.100 73.409
Mandioca 3.066 438 7.000
Milho 963 1.926 500
Fonte: IBGE, Levantamento Sistemática da Produção Agrícola – LSPA (2009)

O setor frutícola destaca-se na lavoura permantente, tendo base nas culturas


de manga, côco-da-baía, laranja, tangerina, caju, banana, mamão e melancia,
contando com 04 empresas exportadoras, especialmente de manga e cítricos. Nas
lavouras permanentes o cultivo da banana, manga, côco da praia, laranja e limão e
apresentam uma área colhida de 401 hectares (IBGE,2004).

b) Pecuária
Na pecuária, o município está crescendo no setor da avicultura, com a
produção de ovos e carne, destacando-se este como o setor econômico mais
organizado. Dispõe de um sistema cooperativo com suporte de ração, manejo,
comercialização, aquisição de insumos, assistência técnica, ou seja, fatores que
facilitam o financiamento e a aquisição de implementos modernos.

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A ovinocapricultura tem tido importante progresso nos últimos anos, com o


apoio do Banco do Nordeste e do próprio Estado, através de programas de
financiamentos.
Na criação de bovinos ainda predominam técnicas rudimentares e um grande
número de cabeças de gado “pé duro”, sem raça definida, em criação semi-
intensiva, resultando numa atividade econômica sem grande expressão no Estado.
O mesmo ocorre com a suinocultura: o rebanho é rústico, em sua maioria,
com criação extensiva e manejo inadequado.

Os números da pecuária no município podem ser visualizados na Tabela 05.

Tabela 05 - Efetivo da Pecuária – Principais Rebanhos - 2007

ESPÉCIE Nº de CABEÇAS
Aves (galinhas, galos, frangos,
frangas e pintos) 2.032.295
Bovinos 21.689
Caprinos 5.716
Ovinos 6.441
Suínos 11.682
Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal - PPM (2009)

c) Extração Vegetal
A extração de madeira em Teresina é uma atividade significativa para a
economia local. É uma atividade que ainda não é considerada prejudicial, no
entanto, deve ser disciplinada, pois, ainda existem no meio rural de Teresina
árvores consideradas em extinção que devem ser preservada. As madeiras retiradas
pouco são usadas para a fabricação de móveis sendo mais utilizadas para
construção civil (escoras) e de casas rudimentares (taipa).
A exploração de coco babaçu continua sendo uma atividade familiar e uma
das mais exploradas pelos atravessadores. É uma atividade que gera trabalho, mas,
não tem, ainda, uma organização efetiva e uma exploração racional, embora o
mercado seja aberto e o coco babaçu seja um dos produtos que mais agregam
valores no campo da indústria. Em Teresina, dentro do programa governamental de

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reforma agrária existem 03 assentamentos casulos voltados para as atividades de


exploração do coco babaçu: Salobro com 48 assentados, Alegria com 40, e
Campestre Norte com 180 assentados.
A exploração de carvão é uma prática que não tem escala industrial, mas, já
existem algumas microempresas que estão começando a explorar esta atividade,
porém, o número de estabelecimentos ainda é irrisório. Sabe-se, no entanto, que
este produto é destinado ao consumo de churrascarias e outros estabelecimentos
comerciais. O carvão oriundo da casca do coco babaçu geralmente se destina ao
consumo da família que explora, não tendo nenhum registro do quanto é produzido.
Segundo o IBGE (2002) há 55 estabelecimentos de produção de carvão vegetal
cadastrados em Teresina, e 30 estabelecimentos com atividade de silvicultura e
exploração vegetal.

d) A indústria
Segundo dados da SEMPLAN (2000), o setor industrial referente à produção
de alimentos, representa o segundo lugar mais representativo da atividade
industrial em Teresina, perdendo apenas para a construção civil, no entanto, ainda
com pouco destaque dentro da economia do Estado.
Em Teresina o setor primário é o que menos emprega, sendo responsáveis
apenas 5,95% do total de empregos enquanto o terciário fica em primeiro com
74,73%. Este dado torna-se preocupante porque o setor primário é o segundo maior
PIB (30,37%) de Teresina, portanto, deveria ofertar também mais geração de
emprego, o que não acontece.

4.2.2 A ÁREA DO EMPREENDIMENTO


O loteamento Jacinta Andrade localiza-se na zona norte de Teresina, no
bairro Santa Maria da CODIPI, a cerca de 25km do centro da capital.

Está prevista a construção de 4.000 moradias. As obras de terraplanagem do


loteamento se iniciaram no primeiro semestre de 2009 e os serviços de construção
das unidades habitacionais estão em andamento.

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Os esgotos domésticos serão lançados em fossas sépticas individuais por


residência.

O loteamento será atendido com energia elétrica fornecida pela CEPISA.

O solo no local é predominantemente do tipo latossolo, e não existe


pavimentação, a não ser na avenida principal do bairro que é asfaltada e que dá
acesso ao Loteamento.

Segundo dados da Prefeitura Municipal de Teresina (SEMPLAN/ Site


Teresina em Dados, 2002) o bairro possui uma população de cerca de 60 mil
habitantes.

Os moradores da área são de uma classe social baixa, em sua maioria, com
renda média de R$ 498,16.

A área é atendida por sistema de transporte coletivo.

A região compreendida pelos bairros Santa Maria da CODIPI, Cidade


Industrial, Santa Rosa, Pedra Mole e Aroeiras (A Grande Santa Maria da CODIPI)
está em franco processo de urbanização e tem sido alvo de diversos investimentos
do poder público. Até a década de 90 essa área tinha caráter predominantemente
rural, mas com a construção da ponte do Poti (Mariano Gaioso Castelo Branco) aos
poucos a situação vem se modificando.

Segundo o planejamento da prefeitura é nesta área que diversas indústrias


serão instaladas constituindo o Pólo Industrial Norte.

Atualmente estão em construção na região da Grande Santa Maria da


CODIPI pelo Programa “Moradia para Todos”, financiado com recursos do FGTS em
parceria com a Agência de Desenvolvimento Habitacional – ADH, diversos conjuntos
habitacionais, dentre eles citam-se: Residencial Nova Teresina (527 unidades)
próximo à Pedra Mole e o Residencial Paulo de Tarso Moraes (500 unidades) na
Santa Maria da CODIPI.

Para facilitar o acesso à região está prevista a construção de uma outra ponte
– a ponte do Mocambinho que interligará este bairro a Pedra Mole facilitando o
Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl46
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fluxo de pedestres e veículos entre a região da Grande Santa Maria da CODIPI e a


zona norte e centro de Teresina. A existência de apenas esta ponte, recentemente
trouxe problemas para a população no período da cheia do rio Poti este ano. A
ponte ficou interditada pois o asfalto cedeu devido a àgua e os moradores da região
ficaram ilhados.

Também é importante projeto na área a duplicação da avenida Poti, que liga


o bairro Poti Velho ao bairro Santa Maria da CODIPI. O trecho vai da ponte Mariano
Gaioso Castelo Branco, no bairro Poti Velho, ao bairro Santa Maria da CODIPI.

A Prefeitura de Teresina investiu cerca de R$ 3,5 milhões na construção do


Hospital Municipal "Dr. Mariano Castelo Branco" em 2008 no bairro Santa Maria da
CODIPI. O novo hospital possui atendimentos clínico e de urgência, em plantão 24
horas. São oito ambulatórios, quatro consultórios odontológicos, 16 leitos de
internação para adultos e nove infantis, sala para vacinação, assistência social e
enfermagem.

O hospital da Santa Maria da CODIPI tem capacidade para atender 1.000


pessoas diariamente e disponibiliza médicos de diversas especialidades, como
ginecologia, obstetrícia, pediatria, cardiologia, clínico geral, além de atendimento
odontológico.

As informações acima demonstram o potencial de desenvolvimento do bairro


Santa Maria da CODIPI e evidencial as profundas alterações que o meio físico e
biótico nesta área já sofreram.

Com relação ao empreendimento, como já foi exposto, o empreendimento é


obra de infraestrutura de saneamento vinculado a implantação de 4.000 moradias
em loteamento já terraplanado.

Não foram observados na área locais de significativo valor ecológico. Há


alguns baixões, para onde as linha de drenagem do relevo natural original da área
deviam escoar é que serão transformados em áreas verdes para o loteamento.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl47


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Atualmente o local do residencial possui dois canteiros de obra instalados -


construtora Sucesso e Staff Engenharia, além do escritório da Imobiliária Canaã.

Pelas característica do solo lateritico, comum na área, nas vias de circulação


ainda sem revestimento é grande a emissão de particulados em função do tráfego de
veículos pesados (caminhões e maquinas e equipamentos para finalização da
terraplanagem).

A área de entorno é densamente habitada, com características mistas


(residencial e comercial) com a presença de pequenas indústrias.

O acesso ao bairro se dá pela Ponte Mariano Gaioso Castelo Branco que se


interliga a Av. Dr. Josué Moura Santos, acessando a rodovia municipal que chega
até a Av. Ministro Sergio Mota (principal do bairro Santa Maria da CODIPI). Estas
vias são asfaltadas. O restante do bairro tem vias com pavimento poliédrico.

4.3 MEIO BIÓTICO

4.3.1 Metodologia.
Para o levantamento da vegetação local foi percorrida a área do loteamento e
seu entorno. De posse de fontes secundárias como bibliografias especializadas ou
mapas de enfoque relativo ao meio ambiente (cobertura vegetacional, solos,
formação geológica, etc.) procedeu-se a checagem com os dados colhidos em campo,
para se chegar às conclusões contidas no presente estudo.

Para o levantamento da flora e da fauna foi realizada observação direta da área


do empreeendimento e do entorno, assim como consulta aos moradores da área
sobre a presença de espécies. Em seguida foi feito levantamento de bibliografia
específica sobre o assunto e analise comparativa dos dados obtidos.

4.3.2 - Considerações sobre a Vegetação.


A área do município de Teresina apresenta-se com vegetação de fisionomias
variáveis. Por influência do rio Parnaíba e da rede potamográfica que se forma na
Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl48
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região, prevalece nas proximidades do município uma área com mata ciliar
entremeada com vegetação de palmeiras típica da Zona dos Cocais, sendo,
portanto, a paisagem fitofisionômica predominante.
Nas Florestas Estacionais Semidecíduas do Piauí e Maranhão é evidente em
sua fisionomia a presença da palmeira babaçu (Orbygnia phalerata), que por sua
dominância e densidade designa a formação vegetacional. Nessa região, o babaçu
acompanha os vales dos maiores rios como o Parnaíba e o Poti. É marcante também
a presença de espécies características como sapucaia (Lecythis sp), canela-de-velho
(Cenostigma sp), pau-d’arco-amarelo (Tabebuia sp), jatobá (Hymenaea sp.), angico
(Anadenanthera sp) etc.
Os cocais adensados de babaçu, ocupam áreas relativamente extensas, nas
várzeas, encostas marginais, vales, onde prevalecem condições de umidade
satisfatórias; ou nos interflúvios baixos dos tributários, sendo comum constituir-se
de populações homogêneas, ribeirinhas ou de várzeas. Restrita a poucos Estados
brasileiros, o babaçu forma extensas florestas notadamente no Maranhão e Piauí.
Existem também no Ceará, Tocantins, Pará, Amazonas e Goiás.
É importante citar a presença de mata ciliar às margens dos rios Poti e
Parnaíba. Esta formação vegetacional é também conhecida como mata de várzea ou
vegetação ripícola ou ripária. É um ecossistema que apresenta elevada
complexidade estrutural na composição das espécies e grande diversidade de
elementos da fauna e da flora, e desempenha funções importantes na estabilidade
dos processos ecológicos e hidrológicos da bacia hidrográfica como a manutenção
da biodiversidade da flora e da fauna, funcionando como corredores de dispersão de
muitas espécies, local de alimentação e abrigo de animais, filtragem superficial de
sedimentos e poluentes, contenção de margens e encostas, proteção dos solos,
controle de enchentes, estabilização do lençol freático e manutenção da qualidade e
quantidade dos mananciais de água subterrâneos e superficiais.

Lista florística
Na pesquisa de campo verificou-se a ocorrência comum das espécies a seguir
relacionadas.

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Quadro 01 - Espécies vegetais encontradas na área de Influência do


empreendimento.
Nome Vulgar Família Nome Científico

Algodão-bravo Bixaceae Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng.

Angico-branco Mimosaceae Anadenanthera sp

Aroeira Anacardiaceae ◙ Myracrodruon urundeuva Allemão

Assa-peixe Asteraceae Vernonia sp

Babaçu ☻ Arecaceae Orbignia phalerata Mart.

Cajazeira Anacadiaceae Spondias sp

Canafístula Caesalpiniaceae Senna sp

Canela-de-velho Caesalpiniaceae Cenostigma gardnerianum

Carnaúba Arecaceae Copernicia prunifera (Mill.) H. E. Moore

Caroba Bignoniaceae Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.

Chichá Sterculiaceae Sterculia sp

Ciúme Asclepiadaceae Calotropis procera R. Br.

Crista-de-galo Amaranthaceae Amaranthus sp

Grão-de-galo Boraginaceae Cordia sp

Guabiraba Myrtaceae Campomanesia sp

Faveira-de-bolota Mimosaceae Parkia platycephala Benth.

Jacarandá Fabaceae Swartzia sp

Jatobá Caesalpiniaceae Hymenaea courbaril Linn.

Jenipapo Rubiaceae Genipa americana Linn.

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Jurema Mimosaceae Mimosa sp

Macambira Bromeliaceae Bromelia laciniosa Mart. Ex Schult.

Macaúba Arecaceae Acrocomia sp

Mamona Euphorbiaceae Ricinus communis Linn.

Mandacaru Cactaceae Cereus jamacaru DC.

Marfim Opiliaceae Agonandra brasiliensis Miers

Mata-pasto Caesalpiniaceae Senna sp

Mororó Caesalpiniaceae Bauhinia sp

Mucunã Fabaceae Dioclea grandiflora Mart.

Mufumbo Combretaceae Combretum leprosum Mart.

Mussambê Capparaceae Cleome spinosa Jacq.

Mutamba Sterculiaceae Guazuma ulmifolia Lamb.

Orelha-de-negro Mimosaceae Enterolobium contortisiliquum Manganaro

Pau-d’arcoamarelo Bignoniaceae Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich.

Pau-ferro/Jucá Caesalpiniaceae Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul.

Pinhão-bravo Euphorbiaceae Jatropha sp

Sapucaia Lecythidaceae Lecythis pisonis Cam.

Tingui-de-bola Sapindaceae Magonia pubescens A. St.- Hil.

Tucum Arecaceae Astrocarium vulgare Mart.

◙ Espécie ameaçada de extinção


☻ Espécie de importância econômica

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Fauna
O município de Teresina apresenta uma diversidade elevada de espécies,
muitos delas ameaçados de extinção em função da caça predatória, do comércio
ilegal, das alterações nos ecossistemas, queimadas etc.
A Área de Influência Direta por se encontrar dentro da zona urbana
encontra-se praticamente toda antropizada. A vegetação preponderante é composta
por espécies frutíferas plantadas pelos moradores mais antigos, quando os lotes
tinham maiores dimensões. São mangueiras, cajueiros, espécies exóticas, e
vegetação do tipo gramínea e espécies invasoras nos terrenos abandonados.
As listas dispostas a seguir trazem os nomes dos animais ainda encontrados
na zona rural de Teresina, segundo depoimentos de moradores dessas áreas.

Quadro 02 – Espécies de aves encontradas na área de Influência do


empreendimento.

Nome vulgar Nome científico Táxon Registro

Alma-de-gato Piaya cayana Cuculidae A

Andorinha Tachycineta albiventer Hirundinidae AE

Anum-branco Guira guira Cuculidae AE

Anum-preto Crotophaga ani Cuculidae AE

Bacurau Caprimulgus sp Caprimulgidae AE

Beija-flor Amazilia fimbriata Trochilidae E

Bem-te-vi Pitangus sulphuratus Tyrannidae AE

Caburé Glaucidium brasilianum Stringidae AE

Cã-cão Cyanocorax cyanopogon Corvidae AE

Carcará Polyborus plancus Falconidae A

Codorniz Nothura maculosa Tinamidae E

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Coruja-buraqueira Speotyto cunicularia Strigidae AE

Corujinha Otus choliba Strigidae AE

Curiango Nyctidromus albicollis Caprimulgidae A

Curió Oryzoborus angolensis Emberizidae E

Currupião Icterus icterus Emberizidae AE

Galo-de-campina Paroaria dominicana Emberizidae AEC

Garça-grande Casmerodius albus Ardeidae A

Garça-pequena Egretta thula Ardeidae A

Gavião-carijó Rupornis magnirostris Accipitridae AE

Gavião-da-cauda-branca Buteo albicaudatus Accipitidae AE

Jaçanã Jacana jacana Jacanidae A

João-de-barro Furnarius leucopus Furnariidae E

Juriti Leptotila varreauxi Columbidae A

Lavandeira Fluvicola nengeta Tyrannidae A

Mãe-da-lua Nyctibius griseus Nyctibiidae AE

Martim-pescador Chloroceryle amazona Alcedinidae E

Nambu Crypturellus tautapa Tinamidae E

Pardal Passer domesticus Passeridae AE

Pássaro-preto Gnorimopsar chopi Emberizidae AE

Perdiz Rhynchotus rufescens Tinamidae AE

Periquito-estrela Aratinga aurea Psittacidae ZE

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl53


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Loteamento Jacinta Andrade, Santa Maria da CODIPI
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Rasga-mortalha Tyto alba Tytonidae A

Rolinha-branca Columbina picui Columbidae AE

Rolinha-fogo-pagou Scardafella squammata Columbidae AE

Rolinha-sangue-de-boi Columbina talpacoti Columbidae AE

Sabiá Turdus rufiventris Muscicapidae AE

soco-boi tigrisoma lineatum Ardeidae ae

socozinho butorides striatus Ardeidae ae

tetéu vanellus chilensis Charadriidae a

urubu coragyps atratus Cathartidae ae

vim-vim euphonia cholorotica Emberizidae a

xexéu cacicus cela Emberizinae ve

Quadro 03 – Espécies de mamíferos encontradas na área de Influência do


empreendimento.

Nome vulgar Nome científico Táxon Registro

cutia dasyprocta aguti Dasyproctidae ve

gato mourisco 4 leopardus yagouaroundi Felidae e

guaxinim procyon cancrivorus Procyonidae e

mambira tamandua tetradactyla myrmecophagidae e

mucura didelphis marsupialis Didelphidae e

paca agouti paca Dasypodidae e

preá galea spixii Cavidae ae

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raposa cerdocyon thous Canidae e

soim callithris jacchus Callithrichidae e

tatu dasypus novencinctus Dasypodidae ve

Quadro 04 – Espécies de répteis encontradas na área de Influência do


empreendimento.

Nome vulgar Nome científico Táxon Registro

calango tropiduros semitaeniatus Tropiduridae a

camaleão iguana iguana Iguanidae ae

caninana spilotes pullatus Columbridae e

cascavel crotalus durissus Viperidae e

cobra-verde philodryas sp Columbridae e

cobra-de-cipó oxibelis sp Columbridae e

coral micrurus ibiboboca Elapidae e

coral-falsa oxyrhopus trigeminus Columbridae e

jacaré cayman sp Alligatoridae e

jararaca bothrops erythromelas Viperidae e

jibóia boa constrictor Boidae e

mata-boi liophis poecilogyrus Columbidae e

papa-pinto drymarchon corais Columbidae m

sucuri eunectes murinus Boidae e

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tejo/teiú tupinambis teguixim Teiidae ae

tejubina ameiva ameiva Teiidae a

(a) - avistado durante os trabalhos de campo


(e) - indicado por moradores em entrevistas informais
(c) - encontrado capturado em gaiola
(z) - identificado através da zoofonia
(v) - identificado através de vestígios indiretos (fezes, tocas, ninhos, pegadas etc.)
(4) - espécie rara ou ameaçada de extinção

4.3.3 – Comentários sobre o diagnostico ambiental

Da análise dos dados da área de influencia, tem-se que o município este


possui uma boa infraestrutura urbana, o que garante o fornecimento de insumos e
serviços para as obras e para a manutenção do canteiro. O nível médio de
escolaridade da população é razoável. O sistema de saneamento básico de Teresina
é muito deficiente para a grande população urbana, e a obra se coaduna com as
medidas necessárias para a solução deste problema.
O bairro de Santa Maria da CODIPI possui sistema de abastecimento que
atende a praticamente toda sua comunidade. A rede em analise refere-se ao
atendimento ao Loteamento Jacinta Andrade, em implantação.
Trata-se de área antropizada pela ocupação humana embora sem uma
infraestrutura urbana completa, e as intervenções não provocarão impactos
negativos significativos à geologia e à geomorfologia local, já que as vias não têm
revestimento, e os solos não possuem afloramentos rochosos e nem estão próximos
de mananciais subterrâneos e o nível freático não é superficial, o que dispensa
procedimentos especiais para escavação das valas. Dessa forma são minimizando
problemas relacionados à demolição de pavimentos e geração de resíduos da
construção.
São pontos a se considerar:
1. As intervenções serão de baixo impacto negativo para a população,
considerando-se a demanda pela rede que trata-se de infraestrutura de
saneamento;

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2. Não há hospitais ou grande concentração de colégios e outros


equipamentos comunitários na área;
3. Em função das vias onde serão escavadas as valas serem largas e pelo
fato da área ainda não ter moradores, isso não trará transtornos com
desvios de trafego;
4. Praticamente não haverá intervenções nos meios físicos e biótico que já se
encontram bastante alterados;
5. Os problemas maiores se referem aos efeitos sinergéticos com a obra de
construção das unidades habitacionais na área, pois o calendário é
extenso e haverá sobreposição de serviços, com mais de uma empresa
atuando na área;
6. Na área de entorno estes efeitos também serão sinergizados no que se
refere ao fluxo de veículos e transito de operários.

Entende-se, então que se faz necessário um planejamento cuidadoso das obras,


para minimizar os impactos negativos do empreendimento no que se refere à rotina
dos moradores da área de entorno que é densamente povoada e porque há poucas
vias de acesso ao bairro. Esses cuidados devem ser redobrados com relação às
condições de segurança dos operários.

4.3.4 - RELATÓRIO FOTOGRAFICO

Foto 01 – Vista da placa da obra Foto 02 – Vista da Av. Sergio Mota (avenida
principal do bairro Santa Mª da CODIPI.
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Foto 03 – Vista de parte da área do Foto 04 – Vista de quadras onde a


loteamento (terraplanagem concluída) construção das casas foi iniciada.

Foto 05 – Vista das quadras onde as casas Foto 06 – Vista das quadras com casas
estão em fase de revestimento executadas (vias sem pavimento, presença
de particulados)

Fotos 07 e 08 – Vistas de área limítrofe ao loteamento onde a vegetação foi preservada

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Foto 09 – Vista da Rua Lavina Gonçalves – Foto 10 – Vista da quadra onde serão
Reservatório existente locados o reservatório e os poços.

Foto11 – Vista da quadra (outro lado) onde Foto 12 – Vista geral do loteamento
serão locados poços e o reservatório.

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5.0 LEGISLAÇÃO INCIDENTE

No Brasil o estudo de impacto ambiental foi introduzido através da Lei nº


6.803/80, art. 10, § 3º, e passou a ser obrigatoriedade para atividades efetivas ou
potencialmente poluidoras.-
A partir da Resolução CONAMA nº 001/86 ficou estabelecido que o
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente deveriam ser
acompanhados de seus respectivos estudos de impacto ambiental, os quais
deveriam ser submetidos à análise pelo órgão gestores estaduais competente e, em
caráter supletivo, o IBAMA. A Resolução CONAMA 237/97 também define o
Relatório Ambiental Simplificado -RAS, como instrumento técnico para subsidiar o
licenciamento ambiental, sendo este um documento mais simples que o EIA/RIMA
que enfoca aspectos específicos dos principais impactos ambientais negativos,
principalmente quando o projeto está praticamente definido quanto à localização e
alternativa tecnológica.
Relacionamos a seguir os principais dispositivos legais incidentes sobre o
tipo de empreendimento em questão, a saber:
Estão relacionados a seguir os principais dispositivos legais incidentes sobre
o tipo de empreendimento em questão, a saber:

5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL

a) Estudo de Impacto de Vizinhança


O Estatuto da Cidade, Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, entrou em vigor no
dia 10 de outubro de 2001 e regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição
Federal de 1988.

Compatibilidade do empreendimento
O Estatuto da Cidade, visando corrigir distorções do crescimento urbano, prevê
como um de seus instrumentos o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), cuja

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regulamentação é obrigatória para todos os municípios brasileiros. Conforme


preconiza o Estatuto da Cidade, em seus artigos 36 e 37:
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e
atividades privados ou públicos em área urbana que
dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de
vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder
Público municipal.

Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos


positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto
à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes
questões:
I. adensamento populacional;
II. equipamentos urbanos e comunitários;
III. uso e ocupação do solo;
IV. valorização imobiliária;
V. geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI. ventilação e iluminação;
VII. paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

O EIV se destina aos projetos habitacionais, institucionais ou comerciais que


causam impacto significativo no meio urbano. A Lei dá ao município a prerrogativa
de determinar quais empreendimentos são passíveis do estudo, a fim de desobrigar
aqueles cujo impacto é praticamente nulo ou pouco significativo. Essa
discriminação, regulamentada por lei específica, enquadrando os casos para os
quais é exigido o EIV, deve interagir com o Plano Diretor do município, aprovado
nos termos da Lei. O ideal, como assim alguns municípios brasileiros já têm feito, é
que sua regulamentação conste do próprio Plano Diretor.
Busca-se num EIV, preponderantemente, avaliar a repercussão do
empreendimento sobre a paisagem urbana; sobre as atividades humanas
instaladas; sobre a movimentação de pessoas e mercadorias; e sobre os recursos
naturais da vizinhança. O Estatuto da Cidade, em seu artigo 37, estabelece os
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aspectos mínimos a serem abrangidos pelo estudo, porém muitas cidades ainda não
definiram os critérios a adotar, o que pode dar margem a avaliações de impacto
urbano superficiais. No caso em análise o empreendedor e o órgão licenciador
estadual alinharam a elaboração do RIV – Relatório de Impacto de Vizinhança para
o licenciamento da obra.

b) Referente ao Cadastro Técnico Federal


• Resolução CONAMA n° 001, de 16 de março de 1988, regulamenta o
cadastro técnico Federal de atividades e instrumento de defesa ambiental.

Compatibilidade do empreendimento:
Os responsáveis pelo estudo ambiental devem apresentar registro no Cadastro
Técnico Federal do IBAMA (em anexo).

c) Referente à Poluição do Ar
• Resolução CONAMA n° 010, de 14 de setembro de 1989, estabelece
mecanismos de controle de emissão de gases de escapamentos por veículos
equipados com motor do ciclo diesel;
• Resolução CONAMA n° 002, de 08 de março de 1990, institui o Programa
Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora;
• Resolução CONAMA n°008, de 06 de dezembro de 1990, estabelece os limites
máximos de poluentes no ar, previstos no PRONAR.
• Portaria MINTER 231, de 27 de abril de 1976, que estabelece padrões de
qualidade do ar;
• Portaria MINTER 100, de 14 de julho de 1980, que define os padrões quanto
à emissão de fumaça por veículos automotores movidos a óleo diesel;
• Portaria CONAMA 18, de 06 de maio de 1986, que institui o Programa de
Controle da Poluição do Ar por veículos Automotores – PROCONVE;
• Resolução CONAMA 005, de 15 de junho de 1989, que institui o Programa
Nacional de Controle da Qualidade do Ar.

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Obs: Também fazem parte das normas brasileiras a NB95, que trata de níveis
de ruído para o conforto acústico, e a NBR 10.151, que disciplina a avaliação do
ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade.

Compatibilidade do empreendimento:
A construtora deve ser responsável pela manutenção dos veículos e
quipamentos a diesel que for utilizar no canteiro de obras, assim como pelo controle
do nível de ruídos durante os serviços.

d) Referente ao Licenciamento Ambiental


• Resolução CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 1997, dispõe sobre a
definição de licenciamento ambiental e revoga os dispositivos da Resolução
CONAMA n° 001 de 23 de janeiro de 1986;

Compatibilidade do empreendimento:
O estudo ambiental está sendo elaborado conforme orientação do órgão
ambiental estadual, atendendo às exigências legais da PNMA.

e) Referente à proteção aos mananciais


• Lei n° 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamento o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e
altera o art. 1° da Lei 7.990, de 28 de dezembro de 1989;

• Lei n° 9.984, de 17 de junho de 2000, dispõe sobre a criação da Agência


Nacional das Águas – ANA, entidade federal de implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

Compatibilidade do empreendimento:
O empreendedor e o construtor são responsáveis pela manutenção da qualidade
dos mananciais na área de influencia do empreendimento, conforme as
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determinações da Política Nacional de Recursos Hídricos, assim como em evitar


alterações na qualidade do aqüífero, manancial de captação para o sistema, em
decorrência da obra.

f) Referente aos crimes ambientais


• Lei n° 9.605, de 13 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;
• Decreto n° 3.179, de 21 de setembro de 1999. Regulamenta a Lei n°
9.605/98. (Lei de Crimes Ambientais).

Compatibilidade do empreendimento:
O construtor na fase de execução, e o empreendedor e o gestor do sistema na
fase de operação serão responsabilizados por ações de degradação do solo, ar ou
água conforme as definições da Lei de Crimes Ambientais, no âmbito de sua
participação.

g) Referente à gestão, monitoramento e uso dos recursos hídricos

• Resolução CONAMA n° 357, de 17 de março de 2005, estabelece a


classificação das águas doces, salobras e salinas do território nacional, bem
como dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências (revogou a Resolução nº 20);

• Portaria MS Nº 518;

• Lei n° 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de


Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamento o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e
altera o art. 1° da Lei 7.990, de 28 de dezembro de 1989;

• Lei n° 9.984, de 17 de junho de 2000, dispõe sobre a criação da Agência


Nacional das Águas – ANA, entidade federal de implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
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• Lei de Saneamento Básico nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 - Estabelece


diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de
19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de
junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de
11 de maio de 1978; e dá outras providências. O empreendimento está em
conformidade com as diretrizes desta lei.

Esta Lei define como:


a) Compromisso do poder público
Art. 2o
Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com
base nos seguintes princípios fundamentais:
(...)
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas
adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

b) Compulsoriedade de ligação à rede pública


Art. 45. Ressalvadas as disposições em contrário das normas
do titular, da entidade de regulação, e de meio ambiente, toda
edificação permanente urbana será conectada às redes
públicas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros
preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses
serviços.

Compatibilidade do empreendimento:
A gestora do sistema e o órgão empreendedor são responsáveis pela
manutenção da qualidade do manancial de onde será captada a água para o
abastecimento, conforme as determinações da Política Nacional de Recursos
Hídricos, como já foi citado anteriormente.

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Na fase de operação do empreendimento a gestora do sistema deve manter


Plano de Monitoramento da Qualidade da Água conforme as exigências da
Resolução do Ministério da Saúde.
O empreendimento se encontra em consonância com a Lei de Saneamento
Básico que prioriza como política pública a questão do saneamento, definindo a
necessidade de que os moradores de zona urbana tenham acesso ao abastecimento
público, dentre outros serviços, o que (segundo a Lei) está vinculado à proteção aos
recursos naturais.

5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL

a) Referente à Política Estadual de Meio Ambiente


• Lei n° 4.060, de 09 de dezembro de 1986 - criação da Curadoria Especial do
Meio Ambiente, no âmbito da Procuradoria Geral da Justiça.

• Lei n° 4.797, de 24 de outubro de 1995 - criação da Secretaria Estadual de


Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos com a finalidade de desenvolver a
política ambiental estadual.

• Lei n° 4.854, em 10 de julho de 1996 - que dispõe sobre a política de meio


ambiente, no Estado do Piauí, além de dar outras providências.

• Lei nº 5.165 de 17 de agosto de 2000 - que dispõe sobre a política estadual


de recursos hídricos, institui o Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e dá outras providências.

• Decreto nº 8.925, de 04 de junho de 1993 – regulamentando o Conselho


Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Piauí – CERH/PI, no uso das
competências que lhe são conferidas pela Lei nº. 5.165, de 17 de agosto de
2000, especialmente no seu art. 40; pelo Decreto nº. 10.880, de 24 de
setembro de 2002, especialmente no seu art. 2º; pelo Decreto nº. 11.341, de
22 de março de 2004, especialmente no § 1º do art. 9o e no § 1º do art. 10.

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• Constituição do Estado do Piauí, no seu Capítulo VII – Do Meio Ambiente,


Artigo 237, definindo que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de
vida impondo-se ao Poder Público e à Coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo e harmonizá-lo, racionalmente, com as necessidades do
desenvolvimento sócio-econômico para as presentes e futuras gerações.

No Parágrafo 1º, item IV, do mesmo documento, trata da exigência de


licenciamento para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
Impacto Ambiental, a que se dará publicidade.

Compatibilidade do empreendimento:
O empreendedor e o construtor na fase de execução serão fiscalizados no
âmbito de suas responsabilidades pelos órgãos ambientais do Estado e do
município, responsáveis pela aplicação da PNMA, cada um no âmbito de suas
atribuições.
O construtor deve estar atento às diretrizes da Constituição Estadual que dá
proteção especial às áreas de preservação permanente, assim como às diretrizes de
proteção dos mananciais, no caso em questão, o manancial subterrâneo que será
utilizado.

5.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL DE TERESINA


• Lei Orgânica que rege o município através do seu Código de Postura - Lei
Complementar nº 1940, de 16/08/1988.
• Lei nº 2475 de 04 de Julho de 1996, dispõe sobre a política de proteção,
conservação, recuperação e desenvolvimento do meio ambiente e dá outras
providências;
• Lei nº 2264 de 16 de Dezembro de 1993, define as diretrizes para a ocupação
do solo urbano e dá outras providências;
• Lei nº 2265 de 16 de Dezembro de 1993, define as diretrizes para uso do solo
urbano e dá outras providências;
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• Lei nº 2266 de 16 de Dezembro de 1993, dá nova redação ao código de obras


e edificações de Teresina.

Compatibilidade do empreendimento:
O empreendimento será executado na zona urbana do município, mas a obra
não entrará em conflito com nenhum tópico da legislação municipal. No entanto,
devem ser obedecidas às diretrizes da Política Municipal de Meio Ambiente, que
seguindo as orientações da PNMA define os mecanismos de preservação e
conservação dos recursos naturais que devem ser respeitados.

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6.0 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

6.1 TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ADOTADOS

Na etapa de avaliação de impactos ambientais, visando obter o cenário pós-


empreendimento e traçar estratégias para o uso múltiplo dos recursos naturais
envolvidos na área de influencia dos serviços propostos recorreu-se a métodos e
técnicas usualmente adotados para a análise, comparação e organização dos dados
e informações, de forma que fosse possível identificar e caracterizar os impactos
ambientais nas três dimensões do meio (físico, biótico e antrópico) na área de
influencia do empreendimento.

Nesta etapa, como já mencionado anteriormente, foram adotados três


métodos básicos associados com pequenas adaptações, já que na prática ocorre
naturalmente a interação das técnicas que fundamentam cada método:
a) Listagem de Controle ou Check-List - consiste na identificação e
enumeração das ações impactantes, a partir da diagnose ambiental
feita por especialistas dos meios físico, biótico e socioeconômico. Os
especialistas relacionam os impactos decorrentes das fases de
implantação e operação do empreendimento, conforme as categorias
definidas para a construção da matriz de impactos. Para nortear as
discursões foram elaboradas listagens especificas para o
empreendimento relacionando os impactos com maior probabilidade
de ocorrência neste caso.
b) Ad Hoc (Método Espontâneo) - Os impactos são identificados e
selecionados via brainstorming, caracterizados e sintetizados, a
seguir, por meio de tabelas ou matrizes. Sua maior vantagem é a
possibilidade de estimativa rápida da evolução de impactos, de
forma organizada e facilmente compreensível pelo público.
c) O método de Lollo e Rohm, este método considera a clasificação dos
impactos quanto a natureza, a ordem, magnitude e duração,
conforme os parâmetros a seguir:
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Categoria Descrição
Positivo – Impacto benéfico
a) Natureza
Negativo – Impacto maléfico
Diretos – tem sua causa claramente
relacionada as ações do
empreendimento
b) Ordem
Indiretos – causa não exclusivamente
relacionada as intervenções do
empreendimento.
c) Magnitude Alta – alteração que descaracteriza o
componente ambiental.
Média – descreve uma alteração que
afeta o componente, compremetendo
sua função, mas não o descaracteriza.
Baixa – alteração pouca significativa ou
pouco intensa.
Temporária – condição em que há um
prazo previsto para seu termino.
Permanente – quando não se configura
d) Duração prozo para o termino da intervenção, ou
não há tecnologias previstas para seu
controle ou recuperação do meio
afetado.

Segundo esses autores os componentes ambientais a serem avaliados em um


estudo de impactos de vizinhança são os seguintes:
Componente ambiental Categorias
Solo
a) Meio físico
Mananciais superficiais

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Mannciais subterrâneos
Paissagem natural
Vegetação
Uso e ocupação do solo
b) Aspectos urbanísticos Densidade populacional
Mercado imobiliário
Paissagem urbana
Ventilação e iluminação
Qualidade urbanística
Patrimônio cultural
Trafego
Transporte coletivo
Rede de utilidade (água e esgoto,
c) Infra-estrutura urbana
elétrica, telefonia, iluminação publica e
drenagem pluvial.
Segurança publica.
Ruídos
d) Saneamento e qualidade de vida Resíduos sólidos
Efluentes

Para a classificação dos impactos considerou-se:


Às etapas do empreendimento:
• Fase de Projeto - Antes dos serviços se iniciarem, durante a definição
dos estudos e elaboração dos projetos.
• Fase de Implantação - Durante a execução dos serviços.
• Fase de Operação - Após a conclusão da obra.

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6.2 IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES IMPACTANTES E DE SEUS EFEITOS


Com base nas observações acima, e tendo identificado as principais ações impactantes, seguiu-se à identificação e caracterização
dos impactos, sintetizados no quadro abaixo e em seguida comentados.

Quadro 05 – Identificação e classificação dos impactos de vizinhança


Componente Impactos Ação geradora Fase da
Categorias NATUREZA ORDEM MAGNITUDE DURAÇÃO
ambiental Obra
Solo Alteração na estrutura Escavações de valas Implantação
a) Meio físico D B P
do solo
Risco de contaminação Aumento na Operação
disponibilidade de água D M P
para a população
Ar Emissão de Instalação do canteiro de Implantação
particulados e de gases obras/escavação de valas
D B T

Mananciais Aumento na geração de Aumento na Operação


efluentes sanitários disponibilidade de água
superficiais
para a população I M P

Mananciais Risco de alteração na Aumento na vazão de Operação


qualidade do aqüífero. consumo do poço D B P
subterrâneos
existente.
Paisagem
Não haverá impacto
natural
Vegetação

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Uso e ocupação
do solo
b) Aspectos Densidade Tendência ao aumento Aumento na Operação
populacional do numero de disponibilidade de água
urbanísticos
residencias para a população / I M P
Melhoria da infra-
estrutura hídrica
Mercado Valorização dos imóveis Aumento na Operação
imobiliário disponibilidade de água
para a população / D M P
Melhoria da infra-
estrutura hídrica
Paisagem Alteração na paisagem Implantação e rotina do Implantação
D M P
urbana urbana canteiro de obras
Qualidade
urbanística Não haverá impacto
Ventilação e
iluminação
Patrimônio
cultural
Trafego Aumento do fluxo de Implantação e rotina do Implantação
c) Infra- D M T
veículos na AID canteiro de obras
estrutura
Transporte
urbana
coletivo Não haverá impacto
Rede de Sobrecarga da infra- Implantação e rotina do Implantação
utilidade (água estrutura urbana canteiro de obras
e esgoto, existente D B T
elétrica,
telefonia,
iluminação Operação
publica e D B P
drenagem
pluvial.
Segurança
Não haverá impacto
publica.
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Ruídos Geração de ruídos Implantação e rotina do Implantação


D M T
canteiro de obras
Saúde da Risco de acidentes com Implantação e rotina do Implantação
população e a comunidade e os canteiro de obras D M T
dos funcionários
funcionários Diminuição das Aumento na Operação
doenças de veiculação disponibilidade de água D M P
hídricas potavel para a população
Alteração da rotina dos Implantação e rotina do Implantação
D B T
moradores canteiro de obras
Estimulo ao A Operação
desenvolvimento sócio- Aumento na I B P
economico disponibilidade de água
Contratação de mão-de- potavel para a população Implantação
d) Saneamento e D B T
obra
qualidade de
Qualidade de Aumento da Implantação
vida D B T
vida e arrecadação fiscal.
desenvolviment Incremento da renda Implantação
o sócio- D B T
local.
economico. Melhoria da qualidade Operação
D B P
de vida.
Melhoria da infra- Operação
D B P
estrutura do município
Melhoria das condições Operação
de salubridade D B P
ambiental.
Resíduos Geração de resíduos Implantação e rotina do Implantação
D B T
sólidos canteiro de obras
Efluentes Aumento na geração de Aumento na Operação
efluentes sanitários disponibilidade de água D B P
potavel para a população.

Impactos negativos Impactos positivo

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6.3 ANALISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DOS IMPACTOS


A seguir será feita análise detalhada das alterações provocadas pelo
empreendimento nos componentes ambientais, com base nas ações impactantes
citadas no quadro 05.

6.3.1 – Solo
O meio físico da área de influencia não sofrerá alterações significativas que
possam descaracterizar seus componentes. Os impactos relacionados com esse
componente são decorrentes do lançamento de efluentes sanitários, tendo em vista
que no bairro não há sistema de coleta de esgoto, e das escavações das valas para
colocação dos tubos. Impacto de baixa intensidade, tendo em vista que a escavação
é superficial numa área muito restrita, com a utilização dos procedimentos
manuais. Não haverá alterações no relevo, intensificação dos processos erosivos, e
nem impactos relacionados à drenagem pluvial.

6.3.2 – Ar
O meio físico (ar) receberá uma carga extra de particulados oriundos da
queima de combustíveis fósseis, bem como de partículas minerais que serão
lançadas ao ar pelo movimento de veículos pela ação das escavações e
preenchimentos de cavas, compactação, ação de carga e recarga de caminhões com
material mineral e ventos que possam surgir nas áreas em que foi necessária a
exposição do solo. O impacto terá baixa intensidade pois a obra não exige demolição
de pavimento pois as ruas não possuem revestimento.

6.3.3 - Mananciais superficiais


Em conseqüência do aumento do consumo de água, proporcionalmente será
gerado um volumne de efluentes sanitários que futuramente poderão serem
lançados no manancial mais próximo, no caso o rio Poti, em virtude da instalação
de uma estação de tratamento de esgoto.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl75


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6.3.4 - Mananciais subterrâneos


Os impactos identificados referem-se ao aumento na demanda do manancial,
mas o aqüífero tem um potencial bem superior a vazão requerida para os poços.

6.3.5 - Paisagem natural.


Por ser uma área já alterada os processos construtivos e o funcionamento do
sistema não provocarão degradação ou descaracterização de componentes naturais
do meio físico que tenham uma expressão na paissagem.

6.3.6 – Vegetação
Por ser uma área eminentemente urbana os serviçois não implicarão na
remoção ou eliminação de espécies vegetais.

6.3.7 - Uso e ocupação do solo


O emprendimento não se encontra em desconformidade com a Lei de Uso e
Ocupação do Solo, por se tratar de infra-estrutura de saneamento básico.

6.3.8 - Densidade populacional


Em função da obra não ocorrerão variações na vizinhança que possam ser
direta ou indiretamente relacionados ao empreendimento. Por ser na zona urbana
de Teresina não será necessário o alojamento da equipe de trabalho no canteiro.

6.3.9 - Mercado imobiliário


Após a melhoria do sistema de abastecimento a área se tornará mais atrativa
para a moradia e empreendimentos comerciais, ocorrendo paralelamente uma
valorização dos imóveis devido à infraestrutura que está sendo implantada.

6.3.10 - Paisagem urbana


Durante as obras, em função dos serviços de escavação, assim como das
instalações temporárias do canteiro de obras, com o movimento de máquinas e
equipamentos, a paisagem na área será alterada, mas não haverá danos e
obstruções a estética urbana causados pelos serviços, assim como não haverá
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interferências na estrutura de residências ou equipamentos públicos. As valas


serão abertas e depois fechadas e não haverá volume de demolições a serem
relocadados.

6.3.11 - Qualidade urbanística

O empreendimento não causará transformações urbanísticas significativas,


como mudança de traçado de vias, interferências em equipamentos públicos ou no
padrão construtivo das moradias, tendo em vista ser obra em área já alterada.

6.3.12 - Patrimônio cultural


As obras não provocarão alterações nas fachadas de edificações, em jardins,
praças ou outros componentes da estética urbana que sejam protegidos por
legislação especifica em função do valor cultural ou histórico.

6.3.13 - Tráfego
Em função dos serviços ocorrerá aumento no fluxo de veículos e máquinas
na área de entorno do loteamento, mas numa intensidade baixa, pois as obras não
demandam transporte de agregados em grande volume, e nem grande variedade de
insumos. Em função das vias do loteamento serem largas e não haver moradores
residentes durante a faze de escavação das valas, o bloqueio da faixa de serviços
onde serão abertas as valas não provocarão significativos transtornos para a
população.

6.3.14 - Transporte coletivo


As obras não demandarão aumento ou diminuição na oferta de transporte
coletivo e as intervenções não provocarão mudanças de rota ou impedirão o tráfego
de ônibus e veículos pela área diretamente afetada pelos serviços.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl77


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6.3.15 - Rede de utilidade (água e esgoto, elétrica, telefonia, iluminação


publica e drenagem pluvial.
A instalação e operação do canteiro de obras demandará um aumento no
consumo de energia e água, além de requerer a prestação de serviços como
alimentação e abastecimento de combustível, dentre outros.

6.3.16 - Segurança publica.


O empreendimento não se constitui em fator de aumento da criminalidade ou
criará situações de insegurança para a população da área de influencia. Trata-se de
uma solução do déficit habitacional.

6.3.17 – Ruídos
A movimentação de veículos, máquinas e equipamentos durante os serviços e
na área do projeto provocará ruídos e vibrações que podem causar desconforto para
a população e para os funcionários do canteiro de obras.
Por ocasião da compactação das camadas de material, também, serão
emitidas vibrações intensas em decorrência do uso de rolo compressor vibratório.
Como a área não tem moradores esses efeitos são de baixa intensidade. A
comunidade de entorno é que sofrerá mais os efeitos.

6.3.18 - Saúde da comunidade e dos funcionários


Obras no meio urbano, para a implantação de infraestrutura de saneamento
básico envolvem intervenções nas vias públicas, o que leva a equipe do canteiro de
obras a trabalhar exposta, sob o risco de acidentes de transito, assim como
sujeitoa ao calor intenso e emissão de particulados, ruídos, dentre outros fatores
que podem comprometer a saúde dos funcionários.
A intensificação do trafego nas ruas, e os serviços de escavação das valas
aumentarão a possibilidade de risco de acidentes com outros veículos e com
pessoas, pela mudança de rotina da comunidade local bem como na área de
serviços de abertura de valas.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl78


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6.3.19 - Resíduos sólidos


Durante a implantação dos serviços, a instalação das tubulações da rede de
distribuição e a construção do reservatório não provocarão prejuízos significativos
por envolver escavações superficiais que serão reaterradas em pouco tempo. No
entanto, a destinação inadequada dos resíduos sólidos e dos efluentes gerados pelo
canteiro de obra (quentinhas, copos descartáveis, latinhas de alumínio, vasilhames
de óleos e lubrificantes, etc) pode comprometer a qualidade do ambiente urbano e
do solo.

6.3.20 - Efluentes
Com o aumento da oferta de água para a população, consequentemente,
haverá aumento na geração de águas residuárias e de esgotos. Essa geração é
equivalente a um percentual de 75% a 85% do volume de água consumido.

6.3.21 – Alteração do cotidiano da comunidade


Para a comunidade da área de entorno haverá transtornos em função do
aumento no tráfego de veículos. Como não há moradores na área do loteamento os
efeitos são praticamente inexistentes nesse caso.

6.3.22 – Impactos Positivos


Entre os impactos potencialmente positivos que podem afetar a área de
influência destacam-se os benefícios de cunho sócio-econômico. Os impactos
positivos podem ser agrupados da seguinte forma:

1. Contratação de mão de obra – O empreendimento gerará uma média de


200(duzentas) vagas ao longo de todas as etapas da obra.

2. Aumento da arrecadação fiscal – Geração de ICMS/ ISS para o


município por conta da emissão de nota fiscal na compra de materiais e
prestação de serviços dentro do município.

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3. Incremento da renda local - As atividades econômicas na área de


entorno sejam elas formais ou informais, serão beneficiadas com o aumento
na comercialização de produtos diversos (materiais de construção, alimentos,
etc) e de oferta de serviços (quentinhas, hospedagem) para atender à
demanda gerada pelos funcionários do canteiro de obras. Este impacto é de
baixa intensidade tendo em vista o pequeno prazo da obra.

4. Melhoria da infra-estrutura de saneamento básico do município – As


obras são importantes para a infraestrutura do loteamento, e as condições de
saneamento do conjunto onde habitarão 4.000 famílias.

5. Valorização imobiária – Com a implantação da obra a área se tornará


mais atraente para outros investimentos, e consequentemente o próprio
bairro se tornará mais valorizado.

6. Diminuição das doenças de veiculação hídrica – Este impacto é


decorrente da melhoria da infraestrutura de saneamento básico, tendo em
vista que grande parte das doenças de veiculação hídrica ocorrem em áreas
onde não há fornecimento de água potável.

7. Estímulo ao desenvolvimento sócio-econômico – Este impacto está


relacionado à importância da obra para a melhoria da qualidade de vida das
comunidades beneficiadas, possibilitando melhores condições de
aproveitamento do potencial socioeconômico da população e atraindo mais
investimentos para a área beneficiada.

8. Melhoria da qualidade de vida – As obras são de importância relevante


para a qualidade de vida dos moradores do loteamento por estarem
relacionadas diretamente à melhoria da saúde desta população.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl80


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9. Melhoria das condições de salubridade ambiental – A salubridade


ambiental está relacionada com capacidade da população de uma
determinada área de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de endemias ou
epidemias veiculadas pelo meio ambiente, assim como de promover o
aperfeiçoamento das condições mesológicas favoráveis ao gozo da saúde e do
bem estar. Este fator está diretamente relacionado com o acesso a água
potável, dentre outros.

Com a identificação e caracterização dos impactos verificou-se que o empreendimento


gerará 24 impactos, sendo 15 impactos adversos. Destes, 08 são de magnitude baixa e 07 são
de magnitude média. Foram identificados 09 impactos positivos, sendo destes 02 de média
magnitude. Os impactos negativos se concentram na fase de implantação e são temporários
(60%) e os impactos positivos (70%), estes ocurrem na fase de operação.

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7.0 MEDIDAS MITIGADORAS

O estudo indicará, a seguir, as possibilidades de mitigação dos impactos


negativos/adversos, que se aplicadas conforme as recomendações deste estudo
assegurarão a viabilidade ambiental do empreendimento. Considerando-se o tipo de
obra e os agentes envolvidos com o empreendimento, foram definidas as medidas a
seguir relacionadas que devem ser realizadas em diferentes fases da obra.

7.1 RELAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Impacto: Emissão particulados e de gases


Medidas Mitigadoras
1. Durante os serviços que envolvam escavações e aterros, as áreas devem ser
umedecidas para minimizar os efeitos das cortinas de pó, com o uso de carro pipa
para aspersão de água, reduzindo o risco de problemas respiratórios na
comunidade impactada;
2. Utilização de lonas pelos caminhões que transportam os agregados finos para o
aterro, de maneira a reduzir a emissão de poeira e o derrame de materiais durante o
percurso.
Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

2. Impacto: Geração de ruídos

Medida Mitigadora

1. Os equipamentos, máquinas e veículos a serem utilizados nos serviços deverão


ser alvo de regulagem e manutenção periódica;
2. Estabelecer horário para operação das maquinas e equipamentos no período
compreendido entre 07:00 e 18:00h;
3. Uso de EPI’s por parte dos operários conforme Programa de Segurança no
Trabalho a ser implantado na obra;
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4. Obedecer rigorosamente aos valores máximos de ruídos permitidos ou


recomendados por lei.
Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

3. Risco de alteração na qualidade do aqüífero.


Medida Mitigadora
Este impacto não pode ser evitado, mas os efeitos podem ser controlados através de
Plano de Monitoramento do Manancial, o que já está previsto pelo empreendedor, já
que o sistema existente já realiza monitoramento dos poços encontrados no bairro.

Responsável: Empreendedor
Fase da obra: Operação

4. Sobrecarga da infra-estrutura existente (energia elétrica e iluminação


publica)
Medida Mitigadora
A mitigação deste impacto está relacionada à necessidade de um bom planejamento
da construtora, de forma a não sobrecarregar os sistemas elétricos e de
abastecimento na área de intervenção.
Este impacto, de certa forma, não pode ser evitado na fase de implantação, mas na
fase de operação em função do maior consumo de energia pelo sistema de
bombeamento dos poços, o que se recomenda é a manutenção constante dos
equipamentos elétricos para evitar sobrecargas e/ou perdas no sistema o que pode
elevar desnecessariamente os custos e o consumo de energia do sistema.
Responsável: Empreendedor
Fase da obra: Operação

5. Alteração da rotina da comunidade


Medida Mitigadora
1. Com relação ao desconforto produzido pela obra em função dos fechamentos
alternado das vias para o fluxo dos veículos, recomendam-se as seguintes medidas

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de segurança: sinalização adequada e a utilização de funcionários para orientar o


tráfego (em função de serviços em uma das pistas), além de avisos através dos
meios de comunicação disponíveis para alertar a população.
2. Iniciar os serviços em ruas diferentes sem interromper grandes áreas, realizando
a complementação dos serviços com a instalação da tubulação e aterramento das
valas. Isolar as áreas de risco com fitas sinalizadoras, colocar placas de sinalização
para orientação à população e deixar alguma área livre para acesso as residências.
3. Os motoristas dos veículos serão orientados para aumentar a atenção e cuidados
ao dirigir na cidade pelo aumento da intensificação do tráfego e a presença de
eventuais curiosos que adentram as áreas de risco de acidentes.
4. Permitir o fluxo do tráfego em duplo sentido nas vias próximo as ruas que esteja
sendo trabalhadas.
5. Reconstituir a pavimentação original da rua após o reaterro das valas, liberando
as ruas o fluxo normal.
6. A população residente nas áreas circunvizinhas às intervenções será orientada
para permanecer com as portas e janelas próximo às ruas fechadas e a ocupar as
dependências mais afastadas, ou se for possível, ausentar-se o maior tempo
possível do local nos horários de trabalho.
7. Não serão permitidos os trabalhos após as 18h, para não incomodar a população
nas horas de repouso e sono.
Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

6. Riscos de acidentes com a comunidade e os funcionários/ aumento do fluxo


de veículos na AID/ alteração na paisagem urbana
Medida Mitigadora
1. Manutenção periódica dos equipamentos e máquinas utilizados no canteiro de
obras de maneira a coibir a ocorrência de “fumaça negra” - emissões oriundas de
veículos com motores desregulados;
2. Implantação de Programa de Segurança no Trabalho conforme as recomendações
da DRT/PI.

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3. Colocação de sinalização adequada aos trechos afetados pela obra, e orientação à


população através de comunicação visual;
4. Conscientização prévia da população sobre os riscos de acidentes devido ao
aumento do fluxo de carros e trânsito de equipamentos pesados durante e após a
execução dos serviços.

5.As áreas de risco devem ser isoladas com fitas sinalizadoras, placas de sinalização
para orientação à população;
6. Durante os serviços a construtora da rede deve planejar os serviços com a
construtora das residências para evitar acidentes e trastornos na circulação dos
veículos e dos funcionários das empresas.
Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

7. Geração de resíduos sólidos


Medida Mitigadora
1. O entulho ou sobras de material oriundo do projeto, de origem mineral, deverá
ser lançado em áreas baixas ou terrenos da área urbana que estejam precisando de
aterro em suas concepções de obra. Os materiais não utilizados neste processo
como restos de escoras e outros materiais inservíveis, poderão ser utilizados como
lenha ou ir para o aterro sanitário ou lixão municipal.
2.Todo o lixo gerado no canteiro de apoio será recolhido com freqüência diária, de
forma a não produzir impactos no meio ambiente;
3. Os resíduos como papeis, plásticos, vidros deverão seguir para o aterro sanitário
(ou melhor dizendo, o lixão) da cidade, já que usualmente não há pontos de coleta
seletiva em cidades do interior;
4. Diante da implantação de banheiros próximo à área do manancial de captação,
durante o período de implantação, se esta for uma solução a ser adotada pela
empresa que ganhará a licitação, a disposição dos resíduos sanitários deverá se dar
por meio de infiltração no terreno com fossas com tanque séptico e filtro
anaeróbico.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl85


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Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

* As medidas anteriormente relacionadas devem estar previstas como clausulas do


contrato de execução para que possam ser efetivamente cobradas do construtor.

8. Alteração na estrutura do solo (em função da escavação das valas)


1. As valas deverão ser reaterradas com material fino proveniente ou não da
escavação, em camadas de 20 cm, compactadas manualmente, de forma que o
aterro tenha as caracteristicas equivalente as do solo adjacente, atingindo o mesmo
nivel do solo antes da escavação;
2. Se o material proveninte da escavação apresentar fraquimentos de rochas ou
pedras soltas, o reaterro deve ser veito com areia fina.
Responsável: Construtor
Fase da obra: Implantação

9. Risco de contaminação do solo/ aumento na geração de efluentes sanitários


1. Para complementar os serviços implantados, que provocarão aumento na oferta
de água, deve ser previsto sistema eficiente de tratamento de esgoto sanitário para o
loteamento.
Responsável: Empreendedor
Fase da obra: Operação

10. Tendência ao aumento no numero de residências (adensamento


populacional)
1. Para evitar o adensamento populacional é preciso que seja implantados
instrumentos legais de disciplinamento do uso e ocupação do solo, o que só pode
ser solucionado ao nível do poder publico municipal em conformidade com plano
diretor de Teresina.
Fase da obra: Operação

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8.0 VIABILIDADE AMBIENTAL DO EMPREENDIMENTO

CENÁRIO ATUAL

O Bairro Santa Maria da Codipi se encontra em uma área de crescente


desenvolvimento urbano sendo alvo constante, nos últimos 10 anos, de
investmentos do poder público no setor da habitação, saúde e infraestrutura de
saneamento básico.

O bairro é constituído, principalmente, por moradias de padrão popular,


pequenas industrias e por grandes propriedades agrícolas.

Os quarteirões, em sua maioria, são extensos e com baixa densidade


populacional, com exceção das áreas dos conjuntos. As ruas, em geral, são
calçadas com pavimentação poliédrica, e as avenidas principais são asfaltadas.

O meio físico e o meio biótico no bairro e no seu entorno já sofreram fortes


alterações desde que a região começou a perder suas características rurais a partir
da inauguração da ponte Mariano Gaioso Castelo Branco e que intensificado o
processo de urbanização nos bairros localizados na zona norte além do rio Poti.

O loteamento Jacinta Andrade está sendo implantado no extreno norte do


bairro onde ainda havia vegetação nativa preservada. O loteamento visa atender
4.000 familias e a implantação da rede de água é obra infraestrutural vinculada.

Dessa forma, os impactos da rede se tornam quase insignificantes diante da


obra maior que é construção do conjunto residencial.

CENÁRIO FUTURO

Com a implantação do empreendimento, o loteamento será dotado de


infraestrutura de abastecimento de água asegurando mínimas condições de
saneamento para a população que irá residir na área.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl87


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Também haverá uma tendência de que ao longo do tempo essa região atraia
maior ocupação, e gere a demanda por mais serviços de urbanização, e uma maior
ocupação, se dará consequentemente.

Os riscos de contaminação dos recursos hídricos e do solo em função das


obras são bem reduzidos, devido aos tipos de serviços propostos que não envolvem
procedimentos construtivos e tecnologias degradadoras.

A avaliação dos impactos demonstrou que a intensidade destes será bem


reduzida atingindo mais a área de entorno do loteamento, pois este não é habitado.
Estes impactos estarão relacionados ao aumento no fluxo de veículos nas vias de
acesso e ao risco de acidentes com os funcionários do canteiro de obras,
principalmente porque haverá uma concentração de empresas realizando atividades
diferentes na área do loteamento durante um grande período.

O fato das vias onde serão escavadas as valas para colocação dos tubos se
encontrarem sem revestimento constitui-se num fator facilitador para a
implantação de infra-estruturas urbanísticas como esta, de maneira a evitar
maiores transtornos para a população (quando ocorre demolição do pavimento já
implantado) e maiores custos para a administração pública.

Um fator importante que merece destaque é a conservação do mancial


subterrâneo que abastecerá a rede através de 04 poços. Estes devem ter suas
outorgas de uso aprovada pelo licenciador com análise da vazão de consumo,
conforme exige a legislação em vigor.

A não instalação do empreendimento comprometará as condições de


saneamento básico para as famílias que irão resideir na área. O fornecimento de
água potável para a população está assegurado pela legislação federal,
constituindo-se em um dos direitos básicos do cidadão e uma das obrigações
precípuas do Poder Público.

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl88


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9.0 EQUIPE TÉCNICA

__________________________________
Mairla Meneses Lopes Teles
Engª Civil - CREA 1.830/D - PI
Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento

_________________________________
Edivaldo da Silva Souza
Engº Agrônomo – CREA 3.370 – D/PI
Especialista em Gestão Ambiental

__________________________________
Luanna Mariane Pereira Ramos
RG 2210474 - PI

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl89


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10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, G.A. 1969. Bacia do Maranhão: Geologia e possibilidade de petróleo. (Petrobrás


– SIEX nº 108-03447).

ALMEIDA, H.G.; MARTINS, R.C. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.

BANCO DO NORDESTE. Manual de Impactos Ambientais: orientações básicas sobre


aspectos ambientais de atividades produtivas. Fortaleza-CE, 1999. p.297.

CD-ROM. SIM-BRASIL - Sistema de Informações Sócio-Econômicas dos Municípios


Brasileiros. CAIXA/ IPEA/ FADE-UFPE: Brasília-DF, 2003.

Centro de Desenvolvimento Sustentável: Brasília. 2005

CPRM. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea, estado do


Piauí: diagnóstico do município de Teresina/Organização do texto [por] Robério Bôto de
Aguiar [e] José Roberto de Carvalho Gomes. Fortaleza: CPRM - Serviço Geológico do Brasil,
2004.

DOTE SÁ, et al. Curso de Estudo de Impacto Ambiental – Mecanismos de Implementação


e Análise. IBAMA, Teresina, 1999 (Apostila)

FUNDAÇÃO CEPRO. Piauí: Visão Global. 2ed. rev. Teresina, 2003. 128p.

IBAMA/DIRPED/DEDIC/DITEC. Avaliação de Impacto Ambiental: Agentes Sociais,


Procedimentos e Ferramentas. Brasília, 1995.

IBGE . Macrozoneamento Ambiental da Bacia do Rio Parnaíba. Rio de Janeiro. 2002

KEGEL, W. 1953. Contribuição para o estudo do Devoniano da bacia do Parnaíba. Rio de


Janeiro, DNPM/ Divisão de Geologia e Mineralogia, 48p. (Boletim, 141)

KEGEL, WILLHELM. Água Subterrânea no Piauí. Rio de Janeiro, Dep. Nac. Prod. Min. –
Div. Geol. Min. 1955. 50p. ilust. 23 cm. (Boletim, 156). Inclui bibliografia.

LISBOA, M.A.R. 1914. The Permian geology of Northern Brazil. Am. Jour. Sci., 37: 425-
442

LOLLO, J.A. e ROHM, S.A. Proposta de Matriz para Levantamento de Impactos de


Vizinhança. UNESP: São Paulo. 2006

MEDEIROS, Raimundo Mainar de. Séries Pluviométricas do Estado do Piauí. Mainar


Assessoria e Pesquisa: Teresina, 2000;

Rua Dês. Pires de Castro, 77 – Sl90


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AGESPISA RAS
Implantação da Rede de Distribuição de Água do
Loteamento Jacinta Andrade, Santa Maria da CODIPI
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04
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11.0 ANEXOS

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