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16.5 Princípio do poluidor-pagador ......................................................... 47
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 50
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GESTÃO AMBIENTAL E DIREITO AMBIENTAL
Fonte: esmac.com.br
Fonte: uesb.br/ascom
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O QUE É DIREITO AMBIENTAL
Fonte: ambientelegal.com.br/
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• Órgão executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA)
• Órgãos seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de
atividades capazes de provocar a degradação ambiental;
• Órgãos locais: órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo
controle e pela fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas
jurisdições.
O SISNAMA atua mediante a articulação coordenada de órgãos e entidades
que o constituem, observado o acesso da opinião pública às informações relativas às
agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida
pelo CONAMA.
Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios a regionalização das
medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas e padrões supletivos e
complementares.
A Lei da Ação Civil Pública (lei 7.347, de 24/7/85) tutela os valores ambientais,
disciplina as ações civis públicas de responsabilidade por danos causados ao meio
ambiente, consumidor e patrimônio de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.
A Constituição Federal, no ano de 1988, dedicou normas direcionais da
problemática ambiental, fixando as diretrizes de preservação e proteção dos recursos
naturais e definindo o meio ambiente como bem de uso comum da sociedade humana.
O artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988 diz:
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“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às
presentes e futuras gerações. ”
Fonte: rochacerqueira.com.br/
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organizações induzem um novo posicionamento por parte das organizações diante de
tais questões. Tal posicionamento, por sua vez, exige gestores empresariais
preparados para fazer frente a tais demandas ambientais, que saibam conciliar as
questões ambientais com os objetivos econômicos de suas organizações
empresarias.
Fica evidente que a formação de recursos humanos, dentre eles a do
profissional generalista ou aquele especializado, ambos graduados, por escolas de
administração ou outros cursos, é requerida em todas as direções e níveis nos quais
se processa o novo padrão da gestão ambiental em suas dimensões de conteúdo,
forma e sustentação.
A formação de profissionais qualificados deve ser tratada com altíssima
prioridade porque, além de possibilitar que os órgãos governamentais e empresas,
contem com pessoal qualificado para sua respectiva missão, também tem o papel de
deflagrar uma nova mentalidade que proporcione mudanças, inclusive das próprias
instituições formadoras de recursos humanos.
PROFISSÕES AMBIENTAIS
Fonte: web.mundodastribos.com/
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a) Advogado Ambiental: podendo advogar tanto na defesa de supostos
transgressores das leis ambientais, bem como fornece Assessoria para a prevenção
de futuras punições;
b) Auditor Ambiental: realiza a avaliação das medidas exigidas concernentes
à preservação do meio ambiente, para a obtenção das certificações ambientais, como
por exemplo da série ISO 14.000;
c) Biólogo: dentre as inúmeras atividades que podem ser exercidas por um
biólogo, ressaltam-se levantamento de fauna e flora, elaboração de EIA-RIMA (o
Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto
Ambiental - EIA), consultoria para reservas naturais, responder tecnicamente em
projetos e programas sobre assuntos afetos à sua área de formação técnica etc.;
d) Cientista Ambiental: possui o conhecimento genérico da ciência, propondo
medidas que visem melhoria da qualidade de vida;
e) Consultor Ambiental: prepara os relatórios referentes ao impacto
ambiental, estabelecendo certos parâmetros como o ruído, contaminação de solo etc.;
f) Contador Ambiental: contabiliza os benefícios e malefícios que determinado
produto poderá trazer ao meio ambiente;
g) Ecólogo: possui inúmeras funções, destacando-se a busca de modos para
a diminuição do impacto ambiental, utilização correta dos recursos naturais etc.
h) Educador Ambiental: conscientiza crianças, empresas e a comunidade de
um modo geral da necessidade de mudança de certos atos, para que se conserve e
preserve o meio ambiente;
i) Engenharia Ambiental: fiscaliza e monitora as indústrias no sentido de
preservação do meio ambiente;
j) Geólogo: pesquisas para a proteção e planejamento, envolvendo o meio da
superfície terrestre;
k) Gestor Ambiental: supervisiona ou administra os setores ou departamentos
de meio ambiente das empresas. É conhecido também como gerente de meio
ambiente.
l) Monitor de ecoturismo: trabalha como guia de turistas, explicando sobre os
animais, reservas etc.
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MEIO AMBIENTE
Fonte: morganberglund.com.br/
Em sentido genérico:
a) o meio ambiente é um conceito interdependente que realça a interação
homem-natureza;
b) o meio ambiente envolve um caráter interdisciplinar ou transdisciplinar; e
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c) o meio ambiente deve ser embasado em uma visão antropocêntrica alargada
mais atual, que admite a inclusão de outros elementos e valores. Esta concepção faz
parte integrante do sistema jurídico brasileiro. Assim, entende-se que o meio ambiente
deve ser protegido com vistas ao aproveitamento do homem, mas também com o
intuito de preservar o sistema ecológico em si mesmo.
Em sentido jurídico:
a) a lei brasileira adotou um conceito amplo de meio ambiente, que envolve a
vida em todas as suas formas. O meio ambiente envolve os elementos naturais,
artificiais e culturais e do trabalho;
b) o meio ambiente, ecologicamente equilibrado, é um macro bem unitário e
integrado. Considerando-o macro bem, tem-se que é um bem incorpóreo e imaterial,
com uma configuração também de micro bem;
c) o meio ambiente é um bem de uso comum do povo. Trata-se de um bem
jurídico autônomo de interesse público; e
d) o meio ambiente é um direito fundamental do homem, considerado de quarta
geração, necessitando, para sua consecução, da participação e responsabilidade
partilhada do Estado e da coletividade. Trata-se, de fato, de um direito fundamental
Inter geracional, intercomunitário, incluindo a adoção de uma política de solidariedade.
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local de trabalho, até as relações interpessoais e a saúde física e mental do
trabalhador.
A constante mudança do cenário social e das relações traz novas demandas
de litígios e de bens a serem tutelados pelo direito. Daí o surgimento de "novos
direitos", dentre eles, o direito ambiental do trabalho.
São inúmeras as possibilidades de doenças ocupacionais e patologias do
trabalho e dos vários tipos de riscos aos quais um trabalhador pode ser exposto, o
direito ambiental irá tutelar todas elas partindo, principalmente, do princípio da
prevenção.
Fonte: novotempo.com/
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Com relação a qualidade de vida e bem estar, existem aqueles que sustentam
que a Revolução Industrial não significou de imediato melhoria substancial no nível de
vida da classe trabalhadora britânica, principalmente durante seus primeiros passos.
Diante da ausência de boas condições de trabalho e de vida, surge então a
necessidade de movimentos grevistas e protestos por parte dos trabalhadores que
renderam gradual aumento do nível salarial e do poder aquisitivo, bem como
estabelecimento de direitos sociais.
Cumpre ressaltar, nesse sentido, o surgimento, ainda embrionário, de
legislações provindas do poder público, consagradas pelas leis e regulamentos; por
outro lado, surgiu o direito advindo das negociações entre empregados e
empregadores. Como resultado, se abriu um campo alternativo para a determinação
de condições de trabalho e proteção à saúde dos trabalhadores. É muito recente a
preocupação do legislador com as questões referentes ao meio ambiente.
Há que se considerar que os ambientes de trabalho têm atravessado profundas
modificações, repercutindo na forma e tipo de proteção legal estabelecida pelo poder
público. Após a constitucionalização dos direitos sociais, se observou
progressivamente, o surgimento de normas de saúde ocupacional e segurança
industrial, em resposta as mudanças nos processos produtivos e aprimoramento das
relações de trabalho.
O artigo 1º, caput, da Constituição de 1988 prevê, como um dos fundamentos
da República, a dignidade da pessoa humana. O artigo 5º, caput, fala do direito à vida
e segurança, e o artigo 6º, caput, qualifica como direito social o trabalho, o lazer e a
segurança. No artigo 225, caput, ela garante a todos um meio ambiente
ecologicamente equilibrado e, no inciso V, incumbe ao Poder Público o dever de
controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
Extrai-se, da análise sistemática de todos esses dispositivos da Constituição,
que o Estado não tolerará atividade que ponha em risco a vida, a integridade física e
a segurança dos indivíduos.
Se partindo de uma tutela constitucional, temos o respaldo para proteger o
trabalhador dos mais variados elementos que ameacem comprometer o seu meio
ambiente do trabalho e, consequentemente, sua saúde. Todavia, a Carta Magna é
genérica e a função de regulamentar tudo isso restou ao legislador infraconstitucional
e atualmente ao Direito Ambiental do Trabalho.
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Fonte: logistica.3co.com.br
Por outro lado, a CLT discorre nos artigos 189 a 197, sobre os adicionais de
insalubridade e periculosidade, regulamentando sua existência, sua fiscalização e sua
eliminação. O artigo 189 define atividades insalubres como aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O artigo 192 diz que
o exercício de atividade insalubre, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do trabalho, garante o recebimento de adicional de 40%, 20% e 10% do
salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. A
mesma CLT, no artigo 193, define periculosidade como contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado e que o trabalho nessas
condições assegura a percepção de um adicional de 30% sobre o salário. O meio
ambiente de trabalho seguro e adequado é um direito fundamental do trabalhador.
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DEFINIÇÕES IMPORTANTES QUE AJUDARÃO NA CONTINUIDADE DO
ENTENDIMENTO DA MATÉRIA
Fonte: 1.bp.blogspot.com
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Fonte: theos-consulting.de
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Dano ambiental: qualquer ato ou atividade considerada lesivos ao meio
ambiente que sujeitarão os autores e/ou responsáveis a sanções penais,
independentemente de terem de reparar os danos causados. Hoje existe a lei de
crimes ambientais 9605/98.
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destinado a avaliar as modificações que se operarão no meio ambiente ao se construir
uma obra. O EIA gera o RIMA – relatório de Impacto do Meio Ambiente.
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Reciclagem: é toda prática que regenere ou reprocesse um produto
proveniente de outro processo, para que se obtenha um produto útil ou para
reutilização (reuso).
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DANO AMBIENTAL – FORMAS DE REPARAÇÃO
Fonte:educamundo.com.br
Fonte: concursospublicos.primecursos.com.br
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No caso de aplicação de medidas compensatórias para reparação do dano, é
importante salientar que existe primazia, também aqui, de determinadas formas de
compensação ecológica sobre outras.
Em sentido lato, há que se observar a seguinte ordem de prioridade na
aplicação da medida compensatória:
a) substituição por equivalente no local;
b) substituição por equivalente em outro local; e,
c) somente em último caso, indenização pecuniária.
A indenização pecuniária: trata-se da compensação do dano causado por meio
pecuniário, já que, na prática, a reparação do dano é praticamente impossível.
Fonte: thumbs.dreamstime.com/
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Caso a tentativa de conscientização não dê certo, o jeito será preparar uma
denúncia e encaminhá-la ao órgão ambiental correto, pois, caso contrário, não surtirá
nenhum efeito.
Importante, também, não esquecermos que a imprensa é uma grande aliada
nesse processo: pois coloca em evidência os danos ambientais e gera uma discussão
social, podendo levar a questão à resolução de forma mais rápida e consciente.
Feitas essas primeiras considerações, vamos indicar o "caminho das pedras"
para a realização de uma denúncia. Quem pode denunciar? Qualquer cidadão.
Entretanto, é bom ressaltar que se a denúncia partir de um grupo de pessoas ou com
o apoio de uma ONG, sua força será maior.
Deve ser feita por escrito ou por telefone? Em casos emergenciais, como, por
exemplo, um incêndio florestal, a denúncia pode ser feita por telefone ou
pessoalmente. Nos outros casos, o meio mais eficiente é a denúncia escrita, relatando
o dano com o máximo de detalhes (fatos, data, horário, endereço completo do local e
todos os dados disponíveis dos infratores) e com provas (fotos, reportagens,
documentos, mapa do local,). Pode ser feita, também por abaixo assinado, sendo que
este deve conter não só a assinatura, mas o nome completo e o RG dos signatários.
Dica: na denúncia escrita, é sempre bom guardar uma prova de que o documento foi
entregue (protocolo no órgão responsável ou na empresa, ou, se enviado por correio,
carta com aviso de recebimento - AR).
Para quem mandar a denúncia? Em termos de dano ambiental, o órgão federal
principal pela fiscalização e controle ambiental é o IBAMA. Pode-se remeter a
denúncia para a sede, em Brasília, ou para a superintendência estadual. Já no âmbito
estadual, além da superintendência do IBAMA, pode-se buscar os órgãos estaduais
responsáveis, bem como as Procuradorias do Meio Ambiente, ou, dependendo do
caso, as Polícias Civil ou Militar (tendo em vista que a agressão ambiental é crime).
Em caso de dano contra o consumidor, o mais recomendável é buscar os PROCONs
estaduais e as Promotorias de Defesa do Consumidor.
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Recebe denúncias sobre caça e comércio ilegal de animais, poluição do ar, da água,
ou do solo.
Órgão Estadual do Meio Ambiente (secretaria, diretoria ou departamento):
atende casos de poluição sonora, do ar, caça e comércio ilegal de animais silvestres,
derrubada de árvores.
Procuradorias do Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor: podem promover
inquéritos e ações judiciais a partir de denúncias de danos ao meio ambiente, ao
patrimônio público e ao consumidor, sem custo para o cidadão.
Polícia: a agressão ambiental é crime, quer dizer, tanto a Polícia Civil, quanto
a Polícia Florestal e de Mananciais (faz parte da Polícia Militar) podem realizar
autuações, aplicar multas, embargar obras e apreender materiais utilizados durante
uma infração ambiental.
Poder Legislativo (Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias
Legislativas e Câmara de Vereadores): em casos de infrações de maior repercussão,
sobretudo quando dependem de uma política pública, podem agir promovendo
debates públicos, solicitando requerimento de informações aos responsáveis, entre
outras medidas. Contatar a Comissão de Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor,
quando houver, ou o parlamentar mais sensível à questão.
Conselhos de Meio Ambiente (Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho
Estadual de Meio Ambiente ou Conselho Municipal de Meio Ambiente): reúne
representantes do setor público e da sociedade civil, podendo exigir, para infrações
de maior repercussão, ações efetivas por parte dos órgãos de meio ambiente.
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear: é responsável por todas as
atividades nucleares no país, inclusive o controle e fiscalização de denúncias sobre
lixo nuclear e outros tipos de contaminação radioativa.
Prefeitura Municipal: age em casos de poluição sonora, lixo, construções
clandestinas em áreas de preservação ambiental, praças ou jardins mal conservados,
extração irregular de argila e areia, e demais problemas no âmbito municipal.
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IMPACTO AMBIENTAL
Fonte: i135.photobucket.com
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intrínseca de um sistema em manter sua integridade no decorrer do tempo, sobretudo
em relação a pressões externas.
Para entender melhor a resiliência analisemos as seguintes situações:
a) Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de
recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência. Dependendo da
intensidade do distúrbio, fatores essenciais para a manutenção da resiliência como,
banco de sementes no solo, capacidade de rebrota das espécies, chuva de sementes,
dentre outros, podem ser perdidos, dificultando o processo de regeneração natural ou
tornando-o extremamente lento.
b) As áreas desflorestadas diminuem sua capacidade de retenção de água,
aumentando o escoamento superficial, exportando assim grande carga de sólidos
para os cursos de água. Esta destruição ambiental diminui a resistência e a resiliência
dos ecossistemas tendo como consequência o aumento das enchentes em períodos
de intensas chuvas e tornando ainda mais dramáticos os efeitos das secas
prolongadas.
O Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA) contém o balanço dos
pontos negativos e positivos do impacto ambiental causado por determinada obra,
numa região. O Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente, é baseado na
Constituição Federal e foi regulamentado por lei em janeiro de 1986 e pela resolução
nº 1/86 do Conselho Nacional de Meio Ambiente. Inclui o RIMA as medidas, que são
sugeridas pelos técnicos para a prevenção e/ou redução dos efeitos negativos da obra
e para o incremento dos efeitos positivos.
Exemplos dos principais impactos ambientais negativos enfrentados por
municípios brasileiros:
a) lançamento de esgoto residencial e efluentes industriais, ocasionando
poluição nos corpos de água superficiais e subterrâneos;
b) disposição inadequada dos resíduos sólidos e da saúde;
c) áreas urbanas com crescimento desordenado, mesmo em municípios aonde
há Plano diretor;
d) erosão e assoreamento devido ao desmatamento de matas ciliares,
atividades mineradoras, algumas delas clandestinas e manejo inadequado das áreas
agrícolas;
e) ocupação por residências ilegais em áreas no entorno de antigas voçorocas;
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f) alteração dos perfis longitudinais e transversais dos córregos, ocorrendo
degradação da paisagem devido principalmente a extração mineraria e seus acúmulos
desordenados de seus rejeitos, não obedecendo o que já está previsto por lei. Não há
nenhum manejo adequado com medidas mitigadoras para diminuir os impactos dessa
atividade.
g) principalmente nas áreas urbanas a intensa impermeabilização do solo pela
utilização de asfalto para a pavimentação das ruas e aumento do número de
construções, sem o devido acompanhamento da ampliação da rede de esgoto,
juntamente com mau tratamento das redes mais antigas e do acúmulo de lixo, pela
própria população, nas ruas da cidade, vem acarretando aumento do escoamento
superficial e das inundações, tornando as cidades verdadeiras piscinas nas épocas
da chuva;
h) predominância de monoculturas, como a da cana-de-açúcar com seus
efeitos negativos, por exemplo, as queimadas; retirada de matas ciliares substituídas
pelas culturas, a vinhaça e outros. Todavia, neste caso, mais do que nunca, observa-
se que o poder econômico aliado ao político, tentam demonstrar que os benefícios
desta atividade agrícola excede em muito os seus impactos negativos (!!). “E se não
fosse a cana?”, e,
i) utilização sem orientação adequada dos agrotóxicos, ainda recomendados
em doses excessivas àquelas realmente adequadas, aqui outra vez entre o poder
econômico interferindo na melhoria da qualidade de vida e a ambiental;
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POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (Lei nº 9795 de 27 de abril
de 1999)
Fonte: audiper.com
Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Art.3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
educação ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal,
definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
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III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA,
promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria
e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões
do processo produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de
valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada
para a prevenção, identificação e a solução de problemas ambientais.
Art. 4º São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque
da sustentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter,
multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e
cultural.
Art. 5º São os objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em
suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental e social;
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IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável,
na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro
e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade,
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e
solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
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V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades
de conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
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Art.19. Os programas de assistência técnica e financeira relativos ao meio
ambiente e educação, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos
às ações de educação ambiental.
Fonte: abre.org.br/
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implantação de sistema de gestão ambiental visando o aperfeiçoamento das relações
das empresas com o meio ambiente
Empresa não é uma questão separada do meio ambiente. A empresa é a
questão central do meio ambiente. As formas como fazemos negócios refletem aquilo
em que acreditamos e o que valorizamos. A empresa é também a força
contemporânea mais poderosa de que dispomos para estabelecer o curso dos
eventos da humanidade.
Quanto antes as organizações enxergarem a questão ambiental como
oportunidade competitiva, maior será sua probabilidade de sobreviver e lucrar. É pela
ênfase da questão ambiental como uma oportunidade de lucro que poderemos
controlar melhor os prejuízos que temos causados ao meio ambiente.
DIREITO AMBIENTAL
Fonte: inbs.com.br
O Direito Ambiental como disciplina jurídica, denota que as relações entre o ser
humano e o mundo que o envolve vêm se modificando de forma muito acelerada e
profunda. Dessa forma, Machado (2014, p. 58-59 – apud Silva e Felício) afirma:
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biodiversidade. O Direito Ambiental não ignora o que cada matéria tem de
específico, mas busca interligar estes temas com a argamassa da identidade
dos instrumentos jurídicos de prevenção e de reparação, de informação, de
monitoramento e de participação.
Por este Princípio são exigidas medidas para proteção ambiental a fim
de proibir, temporária ou definitivamente, as atividades em questão.
Resumindo, o princípio da precaução traz na sua essência uma verdadeira
“ética do cuidado”, que não se satisfaz apenas com a ausência de certeza dos
malefícios, como também privilegia a conduta humana que menos agrida, mesmo que
eventualmente, o meio natural (GARCIA; THOMÉ, 2015, p. 32, apud Silva e Felício).
Além das convenções internacionais ratificadas, o texto constitucional avaliza
o princípio no art. 225, incisos IV e V do §1º, onde, por exemplo, o legislador se
preocupou em “controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente” (V). Entretanto, importa destacar que diante da incerteza dos possíveis
efeitos negativos, por precaução, devem-se impor restrições ou impedir a intervenção
até que se comprove que a atividade não acarreta efeitos adversos ao meio ambiente.
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16.4 Princípio da prevenção
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A majoração dos custos das externalidades funciona como uma ferramenta de
indução da mudança de comportamento da atividade empresarial sem o uso da
coação. Todavia, a mudança de comportamento é o fim que se busca, mediante a
imputação pelo Estado, após o dano ambiental já ter ocorrido.
Um exemplo recente é o caso do rompimento da barragem de contenção da
Vale, em Brumadinho. Neste caso, foi imputada à empresa uma multa sobre os danos
ambientais ocasionados. Sendo também criado um plano de ação para modificar as
formas de exploração dos minérios e da contenção dos resíduos não aproveitados.
Referido princípio foi introduzido pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico – OCDEA, em 1972, mediante adoção da
Recomendação C(72) 128, do Conselho Diretor, que trata de princípios dos aspectos
econômicos das políticas ambientais. A CF/88 reconhece o princípio no art. 225, §3º
e foi adotado pelo direito brasileiro pela lei 6.938/81, de 31 de agosto de 1981. Ele
aponta como uma das finalidades da Política Nacional do Meio Ambiente: “A
imposição ao usuário, da contribuição pela utilização dos recursos ambientais com
fins econômicos e da imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados.”
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16.7 Princípio da responsabilidade
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BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Paulo De Bessa. Direito Ambiental. 6ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Lúmen Juris,
2002.
BRASIL, Lei de Crimes Ambientais. Lei 9.605. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1998.
BRASIL, Política Nacional do Meio Ambiente. Lei n.º 6.938 de 31 de agosto de 1981.
DIAS, Genebaldo Freire. 1992. Educação Ambiental: princípios e práticas. Ed. Gaia
Ltda. São Paulo. Ed. Mantiqueira. Campos do Jordão.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra, Ação Civil Pública, Editora LTr – São Paulo 2004.
MAZZILLI, Hugo Nigro. 1997. A Defesa dos Direitos Difusos em Juízo. 9ª ed. São
Paulo. Saraiva.
MEIRELLES, Hely Lopes. 1986. A Proteção Ambiental e Ação Civil Pública. São
Paulo. Revista dos Tribunais, 611: 7/13.
50
RESENHA DE AULAS DADAS NO CEUNSP- Faculdade de Ciências Gerenciais e
Faculdade Cidade de Salto pelo Prof. José Carlos Clementino. 2000-2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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