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FACULDADE DE ENGENHARIA

Departamento de Engenharia Química

Curso de Engenharia do Ambiente

Relatório de estágio profissional

Avaliação do desempenho do sistema de gestão ambiental


(SGA) na açucareira da Maragra

Autor: José Mário Ubisse

Supervisores:
Profa. Doutora Engª. Maria Eduardo

Engo. António Matavele (Maragra)

Maputo, Setembro de 2017


FACULDADE DE ENGENHARIA

Departamento de Engenharia Química

Curso de Engenharia do Ambiente

Relatório de estágio profissional

Avaliação do desempenho do sistema de gestão ambiental


(SGA) na açucareira da Maragra

Autor: José Mário Ubisse

Supervisores:
Profa. Doutora Engª. Maria Eduardo

Engo. António Matavele (Maragra)

Maputo, Setembro de 2017


Termo de entrega do relatório do estágio profissional

Declaro que o estudante finalista José Mário Ubisse entregou no dia ---- de
Setembro de 2017 as 5 cópias do relatório do seu estágio profissional intitulado
“Avaliação do desempenho do sistema de gestão ambiental (SGA) na açucareira da
Maragra”.

Maputo, Setembro de 2017

O Chefe do departamento
____________________________

(Prof. Dr. Eng. Borges Chambal)


DECLARAÇÃO SOB PALAVRA DE HONRA

Eu, José Mário Ubisse declaro por minha honra que o presente trabalho nunca foi
apresentado, e que o mesmo foi realizado por mim com base nos conhecimentos
adquiridos ao longo da minha formação, como resultado de pesquisa bibliográfica e de
discussões mantidas durante o estudo com a minha supervisora e do trabalho de
campo.

___________________________________
(José Mário Ubisse)
Dedicatória

Esta conquista dedico especialmente ao meu falecido irmão Obadias Mário Ubisse que
em vida em todos momentos foi pai, amigo companheiro.
Agradecimentos

A Deus em primeiro lugar pelo dom da vida e por mais uma conquista.

A família pelo apoio incondicional especialmente a minha mãe Adasse Macuacua, meu
pai Mário Ubisse, aos irmãos Alzira, Jaime, Ana, Armando, Rosa e sobrinhos Obadias,
Esmeralda, Almera, Obadias, Simiao, Martinha, Telinha, entre outros.

A toda comunidade de sant´ Egídio especialmente a Avo Rosa, Tia Guida, Tia Ana, Tia
Agira, mano Kiss entre outros que estiveram presentes em todo meu crescimento.

Aos meus tios Beny Cavila e Hector pela ajuda prestada durante a minha formação

Aos colegas pelo apoio directo e indirecto durante essa longo caminhada e que
estiveram comigo em todos momentos especialmente ao Jorge Filimone, Domingos
Mugabe, Maira Natália, Denia Vasco, Cardoso Júnior, Brito Nhone, José Manuel entre
outros.

Aos amigos do grupo da família Ubisse, Alcidio Machava, Aida Matsinhe, Isabel
Macamo, Joelma Naiene, Hamina Fumo, Miguel Ndjive, Ifraime Matusse, Victor Tomas
Chongo, Dona Catia Safrao, Dona Prudência, Senhor Macamo e outros

A toda família Maragra pelo apoio e acolhimento especialmente para Antonio Matavele,
Gisela Mabote, Helena Chachuaio, Augusto Ngovo, Valder Pessane, Venâncio Valoi,
Meraldino Chemane, Helio Gomes, Catarina Timana, Judas Timana, Helder Morar,
António Matchai entre outros.

Tudo que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser
realizado.

Roberto Shinyashiki
Resumo

O desempenho ambiental de um processo industrial é o resultado da gestão de seus


aspectos ambientais. Esses aspectos são a interacção dos produtos do processo ou
actividades com o meio ambiente. Métodos de avaliação de desempenho ambiental
são empregues para fornecer à gerência informações confiáveis sobre o meio ambiente
e se o desempenho de uma organização é aceitável ou não. Para os efeitos de
avaliação do desempenho ambiental encontra-se inserido nomas da família ISO 14000,
especificamente a ISO 14031. O sistema ajuda a avaliar baseando-se em indicadores e
fornece uma estrutura para a organização, enfrentando diferentes condições
ambientais, para fazer avaliação do desempenho ambiental, e dar um guia para a
aquisição e cálculo dos indicadores.

O presente trabalho teve como objectivo geral avaliar o desempenho do sistema de


gestão ambiental na açucareira da Maragra. A metodologia utilizada consistiu na
recolha de dados de desempenho operacional como consumo de água, consumo de
energia, quantidade de resíduos enviados ao aterro e de açúcar produzido, numa
frequência semanal para um período de 9 semanas. Também foram recolhidos dados
da condição ambiental como pH, DQO e aumento da temperatura num período de 12
semanas. Os dados foram recolhidos no laboratório da Maragra. Para as 12 semanas
também valeu a recolha de dados de desempenho gerencial do centro de treinamento
da Maragra entre eles o número de trabalhadores treinados no âmbito do SGA e não
treinados assim como o número de auditorias planeadas.

Os resultados obtidos mostraram que alguns ICA apresentam alterações e valores


fora dos limites mínimos e máximos estabelecidos pelo Regulamento sobre os Padrões
de Qualidade Ambiental e de Emissões de Efluentes para Indústria Açucareira (Decreto
nº 18/2004) como DQO na prjmeira semana (265 mg/l), na segunda semana (498
mg/l). Para os resultados dos IDO apresentam alterações entre os valores máximos
estabelecidos pela international finance corporation como o consumo de energia
(2335.13 MJ/Kg). Em geral, pode-se considerar o sistema de gestão implementado na
Maragra eficiente.
1.

2. Lista de abreviaturas
SGA - sistema de gestão ambiental

DQO - demanda química de oxigénio

ISO - international standard organization

IDO - indicador de desempenho operacional

IDG - indicador de desempenho gerencial

ICA - indicador de condição ambiental

ONU - organizações das nações unidas

Maragra - marracuene agrícola

GEE - gases de efeito de estufa

PDCA - Plan (planear), Do (fazer), Check (verificar), Act (agir)

IDA - indicador de desempenho ambiental

IDOCA - indicador de desempenho operacional para o consumo de água

Vin - volume de agua que entra no processo

Vout - volume de agua que sai do processo

Ptotal - produção de açúcar total durante o período em analise

IDOCE - indicador de desempenho operacional para o consumo de energia

ERR - fonte de energias renováveis

ERNR - fonte de energias não renováveis

CQO - carência química de oxigénio

IDOREA - indicador de desempenho operacional para resíduos enviados ao aterro


mtotal - massa total de resíduos produzidos

mreciclado - massa total de resíduos reciclados

ARA sul- áreas de reservas de água da zona sul

EDM - electricidade de Moçambique

ΔT - aumento da temperatura

Efluente - temperatura do efluente

Trio incomati - temperatura do rio incomati

%C - percentagem de atendimento a legislação

Ts = Número de amostras para o período reportado


E = Total de amostras que ultrapassam o permitido
DBO5 – Demanda Biológica de Oxigénio
SST – Sólidos Suspensos Totais
Lista de figuras
Figura 1: Sistema de gestao ambiental da Maragra

Figura 2: modelo PDCA da avaliação de desempenho ambiental

Figura 3: Localização da fábrica da Maragra


Figura 4: Fluxograma de produção de açúcar na Maragra

Figura 5: Resultado de consumo da agua por quantidade de acucar produzido

Figura 6: Resultado de consumo de energia por quantidade de acucar produzido

Figura 7: Resultado quantidade de residuos enviados para o aterro por quantidade de


acucar produzido

Figura 8: Resultado de trabalhadores formados em programas do sistema


implementado na Maragra

Figura 9: Resultados de pH do enfluente durante o periodo em estudo

Figura 10: Resultados de DQO durante o período em estudo

Figura 11: Resultado do aumento da temperatura no rio Incomáti


Lista de tabelas
Tabela 1: Etapas do Sistema de Gestão Ambiental

Tabela 1: Etapas da implementação do SGA


Tabela 3: indicador de consumo de energia
Tabela 4: padrões de qualidade ambiental e emissão de efluentes na indústria de
açúcar
Tabela 5: Resultado de auditorias planedas

Tabela 6: consumo de agua, producao de acucar e indicador de consumo de agua


referente a figura 5

Tabela 7: consumo de energia, producao de acucar e indicador de consumo de energia


referente a figura 6

Tabela 8: quntidade de residuos enviados ao aterro, quantidade de acucar produzido e


indicador de residuos referente a figura 7

Tabela 9: valores de pH referente a figura 10

Tabela 10: concentracao de DQO referente a figura 11

Tabela 11: temperatura do efluente, temperatura do rio incomati e aumento da


temperatura
Lista de equações
Equação 1: cálculo de indicador de consumo de água
Equação 2: cálculo de indicador de consumo de energia incluindo fontes não
renováveis
Equação 3: cálculo de indicador de consumo de energia com fontes renováveis
Equação 4: cálculo de indicador de resíduos enviados ao aterro
Equação 5: oxidação da matéria orgânica com dicromato de potássio
Equação 6: oxidação da matéria orgânica com permanganato de potássio
Equação 7: cálculo da variação da temperatura incrementado no rio Incomati
Equação 8: calculo de indicador de atendimento a legislação
1. INTRODUÇÃO

Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) vêm sendo adoptados por organizações que
buscam manter seus processos, aspectos e impactos ambientais sob controle.
Identificam primeiramente os impactos ambientais mais significativos para em seguida
definirem a melhor forma de controlar e minimizar tais impactos

Contudo, actualmente o mercado esta a cada dia mais globalizado, aberto e


competitivo abrindo a visão das empresas para que se preocupem não somente com o
controle dos seus impactos ambientais, como também com o seu desempenho
ambiental.

A medição e o acompanhamento do desempenho ambiental das organizações são


facilitados pela boa definição de indicadores de desempenho ambiental e devidamente
alinhados às estratégias, objectivos e metas da organização[ CITATION Luc011 \l 1033
].

O presente trabalho tem por objectivo avaliar o desempenho do sistema de gestão


ambiental na açucareira da Maragra. É constituído por 4 capítulos, onde o primeiro
capitulo contem a parte introductora composto por 1.1 delimitação do problema, 1.2
hipótese, 1.3 justificação estudo e 1.4 objectivos. No segundo capitulo temos no, 2.1
preocupação pelos problemas ambientais, 2.2 sistema de gestão ambiental, 2.3
sistema de gestão ambiental da Maragra, 2.4 desempenho ambiental e 2.5 indicadores
de desempenho. O terceiro capítulo é composto por 3.1 localização da área de estudo,
3.2 caracterização física da área de estudo, 3.3 descrição da actividade da Maragra. O
quarto e último capítulo apresenta os resultados e discussão.
1.1. Delimitação do problema

O estudo feito neste trabalho trata do sistema de gestão ambiental na açucareira da


Maragra, distrito da Manhiça, tendo como enfoque a avaliação do desempenho
ambiental. Seus indicadores de avaliação são: consumo de agua, consumo de energia,
quantidade de resíduos enviados ao aterro, numero de trabalhadores formados,
números de auditorias planeadas versus concluídas, pH, DQO e aumento temperatura.
Estes indicadores são divididos em indicadores de desempenho operacional,
indicadores de desempenho de gestão e o indicador da condição ambiental.

Numa fase precedente fez se uma abordagem sobre conceitos chave em SGA, historia
da gestão ambiental, etapas de implantação, importância do SGA e de seguida a
avaliação do SGA da açucareira da Maragra com base na norma ISO 14001. A
avaliação do desempenho sera feita baseando se na norma ISO14031.

1.2. Hipótese

De acordo com os potenciais problemas que ocorrem durante a produção de açúcar


desde a plantação da cana ate a produção do próprio açúcar, é apresentado neste
trabalho como hipótese para solucionar estes problemas a avaliação o desempenho do
sistema de gestão ambiental de modo a despertar as organizações a adoptar a
componente ambiental como parte da gestão da mesma. Este objectivo pode ser
também alcançado através da combinação de indicadores ambientais baseando-se na
norma ISO14031.
1.3. Justificação do estudo

A nova consciência pública com o desenvolvimento cada vez maior do homem


moderno que resulta na degradação em grande escala dos recursos naturais, esta
voltado na participação para a protecção do meio ambiente. Esta conscientização
sobre poluição ambiental passa a considerar não apenas a produção em grande escala
como a preocupação com efeitos adversos relacionados.

Segundo Campos (apud Donaire, 2001), a nova dinâmica das organizações para
responder novas exigências do mercado principalmente as indústrias de produção de
bens costumam ocorrer em três fases muitas vezes sobrepostas, dependendo do grau
de conscientização da questão ambiental dentro da empresa. São elas: controle
ambiental nas saídas; integração do controle ambiental nas práticas e processos
industriais; e integração do controle ambiental na gestão administrativa.

O controlo ambiental nas saídas consiste na instalação de equipamentos de controle


da poluição nas saídas, como chaminés e redes de efluentes líquidos, mantendo a
estrutura productiva existente. Estas medidas por vezes resultam no alto custo de
instalação e na elevada eficiência dos equipamentos instalados, mas esta solução nem
sempre se mostra eficaz, sendo seus benefícios frequentemente questionados pelo
público e pela própria indústria.

Estes questionamentos levam a integração de medidas de integração do controle


ambiental nas práticas e processos industriais. O princípio básico desta medida passa
a ser o da prevenção da poluição, envolvendo a selecção das matérias-primas, o
desenvolvimento de novos processos e produtos, o reaproveitamento da energia, a
reciclagem de resíduos e a integração com o meio ambiente.

Desta feita as preocupações para a preservação do meio ambiente não param de


crescer e acabam atingindo o próprio mercado, que torna os consumidores tão temíveis
quanto os órgãos de meio ambiente. Contudo, a proteção ao meio ambiente deixa de
ser somente uma exigência punida com multas e sanções e passa a configurar um
quadro de ameaças e oportunidades, em que as consequências passam a significar a
própria permanência ou saída do mercado.
Esta exigência torna-se principal motivo das organizações integrar o controle ambiental
em sua gestão administrativa, projetando-o no mais altas nivel de decisão.

Nesta perspectiva, a proteção ambiental deixa de ser uma função exclusiva da


produção para tomar-se também uma função da administração, passando a ser
contemplada na estrutura organizacional, interferindo no planeamento estratégico e
tomando-se uma actividade importante na organização da empresa, tanto no
desenvolvimento das actividades de rotina, como na discussão dos cenários
alternativos.

1.4. Objectivos
1.4.1. Geral

O presente trabalho tem como objectivo geral:

Avaliar o desempenho do sistema de gestão ambiental na açucareira da Maragra.

1.4.2. Específicos

Para o alcance do objectivo geral irão se basear nos seguintes objectivos específicos:

 Identificar os aspectos ambientais relevantes que ocorrem durante o processo


de produção de açúcar na Maragra;
 Identificar e determinar os indicadores de desempenho ambiental (IDO, IDG e
ICA)
 Propor medidas que visam melhorar o desempenho ambiental do sistema de
gestão
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Preocupação pelos problemas ambientais
2.1.1. No mundo

Embora o meio ambiente sempre tenha sido essencial para a vida, a preocupação
com o equilíbrio entre a vida humana e o meio ambiente só assumiu dimensões
internacionais durante a década de 1950[ CITATION Tom02 \l 1033 ]. Essa
preocupação decorre por um simples factor que é a preservação do mesmo. A
preservação do meio ambiente inclui a preservação da espécie humana[ CITATION
Mel08 \l 1033 ]. Os acidentes ambientais quanto as conferências internacionais
contribuíram de forma significativa para essa nova consciência ambiental e para
pressão da opinião pública e das regulamentações sobre as empresas, emergindo
uma maior preocupação das empresas em dar uma atenção especial à questão
ambiental. Ate que por volta de 1972, surge a primeira conferência Internacional
sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, promovido pela Organização das Nações
Unidas (ONU), que definiu que o homem passa a ser considerado como peça chave
do processo de conservação ambiental[ CITATION Gel08 \l 1033 ]. Dai que foram
surgindo movimentos em prol da protecção do meio ambiente como mais
protocolos, normas entre outros documentos.

2.1.2. Em Moçambique

A preocupação para a preservação do meio ambiente é um dilema novo pois


durante o regime colonial em Moçambique a protecção do meio ambiente não
constituía uma prioridade para os governantes da época, também porque o país se
encontrava num cenário de guerra. Mas ainda assim  apenas era objecto de
regulação residual segundo a necessidade de se garantir a utilidade de bens ao
serviço do homem. O direito ao ambiente surge  com a Constituição de 1992, ao
dispor do art.1º que defende que “todo o cidadão tem direito de viver num ambiente
equilibrado e o dever de o defender”, e que em consequência disso o Estado tem o
dever de promover iniciativas para garantir o equilíbrio ecológico e a conservação e
preservação do meio ambiente visando a melhoria da qualidade de vida das
populações[ CITATION Ger13 \l 1033 ].
2.2. Sistema de gestão ambiental

As empresas da actualidade buscam do seu desempenho ambiental um factor de


diferença no mercado, o que obriga as mesmas a adoptar requisitos internos
rigorosos que em alguns casos, mais restritivos que os legalmente impostos no
País. Atitude que é consistente com as exigências actuais de mercado,
especialmente às empresas exportadoras.

Segundo Godoy et al (1997) Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) fornece a


ordem e a consistência necessária para uma organização trabalhar suas
preocupações ambientais, através da alocação de recursos, atribuição de
responsabilidade, e avaliação contínua de suas práticas, procedimentos e
processos.

De acordo com Menezes (apud Seiffert, 2011) a gestão ambiental consiste no


processo adaptativo e contínuo, através do qual as organizações definem, e
redefinem seus objectivos e metas relacionados à proteção do ambiente, à saúde
de seus trabalhadores, bem como clientes e comunidade, além de seleccionar
estratégias e meios para atingir estes objectivos num tempo determinado através de
constante avaliação de sua interacção com o meio ambiente externo.

Para Figueiredo (1996) um sistema gestão ambiental de um processo está voltado


para o contexto do homem em seu habitat. Dentro desta abordagem, o identificamos
como sendo uma actividade integrada de forma que, para termos um desempenho
ambiental dentro dos padrões estabelecidos tanto pela legislação relativa ao meio
ambiente como pela legislação trabalhista devemos, basicamente, atender aos
seguintes princípios:

 Internamente ao processo
 Treinar - assegurando uma perfeita engrenagem dentro do processo;
 Manter vigilância nos sistemas - permitindo o trabalho em condições
seguras;
 Manter ambiente limpo e seguro - Garantindo a saúde dos
trabalhadores
 Externamente ao processo
 Tratar efluentes - Garantindo a qualidade dos recursos naturais (água,
ar e solo).
 Informar - Garantindo à população o nível de risco da actividade
desenvolvida;
 Monitorar sistemas externos - Evitando danos ambientais;
 Minimizar impacto ambiental - Desenvolvendo actividades visando
eliminar ou minimizar os efluentes industriais.

De acordo com Godoy et. al (1997) o objetivo do SGA é assegurar a melhoria


contínua do desempenho ambiental da empresa; envolvendo cinco estágios
principais descritos na tabela 1 a seguir:

Tabela 1: Etapas do Sistema de Gestão Ambiental

1a etapa Comprometimento e Definição da Política Ambiental


2a etapa Elaboração do Plano.
 Aspectos Ambientais e impactos ambientais
associados.
 Requisitos legais e corporativos.
 Objetivos e metas.
 Plano de ação e programa de gestão ambiental.
3a etapa Implantação e Operacionalização
 Alocação de recursos.
 Estrutura e responsabilidade.
 Conscientização e treinamento.
 Comunicações.
 Documentação do sistema de gestão.
 Controle operacional - programas de gestão
específicos.
 Respostas às emergências.
4a etapa Avaliação Periódica
 Monitoramento.
 Acções corretivas e preventivas
 Registros.
 Auditorias do sistema de gestão
5a etapa Revisão do SGA
Fonte: (Godoy et al, 1997)

2.2.1. Etapas da implementação de um sistema de gestão ambiental

A implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) proporciona as


organizações o cumprimento da legislação prevenindo desta forma a degradação do
ambiente, trazendo vantagens para a organização como um todo.
Segundo Pinto (2005) a implementação de um sistema de gestão ambiental é
executada por etapas nomeadamente:

 Definição da equipe e o coordenador a gerenciar o projecto;


 Auto-avaliação da organização;
 Definição da política ambiental;
 Elaboração do plano de accão
 Elaboração do manual de gestão ambiental;
 Elaboracao de instruções operativos;
 Revisão e análise e;
 Plano de acção de melhoria.

Essas etapas são descritas na tabela abaixo:

Tabela 2: Etapas da implementação do SGA

Etapas Acções recomendadas


Definir a equipe e o  Definir um representante da alta administração
coordenador a gerenciar o para liderar os trabalhos;
projecto  Iniciar o treinamento interno de pessoal para
gestão ambiental;
 Estabelecer meios para a documentação do
SGA.
Fazer auto-avaliação da  Fazer uma avaliação ambiental inicial;
organização  Examinar a existência de um SGA, ou
procedimentos correlatos como a segurança e
saúde dos trabalhadores, prevenção de riscos
 Fazer uma avaliação de conformidade de toda a
legislação ambiental pertinente;
 Levantar exigências ambientais de clientes.
Definir a política ambiental  Redigir a política ambiental da organização;
 Redigir a documentação básica do SGA.
Elaborar o plano de accão  Fazer um plano de implementação, por escrito,
considerando: o que, onde, quando, como,
responsável, recursos humanos e financeiros
necessários.
Elaborar um manual de  Revisar e incorporar procedimentos (manuais)
gestão ambiental isolados existentes, como por exemplo saúde e
segurança dos trabalhadores;
 Definir o fluxo de encaminhamento do manual;
 Testar a eficiência do fluxo, inclusive o acesso;
 Estabelecer prazos e formas de revisão;
 Submeter à aprovação da comissão
coordenadora.
Elaborar instruções  Estabelecer plano emergencial para áreas de
operativos risco;
 Elaborar instruções para processos operativos.
Revisão e análise  Auditoria interna;
 Auditoria externa.
Plano de acção de  Fazer a avaliação dos pontos fortes e fracos;
melhoria  Fazer avaliação ou reavaliação de desempenho
ambiental;
 Preparar plano e/ou procedimentos específicos
para a melhoria continua.
Fonte: (Pinto, 2005)

2.2.2. Importância do sistema de gestão ambiental para as organizações

Os benefícios potenciais da implementação do sistema de gestão ambiental nas


organizações são:

 Prevenção dos impactos ambientais / gestão dos aspectos ambientais;


 Melhoria da imagem da organização;
 Melhoria da gestão ambiental;
 Garantia do cumprimento da legislação

Estes benefícios podem ser vistos em três vertentes a saber: de ponto de vista
económico, social e ambiental[ CITATION Jos08 \l 1033 ].

I. Económico

De acordo com Jose Barbieri (2008), de ponto de vista económico, a implementação


do SGA nas empresas, tem como diferenciação desde a imagem dela, que passa a
ser considerada uma empresa “verde”, assim como acesso a novos mercados,
redução de acidentes ambientais o que gera uma redução considerável nos custos
de remediação, incentivo ao uso racional de energia e de recursos naturais,
desperdício de água alem de possíveis contaminações de lençóis freáticos, redução
de sanções do poder publico, e também acesso mais fácil a linhas de credito.

II. Ambiental

Segundo Jose Barbieri (2008), de ponto de vista ambiental, a implantação do SGA


na empresa tem como principal objectivo, atenuar e/ou eliminar impactos ambientais
que vem dos processos de produção. A empresa passa a incentivar a reciclagem,
buscar matérias-primas e processos produtivos menos impactantes, passando a
racionalizar o uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis, ou seja, a
empresa passa a ter o desenvolvimento dos seus processos de forma mais limpa,
assim como, produtos menos nocivos ao meio ambiente. Com isso, o conjunto das
acções empreendidas pelas empresas durante a implantação do SGA trazem
melhorias em todo o meio ambiente.

III. Social

De ponto de vista social, dependendo do ramo empresarial, a implantação do SGA,


a empresa obtêm melhoria nas condições de trabalho, como por exemplo, melhoria
de odores desagradáveis, diminuição de materiais particulados, alem de melhorar a
qualidade do ar circunvizinho[ CITATION Ari11 \l 1033 ].

2.3. Sistema de gestão ambiental da Maragra

Nos últimos anos, com o objectivo de melhorar o seu performance ambiental, a


Maragra SA tem vindo a implementar um Sistema Integrado que engloba as normas
ISO 22000, 9001, 45000, 26000, 14000 e OSHAS 18001.

Figura 1: Sistema de gestao ambiental da Maragra

Fonte: (Ilovo, 2014)


No âmbito de aplicação desse Sistema foram considerados como aspectos
relevantes no que diz respeito aos que causam impactos significativos e encontram-
se inseridos os seguintes procedimentos operacionais no que diz respeito ao
sistema de gestão ambiental (foco do trabalho):

 Gestão de Resíduos sólidos;


 Avaliação de Risco de Saúde, Segurança no trabalho;
 Monitoramento da qualidade da água;
 Formação e sensibilização relativas à Saúde, Segurança e Ambiente.

A Maragra implementa ainda outras práticas de gestão ambiental que permitem o


controlo e o respectivo registo, dos seguintes aspectos ambientais:

 Consumo de energia eléctrica e respectivas emissões de GEE;


 Geração de energia;
 Consumo de água e produção de efluentes;
 Consumo de materiais e substâncias não perigosas;
 Consumo de substâncias perigosas.

Estas práticas permitem o controlo e registo de dados de desempenho ambiental


que são compilados anualmente para a elaboração dos respectivos Relatório de
Sustentabilidade (do Grupo Illovo).

2.4. Desempenho ambiental

A avaliação do desempenho ambiental é um processo e uma ferramenta de gestão


interna, planeada para prover a gestão com informações confiáveis e verificáveis,
em base contínua, visando determinar se o desempenho ambiental de uma
organização está adequado aos critérios estabelecidos pela administração da
organização. A norma é aplicável a todas as organizações, independentemente do
tipo, tamanho, localização e complexidade. Segundo a ABNT NBR 14031 (2004) a
avaliação de desempenho ambiental segue o modelo de gestão PDCA descrito
abaixo:
Planeamento

Planeamento da avaliação de desempenho ambiental


Selecção de indicadores para a avaliação de
Selecção de indicadores
desempenho ambiental para a avaliação de
desempenho ambiental

Fazer

Utilização de dados e informações


Colecta de dados

Dados
Analise e conversão de dados

Informação
Avaliação da informação

Relato e comunicação

Verificar e agir

Figura 2: modelo PDCA da avaliação de desempenho ambiental

2.5. Indicadores de desempenho

É indispensável para uma empresa que pretende manter-se no mercado, na era da


informação, controlar suas actividades operacionais, incentivar seus funcionários,
identificar problemas que necessitam de intervenções dos gestores, feedback para
orientar o planeamento, execução e controle, enfim, verificar se sua missão está
sendo cumprida. Tudo isso pode ser feito por meio da avaliação de resultados e
desempenhos. [ CITATION Ant07 \l 1033 ].
Os indicadores de desempenho são elementos fundamentais para a mensuração de
performance, assim como para a definição das variáveis que melhor representem o
desempenho geral de uma empresa. Estabelecer e monitorar indicadores é
essencial para conhecer, controlar e melhorar os processos produtivos. Os
indicadores de desempenho ambiental (IDA), são divididos em dois grupos
principais tais como indicador de desempenho operacional (IDO) e indicador de
desempenho gerêncial (IDG)[ CITATION Ted12 \l 1033 ].

2.5.1. Indicador de desempenho operacional


O indicador de desempenho operacional (IDO) fornece informações sobre as
operações do processo produtivo que interferem no desempenho ambiental. A
frequência de medição dos IDO deve ser estabelecida de modo a representar as
informações e possibilitar uma análise crítica pela organização. Pode ser diária,
semanal, mensal, anual ou qualquer outra periodicidade[ CITATION Ted12 \l 1033 ].
No entanto, para o presente trabalho a medição dos IDO foi semanal. Foram
analisados indicadores tais como consumo de água, consumo de energia e
quantidade de resíduos enviados para o aterro.

2.5.1.1. Consumo de água


Para o consumo de água foi representado como a diferença da agua que entra no
processo com a que sai do processo da fábrica da Maragra sobre a produção total
do açúcar no mesmo período. A unidade deste indicador de desempenho
operacional foi considerada L/kg baseando-se na seguinte fórmula:

V ¿−V out
IDOCA= (1)
P total

2.5.1.2. Consumo de energia


Quanto ao indicador do consumo de energia, foi expresso em megawatt-hora por
tonelada produzida, o que é equivalente a kilowatt-hora por kg produzido (MWh/t ou
kWh/kg). O cálculo deste indicador baseia-se na diferença da quantidade de energia
de recursos renováveis pela quantidade não renovável da energia consumida na
fabrica por producao total de acucar no igual periodo seguindo a seguinte formula:

ERR −E RNR
IDOCE = (2)
Ptotal
Como durante o período em estudo não se importou energia da EDM, logo a
quantidade de energia não renovável é nula ( E RNR = 0) logo a formula se transforma

E RR
em: IDOCE = (3)
P total
2.5.1.3. Quantidade de resíduos enviados ao aterro
Para o cálculo do indicador da quantidade de resíduos enviados a fabrica, foi
expresso em kg de resíduos enviados ao aterro por kg de açúcar produzido no igual
período. Para o cálculo deste IDO, baseou-se na seguinte fórmula:

m total −m reciclada
IDOREA = (4)
Ptotal

2.5.2. Indicadores de desempenho gerencial

A gerência com indicadores é uma ferramenta simples e de elevada eficácia para


ganhar produtividade[ CITATION HAY11 \l 1033 ]. Os IDG fornecem informações
sobre a capacidade e esforços da organização em gerenciar assuntos que possam
ter influência no desempenho ambiental da organização. Para o presente trabalho
foram avaliados (IDG) tais como número de trabalhadores formados versus
necessitam de treinamento e número de auditorias planejadas versus concluídas.

2.5.2.1. Número de trabalhadores treinados versus necessitam de


treinamento
Este indicador de desempenho gerencial ilustra ate que ponto a empresa esta
preparada para responder a casos de incidentes que possam advir da realização
das actividades de para fins de produção na Maragra.

2.5.2.2. Número de auditorias planejadas versus concluídas


Este indicador de desempenho gerencial demonstra como as organizações se
preocupa com acções correctivas. Este indicador ajuda a gerir oportunidades e
ameaças através de auditorias externas e as fraquezas e as forcas através de
auditorias internas.

2.5.3. Avaliação da condição ambiental (ACA)


A avaliação da condição ambiental é monitorada através da quantificação dos
parâmetros físico-químicos, pH, DQO e aumento da temperatura. Em seguida far-
se-á uma breve descrição dos parâmetros referidos.
2.5.3.1. Acidez ou alcalinidade
O pH é uma medida da acidez ou alcalinidade da água em solução. A acidez ou
alcalinidade de uma solução aquosa é determinado pelo número relativo de íons de
hidrogênio (H +) ou iões hidroxilo (OH-) presente. Soluções ácidas têm um número
relativo maior de íons de hidrogênio, enquanto As soluções alcalinas (também
chamadas de base) têm um maior número relativo de íons hidroxilo[ CITATION
Eme101 \l 1033 ]. Toda a escala de valores de pH em soluções aquosas inclui tanto
o acido e alcalino. Os valores podem variar de 0 a 14, onde os valores de pH de 0 a
7 são denominados ácidos e valores de pH de 7 a 14 são denominados alcalino. O
valor de pH de 7 é neutro[ CITATION Met13 \l 1033 ].

2.5.3.2. Demanda química do oxigénio


A carência química de oxigénio (CQO) é definida como sendo a quantidade total de
oxigénio necessário para oxidar toda a matéria orgânica, isto e, toda a matéria
orgânica inerte e a biologicamente disponível, e transformá-la em dióxido de
carbono, água, e matéria inorgânica oxidável. A oxidação é realizada através de
agentes oxidantes (dicromato de potássio, permanganato de potássio). As equações
química que traduzem as reacções são dadas por:
Cr2O72-(aq) + 14H+(aq) + 6e- ↔ 2Cr3+(aq) + 7H2O E° = +1.33V (5)
e
2- + - 2+
MnO 4 (aq) + 8H (aq) + 5e ↔ Mn (aq) + 4H2O E° = +1.55V (6)

O consumo de químicos fornece uma medida indirecta do teor de matéria orgânica,


e da respetiva quantidade de oxigénio necessário.  

2.5.3.3. Temperatura
A temperatura da água directamente e indirectamente influencia muitos
componentes abióticos e bióticos de ecossistema aquático. É o factor ambiental
básico que afecta a reacção química e biológica na água. Todas as actividades
metabólicas e fisiológicas dos processos de vida são grandemente influenciadas
pela temperatura da água. Para o presente trabalho o aumento da temperatura do
rio incomati influenciada pelas descargas da Maragra é determinada pela seguinte
fórmula:
ΔT=Tefluente – Trio incomati (7)
2.5.3.4. Indicador de atendimento à legislação
O indicador de atendimento a legislação (%C) é para fins de publicidade no
mercado e redução de multas pelos auditores ambientais e outros. [ CITATION
Keg15 \l 1033 ]. É representado na forma percentual e corresponde aos
atendimentos em uma planta numa base mensal e anual. No presente trabalho será
calculado num período trimestral com a seguinte fórmula.
%C = [(Ts-E)/Ts] x 100 (8)

2.5.4. Metas estabelecidas para o consumo de recursos naturais para a


indústria açucareira
As metas estabelecidas para o consumo de consumo de recursos devem estar de
acordo com as normas internacionais (International Finance corporation, 2007). De
acordo com essa norma a tabela 3 fornece dados indicadores de consumo de
recursos no sector da indústria açucareira.

Tabela 3: indicador de consumo de energia


Consumo de recursos e energia
Entrada por unidade de Carga de massa Indústria
produto Unidade Benchmark
Energia (combustível e kWh/tonelada da cana 300
eletricidade) consumo de
beterraba indústria MJ/tonelada da cana 819

Fonte: [ CITATION int07 \l 1033 ]

2.5.5. Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissões de Efluentes para


Indústria Açucareira
O Regulamento sobre os Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissões de
Efluentes para Indústria Açucareira (Decreto nº 18/2004, bem como as Directrizes
de Ambiente, Saúde e Segurança do IFC/Banco Mundial (1998) para o
Processamento de Alimentos e Bebidas e as Directrizes de Ambiente, Saúde e
Segurança para a Indústria Açucareira, indicam os valores limites dos parâmetros
dos efluentes a serem cumpridos pela Maragra. Estes são presentados no quadro
seguinte.
Tabela 4: padrões de qualidade ambiental e emissão de efluentes na indústria de
açúcar
PARÂMETRO VALOR
pH 6–9
DBO5 50 mg/l
DQO 250 mg/l
SST 50 mg/l
Óleos e gorduras 10 mg/l
Azoto (NH4) 10 mg/l
Fósforo 2 mg/l
Aumento de temperatura <=3°C

3. Características da área de estudo


3.1. Localização da área de estudo

O distrito da Manhiça localiza-se no norte da Província de Maputo aproximadamente


entre os paralelos 24o 58’ 49” e 25o 35’ 46” de latitude sul e entre os meridianos 32 o
30’ 51” e 33o 08’ 14” de longitude este. A sua superfície é de 2370 km 2 e é limitado a
norte pelo distrito da Macia, a sul pelo distrito de Marracuene, a oeste pelos distritos
de Magude e Moamba e este pelo Oceano Indico[ CITATION Ser10 \l 1033 ].

A Fábrica da Maragra, e áreas de cultivo associadas, situa-se no vale do Rio


Incomáti, ao longo da Estrada Nacional n°1, km 75, Localidade de Maciana, Distrito
da Manhiça, Província de Maputo, vocacionada para o cultivo de cana sacarina,
produção e armazenamento de açúcar (conforme imagens apresentadas
seguidamente).

Figura 3: Localização da fábrica da Maragra


Fonte: (Process Moçambique,2013)

3.2. Caracterização física da área de estudo

O cultivo da cana-de-açúcar depende, entre outros aspectos, da existência de


condições favoráveis de clima, solos, qualidade da água. A cana-de-açúcar é uma
planta que requer temperaturas relativamente elevadas entre 22ºC e 32ºC para o
seu crescimento ideal. Estas temperaturas devem ser combinadas com condições
de humidade nos solos e abundância de raios solares. A precipitação anual ideal é
de 1300mm, podendo ser compensada por um sistema de irrigação, como acontece
na maioria das plantações de cana das açucareiras[ CITATION Luc02 \l 1033 ].

3.2.1. Clima

O clima característico da região de Maciana é o tropical húmido no litoral e o tropical


seco em direcção ao interior. Predominam duas estacões, nomeadamente, a
estacão quente e chuvosa de Outubro a Abril e a fresca e seca de Abril a Setembro [
CITATION MAE051 \l 1033 ].
A precipitação média anual é de 966 mm, atingidas máximas entre os meses de
Dezembro a Março. A temperatura média anual é de 22 ºC (máxima de 28,8ºC e
mínima de 15,3 oC), sendo a máxima em Janeiro (31,7 ºC) e a mínima em Julho
(10,8 ºC). A evaporação média anual é de 1702 mm, com máxima em Janeiro
(199mm) e mínima em Junho (77mm). A humidade relativa média do ar é de 73 %,
variando entre 76% em Março e 69% em Setembro. O número médio de horas de
sol é de 7,1 horas diárias, com um máximo de 8,0 em Fevereiro e um mínimo de 6,7
em Novembro[ CITATION Imp081 \l 1033 ].

3.2.2. Solo

Relativamente à aptidão para o cultivo da cana, os solos na área de estudo são


moderadamente a condicionalmente aptos. Os solos de aluviões argilosos são os
que predominam a área da actividade da Maragra. Os solos arenosos amarelados
também são encontrados numa pequena área de estudo[ CITATION Imp081 \l
1033 ].

3.2.3. Actividades económicas

As principais actividades da população da Maragra incluem a agricultura, praticada


dentro e fora da área do projecto, o emprego formal temporário e permanente na
Açucareira, em instituições públicas (Saúde e Educação) e estabelecimentos
comerciais existentes dentro da área do projecto.

A agricultura é desenvolvida basicamente para subsistência, servindo também


parcialmente e sempre que possível, como actividade de rendimento das famílias.

As principais culturas são o milho, mandioca, hortícolas, produzidas


preferencialmente próximo dos diques. A população também planta fruteiras como a
papaieira, a mangueira e a bananeira[ CITATION MAE051 \l 1033 ].

3.3. Descrição da actividade da Maragra

A Maragra Açúcar, S.A. é uma indústria vocacionada para o cultivo de cana


sacarina, produção e armazenamento de açúcar. A produção do açúcar é feita de
forma sazonal, durante as campanhas anuais, quando a cana atinge a sua fase
óptima de maturação. A açucareira da Maragra opera durante a campanha duma
forma contínua para produzir 80000 toneladas de açúcar por ano. A campanha
começa sensivelmente em Maio e termina em Novembro de cada ano. Para este
nível de produção a quantidade da cana necessária é de cerca de 1 600 000
ton/ano. Fora da campanha, a fábrica faz a revisão e a manutenção do equipamento
e prepara-se para a campanha seguinte. O processo de produção de açúcar pode
ser descrito pelas seguintes operações industriais:

 Os camiões que transportam a cana são pesados numa báscula antes da


descarga em mesas de separação. A cana é depois transportada em tapetes
de aço, cortada em pedaços mais pequenos e desfeita antes de passar por
um conjunto de seis moinhos onde é espremida para extracção do sumo;
 O resíduo do processo anterior é chamado bagaço e é utilizado nas caldeiras
como combustível para a produção de vapor e electricidade;
 O sumo extraído mencionado no ponto 1 é bombeado até aquecedores
apropriados onde é pré-aquecido, adicionado de cal para a correcção do pH
e clarificação, e este bombeado para evaporadores;
 Nos evaporadores o sumo é fervido para a extracção da água;
 O sumo concentrado nos evaporadores é bombeado para panelas de vácuo
e fervido até à formação de uma massa cristalizada;
 Essa massa é depois centrifugada até à separação dos cristais de açúcar do
melaço;
 O melaço obtido é bombeado para tanques de armazenamento para ser
vendido;
 O açúcar é seco e embalado para distribuição nos mercados interno e
externo.
O esquema apresentado seguidamente sintetiza o processo produtivo da fábrica

Recepção e pesagem
Cana-de-açúcar
(báscula)

Mesa alimentadora

Bagaço
Moenda Caldeiras

Recepção e pesagem
do sumo misto

Aquecimento do sumo
(1° e 2°)

Ar e gases não
Separação de gases
incondensáveis
condensáveis

Borras Clarificação e filtração floculantes e cal

Evaporação
c- Cozedura e
cristalização
Cozedura e
A – cozedura e
cristalização Centrifugação
cristalização
Refundido
Centrifugação Centrifugação
C- Melaços
Secagem B- Magma
Armazenagem de
Empacotamento melaços
e armazenagem

Figura 4: Fluxograma de produção de açúcar na Maragra

4. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho foi elaborado um plano de actividades que


consistiu na divisão de fases a serem seguidas de acordo com o período pré-
estabelecido 4 meses. As fases foram dívidas da seguinte forma:

a) Consistiu na pesquisa bibliográfica sobre os conceitos e assuntos


relacionados com a produção de açúcar, impactos da produção do açúcar
para o meio ambiente, sistema de gestão ambiental, desempenho
ambiental entre outros documentos. Esta pesquisa foi feita através de
consulta em artigos científicos obtidos dos Websites, relatórios
internacionais, manuais, normas de gestão ambiental e normas de
avaliação de desempenho ambiental.
b) Fez-se o levantamento dos documentos relacionados com a ultima
avaliação do desempenho ambiental na açucareira da Maragra para a
obtenção de indicadores do desempenho ambiental avaliados, metas
delimitadas para a avaliação seguinte.
c) Para a concretização dos objectivos traçados foram consultados
documentos da empresa relacionados com o estudo do impacto
ambiental, plano de gestão ambiental e outros. Também foram feitos
entrevistas para os trabalhadores de diferentes categorias e da população
circunvizinha.
d) Foram analisados dados semanais relativos a composição química dos
efluentes líquidos (pH, DQO e aumento da temperatura) emitidos no
laboratório da empresa e dados de consumo de agua, energia, resíduos
enviados ao aterro, numero de trabalhadores que participaram em
formação e auditorias planeadas.
e) Elaboração do relatório final consistiu na avaliação, comparação e
discussão dos resultados obtidos e traçados na avaliação anterior.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para o comportamento dos indicadores de desempenho operacional (consumo de


agua, consumo energia, residuos enviados para o aterro e geracao de efluentes) e
indicadores de desempenho gerencial (numero de auditorias planejadas versos
concluidas e numero de trabalhadores que participaram em programas ambiental)
foram estabelecidos metas para alguns destes indicadores e para o consumo da
agua e energia baseou-se nas metas da international finance corporation do grupo
do banco mundial e para a avaliacao da condicao ambiental (valor de pH no efluente
liquido descarregado, concentracao de CQO no efluente e aumento da temperatura)
de amostras do efluente liquido recolhidos nos tres pontos de amostragem (efluente
da fabrica, afluente do spray pond e a combinacao dos dois efluentes) as metas
foram em relação aos padrões estabelecidos pelo Regulamento sobre os Padrões
de Qualidade Ambiental e de Emissões de Efluentes para Indústria Açucareira
(Decreto nº 18/2004, bem como as Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança do
IFC/Banco Mundial (1998) para o Processamento de Alimentos e Bebidas e as
Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança para a Indústria Açucareira.

5.1. Indicadores de desempenho operacional avaliados


Indicador de consumo de agua
80
70
60
50
Quantidade de agua
40 consumida por kilograma
30 do acucar l/kg
l/kg

20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
a- a- a- a- a- a- a- a- a-
an an an an an an an an an
m m m m m m m m m
se se se se se se se se se

Figura 5: Resultado de consumo da agua por quantidade de acucar produzido

A ARA sul estabeleceu um volume fixo na ordem dos 4498283.60 m 3/mês que a
Maragra deve retirar do rio Incomati. Este valor foi atribuido em funcao da area de
exploracao de 6728 hectares. Se considerar este volume na semana de maxima
producao (semana 9), e o volume de efluente na mesma semana (126096m 3) o
indicador seria de 286.75 l/Kg. Contudo foram adoptadas medidas como o reuso da
agua para arrefecimento das caldeiras para se reduzir este indicador. De acordo
com o grafico, o indicador tende a reduzir significativamente.

Indicador de consumo de energia


2500

2000

1500 consumo de energia por


kilograma de acucar
(MJ/ton)
1000
MJ /kg

Meta
500

0
1 2 3 7 9
a- a- a- a-4 a-5 a-6 a- a-8 a-
an an an an an an an an an
m m m m m
se se se sem sem sem se sem se

Figura 6: Resultado de consumo de energia por quantidade de acucar produzido


De acordo com a international finance corporation do grupo do banco mundial o
consumo de energia no processo de producao de acucar deve situar se na ordem
dos 819 MJ/kg de acucar produzido. De acordo com o grafico regista se maior
consumo na primeira semana, onde a fabrica não produziu todas dias uteis da
semana devido a fins de manutencao da fabrica e havia consumo minimo na fabrica
e outra parte por residentes visto que usa se a mesma fonte.

Indicador de residuos enviados para o aterro


0
0
0
0
0
Quantidade de residuos
0 por quilograma de acucar
0 kg/kg
kg/kg

0
0
0
0
1 3 5 7 9 11
a- a- a- a- a- a-
an an an an an an
m m m m m
se se se se se se
m

Figura 7: Resultado quantidade de residuos enviados para o aterro por quantidade


de acucar produzido

Para a quantidade de residuos enviados a ao aterro por quilograma de acucar não


se obteve uma meta padrao, contudo a meta estabelecida foi a reducao dos
residuos e apostar se na reciclagem papel, plastiso e garafas. O reuso de alguns
residuos constitui meta para reducao deste indicador. Nos partes do declinio do
grafico representa o periodo de segregacao dos residuos.

5.2. Indicador de desempenho gerencial

Auditorias planeadas
Internacionais Nacionais e a nivel interno
Concluidas Não concluidas Concluidas Não concluidas
6 0 12 0
Tabela 5: Resultado de auditorias planeadas
No periodo em analise a Maragra havia projectado cerca de 6 auditorias
internacionais e 12 a nivel nacional. Alem das auditorias externas são realizadas
auditorias internas em todos sectores da Maragra, as quais são realizadas todas as
quartas feiras participando um membro de cada sector.

1800
1600
Numero de trabalhadores

1400
trabalhadores treinados na
1200 fabrica
trabalhadores nao
1000 treinados na fabrica
trabalhadores treinados na
800 agricultura
600 trabalhadores nao
treinados na agricultura
400
200
0
1

Figura 8: Resultado de trabalhadores formados em programas do sistema


implementado na Maragra

A Maragra SA, nesta campanha conta com cerca de 4750 trabalhadores, entre eles
sazonais e eventuais, maioritariamente proveniente de diferentes pontos do pais.
Sendo uma indústria agrícola e fabril, cerca de 1800 exercem actividades na fábrica
e os restantes 2950 na agricultura. Do número total de trabalhadores cerca de 1853
foram treinados, representam trabalhadores eventuais e 2897 não treinado e são
sazonais. A garantia de trabalhadores sandios dentro da empresa passo por
responder a possíveis incidentes. A elaboração de um plano de resposta a esses
acidentes dentro da empresa torna-se fundamental. O plano passa por formar os
trabalhadores em matérias de resposta a incidentes.

A Maragra possui um plano de formação dos seus trabalhadores em:

 Primeiros socorros;
 Resposta a derrame de produtos químicos
 Bombeiros;
 SHE rep (identificadores de perigos);
 Investigação de acidentes.

Esses valores de trabalhadores representam no seu todo ate ao mês de agosto


cerca de 39% de trabalhadores formados e 61% de não formados. O bjectivo
principal é de abrangir maior numero possível de trabalhadores.

5.3. Indicadores de condicao ambiental

10
9
8
7
6
5
Valor de pH no efluente
4 final
pH

3 Minimo
Maximo
2
1
0
1 3 5 7 9 11
a- a- a- a- a- a-
an an an an an an
m m m m m
se se se se se se
m

Figura 9: Resultados de pH do efluente durante o periodo em estudo

O pH do efluente líquido descarregado deve situar-se entre 6 a 9. Da análise dos


resultados da figura, observa-se que os valores de pH obtidos durante as doze
semanas situam-se entre os valores mínimos e máximo admissível, não causando
problema ao meio receptor (rio Incomáti).

%C = [(Ts-E)/Ts] x 100
%C = [(12 – 0 )/12] x 100
%C = 100%
De acordo com o valor do indicador de conformidade nota-se ainda que durante o
período de estudo todas as amostras analisadas estiveram em conformidade com a
legislação.
600

500
Concetracao de DQO (mg/l)

400

300
Valor de DQO no efluente
final mg/l
200
Maximo admissivel

100

0
a-
1
a-
3
a-
5
a-
7
a-
9 11
an an an an an na-
m m m m m a
se se se se se se
m

Figura 10: Resultados de DQO durante o período em estudo

A demanda química do oxigénio (DQO) do efluente liquido descarregado deve ser


menor que 250 mg/l. A demanda química de oxigênio é um teste valioso para avaliar
os níveis de poluição orgânica[ CITATION Rea17 \l 1033 ]. Da analise dos
resultados da figura mostra-se que registou se maiores valores de DQO nas
primeiras semanas mas que depois terá reduzido significamenrte. Nos períodos
mais baixo é devido a paragens programas para efeitos de manutenção.

%C = [(Ts-E)/Ts] x 100
%C = [(12 -2)/12] x100

%C = 83.33%

De acordo com o valor da conformidade com a legislação nota-se que cerca de


83.33% das amostras estiveram em conformidade com a legislação.
25
24
23
22
Temperatura °C

21
20 Tempertura do efluente °C
Temperatura da agua do
19 rio °c
18
a-
1
a-
3
a-
5
a-
7
a-
9 11
an an an an an na-
m m m m m a
se se se se se se
m

Tempo

Figura 11: Resultado do aumento da temperatura no rio Incomáti

A temperatura nos corpos da agua do rio influenciada por descargas externas não
deve ser superior a 3°C. Do levantamento efectuado no periodo de doze semanas
verificou-se que a variacao da temperatura entre o efluente e a agua do rio esteve
dentro do padrao estabelecido como ilustra a figura 12 e demostram os calculos a
baixo..

%C = [ (Ts-E)/Ts] x 100
%C = [ (12-0)/12] x 100

%C = 100%

De acordo com o indicador de conformidade com a legislação nota-se que todas


amostras analisadas durante o período de estudo estiveram em conformidade com
a legislação.
5.4. Conclusoes

O objectivo geral deste trabalho constituiu uma avaliação do desempenho do


sistema de gestão ambiental da açucareira da Maragra SA. Dos resultados obtidos
pode-se concluir que em geral, o sistema de gestão ambiental implementado na
Maragra SA demonstra-se eficiente visto que os resultados da avaliação da
condição ambiental (pH, DQO e Aumento da temperatura) encontra-se dentro dos
padrões estabelecidos pelo Regulamento sobre os Padrões de Qualidade Ambiental
e de Emissões de Efluentes para Indústria Açucareira (Decreto nº 18/2004, bem
como as Directrizes de Ambiente, Saúde e Segurança do IFC/Banco Mundial (1998)
para o Processamento de Alimentos e Bebidas e as Directrizes de Ambiente, Saúde
e Segurança para a Indústria Açucareira.

Dos resultados da avaliação do desempenho operacional, o consumo de energia


encontra dentro do intervalo estabelecido pela International Finance Corporation do
grupo do banco Mundial. O indicador da quantidade de resíduos enviados para o
aterro, em função da meta estabelecida pela Maragra que é a redução. O indicador
de consumo da agua de acordo como a meta do grupo que é a redução da agua
consumida mostraram se avanços significativos nessa redução.

Os resultados da avaliação do desempenho gerencial mostram que 39% dos


trabalhadores (valor correspondente aos trabalhadores eventuais) encontram-se
formados e ainda vão decorrendo outras formações. Das auditorias internacionais
planeadas já foram cumpridas e serviram de melhorias para o sistema e de todas
auditorias feitas classificaram as diferentes áreas positivamente.
5.5. Recomendacoes

O estudo consistiu na recolha de dados relacionados com o consumo de recursos


como agua e energia e resíduos enviados para o aterro como indicadores de
desempenho ambiental no entanto recomenda-se a manutenção periódica das
condutas de água, visto que há maior perda na fábrica, a inclusão de temas de
sensibilização dos trabalhadores para o uso racional da água, energia e a
reciclagem de resíduos bem como a deposição local adequado dos mesmos.

O monitoramento contínuo dos parâmetros de qualidade ambiental e emissão de


efluentes com vista a corrigir possíveis desvios desses parâmetros;

A avaliação de outros indicadores de desempenho ambiental não referenciados no


presente trabalho, tanto no período da manutenção tanto no período de produção de
açúcar.
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Anexos

Tabela 6: consumo de agua, producao de acucar e indicador de consumo de agua


referente a figura 5

Periodo Consumo de agua Producao de acucar Indicador (l/kg)


(dm3) (kg)
Semana-1 1944000 368000 5.28
Semana-2 107488750 3104000 34.63
Semana-3 107488750 3322000 32.36
Semana-4 107488750 1457000 73.77
Semana-5 107488750 1861000 57.76
Semana-6 75864000 3330000 22.78
Semana-7 75864000 3145000 24.12
Semana-8 75864000 3482000 21.79
Semana-9 75864000 2972000 25.52

Tabela 7: consumo de energia, producao de acucar e indicador de consumo de


energia referente a figura 6

Periodo Consumo de Producao de Indicador (MJ/kg)


energia acucar
(MJ) (kg)
Semana-1 859327840 368000 2335.13
Semana-2 1277947840 3104000 411.71
Semana-3 1277940180 3322000 384.69
Semana-4 1277934700 1457000 877.10
Semana-5 1283513090 1861000 686.69
Semana-6 1100798100 3330000 330.57
Semana-7 1100781450 3145000 350.01
Semana-8 1100799480 3482000 316.14
Semana-9 1100799080 2972000 370.39

Tabela 8: quntidade de residuos enviados ao aterro, quantidade de acucar


produzido e indicador de residuos referente a figura 7

Periodo Quantidade de Quantidade de Indicador (kg/kg)


residuos acucar produzido
enviados ao (kg)
aterro (kg)
Semana-1 7334 368000 0.0019
Semana-2 1458.88 3104000 0.00047
Semana-3 1461.68 3322000 0.00044
Semana-4 1457 1457000 0.001
Semana-5 1451.58 1861000 0.00078
Semana-6 2730.6 3330000 0.00082
Semana-7 2736.15 3145000 0.00087
Semana-8 2750.78 3482000 0.00079
Semana-9 2734.24 2972000 0.00092
Semana-10 0 0 0
Semana-11 494.48 1766000 0.00028
Semana-12 509.22 2829000 0.00018

Tabela 9: valores de pH referente a figura 10

Periodo pH
Semana-1 7.4
Semana-2 6.1
Semana-3 6.4
Semana-4 7.1
Semana-5 6.8
Semana-6 7.3
Semana-7 7.3
Semana-8 7.2
Semana-9 6.2
Semana-10 6.8
Semana-11 7.9
Semana-12 7.3

Tabela 10: concentracao de DQO referente a figura 11

Periodo Concentracao de DQO (mg/l)


Semana-1 265
Semana-2 498
Semana-3 64
Semana-4 76
Semana-5 157
Semana-6 54
Semana-7 24
Semana-8 160
Semana-9 184
Semana-10 19
Seamana-11 65
Seamana-12 80
Tabela 11: temperatura do efluente, temperatura do rio incomati e aumento da
temperatura

Periodo Temperatura do Temperatura do rio Aumento da


efluente (°C) incomati (°C) temperatura no rio
incomati (°C)
Semana-1 24 22 2
Semana-2 20 22 -2
Semana-3 22 21 1
Semana-4 22 22 0
Semana-5 24 22 2
Semana-6 21 21 0
Semana-7 23 22 1
Semana-8 24 23 1
Semana-9 22 22 0
Semana-10 22 22 0
Semana-11 22 22 0
Semana-12 23 22 1

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