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Evolução histórica

do basquete
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever o processo de criação do basquete.


 Relacionar a evolução histórica da modalidade com aspectos
socioculturais.
 Explicar a nova modalidade olímpica 3x3.

Introdução
O basquete, também conhecido como basquetebol, é um dos esportes
mais conhecidos e praticados mundialmente. Sua história começa em
Springfield, nos Estados Unidos, em um período marcado por recessão
econômica e diversos problemas sociais. Aos poucos, esse esporte foi
sendo incorporado à cultura hip-hop, um movimento de resistência e
identidade de afro-americanos. Ao longo de sua história, o basquete
influenciou e foi influenciado por questões socioculturais, como o
apartheid racial ocorrido nos séculos XIX e XX. Atualmente, o basquete
tem milhões de adeptos e está presente nos principais eventos esportivos
mundiais, inclusive na modalidade com que ganhou forma nas ruas das
periferias urbanas.
Neste capítulo, você conhecerá o processo de criação do basquete
— desde sua origem, quando foi idealizado por James Naismith —,
relacionará sua a evolução com os principais eventos socioculturais pre-
sentes ao longo do século XX e entenderá o basquete 3x3, uma nova
modalidade olímpica que surgiu nos subúrbios de Nova York e que, hoje,
desenvolve-se pelo mundo todo.
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Processo de criação do basquete


O basquetebol ou basquete, como é mais conhecido, é um jogo em que duas
equipes, compostas cada uma por cinco jogadores, devem arremessar a bola
em uma cesta suspensa. Cada cesta realizada é convertida em pontos, que
definem, ao final de uma partida, a equipe que mais marcou como a vencedora.
Sua origem data do final do século XIX, quando o professor de Educação
Física, James Naismith, em 1891, propôs um novo jogo frente às possibilidades
encontradas à época. Naismith nasceu na cidade de Almonte, no Canadá, em
1861, e tinha formação acadêmica em Teologia. Ainda que posteriormente
tenha obtido o título de pastor, sua primeira atividade profissional exercida foi
como instrutor de atividades físicas na Escola Internacional de Treinamento da
Associação Cristã de Moços, que veio a ser chamada, mais tarde, de Springfield
College, localizada na cidade de Springfield, no estado de Massachusetts, na
Região Nordeste dos Estados Unidos.
Ao assumir o Departamento de Educação Física do colégio norte-americano,
em 1891, Naismith se deparou com algumas situações conflitantes. Os jovens
daquela instituição eram ávidos por esportes e jogos que tinham como elemen-
tos principais a competição e a recreação. No entanto, a localização geográfica
de Springfield fazia com que a cidade sofresse com invernos rigorosos, com
temperaturas negativas e incidências recorrentes de neve. Nessa época, eram
comuns alguns esportes praticados em ambientes abertos, como, por exemplo:

 Futebol americano e rúgbi: esportes jogados entre duas equipes e pre-


dominantemente com as mãos, a partir de lançamentos e condução de
uma bola oval com o objetivo de fazê-la chegar a uma área demarcada,
no solo e no ar, por traves;
 Futebol (soccer): esporte criado oficialmente em 1863, jogado predo-
minantemente com os pés, por meio de condução, passes e chutes de
uma bola contra um alvo demarcado por traves; e
 Lacrosse: esporte originado em 1867, jogado com um bastão composto
por uma rede, em uma de suas extremidades, utilizada para conduzir e
arremessar uma bola em um alvo demarcado por traves.

Naturalmente, o frio intenso e a necessidade de uma área extensa e ampla


impossibilitavam a prática desses esportes em todas as estações do ano. Assim,
o verão se destinava às práticas esportivas, os invernos, às práticas corporais
em locais cobertos. Essas práticas resumiam-se a exercícios calistênicos, muito
influenciados pelos métodos ginásticos alemão e sueco.
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De viés nacionalista, o método ginástico alemão utilizava obstáculos (aparelhos de


ginástica como barras, barras paralelas e cordas) para produzir corpos ágeis, fortes e
robustos, capazes de defender a pátria. O método sueco, desenvolvido para todos os
públicos, consistia em exercícios simétricos e sem aparelhos, sob o comando verbal
ou musical, para o desenvolvimento harmonioso de todo o corpo.

As práticas corporais calistênicas e ginásticas esbarravam na pouca motiva-


ção dos jovens americanos em desenvolvê-las. Assim, o diretor da Associação
Cristã de Moços (ACM), Luther Gullick, buscava discutir reiteradamente,
nos grupos de estudos formados pelos docentes da instituição, uma forma de
desenvolver um método alinhado aos interesses dos jovens e que pudesse ser
realizado no inverno, em um espaço físico limitado, sob luzes artificiais e que
ainda contasse com a facilidade de ser aprendido e jogado. Nesse sentido, o
diretor Gullick lançou o desafio ao professor Naismith de desenvolver uma nova
proposta de jogo que fosse capaz de motivar alguns adultos pouco engajados
nas práticas corporais durante o inverno.
Segundo o próprio criador, Naismith (1941), vários dias se passaram na
tentativa de reunir ideias para atender ao solicitado pelo diretor da ACM.
Inicialmente, Naismith tentou adaptar as regras do futebol americano, do
futebol e do lacrosse para as condições físicas de que dispunha. No entanto,
percebeu que os alunos ainda demonstravam certa insatisfação. O professor,
ao modificar as possibilidades e propostas dos jogos que já eram praticados
pelos jovens, constatava um sentimento de rejeição à nova proposta. Reco-
nheceu, então, que, para atender ao que fora solicitado, deveria propor algo
totalmente novo. No entanto, era preciso identificar e inserir, na sua nova
proposta, os elementos basilares que mantinham os praticantes engajados
nos outros esportes.
Ao fracassar recorrentemente na tentativa de adaptar os esportes existen-
tes, então, Naismith decidiu fazer uma análise sobre os aspectos comuns nos
esportes que faziam parte do contexto histórico que estava vivendo. Grande
parte dos esportes da época utilizava bolas que eram de diversos tamanhos
e materiais, e algumas ainda apresentavam formatos diferentes. Naismith
identificou que as bolas maiores, geralmente, eram manipuladas com as mãos,
enquanto as pequenas necessitavam da utilização de outros objetos, como
o bastão do lacrosse, tornando a necessidade de percepção e coordenação
mais complexa. Assim, notou que inserir uma bola grande como elemento de
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disputa e manejo poderia facilitar a compreensão entre aqueles que deveriam


aprender uma nova proposta de jogo.
Em seguida, percebeu que, nos esportes em que havia a corrida e a condução
da bola, como o rúgbi, era necessário o ataque corporal áspero ao adversário, a
fim de contê-lo, aumentando consideravelmente o risco de lesões e de quedas,
o que era impensável para o ambiente fechado de que dispunha. Outra moti-
vação era o fato de seu público ser predominantemente uma elite burguesa,
acostumada aos esportes sem contato e com a necessidade de uma aparência
corporal distinta das classes empobrecidas, que, muitas vezes, apresentavam
marcas corporais devido à natureza braçal de seus ofícios. Assim, na tentativa
de eliminar os ataques proferidos pelos jogadores, Naismith (1941, p. 46)
chegou à conclusão de que “[...] se ele (o jogador de posse da bola) não pode
correr com a bola, nós não temos que atacar; e se não tivermos que atacar, a
aspereza será eliminada”. Ao imaginar a solução para a ausência da corrida
em posse da bola, concluiu que os jogadores deveriam bater ou arremessar
para os seus colegas de equipe.
O terceiro elemento que Naismith se viu desafiado a incorporar no jogo foi
o objetivo a ser alcançado por cada uma das equipes. Imediatamente, lembrou
de uma brincadeira da qual participava enquanto criança, ainda no Canadá,
chamada de “pato sobre a rocha” (NAISMITH, 1941, p. 49), que consistia em
arremessar pedras atrás de uma linha demarcada na terra, na tentativa de acertar
outra pedra repousada sobre uma imensa rocha. Assim, idealizou duas caixas,
localizadas cada uma em uma extremidade da quadra, dispostas no solo. Ao
perceber que seria muito difícil fazer com que a bola repousasse dentro da caixa
com nove homens de uma equipe fazendo a guarda desse objeto, entendeu que
era melhor suspender essa a uma altura maior que a estatura dos jogadores.
Tendo o equipamento e os objetivos, seu próximo desafio foi decidir a
melhor forma de começar o jogo. A exemplo dos esportes que conhecia,
percebeu que o início da partida concedia chances iguais de tomar a posse de
bola para as duas equipes. Inicialmente, pensou em rolar a bola ao centro da
quadra. No entanto, reconheceu que as duas equipes correriam fervorosamente
na tentativa de obter a bola. Assim, tal qual no polo aquático, entendeu que
arremessá-la para cima, entre linhas avançadas de jogadores, seria a melhor
forma de prevenir possíveis lesões. Para evitar ainda mais a chance de algum
incidente, percebeu que conceder a apenas um jogador de cada equipe a
obtenção da bola seria melhor.
Na manhã seguinte, ao chegar a seu escritório, Naismith deveria escolher
a bola. Lado a lado, estavam as bolas de futebol e futebol americano. Os dife-
rentes formatos fizeram com que o professor escolhesse a bola de futebol, uma
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vez que julgou que seria mais fácil, para os jogadores, carregá-la nos braços.
A partir disso, saiu à procura das caixas que seriam o objetivo do seu jogo.
Ao encontrar o superintendente de infraestrutura, foi informado de que não
havia caixas no tamanho que procurava. No entanto, o superintendente lhe
ofereceu dois cestos de pêssego (Figura 1), que tratou de pregar nas madeiras
de sustentação nas duas extremidades do ginásio.

Figura 1. Estátua em homenagem a James Naismith, criador do basquete, retratando a


bola de futebol e o cesto de pêssegos utilizado para a criação do esporte. Almonte, Canadá.
Fonte: Adaptada de Martin Good/Shutterstock.com.

Antes de colocar em prática seu novo jogo, Naismith sentiu que os homens
deveriam ter um guia sobre as regras do jogo. As exaustivas horas imaginando
os alunos jogando fizeram com que ele tivesse claras quais seriam as regras.
Escreveu, assim, treze regras fundamentais à nova modalidade:

1. A bola pode ser lançada em qualquer direção com uma ou ambas as mãos.
2. A bola pode ser rebatida em qualquer direção com uma ou ambas as mãos
(nunca com o punho).
3. Um jogador não pode correr com a bola, devendo jogá-la do local em que
a pegar.
4. A bola deve ser mantida entre as mãos; os braços ou o corpo não devem
ser usados para segurá-la.
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5. Não é permitido segurar, empurrar ou golpear, de qualquer forma, a pessoa


da equipe adversária; a primeira infração dessa regra contará como uma falta, a
segunda o suspenderá até que a próxima cesta seja feita, ou, se houver intenção
evidente de machucar a pessoa durante todo o jogo, haverá a desqualificação.
6. Será considerado falta golpear a bola com o punho, violar as regras 3, 4 e
tal como descrito na regra 5.
7. Se um dos lados fizer três faltas consecutivas, um ponto deverá ser con-
vertido para os adversários.
8. Uma meta deve ser feita quando a bola é arremessada ou rebatida da qua-
dra para dentro da cesta e fica lá, desde que aqueles que defendem o gol não
toquem ou perturbem o gol. Se a bola repousa na borda e o oponente move a
cesta, ela deve contar como um gol.
9. Quando a bola sai de campo, deve ser lançada ao campo e jogada pela
primeira pessoa a tocá-la.
10. O árbitro será o juiz dos homens, anotará as faltas e notificará quando
três faltas consecutivas tiverem sido feitas. Ele terá poder para suspender e
desqualificar os jogadores de acordo com a regra 5.
11. O árbitro deve julgar a bola e decidir, quando a bola está em jogo, dentro
dos limites, a que lado ela pertence e controlar o tempo. Ele deve decidir
quando uma meta foi feita e manter a contagem das metas com quaisquer
outras tarefas que normalmente são executadas por um árbitro.
12. O tempo será de duas metades de quinze minutos, com cinco minutos
de descanso.
13. O lado que fizer mais metas nesse tempo será declarado o vencedor. Em
caso de empate, o jogo pode, por acordo dos capitães, ser continuado até outra
meta ser feita. (NAISMITH, 1941, p. 53–55).

Com os equipamentos e as regras básicas definidos, e aliados ao agrado dos


jovens senhores e do diretor da ACM, o basketball (que, na tradução literal,
significa bola ao cesto) estava criado. O diretor da ACM logo enviou essa nova
proposta de jogo para todas as filiais dessa instituição, contribuindo para a
difusão em diversas regiões dos Estados Unidos e, posteriormente, no mundo,
até chegar às dimensões que o esporte tem hoje. De fato, os contextos sociais
da época em que o esporte foi criado eram bastantes diferentes dos que temos
hoje e foram responsáveis por atribuir alguns aspectos específicos à evolução
do basquete, os quais vamos discutir na próxima seção.

Aspectos socioculturais na evolução


histórica do basquete
Como vimos, a origem do basquete remete ao final do século XIX, o que nos
leva a pensar que o contexto sociocultural de mais de um século atrás se modi-
ficou bastante. Para melhor compreender os aspectos históricos de esportes e
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modalidades específicos, é importante contextualizar os aspectos sociais pre-


sentes nas épocas em questão. Dessa forma, buscaremos aproximar os aspectos
socioculturais que estão relacionados ao surgimento e à evolução do basquete.
Na Europa do início do século XIX, muitos esportes já haviam sido desen-
volvidos e implementados amplamente. Nos Estados Unidos, esse processo
demorou um pouco mais para ocorrer. Ainda que houvesse muitos esportes
presentes trazidos pelos imigrantes anglo-saxões que chegaram em massa
desde o século XVII, os processos de prática e desenvolvimento esportivos
nos Estados Unidos só começaram a ganhar força com o final da Guerra Civil
(também conhecida como Guerra da Secessão) em 1865.
Esse evento ficou marcado pelos embates políticos e sangrentos que se ori-
ginaram a partir da decisão norte-americana pelo fim da escravidão (ALONSO,
2006). Os Estados Confederados da América (também conhecidos como
Confederação e Sul), localizados ao Sul do país, não concordaram com a
medida, iniciando combates que tinham por objetivo a formação de um novo
Estado. Após quatro anos de combates que deixaram centenas de milhares
de americanos mortos, os Estados Confederados (também conhecidos como
União ou Norte), liderados pelo presidente norte-americano Abraham Lincoln,
venceram as batalhas e o fim da escravidão foi oficializado. Com as batalhas,
no entanto, boa parte da economia do Sul, que era baseada nos campos de
algodão, ficou destruída, tendo que ser recuperada após o final da Guerra
Civil. Ainda que a escravidão tenha sido oficialmente extinguida, as lutas
raciais se intensificaram, principalmente ao Sul do país, quando as tropas da
Confederação deixaram os Estados vencidos. Muitos negros sofreram com
atos de violência, como espancamentos, mutilações, linchamentos e mortes
em fogueiras, por exemplo, devido à sua ascendência racial.
Outro fenômeno que marca o final do século XIX é a recessão econômica
vivida pelos Estados Unidos, que agravou os problemas sociais existentes na
época (ALONSO, 2006). A industrialização e a mecanização das fábricas eram
crescentes e intensas, e muitos jovens que perdiam ou não conseguiam sua
colocação nos postos de trabalho dos campos agrícolas do interior migravam
para os centros urbanizados, na tentativa de encontrar emprego. Junto a isso,
ainda ocorria a crescente migração de povos europeus que também procuravam
exercer algum ofício. Com uma oferta escassa de empregos em oposição à alta
procura, os níveis de criminalidade e o número de pessoas sem-teto e envolvidas
com bebidas, prostituição e apostas aumentaram consideravelmente, agravando
o caos social. Além disso, eram recorrentes as paralisações das rodovias do país
por parte dos trabalhadores que lutavam por situações dignas de trabalho e de
salário e que eram reprimidos por militares, por vezes, resultando em mortes.
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A preocupação da elite política e econômica até então era com a sobre-


vivência do capitalismo, desconsiderando os aspectos do desenvolvimento
social. No entanto, algumas parcelas de matriz religiosa protestante e de classe
média começaram a voltar suas atenções para a reordenação da sociedade
civil por meio da salvação pelos preceitos cristãos. O esporte, então, volta-se
a questões de desenvolvimento moral em uma época que ficou conhecida
como a Era Progressiva.
Como abordado anteriormente, grande parte dos esportes populares eram
vistos como violentos. Embora existissem alguns esportes nos quais o contato
físico era mínimo, como o golfe e o hipismo, por exemplo, tais modalidades
eram restritas às elites econômicas da época (ALONSO, 2006). Diante disso,
surge a necessidade de: uma abordagem que pudesse transmitir os valores mo-
rais cristãos, a fim de manter a expressividade do protestantismo no território
americano, cada vez recebendo mais imigrantes de sociedades não praticantes
dessa matriz religiosa; estabelecimento da coesão social em uma sociedade
plural; um ideal de desenvolvimento humano voltado ao corpo sadio e dis-
ciplinado, abrindo espaço para os esportes genuinamente norte-americanos.
A partir dessa perspectiva, podemos compreender que o basquete não
surge apenas como proposta de uma prática durante o inverno, mas como uma
possibilidade de estabelecer um controle moral e simbólico sobre os corpos e
mentes dos indivíduos que se encontravam nos Estados Unidos. A abrangên-
cia da ACM, que possuía filiais em diversos estados norte-americanos e em
diversos países localizados nos mais diversos continentes, contribuiu para que
o basquete se popularizasse, sendo, em seguida, praticado em clubes atléticos,
instituições de ensino superior, colégios, igrejas e instituições industriais,
além de ser transmitido mundialmente pelos soldados norte-americanos em
missões de guerra em outras nações (NAISMITH, 1941).

O modelo político dos Estados Unidos, no qual cada estado federativo pode formular
suas próprias leis, fez com que muitos estados sulistas aderissem a um modelo de
segregação racial, impedindo algumas pessoas, sobretudo os negros, de frequentar
os mesmos espaços que os brancos. Assim, os negros não podiam entrar em locais
como restaurantes, igrejas, ônibus, escolas, clubes, entre outros espaços sociais. Essa
forma de tornar legal a separação racial ficou conhecida como Leis de Jim Crown e
vigorou entre 1876 e 1965.
Evolução histórica do basquete 19

A rápida popularização do basquete fazia com que muitos jogos fossem


realizados nos ginásios esportivos, e o esporte era impulsionado pela publi-
cidade de estabelecimentos comerciais locais ao mesmo tempo que a impul-
sionava. Ganharam dimensão, também, as partidas de basquete nos subúrbios
urbanos, uma vez que o pouco espaço disponível em cidades cada vez mais
urbanizadas restringia a prática de outros esportes. Logo, o esporte foi sendo
praticado por homens e mulheres de diversas classes sociais. Essa notoriedade
internacional fez com que o basquete fosse apresentado nos Jogos Olímpicos
de 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos. Contudo, ele só foi apresentado
oficialmente, passando a integrar o quadro de medalhas, nos Jogos Olímpicos
de 1936, em Berlim, na Alemanha, quando também foi testado o basquete
outdoor, realizado em quadras de tênis improvisadas.
Ainda que a popularização do basquete aumentasse mundialmente e o
esporte estivesse sendo praticado por muitos indivíduos de diversas etnias
e classes sociais, as competições oficiais norte-americanas não permitiam a
participação de pessoas negras — como fica evidente, o racismo e o apar-
theid racial são marcas comuns da história dos Estados Unidos. Os jogadores
negros, então, em uma alternativa à profissionalização que lhes era restrita,
formavam times de jogadores negros, viajando pelo país para desafiar times
de brancos em troca de poucos dólares. Nessas viagens, eram comuns os
episódios racistas (SILVA; CORREIA, 2008): muitas vezes, sobretudo nos
estados do Sul, os negros eram impedidos de ingressar em estabelecimentos
de hospedagem e alimentação devido à cor de sua pele. Um dos principais
times de jogadores negros foi o New York Renaissance (também conhecido
como The Renaissance Big Five), que foi fundado em 1923 e teve cerca de
duas mil vitórias contra aproximadamente duzentas derrotas até ser encerrado
em 1948 (SILVA; CORREIA, 2008).
Outro fenômeno marcante na história do basquete foi o surgimento da
equipe Harlem Globetrotters, em 1927, que transformou a estética do jogo. No
início, a forma com que os jogadores praticavam o esporte se assemelhava ao
Renaissance Big Five: viajavam pelo país, desafiando equipes de jogadores
também negros e equipes de jogadores brancos em pequenos torneios. Em
1939, durante uma liga semiprofissional, os Globetrotters venciam uma equipe
pelo elástico placar de 112 pontos contra 5 da equipe adversária. Com tamanha
vantagem a seu favor, Inman Jackson, um dos trotters, passou a realizar alguns
malabarismos com a bola, equilibrando-a e girando-a em um de seus dedos,
escondendo-a em suas costas, fingido passar a bola, mas mantendo-a em suas
mãos, ludibriando o adversário. As jogadas fizeram o público local dar inúme-
ras risadas e pedir que ele repetisse o feito, o que acabou transformando-se em
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uma marca da equipe. Inicialmente, os malabarismos com a bola não agradaram


aos adversários, que os consideravam ofensivos, resultando em muitas brigas.
Da mesma forma, a comunidade negra apresentava certa resistência à forma
como os negros representavam suas raízes étnicas em quadra, uma vez que o
papel dos negros havia ganhado espaço apenas como uma forma de diversão
aos brancos (SILVA; CORREIA, 2008).
No entanto, a atuação dos Globetrotters contribuiu para a popularização
do basquete e as habilidades performáticas foram logo sendo incorporadas aos
subúrbios de comunidade negra dos Estados Unidos. Logo, esse novo jeito de
jogar basquete foi construindo o que, hoje, chamamos de basquete de rua, um
jogo rápido, sem arbitragem, em que os elementos performáticos e as fintas
são fatores fundamentais. Suas raízes negras estão atreladas ao movimento
hip-hop (SILVA; CORREIA, 2008), uma cultura alinhada à afirmação e
à identidade do povo afro-americano que tem como principais formas de
expressão e protesto a dança, a música e a poesia.

Ao longo dos anos, o Harlem Globetrotters teve diversas formações. Segue jogando
até os dias atuais, apresentando-se e lotando ginásios em diversas partes do mundo.
No link a seguir, você poderá apreciar alguns lances dessa famosa e irreverente forma
de jogar basquete, apresentados em Barcelona e Madri, no ano de 2018.

https://goo.gl/KuQmjb

A principal liga profissional dos Estados Unidos, a National Basketball


League (NBA), foi criada em 1937. No entanto, o primeiro jogador negro só
veio a participar dessa liga alguns anos mais tarde. Earl Lloyd, aos 22 anos
de idade, após conseguir acesso à universidade por seu desempenho nas
quadras e se destacar na liga universitária, tornou-se o primeiro jogador negro
a participar de uma competição oficial da NBA, em 31 de outubro de 1950,
pela equipe Washington Capitols. O mesmo ocorreu com Chuck Cooper, que
foi para o Boston Celtics, e com Nat Clifton, no New York Knicks. Os três
jogadores ingressaram na mesma temporada, mas o calendário permitiu que
Lloyd entrasse primeiro em quadra, ganhando maior destaque por romper com
Evolução histórica do basquete 21

a segregação da NBA. Logo em seguida, Lloyd foi convocado pelo exército


americano para combater na Guerra das Coreias, em 1951. Ao retornar aos
Estados Unidos, foi contratado pela equipe Syracuse Nationals, tornando-se
o primeiro jogador negro a ser campeão da NBA. Lloyd ainda foi o primeiro
negro a se tornar assistente técnico de um time profissional e o segundo a se
tornar técnico de uma equipe da NBA.
Certamente, os caminhos percorridos por Lloyd e os demais jogadores
negros que passaram a ingressar na NBA não foram tranquilos; os episódios
de racismo eram recorrentes, inclusive por parte de jogadores das próprias
equipes pelas quais passaram. No entanto, as suas participações na principal
liga de um dos principais esportes norte-americanos foram importantes para
o fim da segregação racial e para a implementação dos direitos civis que
colocaram fim às leis de Jim Crown, em 1965. Essa luta por dignidade foi
guiada principalmente pelo pastor e ativista político Martin Luther King Jr.,
pelo ativista e adepto do islamismo Malcolm X e desenvolvida por milhares de
negros que foram às ruas protestar de modo pacífico e que foram violentamente
reprimidos pelas autoridades, o que resultou em muitas mortes — inclusive,
no assassinato de Luther King Jr. e Malcolm X. A participação de atletas
e personalidades negras em espaços que antes foram ocupados apenas por
brancos foi fundamental para o apoio da população na reparação dos direitos
historicamente negados.
Ao final dos anos 1970, muitos esportes passaram a contar com sindicatos
e associações profissionais próprias, com o intuito de capitalizar ainda mais as
atividades esportivas. Com o basquete, não foi diferente. Alonso (2006) relata
que a própria criação e história do basquete remetem a uma lógica capitalista.
A necessidade de jogadores altos, tais como os modelos de prédios urbanos que
cada vez mais iam surgindo e eram tidos como símbolo de desenvolvimento
nacional, a quantidade de pontos cada vez mais excessiva, a criação de números
estatísticos para quantidades de passes, cestas, arremessos, roubadas de bola,
entre outros fatores, servem de analogia para um modelo no qual a eficiência e
a eficácia demonstrada por meio de números e esforços individuais deveriam
ser modelos para guiar a sociedade.
O dinheiro, portanto, também foi modificando a forma como o basquete
é jogado. Os programas televisivos e de rádio, a partir do reconhecimento do
interesse de grande parte da população em consumir esportes, foram voltando
cada vez mais suas programações para cobrir eventos esportivos. Não à toa, eles
ocupam boa parte dos programas de rádio, televisão e manchetes jornalísticas.
Os jogos, então, foram limitando-se aos horários de grande audiência. As par-
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tidas, que anteriormente eram disputadas em dois tempos, com um período de


intervalo para o descanso e para a hidratação dos jogadores, foram ampliadas
para quatro tempos, aumentando o espaço para a publicidade.
Nesse mesmo sentido, na década de 1990, ocorreu a criação da WNBA, a
liga profissional americana para mulheres. Ainda que a primeira participação
feminina tenha ocorrido em 1892, um ano após a criação do basquete pelo
professor Naismith, e tenha sido introduzida nos Jogos Olímpicos de 1976, no
Canadá, em solo norte-americano, apenas nas últimas décadas ganhou des-
taque. A participação crescente da mulher nos diversos postos de trabalho e
a busca de direitos iguais em relação aos diferentes sexos fizeram com que o
esporte feminino ampliasse sua participação na mídia, tornando-se, também,
uma atividade rentável para empresários e instituições do ramo televisivo e da
publicidade (GUEDES, 2009).
Dessa forma, percebemos que a história do basquete, desde a sua criação
até os dias atuais, está atrelada a fatores econômicos, sociais e culturais
que contextualizaram as diversas épocas da sociedade norte-americana.
Os eventos que balizaram a sociedade nos Estados Unidos, influenciando
e sendo influenciados pelo basquete, eram transmitidos aos diversos países
do mundo, que sentiam seus reflexos. Atualmente, percebemos que há uma
tentativa de democratização do esporte e de busca pelo reconhecimento de
suas variações, como no caso do basquete de rua, amplamente praticado
nos subúrbios do mundo inteiro. Essa tentativa de reconhecer as diversas
formas de expressões do basquete e a busca por novos praticantes culminaram
na adoção de uma nova modalidade olímpica, o basquete 3x3, que vamos
discutir na próxima seção.

A nova modalidade olímpica: basquete 3x3


Como vimos ao longo deste capítulo, o basquete ganhou grandes dimensões
com o passar dos anos. As adesões das comunidades suburbanas contribuíram
para o crescimento do esporte, ainda na década de 1970, mas, devido aos
poucos locais disponíveis para a sua prática, o esporte teve que ser desen-
volvido nas praças locais, fazendo com que surgissem algumas variações
que fugiam às regras institucionalizadas aplicadas pelas ligas esportivas e
federações.
Evolução histórica do basquete 23

Para melhor compreender a origem do basquete de rua, imagine que você está
caminhando por uma região de grande vulnerabilidade social. Na maioria das vezes,
esses locais não recebem a atenção necessária das autoridades e os casos de depre-
dações são recorrentes. Portanto, as crianças e os adolescentes que pretendem realizar
um jogo, em condições que fogem ao que foi institucionalizado, têm que adaptar
regras, uma vez que pode não haver arbitragem ou uma associação que seja capaz
de reunir e organizar aqueles que pretendem jogar determinado esporte e materiais,
já que as quadras, tabelas e cestas podem estar vandalizadas. Essa forma de adaptar
o jogo às necessidades e possibilidades locais, muitas vezes, dá origem a variações
ou novas modalidades esportivas. Além do basquete, podemos citar outros esportes
que surgiram de forma parecida, como o skate, o buildering e o parkour, por exemplo.

Assim, nos guetos nova-iorquinos, nascia o conceito de streetball (conhe-


cido, no Brasil, como esporte de rua), que rapidamente também se espalhou
pelo mundo, influenciado pela cultura hip-hop. No Brasil, essa nova tendência
chegaria ao final da década de 1970, quando a juventude das periferias dos
grandes centros urbanos passou a aderir ao rap, ao grafite e ao break, elementos
da cultura norte-americana (BUZO, 2011).
O basquete de rua é, portanto, um elemento de expressão da cultura dos
jovens que vivem em comunidades suburbanas mundiais. Em 1993, uma em-
presa norte-americana especializada em artigos esportivos, a AND1, passou a
patrocinar alguns jogadores de basquete de rua e a realizar campeonatos dessa
modalidade nos Estados Unidos e em diversos países do mundo, como forma de
promover sua marca e o próprio esporte. No Brasil, o esporte ganhou notorie-
dade a partir da Central Única das Favelas (CUFA), uma organização brasileira
que conta com jovens negros, moradores de diversas favelas brasileiras, e que
tem o intuito de fortalecer a juventude negra, a luta por melhores condições
de vida e a busca de autoestima de jovens economicamente desfavorecidos.
Suas ações são voltadas para a promoção de eventos culturais, esportivos
e de lazer, utilizando o hip-hop como elemento de luta, ativismo político e
expressividade. A CUFA organiza, desde 2002, campeonatos nacionais de
basquete de rua, reunindo jovens provenientes de diversas periferias urbanas
brasileiras. Esses movimentos se repetiram em muitos países urbanizados e
adeptos do basquete (BUZO, 2011).
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Em 2007, a Federação Internacional de Basquete (FIBA) passou a reco-


nhecer essa modalidade, promulgando regras específicas e promovendo jogos
entre seleções nacionais. Inicialmente, essa variação da modalidade ficou
conhecida como FIBA33, com os números fazendo alusão à quantidade de
jogadores em cada equipe (três jogadores de uma equipe contra três jogadores
de outra equipe disputando em uma quadra reduzida com apenas uma tabela).
O primeiro formato de competição continental ocorreu no mesmo ano, em
Macau, na China, durante os Jogos Asiáticos em Recinto Coberto, um evento
que conta com diversas modalidades executadas em ginásios e salões, como
o futsal, o boliche, o bilhar e o skate, por exemplo. Em 2010, o basquete de
rua foi experimentado mundialmente na primeira edição dos Jogos Olímpicos
de Verão da Juventude, um evento para jovens entre 14 e 18 anos de idade,
realizado em Singapura e sob o nome de basquete 3x3.
Com a popularidade do esporte, em 9 de junho de 2016, pouco antes do
início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Internacional
(COI) anunciou a entrada de diversas modalidades esportivas a partir dos Jogos
Olímpicos de 2020, em Tóquio. As novas modalidades que passaram a integrar
os Jogos Olímpicos foram o caratê, o surf, o beisebol, o softbol, a escalada e
o basquete 3x3. Entre as justificativas para a entrada desses esportes, estão a
popularidade do beisebol, do softbol e do caratê no Japão e a busca por maior
adesão do público jovem aos Jogos Olímpicos — e o basquete 3x3, o surfe e
a escalada são populares nesse meio.
Em síntese, as regras do basquete 3x3 seguem muitas regras do basquete
tradicional (5x5). No entanto, algumas mudanças fundamentais foram regu-
lamentadas pela FIBA. A quadra de jogo é substancialmente menor que a do
basquete 5x5, e as duas equipes tentam arremessar a bola contra uma única
cesta (NAE, 2014). A demarcação da quadra segue o padrão do basquete
tradicional, isto é, o arco, também conhecido como linha demarcada, tem o
mesmo formato e as mesmas dimensões. Além disso, as dimensões da tabela
e do aro (cesta) apresentam o mesmo tamanho em ambas as modalidades. No
entanto, algumas regras, assim como as dimensões da bola, são diferentes
(NAE, 2014). O Quadro 1, a seguir, demonstra uma comparação entre as
principais diferenças encontradas entre o basquete 3x3 e o basquete 5x5:
Evolução histórica do basquete 25

Quadro 1. Principais diferenças nas regras do basquete 3x3 e 5x5

Elemento de
comparação Basquete 3x3 Basquete 5x5 (FIBA)

Tamanho da 15 m x 11 m (1 tabela). 28 m x 15 m (2 tabelas).


quadra

Tamanho da bola 74,9 cm de circunferência 72,4 cm de


(categoria adulto) e 623 g (masculino) e 72,3 circunferência e 620 g
cm de circunferência (todas as categorias).
e 566 g (feminino).

Número de 3 titulares e 1 reserva. 5 titulares e até


jogadores 7 reservas.

Início de jogo Determinado por O primeiro período de


cara ou coroa. jogo inicia quando a
bola deixa a(s) mão(s) do
árbitro principal (crew
chief ) no lançamento
da bola ao alto.

Pontuação 1 ponto por arremesso 2 pontos por arremesso


convertido dentro do arco; convertido dentro
2 pontos por arremesso do arco; 3 pontos por
convertido fora do arco; arremesso convertido
1 ponto para cada lance fora do arco; 1 ponto
livre convertido. para cada lance
livre convertido.

Vencedor do jogo Maior pontuação em 10 Maior pontuação após 4


minutos ou aquela que períodos de 10 minutos.
atingir 21 pontos primeiro. Em caso de empate,
Em caso de empate ao final a partida continuará
dos 10 minutos, a primeira com quantos períodos
equipe que marcar 2 pontos extras de 5 minutos
será considerada vencedora. forem necessários para
desfazer o empate.

(Continua)
26 Evolução histórica do basquete

(Continuação)

Quadro 1. Principais diferenças nas regras do basquete 3x3 e 5x5

Elemento de
comparação Basquete 3x3 Basquete 5x5 (FIBA)

Forma de jogo Após cada arremesso Após cada arremesso


bem-sucedido, um bem-sucedido, um
jogador da equipe que não jogador da equipe que
pontuou reiniciará o jogo, não pontuou reiniciará
driblando ou passando a o jogo, passando
bola de dentro da quadra a bola de fora da
diretamente abaixo da cesta. quadra diretamente
Após um arremesso abaixo da cesta.
malsucedido, se a equipe Após um arremesso
de ataque ganha o rebote, malsucedido, o jogo
pode continuar a tentativa segue normalmente,
de pontuar, sem voltar a seja qual for o jogador
bola a um local atrás do que recuperar a bola.
arco. Se a equipe de defesa
ganha a posse de bola,
deve passá-la ou driblá-la,
fazendo com que chegue
até algum local externo à
linha demarcada (arco).

Tempo de Cada equipe deve tentar Cada equipe deve


arremesso um arremesso dentro tentar um arremesso
de 12 segundos. dentro de 24 segundos.

Fonte: Adaptado de Nae (2014).

O fato de o basquete 3x3 ser desenvolvido em uma quadra de dimensões


menores resulta em um jogo no qual os movimentos de ataque são muito mais
intensos e as disputas individuais se mostram muito mais evidentes, ainda que
o tempo de partida seja consideravelmente menor. Diversos campeonatos e
desafios entre seleções têm sido desenvolvidos em vários países como forma
de promover tal modalidade.
Desse modo, é possível reconhecer que o basquete evoluiu bastante ao longo
dos anos. De uma proposta para evitar a violência entre jogadores de uma
Evolução histórica do basquete 27

escola e fugir dos invernos rigorosos, essa modalidade ganhou o mundo todo,
sendo objeto de expressão de culturas e de resistência de classes populares,
sobretudo das culturas de ascendência africana, reinventando-se e ganhando
seu espaço nos principais eventos esportivos mundiais.

ALONSO, J. L. S. El deporte en occidente: Historia, Cultura, Política y Espacios. Tese (Dou-


torado em Educação Física e Esportiva) – Instituto Nacional de Educação Física da
Galícia, Universidade da Coruña, La Corogne, 2006.
BUZO, A. Hip hop: dentro do movimento. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2011.
GUEDES, C. M. Mulheres à cesta: o basquetebol feminino no Brasil (1892-1971). São
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NAE, I. C. 3 on 3 basketball: facts and perspective. Marathon, v. 6, n. 2, p. 179-183, 2014.
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de rua. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 30, n. 1, p. 107-122, 2008. Disponível em:
<http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/194>. Acesso em: 27 ago. 2018.

Leituras recomendadas
ROSE JUNIOR, D. et al. Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma aborda-
gem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SCHMIDT, R.; LEE, T. Aprendizagem e performance motora: dos princípios a aplicação. 5.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
WEINBERG, R.; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 6. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2016.

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